ANO 15 - N.134
POKER GANHA DIFERENCIAÇÃO DE JOGOS DE AZAR NA CÂMARA O MELHOR JOGADOR DE POKER QUE JÁ EXISTIU
YURI MARTINS A ASCENSÃO ALÉM DO TOPO cardplayerbr
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Diretor Executivo Renato Lins Editor Marcelo Souza Foto de Capa Felipe Feijó Diagramação Gió Design Webmaster Bernardo Benevides Jornalista Diego Scorvo Colunistas Nacionais Fabio Maritan, Julio Yamada, Kennedy Lima, Matheus Tomé
Colunistas Internacionais Jonathan Little, Greg Raymer
CARTA AO LEITOR
Endereço CP Brasil LTDA Rua Stela de Souza, 54, Sagrada Família CEP 31030-490 - Belo Horizonte - MG Tel.: (31) 3225-2123
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Marcelo Souza - Editor @MarceloCPBR Marcelo Souza
No poker brasileiro, Yuri Martins está um degrau acima dos demais. Ele foi de melhor jogador do Brasil em 2014 para o melhor jogador da história do Brasil em 2022. Aos 30 anos, Yuri é uma lenda. Incontestável. Maior campeão nacional do WCOOP (sete vezes). Recordista de premiações. Expert em todas as variantes do poker. Duas vezes campeão da WSOP (o único brasileiro). E, agora, também duas vezes capa da Card Player Brasil. Em um bate-papo descontraído de mais de uma hora, Yuri falou da nova fase que sua vida vem tomando nos últimos anos. Ainda falando sobre o poker nacional, graças aos esforços de Igor Federal, presidente da ABJH (Associação Brasileira dos Jogos de Habilidade), o poker terá uma legislação própria, independentemente do que aconteça com a legalização dos jogos de azar no Brasil. Os detalhes do PL 442/91, aprovado recentemente na Câmara e que visa essa legalização, você confere aqui nesta edição. Também não deixe de ler nossos artigos técnicos e se divertir com as novas seções de filmes e lendas do poker. Boa leitura, Marcelo Souza
SUMÁRIO
ESPECIAIS 22. POKER GANHA DIFERENCIAÇÃO DE JOGOS DE AZAR NA CÂMARA
SUMÁRIO
E MAIS 14. LENDAS DO POKER
Com David “Chip” Reese
18. JONATHAN LITTLE
O PERIGO DE SUPERESTIMAR PAR DE ASES Jonathan Little mostra que, ao contrário do que muitos pensam, é preciso jogar par de Ases com cautela.
CAPA
61. HEADS-UP
Michael Addamo x Jake Schindler
64. O PERIGO DOS PADRÕES ALEATÓRIOS Por Greg Raymer
30. FABIO MARITAN
UM PAPO SOBRE DECISÕES, CONSISTÊNCIA E DIAS QUENTES NO VERÃO “F1ioba” analisa a importância de manter a razão em primeiro plano ao jogar poker.
70. HEADS-UP
60. HOME GAMES – A ESSÊNCIA DO POKER
Michael Addamo x Bill Klein
92. HEADS-UP
Alex Foxen x Michael Addamo
54. KENNEDY LIMA
POKER E BLOCKCHAINS, O FUTURO JÁ ESTÁ AQUI? Kennedy Lima fala sobre blockchains, que podem ser o futuro do poker online.
93. FICHAS NA TELA Rounders
98. HEADS-UP
72. O BSOP RETORNA À CIDADE MARAVILHOSA
Justin Bonomo x Michael Addamo
78. JULIO YAMADA
O QUE VOCÊ FARIA? – USANDO A MATEMÁTICA PARA A MELHOR JOGADA EM UMA MÃO DE PLO5 Julio Yamada usa um software de análise para decidir qual a melhor jogada em uma mão de PLO5.
86. MATHEUS TOMÉ CARDPLAYERBRASIL.COM
TIMES DE POKER E O FOGO DE PROMETEU Tomé fala sobre a necessidade de entrar em um time poker para o desenvolvimento como jogador de poker.
14. YURI “THENEWGUY” MARTINS – A ASCENSÃO ALÉM DO TOPO
Por Diego Scorvo e Marcelo Souza Como todo esporte de alto rendimento, o poker se transformou muito durante os últimos anos. Em suas diversas revoluções, alguns nomes se sobressaíram. Legados foram construídos desde a primeira WSOP, realizada em 1970. E se os jogadores de poker fossem heróis medievais, alguns poucos teriam seus feitos cantados pelos bardos nos quatro cantos do mundo. Como não é o caso, fica a nosso cargo contar um pouco dessas histórias aqui, na seção Lendas do Poker.
vítimas eram professores e funcionários da universidade, que insistiam, sem sucesso, em tentar derrotar o calouro do interior. Competitivo, Chip Resse chegou a fazer parte do time de futebol americano da faculdade, muito embora tenha ganhado notoriedade mesmo nos debates de economia. Seu estilo elegante de argumentar e seu relevante saber acadêmico chamaram a atenção da tradicional fraternidade “Beta Theta Pi”, para a qual foi aceito com louvor. Após a graduação em Dartmouth, Chip abocanhou uma vaga na respeitada faculdade de direito de Stanford. O sonho de se tornar advogado em Los Angeles estava cada vez mais próximo. Só que entre Ohio e a Califórnia havia um pequeno “problema”: Las Vegas.
Na companhia do seu grande amigo Danny Robeson, Chip pisou na Cidade do Pecado com 400 dólares no bolso. Pouco tempo depois, ao vencer um torneio de Seven-Card Stud no Cassino Sahara, transformou essa quantia em US$ 40 mil. Nos anos seguintes, a conta já era feita em milhões. Em 1978, veio o seu primeiro bracelete da WSOP, no evento de Seven-Card Stud Split. Repetiu a dose em 1982, com a
vitória no Seven-Card Stud Limit. Em 1991, aos 40 anos, Chip entrou para o Hall da Fama do Poker, tornando-se o jogador mais jovem da história do esporte a fazer parte do seleto time. Mais tarde, em 2011, quatro anos após sua morte, os responsáveis pelo Hall da Fama do Poker criariam a Chip Reese Rule, ou seja, ninguém poderia ser indicado ao hall dos imortais com menos de 40 anos.
DAVID “CHIP” REESE: O MELHOR JOGADOR DE POKER DE TODOS OS TEMPOS O que a mãe de um garoto de seis anos, diagnosticado com febre reumática, poderia fazer para entreter o filho durante os longos meses de recuperação e repouso? Bem, a Sra. Reese recorreu às cartas. E o resultado desse período de convalescência foi o despertar de um dos maiores gênios do poker de todos os tempos: David “Chip” Reese. É provável que o dia 28 de março de 1951 tenha sido mais uma quarta-feira modorrenta em Dayton, Ohio, leste dos EUA. Ninguém poderia imaginar que a cida-
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de que viu nascer os irmãos Wright, rivais de Santos Dumont na briga pela invenção do avião, fosse também o berço de um jogador que ficaria marcado pela extrema polidez à mesa, aliada a uma técnica impecável. Ainda no colégio, Reese começou a lucrar com o poker. Não era dinheiro o que ele puxava do pote, mas sim cards colecionáveis de baseball, um tesouro para qualquer garoto da sua idade. Ao entrar na conceituada Dartmouth College, deu seguimento ao sucesso nas mesas. Agora, as
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Em 1978, veio o seu primeiro bracelete da WSOP, no evento de Seven-Card Stud Split.
Como prova de que a qualidade resiste aos castigos do tempo, a maior premiação de Chip Reese viria em 2006, com o primeiro lugar em um dos principais torneios da WSOP, o H.O.R.S.E. Championship, que naquele ano era disputado pela primeira vez. Com buy-in de US$ 50.000, é um evento que reúne um field reduzido, mas com os principais profissionais de todo o mundo. Pela vitória, Chip Reese levou US$ 1.784.640. Apontado por muitos jogadores, fãs e jornalistas como o melhor jogador de poker “all-around” da história, ele fez fortuna nas mesas de cash games e era nas derrotas
que tirava suas principais lições: “Se eu realmente tiver aprendido a jogar isso aqui, conseguirei recuperar o prejuízo muito em breve”. Em dezembro de 2007, aos 56 anos, ele morreu em casa. O motivo nunca foi realmente esclarecido. Alguns dizem que foi em decorrência de uma pneumonia. Amigos próximos, como Barry Greenstein e Doyle Brunson, dizem que ele morreu devido a uma trombose, consequência de uma cirurgia bariátrica. Certamente, um dia triste e modorrento em Las Vegas, em Dayton e, sobretudo, no mundo do poker.
