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Agradecemos a toda a comunidade do poker, formada por ligas, clubes, colaboradores e players, por serem os pilares fundamentais do App Suprema Poker. O nosso sucesso é o resultado de um trabalho coletivo e constante. Muito obrigado a
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Diretor Executivo Renato Lins Editor Marcelo Souza Capa Agência 505 Diretor de Arte Davi Panzera Webmaster Bernardo Benevides Jornalista Diego Scorvo Colunistas Internacionais Alan Schoonmaker, Steve Zolotow, Bernard Lee, Jonathan Little, Kevin Haney Endereço CP Brasil LTDA Rua Stela de Souza, 54, Sagrada Família CEP 31030-490 - Belo Horizonte - MG Tel.: (31) 3225-2123 Impressão Gráfica Del Rey
APROVEITE O CÓDIGO QR Este código pode ser escaneado em dispositivos móveis, como smartphones e tablets com acesso à internet. Basta instalar um leitor compatível com o sistema operacional de seu aparelho. Se o seu leitor estiver funcionando corretamente, o código acima direcionará você ao nosso portal: www.cardplayer.com.br.
CARTA AO LEITOR
TO THE MOON
Marcelo Souza - Editor @MarceloCPBR Marcelo Souza
Para mim, que estou no poker há mais 15 anos, o lançamento do aplicativo Suprema APP é especial, um marco. Marco porque, lá em 2005, quando comecei a jogar, ser um jogador profissional de poker era quase que inconcebível — já imaginou então ser um empresário do ramo? Muito mais que vários jogadores disputando premiações milionárias, o Suprema APP marca a consolidação absoluta do poker brasileiro como business, um negócio gigantesco que impacta a vida de milhões de pessoas, direta e indiretamente. O poker alcançou um patamar mercadológico, profissional e de entretenimento que nem mesmo o mais otimista dos entusiastas esperaria — e o aplicativo Suprema APP chega para mostrar que tudo isso é apenas o começo. Afinal, foguete não tem ré.
Boa leitura, Marcelo Souza
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SUMÁRIO 16. ALAN SCHOONMAKER
ACORDO? CALMA LÁ... Neste artigo, o Dr. Schoonmaker vai mostrar que existem momentos em que não devemos fazer acordos no poker.
ESPECIAL 48. SUPREMA APP – O NOVO APLICATIVO QUE JÁ NASCEU GIGANTE
Tudo sobre o lançamento e transição do novo aplicativo brasileiro que já se tornou um dos maiores do mundo.
92. O MELHOR ANO DO POKER ONLINE BRASILEIRO
26. STEVE ZOLOTOW
UM FOLD ESTRANHO CONTRA UM DOS MELHORES DO MUNDO Finalista do último U.S. Poker Open, Steve Zolotow fala sobre uma mão que jogou contra o profissional Jake Schindler.
32. BERNARD LEE
O PIOR ERRO QUE VOCÊ PODE COMETER EM SATÉLITES Especialista em satélites, Bernard Lee dá um exemplo prático de o que você não deve fazer quando jogar um satélite.
O resumo do ano mágico em que os brasileiros brilharam na internet.
E MAIS 62. HEADS-UP
Erik Seidel x Michael Addamo
63. HEADS-UP
Michael Addamo x Justin Bonomo
66. DO FUNDO DO BAÚ Com Christian Kruel
42. JONATHAN LITTLE
A IMPORTÂNCIA DAS ODDS IMPLÍCITAS QUANDO JOGAMOS MÃOS ESPECULATIVAS Jon Little dá uma aula sobre a importância das odds implícitas no poker e como isso pode lhe economizar (ou render) dinheiro no longo prazo.
80. JOGOS MENTAIS
Com Jeff Platt, Scott Abrams e Marle Cordeiro
72. KEVIN HANEY
INTRODUÇÃO AO LIMIT OMAHA EIGHT-OR-BETTER Para quem deseja começar nos mixed games, este artigo de Kevin Haney, sobre Omaha high-low, é leitura obrigatória. CARDPLAYERBRASIL.COM
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ACORDO?
CALMA LÁ... Por Alan Schoonmaker
Neste artigo, vou lhe ajudar a identificar os momentos em que não devemos fazer um acordo no poker. Alguns motivos pelos quais você deve recusar um acordo incluem:
Seu valor esperado (EV) é maior do que o acordo proposto. Seu EV provavelmente aumentará em breve. “Continue jogando” não significa que você jogará até que haja apenas um vencedor. O continuar pode ser muito rápido, talvez apenas mais uma mão. As recomendações específicas que você vai ler aqui não são absolutas. Se alguém fizer uma grande oferta, agarre-a (ou tente mais). Mas não aja rápido demais. Reserve alguns minutos e pergunte a si mesmo algumas coisas:
Por que eles estão oferecendo este acordo? Quanto eles querem? Se eles estão ansiosos por um acordo, você provavelmente poderá conseguir mais. O acordo é tão bom quanto parece? Você deveria tentar um acordo melhor? Você deve continuar jogando?
Às vezes, você verá que não é um acordo tão bom quanto você pensou a princípio. Ou você verá que provavelmente pode conseguir um melhor. Ou você vai perceber que deve apenas continuar jogando. Vários fatores devem torná-lo menos disposto a fazer um acordo.
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VOCÊ É UM JOGADOR MELHOR Quanto maior sua vantagem, mais chances você tem de ganhar jogando. Mas nunca se esqueça de que você provavelmente superestima a si mesmo e subestima os oponentes. Mesmo que você geralmente seja melhor, você pode não ter uma vantagem agora. Se você está com sono, dor de cabeça ou quer parar por qualquer motivo, seu EV de jogo é menor do que o normal.
Se você está com sono, dor de cabeça ou quer parar por qualquer motivo, seu EV de jogo é menor do que o normal.
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VOCÊ É O CHIP LEADER Aqui, existem pelo menos três razões para continuar jogando: 1. Você tem uma boa chance de ficar em primeiro lugar, e isso vale muito mais do que em segundo lugar. 2. Você faz acordos para acabar com o risco de ser eliminado. Como chip leader, é improvável que isso aconteça em breve. 3. Alguns oponentes podem ter tanto medo de serem eliminados que jogam com muita cautela. Você pode atropelá-los e aumentar seu stack, EV e chances de ganhar tudo.
OS BLINDS NÃO ESTÃO MUITO ALTOS Quanto mais big blinds todos tiverem, mais importante se torna a vantagem de sua habilidade. Se você tem uma margem de jogo significativa e tempo suficiente para explorá-la, continue jogando.
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O(S) OPONENTE(S) ESTÃO MUITO SHORT-STACKED Os jogadores short-stacked naturalmente querem um acordo, mas você não deve necessariamente dar-lhes um. Não seja rude. Basta dizer algo como “agora não” ou “talvez mais tarde”. Esse artigo sobre acordos foi inspirado em um livro que estou escrevendo com “Miami” John Cernuto e Jan Siroky. Jan é um coach de torneios altamente respeitado e John ganhou mais prêmios em torneios do que qualquer jogador na história. Perguntei a John por que ele não faz acordos quando um ou mais oponentes estão com poucas fichas. “Digamos que restem cinco jogadores e você tenha 20 big blinds”, disse John. “Você está confortável. Um jogador tem seis bbs e outro três. Espere que eles quebrem. Se você fizer um acordo aqui, muito do dinheiro que você poderia conseguir irá para os stacks menores. ” John também admitiu que ele já cometeu esse erro. “Não fui só eu... foram todos na mesa.
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Decidimos fazer um acordo. Não me lembro dos detalhes exatos. Mas um cara tinha apenas dois bigs restantes, e seu big blind era o próximo. Ninguém percebeu e ele concordou com o acordo, é claro, porque provavelmente iria quebrar. Foi um pequeno torneio, um diário. Por não estarmos atentos, inclusive eu, ele se safou com um belo acordo. Tudo o que tínhamos que fazer era esperar, e poderíamos ter ganhado alguns dólares extras.” Aqui estão duas lições para você: 1. Nunca pare de estudar seus oponentes e seus stacks. Se John cometeu esse erro, você também pode. 2. Admita e aprenda com seus erros. É uma das principais lições do nosso livro e a base do sucesso de John. Muitos jogadores ignoram ou escondem seus erros, então eles continuam repetindo-os.
VOCÊ ESTÁ NO BUTTON Esse ponto é o mais importante quando a maioria dos jogadores tem poucas fichas. A menos que você consiga um bom acordo, continue jogando porque você tem duas vantagens: Você tem posição enquanto joga. Todos vão colocar os blinds antes de você.
VOCÊ ESTÁ EM MELHORES CONDIÇÕES DO QUE ELES Resistência lhe dará uma vantagem quando estiver jogando por muitas horas. Digamos que são três da manhã e você é jovem e saudável, enquanto seus oponentes são muito mais velhos. Você pode estar cansado e querer um acordo, mas eles provavelmente estão mais cansados e mais ansiosos por um. Continue jogando. O mesmo princípio se aplica com muito mais força se alguns oponentes mostrarem sinais de fadiga. Se você esperar, provavelmente aumentará seu stack, ou eles podem lhe dar um acordo melhor.
Nunca pare de estudar seus oponentes e seus stacks. Se John cometeu esse erro, você também pode.
