EDIÇÃO 123: O Olimpo de Andrew Zeus

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POKER

ESPORTE E ESTILO DE VIDA

aNO 11 - N.123

CRIPTOGRAFIA E POKER O BEST-SELLER TEORIA DO POKER

TEÚDLO CONG ITA

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INÉDIT

O OLIMPO DE ANDREW ZEUS

PAULISTA VENCE MAIN EVENT DO PARTYPOKER WSOP CIRCUIT BRAzIL










Diretor Executivo Renato Lins

Aproveite os códigos qr

Editor Marcelo Souza

Ao longo da revista, você encontrará vários símbolos como esse. São “QR Codes”, uma espécie de código de barras que contém um link para internet. Na CardPlayer Brasil, os QR Codes direcionarão você, por exemplo, aos sites ou blogs dos nossos colunistas e a arquivos em PDF contendo trechos de livros publicados pela Raise Editora. Esses códigos podem ser escaneados em dispositivos móveis, como smartphones e tablets com acesso à internet. Basta instalar um leitor compatível com o sistema operacional de seu aparelho. Se o seu leitor estiver funcionando corretamente, o código acima direcionará você ao nosso portal: www. cardplayer.com.br.

Diretor de Arte Faytter Fabiano Webmaster Bernardo Benevides Jornalista Diego Scorvo Tradutor Igor Lins Colunistas Nacionais Cláudio Davino, Devanir “DC” Campos, Dr. Fabiano, Fabiano “Kovalski1”, Fábio “F1oba”, Felipe Mojave, Fellipe Nunes, Guilherme Chenaud, Ivan ”RoyalSalute” Santana, Ramon Sfalsin, Khatlen Mitzi Guse, Moacir Martinez, Thiago Decano, Vinicius Perri, Yuri Dzivielevski Colunistas Internacionais Alan Schoonmaker, Dusty Schmidt, Ed Miller, Jeff Hwang, John Vorhaus Suporte / SAC Heliana de Souza Endereço Raise Editora Ltda Rua Capivari, 304, Serra CEP 30220-400 - Belo Horizonte - MG Tel.: (31) 3225-2123 Impressão Gráfica Del Rey Operação em bancas: Assessoria Edicase www.edicase.com.br Distribuição Exclusiva em Bancas FC Comercial e Distribuidora S.A Manuseio FG Press www.fgpress.com.br


Carta ao Leitor

PAÍS DO POKER

Marcelo Souza - Editor @MarceloCPBR @MarceloCPBR Marcelo Souza

Este título não é novo e, provavelmente, terei de usá-lo mais vezes no futuro. O poker no Brasil é realidade. Pelo segundo ano consecutivo, recebemos o circuito internacional da World Series of Poker, desta vez com patrocínio do partypoker e presença de ninguém menos que Jack Effel, vice-presidente e diretor da WSOP. Torneios com premiações gigantes estão cada vez mais comuns em nosso País. Neste segundo semestre foram pelos menos três. E se o Brasil vai parar para acompanhar a reta final do Campeonato Brasileiro de futebol, atípico, mas um dos mais emocionantes dos últimos anos, a comunidade do poker também vai seguir o mesmo caminho. Afinal, ainda resta o BSOP Millions para encerrar o ano. Para aqueles que já estiveram na maior festa do poker brasileiro, não é difícil entender o porquê do “País do Poker”. Divagações à parte, não deixem de conferir nossa entrevista com Andrew Zeus, que conquistou de maneira cinematográfica o título do WSOP Circuit Brazil e também uma das maiores premiações do poker neste ano. Nossos artigos também estão imperdíveis, com uma verdadeira lição de Guilherme Chenaud e uma explicação brilhante de Implied Odds do livro Teoria do Poker. Boa leitura.


SUMÁRIO Ed Miller

20 CRIPTOGRAFIA E O POKER Ed Miller mostra que a criptografia e o poker têm mais semelhanças do que você pode imaginar.

Blefes Do Fundo do Baú

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no Poker

THE BOOK IS ON THE TABLE

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ESPECIAIS 40. O OLIMPO DE ANDREW ZEUS Em WSOPC Brazil com 14 anéis, o título do Main Event fica em casa. Veja a entrevista com o campeão.

26 FIELD SOFT NO LAPT LIMA No “Do Fundo do Baú”, relembre um dos inúmeros torneios ao vivo jogados pelo ex-profissional Diego Brunelli.

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TEORIA DO POKER

Aprenda o que é Implied Odds em um trecho do livro que é uma das bases do poker moderno.

E MAIS 60. CADERNO PARTY POKER Aprenda a jogar no partypoker

68. CARD CLUB Clubes de Poker

70. CARDPEDIA Resultados online GUILHERME CHENAUD

50 GUILHERME CHENAUD Chenaud mostra que os fracassos dos jogadores de poker são exclusivamente deles próprios e que colocar desculpas quando as coisas saem erradas trazem consequências bem ruins a um jogador.

Jonathan little

54 HISTÓRIAS DO POKER Matar trabalho para jogar poker, chegar a uma mesa final em famíia e os misteriosos óculos escuros. As curiosas histórias de Jon Little.

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UM PASSEIO RÁPIDO PELO MUNDO DO POKER

Real Poker adquire parte da Poker WEB Clique aqui para ler a matéria completa.

Dani “supernova9” Stern anuncia aposentadoria do poker 16/10 Clique aqui para ler a matéria completa.

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Chris Moorman revela detalhes do seu início no poker 06/10 Clique aqui para ler a matéria completa.

partypoker assina com Jason Koon 05/10 CLIQUE AQUI PARA LER A MATÉRIA COMPLETA.

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UM PASSEIO RÁPIDO PELO MUNDO DO POKER

Felipe Mojave é vice de dois eventos do WSOP Circuit Rozvadov Clique aqui para ler a matéria completa.

Gustavo “Vascão” Lopes crava o BSOP Curitiba 24/10 Clique aqui para ler a matéria completa.

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CRIPTOGRAFIA E O POKER Por Ed Miller

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odo jogador de poker deveria aprender um pouco sobre criptografia. De certa maneira, jogar poker é uma forma de criptografia. Deixe-me explicar.

Criptografia é a ciência de codificar informação. Normalmente, ela é usada para proteger a comunicação entre duas partes, assim uma terceira parte não pode entendê-la. As pessoas tentam encriptar suas mensagens há séculos, o que torna a área de criptografia cada vez mais relevante.

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Toda inovação na área visa resolver um problema: encontrar o equilíbrio entre usabilidade e segurança. Caso você esteja interessado apenas em segurança, a solução é incrivelmente simples: o one time pad (OTP), uma técnica de criptografia que não pode ser quebrada, se utilizada corretamente.

número correspondente. Se nossa letra é E e o número aleatório é 3, então em nossa mensagem cifrada usaremos a letra H, porque H está três letras depois da letra E.