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O PERIGO DE SUPERESTIMAR 0 PAR DE ASES
Por Jonathan Little
Recentemente, eu estava verificando a seção de comentários do meu canal do YouTube e me chamou a atenção uma mão que ilustra um erro comum cometido por muitos jogadores que jogam mais barato. Em um cash game de $1-$3 com stacks de $300, nosso Herói aumentou para $12, com A♠ A♦, das primeiras posições, o que é normal. Hijack (HJ), Cutoff (CO), Button (BTN) e Big Blind (BB) deram call.
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O flop veio J♠ J♣ 6♦ e o BB deu check. Nosso Herói apostou $40 em um pote de $60. Embora essa aposta por valor possa parecer boa, na verdade, é um erro crasso, porque a soma dos ranges de seus oponentes contém muitos Valetes. Embora os Ases possam ser o melhor jogo no momento, quase nenhuma mão pior pagará uma aposta de $40, a menos que os oponentes sejam extremamente calling stations. A jogada correta seria ir para um check-call se um jogador apostasse e todos os outros desistissem, ou até mesmo check-fold contra uma aposta e um call ou raise. Embora isso possa parecer excessivamente cauteloso, é importante perceber que quando alguém dá call ou aumenta uma aposta no flop em um bordo pareado e em um pote multiway, eles devem ter algo que seja realmente forte. Quem apostou no flop também pode ter uma mão boa. Essa é uma situação em que o Herói tem implied odds reversas extremas, o que significa que ele vai ganhar um pote pequeno ou perder um pote grande. Na maioria das vezes, é melhor evitar essas situações. Nesta mão específica, o CO pagou os $40 e todos os outros desistiram. O turn foi um 5♦. O Herói apostou $80 em um pote de $140.
Aqui, outro erro substancial. O Herói escreveu nos comentários que ele “sabia” que o oponente sempre aumentaria no flop com trincas, então seus Ases deveriam ser a melhor mão. O problema com essa linha de pensamento é que o Herói realmente tem pouca ou nenhuma ideia de como seu oponente responderá a uma grande aposta no flop com uma trinca. Perceba que só porque você aumentaria com trincas não significa que seus oponentes o farão. Perceba também que quando você aposta alto no flop, do ponto de vista do GTO, seu oponente é incentivado mais a pagar do que a aumentar.
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O Herói não tem motivos reais para excluir as trincas do range do oponente. Ele deveria ter pedido mesa no turn, e ido de check-call, embora fosse uma situação complicada. O CO pagou, o river foi um 2♠, e nosso Herói foi all-in de $168 no pote de $300. Novamente um erro, embora menor do que os outros. Se o CO tiver uma mão como par de Dez, ele pode pagar o all-in, mas dará check behind se o Herói der check, e provavelmente não há blefes em potencial no range do CO que possam blefar se o Herói pedir mesa. Então, ir para a linha do “thin value” tem algum mérito. Dito isso, dar check-fold seria a melhor opção, já que uma trinca de Valetes é a mão mais provável do CO. O CO deu call com J-10 e levou todo o stack do Herói, que avaliou a mão com uma bad beat, mas, na realidade, ele jogou da pior maneira possível. Ele deveria ter pedido mesa no flop e, provavelmente, o CO teria apostado. Se outra pessoa pagasse, o Herói poderia ter desistido imediatamente. Caso pagasse, poderia ir para o check-fold no turn. Mesmo que todos os outros desistissem para a aposta no flop do CO, o Hero ficaria muito mais feliz em dar check-call até o river, porque, aí sim, o CO teria um range bem maior de blefes que continuariam apostando no turn.
Como jogado, porém, o Herói essencialmente facilitou a vida do CO, e ficar repetindo esse tipo de erro torna praticamente impossível ganhar dinheiro no poker.
Jonathan Little
Jonathan Little venceu o WPT por duas vezes, tem mais de US$ 6 milhões ganhos em torneios ao vivo e já escreveu mais de 10 livros sobre no-limit Texas Hold’em.
Artigo patrocinado por/
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Poker ganha diferenciação de jogos de azar na Câmara
Por Devanir Campos e Marcelo Souza
Em votação que terminou no último dia 24 de fevereiro, a Câmara dos Deputados aprovou, por 246 votos a 202, o texto-base do Projeto de Lei nº 442/1991, que legaliza os jogos de azar e apostas no Brasil. Um dia antes, a Associação Brasileira de Jogos de Habilidade (ABJH) chegou a um acordo com o deputado federal Felipe Carreras (PSB-PE) acerca de partes do texto. A ABJH tinha como preocupação que o texto do Projeto tratasse todo e qualquer tipo de jogo da mesma forma e, por consequência, acarretasse em problemas para mercados e atividades absolutamente legais, que já existem e são praticadas de forma legal no Brasil.
Consciente da demanda da ABJH, que representa atividades como os eSports, Fantasy Games, Poker, Damas e Xadrez, o relator alterou o texto para que nenhum desses jogos sejam confundidos com os jogos de chances e apostas — novas atividades que serão legalizadas no País caso a lei seja sancionada.
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O acordo entre o deputado Felipe Carreras e o presidente da ABJH, Igor Federal, trouxe para o texto do Projeto de Lei importantes distinções: primeiro, a diferenciação expressa sobre quais são os tipos de jogos existentes e como os jogos de habilidade são definidos. Além disso, deixa-se claro no texto legislativo a exclusão dos jogos de habilidade do escopo desta nova lei de jogos de azar. Segundo o texto proposto pelo PL 442, caberá ao Ministério da Economia regulamentar os jogos de habilidade. A decisão atende a toda a comunidade de jogos de habilidade, formada por jogadores profissionais, jogadores recreativos, celebridades internacionalmente reconhecidas e todo o entorno de profissionais que tanto batalham pelo crescimento dessa indústria. Igor Federal foi enfático ao falar sobre a importância do Projeto: “A comunidade dos jogos de habilidade há muito aguarda o reconhecimento e a proteção legislativa da apartação desses jogos daqueles que neste momento estão sendo legalizados, os jogos de chances e apostas. Após o acordo, finalmente atingido, a comunidade dos jogos de habilidade pode respirar aliviada”.
Concluída a votação, veja como ficaram os principais pontos do PL 442/91, que não inclui o poker, de acordo com a Agência Câmara de Notícias:
Cassinos De acordo com o texto, os cassinos poderão ser instalados em resorts como parte do complexo integrado de lazer, que deverá conter, no mínimo, 100 quartos de hotel de alto padrão, locais para reuniões e eventos, restaurantes, bares e centros de compras. Para a determinação dos locais onde os cassinos poderão ser abertos, o Poder Executivo deverá considerar a existência de patrimônio turístico e o potencial econômico e social da região. Serão concedidas no máximo três licenças por estado quando a população for maior que 25 milhões de habitantes (apenas São Paulo). Duas licenças em estados com população entre 15 e 25 milhões (Minas Gerais e Rio de Janeiro). E apenas uma licença nos estados com população inferior a 15 milhões. Cada grupo econômico poderá deter apenas uma concessão por estado, e o credenciamento será feito por leilão público, com valor começando em R$ 100 milhões.
Adicionalmente, o Poder Executivo poderá conceder a exploração de cassinos em complexos de lazer para até dois estabelecimentos em estados com dimensão superior a 1 milhão de quilômetros quadrados (Amazonas e Pará). Em localidades classificadas como polos ou destinos turísticos, será permitida a instalação de um cassino, independentemente da densidade populacional do estado em que se localizem.
| Igor Federal é principal nome na luta pela regulamentação do poker no Brasil (Foto: Bruno Mocca // Card Player Brasil)
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Bingos
Tributação O projeto cria um imposto, Cide-jogo, para recolher 17% da receita líquida dos empresários. Esse valor será distribuído para áreas como turismo, meio ambiente, cultura, segurança pública e desastres naturais. De acordo com o texto, não poderá ocorrer cobrança de “quaisquer outras contribuições ou impostos sobre o faturamento, a renda ou o lucro decorrente da exploração de jogos e apostas”. Para pessoas físicas, haverá isenção em prêmios líquidos de até R$ 10.000. A partir deste valor, fica a cargo do operador reter 20% dos ganhos (imposto retido na fonte).
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No caso do bingo, o texto permite sua exploração em caráter permanente apenas em casas de bingo, permitindo-se a municípios e ao Distrito Federal explorarem esses jogos em estádios com capacidade acima de 15 mil torcedores. As casas de bingo deverão ter capital mínimo de R$ 10 milhões. Serão permitidas até 400 máquinas de videobingos. Caçaníqueis serão proibidos. Será credenciada, no máximo, uma casa de bingo a cada 150 mil habitantes. Os lugares licenciados contarão com autorização de 25 anos, renováveis por igual período.