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COMO VOCÊ DEVE INICIAR AS NEGOCIAÇÕES? Frequentemente, há um conflito entre o momento certo e o fato de que você fazer a primeira oferta pode enfraquecer sua posição: • Se você se oferece para aceitar um valor específico, ele se torna o teto: em geral, você negociará para baixo. Você não obterá mais e, muitas vezes, obterá menos. • Se alguém lhe oferece uma quantia específica, ela se torna o piso: você geralmente negocia para cima. Você não obterá menos e, frequentemente, obterá mais. Embora você dese-
je que eles sejam os primeiros a oferecer, eles geralmente não o farão no melhor momento para você. Quando você estiver pronto para negociar, tente começar a negociar sem enfraquecer sua posição. Escolha suas palavras com muito cuidado. Sugira que você pode querer conversar, mas não mencione um número. Diga algo como: “Devemos pausar o relógio?”, essas palavras dizem que você considerará um acordo, mas elas não o comprometem com nada.
RESUMO O tempo é extremamente importante porque a situação pode mudar muito rapidamente. Os princípios gerais são bastante simples. Negocie quando: Você provavelmente conseguirá um acordo melhor do que o seu EV de jogo. Seu EV provavelmente irá cair em breve. Continue jogando quando: Seu EV for maior do que o acordo proposto. Seu EV provavelmente aumentará em breve. “Continue jogando” não significa que você jogará até que haja apenas um vencedor. Às vezes, um bom acordo pode surgir na próxima mão. Quanto mais você parece querer um acordo, menos você conseguirá. “Miami” John disse bem. “Nunca deixe que eles vejam você suar.” ♠
Alan Schoonmaker O Dr. Alan Schoonmaker é PhD em psicologia ocupacional e autor da Trilogia da Psicologia do Poker, uma das mais renomadas obras sobre aspectos mentais do poker.
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UM FOLD ESTRANHO CONTRA UM DOS MELHORES DO MUNDO
Por Steve Zolotow
O poker se tornou um esporte muito popular de ser assistido e a mão que estou prestes a discutir pode ser encontrada no PokerGO, como parte da cobertura do U.S. Poker Open, que aconteceu em junho.
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Estávamos na mesa final com seis jogadores, então havia saltos significativos nas premiações cada vez que um jogador era eliminado. Jake Schindler é um dos maiores profissionais do mundo, com mais de US$ 25 milhões em prêmios. Ele foi o “Jogador do Ano da Card Player” em 2018 e tem o recorde mais mesas finais em um único ano, 31. Ele é muito técnico e está acostumado a essas situações de mesa final, o que torna improvável que ele faça algo estúpido. Meu ego me faz pensar que posso enfrentá-lo de igual para igual, já que passei o último ano estudando e minhas habilidades em torneios no-limit hold’em definitivamente melhoraram. Eu também tenho cerca de 60 anos de experiência de jogo ao vivo, o que me deu uma leitura de mesa razoavelmente boa, a capacidade de sentir quando meu oponente está forte ou fraco. Infelizmente, isso vale muito mais em uma mesa com jogadores fracos. Esses jogadores de ponta não dão muita informação. Bom, vamos a mão. Os blinds eram 30.000-60.000, com big blind ante. Jake,
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que estava no hijack, era o segundo a agir e o short stack, com cerca de 11 big blinds (bbs). Eu estava no big blind e tinha mais fichas, cerca de 25 bbs. É normal para um short stack jogar com uma estratégia de push ou fold. Ou ele vai all-in ou desiste. Ele também pode escolher fazer um mini-raise com um range pequeno e polarizado, como A-A ou K-4 suited. Se houver ação depois, ele ficará feliz em ir all-in com o primeiro e desistir com o último (em uma mão anterior, por exemplo, ele fez um mini-raise com A-2 suited). Os jogadores de torneios modernos, entretanto, descobriram uma maneira de aumentar sua equidade em situações de push-fold quando há vários jogadores para falar. Eles fazem um grande aumento que os coloca quase em all-in, mas economizam uma ou duas pequenas fichas. Por quê? Com o big blind ante, você ainda pode sobreviver mais uma ou duas mãos caso não ganhe o pote, e isso pode ser o bastante para subir uma ou duas posições na premiação.
Bom, Jake me surpreendeu ao aumentar para cinco bbs, que era cerca de metade do seu stack. Todos deram fold até mim e me vi olhando para um A-Jo. Que diabos? Se essa mão ocorresse em um estágio inicial do torneio, e um oponente desconhecido fosse all-in, eu teria um call fácil. Minha mão seria excelente contra seu range de shove. O fato de ser uma mesa final complicou as coisas. Havia considerações de ICM (Independent Chip Model). Subir um degrau valia dinheiro. Nocautear alguém também valia dinheiro. Se isso não complicou minha decisão o suficiente, aquele não era um oponente comum. Era Jake Schindler, um dos melhores do mundo e que estava fazendo uma jogada estranha. Talvez ele estivesse pensando: “há um velho tight nos blinds e posso roubá-lo mais facilmente com uma grande aposta”. Se esse fosse o
caso, ele tinha qualquer lixo e eu tinha que pagar. Ele poderia estar tentando sobreviver com um “stack jogável” se houvesse mais ação? Por outro lado, talvez ele tivesse uma mão de valor e queria algo mais antes de me empurrar para fora do pote. O relógio estava correndo. Grandes jogadores sabem que, se você não der ao seu oponente decisões difíceis, ele não cometerá erros. Essa parece ser uma decisão difícil. Eu poderia estar errado, mas meus instintos me disseram para desistir. Esse seria um velho jogando muito tight? Em um torneio sem transmissão, eu nunca saberia. Eu poderia perguntar e, provavelmente, acreditar na resposta do meu oponente, supondo que ele me desse uma. Bom, um pouco depois, descobri que ele tinha A-Qo. Nessa situação particular, meu fold foi bem-sucedido, mas quando analisei a situação posteriormente, com a ajuda de Matt Affleck e outros, o consenso foi que o fold era a jogada errada. Fique atento para minha próxima coluna, em que discuto mais uma mão contra Jake.
Steve ‘Zee’ Zolotow também conhecido como “A Águia Careca” ou “Zebra” é profissional há mais de 40 anos. Com dois braceletes da WSOP, mais de 60 ITMs e alguns milhões em ITMs em torneios, ele está para se aposentar. Atualmente, ele dedica a maior parte do seu tempo de poker em cash games no Aria e no Bellagio, em Las Vegas, e eventualmente em torneios da WSOP.
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O PIOR ERRO QUE VOCÊ PODE
COMETER EM SATELITES Por Bernard Lee
Ao longo da minha carreira, joguei em vários satélites e tenho muitas memórias boas e ruins. Quando escrevi inicialmente o capítulo de satélites para o livro “Excelling at No-Limit Hold’em” (em tradução livre, “Alcançando a excelência em No-Limi Hold’em”), de Jonathan Little, eu queria ilustrar minhas estratégias, incluindo alguns exemplos da vida real. Infelizmente, eles foram deixados de fora devido a restrições de espaço. Então, quando me pediram para escrever um livro inteiro meu sobre jogos de satélite (“Poker Satellite Success: Turn Affordable Buy-ins Into Shots At Winning Millions!”, em tradução livre, “Sucesso em satélites: transformando buy-ins baratos em chances de ganhar milhões”), imediatamente vasculhei meus rascunhos originais e descobri minhas anotações anteriores sobre meu jogo. À medida que fiquei completamente absorvido em transcrever essas memórias, esses cenários da vida real se tornaram a base para meu primeiro capítulo ser concluído. Desde o lançamento do livro, esta parte específica recebeu um feedback muito positivo dos leitores. Existem oito mãos discutidas no livro, mas, com exclusividade para os leitores da Card Player, vou mostrar nas próximas colunas alguns exemplos que acabaram ficando de fora do livro.
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CONCEITOS-CHAVE O objetivo principal é a sobrevivência Não se preocupe tanto com a média de fichas Stacks maiores não precisam ser os donos da mesa
Antes do meu bom resultado no Main Event da WSOP 2005, tentei me classificar para o evento principal do World Poker Tour, no Foxwoods Resort Casino. Durante esta época, o WPT era uma das principais atrações do poker na TV. Eu sonhava não apenas em jogar o evento principal, mas também em chegar à mesa final. No entanto, eu não podia pagar o buy-in de US$10.000. Aquele satélite em particular teve 130 jogadores e deu 13 vagas para o torneio. Durante os primeiros níveis do satélite, meu stack permaneceu razoavelmente constante, pois ganhei alguns potes e perdi outros. Durante o nível cinco, tive a sorte de ganhar uma grande corrida e dobrar quando meu A-K venceu o 10-10 do meu oponente. Alguns níveis depois, eliminei um jogador quando meu A-J acertou dois pares no flop contra seu A-K. Nos níveis seguintes, recebi boas mãos e consegui ganhar alguns potes sólidos. Além disso, fui capaz de roubar vários blinds, pois os jogadores à minha esquerda estavam jogando muito tight, dando fold em quase todas as mãos. Com apenas duas mesas, estávamos perto da bolha. Com 15 jogadores restantes, peguei um par de reis e eliminei um short stack (ele tinha apenas 15% do meu stack) diretamente à minha esquerda, nos colocando na bolha do dinheiro. Eu tinha um stack muito bom, quase o dobro da média. Minha vaga era questão de tempo.
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O diretor do torneio mudou um jogador diretamente para a minha esquerda para equilibrar as mesas. O jogador, que chegou com o stack na média, definitivamente era muito falante, então vamos chamá-lo de “Comentarista”. À medida que a bolha se arrastava para outro nível, o stack do Comentarista começou a diminuir. Ele olhou para o painel do torneio e percebeu que estava agora abaixo da média. “Eu odeio quando todo mundo fica tight. É melhor alguém ser eliminado logo ou então terei que fazer um movimento “, anunciou.