Vamos supor que temos uma mensagem de 140 caracteres em português e queremos codificá-la para que apenas o destinatário possa lê-la. Antes de enviarmos o texto, geramos uma lista de 140 números aleatórios de 0 a 26. Nós escrevemos os números em uma folha de papel e entregamos ao nosso destinatário. Para cada caractere em nossa mensagem, nós colocamos o

Mas como isso funciona na prática? Bom, eu gero essa lista de 140 número aleatórios, escrevo em um papel e entrego a um amigo. Ele decide fazer uma viagem para o outro lado do mundo e eu preciso entregar uma mensagem cifrada a ele. Eu então transformo cada caractere de acordo com os números e a chave que combinamos. Caso eu queira, posso postar esta men-

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sagem em qualquer lugar, uma vez que não fará sentido para ninguém, apenas para ele, que tem a chave para decifrá-la. Isso é uma codificação perfeita. É impossível para que uma terceira pessoa consiga quebrar esse código. Isso porque cada peça dessa mensagem é aleatoriamente independente. Não há padrão entre os 140 caracteres da mensagem. No entanto, eu preciso mandar outra mensagem para este mesmo amigo, mas ele segue viajando. Não há como eu entregar outro papel com números aleatórios para ele, então eu uso o mesmo código. Pronto, a codificação agora já não é mais perfeita. Isso porque agora há um padrão. Essa é a usabilidade que falei mais acima. Se você usa números aleatórios uma vez, a segurança é perfeita, mas caso você comece a repeti-los, pela facilidade de não ter quer gerar novos números aleatórios, então seu código será facilmente quebrado. Há muitas histórias de militares que usavam o OTP para codificar suas mensagens. Os códigos eram distribuídos em blocos de notas, que eram descartados logo após o uso. Todo ramo da criptografia se dedica a criar algoritmos que permitam a reutilização de códigos (usabilidade), mas que sejam impossíveis de decifrar (segurança). Poker Mas o que isso tudo tem a ver com o poker? No poker, você está tentando fazer duas coisas de uma vez. Primeiramente, colocar o máximo de dinheiro possível com as suas melhores mãos. Ao mesmo tempo, você quer esconder ao máximo a força da sua mão. Como na criptografia, é muito fácil estar totalmente seguro, ou seja, não dar a seus oponentes nenhuma informação. Basta jogar aleatoriamente. A cada ação, sorteie um número aleatório e faça o que ele manda. É uma estratégia bem flexível, uma vez que ao escolher os números é possível escolher se você quer jogar 20, 50 ou 80 por cento das mãos. Não importa qual estratégia você escolha, desde que cada ação sua seja determinada por um número aleatório, ninguém poderá lê-lo.

Claro que se você jogar desse jeito, eventualmente estará quebrado. Por quê? Porque muitas vezes estará colocando muito dinheiro com mãos ruins e pouco com as mãos boas. Mas principalmente nos limites mais baixos, os jogadores se preocupam tanto em apostar alto com as mãos boas e nada com as ruins que eles criam padrões altamente decifráveis. Quando eles enfrentam bons jogadores é quase como se estivesse jogando com suas cartas abertas. Grandes jogadores quebram códigos. Eles identificam padrões e conseguem esconder ao máximo os seus próprios. No cenário perfeito, você jogaria de forma imprevisível e conseguiria decifrar todos os padrões dos adversários. Esqueça. Isso é humanamente impossível. Você não pode esconder todas as informações sobre o seu jogo, mas pense que se conseguir “codificar” ou “descodificar” uma informação ou outra, já será um grande avanço em seu jogo. Para aprender mais sobre criptografia, eu aconselho o livro The Code Book: The Science of Secrecy from Ancient Egypt to Quantum Cryptography, escrito por Simon Singh, ainda sem tradução em português.

Ed Miller @edmillerauthor notedpokerauthority.com

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Ed Miller é uma das maiores autoridadets mundiais em teoria do poker. Ele é instrutor do stoxpoker.com


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Do Fundo Do BaU O poker é um esporte que está em constante evolução. Axiomas não existem, conceitos são criados, paradigmas são quebrados. No entanto, como em qualquer outra área, conhecer o passado é fundamental para planejar o futuro. Nesta seção, o leitor poderá mensurar um pouco dessa evolução e entender como o pensamento sobre o jogo mudou nos últimos anos. É com certo ar de nostalgia que, a cada edição, traremos para vocês os primeiros artigos publicados na Card Player Brasil. O que ainda pode ser aplicado no poker moderno? O que está ultrapassado? Descubram lendo os textos Do Fundo do Baú.

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AUTORIDADE EM POKER

ANO 3 - N.35

mais COMO EVITAR ERROS GROSSEIROS CONFIRMADO LAPT NO BRASIL

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Comentários & Personalidades

Field Soft no LAPT Lima

cabei de voltar de Lima, de uma semana que certamente já está na história do poker latino-americano. Confesso que quando assisti ao anúncio do LAPT Peru, na festa de abertura do LAPT Punta Del Este, fiquei bastante cético em relação ao seu sucesso. Para falar bem a verdade, achei que seria um desastre. Isso porque eu já tinha visitado o Peru há uns três anos e, tirando a beleza de lugares como Machu Picchu e Cuzco, o restante do que conheci me deixou uma impressão de pobreza e pouco desenvolvimento. Então, quando foi anunciado que o próximo LAPT seria no Peru, fiquei com aquela sensação de “não pode ser...” Mas, na minha visita anterior ao Peru, o bairro Miraflores, em Lima, tinha passado totalmente despercebido. É a região mais bacana da capital peruana. Tem desde prédios comercias, shoppings, hotéis e restaurantes, todos sobre uma encosta rochosa de frente para o mar, até o Casino Atlantic City. Só então fui saber que ele é considerado um dos maiores e melhores cassinos da América do Sul.

fold ali, apesar de ser raro eu dar call com suited connectors fora de posição. Eu poderia ter tribetado, mas achei melhor não, pois o austríaco também estava jogando tight até o momento, e não estava isolando tantas mãos assim, então eu achava que o range dele fosse tight, apesar dos limpers. O flop veio 5♦ 9♣ J♣, todos deram check e ele fez uma continuation-bet de pouco mais de metade do pote. Eu não acho bom um raise nessa situação porque, além de o flop acertar também os ranges dos limpers, o austríaco certamente não estava blefando ali e poderia facilmente ter 99, JJ+ ou duas overcards com flush draw, de modo que eu não vejo como ele poderia dar fold diante

Bom, mas foi só quando o torneio começou que se pôde perceber o sucesso que ele seria. Estrutura do cassino impecável, mesas alinhadas, dealers a postos, equipes de televisão e imprensa, e, finalmente, 384 jogadores que iriam começar a disputa por quase 1 milhão de dólares em prêmios. Esse foi o segundo maior LAPT da história. Cartas na mesa, agora vamos falar de poker. Minha primeira mesa, assim como o field do torneio em geral, era muito “soft”. O Dia 1 começou com uma estrutura bem deep stacked, com 20.000 fichas, blinds de 50/100 e níveis de uma hora de duração. Comecei jogando bem tight, participei de poucas mãos na primeira hora. Já que a estrutura permitia, resolvi prestar bastante atenção à mesa e ter uma ideia sobre cada jogador antes de começar a me envolver com mãos marginais. Acho que no segundo level de blinds eu já tinha uma boa noção sobre cada um da mesa. Isso porque o número de limps, calls e showdowns foi muito alto. O único jogador que se sobressaía era um austríaco de 19 anos, regular de cash game NL1K do PokerStars. Fora ele, o resto era fish-maniac ou loose-passive. E a maioria da mesa era muito calling station. Logo,

de um check-raise. Fora isso, tenho odds suficientes para dar call e jogar só pela força da minha mão e, quem sabe, continuar com algum dos limpers no pote. Estes deram fold e o turn foi uma Q♥. Dei check e ele apostou 1 /3 do pote. Nesse momento, ele me deixou confuso em relação ao que ele queria que eu fizesse. Podia ser uma aposta para controlar tamanho do pote, também para preparar um possível blefe no river ou ele poderia estar tentando induzir um check-raise. Mas, em caso de blefe, poderia ser também mais uma tentativa de me tirar do pote, já que a dama estava no range dele. O fato é que

