4ª Edição
A PRIMEIRA REVISTA DIGITAL COM DISTRIBUIÇÃO GRATUITA ONLINE
A HISTÓRIA DO REINO DO KONGO
A HISTÓRIA DOS REIS DO KONGO
EDIÇÃO ESPECIAL M´BANZA KONGO YALA NKUWU
KULUMBIMBI
EXPO ZAIRE
RUAS E SEUS NOMES
1ª FEIRA INTERNACIONAL DO ZAIRE EXPO KONGO
TRAZEMOS DO MELHOR ATÉ SÍ
MUNICÍPIO DO SOYO AQUI PASSAM OS CAMINHOS DA HISTÓRIA MCDXC / MCDXCI DIRECTORA & EDITORA
REDACÇÃO & PUBLICIDADE
Carla Mac-Mahon
Bloco 6 Ed. 147, apt 102 Urbanização KM44. Icolo e Bengo
COORDENADOR
João Miguel “Pensador” REVISÃO
José Mpemba “Nlando” DESIGNER E PAGINAÇÃO
Sotech Lda.
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COLABORADORES
Sophie Nebango Maria Tona Marília Caio FOTOGRAFIA
Lombató “Paxtomás” Vanyh Marón CORRESPONDENTES
Gonçalo Gonçalo Jeremias Nunes Andrade Nkutxi
É uma publicação da minha marca Impactus; com o foco as Principais noticias e eventos da região norte em particular a cidade do soyo Trazemos do melhor até sí.
Os artigos assinados refletem a opinião dos autores e não necessariamente da revista. Toda a transcrição,parcial ou total, é autorizada, desde que citada a fonte. C A R A S D O S OYO | A G O S TO / S E T E M B R O 2 0 1 9
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EDIÇÃO ESPECIAL M´BANZA KONGO
CONTEÚDOS
DESEJAMOS FELICIDADES Á TODOS RECÉM LICENCIADOS DA PROVÍNCIA DO ZAIRE
AGOSTO/SETEMBRO 2019
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EDITORIAL
7
CONHEÇA A LEI
8
UM OLHAR
15
PERGUNTARAM-ME
20
ENTREVISTA
30
BIBLIOGRAFIA
36
REDE SOCIAL
39
MOMENTOS
40
SAÚDE
UM VISITA AO MUSEU DO KONGO
GONÇALO GONÇALO
HISTORIA DO REINO DO KONGO
MARIA TONA
MESTRE “ETONA”
JOSÉ NKAI
JOSÉ PEMBA “NLANDO“
FESTIKONGO
MARÍLIA CAIO
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UMA VISITA AO MUSEU DO KONGO
A
quando a minha visita ao museu do Kongo, uma das coisas que mais amei ver de perto é a famosa árvore Yala Nkuwu, foi tão emocionante, estar ali e ver bem a minha frente a secular árvore dona de uma história tradicional incrível, e disse eu, para mim mesma, é agora Carla, a hora é essa de saber dos mitos ou verdades sobre Yala Nkuwu. Numa visita de aproximadamente duas horas ao museu, guiada pelo senhor Garcia foi possível esclarecer todas as dúvidas e os mitos sobre o sítio histórico que é Mbanza Kongo, pude aprender em menos de um dia o que deveria ter aprendido na escola durante a minha carreira estudantil, isso caso a história do reino do Kongo fosse incluída no programa escolar de Angola. Há muita coisa a falar sobre Mbanza Kongo desde a sua fundação, o seu desabrochar como cidade capital, o reinado dos reis, a sua colonização até chegar aos dias de hoje. Foi incrível, ouvir de cada acto heroico feito pelos nossos reis ou ver os utensílios fabricados por eles, mesmo eles não sendo letrados, utilizando apenas a matéria-prima retirado do seu subsolo, e a sua criatividade. Maravilhada fiquei ao saber sobre o “Mongue” um instrumento usado por eles para comunicação a longas distâncias, e o mais admirante é o facto de cada um, saber o tipo de mensagem a se transmitir, só pelo som emitido pelo instrumento. Poderás ter mais detalhes sobre o mongue, na pagina 13. Emocionava-me e me enchia de orgulho em cada passo marcado dentro do museu ao saber de cada detalhe da história do reino do Kongo, de sua cultura, de seus trabalhos e de suas tradições. Passo a passo chegamos a tão esperada sala do trono, eu não podia acreditar no que via, encantada e movida pela emoção eu quase que me enrolava naquelas vestes de realeza e sentar na cadeira do trono, e me sentir rainha pelo menos em alguns minutos da minha vida… Mas tive de conter os meus impulsos, e contentarme apenas na minha realidade (risos), mas foi uma experiência memorável. Afligiu-me olhar ao redor e perceber que, ainda há muito que se investir para melhorar a imagem não só do museu como da cidade em si, e para melhor reconstrução da história de Mbanza Kongo, apostar na recuperação de alguns artigos históricos, levados pelos portugueses, seria um grande avanço. Pela dimensão da história a desenterrar, esperançou-me saber que, aquando a visita da UNESCO na cidade ordenou tanto a devolução dos artigos perdidos, como a construção de uma infraestrutura que fosse altura dos nossos reis, as assinaturas e papeladas decorrem para concretização deste fim. Seja bem-vindo a 4ª edição da revista, recebam-nos e sejamos vossos informantes.
Editora Chefe | Carla Mac-Mahon carasdosoyo@gmail.com C A R A S D O S OYO | A G O S TO / S E T E M B R O 2 0 1 9
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“Neste caso roubo é o crime que consiste na apropriação indevida de um bem móvel alheio” Mediante uso de violência ou ameaça grave da vítima por parte do criminoso. O Roubo é previsto nos termos do artigo 432, do código Penal que define como a subtração da coisa alheia, que se comete com violência ou ameaça contra as pessoas, que é diferente do Peculato que é previsto nos termos do artigo 313º do Código Penal que define crime de peculato a situação em que um empregado público que, em razão das suas funções, tem em seu poder dinheiro, títulos de crédito ou bens pertencentes ao Estado, ou a particulares, para guardar, despender ou administrar.
PORQUE PECULATO E NÃO ROUBO?
P
orque dizem que praticou crime de peculato, e não dizem que roubou, esta é uma das grandes questões que é feita em torno dos factos jurídicos que têm acontecido no nosso país em função da luta contra corrupção. Começo por dizer que existe diferença entre o peculato e o Roubo, és o motivo de não podermos confundir estas duas figuras jurídicas sob pena de minimizarmos os actos praticados por um determinado sujeito que pode ser gestor público ou um simples cidadão despido de qualquer função.
Jurista e Consultor | Gonçalo Gonçalo goncalopegoncalo@gmail.com
Como da para compreender o peculato consiste na subtração ou desvio, mediante abuso de confiança, de dinheiro público ou de coisa móvel apreciável, para proveito próprio ou alheio, por funcionário público que os administra ou guarda. É um dos tipos penais próprios de funcionários públicos contra a administração em geral.
“Já como curiosidade o furto é a subtração fraudulenta de uma coisa que não lhe pertença” Previsto e punível nos termos do Artigo 421 Código Penal. Já a diferença entre o roubo e furto ambos são crimes previstos no Código Penal Angolano e consistem no acto de subtrair um bem móvel de outra pessoa contra a vontade desta. A diferença entre roubo e furto está no modo como cada uma dessas ações é praticada. Não é suficiente falar de tudo em torno do Peculato e Roubo, neste simples texto mais espero que os caros leitores tenham retirado elementos suficiente que levamnos a distinguir e a saber de uma vez por todas que Peculato é diferente de Roubo, e convido a todos nós, a pesquisarmos mais em torno destas figuras jurídicas Peculato verso Roubo.
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MATÉRIA DE CAPA
A HISTÓRIA, HABITOS E COSTUMES DE NOSSOS ANTEPASSADOS
Na actual geografia o museu do
O museu do Reino do Congo foi
O MUSEU DO REINO
Reino do Kongo localiza-se
criado em 1901, e devido, os
DO CONGO FOI CRIADO
no Zaire, província a norte
conflitos armados ocorridos em
EM 1901, E DEVIDO, OS
de Angola, município capital
Angola o mesmo ficou abandonado,
CONFLITOS ARMADOS
Mbanza Kongo, mas antes Mbanza
a sua reabilitação deu-se em
OCORRIDOS EM
Kongo fazia parte do Império do
2006 e em 2007 foi reinaugurado
ANGOLA O MESMO
reino do Kongo que se entendia
pelo governador da província na
FICOU ABANDONADO,
desde Soyo, Uige, Mpemba, Kongo
altura, General Pedro Sebastião.
FOI REINAUGURADO PELO GOVERNADOR DA
Democrático, Kongo Brazaville e Nimi ya Lukembe, foi o primeiro Gabão, sendo Mpemba actual Mbanza Rei do Kongo antes da chegada Kongo designada como cidade sede dos portugueses, eleito em do reino. C A R A S D O S OYO | A G O S TO / S E T E M B R O 2 0 1 9
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1922
PROVÍNCIA NA ALTURA, PEDRO SEBASTIÃO.