Na mão seguinte, um jogador em posição intermediária com um stack médio foi all-in. A mesa rodou em fold até o big blind, que parecia totalmente chocado ao olhar para suas cartas. O big blind, que tinha um stack acima da média, pediu contagem e viu que tinha mais fichas. Mas se ele perdesse, ele se tornaria o short stack dos 14 jogadores restantes e correria o risco de ser o bolha. Ele pensou muito e finalmente mostrou suas cartas a um amigo que estava assistindo, par de Damas. Pouco antes do dealer recolher suas cartas, o Comentarista viu a mão e não acreditou no que estava vendo. “Você é louco?”, ele gritou. “Só precisamos eliminar mais
um jogador! Como você pode desistir dessa mão? ” Ele se virou para mim e disse: “Você acredita nesse cara? Ele é simplesmente horrível. Agora vamos ter que fazer o trabalho sujo nós mesmos.” Eu apenas dei de ombros e continuei a jogar. Algumas mãos depois, outro jogador foi all-in em nossa mesa e a mesa rodou em fold até o Comentarista, no small blind. Sem nem mesmo pedir contagem, ele deu call instantaneamente, com um stack pouco abaixo da média — um pequeno detalhe: no momento, havia cerca de quatro jogadores que não tinham fichas suficientes para uma órbita completa.
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Depois que o Comentarista revelou seu 9-9, o outro jogador mostrou K♣ Q♠, o flop veio 7♠ 4♥ 2♣, mas o turn foi um golpe para o nosso amigo, uma Q♥. Assim que o 10♠ completou o bordo, o dealer fez a contagem dos stacks e o Comentarista foi eliminado na bolha. Os quatro shorts comemoraram muito, afinal, eles conseguiram as vagas no evento principal, ao contrário do Comentarista, que saiu resmungando baixinho sobre “o jogador estúpido” que deu fold com par de Damas. “Se ele tivesse feito o call com seu par de Damas eu teria conseguido meu lugar”, disse para mim. Enquanto estávamos sentados lá, esperando nossos tíquetes, o jogador que desistiu do par de Damas me perguntou se eu achava que ele jogou a mão incorretamente. Eu disse a ele que concordava totalmente com sua decisão. Ele tinha uma excelente chance de conseguir a vaga, provavelmente mais de 90%, pois tinha um stack acima da média e havia vários shorts. Eu disse a ele que seu principal objetivo em um satélite é sobreviver. Perguntamos ao outro jogador o que ele tinha e ela disse que tinha A-K. Se fosse verdade, ele teria 50% de chances na mão, e você definitivamente não quer essa situação na bolha de um satélite.
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Qual a lição? Lembre-se que o prêmio do satélite é o mesmo, independentemente do número de fichas que você termine no final. Em torneios regulares de várias mesas, um jogador com mais fichas tem uma vantagem maior para ganhar mais dinheiro. No entanto, em um satélite, um jogador com a liderança em fichas não ganha mais do que o short, mesmo que esse jogador tenha apenas uma ficha restante. Se quem foi all-in tivesse algo como 10 a 15% do stack do outro jogador, seria razoável fazer o call, pois ele não estaria colocando sua vida no satélite em risco se perdesse. Quando o Comentarista percebeu que estava abaixo média, de repente, ele sentiu que precisava fazer uma jogada, embora não estivesse em perigo imediato. Mais importante, ele deveria ter percebido que havia vários jogadores shorts e que ele estava relativamente seguro. Finalmente, embora eu não concordasse com a avaliação do Comentarista, eu não iria ensiná-lo a jogar corretamente. Muito pelo contrário, o erro dele ajudou-me a conseguir entrar em um torneio de US$ 10.000 pagando apenas US$ 1.000.
Bernard Lee Lee ficou famoso depois de terminar em 13º na WSOP 2005 e ganhar US$ 400.000. Ele tem dois anéis do WSOP Circuit, já escreveu para o famoso periódico Boston Herald e foi apresentador do programa The Inside Deal, da ESPN. Ele também escreveu o livro “Poker Satellite Success: Turn Affordable Buy-Ins Into Shots At Winning Millions”. cardplayerbr
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A EXPERIÊNCIA DO POKER LIVE ELEVADA AO MÁXIMO Com torneios milionários e estrutura concebida para proporcionar o que há de melhor quando o assunto é entretenimento, o clube Maxx Poker, maior da América Latina, vem trabalhando forte e tem grandes planos para elevar o esporte da mente a um novo patamar. O clube oferece diversas opções de torneios e cash games aos amantes do poker, além de promover grandes eventos, sem deixar de lado a diversidade de valores de entrada (buy-ins), o que garante o acesso a todos os perfis de jogadores, independentemente de classe social ou gênero. O maior símbolo desse início eletrizante é o Maxx Poker São Paulo, localizado no bairro de Perdizes, capital paulista. Com apenas 4 meses de existência, o espaço já realizou duas edições da série Maxx Poker Series (MXPS), superando a marca de 5 milhões de reais pagos em prêmios na primeira edição e a mesma performance na segunda edição, que também ultrapassou 5 milhões em premiações entregues.
E para consolidar de vez o seu sucesso e revolucionar o mercado, a próxima jogada do Maxx Poker promete muitas surpresas. É a nova série Maxx Poker Exxperience, com 3 milhões garantidos e uma programação repleta de atrações, que incluem atividades recreativas e apresentações artísticas, além de muitas outras novidades. A nova série será realizada de 20 de novembro a 6 de dezembro, no Maxx Poker São Paulo, com uma proposta exclusiva e muito original para levar ainda mais emoção e grandes experiências ao público. As ações planejadas, ousadas e bem executadas já são reconhecidas como características do clube Maxx Poker. Sua equipe segue dando ótimos exemplos ao mercado e demonstra, a cada dia, que é possível superar qualquer desafio, apontando os caminhos para que isso aconteça da melhor forma possível.
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A IMPORTÂNCIA DAS ODDS IMPLÍCITAS QUANDO JOGAMOS MÃOS ESPECULATIVAS Por Jonathan Little
Sempre que você joga uma mão de poker, você deve considerar seu risco imediato, seu potencial risco futuro e também a quantia que você pode lucrar. É importante perceber que diferentes mãos jogam melhor em diferentes situações. Às vezes, você deve jogar mãos especulativas, outras vezes, elas devem ser descartadas. Por exemplo, quando alguém abre mini-raise, e você tem uma mão especulativa sólida, como 8♥ 6♥, no botão (que é certamente a pior mão no momento, mas tem potencial para melhorar para uma mão premium, como um flush ou straight), a quantia que você pode potencialmente ganhar de seu oponente deve ser uma de suas principais preocupações.
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Se você só pode ganhar pouco de seu oponente, por ele ter um stack pequeno, de talvez 25 big blinds ou menos, você deve desistir de sua mão especulativa porque a recompensa potencial (25 bbs) não vale o risco (2 bbs). Isso é expresso como odds implícitas de 12,5:1. Ou seja, você tem que investir 1 unidade para potencialmente ganhar 12,5 unidades. Se ambos estão deep stacked, com 200 big blinds, no entanto, normalmente você deve jogar sua mão, porque então terá chances implícitas de 100: 1. No geral, para jogar lucrativamente uma mão conectada do mesmo naipe, como 8♥ 6♥, ou um Ás marginal, como A♥ 6♥, você precisa ter odds implícitas de 20:1 ou mais, assumindo que ganhar o pote blefando será muito raro (o que geralmente pode ser o caso em jogos de limites baixos, em que potes com vários jogadores são rotineiros). Já com pares pequenos, você precisa de odds implícitas de cerca de 10:1. Se você não está obtendo as chances implícitas corretas porque os stack são pequenos ou o aumento inicial foi grande, você deve desistir ou potencialmente usar sua mão como um blefe (3-bet). Enquanto pares pequenos, Ases do mesmo naipe e suited connectors têm odds implícitas, algumas mãos têm o que de chamamos de reverse implied odds, ou odds reversas implícitas, que significa que elas vão geralmente ganhar um pequeno pote ou perder um grande. As mãos que têm as piores odds reversas implícitas são aquelas com uma carta alta e uma baixa, além de terem naipes diferentes, como K♥ 5♣ ou Q♦ 6♣.
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Se você vê o flop com K-6 e faz top pair, você tem uma mão relativamente forte. Se você apostar e todos os seus oponentes desistirem, você pode ter certeza que tinha a melhor mão, mas você ganhou apenas um pequeno pote. Mas se ao invés disso, você apostar e alguém pagar ou aumentar, ele pode ter um top pair melhor do que o seu ou algum draw, mas você não tem como saber qual. E se você apostar no flop, e eles pagarem, continuar apostando no turn e river, você vai descobrir que, geralmente, está sendo pago por uma mão melhor, e o resultado é a perda de um grande pote. Por causa disso, mãos com grandes odds reversas implícitas não devem ser jogadas na maioria das situações, especialmente em potes multi-way ou quando os jogadores estão com stack grandes. No entanto, quando os stacks estão menores, mãos com odds implícitas reversas decentes, como A♠ 8♣ e K♥ 9♦, aumentam um pouco de valor porque quando você faz top pair, vai all-in e perde, você perde apenas um pequeno número de big blinds. No geral, com stacks maiores e potes sendo jogados por vários jogadores, você deve ficar mais inclinado a jogar com mãos especulativas, pois provavelmente irá perder pouco ou ganhar muito. E desistir das mãos não premium de naipes diferentes o manterá fora de problemas e lhe economizará muito dinheiro. ♠
Jonathan Little
Jonathan Little é bicampeão do WPT e tem mais de US$ 7 milhões em ganhos em torneios ao vivo. É autor de best-sellers de 15 livros estratégicos de poker e foi escolhido “Personalidade do Ano – GPI Poker 2019
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O NOVO APLICATIVO QUE JÁ NASCEU GIGANTE Por Marcelo Souza
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Em 21 de outubro, a Suprema fez um movimento ousado, lançou seu próprio aplicativo, o Suprema APP. Desenvolvido pensando especialmente nos desejos e necessidades do público brasileiro, tendo como principal compromisso a segurança.