Mas nem tudo saiu como planejado Por Diego Brunelli

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havia muito pouco espaço para blefe. Durante o torneio todo, tive muitas flutuações de stack. Vou contar algumas das principais mãos e os fatores que eu considerava quando me envolvia nelas. A primeira mão mais expressiva em que me envolvi foi justamente o que eu vinha planejando para não acontecer: contra o austríaco, fora de posição. No segundo nível (75/150) dois limpers (o que era muito comum) entram de posição inicial e ele isola de posição intermediária. Eu tinha 8♣ 7♣ no big blind. Por estar certo de que os limpers iriam participar junto e por estar muito deep, eu não iria dar

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Comentários & Personalidades

eu resolvi não dificultar aquela situação inventando algo criativo e apenas dei call, pois ainda tinha muitas odds. O river foi blank e ele fez o que parecia uma value bet. Como eu dei fold, não tive showdown para obter mais informações sobre como ele jogava. Acabei jogando a mão de forma passiva, mas essa foi a melhor forma que eu encontrei. Com blinds de 100/200, o austríaco abre com 525 de middle position e o cutoff dá call. Eu tenho QQ no small blind e faço tudo 1.750. A ação volta e ele e me dá 4-bet para 5.400. De novo eu estava fora de posição contra o austríaco e me sentindo desconfortável. No começo dessa mão, eu tinha 17.000 fichas. Minha imagem na mesa era bem tight. Pensei um pouco e dei fold. Apesar de não ter sido um fold fácil, algumas coisas me ajudaram. Eu tinha ficado amigo do austríaco na mesa, e estávamos conversando bastante quando não envolvidos em alguma mão. E eu falei para ele que ia ser um fold difícil, que eu tinha uma mão boa, e ele então me disse algo do tipo: “Nah, você está dando squeeze”. Isso me ajudou a dar fold, pois considerei claramente uma tell reversa. Fora isso, nesse momento ele tinha mais de 30K em fichas, e certamente não daria fold em AK depois de ter dado 4-bet de quase 1 /3 do meu stack. Mais tarde, no fim do dia, saímos conversando do CardPlayerBraSIl.Com

cassino e, como haveria um remanejamento de mesas para o segundo dia, ele não se importou em me dizer que tinha KK. Mas, mesmo que tivesse AK, eu não teria ficado triste com meu fold, porque, como eu disse, a mesa era muito fraca, e eu ainda teria situações bem melhores do que um coinflip para tentar construir stack. Depois de mais algumas mãos eu fiquei reduzido a 14K, não conseguia encontrar boas situações e dificilmente recebia alguma mão jogável, até que, no button, recebi AQo e dei call em um raise de um fish-maniac. O flop veio Q-high e ele blefou nas três streets com par de seis. Depois disso, tive mais algumas boas mãos e fui para o intervalo com 27.000 fichas. O fato de eu ter recuperado rapidamente meu stack me deixou confiante e me fez esquecer a forma como eu tinha ganhado as fichas. Praticamente todas as mãos tinham sido no showdown. E, na volta do break, depois de mais ou menos 30 minutos, meu stack caiu de 27K para 9K. Apareceram alguns coolers no meio do caminho, mas pelo menos em dois potes eu perdi muitas fichas por blefar contra os calling stations, que eram maioria na mesa. Foi muito frustrante ver meu estoque reduzido a 1 /3 logo depois de voltar do break. Nessas horas, o mais fácil é botar o resto fora.

Mas eu relutei ali e tentei me concentrar para jogar muito tight de novo, pois sabia que, se eu acertasse qualquer coisa, eles iriam me pagar tudo. E eu me aproveitaria da minha imagem, que estava destruída após ter perdido vários potes em sequência e mostrado alguns blefes. Tive sorte de dobrar logo em seguida em um confronto de KK vs. JJ all-in pré-flop e voltei para 18K. A partir daí, foquei em não dar “spew” (vomitar) em mais nenhuma ficha e abusar de overbets e value bets com minhas mãos boas. Acabei o Dia 1 com 43K. Para o Dia 2, as mesas foram sorteadas novamente. Com blinds de 500/1.000, comecei o dia como small blind. Nem deu tempo de conhecer a galera da mesa direito, no meu primeiro UTG recebi A♥ K♥ e abri raise de 2,5K. Recebi calls do button e do BB. O flop veio 5♦ 7♦ K♣. Saí apostando 5,5K no flop, o button deu fold e o BB foi all-in com 17,5K. Eu dei call, ele mostrou KK. Isso diminuiu meu stack pela metade, mas ainda não era hora de se desesperar. Não demorou muito para eu perceber que a mesa no Dia 2 era quase igual à do Dia 1: muitos calling stations, muitos showdowns, alguns jogadores entrando de limp com menos de 20BB. Até que o UTG+1 entrou de limp com 1,2K, o jogador à minha direita (que era um short stack agressivo) foi all-in com 15K e eu empurrei por cima com 17K. O limper deu fold e meu AJ se segurou contra ATo. Quebrada a mesa, quando estou chegando à mesa nova, tem um pote imenso sendo disputado. Nacho Barbero dá raise de middle position, toma uma 3-bet do cutoff e o button vai all-in. Nacho vai all-in e o cutoff paga. Nacho tem JJ, o cutoff tem KK e o button estava fazendo um move com QTs. No turn aparece um valete e Nacho ganha um pote de 200K. E eu, que tinha acabado de chegar, me sentei exatamente à direita do novo chip leader. Que fase! Curiosamente, nesse momento, à esquerda de Nacho estava o america63