Quais os próximos passos? O projeto agora segue para o Senado, onde será analisado e votado. Se for alterado, volta para a Câmara, que analisa apenas as alterações, podendo mantê-las ou recuperar o texto original. Em seguida, vai para sanção ou veto do presidente da República, Jair Bolsonaro, que tem prazo de 15 dias úteis para sancionar ou vetar o projeto, no todo ou em partes. O líder do governo, deputado Ricardo Barros (PP-PR), afirmou que o presidente vetará o projeto se ele for aprovado pelo Senado. Nesse caso, os vetos voltam para análise do Congresso Nacional (sessão conjunta da Câmara e do Senado). Para derrubar o veto é necessário ter a maioria absoluta de votos entre deputados (257 de 513) e senadores (41 de 81).
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A NATUREZA DO JOGO UM PAPO SOBRE DECISÕES, CONSISTÊNCIA E DIAS QUENTES NO VERÃO 30
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Há mais de dois mil anos, o filósofo Sêneca afirmou: “Acaso alguém se admira de ter frio no inverno, de ter náusea no mar, de ser sacudido numa viagem? É forte a alma diante dos males para os quais foi preparada”. Estariam todos preparados para as chacoalhadas que o poker naturalmente proporciona? Nem sempre. Pense naquele grande pote perdido em um momento crucial no qual você era esmagadoramente favorito. Diferentes são as interpretações acerca do fato: há os que “sentem o golpe” e há aqueles que apenas “seguem o jogo”. Limitado em suas regras e profundo nas possibilidades estratégicas, o poker tem sua magia que encanta a tantos adeptos. Magia que brilha principalmente quando a história está sendo escrita no curtíssimo prazo. O coração está ali e é bonito “sentir o jogo”, mas é razoável afirmar que quanto mais o jogador “sente o golpe”, e tem suas futuras decisões afetadas pelo aleatório, mais ele não entende que o jogo está acontecendo da exata forma como ele é. Simples assim. O jogador afetado tende a se cegar para a parte lógica do jogo e, no calor do momento, tomar decisões carentes de fundamentos. Caro e dolorido, não é?
Por Fabio “F1oba” Maritan
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Chega a ser clichê, mas para apenas seguir em frente “sem contaminação”, o primeiro passo seria assumir as responsabilidades e focar no controlável. Olhar criticamente para a qualidade da sua decisão, destrinchá-la ao máximo e sanar tudo de maneira a sair ainda melhor após o processo. Grandes jogadores são extremamente rigorosos com suas decisões. Acertam bem mais que erram. Ao errar, rapidamente se corrigem e se ajustam em um ciclo incansável e infinito. Afinal, parafraseando Nassim Taleb, “para entender como uma coisa funciona, descubra como quebrá-la”. Ao refinar indefinidamente a qualidade da sua decisão, saiba que o seu grau de comprometimento determinará se o jogo será, para você, cruel, uma mera distração ou libertador. Perceba que, ao se tomar decisões de qualidade ao longo do tempo, estabelecendo uma rotina consistentemente produtiva, dilui-se completamente o acaso de curtíssimo prazo citado anteriormente. Comprometido em nível profissional ou apenas passando seu tempo, ao sentar-se em uma mesa, foque em jogar o jogo, dar o seu melhor e se divertir — dentro das suas limitações, claro. Que a emoção que você sinta seja o prazer em jogar e nada mais. O que vier no entorno, que seja identificado e rapidamente apagado como uma mensagem na areia à beira-mar num dia quente de verão. Boas decisões na mesa e até a próxima.
Grandes jogadores são extremamente rigorosos com suas decisões. Acertam bem mais que erram. Fabio Maritan “F1oba” é jogador profissional e instrutor de poker há 12 anos. Apenas na internet, ele já ganhou quase US$ 3 milhões em prêmios.
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Foto: Felipe Feijó Por Marcelo Souza
Não, o melhor jogador de poker do Brasil não trocou de nick. Ele ainda continua sendo o “theNERDguy”. Mas a pessoa por trás do nick traz pouquíssimas semelhanças com aquela que entrevistei em 2014, quando ele acabava de alcançar o topo da carreira — pelo menos era o que pensávamos.
YURI MARTINS A ASCENSÃO ALÉM DO TOPO
Hoje, existe um “novo cara”. Alguém que não caminha mais sozinho. Que agora tem ao seu lado a esposa Carolina e Dom, o filho de três anos. Alguém que transformou os quilinhos a mais em músculos bem definidos. Que mudou o cabelo, antes sustentado por porções irregulares de gel, para um padrão mais despojado, intrínseco ao surfe, seu principal hobby. O cavanhaque deu lugar a um elegante bigode. E as vestimentas ganharam o toque de alfaiataria e de um personal stylist. Mas engana-se quem pensa que escolhi o título desta entrevista apenas pelas mudanças físicas. O perceptível é apenas o resultado de um conjunto de ações pessoais que transformaram seus hábitos, seus pensamentos e, consequentemente, seu jogo. Como alguém que acompanhou a carreira do “velho” e do “novo” Yuri, se eu pudesse defini-lo com um adjetivo seria transcendental. O jogador que ascendeu muito além do topo. Não, não é exagero, e você, leitor, pode tirar suas conclusões agora:
Marcelo Souza: Em 2014, você foi capa da Card Player após chegar ao topo do ranking do Pocket Fives e, na época, ganhar o maior prêmio do poker online brasileiro. As mudanças que percebemos em você são assustadoras. O que você poderia falar sobre isso? Yuri Martins: A primeira coisa é que eu amadureci. Na época, eu estava muito focado só no jogo. Eu sempre gostei muito de jogar, sempre fui um cara viciado pela vitória. O que me motiva até hoje é vencer — e isso é o suficiente. Não tem um título específico ou algo na minha carreira que eu queira conquistar ainda, mas eu gosto de vencer e isso eu fui passando para as outras áreas da minha vida.
“O que
Foto: Felipe Feijó
me motiva até hoje é vencer —
Naquele momento, eu meio que só me preocupava com o poker — e não que isso tenha sido ruim. Eu acho que parte da minha vida tinha que ter sido daquela forma. Me deu experiência e eu cresci dentro do poker graças a ter me dedicado 100% a isso. Então eu não me arrependo de ter deixado de lado as outras coisas da vida pra me dedicar somente ao poker. E aí algumas coisas vêm com o conhecimento e com o amadurecimento. A questão da alimentação, de cuidar mais de mim, por exemplo. Isso que você citou, das mudanças na minha vida serem visíveis, tudo passa pelo fato de ser viciado em vencer. Naquela época, muitas áreas da minha vida estavam bem isoladas. Aos poucos, fui dando atenção a isso. O fato de casar e ter um filho também já gera outro tipo de amadurecimento, outro tipo de
motivação para jogar, para trabalhar. E eu comecei a perceber que eu vivo mais feliz dessa forma. Acredito que quando não estamos satisfeitos em alguma área da nossa vida, nós temos que ser o elemento de mudança. No poker, eu estava satisfeito. Estava no topo. Havia ganhado praticamente tudo, mas faltava algo para me sentir completo. Hoje, tudo virou parte de mim, não é mais um esforço ter que me dedicar às outras áreas. MS: E como isso afeta o seu jogo? E mais importante, o que você diria para os jogadores de poker que se espelham em você e até procuram lhe copiar para tentar resultados semelhantes? YM: No final, tudo afeta no meu jogo. A autoestima, a felicidade, a disposição. Todas essas coisas juntas influenciam na forma que eu jogo, na felicidade que eu jogo, na minha performance cerebral, na minha performance física. Tudo isso tem impacto direto no meu jogo e, consequentemente, nos meus resultados. Mas eu não acho que todas as pessoas seriam felizes fazendo exatamente o que eu faço hoje. É uma questão de tentativa e erro. Eu tentei muitas coisas no meu caminho. O que eu testei e não deu certo, eu tirei da minha vida. As coisas que deram certo estão comigo até hoje. O que eu vivo é fruto de várias tentativas. Você pode até tentar copiar alguém. Pode dar certo ou não. Se não der, tudo bem, existem outros caminhos. No meio da minha jornada, eu descobri que gosto de várias coisas — assim como havia várias outras coisas que eu gostava muito e que hoje em dia não fazem mais sentido pra mim. Isso é muito pessoal.
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YM: Com certeza. Tudo que eu faço, eu tento evoluir, buscar aulas e tudo mais. Nesse momento, eu tenho surfado muito mais pelo prazer. E eu aceitei que vai demorar mais para evoluir. Mas é uma coisa que coloquei na minha cabeça e estou feliz com isso. Na frequência que eu surfo, eu não vou conseguir evoluir muito rápido. Surfe é um esporte que você tem que estar todo dia na água e eu não consigo, pois tenho família, tenho o poker. De manhã é uma hora que fico com meu filho. Então, eu meio que aceitei isso. Mas quando eu tenho um hobby, eu curto de estudar muito. Igual ao xadrez, é um hobby que comecei depois de ter assistido ao “Gambito da Rainha”. Eu me entreguei bastante por um tempo, mas bastante dentro das limitações que eu tinha. Então, achei um jeito de evoluir de maneira rápida e simplificada. Tudo que eu faço no poker, eu tento levar para as outras áreas.