O êxito do aplicativo refletiu o sucesso dos dois gigantes por trás do mesmo: o Grupo Suprema e o H2 Online. A Card Player Brasil conversou com três pessoas fundamentais na condução de todo o processo de planejamento, transição e efetivação do projeto.
Os jogadores abraçaram a ideia e em pouco mais de 24 horas, o Suprema APP apareceu nas listas de aplicativos mais baixados do mundo. A transição foi rápida e segura. Uma nova era do poker online B2B começava.
Fernando Almeida e Eber Coutinho, presidente e vice-presidente do Grupo Suprema, e Ueltom Lima, presidente da CBTH e CEO do H2 Club, falaram sobre o Suprema APP e o impacto do novo aplicativo no poker brasileiro.
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| Eber Coutinho (direita) é vice-presidente do Grupo Suprema.
Marcelo Souza: Como ter um aplicativo próprio beneficia a empresas e os jogadores?
Qualidade do jogo, volume de jogo 24h, segurança e equipe 100% preparada e treinada constantemente.”
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Fernando Almeida: O principal fator é que ele é nosso. Hoje, eu consigo chegar para um clube parceiro e dizer que o negócio dele está seguro, que ele pode dormir tranquilo, que não tem mais o risco de acordar sem nada. Outro ponto importante é a possibilidade de atendermos as solicitações, qualificarmos na matriz de prioridades e fazer as melhorias para superar cada vez mais a expectativa do mercado e dos usuários. Qualidade do jogo, volume de jogo 24h, segurança e equipe 100% preparada e treinada constantemente.
| Ueltom Lima é presidente da CBTH e CEO do H2 Club. Marcelo Souza: Como foi esse processo, desde a entrada nesse novo mercado até a criação do próprio aplicativo? Ueltom Lima: Nos últimos dois ou três anos, esse modelo de aplicativo ressignificou a relação dos operadores de poker com seus afiliados. A distribuição de ganhos foi democratizada — e isso incrementou muito o volume de jogo. Surgem, a partir dessa mudança drástica de modelo, novas plataformas e novos ecossistemas tão grande quanto sites antigos e tradicionais. Enfim, isso foi uma mudança drástica no mercado mundial de poker. A partir daí, decidimos ingressar nesse mercado e começar a operar como clube online. Isso foi potencializado também pela pandemia, já que os clubes ao vivo tiveram que ser fechados. Em relação à criação do aplicativo, a verdade é que ficamos bastante descontentes e incomodados com o modelo de gestão e a relação das antigas plataformas. Um modelo muito menos profissional do que estamos acostumados a lidar. E, claro, dentro desse
descontentamento na relação comercial, enxergamos também uma oportunidade de mercado. Se você tem um mercado, por um lado muito pujante, um novo modelo que democratiza o ganho e que gera um volume de jogo enorme, transformando totalmente esse mercado do poker, por outro lado, tínhamos um operador muito ruim e pouco confiável. Sabendo da nossa credibilidade e modelo de gestão dentro do poker nacional, então o caminho natural é que nos tornássemos nós mesmos os novos operadores. Marcelo Souza: A migração para o novo aplicativo foi feita em menos de 24 horas e muitos clubes ficaram sabendo em cima da hora. Como foi para vocês e para a equipe de transição? Eber Coutinho: Na verdade, houve uma construção, ao longo do último ano, para que esse movimento acontecesse. Houve um planejamento bem criterioso. Quando você tem uma mudança de plataforma, você tem que tomar muito cuidado pra fazer
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isso. E nós tivemos algumas experiências antes desse movimento de migração. Por exemplo, o WhatsApp deixou de funcionar por algumas horas, e foram mais de 80 milhões de pessoas baixando o Telegram. Percebemos que se conseguíssemos desligar a Suprema dentro do app antigo, a gente conseguiria fazer essa migração com mais precisão, com mais rapidez. A partir do momento que o usuário perdeu a conexão com o app antigo, ele foi atrás dos clubes, agentes e parceiros, e achou a solução: novo app, o Suprema APP. A migração foi um sucesso. A equipe toda está de parabéns. O engajamento foi incrível. Tivemos pessoas trabalhando praticamente 24 horas por dia. O público, no geral, abraçou o app. Tínhamos uma expectativa de perda de 30% do nosso volume nas primeiras semanas, e vamos fechar o mês com um faturamento 10% maior, ou seja, o objetivo foi alcançado.
Marcelo Souza: O que você espera do projeto Suprema APP? Ueltom Lima: Tenho uma visão muito otimista, porque o mesmo problema que o mercado brasileiro passou, enfrentou, com relação aos antigos operadores, o mercado mundial também enfrenta. Nós já tivemos notícias de situações bem constrangedoras que aconteceram ao longo do mundo por conta do antigo modelo de negócio. Acreditamos que podemos ser um excelente parceiro também para outras pessoas ao redor do mundo. O futuro é grandioso para o nosso app. O público pode aguardar que vem muita coisa boa por aí. Marcelo Souza: Uma das grandes reclamações dos jogadores era o número de bots, como a Suprema vem lidando com isso no app? Fernando Almeida: Um dos grandes diferencias da Suprema foram ações ímpares com relação à segurança. Fomos elogiados por profissionais e plataformas renomadas mundialmente pelo trabalho realizado. Com o nosso novo app, conseguimos aumentar ainda mais essa barreira contra uso de softwares ilegais, bots e quaisquer outras práticas antijogo. Hoje, temos uma equipe robusta
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| Fernando Almeida é presidente do Grupo Suprema.
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Ficamos bastante descontente e incomodados com o modelo de gestão e a relação das antigas plataformas”
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e qualificada para cuidar de todo nosso ecossistema, 24 horas por dia e sete dias por semana. Essa equipe é a que nos garante o selo da Security Pkr dentro do nosso app. Além disso, conseguimos ter acesso a todas as informações necessárias para qualquer investigação, item fundamental que não tínhamos na plataforma anterior. Também possuímos o certificado internacional GLI (Gaming Laboratories International), que atesta a funcionalidade total do jogo de acordo com padrões internacionais estabelecidos por especialistas no mundo inteiro. Essa mesma certificação está presente em sites como GGPoker, PokerStars e partypoker. Segurança sempre será um pilar muito forte e estratégico dentro da nossa empresa. Continuaremos investindo em recursos humanos e tecnológicos para sempre mantermos a segurança como nosso maior diferencial.
Segurança sempre será um pilar muito forte e estratégico dentro da nossa empresa”.
Marcelo: Apesar do pouco tempo de existência, o Suprema APP já está consolidado no Brasil. O que esperar do projeto em escalas globais? Eber Coutinho: Nós estamos fazendo um trabalho muito forte com as ligas que a Suprema já trabalhava no Brasil, a Suprema Union, a Infinity Union e a Principal Union. Agora, vamos começar um movimento buscando novos parceiros pela América do Sul e pelo mundo. Já temos projetos iniciados para novas ligas dentro do aplicativo, parcerias no Peru, Colômbia e algumas encaminhadas na Ásia e na Europa. Então, o foco agora, falando como aplicativo, é criar um ambiente ainda mais rígido, mais seguro, para que possamos abraçar as demais ligas ao redor do mundo, levando a eles um produto diferenciado, com preço extremamente competitivo.
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Marcelo: Qual foi a reação de clubes e agentes tendo que sair da zona de conforto do antigo aplicativo? Fernando Almeida: É exatamente nesse momento de sair da zona de conforto e nos colocar a prova que conseguimos mensurar o tamanho da nossa força e união. O que fizemos foi simplesmente inexplicável, conseguimos migrar todas nossas operações em apenas três horas, sem transferência automática de dados. Tivemos adesão de praticamente 100% dos clubes. Todos abraçaram a causa e o movimento foi reconhecido internacionalmente como algo inédito no mercado tecnológico. Se me permite, não existe zona de conforto, os clubes têm uma dinâmica absurda para sustentar suas operações. Vivemos em um mercado que um dia representa quinze. A
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Suprema chegou aonde chegou saindo da zona de conforto constantemente — e com a união e comprometimento de todos, sempre superou as expectativas. Marcelo: O que você considera como o grande desafio daqui para frente? Ueltom Lima: O nosso grande desafio é conseguir manter tudo o que existe de melhor nesse modelo que, como eu disse, democratizou os ganhos. Por outro lado, temos que melhorar tudo aquilo que esse modelo deixou a desejar através de operadores anteriores. Nós temos que conseguir melhorar isso, melhorar a experiência do usuário, a segurança e a relação do app com seus clientes e parceiros. O grande desafio está aí: pegar tudo que tem de bom nesse novo modelo e adicionar tudo aquilo que a gente pode entregar.
O nosso grande desafio é conseguir manter tudo o que existe de melhor nesse modelo que, como eu disse, democratizou os ganhos.”
Marcelo Souza: O aplicativo vem recebendo atualizações diárias desde a sua criação, muitas mudanças vindas de pedido de jogadores. Como atender tantas e tão complexas demandas de maneira rápida e eficiente? Eber Coutinho: Esse é um dos pontos que mais nos orgulha. Tudo isso é por causa do nosso time. Somos privilegiados em trabalhar com uma equipe de alta performance e trocar muitas experiências. A família Suprema consiste em diversas frentes de trabalho. Por exemplo, temos equipe em Sorocaba, São Paulo e Malásia. É um grande desafio, mas é por causa dessa equipe qualificada que conseguimos atender às expectativas.