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Comentários & Personalidades no Ben Barrows (que estava com stack menor que o meu) e, à esquerda dele, uns 15 minutos mais tarde, chegou à mesa Jacob Baumgartner, que era o segundo em fichas. Então nem precisa comentar que a minha situação não era nada agradável. Eu tinha 20BB e, dos três jogadores à minha esquerda, dois tinham os maiores stacks do torneio e outro era um short stack que parecia saber bem o que fazia. Infelizmente, passei muito tempo sem ter nenhuma mão próxima do jogável. E a mesa mantinha um ritmo de agressividade muito alto, com vários jogadores bons. As melhores situações que eu encontrava para ganhar fichas eram quando a mesa rodava em fold e eu podia ir all-in no blind do Nacho. Isso aconteceu três vezes e na primeira, para minha surpresa, ele deu fold com A-high quando eu fui all-in com 16BB. Na segunda oportunidade que rodou em

fold, fiz o mesmo. Meu stack ficou oscilando entre 15BB e 22BB por um bom tempo, até que, na terceira vez, empurrei tudo com KJo e Nacho (pela 2ª vez tendo A-high num situação de “blind vs. blind” contra mim) resolveu dar call com A5s. Um call fácil, por sinal. Não bateu nada e eu acabei caindo mais ou menos em 70º, faltando 22 jogadores para a bubble. Realmente era o torneio dele. Na mesa semifinal, quando era o 5º em fichas, ele abriu raise de posição inicial, tomou 3-bet de Chris Conrad (um jovem americano muito bom e agressivo) e resolveu dar 4-bet all-in colocando seu torneio em risco. Chris, depois de pensar um pouco, deu call com AQo e Nacho mostrou 84o. Um pote gigante ficou no centro da mesa, até bater um 8 no river e deixar Nacho com a mão no bicampeonato. Uma última curiosidade desse torneio: eu havia dito que, quando cheguei à mesa,

Outra Análise Sobre se Perdoar Por cometer erros e por tomar boas decisões que não dão certo Por Alan N. Schoonmaker

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eu amigo Barry Tanenbaum recentemente escreveu uma coluna chamada “Perdoe-se” (Card Player Magazine, 24 de março de 2010). Ele se baseou no epílogo do seu excelente livro Advanced Limit Hold’em Strategy.

Quando li esse epílogo, meu primeiro pensamento foi: “Barry ficou religioso ou se juntou a algum grupo New Age?” Mas, depois de refletir a respeito, percebi que essa foi a melhor maneira de ele terminar seu livro. Eu então resolvi fi nalizar meu próprio livro, Poker Winners Are Different (em breve em português pela Raise Editora), com o mesmo argumento: “Para melhorar seu jogo, você precisa experimentar novas maneiras de pensar e agir, e algumas delas vão causar erros dolorosos. Se você não conseguir se perdoar, vai insistir nesses erros e ficar resistente a 64

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correr riscos essenciais”. Uma recente conversa me convenceu de que é preciso levar esse princípio adiante. Não se perdoe apenas por cometer erros. Perdoe-se por tomar boas decisões que não dão certo. Você pode achar que esse tipo de perdão é desnecessário, mas muitas pessoas se criticam amargamente por tomar tais decisões. Por exemplo, um jogador de cash games me disse que raramente joga torneios, em parte por que ele “cometeu um erro terrível” no único torneio significativo de que participou.

Ben tinha um stack menor do que o meu, de uns 15BB aproximadamente. Quem o dobrou foi justamente Nacho, em um all-in pré-flop em que o 99 de Ben se segurou contra AKs do argentino. No heads-up final, eles voltaram a se encontrar, mas dessa vez Nacho levou a melhor. Parabéns a Jose “Nacho” Barbero, por um feito inédito na história do poker latino-americano. Agora vamos lotar o LAPT de Floripa, que tem tudo para ser o maior de todos os tempos! ♠ Diego Brunelli é um dos principais jogadores de sit ’n go do país e membro do PokerStars Team Online. Ele também pode ser encontrado no seu blog, vgreen22.net.

“Eu era o chip leader e estávamos todos na zona de premiação. A prize pool total era de cerca de $30.000. Uma moça que tinha o segundo maior stack deu raise e eu voltei reraise com par de ases. Ela foi all-in e eu achei que ela tivesse reis. Meu instinto me disse para não dar call. Eu tinha fichas o bastante e não devia colocá-las em risco contra o único outro stack alto. Mas eu não escutei minha intuição. Dei call, ela flopou outro rei e eu perdi muitas fichas”. O ponto crítico é que ele sentiu que tinha cometido um erro, mas sua decisão era praticamente automática. Ele tinha 80% de chance de eliminar o segundo maior estoque, o que o tornaria favorito para ganhar o torneio. Como o primeiro lugar recebe muito mais que o segundo, e o segundo muito mais que o terceiro, dar fold seria um terrível erro. Ele precisa fazer mais do que se perdoar por um erro que não cometeu. Ele tem que aceitar a inevitável variância do CardPlayerBraSIl.Com


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THE BOOK IS ON THE TABLE

Em qualquer biblioteca que se preze, os clássicos têm lugar garantido na prateleira. Na literatura do poker acontece a mesma coisa. Nesta edição, o The Book Is On The Table traz um clássico absoluto do ramo, o Teoria do Poker. O autor, David Sklansky, tem desenvolvido ao longo últimos 30 anos um trabalho fundamental para evolução do jogo, estruturando conceitos que compõem a base do poker moderno. Voltado para os milhões de jogadores de poker que conhecem os fundamentos, mas não compreendem completamente a lógica e os princípios do jogo, este é um guia sério e abrangente que mostra como pensar tal qual um profissional. Teoria do Poker o leva para dentro da mente dos maiores jogadores do mundo, e ensina todos os fatores importantes que devem ser considerados em situações específicas, antes de se determinar o que fazer. Fala, ainda, sobre conceitos gerais do poker que se aplicam a praticamente todas as variantes, descrevendo a linha de raciocínio dos jogadores de nível avançado. Através de exemplos, analisa cada aspecto de uma mão, desde a estrutura de antes até o momento em que a última carta é aberta, em modalidades Hold’em, Seven-card Stud e Razz. Inclui também as regras básicas das variantes e um glossário de termos de poker.

Capítulo 7 – IMPLIED ODDS E REVERSE IMPLIED ODDS Durante as rodadas iniciais e intermediárias de apostas, pagar apostas futuras geralmente reduz, de forma considerável,as suas pot odds aparentes, e você precisa calcular as suasodds efetivas ou reais. Entretanto, há casos nos quais a existência de apostas futuras é exatamente a razão pela qual você entra na mão. As suas pot odds imediatas podem não parecer suficientes para justificar um call para ver mais uma 34

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carta. Mas, se essa carta puder lhe dar um monstro, que possivelmente vai conseguir muita ação, muitas vezes não é preciso ter as pot odd iniciais: você vai consegui-las depois. Elas são conhecidas como implied odds. Implied Odds Implied odds se baseiam na possibilidade de ganhar dinheiro nas rodadas finais de apostas, além do que já existe no pote. Mais

precisamente, as suas implied odds são o resultado da divisão entre a vitória total esperada quando a sua carta surgir e o custo de pagar uma aposta naquele instante. No hold’em, um bom exemplo de uma mão jogada pelas implied odds ocorre quando você tem um par baixo na mão. As suas chances de acertar uma trinca no flop são de cerca de 8-para-1, mas esse par baixo vale a pena ser jogado na maioria dos casos, ainda que esteja conseguindo 5-para-1. Se houver


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$50 no pote e você precisar colocar $10 em uma mesa $10-$20, as suas pot odds são de aproximadamente 150-para-10, ou 15-para-1, uma vez que se espera lucrar $100, em média, quando acertar a trinca. Obviamente, se não vier, em geral é preciso largar a mão em vez de pagar uma aposta no flop. Em discussões anteriores, nós nos deparamos com as outras situações nas quais as implied odds estavam presentes. No Capítulo 4, sobre as estruturas de ante, afirmamos que em jogos com antes baixos e uma aposta inicial baixa em relação às apostas futuras, vale a pena ficar mais loose do que o ante baixo indicaria apenas para a aposta inicial. Isso porque as apostas altas das rodadas finais lhe