“O rei Nzinga Kuwu por ser o mais poderoso e espirituoso dentre os reis, hipotecou o seu espirito na árvore, não poderia cair um galho verde, caso caísse era sinal de tragédia”
o cristianismo, razão pela qual pelos católicos, tornou-se o primeiro Mbanza Congo é considerada a entrada bispo negro africano, regressando principal para o cristianismo. ao país em 1845 é morto em conflitos regionais do país, sem ter a chance
Tradições
de usufruir de seus títulos. O rei Nzinga Kuwu por ser o mais Nzinga Nkuwu, considerado o rei mais poderoso e espirituoso dentre os poderoso e espirituoso de toda a reis, hipotecou o seu espirito na história dos reinos, guerrilheiro, árvore, assim como todo o seu poder, caçador e juiz supremo, os problemas
com
reinado
de
quase
30
anos,
do
Reis
Rei
dos
Nimi
frente
Kongo,
ya
ao
Comité
anteriormente Bukikua”, dialecto
o
Palácio
Lukembe,
Real
do
situava-se
em
provincial
chamada
nome
local,
de
oriundo que
do
relacionados
com
o
povo
eram cair um galho verde, caso caísse era
resolvidos debaixo da confortante sinal de tragédia, o rei rondava a
MPLA,
“Tadi
do
sendo que da árvore, não poderia
tendo
falecido em 1955. A primeira residência
dia
sombra da famosa e tradicional árvore árvore todas as manhãs antes mesmo
Kikongo
significa
”
PEDRA
que corresponde pelo seu sobrenome de falar com qualquer pessoa. Nos
VIRADA”.
Yala Nkuwu, assim como a recepção O
Príncipe
Don
Nicolau,
filho
do
Portugal, africano negros
em
tornou-se a
defender Portugal,
o
primeiro
os
de visitas e a promoção dos tropas ramo desta, sem permissão do rei,
negro
direitos
sendo
meados dos anos 60, foi cortado um
rei
Don Henrique, feito os seus estudos em
dos
do seu exército, sendo corrompido este acto originou a morte súbita do
baptizado
pelos portugueses converteu-se para C A R A S D O S OYO | A G O S TO / S E T E M B R O 2 0 1 9
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mesmo. Ainda no ano 2007, o padre
quisesse falar antes batia palmas
recinto fúnebre, se for a morte
jornaleiro e o administrador,
de modo diferente do normal, era
de avô juntava-se os netos para
entendendo embelezar os locais
o costume que simboliza pedido de
varrerem o recinto com cânticos e
históricos da cidade, para um
permissão para falar e respeito.
rituais que procediam com o uso de
marco comemorativo de Mbanza
prato com argila branca, misturada A
vassoura
além
de
ser
do
Kongo, novamente lançaram as mão
com a folha da famosa planta lemba uso doméstico, também era um
na sagrada árvore sem consultar
lemba, e assim a chuva seguia em instrumento usado em casos de
a quem seria de direito, decisão
direção do vento e caia em outro crianças com lento processo de
que custou a vida de mais ou menos
lugar, estes rituais, são usados andamento, chamava-se as tias da
nove pessoas incluído o padre e
pelo povo Bakongo até os dias de mesma crianças e nas primeiras
o administrador em um trágico
hoje. horas do dia varriam os pés da
acidente de aviação. criança afim de acelerar o processo Yala Nkuwu significa permissão,
de andamento. Já no tempo chuvoso
por tradição, na resolução de
em casos de óbitos, a mesma vassoura
um problema sempre que, alguém
era usada para afastar a chuva do
Ritual da Circuncisão Este ritual é representada pela imagem nsidikua, com formato de
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Uma das principais actividades da catana era para extrair o líquido das palmeiras o precioso ”nsamba” bebida utilizada para situações de extrema importância e alegria, como ainda acontece nos dias de hoje.
um órgão genital masculino,
Ferro bruto- Era transformado
trata-se de um processo de
e fabricavam artigos para o
passagem do filho, do ciclo
campo como a enxadas, catanas,
adolescente para homem, onde o
e flechas. As flechas usadas
mesmo é levado para um lugar
na caça eram envenenavadas
distante da aldeia, como na
nas pontas para enfraquecer o
altura não existia laminas nem
inimigo, facilitando a matança,
anestesias, então cortava-se o
e como proteção na guerrilha
ramo da árvore, era posto na
de modo a evitar a penetração
boca do circunciso para morder e
de
aplicar toda dor sentida no acto
corpo, era de costume o uso de
da circuncisão, nenhuma pessoa
escudos fabricados por pele de
do sexo feminino poderia passar
hipopótamo…
objectos
cortantes
no
por lá, caso acontecesse era Ainda para caça usava-se o sino obrigado a pagar multa. que era pendurado no pescoço dos
Matéria Prima
cães do mato, de modo atrair os C A R A S D O S OYO | A G O S TO / S E T E M B R O 2 0 1 9
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animais selvagens, assim como a finalmente falou-se da famosa e montagem das armadilhas para ratos primeira moeda angolana, Nzimbo, (ratoeiras)… Uma das principais derivados de conchas provenientes actividades da catana era para da ilha de Mpemba, chamado hoje extrair o líquido das palmeiras o ilha de Luanda sendo ali situado precioso ”nsamba” bebida utilizada o banco nacional do rei do Congo, para
situações
de
extrema o nome Luanda originou por uma
importância e alegria, como ainda palavra de ordem do rei, tendo em acontece nos dias de hoje. kikongo ordenado aos seus soldados Como vestuário o costume era o
que vigiavam o banco nacional a
uso de panos de ráfia feitos por
permissão de bater os intrusos que
plantas e capins específicos assim
se atrevessem a recolher moedas
como os ramos das palmeiras,
“una lu mona ó kangu
ainda o uso da borracha fabricado
luanda…Ke lu vondiko kansi luanda”, que
também pela ceiva de plantas
significa; se alguém vier recolher o Nzimbo
para posterior ser utilizado no
batam, não matem mas batam.É deste jeito que
fabrico de pneus, despois de tanto
surgiu o nome da capital de Angola com a
se explicar e aprender sobre a
chegada dos portugueses na região.
pântanos, era uma zona de domínio do ba kusaguie nzimbo rei do Kongo cheia de lagoas sendo a ilha de Luanda banhada pelo oceano atlântico, então o rei usava a zona da maianga para obtenção da água doce para o consumo da população. Já na samba era o lugar usado pelo rei para história dos nossos ancestrais, Na senda dos nomes ainda tem outros municípios de luanda que também foram adaptados com nomes em kikongo, no caso de Maianga e Samba ; Maianga em kikongo significa lagoas ou
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suas rezas e orações sendo traduzido
Mongue é um dos instrumentos mais como orar. usados na era, para comunicação Missangas, eram usadas para o comércio, e
a distância, tocava-se o mesmo
particularmente para realce da beleza e
instrumento para alarmar, ou
glamour da família real, sinónimo que não
enviar mensagem em pessoas
foge do contexto actual. O rei Nzinga Nkuwu
residentes em outras regiões
fabricou uma arma de fogo, usando a matéria-
da divisão política do reino
prima proveniente do subsolo rochoso dos
do Kongo, o som reflectido pelo
lugares afecto ao seu reinado, a mesma foi
instrumento poderia chegar á
também utilizada na revolução contra os
uma distância equivalente de
Portugueses, diante destes feitos causaram
um município a outro município,
transmitir ou tipo de problema
a admiração dos portugueses pela tamanha
um exemplo de Mbanza Kongo a
a resolver, ainda existia outros
organização encontrada no povo Bakongo,
Tomboco, de Tomboco á Nzeto na
instrumentos como; kissange,
(fazendo o campo e a caça).