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Marcelo Souza: Como presidente da Suprema, como é lidar com o aumento da responsabilidade direta para que os jogadores possam praticar o poker de maneira segura e divertida? Fernando Almeida: Estou muito feliz e satisfeito com nossa trajetória até aqui e muito otimista com nossos desafios futuros. A responsabilidade com os acionistas, clubes parceiros e com todo o mercado do poker sempre foi gigante — e agora está ainda maior. A Suprema deu um passo muito importante se tornando dona da sua própria plataforma, mas hoje nós temos o apoio do mercado brasileiro, que conquistamos com muito trabalho, dedicação e confiança de todos. A estratégia é continuar fazendo esse trabalho, com certeza iremos errar, mas o mais importante é a quantidade de acertos ser maior e mais significante. Marcelo Souza: Só para deixar claro, existe uma diferença entre a Suprema Union (antiga Liga Suprema) e o aplicativo Suprema APP. Você poderia falar sobre isso? Eber Coutinho: A Suprema Union, como você disse, é a antiga Liga Suprema, uma marca que se consolidou no mercado B2B do poker. E por esse ser um nome muito forte, a gente entendeu que usar a marca Suprema para a transição seria melhor, com uma aceitação mais forte por conta dos nossos clientes finais, mas elas são duas empresas totalmente distintas e separadas. A equipe de trabalho focada no Suprema APP é diferente e tem foco em seu desenvolvimento, melhorias e captação de novas ligas e home games mundo afora.
Marcelo Souza: Para encerrar, você, como presidente da CBTH e estando por dentro do processo, é uma das pessoas mais indicadas para responder essa questão. Os cassinos serão realidade no Brasil dentro de alguns anos. O poker, apesar de ser um esporte de habilidade, é inerente a cassinos ao redor do mundo. Como separar o poker dos jogos de azar na regulamentação e qual a importância de isso acontecer para que o poker online no Brasil não seja afetado? Ueltom Lima: Uma possível regulamentação do mercado de poker atingiria todo mercado, não somente o poker ao vivo, eventos e clubes, mas também clubes online, aplicativos, plataformas, enfim, operadores que estivessem no território nacional. Então é muito importante a gente seguir vigilante nessa discussão, porque tem um ponto que para gente é claríssimo: o poker não precisa de uma legalização, o poker é legal, mas precisa de uma regulamentação. Uma regulamentação que não seja danosa e que não atrapalhe um mercado tão importante já existente, que não afete todo o trabalho feito ao longo da última década. Qualquer regulamentação que seja positiva para o mercado ajudará a dar mais segurança para o mesmo. Esse é o grande ponto: seguir vigilante para não deixar que venha uma possível regulamentação que não entenda esse mercado que já existe. Agora, se ela vier positiva, ela traz mais segurança para quem trabalha. Traz mais possibilidade de investimento e, consequentemente, mais possibilidade de crescimento. E maior crescimento é igual maior número de empregos gerados e de renda para todos. A gente sabe que todo mundo já entendeu o poker, mas na hora de uma regulamentação, ele pode não entrar no mesmo balaio que os jogos de azar.
Qualquer regulamentação que seja positiva para o mercado ajudará a dar mais segurança para o mesmo.” 60
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Os incríveis números que mostram que o Suprema APP já nasceu gigante Quinto aplicativo mais baixado na Apple Stores seis horas após o lançamento. Mais de 100 mil downloads nos dez primeiros dias. 95% do faturamento médio atingido na primeira semana. 105% do faturamento médio em duas semanas
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HEADS-UP O evento com buy-in de US$ 50.000 da World Series of Poker 2021 atraiu um field de 81 jogadores para construir uma prizepool de US$ 3.877.875. Os 13 primeiros colocados fizeram ITM, então a pressão da bolha não existia mais, mas havia um payjump de quase US$ 140.000. Erik Seidel, vencedor de nove braceletes, tinha pouco mais de 40 big blinds em seu stack, o que o colocava bem perto do tricampeão da WSOP Justin Bonomo. O grande jogador do momento Michael Addamo era o líder com mais de 105 big blinds, enquanto Gal Yifrach, regular dos high stakes cash games, começou a mão com pouco mais de dez big blinds. Todos eles estavam garantindo pelo menos US$ 358.665. Seidel se viu em uma situação complicada nesta mão, com par de Oitos do small blind e um Addamo deep stack e agressivo à sua esquerda. O Poker Hall of Famer optou por
World Series of Poker 2021 – $50.000 No-Limit Hold’em High Roller
entrar de limp para começar a mão. Addamo olhou para seu A-K off suit e fez um aumento padrão de quatro vezes o big blind. Dada a dinâmica dos stacks, o salto na premiação de seis dígitos e Yifrach tendo poucas fichas, Addamo certamente iria colocar muita pressão sobre Seidel e Bonomo. Ele certamente não precisaria de uma mão tão forte quanto a que ele realmente tinha para dar raise. Seidel provavelmente não estava muito interessado em jogar um pote inflado fora de posição e com uma mão vulnerável como seu par médio, mas também não gostaria de dar limp-fold com uma mão que estava esmagando o range de raise Addamo. Ele optou por fazer limp-reraise-all-in e recebeu um call instantâneo de Addamo. O flip pendeu para o lado da jovem estrela australiana e Seidel foi eliminado a poucas posições de conseguir seu 10º bracelete.
| ERIK SEIDEL
| MICHAEL ADDAMO
4.835.000 FICHAS
8
K
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Probabilidade de vitória Antes do Flop: 45% Depois do Flop: 92% Depois do Turn: 95%
A
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Probabilidade de vitória Antes do Flop: 55% Depois do Flop: 8% Depois do Turn: 5%
12.735.000 FICHAS
K
ANÁLISE
8
8
PRÉ-FLOP Com quatro jogadores restando e blinds 60.000-120.000 com big blind ante, Erik Seidel entrou de limp do SB. Michael Addamo aumentou para 480.000. Seidel foi all-in de 4.835.000. Addamo pagou instantaneamente.
3
Q
RIVER
TURN
2
2
FLOP
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NOTA: As probabilidades de vitória não incluem empates. As odds são fornecidas por cardplayer.com/poker-tools/odds-calculator/texas-holdem 64
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DO FUNDO DO BAU O poker é um esporte que está em constante evolução. Axiomas não existem, conceitos são criados, paradigmas são quebrados. No entanto, como em qualquer outra área, conhecer o passado é fundamental para planejar o futuro. Nesta seção, o leitor poderá mensurar um pouco dessa evolução e entender como o pensamento sobre o jogo mudou nos últimos anos. O que ainda pode ser aplicado no poker moderno? O que está ultrapassado? Descubram lendo os textos Do Fundo do Baú.
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AUTORIDADE EM POKER
ANO 3 - N.24
mais 40 anos da wsop
embaixador do
corrida pelos braceletes 2009
mojave Faz a festa na wsop
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Q
uem nunca ouviu alguém dizer que estava “mixando o jogo” para explicar um determinado movimento que, no final das contas, acabou por custar o torneio dessa pessoa? E posso apostar que vocês costumam ouvir lamentos desse tipo com freqüência, não é verdade? É muito comum as pessoas não admitirem seus erros e procurarem alguma desculpa para justificar os seus fracassos. Neste artigo vamos explicar o que é – e o que não é – “mixar o jogo”. O termo obviamente surgiu da literatura disponível em língua inglesa, mas a questão é que alguns autores utilizavam-no para explicar situações diferentes, mas, que num determinado contexto, tinham uma mesma linha de raciocínio por trás. O grande problema dessas situações é que, nos exemplos oferecidos, os leitores, na grande maioria das vezes, se apegavam mais ao movimento que era executado no exemplo do livro do que ao raciocínio embutido nele. Vamos tentar dar um exemplo: o herói dá raise de 2x BB do button, com AKs, num sit-and-go heads-up, contra um vilão tight-aggressive, numa situação de 70 big blinds efetivos, para mixar o jogo. Quando nos deparamos com uma situação assim, quase sempre achamos que o jogo foi mixado porque foi dado um raise baixo com uma mão forte numa situação em que um aumento maior seria padrão, e logo concluímos que o intuito do movimento foi o de “enganar” o vilão. Ao gravar isso, o leitor simplesmente perde a lição do autor e acaba aprendendo errado: movimentos feitos para enganar o vilão geralmente são conhecidos como “traps”, ou armadilhas, e prepa-
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rar essas arapucas não tem nada a ver com mixar o jogo. Todo jogo de poker, seja torneio, SNG ou cash game, possui uma linha de raciocínio padrão de acordo com o limite em que estamos. Voltando ao exemplo do SNG Heads-up, tem-se por padrão abrir raises de 3x BB, 2,5x BB e 2x BB, de acordo com os stacks efetivos da mão. Essa é a linha convencional – outras linhas são exceções. E quando você adota o caminho da exceção no poker, necessariamente precisa ter um motivo, para não correr o fatal risco de estar apenas “baralhando”. Nós temos então uma situação em que um raise de três vezes o big blind deveria ter sido aplicado. O herói preferiu aumentar 2x BB para mixar o jogo, por se tratar de um oponente tight. O que isso quer dizer exatamente? Vamos explorar melhor a situação... O que é um jogador tight? Num heads-up sit-and-go, é o jogador que joga muito no button (até 100% das mãos) e pouco no big blind. Por que ele faz isso? Porque a posição é um fator preponderante no heads-up. Logo, o jogador tight é agressivo em posição e joga muito pouco fora de posição. Se esse oponente joga pouco fora de posição, isso significa que o tamanho do raise padrão pode ser diminuído, por quê? Pelo fato de que ele joga pouco fora de posição e está propenso a dar fold diante de qualquer raise, seja ele de 2 ou 3 vezes o tamanho do big blind. Enquanto os desatentos acharem que “mixar o jogo” é “dar mini-raise de AKs contra o jogador tight”, a verdadeira lição – “trocar o raise padrão contra oponentes tight” – nem de perto terá sido assimilada. Provavelmente, quando sair com Q3o contra o mesmo
adversário tight, quem não entendeu a mensagem vai sair disparando os 3x BB padrão de raise. Podemos afirmar que no poker existe uma linha padrão. Se esse raciocínio pode ou não mudar na medida em que o tempo passa, pouco importa, pois o fato de uma linha de jogo se alterar não quer dizer que não exista um procedimento padrão. Sair dessa linha com uma motivação concreta (jogador definido como tight), uma finalidade válida (diminuir o investimento pré-flop para roubar o pingo), tendo um objetivo (explorar o fato de o oponente jogar pouco fora de posição) e um plano traçado (o que fazer nas outras streets, caso o pote não acabe pré-flop) é mixar o jogo. O resto é “baralhar” sem lógica. Mudando o foco, não posso deixar de parabenizar a CardPlayer Brasil por esses dois anos de enorme sucesso e apoio ao Texas Hold´em num país onde isso ainda é tão difícil. Sinto que aos poucos estamos vencendo o preconceito, e desse objetivo não vou desistir enquanto estiver vivo! Quero também agradecer muito o espaço e a importância que a revista me concede, assim como o grande carinho dos leitores. Esses fatores somados me fizeram buscar ainda mais uma evolução na qualidade dos meus textos, e que, pelas críticas que recebo, acredito estar alcançando. Espero melhorar sempre e conseguir organizar mais e mais minhas experiências em torneios ao vivo, pois ainda deixo muita discussão interessante passar em branco. Mas, como todos nós sabemos, de mole essa vida não tem nada. (risos) No mês que vem nos encontraremos novamente! E mais uma vez: parabéns – e obrigado – CardPlayer Brasil! Grande abraço!