TÍTULO: TEORIA DO POKER (The Theory of Poker). AUTOR: David Sklansky NÚMERO DE PÁGINAS: 362 PREÇO: R$ 79,00 DISPONÍVEL EM: www.raiseeditora.com

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dão boas implied odds. Por exemplo, as mesas $1-$3 e $1-$4 de seven-card stud que encontramos em Las Vegas começam com uma aposta de 50 centavos. Ficar tight demais não é correto em função dessa aposta inicial, sobretudo contra os jogadores fracos que você tende a encontrar nessas mesas. Quando for possível ver a quarta carta por apenas 50 centavos, você deve, por exemplo, dar call com qualquer par se as suas cartas estiverem “vivas”- ou seja, se poucas cartas dentre aquelas que você precisa estiverem entre as cartas abertas dos seus oponentes. Eis o motivo pelo qual as suas implied odds são enormes. Ao acertar dois pares ou, ainda melhor, uma trinca, você deve conseguir muita ação de mãos inferiores, especialmente quando seu par inicial estiver oculto.


OS MELHORES BARALHOS DO MUNDO

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O OLIMPO DE ANDREW

WSOPC BRAZIL DISTRIBUI 14 ANÉIS, E TÍTULO DO MAIN EVENT FICA EM CASA

Por Marcelo Souza

As expectativas foram superadas na volta da World Series of Poker Circuit ao Brasil. O gigantesco pavilhão da Bienal, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, foi tomado por amantes e entusiastas do poker entre os dias os dias 27 de setembro e 04 de outubro. Jack Effel, vice-presidente, diretor da WSOP e uma das maiores autoridades do poker mundial, desembarcou pela primeira vez na América Latina para participar da abertura do evento. Em um discurso contagiante, ele falou sobre como o Brasil já é uma das grandes potências do poker mundial.

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Ao longo de uma semana de muito poker, foram distribuídos 14 anéis personalizados e algumas das maiores premiações da temporada nacional. O campeão do Main Event do ano passado, o cearense Oderlândio Moura, se juntou ao seleto grupo de brasileiros com dois anéis do circuito ao vencer Deep Satck Hero e faturar R$ 65.000. No heads-up, ele venceu o seu irmão Odelmilson Moura. Thiago Crema, jogador e sócio do time 4Bet, também conquistou seu segundo anel do WSOPC — e novamente em um torneio High Roller. Assim como na edição de 2016 do evento no Uruguai, ele embolsou um dos maiores prêmios da série: R$ 236.000 no High Roller Big Diamond, torneio com R$ 8.000 de buy-in. Na onda dos bicampeonatos, Marco “wrawras” Antunes — aquele mesmo que cravou o Spin&Go de US$ 1.000.000 em 2015 no PokerStars – aumentou para dois sua coleção de anéis do WSOPC. No ano passado, ele conseguiu a façanha no Uruguai, em 2017, ele repetiu o feito no Main Event Turbo Edition. MAIN EVENT Mas como o esperado, o grande destaque da série ficou por conta do Main Event com premiação garantida de R$ 3.000.000, que pagou para o campeão um dos maiores prêmios do poker nacional em 2017, mais de meio milhão de reais. Realizado em seis dias, o torneio registrou 939 entradas de R$ 3.300 e o campeão foi Andrew “Zeus” Kustor.

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Na luta pelo título, Andrew mostrou que o seu apelido não é por acaso. Restando 10 jogadores, ele chegou a ter o menor stack entre os sobreviventes e foi o responsável pelo estouro da bolha da mesa final, uma bolha de quase duas horas. Ainda assim, o jogador de 27 anos de Indaiatuba, São Paulo, entrou apenas com o 7º maior stack entre o nove finalistas. AJUDA DO OLIMPO Com um jogo short-stack perfeito, Andrew conseguiu sobreviver até o 3-handed, quando ficou muito próximo deixar o torneio. Com cerca de 20 big blinds, ele se envolveu em all-in pré-flop contra o argentino Ezequiel Waigel. Segurando Q♦J♦, ele precisaria de um pequeno milagre para derrubar os Reis do hermano. O flop 10♦ 2♦ 10♠ já mostrou que o destino estava escrito, destino este corroborado pelo A♦ que apareceu no turn. Na sequência, Waigel caiu pelas mãos do próprio Andrew. No heads-up, Andrew teve que superar dois grandes obstáculos: o grinder Renan “Aziz.mancha” Aziz e uma montanha de fichas quase duas vezes maior que a sua. Mas o futuro desenhado no 3-handed jamais foi reescrito. Andrew conseguiu a virada e o título de forma emblemática, o “Rei do Deuses” não poderia vencer de outra forma senão acertando um Rei, e após ir all-in com K-9, a pequena vantagem que Renan possuía, A-5, logo foi por água baixo no flop 7♥ K♣ 4♣. O título ficou em ótima mãos e o porquê, você confere logo a seguir na entrevista com o campeão.


RESULTADO FINAL DO MAIN EVENT: 1. Andrew “Zeus” (Brasil) R$ 550.000 2. Renan Aziz (Brasil) R$ 350.000 3. Ezequiel Waigel (Argentina) R$ 250.000 4. Bruno Borges (Brasil) R$ 190.000 5. Gutti Camargo (Brasil) R$ 140.000 6. Pedro Rodrigues (Brasil) R$ 105.000 7. Kristen Bicknell (Canadá) R$ 83.000 8. Cláudio Lorenzi (Brasil) R$ 66.000 9. Rodrigo Alvarenga (Brasil) R$ 50.000

Mesa final do Big Bet, com o campeão, Fred Volpe, sentado ao centro.

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Brazilian Storm teve 2.224 entradas e Felipe Kantu (último em pé, da esquerda para direita).

Mesa final do 8-Game, que teve como campeão Rodrigo Garrido (sentado ao centro).

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ANDREW “ZEUS” KUSTOR Marcelo Souza: Qual sua relação com o poker? Andrew “Zeus”: Sou jogador de cash game Omaha, no qual me dedico diariamente. Concilio a rotina com os torneios ao vivo no interior paulista e na capital. Procuro sempre jogar os grandes eventos. No online jogo muito pouco, ainda tenho muito que amadurecer. MS: A força do seu apelido foi mostrada nas mesas. De onde surgiu a ideia de Zeus? AZ: Fui atleta de Luta de Braço, o famoso braço de ferro, por mais de 10 anos. Conquistei títulos nacionais e internacionais. Com essa paixão, montei uma equipe que se chamava Zeus Team. Fomos o melhor time do Brasil por dois anos. Nessa mesma época, eu tinha uma loja de suplementos que se chamava Zeus. Então, logo que comecei a jogar poker, não tinha apelido melhor para escolher. MS: Jogar um torneio tão caro como esse requer planejamento para profissionais. Como foi seu? AZ: Sempre jogo os grandes torneios em São Paulo. As estruturas são fantásticas e a boa jogabilidade se mantém do início ao fim. Semanas antes, começo a montar a reta e a procurar hotel. Então, eu já sei o que vou jogar e quando vou jogar, intercalando sempre com os cash games, que são excelentes nesses dias. Nesse WSOPC, em especial, foi complicado. O começo da reta foi horrível e no cash perdi bastante. Já no terceiro dia de evento, eu estava quase indo embora. Conversei com a minha esposa e ela me incentivou a tentar mais um dia, que ela acreditava que aconteceria algo bom. Foi então