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Na época que eu comecei a jogar, todo mundo tinha o sonho de ser patrocinado por um grande site. Eu sempre trouxe isso comigo. MS: Você é um cara que está entre os melhores do Brasil há quase dez anos. Acho que até demorou para que um grande site lhe oferecesse patrocínio. Fale um pouco sobre sua história como novo embaixador do partypoker. YM: O (Marcos) Sketch é o country manager do partypoker no Brasil e eu sempre tive um carinho grande por ele. Um cara que sempre foi muito importante na minha carreira. Inclusive, na época que eu comecei a jogar pelo 4-bet, eu não desisti do poker por causa dele [Card Player 87/2014]. Eu até já tive outras propostas, mas foi com ele que tudo fez sentido. O primeiro ponto é poder trabalhar com ele, um dos caras mais excep-
cionais que conheço. Outro ponto é que os ideais do partypoker são parecidos com os meus. É uma empresa gigantesca, muito séria e muito correta. Essa honestidade já até custou caro em questão de crescimento. Eles não operam em países que possuem obscuridades jurídicas. Quando aconteceu a Black Friday, eles já haviam saído dos EUA, por exemplo. Isso tudo ajudou na escolha. E a alegria é imensa. Na época que eu comecei a jogar, todo mundo tinha o sonho de ser patrocinado por um grande site. Eu sempre trouxe isso comigo. Além de ser uma oportunidade incrível para a minha carreira, acho que consigo acrescentar bastante para o site também.
MS: Muita gente fala sobre o seu talento para o poker, mas a maioria não sabe a quantidade de percalços e o quanto você trabalhou para chegar onde chegou. Nos dias atuais, o talento pode superar o trabalho duro? YM: As coisas na minha carreira foram todas muito difíceis e as pessoas não sabem disso. Eu vou dar alguns exemplos: o WCOOP é uma série que todo mundo sonha em ganhar quando começa a jogar. Meu primeiro WCOOP, eu só ganhei em setembro de 2015. Eu já jogava profissionalmente desde 2009. Foram seis anos jogando tudo para ganhar meu primeiro WCOOP. Hoje, eu fico muito feliz por ter ganho sete vezes, mas tudo demorou demais para acontecer na minha carreira. Para o primeiro major foram cinco anos. Lembro que meu trabalho era bem de formiguinha. Eu nunca acertava coisa grande. Ficava olhando uma galera muito pior que eu ganhando Sunday Million para tudo quanto é lado.
Foto: Felipe Feijó
MS: Como um cara extremamente competitivo, não é difícil para você quando isso vai para os seus hobbies? Quero dizer, você deve ter o desejo por evolução em qualquer coisa que você faça, no surfe e no xadrez, por exemplo.
Eu aprendi duas aberturas para cada lado e falei que ia ficar o melhor possível nelas, e não ia me aprofundar em mais nada. Isso já foi o suficiente para pelo menos escalar os rankings. Claro que aprendi os fundamentos também. É como no poker, quando você domina os ranges de open, que seriam como as aberturas no xadrez, você já fica muito à frente. Fiquei imerso no xadrez por um tempo e achei que já estava bom, já conseguia competir em um nível ok. O surfe é um negócio que, em algum momento da vida, vou me dedicar muito mais, mas não está nessa hora ainda.
“
E acho que tudo depende do que o cara quer para a própria carreira, para a vida. Eu sempre quis ser o melhor, sempre fui muito competitivo. Então, para chegar onde cheguei hoje é impossível ser 100% equilibrado. A questão é que hoje eu selecionei algumas coisas que me fazem feliz — e esse é o ponto. Mas, por exemplo, a parte social, ela fica bem a desejar na minha vida. Eu não tenho muito contato social. Tenho amigos, mas os vejo muito pouco. Isso é fruto das prioridades que eu coloquei na minha vida. Eu trabalho bastante e quando tenho um tempo vago, opto por ficar com minha família, por surfar, por fazer coisas que eu gosto, cuidar de mim. Então estou em um momento que é meio egoísta na questão social, mas é isso que me faz feliz. Eu consigo mudar a vida das pessoas ao meu redor graças a isso.
Foto: Lucy Hallak
“ Chegar
E eu pensava: não tem o que fazer, vou ter que focar em mim mesmo e é isso aí. O bracelete da WSOP veio depois de 10 anos de carreira, no sétimo ano indo para Vegas. E as pessoas pensam que o Yuri sempre foi assim. A verdade é que foi tudo fruto de muito trabalho e persistência, tomando porrada na cabeça o tempo todo. A gente subestima o poder e a força da variância. Por outro lado, eu não me iludi no meu caminho, achando que eu era melhor do que realmente era. Eu gosto do jogo de verdade. Hoje, ainda amo sentar para jogar e estudar. Mesmo quando estou de férias, de alguma maneira, eu ainda arrumo um tempo para aprender ou analisar algo novo no poker. Eu conheço centenas de jogadores e eu vejo que a grande maioria trabalha muito menos do que eu — e não tem nada de errado nisso, cada um faz suas escolhas. Pode ser que talvez eles não gostem tanto do jogo ou não tenham uma necessidade de vencer tão grande quanto a minha. Então, esqueça isso de talento. Da minha parte, foi zero talento, foi apenas muito trabalho e amor pelo jogo. Talento pra mim é o caso do “Isildur1” (Viktor Blom). O cara que nem estudava e saiu das mesas de NL 50 para NL 20.000 em meses. Isso pra mim é insano. Tenho plena consciência de que eu nunca seria capaz de fazer o mesmo. Só que apenas talento não te sustenta. Por melhor que você seja em qualquer área, se você não curte realmente o que faz, não estuda, não busca conhecimento, você vai ficar muito pra trás.
aos high stakes é simples, difícil é se manter por lá. —
MS: Falando em ficar para trás, nós vemos muitos jogadores quebrando ou simplesmente sumindo do cenário. Depois de chegar ao topo, além de continuar estudando, o que você considera primordial para se manter com um alto rendimento? YM: É fundamental você saber lidar com o dinheiro. Às vezes o cara é extremamente bom tecnicamente, aplica bem a técnica dele, só que a forma que ele lida com o dinheiro é péssima. Quando você passa por fases ruins é aí que entra a parte psicológica do poker, que é muito intensa, principalmente para quem joga caro. Porque, nos high stakes, é complexo você pensar de uma forma lógica em número de buy-ins. É difícil ter consciência que você perdeu X buy-ins em vez do número absoluto, 100 mil dólares, por exemplo. Não é todo mundo que consegue fazer isso. Eu até diria que é a minoria. Por isso que nos high stakes tem tão pouca gente, ou tem várias pessoas que sobem e, como a gente brinca no NineTales, o martelo dos high stakes pega o cara. Você joga contra caras melhores e por valores muito altos. A variância é grande, não adianta. Então tem muito cara que experimenta subir e não aguenta a pressão. E o poker tem esse extra. Vamos fazer uma analogia com o futebol. Um atacante top mundial, se ele pega uma fase ruim, sem fazer gols, ele tem que superar alguns fatores para voltar a performar bem, mas a pressão por dinheiro não é uma delas. Porque no início do mês o salário estará lá, na conta. No poker, se você pega uma downswing de 400 mil dólares é o seu dinheiro que está na reta. Pode parecer clichê, mas chegar aos high stakes é simples, difícil é se manter por lá.