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HEADS-UP Michael Addamo chegou à WSOP como o melhor jogador do circuito high-roller, tendo ganhado três títulos importantes no mês anterior, incluindo o Super High Roller Bowl com buy-in de $ 300.000. Addamo enfrentou Justin Bonomo no heads-up naquele evento e o encontrou nas duas últimas edições do SHRB Online 2020, que acabou sendo vencido por Bonomo. Os dois pareciam estar destinados a mais esse embate. Essa mão ajudou Bonomo a se manter no caminho para chegar aos heads-up. Addamo começou a mão aumentando com 9-2 off suit, indicando uma abordagem agressiva ditada mais pela situação do que pelo mérito de suas cartas. (Gil Yifrach era o short stack e Bonomo tinha um pouco mais de fichas). O flop J-10-3 rainbow levou Addamo a pedir mesa. Bonomo
World Series of Poker 2021 – $50.000 No-Limit Hold’em High Roller
deu check behind com seu par médio, provavelmente esperando controlar o tamanho do pote devido à dinâmica de stack em jogo. O turn trouxe a Q♣ e Addamo entrou em ação, apostando um pouco mais que o pote e colocando o máximo de pressão nas mãos de Bonomo. Bonomo deu call com seu par e straight draw, e o river dobrou um Valete. Addamo foi all-in, que foi efetivamente uma aposta do tamanho do pote. Bonomo começou a pensar. “Você gosta dessas situações ou as acha estressantes?”, perguntou um Bonomo, tipicamente estoico, com um sorriso irônico. Após cerca de seis minutos de reflexão, Bonomo deu o call por sua vida no torneio. Sua decisão foi recompensada com ele indo para 10,2 milhões, enquanto Addamo caiu para 11,7 milhões.
| MICHAEL ADDAMO
| JUSTIN BONOMO
16.720.000 FICHAS
Probabilidade de vitória Antes do Flop: 68% Depois do Flop: 94% Depois do Turn: 84%
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K
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Probabilidade de vitória Antes do Flop: 31% Depois do Flop: 6% Depois do Turn: 16%
5.160.000 FICHAS
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PRÉ-FLOP Com três jogadores restantes e blinds 60.000-120.000 e big blind ante, Michael Addamo aumenta para 480.000 do small blind. Justin Bonomo paga do big blind.
J
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3
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J
Addamo pede mesa, assim como Bonomo.
RIVER
TURN
Q
FLOP
3
Addamo aposta 1.160.000. Bonomo paga.
J
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J
Addamo vai all-in. Bonomo, com 3.400.000, paga.
NOTA: As probabilidades de vitória não incluem empates. As odds são fornecidas por cardplayer.com/poker-tools/odds-calculator/texas-holdem cardplayerbr
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INTRODUÇÃO AO
LIMIT OMAHAEIGHT-ORBETTER Por Kevin Haney
Limit Omaha Eight-or-Better (O8) é provavelmente a terceira variante de pokerr mais popular do mundo (atrás do Hold’em e Pot-Limit Omaha) e é fundamental para aprender se você quiser começar a jogar os mixed games. Como um jogo de flop de cartas comunitárias, ajuda a quebrar as variantes de draw e stud que, de outra forma, tendem a dominar muitas rotações. Para aqueles que não conhecem o O8, é um jogo de pote dividido em que todos recebem quatro cartas e o objetivo é fazer a melhor mão alta (high) junto com a melhor mão baixa (low). Um low é qualquer mão de cinco cartas que contenha cartas, não pareadas, iguais ou menores que 8. Caso não seja possível formar um low, a mão alta levará todo o pote.
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No O8, as melhores mãos para jogar são as com cartas mais baixas, que têm potencial para levar todo o pote. Por exemplo, suponha que você tenha A♥ 2♥ 3♠ 9♦, em um bordo 4♣ 5♥ 7♥ 10♠, contra um oponente com A♣ 4♥ 6♠ 8♠. Apesar de ele ter o nut straight, você é favorito em 60% para ganhar a mão, já que tem o low garantido e está “freerollando” o high com seu flush draw. As mãos baixas também têm vantagens de jogabilidade em flops baixos (aqueles com duas ou mais cartas baixas) e muitas vezes podem fazer melhores mãos high desistirem. Em outras palavras, mãos baixas tenderão a ter uma equidade relativa maior em relação aos oponentes. Por exemplo, suponha que em uma posição inicial você abra raise com A♥ 2♥ 3♣ 9♦ e um oponente dê call no big blind com K♣ Q♥ Q♦ 10♦. Com quatro broadways e uma Dama suited, esta é uma defesa clara de big blind, no entanto, qualquer mão high se tornará um lixo sempre que duas ou mais cartas baixas aparecerem no flop. Se o flop vier 3♠ 7♠ 8♥, o K♣ Q♥ Q♦ 10♦ é praticamente forçado a desistir de uma mão high, já que uma mão low, geralmente, já terá sido
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feita. E apesar de A♥ 2♥ 3♣ 9♦ ter apenas um par de Três, no entanto, neste confronto em particular, nós temos 43% de chance de terminar com a melhor mão high e 72% de equidade geral. Você provavelmente não terá que se preocupar em fazer a melhor mão high, já que o big blind não vai acertar esse flop com frequência, mas você também ficaria encantado em vê-lo pagar com tais mãos como a do exemplo acima. Em O8, qualquer mão com A-2, acompanhada de algumas outras boas cartas baixas, é tipicamente uma mão inicial forte. Mas e quanto a uma mão como A♠ 2♥ 4♣ 7♦, que tem um potencial de high muito limitado? Quanto de valor essa mão tem? Em uma mesa cheia, com vários jogadores vendo flop, A♠ 2♥ 4♣ 7♦ deve ser jogado de qualquer posição. Nesses jogos, qualquer mão com A-2 será lucrativa, mesmo que o resto da mão seja ruim. A falta de potencial para o high é compensada pelo fato de que
os outros jogadores jogam muitas mãos e muitas vezes vão jogar mãos ruins, que vão incluir mão sem chances para o nut low. Esses jogos divertidos e relaxantes ainda existem em muitas mesas de cash games nos cassinos ao redor do mundo, mas se tornaram relativamente raros online. Hoje em dia, a maior parte da ação online é de seis jogadores ou menos e os jogadores geralmente são mais habilidosos e jogam de forma agressiva. Os mixed games ao vivo normalmente acomodam seis ou sete jogadores e costumam ser frequentados por jogadores de poker competentes. Em jogos que nossos oponentes são mais seletivos em suas mãos iniciais e nem sempre pagam com draw fracos, uma mão baixa com pouco potencial para o high pode ser superestimada.
Suponha que estejamos jogando um jogo online 6-max e abrimos raise de A♠ 2♥ 4♣ 7♦ do UTG, também conhecido como posição de lojack. O big blind paga e, para o propósito deste exemplo, assumiremos que ele está defendendo com 75% de suas mãos e, devido à nossa abertura em uma posição inicial, optou por dar apenas call com todo o seu range. Pode ser um tanto surpreendente que contra este range relativamente amplo sejamos na verdade azarões, com 49% de equidade, e o que mais nos afeta é que A♠ 2♥ 4♣ 7♦ tem apenas 40% de chance de ganhar o high. Dito isto, esta ainda é uma situação decente para nós, uma vez que temos posição e o A-2 como proteção, que nos permitirá apostar em bordos baixos e expulsar nosso adversário do pote, que terá algumas mãos high que nos derrotraria Estamos, no entanto, em uma situação relativamente instável nas vezes em ele reaumenta a aposta e jogamos heads-up contra uma mão forte. Contra o topo do range (15% das mãos), temos apenas 41% de equidade, principalmente devido ao fato de que temos agora apenas 33% de chances de vencer o high. Essa pode ser uma situação relativamente difícil de jogar, porque se não floparmos um bom low ou um draw para ele, na maioria das vezes teremos que desistir e tenderemos a não realizar nossa equidade.