que joguei o último satélite do Main Event, por R$ 500, e consegui a vaga, e aí que o sonho começou a se tornar realidade. MS: No Brasil, em torneios com premiações tão grandes é bastante comum que haja acordo entre os jogadores. Por que não aconteceu nesse caso? AZ: Na verdade, houve a tentativa no 3-handed, mas a política da WSOP não permite acordos, então tudo teria que ser feito por fora, apenas na confiança. Achamos melhor seguir com o jogo e evitar problemas. MS: Você jogou short em grande parte do torneio, inclusive entrou com um dos menores stacks na mesa final. Você se sente confortável jogando dessa maneira? Qual foi a estratégia adotada que lhe permitiu sair de uma situação tão adversa e chegar ao título? AZ: Apesar de ser jogador de cash, me senti bem confortável. Na maior parte do torneio fiquei entre os 8 e 20 big blinds. Mas eu estava muito tranquilo e focado. Tinha consciência que qualquer erro, nessa faixa stack, é fatal. Na mesa final, eu construí uma imagem tight até conseguir ter um stack mais confortável e soltar o jogo. Creio que funcionou bem na prática. Meu adversário no heads-up foi chip leader por toda mesa final e até o 3-handed, evitei jogar potes contra ele. Minha imagem sólida ajudou muito a construir blefes, ainda mostrei alguns para desestabilizar os adversários (risos). MS: Falando em 3-handed, você quase foi eliminado ao ir all-in com J-Q. qual foi a sensação ao ver o oponente mostrar K-K?

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Mesa final do Ladies Event. Título ficou com Gabriela Oliveira (primeira sentada da esquerda para direita).

AZ: Foi um balde de água fria, mas logo em seguida tive a certeza que iria bater os meus 20%. Minha torcida era muito forte, não tinha como os “oritos” não darem as caras (risos). Até aquele momento, eu não tinha aplicado uma bad beat no torneio. Eu sabia que seria ali. Para chegar em um título assim é necessário momentos de sorte. Esse, com certeza, foi um desses. MS: Em entrevista ao site Poker Dicas, você disse que quase desistiu de jogar poker várias vezes. Por quê? AZ: O poker é um trabalho árduo. Se manter regular exige um esforço psicológico absurdo. Tive algumas fases ruins em que duvidei do meu potencial, mas, no dia seguinte, eu levantava a cabeça e corria atrás, sempre contando com o apoio da minha família.

MS: Você ganhou quase 400 mil reais (descontando os impostos). O que você planeja fazer com o dinheiro? AZ: Sempre busco melhorar o bem estar dos meus filhos e da minha mulher, todo meu esforço é pra eles, para o futuro que espero construir pra eles. Em relação ao poker, quero fazer coaching pra aperfeiçoar meu jogo online e ao vivo. Para o ano que vem, quero fazer uma minitemporada em Las Vegas e continuar jogando os grandes torneios no Brasil. MS: Alguma consideração final? AZ: Só queria agradecer a meu amigo William Camaro e a todos que torceram no Mandala, King e Nice, clubes que costumo jogar. Foi fantástica a festa que fizeram.

Confira todos os jogadores que conquistaram um anel do WSOP Circuit Brazil: 46

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Não seja

preguiçoso! Por Guilherme Chenaud

A

evolução no poker não passa por um modelo de aprendizado preguiçoso. Ainda que você compreenda bem isso, muito provavelmente não está agindo de acordo nas mesas.

O poker evoluiu muito rapidamente nos últimos cinco anos e já não há mais espaço para o jogador talentoso e desleixado se sobressair sobre seus adversários. Haverá ainda menos espaço para esse perfil de jogador nos próximos anos. Para aqueles que ainda não ocupam um lugar ao sol e querem fazê-lo, o trabalho deve ser ainda mais dedicado e metódico. O que me levou a falar sobre isso, neste artigo? Depois que comecei a minha trajetória como instrutor de time e professor de cursos de poker, pude notar claramente essa lacuna no aprendizado dos jogadores: tratar o geral como específico e o específico como geral.

Guilherme Chenaud

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Baiano de espírito contestador e alma de filósofo, Chenaud é profissional desde 2008. Especialista em torneios, ele acumula mais de um milhão de reais de lucro na internet. É um dos fundadores do Line Up Poker.


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O poker é um microssistema da vida, logo, quão mais minucioso e detalhista você for nas suas análises, maiores serão suas chances de encontrar uma melhor decisão subsequente. Um exemplo claro dessa generalização preguiçosa, que muito atrapalha a qualidade das decisões dos jogadores menos dedicados, é tratar todo fish (jogador fraco) como uma coisa só. Acho muito curioso como diversas decisões com fundamentos equivocados são justificadas com: “O adversário era um fish, então eu optei por...”, “dei esse call no river porque o cara era fish e jogava toda mão”. Essa análise pobre pode prejudicar absurdamente a qualidade das suas decisões e também a sua evolução no poker. Quando você rotula um jogador como fish é fundamental que você o categorize. Siga observando atentamente o seu comportamento, objetivando enxergar padrões, porque ele pode ser fish por jogar muitas mãos marginais,

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porém não blefar nunca o river (a segunda ação não é uma consequência natural da primeira). Ele pode ser fish por pagar todos as 3-bets ou por não defender o big blind numa frequência mínima satisfatória. Pode ser fish porque paga muito e aposta pouco ou por apostar sempre o pote em todas as streets. Enfim, não dá para você rotular o cara como fish e ficar satisfeito com essa qualificação. É muito pobre e não atende as suas necessidades para tomar decisões melhores. O outro lado da moeda também ocorre bastante: generalizar eventos específicos e tratá-los como verdade absoluta. Exemplo: você dá raise e toma duas 3-bets seguidas do mesmo oponente. Imediatamente já rotula o cara como superagressivo que faz 3-bets lights e não leva em consideração que ele pode ter recebido duas mãos de grande valor.