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MS: Você citou o NineTales... recentemente dois integrantes do grupo foram envolvidos em uma polêmica, com o Fedor Holz insinuando no Twitter que houve collusion em uma mão jogada entre o Rodrigo Seiji e o Rodrigo Selouan. Por que ele não tentou resolver isso diretamente com vocês? Você acha que ele deixou alguma espécie de rivalidade subir à cabeça, já que o NineTales compete nos mesmos níveis que o time dele? YM: Pra mim, ficou muito claro que ele fez aquilo no impulso. Não pensou bem. Porque quando aconteceu, eu instantaneamente mandei uma mensagem privada para ele no WhatsApp: “Cara, o que você está fazendo? Você ficou maluco? Se você tem alguma desconfiança, você não pode fazer isso, acusar uma pessoa”. Porque basicamente, o que ele fez, foi dizer: “vocês roubaram!”, mas sem nenhuma prova. Se ele tinha alguma questão, ele tinha que vir falar comigo, porque ele sabe que tenho ligação com os caras. A gente poderia abrir qualquer coisa que ele quisesse e mostrar que não tinha absolutamente nada. Todos do NineTales são muito íntegros. De verdade, eu acho que ele fez sem pensar, tanto que depois ele voltou atrás e fez um novo post no Twitter, dizendo que o spot não era tão óbvio. Mas não acho que tenha nenhum ressentimento ou mágoa. Ele devia estar assistindo à FT ou, provavelmente, alguém
do PokerCode (time do Fedor) tenha enviado a mão pra ele. MS: No nível que você está hoje, existem caras que quando sentam na mesa você liga um alerta? Alguém que você olha e pensa: “esse cara é muito bom, tenho que fazer algo diferente”. YM: Quanto mais você vai subindo os stakes, mais comum é você enfrentar caras muito competentes, muito bons. Mas a gente tem sempre que se perguntar: “o que é ser bom?” É um cara que te incomoda na mesa ou é um cara que ganha muito dinheiro? Existem caras que me incomodam muito na mesa e que não ganham tanto dinheiro. Caras que não possuem tanto conhecimento em como ganhar torneios, mas que são insuportáveis de se jogar contra. Tem cara que quando eu sento na mesa, já penso: “esse é muito chato”. Mas aí você vai ver o gráfico dele e o cara é perdedor. Um cara que une as duas coisas, chato na mesa e muito bom tecnicamente, é o Marius “DEX888” Gierse. Ele é um cara bem bom, que joga os cash games mais caros do mundo. E ele vence tanto no cash quanto em MTTs, e é um cara bem chato de se jogar contra. E tem os caras que ganham muito dinheiro e não são tão chatos na mesa como é o caso do Daniel Dvoress. É um cara extremamente técnico, difícil de jogar contra, mas não incomoda tanto.
“ Existem caras que me incomodam muito na mesa e que não ganham tanto dinheiro. [...] mas que são insuportáveis de se jogar contra.
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MS: E quando você fala desses caras que ganham, mas não incomodam, é por que eles jogam de maneira mais mecânica, tendendo pro GTO? YM: Não, isso não tem relação. Às vezes o cara tem um entendimento melhor em como vencer torneios. Em torneios não existe o cara que joga super GTO ou o cara que joga super exploit. Torneios têm tantas variáveis, você tem que dominar tanta coisa. Mas existem os caras que simplesmente aprenderam a vencer torneios. Essa é a definição. E aí tem caras que são muito bons com a teoria, mas não têm conhecimento de como vencer torneios. O cara meio que sempre joga na mesma marcha o torneio inteiro
e não se adapta tão bem a algumas faixas de stacks ou à própria dinâmica da mesa. A galera dos cash games, por exemplo, tem um pouco de dificuldade com isso, apesar de serem muito bons no que eles fazem. Por isso acho o Marius Gierse muito bom, porque ele é excepcional em cash e torneios. MS: Falando em caras que aprenderam a vencer torneios, o Phil Hellmuth seria um exemplo disso no poker ao vivo? YM: Exatamente isso. Esse é o Phil Hellmuth. Ele tem um conhecimento teórico muito pequeno. Fiquei impressionado o quão leigo ele é acerca da teoria. Mas ele
tem essas malandragens, que a experiência trouxe. Ele joga com aquele field há dezenas de anos, então ele conhece muito bem o que cada um faz. E uma coisa interessante que ele faz é prezar muito pela vida dele no torneio. É um cara que dificilmente coloca todas as fichas no pano. Tem um estilo bem conservador de jogar torneios e é engraçado que as pessoas continuem caindo na dele. O field não se adapta muito bem a ele, por não ter um conhecimento teórico bom. O cara não percebe que ele está jogando de uma forma extremamente cautelosa. Ele tem os truques dele. Ele não é esse cara ABC. Eu até vi ele fazendo algumas coisas legais nos mixed games, mas é isso, ele sabe vencer naquele field.
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MS: E no caso dele, você acha que essa experiência pode pesar mais que a parte teórica? YM: Acho que sim. Ele sabe a fórmula de como vencer torneios em Vegas, basicamente. Se ele for jogar torneios online, ou um EPT, por exemplo, ele não vai saber vencer. O field americano é bem único na forma de jogar. O recreativo americano tem um estilo diferente dos outros. E ele sabe muito bem como cada tipo de recreativo americano joga. Então, naquele ambiente, ele destrói. Mas ele passa apuros contra jogadores com uma boa teoria. Mas é aquela coisa: você não precisa vencer jogadores específicos, você tem que bater o field de maneira geral. Isso ele faz muito bem, não tem como negar, mesmo achando-o um cara super mal educado. Eu não gosto dele, ele foi mal educado comigo em Vegas, mas tenho que respeitá-lo nesse aspecto.
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MS: Você poderia falar sobre esse atrito que teve com ele? YM: No $10k Razz, que foi um dos eventos que fiz FT na WSOP, no Dia 1, eu estava jogando na mesa do Hellmuth e ganhei vários potes seguidos dele. O Razz é um jogo que tem muita parte técnica envolvida, mas quando a mão vai para as últimas streets, é um jogo que a sorte conta muito, por ser um jogo com cartas expostas. Ganhei uns três potes seguidos dele, mas coisa normal. No terceiro, ele meio que surtou e começou a falar algo como: “Essas
crianças que nunca jogaram Razz na vida vêm para cá e ficam runnando na minha cabeça”. Aí perguntei: “Você estava falando comigo. Se sim, fale na minha cara. Por que como você sabe que eu nunca joguei Razz? Que não tenho mãos suficientes de Razz? Eu provavelmente joguei mais mãos de Razz do que você e você nem sabe disso ao que parece”. Já que eu jogo online, então jogo muito mais mãos que ele. Eu não tenho certeza da minha afirmação, porque ele joga faz muitos anos, mas é bem possível que eu tenha jogado mais mãos de Razz e já tenha mais experiência que ele. Com aquele field,
talvez não, mas eu tenho um conhecimento teórico muito bom no jogo e pronto. Eu fiz uma jogada certa e, não que ele tenha feito uma errada, mas ele surta, entra no que chamo de “tilt do direito”, que é achar que tem o direito de ganhar das pessoas, mas que as pessoas não podem ganhar dele por ele ser o Phil Hellmuth. Aí ele baixou a bola total. Porque ele é assim, só cresce se você deixar. Chegou no break, ele veio me cumprimentar e pedir desculpas, dizendo que havia perdido a cabeça. Eu disse que tudo bem. Mas ele parece uma criança.
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MS: Ainda falando sobre torneios, não importa o jogador, todos dizem que a sensação de ganhar um torneio é a melhor dentro do poker. Você concorda com isso? YM: O sentimento de ganhar torneios é único. E eu prefiro muito mais a sensação de vencer um torneio do que a adrenalina que um cash game traz. Só que vencer um torneio também é muito difícil, então é engraçado que, quando você joga MTTs, você nunca está satisfeito, porque você quase nunca ganha. Se você fica em terceiro, fica feliz, mas não 100%. Esse é o ponto negativo. MS: Você tocou no assunto cash games. Em 2015, você começou a estudar mixed games. Como foi essa experiência?
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MS: Algumas pessoas dizem que ele é bem agradável fora das mesas, mas que dentro delas ele encarna o Sr. Walker, aquele personagem do Pateta no trânsito. YM: Ele é muito mal educado com as pessoas na mesa, eu não acredito que ele seja um cara legal fora da mesa. Ele humilha as pessoas. Essa é a verdade. Ele se acha acima de todos. O João Vieira (“Naza”) também teve uma confusão com ele na mesa, no mesmo estilo da minha. Como eu disse, não gosto dele, mas respeito o que ele fez dentro do poker.