mpungui,
sanchi
(chocalho), sineta Para além da caça e da prática e a trombeta, feita do campo os ancestrais do de
chifres
de
kongo também dedicavam-se á animais. pesca e para isso usavam o sonso, sulo e muvua instrumentos feito por ramos de plantas que geografia serviam para acurralar os peixes desde os actual, e assim sucessivamente mais pequenos até os grandes, e as cabaças até chegar ao destino. Através usadas para conservar o líquido feito através do som emitido pelo instrumento do recipiente da abobóra. se era possível saber o tipo
Comunicação á distância
de mensagem, que se pretendia
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PERGUNTARAM-ME Pergun taramme so Queria bre o m ter a trauma consciê Como de um ncia so tudo s a traiç b o re com b revém tudo d ão. o ela s num a esvane e d d esdobr v c é e m da r Queria n u m a. ealidad instant m s e e es e. Com torna in aber como v o a nece o o sim, cógnito encant felizes , Queria o. para s m sab vulnerável a e m e e s pre, se r p e comum c s u e la ções m eram ente ap entiros verdad resenta Saber s as. eiros dos pe e tudo o s la s e relatos v r a ít retorqu im v e a r d s . Queria adeiro. i. Respo Ignorân m sabe ndi-lhe não se r. cia inco s que t diga. É nscient alvez a como vista e q e u – il o n as nov não se fosse a elas. D ntida. É lgo que consen izem s uma do te. Con er uma r vazia cordo, enuncia dor que só dizend do vag quem s o, que o de u perde. talvez, e n te m dize Que ta tal foss r intem lvez, fo e algum nuvens p s o s r e a c l negras omo um que em an a chuva fosse c si se omo um tecipando a q u e caísse passag a escur manhã sem em. Ou idão qu espera que talv e invad nçosa. talvez, is ez, se o na Talvez, fosse in scer de disse-lh compre a part uma es. Diss ensível, ir de e-lhes, unicam uma t – que momen ente co ravessia to de p mpreen d e spropo resunçã sível rcionad o sobe rbosa. a de um
esumir um pr e s s fo asião talvez, ma oc u e n u Q e . u q es do as disse-lh esconhecido, enlaçan – s e , d z e e d Talv como er nta-s conhec ealizar aprese id , o m io u lc r a á p de via, – ess toma o ção pré sse nec ia m fo r u c , e z m r e o inc uma . Talv criação te sem uma re . Talvez s n l a a ia t in d n t a r e r co tasiosa dam era ção fan sse fun mente a a t fo z s li , z o a e e p su que a talv a id afirme es. Que o de um m r e r lh u e e q o s á is d .H s. Uma lando os pare . Ah! Sim acaute s e , r e t t ia n n v e a é r r p pa s am em que ento ím entre o ões, diz m is m o c u e m m d o m c imento ja u de in um sofr madas dade se o r li t e e e s e d d fi m a in nic delidad firma tância ú . A infi nfim. A a e d , a o m n t u o n circuns tra a aix qua gem ap anto e e de um ir d v a a ld m a é um t eu esle te. tente d gar a d clemen descon paixão m carre e m iz o c D . em eira . penar s é traiço pérfida . É um ia p a r e desleal, e t o r ã o sem t ix am a pa seja um de um o. e que cáveis m la r p fi sengan a e im m ores se, d d a t x se e Há que s ê d fo a ela mistura e que andona s b s a a r? É uma la m r e fa viu m afi iva qu eja. Ou de que s r z convuls la e fa lv i . Ta m ouv olérico També ento c m a t a b e um arr
Imaginar? Então, deduzir? Não. Pois é, sei. É impensável, enigma quimérico. A infidelidade é um considerar anulado. Um supor, talvez, pois, o idealizar ou o presumir são simples formas infinitivas, vagas, não existem. O fazer de contas nunca ouvi. Tudo na sua mais real forma, voltado para um realismo “degaldado”, sublime. O mundo dissipa, transcende, extingue soberbamente. O universo cheio de ilusões e desilusões amorosas, “desamora” na mansidão de um perdão impensável. Remissão adúltera. Lembras-te? Ah! Sim. Há sempre quem se lembre do presente incomum, fraudado. Talvez concordemos com alguma coisa: ela dói e como dói!
Texto | Maria Tona carasdosoyo@gmail.com C A R A S D O S OYO | A G O S TO / S E T E M B R O 2 0 1 9
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POTENCIAL GEOLÓGICO DA PROVINCIA DO ZAIRE CARECE DE INVESTIMENTO
E
m termos de Geologia, a província do Zaire é dotada de recursos minerais, podendo ser ela considerada c o m o heterogéneo, pelo facto da sua divisão municipal possuir uma g e o l o g i a diferente, apesar de ser notável coincidências litológicas entre as zonas de transição dos municípios. A província em causa é subdividida em seis municípios economicamente viáveis, Mbanza Congo sendo a capital da província com quase 99% do que aflora são carbonatos, calcários calcíticos e dolomíticos, por ser uma zona cársica os calcários encontrados são usados como matéria-prima para o fabrico de cimento e ainda para produção de corrosivos de solos (adubos), e outra vantagem que o município possui é de ser repleto de água mineral, porque o calcário tem conduta de ser grande reservatório de água mineral, e na industria petrolífera é nos calcários, onde formam-se os grandes depósitos de petróleo, também chamados de petróleo Gingante ou Elefante.
como xistos, e areias que se encontram a beira dos rios. Já no Tomboco, tem ocorrências das areias que são rochas sedimentares consolidadas, granitos normais e uma transição de granitos normais á granitos ornamentais, contamos também a ocorrência de fosfatos na aldeia de Mucula, fosfatos estes, que foram industrialmente explorados nos anos de 1979 á 1983, estando actualmente com actividade paralisada, apesar da concessão dos direitos mineiros outorgados a uma empresa, mas acredita-se que nos próximos momentos poderá acontecer uma limpeza administrativa, para selecção de uma nova empresa investidora, sendo que o funcionamento desta mina é uma mais valia para o combate ao desemprego e o estabelecimento regular da economia. NA EXPOSIÇÃO REALIZADA NOS DIAS 05 Á 06 DE JULHO DO ANO EM CURSO EM MBANZA KONGO, ALUSIVO AO FESTIVAL INTERNACIONAL DA CULTURA DO KONGO (FESTIKONGO), OBSERVOU-SE QUE OS RECURSOS GEOLÓGICOS EXPOSTOS ERAM AMOSTRAS DE TUDO QUE REFLECTE O POTENCIAL GEOLÓGICO PARTICULAR DA PROVÍNCIA DO ZAIRE. O Director Provincial do Gabinete de Comércio e Industria do Zaire “Adão Sofia” acrescentou dizendo, temos rochas ornamentais, temos a galena o chumbo e o ferro e entre outros recursos geológicos. Ao ser questionado de que maneira o governo da província do Zaire tem aproveitado estes materiais para contribuição da economia, Adão Sofia responde dizendo, o governo não explora e sim, regulamenta, inspeciona e fiscaliza, o governo coloca o potencial geológicomineiro perante os possíveis investidores a fim de investirem
Indo para o Noqui, vê-se uma semelhança de litologias de calcários que devem-se a zona de transição, entre Mbanza Congo e Noqui, sendo, o município predominado por granitos ricos em biotites que apenas se diferenciam dos gnaisses através de trabalhos laboratoriais, ainda encontramos quartzitos, assim C A R A S D O S OYO | A G O S TO / S E T E M B R O 2 0 1 9
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os trabalhos de exploração de recursos minerais, o governo faz o regulamento, como explorar e quais são os impostos a pagar, e quem realmente explora são as empresas privadas. Quanto ao licenciamento das empresas que exploram, em termos de cadastro na província do Zaire estão cadastrados 65 empresas, porém somente 8 empresas que se encontram em actividade legal, devese ao facto de o sector mineiro ser um sector honoroso, com difícil gestão administrativa, dado a crise económica que assola o país e não só, muitas empresas que solicitavam ao governo o fornecimento de inertes, hoje já não há contactos destes, explicou “Adão Sofia” Director Provincial. Mas quem tem as obras é o governo e quando o governo se encontra em crise, automaticamente as empresas auxiliadoras também ficam em crise, sendo que o poder de decisão é do governo, suponhase na construção de uma ponte ou barragem fazse a selecção e a empresa vencedora encarrega-se da construção, então é feito um contrato com uma empresa de exploração de inertes, porque na verdade as exploradoras depende do produto (vendido) que eles exploram então logo se não houver clientela as empresas exploradoras ficam sem actividades, devido o custo de produção, impostos e mão de obra. A transformação das rochas ornamentais em produto final o governo conta com uma empresa no município
do Nzeto, Musserra que se encarrega na exploração de rochas ornamentais e a transformação em mosaico, gnaisses, brita e outros artefactos, quanto a comercialização do produto final é feita na província, como também é distribuída em diferentes partes do país e ainda ao exterior do país como o caso da China e a Corea do Sul. Na sequência da conversa, o Direitor da Indústria e Comércio Adão Sofia, afirma que, é precipitado a comparação das actividades de explorações e transformações na província com as províncias da Huila e Namibe, sendo que isso depende muito dos recursos a serem explorados. Huila e Namibe têm enormes quantidades de rochas ornamentais, avança o “Geológo” nós a nível da província temos somente 4 tipos de rochas ornamentais; o granito rosa, vermelho, verde e o cinzento, as rochas expostas aqui são apenas as que afloram na superfície já em subsuperficie, há que se fazer uma prospecção detalhada para ter o conhecimento das reais quantidades, mas adianta-lo que a província do Zaire tem um grande potencial geológico, que explorado pode-se atingir um alto patamar, colocando o Zaire em destaque. Com as atenções viradas para conclusão do Plano Nacional de Geologia-Planageo, que na primeira fase, fez-se o levantamento aero-geofisíco, foram detectadas várias anomalias que carecem de recolha de amostras no terreno, fazer descrição e levar ao laboratório para a geoquímica da rocha e na segunda fase será feito o levantamento geológico para se ter o conhecimento total e abrangente das quantidades dos recursos geológicos que afloram não apenas no Zaire como também nas demais províncias de Angola. Mas pelo que se apresentou na exposição foi notável a diversidade dos recursos minerais da província, o que realça o grande potencial mineralógico do Zaire