Esse rótulo indevido vai lhe custar lá na frente uma decisão importante, porque você vai interpretar mal a pessoa por pura preguiça de analisar o cenário com uma profundidade maior. Seguir observando o comportamento do adversário é fundamental nesse processo de conhecimento. É preciso fazer mais, muito mais que isso. As “notes” devem ser o mais específicas possíveis para otimizar as decisões contra todo adversário que enfrentar. Jogue menos mesas e se acostume a fazer notes com essa qualidade. Você vai perceber como o seu ajuste em relação a cada adversário vai melhorar consideravelmente. É muito importante você analisar com precisão e depois concluir qual a melhor solução para esse comportamento

do adversário. Jamais contente-se em estabelecer padrões a partir de rótulos empregados de forma preguiçosa, sem nenhuma responsabilidade. Não seja o cara que justifica seu insucesso pela incapacidade do outro de entender suas jogadas. Se as suas decisões não vem trazendo resultados positivos, tenha certeza que você tem bastante espaço para melhorá-las e a solução para isso não passa por reclamar da jogada dos adversários ou rotulá-los como fishes. Em cada rótulo de fish existe um ser humano por trás, carregado de peculiaridades que o define. Mergulhe no mundo desse adversário e tome melhores decisões a partir de ajustes cirúrgicos. Desenvolva empatia para respeitá-lo, compreendê-lo melhor e se ajustar a ele com maior precisão. Acima de tudo, respeite a abordagem do jogador mais fraco com o poker. Ele também pode lhe ensinar algumas linhas extremamente interessantes. Mãos à obra e nos vemos no pano.

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Histórias

do Poker Aqui, os craques dos feltros revelam histórias curiosas que apenas o mundo do poker pode proporcionar. Nesta edição, o profissional e colunista da Card Player Jonathan Little revela que jogava poker online durante o trabalho, que chegou a uma mesa final de WSOP graças aos seus pais (literalmente) e porque usa óculos escuros quando joga poker.

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Aos 32 anos e com quase US$ 7 milhões em ganhos na sua carreira, Jonathan Little já teve que se contentar com um salário de US$ 10 por hora. Ele trabalhava no aeroporto enchendo o tanque de aviões e sempre estava disposto a pegar os horários da noite e da madrugada. O que seus padrões nunca souberam, até hoje, era o motivo: poker, claro. Todas as noites, ele fazia o download do partypoker e jogava por todo seu turno. Pela manhã, ele deletava o software. Não foi só o trabalho que ficou em segundo plano. Durante uma aula de psicologia no laboratório da faculdade, ele começou a jogar NL 200. Ele perdeu toda a aula, mas ganhou US$ 20.000 em duas horas. Depois daquele dia, ele nunca mais jogou poker no laboratório — não, ninguém descobriu, ele simplesmente largou a faculdade e come-

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çou a se dedicar ao poker. Já profissional consagrado, Jon viveu uma situação inusitada na World Series of Poker de 2016. A WSOP criou uma espécie de torneio por equipes com buy-in de US$ 1.000 para o time. Ele nem pensava em jogar o torneio, mas ao ficar saber que seus pais iriam jogar, seu coração balançou e ele entrou para o “Team Little”. Ele jogou apenas uma órbita no primeiro dia, mas ao final daquele mesmo dia, “carregado” pelo senhor e senhora Little, o “Team Little” terminou na liderança. A história não terminou com título, mas teve um final feliz: eles chegaram à mesa final e ficaram com a 9ª colocação, que rendeu US$ 3,5 mil dólares para cada e uma bela história para contar. Quem acompanhou o “Team Little” durante o torneio por equipes percebeu que Jon só colocou seus

tradicionais óculos escuros quando o torneio já estava bem afunilado. O porquê é bem simples. Como Sylvester Stallone e seu boné no filme “Falcão - O Campeão dos Campeões”, Jon só os coloca quando a coisa fica séria. Ele nunca será o cara que chegará em uma mesa divertida, em que todos estão conversando e tendo bons momentos, e ficará calado, com seus óculos intimidadores, um gorro escondendo o rosto e fones de ouvidos maiores que a própria cabeça. Não, para ele, poker deve ser divertido, então, dificilmente você o verá com óculos escuros, a não ser contra os grandes jogadores high-stakes e quando não há mais espaço para brincadeiras. Sim, o torneio por equipes custou apenas US$ 1.000 por equipes, mas premiou os campeões com mais de US$ 150.000.





O partypoker é um dos sites de poker pioneiros no mundo e vem investindo cada vez mais para trazer a melhor experiência para seus jogadores — seja ao vivo ou online.

COMO EU CRIO UMA CONTA? Para começar a sua experiência no partypoker basta acessar o site partypoker.com e clicar no botão “Baixar Gratuitamente”. 1

A partir daí, basta criar sua conta e usufruir de todos os benefícios que só o partypoker pode oferecer.

BÔNUS

O partypoker disponibiliza um bônus único para os jogadores que estão começando a jogar no site. Qualquer valor (até US$ 500) que o usuário colocar em seu primeiro depósito, ele receberá o dobro para poder jogar. Por exemplo, caso você faça um primeiro depósito de $10, o partypoker dá outros $10 para você utilizar nas mesas do site.

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SISTEMA DE RECOMPENSAS

O partypoker oferece um sistema de recompensas exclusivo para seus usuários, que é dividido em quatro categorias: Bronze, Prata, Ouro e Palladium. Para atingir uma categoria, você precisa acumular determinado número de pontos por mês. A cada $1 de rake, você ganha dois pontos. Por exemplo, ao jogar um torneio de $22 — em que $20 vão para a premiação e $2 correspondem à taxa administrativa do site (rake) —, você acumula quatro pontos. Os pontos podem ser trocados por entradas de torneios (tíquetes) ou por dinheiro. BRONZE – 0 ponto/mês Recompensas: tíquetes de até $22 PRATA – 50 pontos/mês Recompensas: tíquetes de até $109 OURO – 750 pontos/mês Recompensas: tíquetes de até $530 e até $100 em dinheiro. PALLADIUM – 2.000 pontos/mês Recompensas: tíquetes de até $1.000 e até $500 em dinheiro.

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MISSÕES

No partypoker, o jogador ainda tem a opção de realizar “Missões”. As missões dão ao usuário objetivos que o desafiam a experimentar novas coisas e aprimorar o próprio jogo. Mas não existem obrigação. É possível completá-las em um ritmo tranquilo. Mas aprimorar as suas habilidades no poker é apenas um dos benefícios aqui. O partypoker dá recompensas extras para cada missão concluída, que incluem tíquetes para torneios, dinheiro, bônus etc. Para escolher uma missão, basta entrar em “Missions”, depois clicar em “Overview” e encontrar uma Missão que você goste. As missões que você pode iniciar terão um ícone “jogar” (play) ao lado. Missões com um ícone de cadeado estão bloqueadas. Para liberá-las é preciso cumprir algum tipo de missão antes. Depois de começar uma missão, o jogador ainda tem a opção de pausar a mesma e começar uma outra.

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TORNEIOS

O partypoker conta com uma das melhores grades de torneio da internet, atendendo jogadores de todos os limites, dos mais baixos até aqueles que gostam apenas de high rollers. Múltiplas Fases Nos torneios de múltiplas fases, você pode jogar um evento de até US$ 250.000 garantidos. Esses torneios consistem em duas fases. As Fases 1 estão disponíveis ao longo da semana e se você durar 16 níveis, se classifica para a Fase Final, que acontece no domingo. Se for eliminado, basta tentar novamente — você pode jogar a Fase 1 quantas vezes quiser. Caso se classifique e não esteja satisfeito com seu stack, você pode se classificar novamente e levar seu melhor stack para o Fase Final. Com buy-ins entre US$ 5,50 e US$ 109 e torneios de segunda a domingo, eventos de múltiplas fases lhe dão a chance de pagar pouco para tentar ganhar muito dinheiro.