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YM: Eu comecei a mudar um pouco o foco justamente porque eu sempre busquei o que me desafiava mais e me deixava mais feliz. Naquela época, logo depois de ter o melhor ano da minha carreira e ficar em primeiro no ranking do PocketFives, eu ganhei uma gordura financeira para eu poder estudar e ficar alguns meses sem ganhar no jogo. E ao mesmo tempo eu tive esse interesse porque queria me desafiar em uma coisa nova. Cheguei ao topo do PocketFives, tinha vencido um monte de torneios legais e pensei: “agora quero ver se consigo vencer em outra coisa”. É aquilo do vício de vencer. Então fui para o Omaha e depois para os mixed games. E o foco era bater cash games. Aprender algo do zero é muito legal. A curva de aprendizado é gigante quando você está começando. Eu estudava e jogava muito motivado, porque todos os dias eu aprendia demais. As consequências do estudo naquela época foram absurdas, me deram uma experiência gigante, em conhecimento teó-
rico principalmente. Eu vejo que as pessoas jogam mixed games mais na intuição. Elas aprenderam o jogo e as regras e vão jogando com a experiência. Eu fiquei viciado em estudar a teoria. Estudei muitos jogos e isso é muito legal, porque até hoje eu vejo que as pessoas não entendem os mixed games. São poucos os regulares que entendem bem a teoria dos jogos e, com certeza, aquela época me deu bastante vantagem para vencer os torneios de hoje em dia. Tanto que, depois daquilo, vieram vários frutos em MTTs, mas não era o foco. Hoje, eu vejo que foi a melhor coisa que fiz na época, mas não faria isso de novo. Não existe mais tanta ação nos cash games. Então, quem está lendo isso e quer se aventurar nos mixed games, eu aconselharia a fazer apenas por diversão. MS: Você também tem um lado empreendedor. Poderia falar um pouco da Reg Life? YM: O Mário Júnior, o “22ehnutz” e eu nos juntamos na intenção de criar um ecossistema de poker, não somente uma escola. Fazer de tudo para mostrar o poker da forma como ele é profissionalmente, da forma que nos enxergamos. Nós tínhamos a parte técnica, agora a outra parte, de como fazer o negócio, tínhamos zero experiência. Ai que entra a “Balboa”, do Guga Fakri e do Felipe. Foi bem legal que a Reg Life saiu do papel muito rápido. Eu gosto disso. A gente fez o negócio acontecer. Não é aquela coisa que ficou na ideia. Hoje, a gente mira cada vez mais alto, temos uma comunidade grande, mas estamos aperfeiçoando-a e organizando-a de uma forma que fique muito legal para qualquer pessoa, de qualquer nível. Estamos criando muito conteúdo gratuito, novos cursos. Está muito mais inclusiva.
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Yuri “theNERDguy” Martins — Foto: Gustavo Bô
MS: Para terminar, não poderíamos deixar de falar um pouco da experiência de ser pai. Como foi isso na sua vida? E como isso influenciou o jogador Yuri? YM: Não tem nem o que falar. Só quem tem filho para saber as mudanças que acontecem. Cada dia é um aprendizado novo, tanto da parte dele quanto da minha. Você descobre duas coisas quando tem um filho: uma que é um amor muito diferente de todos. E outra é o quão complexo é educar uma pessoa. Especialmente porque nós adultos somos pura razão. E aí, você pega uma criança que está com o cérebro em desenvolvimento... Então, nesse ponto da
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vida pessoal, para mim, foi um amadurecimento absurdo. Para o jogo, só me deu mais motivação para trabalhar, afinal, o pai quer sempre dar o melhor para o filho. E aqui não posso deixar de falar da minha esposa Carol. Não existiria esse Yuri do poker sem a ajuda dela. Ela assumiu muita coisa pelo meu sonho de sempre ser o melhor dentro do poker. Isso eu devo muito a ela. Se não fosse ela, eu não teria chegado onde eu cheguei. MS: Alguma consideração final? YM: Acho que falamos de tudo que mostra o “novo” Yuri e de tudo que mudou minha vida. Só tenho que agradecer pelo espaço.
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ANUNCIO DUPLA 7
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POKER E BLOCKCHAINS Por Kenedy Lima
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O FUTU RO JÁ ES TÁ AQU I?
NFTs, play to earn, crypto games, metaverso, DeFi. À medida que o ecossistema construído através de blockchains vai se popularizando, esses e vários outros termos ainda pouco conhecidos vêm ganhando força. Muito disso graças às grandes instituições públicas e privadas que se deram conta que o futuro é digital. Esse movimento começa após governos de vários países anunciarem que estão trabalhando em suas próprias
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BLOCKCH A I N
moedas digitais, com outros países até já adotando o Bitcoin como moeda legal e como parte de sua reserva. Antes de falarmos sobre como o poker vem se relacionando e como deverá se relacionar com essas tecnologias, é importante explicar o significado de alguns desses termos que usei, pois são desconhecidos pela maioria das pessoas.
A tecnologia blockchain nada mais é do que um livro de razão pública (ou livro contábil) que faz o registro de uma transação de moeda virtual, de forma que esse registro seja confiável e imutável.
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CRYPTO GA MES
A partir dessas tecnologias acima, algumas empresas começaram a desenvolver jogos em que os itens do jogo são NFTs e as moedas são criptomoedas com valor real — inclusive, alguns desses jogos distribuem criptomoedas apenas por você jogar, são os jogos play to earn, que ficaram muito conhecido após a moeda de um desses jogos, chamado Axie Infinity, valorizar mais de 21.000% em apenas um ano.
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Alguns exemplos de blockchains são: Bitcoin, Ethereum, Binance, Solana, Polkadot, Terra e Cardano. Cada uma tem sua particularidade, variando principalmente na quantidade de transações suportadas ao mesmo tempo e no “Gás Fee”, que são as taxas cobradas pela blockchain para recompensar seus usuários validadores.
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ME TAVERSO
Metaverso é um conceito que remete a uma realidade paralela que ocorre em um mundo virtual. Nele, é possível ter um avatar e efetuar diversas atividades, como comprar em lojas, ir a shows e interagir com outras pessoas — isso tudo sem sair de casa. Itens como óculos e luvas trarão experiências sensoriais muito próximas da realidade. Apesar de esse termo ter ganho popularidade após o Facebook anunciar a mudança do seu nome para Meta, indicando que entraria forte nesse mercado, ele já é bem ocupado por dois grandes projetos que já estão há algum tempo no mercado: o Decentraland e o Sandbox, dois mundos virtuais onde é possível comprar todo tipo de item virtual, incluindo terrenos, casas e iates.
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NFT É uma abreviação do inglês non-fungible token, que significa token não fungível. É uma tecnologia utilizada para que itens digitais possam ser armazenados com segurança na blockchain. Que tipo de itens? Uma música, um vídeo, uma foto, uma obra de arte, um cartão de membro de algum clube VIP. As possibilidades são infinitas. Qualquer coisa digital e que seja único, que não possa simplesmente ser substituída por outro igual. Seu valor é subjetivo.
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Mas e o poker, como tem se relacionado com tudo isso? Já existem algumas empresas construindo jogos de poker a partir de blockchains. cassinos online dentro de um dos mais conhecidos metaversos, o Decentraland, onde você pode entrar e jogar poker com a experiência de realidade virtual. Em relação a esses projetos ligados ao poker, a minha posição tem sido de cautela, pois tudo isso, além de ser muito incipiente, está num ecossistema que, por natureza, não tem regulamentação. Não são raros projetos iniciarem prometendo muitas inovações e simplesmente sumirem do nada, deixando várias pessoas no prejuízo. De todas as tecnologias que falei, a que está mais próxima de uma grande acei-
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tação pela comunidade do poker são os NTFs, pois são mais simples e seu valor depende, em partes, da sua utilidade. Quando falamos de blockchain e poker, vamos refletir: você prefere jogar em um site conhecido, que lhe passe confiança, em que seus ganhos podem ser sacados em criptomoedas ou se arriscar em um projeto blockchain recém-criado, com muitas ideias futuristas, mas que não oferece nenhuma garantia que existirá dentro de um mês? O poker, por natureza, já é um jogo em que você pode ganhar dinheiro jogando, então minha única recomendação é ter cautela e estudar bem antes de investir em projetos que prometem demais.
Uma comunidade pra você aprender sobre NFTs, poker e animais, e disputar eventos de poker exclusivos
roadmap
FASE 1 FASE 2 FASE 3 FASE 4 FASE 5
“... minha única recomendação é ter cautela e estudar bem...”
Airdrop ( NFTs Free ) Whitelist ( NFTs com descontos ) 1st Venda aberta NFTs comuns 1st Leilão NFTs de governanças 1st Animals Poker Series
K enedy Lima
Artigo patrocinado por/
Empresário do meio do poker há quase cinco anos, Kenedy Lima aborda o poker por uma perspectiva empreendedora em seu canal no YouTube (Jogo Lucrativo) e em seu blog, Poker Visionário.
@animalspokernftclub @nftanimalspoker animalspokernftclub.com
Este artigo retrata apenas a opinião do autor e tem caráter informativo, não se tratando de recomendação de investimentos. cardplayerbr
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A essência do home game (HG) sempre foi a diversão e, pensando nisso, o Suprema App criou uma seção exclusiva destinada a quem queira trazer a experiência do live para o on-line. No aplicativo Suprema App qualquer jogador pode criar uma sala privada para usufruir, com amigos e familiares, de tudo que o poker pode oferecer.
A ESSÊNCIA DO POKER Qual amante do poker nunca juntou os amigos para uma roda do jogo? Dos limites mais baratos até os mais caros, os home games sempre foram a base do poker. O caminho para tornar curiosos em jogadores, amantes do poker em seus mais variáveis níveis.