Texto | Carla Mac-Mahon Foto | Lombató carasdosoyo@gmail.com
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VOCÊ, SUAS FINANÇAS E SEUS HÁBITOS DE CONSUMO
V
ocê é um consumidor, e é o centro das decisões para que as suas finanças não sejam afectadas de forma agressiva pelo seu consumo, é você quem deve velar pela manutenção de suas finanças e apaziguar de forma inteligente o conflito que existe entre o seu dinheiro e as suas necessidades. A sua missão é buscar constantemente um equilíbrio entre essas duas variáveis e que de certo modo podem afectar a sua qualidade de vida. Existem várias formas de buscar o equilíbrio entre essas duas varáveis, uma delas é, e que para mim é a mais fácil; é elaborar um plano para os seus gastos (planeamento de finanças pessoais), que consiste em anotar todas suas receitas e todas suas despesas e buscar um saldo diário, semanal e mensal, o “prazo que você desejar”, e a diferença, ser canalizada em forma de poupança em instituições bancárias ou em investimentos de produtos não financeiro. Como você trata o seu dinheiro? Que destino você dá ao seu dinheiro? Quanto tempo você fica com seu dinheiro? Quero convidar o caro leitor a reflectir sobre essas questões. Lembre-se de que a forma como você sistematiza o seu dinheiro é extremamente importante, e define o tipo de consumidor que você é. O emergente campo da economia comportamental, está abrindo novas oportunidades aos consumidores a aprenderem um pouco mais sobre seus comportamentos no acto de aquisição de bens e serviços. O uso do dinheiro, está associado aos conhecimentos que temos ou não sobre a sua utilização, este ou não conhecimento podemos associá-lo aos
diversos Comportamentos apresentados no acto da compra (Decisão de escolha), das crenças que temos sobre o dinheiro, dos ensinamentos que recebemos dos pais ou familiares sobre o dinheiro e da real certeza das necessidades que temos que satisfazer. Os nossos hábitos de consumo mostram-nos o tipo de consumidor que somos “racionais ou irracionais”. De forma muito breve os “consumidores racionais levam em consideração todos os factores de compra, como quantidade, qualidade, preço e necessidade a satisfazer e não compram de forma compulsiva”. Por outra, os irracionais “tendem a ser pouco moderados, e efectuam compras de forma compulsiva sem no entanto considerar os factores de compra, são influenciados pelo momento, tendências e propagandas de marketing e não consideram tanto a quantidade, qualidade ou preço, eu os considero “modistas e maria vai com todas”. O conhecimento sobre o dinheiro é muito importante para que consigamos manter uma postura plausível quando se trata de dinheiro e consumo. Ser equilibrado do ponto de vista financeiro facilita-nos a termos uma qualidade de vida equilibrada e nos ajuda a promover o nosso bem-estar, familiar, social, e económicofinanceiro. Importa ressaltar que não é preciso ter muito
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dinheiro para se ter uma vida equilibrada, mas é no entanto imprescindível que tenhamos uma inteligência financeira para nos debatermos com o dia-adia, de nossas vidas pois existem muitos factores, que conseguimos controlar e outros que não conseguimos, mas que por conseguinte nos influenciam a gastar o nosso dinheiro e que muita das vezes de forma inconsciente, quero aqui dizer de forma irracional. Todo cuidado é pouco! Existem pelo mundo a fora muitas figuras que se tornaram milionários em um dia e menos de 3 meses faliram novamente porque não possuíam inteligência financeira, a coordenação entre o dinheiro e as necessidades que precisavam satisfazer. Lembre-se: Você é o centro das decisões para que as suas finanças funcionem ao seu favor, o seu dinheiro é importante, e é importante que você perceba isto, e que lhe trate sempre de forma inteligente. Você não depende do seu dinheiro, mas o seu dinheiro depende você! Seja inteligente, seja feliz e faça seu dinheiro depender de você.
Texto | Andrade Nkutxi carasdosoyo@gmail.com
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NO FESTIVAL INTERNACIONAL DA CULTURA DO KONGO (FESTIKONGO), TIVEMOS A HONRA DE ENTREVISTAR ETONA DIA SIMBA LUMINGO UM DOS MELHORES ESCULTORES DA PROVÍNCIA DO ZAIRE. FORMADO EM DIPLOMACIA RELAÇÕES INTERNACIONAIS, E DESTACADO INERNACIONALMENTE NO RAMO DE ARTES PLÁSTICAS. pouco porque há muita coisa que se devia trazer. Mas cientificamente também não seria adequado trazermos muita coisa sem estarmos preparados com muitos anos de antecedência
TEVE QUE FAZER ALGUMA FORMAÇÃO PARA APRENDER A ESCULPIR OU É UM TALENTO NATURAL? Não, a princípio acho que nada é natural, lembro-me que quando era miúdo nos anos 72, ouvi pela primeira vez que o homem foi a lua e como criança convenci-me de que tinha que estudar para um dia também ser astronauta e chegar a lua, e por isso não faltava as aulas estava sempre com os cadernos, claro que era apenas um sonho, pela minha origem era impossível, era uma criança que tinha que estar na selva para caçar seixas, fazer armadilhas para ratos, lembro-me na altura ter feito uma escultura de madeira de cajueiro, e se a minha tia que me educou na altura no Noqui, tivesse um grau de intelectualidade máxima provavelmente teria resguardado a peça, mas não foi o que aconteceu eu venho de um meio familiar de escultures, artesãos e pintores.
ENTÃO A FAMÍLIA ESTÁ DOTADA DE TALENTOS?
A
ntónio Tomas Ana é meu nome de registo, Etona Dia Simba Lumingo ou simplesmente «ETONA», é o meu nome materno, inclineime no ramo das artes plásticas e por fim acabei de fazer a diplomacia, relações internacionais mas, o que me trouxe até aqui é a arte plástica, pintor e escultores, traduzindo para mais além e dizer que é no campo da filosofia, que é o meu substrato de presença natural para aquilo que poderá ser a posterioridade ou não.
Não
é
questão
de
talentos,
o
problema é que mesmo as crianças de hoje, não está se fazer uma educação para erguer uma natureza que possa ser mais concebível no processo
da
educação
homem
no
verdadeiro sentido, já na educação anterior uma criança de onze anos tinha de estar aprender um ofício
Estes são, resquícios das minhas obras,
perante um mestre, e eu primeiro
tenho um vasto trabalho sobre este processo,
fui para ser alfaiate, sei fazer
a convite da sua Exº Senhor Governador da
corte e costura, mas a posterior
província e a Ministra da Cultura, para
vi que ser alfaiate não era bem o
estarmos presente aqui, nos contemos um
que eu desejava e achava que era
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“SOU UM FILÓSOFO E O FILÓSOFO FAZ O SEU TRABALHO E O DINHEIRO LHE ENCONTRA, TAMBÉM NÃO SOU POBRE MAS NÃO POSSO FALAR EM DINHEIRO NEM EM BENEFÍCIOS.”
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dia
SERÁ QUE JÁ SE PODE VIVER DA ESCULTURA é preciso evangelizarmos para recuperarmos o EM ANGOLA?
inventar um motor, então
nosso país, tem de ser
profissão de preguiçosos, eu
pensava
um
fugi da antiga profissão
Olha se Cristo lamentasse de benefícios hoje
nós a estarmos a frente
e fui aprender mecânica
o cristianismo não existiria, quem trabalha
a
na oficina do mestre Luís
falarmos
nosso
pensando em dinheiro e a evolução orçamental
país
Vanda no Soyo, um dos
é um sufista e eu, sou um filósofo e o filósofo
defendermos
grandes mestres mecânico
faz o seu trabalho e o dinheiro lhe encontra,
país, agora o estrangeiro
da
também não sou pobre mas não posso falar em
como
dinheiro nem em benefícios, os benefícios
linguagem
Fina
petróleos
na
altura, mas também não terminei, ofício porque
fui de
aprender pedreiro,
na
altura
os
pais obrigavam os filhos
a
do
discutirmos o
e
nosso
diplomata
e
na
diplomata
é isso estou aqui a falar para
quando cá vem é para
vós estamos a conversar isso
vir buscar. E nós não
para mim é um dos grandes
podemos sempre receber
benefícios,
porque
através
da
religião,
aprender uma profissão de
de empresariado, e da
mão, e eu tive este vício
política, também temos
de transitar de ofício
que dar isso é que dá
para outro. Até que um dia
o
sentido
onde começo o exercício
da
coisa
da
dizermos
real
aprendizagem
sobre
paisagística,
irmos
Mpodia
assim
era
depois estamos
preparados para a guerra
com o mestre Nkengue a que
diplomático para
pintor
para
guerra
ganharmos
e a
no Kimpangi, mas ainda
guerra, fora disso não
assim
estamos a falar a mesma
não
satisfeito,
estava não
achei
linguagem.