Nível

Fase 1

Fase 1

Fase Final (Domingo)

BUY-IN

Premiação Garantida

Peso Pena (Featherweight)

Segunda a sábado (a cada 2 horas, das 14h às 4h)

Domingo (a cada hora, das 10h às 17h)

Às 18h30

$5,50

$50.000

Peso Médio (Middleweight)

Segunda a sábado (a cada 2 horas, das 14h às 4h)

Domingo (a cada hora, das 10h às 17h)

Às 18h30

$22

$100.000

Peso Pesado (Heavyweight)

Segunda a sábado (a cada 2 horas, das 16h às 2h)

Domingo (a cada 2 horas, das 10h às 16h e também às 16h)

Às 18h30

$109

$250.000

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Torneios PESO PENA (Featherweight)

O partypoker trabalha com três frentes de buy-in em seus torneios regulares, classificadas em: Peso Pena (Featherweight), Peso Médio (Middleweight) e Peso Pesado (Heavyweight). Além dos torneios de múltiplas fases, existem também aqueles de fase única, mais conhecidos pelo público. No Peso Pena, você encontrará mais de 170 torneios com buy-ins de $5,50 a $11. O principal deles é o The Jab, um torneio diário de $5,5 com premiação garantida de $7.500, de segunda a sábado, e de $10.000 aos domingos. Você pode jogar os torneios Peso Pena diariamente entre 10h e meia-noite.

Torneios Peso Médio (Middleweight)

Entre os Pesos Médios são oferecidos mais de 230 torneios semanais, com entradas entre $22 e $55, sendo mais de US$ 850 garantidos pelo partypoker. O The Contender, com buy-in de apenas $22, garante $15.000, de segunda a sábado, e $25 mil aos domingos. Já o The Cournterpunch tem buy-in de $55 e premiação garantida de $7.500. Ele também acontece diariamente. Você pode jogar os torneios Peso Médio todos os dias de 6h às 4h.

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Torneios Peso Pesado (Heavyweight)

Com mais de US$ 1 milhão distribuídos durante a semana, os mais de 60 torneios Peso Pesado do partypoker têm buy-in entre $109 e $215. Carro-chefe da categoria, o Title Fight ocorre aos domingos, às 19h. Com buy-in de $215, o Title Fight tem premiação garantida progressiva. Começando em $300.000 garantidos, toda vez que o garantido for batido, o partypoker aumentará em US$ 25.000 a premiação garantida da próxima semana. O Title Fight ainda possui a melhor estrutura da internet, com stack inicial de 30.000 fichas e subida de blinds a cada 20 minutos. Por quase metade do preço do Title Fight, você pode jogar o Main Event. Com buy-in de $109, o Main Event é jogado também aos domingos, às 19h, e tem premiação garantida de US$ 150.000. Por fim, o Uppercut e o Weigh-In. Enquanto o Uppercut ocorre de segunda a sábado, com buy-in de $109 e garantido de US$ 50.000, o Weigh-In é um torneio diário. Com entrada também de $109, ele tem premiação garantida de US$ 25.000 todos os dias, exceto aos domingos, quando esse valor sobe para US$ 50.000. Os torneios Peso Pesado podem ser jogados diariamente entre 10h e 1h.

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High Rollers

Para quem gosta de jogos ainda mais caros, o partypoker oferece mais de 20 high rollers semanais, que distribuem mais de um milhão de dólares. Os valores das entradas variam entre $530 e $2.600. Confira a grade:

Data*

Buy-in

Garantido

Domingo (15h)

$530

$150.000

Domingo (13h)

$530

$100.000

Domingo (18h)

$530

$25.000

Domingo (15h)

$2.600

$100.000

Segunda-feira, quarta-feira, quinta-feira e sábado (15h)

$530

$50.000

Segunda-feira a Sábado (17h)

$530 (Turbo)

$20.000

Segunda-feira a Sábado (13h)

$530

$20.000

Terça-Feira (15h)

$530

$20.000

Terça-Feira (15h)

$530

$100.000

*Sujeito a alterações

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CARD CLUB

A Card Player Brasil acaba de criar o Card Club, um programa com vantagens únicas que levará as principais marcas de clubes de todo o País a você que nos acompanha em todas as nossas plataformas. Através do Card Club, qualquer clube do Brasil pode se tornar um parceiro da Card Player Brasil, tendo sua marca e seus torneios divulgados nas páginas da principal revista de poker da América Latina, edições impressa e digital; e, claro, nas nossas mídias sociais. Em breve, também em nosso site, uma seção exclusiva para os nossos parceiros. Você, dono de clube, que deseja formar uma parceria com a Card Player Brasil, basta enviar um e-mail para contato@cardplayerbrasil.com e ficar pode dentro dos detalhes de como fazer parte do nosso time.


Seja nosso parceiro e tenha seu clube e seus torneios divulgados em nossa revista e nossas redes sรณcias. Envie um e-mail para contato@cardplayerbrasil.com e saiba como.

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Card Pedia FERAS DO ONLINE Top 10 – Resultados Brasileiros em SETEMBRO

Thiago crema

SITE

Torneio (Buy-in)

Data

Nome

Posição

Prêmio

Main Event do WCOOP ($5.200

26/09

Bernardo “Machadada RS” Rocha

$848.015

Main Event do WCOOP ($5.200)

26/09

Alexandre “Cavalito” Mantovani

$612.697

Main Event Low do WCOOP ($215)

26/09

Felipe “Pantoja RO” Pantoja

$268.778

Evento 324 da Powerfest ($5.200)

24/09

Thiago “NeverIsEasy” Crema

$262.544

Evento 27 do WCOOP ($530)

12/09

Alexandre “alex.rivero” Rivero

$181.373

Main Event Low do WCOOP ($215)

26/09

Marcos “wrawras” Antunes

$178.010

Evento 75 do WCOOP 8-Game ($10.300)

24/09

24/09

$166.075

Evento 3 do WCOOP ($215)

04/09

Matheus “M Cunha G” Cunha

$155.144

Evento 15 do WCOOP ($1.050)

08/09

Bruno “great dant” Volkamann

$144.302

Evento 77 do WCOOP ($1.050)

25/09

Victor “vitinhorrn15” Pedote

$140.342

Top 10 – HIGH STAKES DE SETEMBRO*

Timofey Kuznetsov

TOP 5 - VENCEDORES** Site

Jogador

Sessões

Mãos Jogadas

Lucro

Timofey “Trueteller” Kuznetsov

89

8.233

$584.779

“JayP-AA”

165

14.087

$420.435

Carlo van “Ravenswood13” Ravenswoud

162

10.680

$325.712

“RaúlGonzalez”

49

7.029

$242.485

“Cobus83”

274

20.208

$221.434

Jogador

Sessões

Mãos Jogadas

Prejuízo

Sami “Lrslzk” Kelopuro

275

9.480

$643.786

“8superpoker”

148

10.699

$315.382

Mikael “ChaoRen160” Thuritz

39

4.493

$292.416

“Grazvis1”

450

19.812

$245.886

“ImagineKing”

189

12.225

$236.964

TOP 5 - PERDEDORES** Site

*Fonte: highstakesdb.com

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