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O Suprema App oferece suporte 24h e exclusivo para aqueles que querem ter essa experiência. Não importa se você vai criar um clube para poucas pessoas ou para centenas. As funcionalidades são personalizadas para cada cliente. Um dos grandes exemplos de sucesso vindo dos Home Games do Suprema App é o clube ASAP. Criado no interior de São Paulo há mais de 10 anos, o ASAP se tornou um HG híbrido, que mescla o ao vivo com o virtual, um local de muita resenha, diversão e, recentemente, um grande negócio para seus fundadores.
“O ASAP era um clube pequeno, de fundo de garagem. Com o tempo, mais pessoas foram participando e o jogo ficou mais caro. Na época, há 13 anos, só jogávamos Hold’em e era o melhor cash do interior de São Paulo”, conta Rodrigo Agostinho, um dos criadores do ASAP.
“Com o surgimento dos aplicativos, criamos um HG on-line para suprir os dias que não jogávamos. Com a pandemia, tudo ganhou mais força”. E o que era apenas um lugar para diversão virou um negócio lucrativo com o surgimento do Suprema App. “Entramos no Suprema App por causa da facilidade e da rapidez do suporte, além das condições muito mais vantajosas do que as ofertadas por outros aplicativos. Começamos há apenas dois meses e hoje já geramos trinta vezes mais rake”, revela Rodrigo.
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HEADS-UP
O Home Game ao vivo do ASAP continua forte, correndo religiosamente todas as quintas. Poucas coisas mudaram, o PLO5 (Omaha de Cinco Cartas) substituiu o Hold’em, a turma aumentou um pouco, mas o sarro ao quebrar a mão favorita do amigo e o clima de descontração permanecem sempre.
$300,000 Super High Roller Bowl 2021
já que ele bloqueava full de Setes e um possível 9-8 para sequência. Schindler finalmente desistiu de seu par de damas e Addamo levou um pote muito bom.
| JAKE SCHINDLER
| MICHAEL ADDAMO
287.000 FICHAS
579.500 FICHAS
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Probabilidade de vitória Antes do Flop: 22.0% Depois do Flop: 26.0% Depois do Turn: 45.0%
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“Nosso ambiente propicia isso. A pessoa só consegue entrar no nosso clube por indicação. Então, somos uma comunidade fechada em que todos se conhecem, pessoalmente ou pela internet, e o clima de amizade impera”.
Q K
Probabilidade de vitória Antes do Flop: 78.0% Depois do Flop: 74.0% Depois do Turn: 55.0%
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A explicação vem do próprio Rodrigo:
ANÁLISE
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Q K
Os números são espantosos. Com 50 jogadores registrados, o ASAP chega a gerar R$ 300 mil de rake por semana.
O turn deu a Addamo straight e flush draws para acompanhar seu par. Ele pediu mesa, assim como Schindler. Um K♦ apareceu no river e Adamo pediu mesa novamente. Schindler decidiu apostar por valor, cerca de meio pote. Addamo parecia ter uma boa leitura sobre o tipo de mão com a qual Schindler poderia ter usado essa linha, já que foi para o check-raise-all-in, transformando seu par do meio em um blefe. “Ele realmente está usando todo o seu arsenal”, disse o tricampeão da WSOP e campeão do WPT, Nick Schulman, que estava comentando no PokerGO. Schulman observou que a mão de Addamo era adequada para blefar,
Q 5
Aos 27 anos, Michael Addamo, bicampeão da WSOP, chegou ao Super High Roller Bowl de 2021 como principal nome dos High Rollers ao vivo. Ele demonstrou o porquê nesta mão, na qual ele segue uma linha interessante para ganhar um grande pote sem showdown. A mão começou com Jake Schindler fazendo um raise padrão com par de Damas do UTG. A mesa rodou em fold até Adamo, que fez uma 3-bet bem alta (7x), do big blind, com 8-7 de copas. Schindler deu call e o flop trouxe uma overcard para o par de Schindler. Addamo acertou o par do meio, com um backdoor para flush e straight. Ele fez uma pequena c-bet e Schindler deu call.
PRÉ-FLOP Com sete jogadores na mesa, blinds 1.000-1.500 e big blind ante, Jake Schindler aumenta para 4.000 do UTG. Michael Adamo faz tudo 28.000 do BB. Schindler paga.
5 K
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5K
75
K 9 Addamo aposta 19.000. Schindler paga.
RIVER
TURN
K
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FLOP
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Addamo pede mesa. Schindler também.
K
9 K
Adamo pede mesa. Schindler aposta 55.000, e Adamo vai all-in. Schindler folda.
NOTA: As probabilidades de vitória não incluem empates. As odds são fornecidas por cardplayer.com/poker-tools/odds-calculator/texas-holdem
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O PERIGO DOS PADRÕES ALEATÓRIOS Por Greg Raymer
A evolução falhou conosco... pelo menos no que diz respeito ao poker. Entre todas as nossas características humanas, uma que se destaca é a nossa capacidade de detectar padrões. Somos excepcionalmente bons nisso e notamos padrões bem antes de haver dados suficientes para que esses padrões tenham algum significado real. Todos nós já vimos isso na mesa de poker.
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Se houver um Cinco no flop em várias mãos consecutivas, alguém inevitavelmente comentará “está virando muito cinco” ou “vou jogar qualquer mão com um cinco”. Perceber a aparência de um padrão nunca é uma coisa ruim. O problema surge quando começamos a acreditar em um padrão ou a encontrar significado nele, mesmo quando não deveríamos. Nossa capacidade de detectar padrões serviu muito bem aos nossos ancestrais. Por exemplo, é hora de fazer uma longa viagem de caça e notamos que, nos últimos dois anos, houve muitos gnus migratórios no vale a leste nesta época do ano. A menos que haja mais informações a serem consideradas, seria melhor viajarmos para o leste em busca de caça, em vez de alguma outra direção. É claro que duas ocorrências desse padrão não são suficientes. O gnu pode não estar lá novamente este ano. Eles podem ter chegado mais cedo, não estar lá ainda ou estão tomando outro caminho. Não podemos ter certeza. Mas ainda é uma vantagem de sobrevivência ter notado esse padrão e o levado em consideração.
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Infelizmente, nossa capacidade evolutiva nos faz acreditar em um padrão, em algum nível emocional, mesmo quando nossa mente lógica diz que não há padrão. Ou, mais comumente, que o padrão não tem sentido. Imagine a mesa de roleta no cassino. O quadro acima da mesa mostra que as últimas seis rodadas foram todas um número vermelho. Dois jogadores estão na mesa discutindo um com o outro. O primeiro diz: “Temos que apostar no vermelho. Vermelho está quente!”. O companheiro dele retruca: “Você está louco. Precisamos apostar no preto. O preto é a pedida!” Acho engraçado que ambos pensem que pelo menos um deles está certo, enquanto dois estão muito errados.
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Todos nós sabemos que o padrão passado de resultados da roleta não tem influência na próxima rodada. Uma roleta típica tem 18 números pretos, 18 números vermelhos e 2 números verdes. As chances da próxima rodada ser um número vermelho são 18 em 38. O fato de que as últimas seis rodadas foram todas vermelhas não muda isso. Ainda é 18 em 38. Todos sabemos que isso é verdade. No entanto, nossa capacidade inata de mapeamento de padrões influencia nossa perspectiva e nos faz acreditar no contrário. Pode até nos fazer acreditar em algo que sabemos que não é verdade. É por isso que as pessoas acreditam em amuletos da sorte ou qualquer outra superstição. Eles notaram que algo aconteceu algumas vezes e, em seguida, atribuíram um significado por trás disso. “Ei, acabei de perceber que nas últimas três vezes que usei essas meias, ganhamos o jogo de softball”. Então, eu as uso novamente. Se vencermos, esse resultado reforçará muito minha crença. Se perdermos, provavelmente começarei a procurar outra coisa que influenciou o padrão. Depois de perder aquele quarto jogo, percebo que as últimas três vitórias, enquanto usava essas meias, foram em dias pares do mês, enquanto a derrota aconteceu em um dia ímpar. Talvez as meias da sorte só funcionem em dias pares? Mais tarde, quando perdermos usando as meias em um dia par, posso procurar alguma outra causa que tenha influenciado o padrão. E assim por diante.
Nosso cérebro quer acreditar em todos e quaisquer padrões que observa. Ele quer que o padrão seja real e significativo. Mas a verdade é que sempre há padrões a serem encontrados. E muitos desses padrões não têm nenhum significado e foram simplesmente o resultado da aleatoriedade. Os seis números vermelhos consecutivos foi um resultado aleatório. Se você anotar o resultado de um milhão de giros da roleta, poderá revisar esses resultados e encontrar centenas de padrões. Seis números vermelhos consecutivos aqui, oito números ímpares consecutivos ali etc. Mas sabemos que esses padrões, enquanto aconteciam, não continham informações úteis. Nenhum deles nos ajudou a prever qual seria a próxima rodada.