suficiente, fui aprender ofício
de
escultura
AS SUAS OBRAS SÃO MAIS ADQUIRIDAS POR CLIENTES NACIONAIS OU INTERNACIONAIS?
e
por situações de guerra mandaram-me para Luanda para dar continuidade aos estudos, e ai encontrei o mestre João Luís de
A
Almeida um mestre que eu reconheço que não temos um com
outro a
que
mesma
se
trabalha qualidade
sai
a
ver
da
universidade
vai a igreja que faz um apagão total do cérebro,
Kuanavale no meu regresso aprender
a
e vimos que a maioria
guerra combati no Kuito continuei
formos
basta fazer universidade
me e foram cinco anos fui
não
95% de analfabetos, não
e foi ele que ensinouaprendizado,
nacional
intelectualmente 90 ou
técnica na paisagística
de
nível
tem esse povo educado,
precisamos
o
falar
de
filosofia até nas escolas,
oficio até ser consagrado
e as universidades não
como mestre.
estão a falar de filosofia,
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os
nossos
doctores
arte angolana ou no
Posso
dizer
que grande
saem da universidade
artista angolano não
os meus 58 anos é
foi
acusado
de visão de um artista
o
ao cristianismo que
artista, me lembro o Sócrates, então se aquilo que é a sua
dado
cabo
esta
de é
independência
preciso
lutarmos
entre
isso
comunicação social e
falar
nós que transmitimos
e
esta mensagem.
quero
continuamos
estar
submetidos a depender
da
quando
nós, então enquanto acontecer,
vós
que
como heresio,
porque a principio a
vai na capela orar é possível então, para tem
resultado
religioso
mesmo
como ela
tinha alguém me acusar de
20 anos nem queria sobre
assim
terra,
heresio ficaria muito pisa,
isso, satisfeito.
hoje
mergulha-se no
consome
oxigénio,
nem
que no
na ele como que
observa, rios mares
DE ONDE VEM A e depois ele traz como artista, quero INSPIRAÇÃO PARA AS isto e traduz traz me identificar como SUAS OBRAS? estes códigos em
do ocidente, porque
FAZENDO UMA RESTROSPECTIVA, um governante que não DE LA PARA CÁ SÃO tenha um assessor QUANTOS ANOS COMO português ou Chinês ESCULTOR? não é fácil encontrar
identificar
faz uma obra de arte, louco… Digo que são resultados e depois eu posso (risos), porque o de todos os cursos que morrer os que vierem Cristo mesmo como fiz que falei aqui, vão consumindo, e
como vai investir na
alguém
que
bonecos
um
Em Angola não é possível falar de preços, temos outra parte em termos de relações internacionais que quando se fala de uma obra de 50.000 Usd não há nenhum estrangeiro que faz consultoria a um negro, que aceita que você ganhe 50.000 Usd porque assim você será autor, e quando isto acontecer ajudarás outras pessoas, e resgatar o seu país, e para não resgatar o país é melhor morrer de fome, esta é a desgraça que vivemos.
traduzindo realmente
sobre o leão em termos
o que eu vivi segundo
de
o
fruita que representa
que
aparece
nas
minhas
obras.
É
claro em
que
vida
enquanto a
nossa
a
poder,
temos
diversificação
economia
no
a da
país,
tudo isso são momentos
observação é latente
memoráveis
pode
mulheres
tempo em que o artista
a mergulharem ou a
viveu, não sei se é
saltarem
artista,
ser
ai
ainda
vimos sobre o leão e sabemos do que se fale
para
não
louco… (risos).
é
o
um
COM ESTA EXPLANAÇÃO PODEMOS RESUMIR QUE A SUA INSPIRAÇÃO É RESULTADO DE TUDO QUE VIVE?
O QUE ESTAMOS ABORDAR, PARA QUANDO VERMOS-TE A FAZER MESTRIA PARA NOVA GERAÇÃO? Se for para falar eu
Do bem e do mal.
VISTO QUE TENS UMA VASTA EXPERIENCIA SOBRE
falo
parte
em
do
toda mundo,
pode ir na Google onde vais encontrar países
onde
fui
fazer palestras na
França, Japão, Rússia, Estados Unidos e entre outros, agora quando o Zaire também precisar de mim ai sim, porque eu não sou prostituto de ideias, agora se me conquistarem, e fazer o convite, mesmo em Luanda aulas
tenho
feito
magnas
porque
também sou cientista
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tenho formação para este efeito sou
investigador
universitária a de
isso,
se
tenho
que e
formação
vem neste sentido
corresponde
chamarem
antecedência
PARA TERMINAR POR COMPLETO? combatente e mensageiro e o nome de Etona também
vou
com la
tempo
Portugueses
altura ele indagou-me porque assinava Tona invés
discutirmos, este é o papel de evangelista
os
apenas Tona, e o soba Pedro Tona a dada
Tudo que vós vendes aqui é
para
qualquer
antes
cortavam o É e assinavam
resultado da minha idade,
de Etona o que significa filho e embaixador, na
eu aos 25 anos fiz coisas, mas,
língua materna kikongo, então eu assumo o meu
como
aos 25 anos não sairia nada igual
nome dizendo que sou vosso diplomata para fazer
eu, mas este desafio não é meu é
a isso, nem aos 30 anos apenas
a vossa diplomacia e é preciso congregar a este
vosso, e nem precisam gastar para o
surgiu aos 46 anos, e hoje o
sentido na questão real das coisas e estou a
alojamento, porque nem que for para
que estou a fazer, é resultado
disponibilidade sempre que precisarem.
dormir num luando não há problemas
daquilo
eu vou, porque Cristo dormia nas
etonismo
montanhas… (risos), e quem sou eu
Patrício Pascal havia
para não dormir no luando para poder
chamado de Etonismo,
então
falar para os demais.
eu sou realmente o
v o s s o
que
emergiu
como
QUANTO TEMPO DEMORA UMA OBRA
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o
c o m o Doutor
EM QUANTO FICA ORÇADO UMA DE SUAS OBRAS DE ARTE?
Houve uma vez que levei obras nos Estados Unidos orçado em 2.000 Usd recusaram alegando alto preço, participei a um leilão na Inglaterra com a peça que aparece nos meus cartões de visitas e a obra tinha um valor incalculável, mas os brancos queriam dar menos e a organização da feira recusou a pouco oferta da parte dos compradores por ser uma peça de valor imensurável e sem dizer que foi feita por um negro africano, até hoje a mesma, está presa na embaixada de Angola na Inglaterra, tentei traze-la de volta para Angola só de impostos para desalfandegar teria que pagar 5 mil libras o que não é pouco dinheiro…(risos). Já na China levei obras aquando da exposição em Pequim e os preços que dei para taxar, ao abrirem as caixas e voltaram a fechar recusando os preços por alegada intenção de burla (risos), também estão lá retidas, e ultima exposição foi na França em Canes também foi a mesma coisa, o que quer dizer que temos este problema da desvalorização do artista sobretudo africano, em Angola não é possível falar de preços, temos outra parte em termos de relações internacionais que quando se fala de uma obra de 50.000 Usd não há nenhum estrangeiro que faz consultoria a um negro, que aceita que você ganhe 50.000 Usd porque assim você será autor, e quando isto acontecer ajudarás outras pessoas, e resgatar o seu país, e para não resgatar o país é melhor morrer de fome, esta é a desgraça que vivemos. Por isso que em
África
q u a n d o você
tem
conhecimento é considerado de
crime,
para é
eles melhor
andar
e
viver cegos, ali
sim
és
considerado b
o
africano
m e
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revolucionário, mas quando abres os olhos és tido como inimigo.
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pobreza que me rodeia, que os afortunados já não são tantos assim, pois com toda a sua grandeza oferece oportunidades a todos e a camaradagem existe, está aqui. Igrejas, estudantes, forças da Ordem e sociedade civil, todos empanhados para evidenciar o conceito de cidade limpa que há muito deixou de ser notório por falta de vontade de quem nos governo Ou pela extrategia política que desconhecemos.
CRONICA DA CIDADE/SOYO s luzes acenderam, paredes lavadas, ruas limpas, árvores podadas e pintadas, as tochas de gás fumegam menos, assim esta a cidade, cidade que dificilmente conhece os mesmos encantos em simultaneo. É festa? Tambem não sei, mas tenho a plena certeza alguma coisa vai acontecer.