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Agora vamos considerar A♥ 4♣ Q♣ J♦, uma mão com um draw fraco para o low e potencialmente dominado, mas com maior potencial para o high, tendo uma Dama suited com as várias combinações de A-Q, A-J e Q-J. Contra o range de defesa do big blind indicado acima, A♥ 4♣ Q♣ J♦, tem 56% de equidade e 54% de chance de ganhar o high. E ao receber uma 3-bet do topo do range (15%), A♥ 4♣ Q♣ J♦ tem aproximadamente 48% de equidade, o que é um coin flip para puxar o high. Então, quais são as conclusões de tudo isso? Existem algumas. A primeira é que uma mão baixa unilateral perde valor em um jogo agressivo 6-handed. Embora A♠ 2♥ 4♣ 7♦ provavelmente ainda seja jogável em qualquer posição, pode realmente estar no limite para o fold, e variações menores como: A♠ 2♥ 6♣ 9♦ e A♠ 2♥ 2♣ 8♦ devem ser descartadas quando há muitos jogadores para agir. Em O8, não ter nenhum potencial de flush realmente prejudica o valor de uma mão, cartas médias (seis a nove) são ruins e pares pequenos têm desvantagem. Alguém pode argumentar para entrar de limp com essas mãos mais fracas para o low, na tentativa de trazer outros para o pote; no entanto, esse não é meu estilo. Embora também possamos dar limp com mãos que joguem apenas para o high, nossos oponentes irão imaginar que nossa mão
é exatamente o que é e geralmente jogarão bem contra nós. Além disso, acabaremos com mais frequência em um pote de três jogadores, o que não é bom para mãos com potencial limitado para o high. Outros podem discordar, mas em mesas com seis ou menos jogadores, minha preferência é ser um pouco mais seletivo nas primeiras posições, mas abrindo raise com qualquer mão que escolhermos jogar. A♥ 4♣ Q♣ J♦ não é uma mão que você gostaria de jogar contra seis jogadores em um jogo loose, mas tem muito mais valor em mesas shorthanded e agressivas. Embora seja verdade que em um jogo loose, esta mão é muitas vezes melhor do que a da maioria dos outros jogadores, você ainda tem draws fracos para o low (A-4) e para o flush (Q-4). No botão, em um pote sem aumentos, podemos fazer uma aposta e esperar um bom flop; caso contrário, esta mão deve ser normalmente descartada. Em jogos mais tights e agressivos, em que os potes são frequentemente disputados por apenas dois ou três jogadores, ter a habilidade de fazer o nuts é menos importante do que ter uma mão com potencial para ganhar o pote inteiro. Sempre haverá uma mão high, mas nem sempre uma low, portanto, ter um potencial para fazer tanto o high quando low é importante contra oponentes mais difíceis. No próximo artigo, daremos uma olhada detalhada nos recursos que procuramos em nossas mãos iniciais.
K evin Haney Kevin Haney é um ex-vendedor de seguros, mas deixou o trabalho corporativo para se concentrar em suas paixões pelo poker e preparação física. Ele é coproprietário do Elite Fitness Club em Nova Jersey e é um personal trainer certificado. No que diz respeito ao poker, ele começou em 2003 e gosta particularmente de receber novos jogadores interessados em mixed game sob sua asa e rapidamente torná-los lucrativos em todas as variantes. cardplayerbr
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JOGOS
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Às vezes é difícil conseguir uma resposta direta de um jogador de poker profissional. Faça a mesma pergunta a três deles, e você provavelmente obterá três respostas distintas. Por quê? Porque depende da situação, do oponente, dos stacks, da imagem à mesa e de muitas outras variáveis. Jogos Mentais vai penetrar nas cabeças dos maiores jogadores da atualidade. Nós revelaremos por que eles fazem o que fazem em situações difíceis. Que comecem os jogos.
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Jeff Platt
Scott Abrams
Marle Cordeiro
Jeff Platt começou sua carreira cobrindo o Dallas Maverick e o San Antonio Spurs na NBA até entrar no PokerNews como jornalista e como narrador no PokerGO. Como jogador, ele competiu no famoso Poker After Dark, chegou à reta final do Main Event e, mais recentemente, ganhou US$ 160 mil ao chegar a uma mesa final da WSOP.
Scott Abrams joga poker há mais de 10 anos, evoluindo dos jogos de $1- $2 até os mixed games de $80- $160 em Las Vegas. Ele já ganhou mais de US$ 1 milhão em torneios, incluindo um 12º lugar no Main Event da WSOP 2012, que lhe rendeu mais de US$ 500.000.
Marle Cordeiro é uma jogadora regular de cash games highstakes que ganhou um número considerável de seguidores graças ao seu canal no YouTube, o MarlzTV. Embaixadora do PokerStars, ela também jogou o Poker After Dark e fez mesa final no torneio Ladies da WSOP 2021.
Craig Tapscott: O que você acha que é essencial para um jogador de torneio entender sobre os ranges pré-flop de diferentes posições? Jeff Platt: Eu sinto que estudar o range pré-flop é uma parte importante do processo para se tornar um jogador decente de torneios. O que eu recomendo aos jogadores que estão apenas começando nos torneios é tentar se familiarizar com o jogo pré-flop de 15 a 30 big blinds, já que essa faixa de stack será provavelmente a mais comum que você verá na maioria dos buy-ins mais baixos em eventos. Depois de se familiarizar com os ranges pré-flop “corretos”, acho que você pode ajustá-los com base na qualidade dos oponentes na mesa. Por exemplo, se
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eu estiver em uma mesa com muitos jogadores tights/ recreativos, eu talvez ajustasse meu range de open raise nas primeiras posições para 5-10% das mãos. Se estiver com jogadores muito bons na mesa, provavelmente abriria um range GTO. Os spots de 3-bet também são extremamente importantes. Na maioria das vezes, os amadores estão fazendo 3-bets com as mãos que não deveriam, e apenas pagando com mãos que eles deveriam estar fazendo 3-bets.
Scott Abrams: Acho que a principal coisa que gostaria de apontar é o quanto um bom profissional em explorar as fraquezas do adversário mudará os ranges pré-flop com base em seus oponentes na mesa. Existem tabelas disponíveis que descrevem quais mãos você “deve” jogar em cada posição (como 6-6+, A-Q+ de UTG, etc), e elas geralmente são boas como ponto de partida. Mas um bom profissional pode (e deve) se ajustar muito. Por exemplo, se os jogadores à sua esquerda são conservadores e passivos, você pode até aumentar 100% das vezes no small blind, botão ou cutoff e obter lucro. Aumentar para 1.500 nos blinds 300-600 (com
600 de BB ante) é arriscar 1.500 para ganhar 1.500. Se passar pré-flop, digamos um terço das vezes, você só precisa ganhar uma pequena porcentagem dos dois terços restantes das mãos para ter lucro. Se a mesa for muito passiva, você pode jogar mãos com odds implícitas altas, como pares pequenos e Ases do mesmo naipe, que normalmente dão fold nas primeiras posições. E se a mesa for superagressiva, você pode desistir da maioria das mãos marginais que normalmente valem a pena jogar, de forma que a maioria das mãos que você escolher jogar seja boa o bastante para jogar contra uma 3-bet.
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...estudar o range pré-flop é uma parte importante do processo para se tornar um jogador decente de torneios...” Claro, esses ajustes são dinâmicos; eles estão mudando constantemente. Se eu vir um jogador abrir o botão contra meu big blind e ver um 6-2 offsuit no showdown, então vou querer fazer mais 3-bets contra esse jogador no futuro para punir roubos. Eles podem se ajustar jogando menos mãos ou fazendo 4-bet com um range mais amplo contra minhas 3-bets. Os ranges de cada posição estão sempre mudando. No geral, ranges pré-flop são mais sobre ajustes do que ranges definidos de cada posição. Marle Cordeiro: Em MTTs, os ranges pré-flop podem mudar drasticamente com base no tamanho do seu stack, os tamanhos dos stacks à sua esquerda e o estágio do torneio. Estar disposto a ajustar seus ranges de abertura com base nesses três fatores é fundamental para um bom jogo em MTTs. A jogabilidade de um short stack também é às vezes esquecida pelos jogadores mais novos. Você ainda pode fazer 3-bet e defender seu big blind com um range bem amplo (devido ao ante) com um stack abaixo de 25 bbs. Mas estar short pode limitá-los em certos spots que lhe farão largar “mão bonitas”.
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Você também pode fazer várias “traps” com stacks mais curtos (especialmente em posição), pois o SPR não será muito alto pós-flop, portanto, negar equidade e obter valor pré-flop não é tanto uma preocupação. Especialmente no pokerr ao vivo, as pessoas tendem a blefar menos em situações de 3-bet, então você pode dar mais folds quando isso acontecer. Eles também tendem a defender o big blind menos do que deveriam, então você pode abrir em posições finais com um range bem amplo. No geral, as pessoas também não fazem “traps” o suficiente com o topo do range para induzir os shorts a irem all-in. Isso deixa o range de call relativamente limitado e você pode explorar isso pós-flop.
Craig Tapscott: Quais foram as principais lições ou percepções que você aprendeu em relação aos torneios à medida que seu jogo evoluiu para o que é hoje? Jeff Platt: Como mencionei antes, ter seus ranges pré-flop definidos, especialmente com stacks de 15 a 30 big blinds, é essencial. Isso tem sido muito importante na minha abordagem aos MTTs. Nos buy-ins que jogo, sinto que a agressão seletiva também é extremamente importante. Eu poderia jogar o ABC e talvez ter uma boa chance de chegar ITM na maioria das vezes. Mas nos últimos dois meses, eu tentei acelerar um pouco as coisas e mudar as estratégias para tentar ganhar ou chegar nas retas finais.