A cidade é isto que nós vemos, o sol brilhando, o céu azul e cada vez mais azul, apesar da poluição da fábrica de gás, plataformas petrolifera que o povo so beneficia se não mesmo a propria poluição e mais nada, o ar exalando o perfume da esperança, o frio gostoso da manhã com aquela garoa que a caracteriza, pessoas agasalhadas, seguras, confiantes, trabalhadoras, caminham lado a lado.
Revesti-me de todo olhar crítico/ Artístico e descobri que a nossa cidade possui uma beleza Incomparável, com seu ar aristocrático de uma elegância que só ela tem, mostrando a todos que aqui chegam, que ela está de braços abertos para recebê-los. Já não sinto a estranha sensação da
Esta é a cidade que sempre quis ver, livre de sensação da inexistencia de um Administrador/a, aborradatada de amontoados de lixo, onde as moscas e outros insectos fazem dela o banquete nupcial em que os principais convidades são actores principais da Admnistração
A
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municial que nela passam tapando o nariz e a boca e como se de uma vende nos seus olhos transportassem. Esta é minha cidade de eleição! Nossa cidade! Cidade onde nos orgulhamos, onde ouro negro explorado 24h/24h desde a era colonial só traz negrura nas casas do cidadão comum, iluminado e afurtunado uma menoria. Ela é assim, calada observando tudo com um olhar de tristeza, sofrendo pelas depredações e sujeiras que pessoas sem escrúpulos e sem se importar com os sentimentos daqueles que a amam e lhes dedicam um grande respeito por tudo o que ela nos proporciona de bom em retribuição a nossa dedicação. Chefe! Ouvi dizer que visitarás a cidade do Soyo nos proximos dias, eis a razão da Mega campanha. Se for verdade venha mais vezes, pelo menos, uma vez por semana. Assim a cidade ficará sempre limpa.
Texto| Jeremias Nunes carasdosoyo@gmail.com
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A APESAR DA TRAJECTÓRIA PERCORRIDA E DA CARREIRA SOLIDA, O EX MILITAR DAS FAPLAS CONFESSA QUE AINDA NÃO ESTÁ SATISFEITO COM OS SEUS FEITOS DISTINGUIDO NA 3ª CATEGORIA COMO SÍMBOLO NACIONAL C A R A S D O S OYO | A G O S TO / S E T E M B R O 2 0 1 9
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J
José Nkay, nasceu no Soyo em 22 de Abril de 1968, fez o estudo primário na comuna do Sumba (Soyo), nos anos de 1979 á 1980 foi ajudante de mecânica nas oficinas Navais da Marinha de Guerra com o mestre Alfredo José Maria também conhecido como «mestre Estragado» até em 1985, enquanto adolescente gostava como entretenimento o football e basketball, foi fundador do grupo carnavalesco da Baixa da Cidade nos anos 1980 até 1985, por possuir um robusto físico um pouco elevado, passou a ter uma vida ligeiramente infernizada, escondendo-se das rusgas frenquentes, porque a situação politica e militar do país imperava, em que o critério de selecção para ingresso as forças armadas, na altura FAPLA apesar, de ter estatuído, com dezoito anos, mas as vezes o número era questão de formalismo, bastava ter um robusto físico aceitável era propenso a ser recrutado, foi nesta senda que viu-se forçado a obstruir os seus estudos, foi recrutado, entregando-se voluntariamente.
nível académico, licenciando-se em 2013 em Gestão de Empresas. E já nesta altura sempre que chegasse a efemera 23 de Março, por onde militou a batalha do Kuito Kuanavale como sendo a maior batalha, depois da Segunda Guerra Mundial, por ouvir relatos da mesma batalha através de terceiros, obstruindo as informações e ocultando detalhes, despertou-lhe o interesse de ter um legado escrito informando sobre tudo, com verdade a comunidade leitora.
De lá para aqui, José Nkay tem vindo, a lutar para sobreviver, fez a tropa, a instrução militar no provincia de Kuando Kubango tendo permanecido após as instruções militares, no kuito kuanavale e outros municípios da mesma. E em 1989 saiu do kuando Kubango, fazer outra formação militar que lhe deu o titulo de OFICIAL, atingindo o grau de oficialato passou a percorrer em diversas províncias do país, em cumprimento de missões operativas porque na altura o país estava em guerra. Em 1992 é desmobilizado, a luz de acordos Bicesse rubricado em 1991, e passa para Policia Nacional, sendo este colocado na Direcção Provincial de Investigação Criminal do Zaire, ocupando a posição de Chefe de Departamento de Crimes Contra Pessoas. Depois de passar pelo Orgão Nacional e na Investigação Criminal, também exerceu N cargos de direcção, até ao ano 2000.
Até em 2017, fruto de um negócio mal gerido através de conflitos de interesses, causando assim o insucesso do mesmo, Zé Nkay, na base da frustração foi levado através de suas memórias a reviver o seu passado, decidindo então, finalmente dar os primeiros passos na escritura do seu livro intitulado A celebre Batalha do Kuito Kuanavale -Memorias de um Soldado, onde fala de si, sua inserção as FAPLAS e de toda sua trajectória e contributo no País, contando as histórias do desenrolar da maior batalha á nível de África Subsariana e a segunda maior guerra civil após da Segunda Guerra Mundial, travada pelos bravos e corajosos homens angolanos. Hoje é um feito marcante, o livro já é uma realidade, sendo que a comunidade juvenil precisa deste testemunho vivo, por felicidade a victória das FAPLAS alcançado no terreno no campo militar em 23 de Março em 1988, fez com que a mesma data passasse a ser um feriado nacional como também internacional na região da SARDC, mais um motivo que realça a existência deste livro. O livro foi publicado em 2018 antes do acordo do feriado, sendo em 23 de Março de 2019 o primeiro ano a ser comemorado o feriado.
A SUA DISTINÇÃO NA 3ª CATEGORIA DOS HERÓIS NACIONAIS DEU-SE PELA EXISTÊNCIA DO LIVRO, PUBLICADO EM 2018
Neste mesmo ano, por sua iniciativa abdica o órgão de Policial Nacional, entendendo que o seu forte não estava ali, dando continuidade aos seus estudos, apesar de que, em algumas ocasiões ao longo deste tempo foi tentado aumentar o nível académico, chegando mesmo a frequentar a 9º classe, mas sendo forçado a obstruir os estudos quase sempre, por imperativo da conjuntura militar, com a reabertura do IMNE Zaire, voltou a matricular-se no Instituto Daniel Vemba, e tendo assim concluído com sucesso a 12º classe, já em 2002. Em 2008 ingressou em uma das Universidades do país, para aumentar o
Além da carreira militar o nosso convidado a entrevista, também tem vindo a contribuir na diminuição de desempregos sendo que. Em 2006 após de ter deixado a Investigação Criminal, José Nkay enveredou-se no mercado empresarial, que com seus próprios recursos criou uma empresa que actualmente emprega cerca de 93 cidadãos a nível da província do Zaire e não só.
José Nkay, distinguido na 3ª categoria como símbolo nacional, homenagem feita pela sua excelência Presidente da Republica em 23 de Março no Kuito Kuanavale, como herói nacional da batalha do Kuito Kuanavale. Em resumo ontem José Nkay, militar, José Nkay, policia, José Nkay, pai de família, José Nkay, empresário, José Nkay, escritor e José Nkay, funcionário público, muita coisa junta. C A R A S D O S OYO | A G O S TO / S E T E M B R O 2 0 1 9
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“A JUVENTUDE ESTÁ UM POUCO PREGUIÇOSA QUER TUDO DE BANDEJA E PRONTO A SERVIR”
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Apesar da trajectória percorrida e da carreira solida, o ex militar das FAPLAS confessa que ainda não está satisfeito com os seus feitos, que ainda tem muito coisa que pretende fazer, quereria ver 80% a 90% de jovens empregados, ver 90 a 95% de jovens com um nível académico acima da média ou universitarios, ver ainda jovens ou pessoas de qualquer faixa-etária a ter pelo menos um negócio próprio, estaria revolucionar três factores auto-realização, contribuição para renda dos impostos, e diminuição de desempregos que assola o país, sendo a quarta, chegar a docência, partilhar a minha história do sucesso a nova geração a fim de mostrar que na vida é preciso perseverar, trabalhar muito para alcançar níveis altos ou acima da média. O bem-estar social desejado por todos não vem, fazendo mal aos outros mas sim trabalhando.
Zé Nkay, como é carinhosamente chamado avança dizendo que não pretende parar por aqui na carreira de escritor, sendo que já está em curso, a segunda edição do livro baseado em factos reais vivenciado pelo mesmo, intitulado a Celebre Batalha do Kuito Kuanavale, memoria de um soldado, e mais duas obras em paralelo, podemos dizer que são três obras em preparação cujo o titulo ainda está em sete chaves, num tom de confiança e segurança, garante a qualidade e ilustração da obra. Na sequência da boa conversa o nosso convidado revela alguns detalhes das obras em preparação, onde aborda sobre as suas aventuras no mundo empresarial. Revela ainda que a sua caminhada no mundo empresarial começou de forma empírica, considerando ele como uma aventura, fruto do conhecimento científico que foi adquirindo ao longo da faculdade de Gestão, hoje o antigo combantente, considera orgulhoso
a sua empresa designada MEJAC Lda, como algo robusto. MEJAC Lda está virado em quatro seguimentos de exploração, serviços de limpeza, segurança privada, hotelaria e turismo, área da restauração e da agricultura, conta também que ainda tem outros projectos em carteira. Perdemos o hábito de leitura a juventude hoje não lê, está mais viciado nas redes sociais, não tem a leitura como um hobby, excepto a leitura de mensagens, status nas redes, podemos ter números escritores, mas se não tem leitores é um sacrifício em vão… O primeiro passo seria a juventude ser amante de leitura, para obrigar com que todo mundo escreva, como vê eu trouxe um número apenas de trezentas e oitenta exemplares, mas, não mais de cinquenta exemplares foram adquiridos, mas hoje nas universidades já se aprende o conceito e a importância da batalha do Kuito Kuanavale onde vão buscar o suporte? Principalmente os historiadores e os académicos, deviam fluir tudo isso, temos os concursos de histórias a serem realizados no Soyo, por isso eu digo que em uma sociedade se faz escritores quando há aderentes da leitura, consegue-se fazer uma pesquisa no período das 19h as 21h quantas pessoas estão a ver telejornal? A maioria estão em novelas ou canais de músicas, e outros portanto nós estamos totalmente desvirtuados, desabafa o mais novo escritor. José Nkay, nos informa ainda que, o Vice-Presidente da Republica ficou estupefacto ao saber que, o livro A celébre Batalha do Kuito Kuanvale memórias de um soldado é a primeira obra escrita a nível do país a retratar a batalha do Kuito Kuanvale, escrito por um sobrevivente, herói vivo da batalha do Kuito Kuanvale. Ao ser questionado sobre o motivo pela qual algumas histórias relacionados a cultura angolana
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não estão inclusas na programação do ensino angolano, com muita sabedoria deixa o seu ponto de vista dizendo, Angola viveu um momento conturbado em que o poder politico tinha uma linhagem como doutrina, qualquer facto que beliscasse o que vinha sendo sustentado era visto de um modo diferente, a guerra de Angola foi motivada por três fracções divergentes, o Norte era tido FNLA, ao Sul UNITA e havia os que por imperativo dos trabalhos forçados dos colonos tinham como subplantar-se, então entre a UNITA, MPLA e FNLA cada um tinha os seus ideias a sustententar, felizmente o MPLA foi o fiel vencedor desta luta renhida. Muitas vozes que deveriam nos nutrir com certas verdades e falar com autenticidade sobre as nossas origens e culturas, infelizmente morrerão por diversas situações, ou por serem mal interpretados ou por ter uma ideologia diferente de quem dirigia, ou por outros aspectos, logo as fontes vivas que devíamos ter como herança deixaram de existir, quem conta um conto aumenta um conto, e este é o que motivou-o a escrever o livro A celébre Batalha do Kuito Kuanavale memória de um soldado. O antigo combatente realça ainda que, após vencida batalha em 1988, pessoas havia que falavam com maior propriedade do ocorrido, sendo que não haviam nascido na altura do acontecido, questionando-se sobre de onde os mesmos buscavam suporte daquilo que relatavam em televisões, rádios e outros, enquanto os fazedores da acção ainda estavam vivos e esquecidos, acrescenta também dizendo que, a sua distinção na 3ª categoria dos heróis nacionais deu-se pela existência do livro, publicado em 2018 e se não escrevesse esta obra, não teria
este reconhecimento do Presidente da Republica, quantos fizeram muito mais do que eu, e hoje nem sequer são lembrados? Pergunta o exmilitar, mas eu hoje sou lembrado, quando se fala da mesma batalha, sou uma referência, porque deixei
um legado, que todo fazedor desta história quando lê revê-se na mesma e reconhece que a obra é real. Segue ainda dizendo que só na província do Zaire, são muitos que também fizeram parte deste trama do Kuito Kuanavale e que hoje estão no anonimato, sendo carvoeiros, bagageiros agricultores, ou passando por dificuldades, quando que deviam estar usufruindo do sacrifício anterior por este país. Zé Nkai informa que o seu livro veio servir como impulso e incentivo para os outros, a saírem do anonimato, que ele mesmo esteve, sendo na província do Zaire, apenas no Soyo, catalogados cerca de quarenta e cinco elementos, incluindo o General Pedro Sebastião, que foi seu colega de quatro, recorda o ex-militante, José Nkai, Delegado Provincial do Forúm dos combatentes da batalha do Kuito Kuanavale, eleito na ultima assembleia realizada no Soyo e tomou posse em 02/ Março/2019, onde recebeu também o mérito e o reconhecimento de todos e na pessoa do Presidente da Republica João Manuel Gonçalves Lourenço pela sua coragem e contributo ao país, sendo assim distinguido como herói nacional na 3ª categoria. José
Nkai
deixa
um
conselho
para juventude dizendo que precisa aperfeiçoar mais, investigar e pesquisar mais precisa lutar para se afirmar, olhar realmente na perspectiva da província, do país no angulo que lhes possa catalogar acima da posição em que se encontram, constata-se que a juventude está um pouco preguiçosa quer tudo de bandeja e pronto a servir. Investiguem mais, não basta somente ostentar uma licenciatura ou de mestre, quando não sabe falar, escreve mal, então temos que ser o exemplo na qualidade académica sermos a luz que eventualmente pode ilustrar, no mundo das artes, da escriba e do conhecimento e a sociedade em si, se pautarmos por uma sociedade mais amena e solidária estaríamos a construir uma sociedade mais solída.
60/80 que com a sua mestria ocupavam o estádio de football, realizou-se uma gala de homenagem com atribuição de certificados sensação de reconhecimento e lagrimas de emoção foram derramadas
Informa ainda que está disponível para partilhar os seus conhecimentos para quem tiver interessado, em saber mais do que está por detrás da capa do livro «se Jesus dividiu o pão para milhares de pessoas porque não eu também partilhar o meu tempo, a minha pequena economia com demais pessoas», disse ele. A minha empresa MEJAC fundada em 2006 e desde 2009 ela vem contribuindo socialmente com as comunidades, e já cobrimos os 6 municípios da província do Zaire, levando para quem necessita, a ultima actividade até agora, foi o reconhecimento das Velhas Glórias do football onde foi enaltecido os mais antigos jogadores do football dos anos C A R A S D O S OYO | A G O S TO / S E T E M B R O 2 0 1 9
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REENCONTRE-SE um raste a i t que e um vez parec tima e l ida u u q escab ei d oi a S f ? e l so ti nt Qua teimo idame para t r e e m s o o p para ntr tem por ste a i mas a t r n a , u p a g per ssári ezes ? as v snece ares” ciso e de -a. Quant nvers que é pre o o r c e t e que “t s, rei s dia r parado, ires, o v u s o o ca te tod não fi demos Apren é preciso , lutar correr é mais que fundamental para concretização dos sonhos – sucesso antes do trabalho só existe no dicionário, por isso, corre filho, corra mais porque atrás vem gente – é assim que se vence na vida. Então, acordas cedinho todos os dias, pois atrasar no local de serviço transmite uma imagem de irresponsabilidade e não és nada próximo a isto, os teus filhos que o digam, em casa não sentem falta de nada, pois tudo dás para a família poder viver condignamente. Trabalhas com afinco e dedicação, profissional exemplar, ninguém pode julgar-te por isso - o típico trabalhador que entra cedo e sai tarde, afinal é precisar trabalhar mais para poder ser promovido e consequentemente ganhar mais dinheiro. Assim passam os dias, meses e anos acordando cedo para ir trabalhar, voltando tarde em casa, a família e apreciada aos pequenos finais de semanas, aqueles que permitem tirar uma ou duas fotografias para partilhar nas redes sócias, o portal do” sou uma pessoa feliz” – afinal todos nós temos esta necessidade de aparentar segurança e confiança perante os outros. Entretanto até onde esta imagem é verdadeira? A felicidade depende da forma como definimos ela. Como defines a tua? Será que as 08 horas de escritório/mais, bom salário e uns carros lindos são o suficiente? O dinheiro trás felicidade, adágio popular - embora eu acredite que ele ajuda, pois felicidade está na forma como se deseja que ela seja. A felicidade é interna, ela vem de dentro C A R A S D O S OYO | A G O S TO / S E T E M B R O 2 0 1 9
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de cada um. A felicidade não provem somente de factores externos, as vezes a felicidade já esta dentro de ti, dentro de mim, ou seja, se definires felicidade de acordo aos teus critérios, conseguirás direccionar/canalizar a sua energia para aquilo que achas realmente importante. A imagem de felicidade que se transmita nos canais de televisão não é real – trabalha, compra carros para a família, escreva os filhos nos melhores colégios e nos finais de semana, abandone a esposa e os filhos e beba com os amigos. A lógica capitalista tornou-nos menos humanos, não somos máquinas, ainda, porém, somos já menos humanos. Um ser humano na sua essência respeita e valoriza tudo o que está a sua volta - a natureza na sua mais vasta plenitude, pois ele é parte de tudo o que existe. O ser humano não é somente um instrumento de trabalho, trabalhar para ti, trabalhar para família e para o país crescer mas, morre antes mesmo de viver. É preciso viver, viver de verdade. Descobrir que a vida é uma grande aventura e que deve ser bem aproveitada. Sorriso no coração faz o rosto brilhar. É preciso viver, na flor, na criança, cuidar dos nossos, cuidar-nos a nós mesmo. Sim eu disse: nós, tu cuidas de ti e eu de mim, ouvir - o teu coração conversa contigo, portanto, respire fundo, aprecie a natureza e se escute, escute o que tu tens a dizer-te. TTEXTO| NLANDO TONA
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E RT A À ÃO IA S I AR AV UM ITER CIA N L DA ROVÍ P NA ZAIRE DO
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literatura possui um papel sociocultural importante, pois abarca diversos aspectos da sociedade. A acção humana materializada no papel provoca sensações e reflexões inimagináveis ao leitor, ou seja, trata-se de uma manifestação artística que utiliza a palavra para criar vidas. A matéria prima da literatura é palavra, pois atravéz dela o escritor se torna Deus, um lavra dor, com a enchada nas mãos afastando e adicianando suor, desejos e sementes que no fundo é a vida em ascensão jogados a sorte no papel. É uma das formas de comunicação, linguagem criativa - a arte das palavras. A literatura manifesta-se numa relação de proximidade com a realidade sociao-cultural do escritor, uma realidade que o escritor joga ao mundo para que possa ser de todos.