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E finalmente, acho que a preservação do stack é extremamente importante. Antigamente, era “bem, tenho menos de 20 big blinds, então acho que devo ir all-in”. Mas agora há tanta coisa que você pode fazer com um stack pequeno. Estou feliz por defender o big blind em certos spots com um stack de menos de 10 bbs. Gosto de não ir all-in e fazer 3-bets por blefe com um stack de 20 big blinds em certas situações, e eu não me importo de entrar de limp com 15 big blinds no hijack ou cutoff algumas vezes, em vez de ir all-in. Scott Abrams: O que penso ao jogar MTTs: 1) Ter equilíbrio entre preservar o stack e ser agressivo. Por um lado, você precisa ser agressivo para ganhar valor, para fazer com que as mãos desistam com equidade etc. Por outro lado, manter o pé no acelerador sempre não é o ideal (especialmente no final dos torneios) e você precisa economizar fichas sempre que possível. Tente encontrar qualquer padrão para quando os oponentes estão fracos e ataque. Mas arriscar fichas além disso deve ser reservado para mãos fortes. 2) Os níveis iniciais são importantes. Todos os anos há uma discussão sobre as estruturas da WSOP e se elas são muito rápidas ou se os níveis iniciais são muito lentos ou sem importância. Eu pessoalmente prefiro estruturas mais lentas (embora conheça muitos bons jogadores que discordam). Não acho que seja coincidência que minhas retas
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Se a mesa for muito passiva, você pode jogar mãos com odds implícitas altas, como pares pequenos e Ases do mesmo naipe, que normalmente dão fold nas primeiras posições. finais na WSOP (como meu terceiro lugar neste ano no $ 1.500 Mixed Omaha e o quinto em 2019 em $ 1.500 PLO8) foram em torneios em que o stack inicial era de mais de 100 big blinds por várias horas no primeiro dia. Acho que os torneios que começam deep stacked têm uma concentração muito maior de profissionais nas mesas finais. Nos níveis iniciais, você aprende mais sobre seus oponentes e pode descobrir suas tendências antes que os potes se tornem muito caros para você. Os jogadores mais fracos têm, em média, mais fichas no primeiro nível. Além disso, muitos profissionais se registram tardiamente, enquanto os jogadores recreativos ficam ansiosos para começar cedo, então as mesas mais suaves estão definitivamente no início de qualquer torneio. Aqui, você tem a oportunidade de construir uma reserva para que um grande cooler mais tarde no torneio não o derrube. Além disso, ganhar fichas cedo significa ganhar ainda mais fichas depois. Um bom jogador definitivamente ganhará mais big blinds a cada 100 mãos (bb/100) com um stack maior (mais espaço de manobra e mais fichas para ganhar com aquelas grandes dobradas). 3) Não se levante da mesa. É semelhante ao ponto dois, mas vejo muitos jogadores pularem algumas mãos para fumar, comer, conversar com amigos, o que for. Se o stack vale $2.000 e você perde 5%
das fichas sem sequer ver as cartas, você está perdendo $100, e isso ignorando o ROI dessas mãos perdidas. Marle Cordeiro: Antes de jogar torneios, fui jogadora de cash games durante a maior parte da minha vida. Isso pode ser uma bênção, pois jogar cash games deep stack força você a ter fundamentos sólidos sobre o jogo. Muito disso se traduz em MTTs, mas também tive que desaprender alguns hábitos ruins de cash game. Um grande ajuste foi jogar mais solta pré-flop. Por causa do ante, você é forçado a se defender mais e a levar mãos piores para a batalha pós-flop. A segunda lição que tive que aprender foi que ainda há muitas manobras que podem ser feitas, mesmo short stacked. Fazer 3-bets pré-flop, dar raise-click pós-flop e fazer pequenos leads fazem parte dos MTTs. E fazer isso quando você está acostumada a sentar com mais de 300 big blinds é bem desconfortável. Por último, aprendi da maneira mais difícil que você não pode ganhar um MTT no primeiro dia. Paciência é a chave nesses grandes eventos ao vivo. Sim, acumular fichas logo no início, quando o está mais tranquilo, é ótimo, mas não há necessidade de enfrentar o melhor jogador da mesa ou entrar em uma guerra de egos no primeiro dia. Guarde isso para mais tarde.
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O MELHOR ANO DO POKER ONLINE BRASILEIRO
Por Diego Scorvo
O espetacular ano de 2021 para os brasileiros nos MTTs online ficou para trás. Novamente, sem uma grande oferta de eventos ao vivo por conta da pandemia da Covid-19, eles voltaram a se dedicar exclusivamente aos campeonatos disputados na internet, e o desempenho foi ainda mais fantástico. Desde o primeiro mês da temporada, o Brasil ocupou um lugar de destaque nos principais sites. Relembre as grandes conquistas daquele que foi o melhor ano do país no poker.
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Yuri Dzivielevski
Foto: Gustavo Bo
OS NOVOS MILIONÁRIOS Em um intervalo de apenas 33 dias, o Brasil conquistou por duas vezes a sua maior premiação no poker. No início da WSOP Online, Eduardo Pires venceu o Evento 7: $1.500 NL Hold’em Millionaire Maker e levou para casa $1.384.013. Já na despedida do festival, Edson Tsutsumi Jr. bateu a marca do seu compatriota ao receber $1.907.035 pela segunda colocação no Main Event. Ramon Kropmanns, por sua vez, ganhou a tão sonhada premiação de sete dígitos nos feltros do Americas Cardroom. Em um heads-up verde e amarelo, ele superou o seu conterrâneo Yuri Martins para se tornar o terceiro jogador do país a vencer o The Venom. Enquanto o campeão embolsou $1.113.330, o vice engordou o seu bankroll com $849.150.
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A CHUVA DE BRACELETES A ida da WSOP para o Natural8 rendeu ao Brasil um lugar de protagonismo naquele que é o principal campeonato do poker. Com um desempenho arrasador em 2021, o país chegou aos 16 braceletes, a nona melhor marca da história. Campeão de quase tudo na internet, o craque João Simão deu início a série de conquistas ao soltar o grito de campeão no Evento 2: $1.111 NL Hold’em Cesars Cares. Na mesma semana, Thiago Crema reverteu uma enorme desvantagem na FT para vencer o Evento 4: $800 NL Hold’em Double Chance.
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Thiago Crema
Renan Carlos Bruschi
No fim de semana seguinte, Eduardo Pires fez história ao cravar o Millionaire Maker. Já no Evento 9: $525 NL Hold’em SuperStack Bounty Turbo, Lúcio Lima chegou a ter 2 bbs antes de arrancar para a inédita vitória na WSOP Online. Antes de qualquer outro país chegar ao tri, o Brasil garantiu o penta assim que Renan Carlos Bruschi levou o bracelete do Evento 14: $500 NL Hold’em Big 500. Por fim, no Evento 20: $1.500 NL Hold’em Monster Stack Freezeout, Eduardo Rodrigues ganhou um all-in triplo para faturar o título.
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Pedro Padilha
DOMÍNIO NO SCOOP E NO WCOOP Uma grade menor não impediu os brasileiros de venceram mais nos feltros do SCOOP em 2021 do que na temporada passada. Em 25 dias, o PokerStars entregou a medalha de ouro aos grinders do país em 51 dos 306 torneios, um recorde na história do festival criado em 2009. A série mais democrática da internet foi o palco de outro capítulo da acirrada disputa entre Pedro Padilha e João Simão. Antes do pontapé inicial, assim como Rodrigo Caprioli, eles tinham três títulos. O profissional do Samba Team abriu vantagem ao cravar o Evento 29 High: $2.100 NL Hold’em (8-Max), porém por pouco tempo. No Evento 37 High: $2.100 NL Hold’em (6-Max, KO Progresivo), o craque de Belo Horizonte também chegou ao tetra. Entre aqueles que venceram pela primeira vez, destaque para Yuri “theNERDguy” Martins. Brasuca com mais títulos no WCOOP, ele aprontou no SCOOP onde se sente muito confortável, os mixed games. No Evento 9 Medium: $215 H.O.R.S.E., o paranaense ganhou $17.025 após mandar 447 oponentes para casa. Poucos meses depois, na 20ª edição do WCOOP, a bandeira do país apareceu no topo do pódio de ainda mais torneios. No total, foram 57 vitórias em 306 campeonatos.
João Simão
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Lauriê Tournier
Sucesso na Twitch, a grinder Lauriê Tournier foi um dos destaques da Brazilian Storm no WCOOP. Campeã do Evento 47 Medium: $109 NL Hold’em Heads-Up, ela repetiria a dose no Evento 94-H: $1.050 NL Hold’em (8-Max, KO Progressivo), quanto teve a companhia dos seus compatriotas Yuri “theNERDguy” Martins, Yago “yhsimplicio”Simplício e Victor “darkziv” Onizuka. Esse último foi o seu oponente no heads-up. SEMPRE NO TOPO O grande momento vivido pelo Brasil nos MTTs online se refletiu no ranking do PocketFives. Em 2020, Brunno Botteon encerrou um longo jejum sem brasileiros no topo da classificação ao assumir a primeira colocação no início de dezembro. Ao todo, o capixaba puxou a fila por três meses até ser ultrapassado pelo belga Bert Stevens. Antes mesmo de o “girafganger7” se acomodar no trono, ele cedeu lugar a Yuri Dzivielevsk, que retornou à primeira colocação depois de quase sete anos. Dessa vez, o “theNERDguy” tomou conta da liderança, passando 32 semanas consecutivas no topo, a quarta maior sequência da história. Ao ir para Las Vegas disputar a World Series of Poker, Yuri deixou o caminho livre para que Bruno Volkmann, seu companheiro de time, o Ninetales, se tornasse o sexto brasileiro a ser o número 1 do mundo.
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