No contexto zairense cremos ser preciso um estudo profundo no que tange cultura, ou seja, é preciso sair da caverna da ignorância e abraçar os raios da verdade, pois só ela edifica. É preciso rebuscar as estórias escondidas nas montanhas. Um povo sem cultura é um povo dos jovens tem propagado de nas escolas primárias e assim por sem identidade e, um povo sem identidade é forma descontrolada aquilo à diante. chamamos alianação cultural, tudo menos um povo. afinal, não se pode amar aquilo Há muito ainda por se fazer. É O mozaico cultural da província do Zaire que não se conhece. Logo, as preciso impingir o hábito de é rico - a musíca dança e pesca provérbios instituições Públicas devem leitura aos mais novos, ou seja, enventos que possam tem de haver mais bibliotecas nas na agricultura que fez esta nova forma criar de viver, esta formalidade de agir nas promover cultura sem esperar instituições de ensino, pois, não história. Passaram gerações - o tradicional que outras regiões façam por se explica não existir uma única biblioteca em todas a escolas, resolveu problemas, óbitos, o casamento nós. A literatura é um mistério cremos que a falta deste recurso educou as famílias nas paisagens do Nzawvua por desvendar-se nas terra importante infraquesse tanto o – a estética poética. os dias de hoje somos obrigados apegar- do reino. Alguns escritores pofessor como os aluno. É preciso nos uma constante mudança. Dinamisar despositam as suas esperanças criar atividades leiterarias, a própria cultura é fundamental para num dia em que tudo dará certo, escritas criativa e critica sua própria sobrevivência. Podemos ser é um desafio profundo, pois este literárias. estrumentos ou promotores da mundança, dia nunca chega. Entretanto Precisamos mais leitura para a seguir caminho: nossa província. modernistas ou tradicionalistas – as é preciso escrever e publicar, promover escolhas são sigunlares. Porém, o fraco Texto | Ema Cambulo & Nlando Tona conhecimento da cultura local por parte debates e promover literatura carasdosoyo@gmail.com
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LESÃO OBSTÉTRICA DO PLEXO BRAQUIAL
O plexo braquial é a estrutura a partir do qual têm origem os nervos dos membros superiores. Ele é formado pela união dos ramos ventrais dos quatro nervos cervicais inferiores (C5, C6, C7 e C8) e pela maior parte ventral do primeiro nervo torácico (T1) e contribuições do quarto nervo cervical (C4) e segundo torácico (T2). Os ramos de C5 e C6 unemse para formar tronco superior, o C7 dá origem ao tronco médio e C8 e T1 unemse para formar o tronco inferior. Cada tronco fornece uma divisão anterior e uma posterior. A lesão do plexo braquial é comum em adultos, principalmente por acidentes de moto, onde ocorre distensão dos nervos. Já a lesão do plexo braquial obstétrica (PBO) ou do lactente é consequente a intercorrências durante o parto, isto é, criança com peso excessivo, tração aplicada a cabeça durante desprendimento do ombro, desproporção entre a cabeça e a pelve, são mecanismos em que vai haver um afastamento excessivo entre a cervical e o ombro, consequentemente, estirando as raízes nervosas. INCIDÊNCIA: essa patologia chega a ser 1 em cada 4000 crianças, embora venha diminuindo com o avanço da tecnologia, visto que o s obstetras podem prever a ocorrência e evitá-la.
Clinicamente ela se apresenta de três (3) formas: 1. PARALISIA DE ERB:É a forma mais comum de lesão. Caracteriza-se por dano às raízes nervosas superiores (C5 e C6) do plexo braquial. Ocorre paralisia flácida de todos os músculos inervados por essas raízes, como: deltoide, braquial, e bíceps. Logo, normalmente, o membro superior encontra-se hipotónico, A função da mão encontra-se preservada. 2. PARALISIA DE KLUMPKE: Ocorre com menor frequência. Trata-se de danos as raízes nervosas inferiores (C7, C8, T1) do plexo braquial. Os músculos afetados são os flexores do pulso e dedos e os músculos intrínsecos da mão. Logo, a motricidade do braço e antebraço e mantida. Enquanto a mão apresenta fraqueza muscular e déficit sensitivo 3. PARALISIA DE ERB-KLUMPKE: É a lesão total do plexo braquial. É rara e com difícil determinação da localização exata da lesão anatômica. A lesão afetará todo o braço, que se encontra completamente flácido. A distensão vigorosa das raízes nervosas ou do tronco do plexo provoca lesões que variam desde o edema das bainhas nervosas, bloqueando a condução nervosa, até a hemorragia e à formação de cicatrizes e, inclusive, a ruptura dos axônios.
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O bebê afetado se apresentará com postura assimétrica, com o braço afetado ao longo do corpo, ao invés do padrão flexor. Terá por falta de mobilidade e posição ocupada pelo membro em repouso. A atrofia manifestase após as primeiras semanas, de forma que
a criança continua a crescer e o braço permanece visivelmente menor. DIAGNÓSTICO: As manifestações clínicas como atrofia, hipo-mobilidade, edema, hematomas são indicativas. A eletroneuromiografia pode ser utilizada principalmente nos três primeiros meses objetivando localizar a lesão e definir o grau de envolvimento dos nervos. Além disso, toda criança com PBO deve ser investigada quanto a presença de lesões associadas como fraturas (úmero, clavícula ou parietal), paralisia de nervo frênico (nervo que inerva o diafragma) ou facial, ruptura ou hemorragia de esternocleidomastóideo e lesão cerebral. TRATAMENTO CLÍNICO: O tratamento é feito por imobilização pelo prazo de 1 a 2 semanas, com o objectivo de possibilitar a reabsorção da hemorragia e do edema. Para as crianças que não apresentam nenhuma melhora nos primeiros seis meses, o tratamento cirúrgico. O prognóstico varia de acordo a gravidade da lesão do plexo. Porém, o prazo máximo para a recuperação vária em 1 a 18 meses. Normalmente, é de 4 a 5 meses para as lesões superiores e 7 a 9 meses para as lesões inferiores.
TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO: A avaliação fisioterapêutica tem início com a motricidade, através dos movimentos activos e dos reflexos, como o de Moro; a amplitude de movimento de cada uma das articulações. O tratamento fisioterapêutico baseia-se na promoção das melhores condições possíveis para a recuperação da capacidade funcional, em proporcionar as condições ambientais necessárias para
os músculos poderem reassumir a função, e em treinar o controlo motor mediante exercícios. A Fisioterapia tem como objetivos: Evitar contraturas e aderências; Manter a amplitude de movimento; Promover estimulação motora; Promover estimulação sensorial; Pode-se utilizar técnicas como: Cinesioterapia passiva e activa; Electro-estimulação; Estímulos proprioceptivos; Hidroterapia Vale ressaltar que o fisioterapeuta deve respeitar o processo de desenvolvimento neuropsicomotor normal (DNPM) da criança, isto é, os estímulos devem progredir naturalmente de acordo com a evolução natural.
Texto | Marília Caio carasdosoyo@gmail.com C A R A S D O S OYO | A G O S TO / S E T E M B R O 2 0 1 9
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