No poker, certifique-se de não deixar essa habilidade de mapeamento de padrões arraigada levá-lo a cometer erros. Não decida pagar um aumento com A♦5♠ porque “cinco está batendo”. Não deixe que esse padrão sem sentido afete suas decisões. Atenha-se à matemática e à estratégia adequada. Para ser o jogador mais forte que podemos ser, devemos superar alguns desses misticismos.
Divirta-se, mas se quiser ganhar, jogue de forma inteligente.
Greg Raymer Vencedor do Main Event da WSOP 2004, Greg Raymer já ganhou mais de US$ 8 milhões em torneios ao vivo. Apenas na WSOP, ele já chegou ITM por 48 vezes.
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HEADS-UP estava logo à sua esquerda, fez uma 3-bet. Klein provavelmente viu quanto Addamo era agressivo durante o torneio e, talvez, suspeitando que Addamo pudesse fazer uma 3-bet light, Klein optou pela 4-bet. No entanto, Addamo tinha uma mão premium. Com par de Damas, ele deu o call. O flop veio J-10-7 rainbow, e Klein fez uma c-bet de 200.000 no pote de 640.000. Apesar de ter uma mão muito forte pré-flop, a situação levou Adamo ao limite. Se ele acreditasse que o range de 4-bet pré-flop de Klein consistia em mãos como 10-10-10, J-J, K-K, A-A e Ases fortes, como A-K e A-Q, ele estava agora à frente apenas do último grupo. Ele deu o call e viu um 7♠ aparecer no turn. Klein agora tinha menos fichas restantes em sua pilha do
$300,000 Super High Roller Bowl 2021
Nesta mão, os dois maiores stacks do torneio se enfrentaram em um pote enorme e com uma bolha de sete dígitos a apenas algumas eliminações de distância. Apenas os três primeiros colocados ganhariam dinheiro, com o terceiro levando US$ 1.008.000. Com seis jogadores restantes, o chip leader Bill Klein aumentou com A-J do UTG. Michael Addamo, que era o segundo em fichas e
que no pote, e provavelmente não estava muito preocupado com o turn melhorando a mão do seu oponente devido à ação pré-flop. Klein disparou outra aposta e Addamo pagou novament novamente. O 8♥ no river daria um straight para qualquer jogador com um Nove, mas nenhum dos jogadores provavelmente chegaria ali com uma mão que incluísse um. Klein foi all-in no river. Seu shove foi por valor ou foi um blefe? O spot foi definitivamente complicado para Klein, pois provavelmente não havia muitas mãos piores que poderiam pagar essa aposta. Por outro lado, o Q-Q de Adamo era, provavelmente, uma das poucas mãos melhores que a de Klein que sua linha agressiva poderia fazer desistir.
| MICHAEL ADDAMO
| BILL KLEIN
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Q K
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Probabilidade de vitória Antes do Flop: 28.0% Depois do Flop: 20.0% Depois do Turn: 11.0%
J K
A 9
Q
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Probabilidade de vitória Antes do Flop: 72.0% Depois do Flop: 80.0% Depois do Turn: 89.0%
1.460.000 FICHAS
JK
ANÁLISE
Q
PRÉ-FLOP Com seis jogadores restando no torneio, blinds 10.000-20.000 e big blind ante, Bill Klein aumenta para 45.000 do UTG. Do HJ, Michael Adamo faz tudo 135.000. Klein faz uma 4-bet para 295.000. Adamo paga.
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J
7 Klein aposta 200.000. Adamo paga
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TURN
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Klein aposta 200.000. Adamo paga
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Klein vai all-in. Com 580.000 fichas, Adamo paga.
NOTA: As probabilidades de vitória não incluem empates. As odds são fornecidas por cardplayer.com/poker-tools/odds-calculator/texas-holdem
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O BSOP RETORNA À CIDADE MARAVILHOSA Por Devanir Campos
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Nesta edição da CardPlayer Brasil, temos uma matéria especial sobre o grande momento que o poker viveu nos últimos dias de fevereiro, com a aprovação do projeto de lei 442 de 1991, que trata sobre a legalização dos jogos de azar, na Câmara dos Deputados. Esta grande vitória foi mais um passo importante numa batalha que já teve diversos capítulos ao longo da nossa história. Porém, não é a única boa notícia desta edição quando se fala da luta para o poker poder ser praticado e explorado no nosso país.
Outro motivo de grande felicidade, em especial para os cariocas, é o retorno que o BSOP fará para o Rio de Janeiro no mês de junho. Para muitos de vocês, leitores, que podem ter tido o seu primeiro contato com poker mais recentemente, talvez esta notícia seja uma surpresa, mas o Campeonato Brasileiro de Poker esteve fora da capital fluminense desde o ano de 2013, quando uma decisão judicial na cidade passou a tratar o poker como jogo de azar. A última etapa na capital carioca foi realizada em 2012, durante a sétima temporada do campeonato brasileiro de poker. Em algumas oportunidades, o Rio de Janeiro chegou inclusive a sediar duas etapas anuais, que quebraram recorde de inscritos. Aquela decisão da justiça fez com que o hotel onde o evento iria acontecer recebesse a ordem das autoridades policiais locais,
impedindo o BSOP de começar e deixando centenas de jogadores e trabalhadores a ver navios na porta do local. Aquele foi um momento muito triste e preocupante no cenário de poker nacional, pois colocava em risco a continuidade dos campeonatos em todo o país.
Anos de batalha se seguiram até que, finalmente em 2019, houve o feliz desfecho e a decisão judicial reconhecendo o poker como um jogo de habilidade abriu novamente as portas para que o BSOP retornasse a executar eventos com segurança no Rio.
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A etapa de retorno à cidade seria realizada no ano de 2020, porém, a pandemia não permitiu que o evento acontecesse. Assim, a data foi transferida para este ano e é a partir do dia 1º de junho que a comunidade poderá matar a saudade de disputar o BSOP no Rio de Janeiro — e o evento vem recheado de boas notícias. O festival irá acontecer no hotel Windsor Marapendi, na Barra da Tijuca, local que já foi palco de outros torneios como o campeonato estadual de poker e possui uma excelente estrutura para receber os praticantes de todos os lugares — além de contar, é claro, com a maravilhosa praia da Barra da Tijuca logo ali em frente.
camiseta e outros brindes. Na etapa de São Paulo, em março, um dos itens foi um assistente virtual Echo Dot personalizado. Além dos presentes, ao longo do evento, os jogadores têm também acesso ao VIP Lounge do PokerStars, que possui alguns snacks, espaço para descanso, água e café, além de disponibilizar massagem gratuita durante os torneios. Como tem feito em todas as outras etapas do BSOP, o PokerStars disponibilizará torneios gratuitos diários que podem levar os jogadores a conquistarem um pacote completo para disputar o festival, incluindo inscrição do evento principal e hospedagem durante todo o período do BSOP. Esperamos por vocês aqui.
8-Game Mix | R$50.000 GTD NLH Turbo Superstack | R$50.000 GTD PL Omaha Dealer’s Choice | R$50.000 GTD NLH No-Breaks Deepstack Freezeout | R$150.000 GTD NLH 6-Handes | R$ 250.000 GTD Foto Carlos Monti // PokerStars
Quando se fala de festivais de poker, a pergunta que está na ponta da língua dos praticantes é sempre a mesma: qual será a premiação? E a resposta a esta pergunta é um estrondoso número seis: serão 6 milhões de reais garantidos ao longo dos sete dias, dos quais R$ 3.000.000 destinados ao evento principal.
A abertura do festival, no dia 1º de junho, traz duas competições com premiações bem gordas em disputa: o torneio NL Start-up, que possui inscrição de R$ 800, oferecerá R$ 500.000 garantidos e será disputado em dois dias. Já o tradicional High Rollers de um único dia, que terá inscrição de R$ 5.000, traz 600 mil reais em disputa, antes mesmo da primeira inscrição ser realizada. Outra premiação garantida que merece destaque é o tão cobiçado torneio High Rollers, que traz para a disputa a premiação garantida de 1 milhão de reais. Com inscrição de R$ 8.000 e a estrutura de disputa conhecida e elogiada por jogadores profissionais e amadores, o torneio é jogado em três dias e sempre é mantido com no máximo oito jogadores por mesa. Outros torneios que terão premiações garantidas na etapa do Rio de Janeiro, são:
Os torneios satélites online para o BSOP Rio de Janeiro serão realizados no PokerStars, maior site de poker online do mundo e patrocinador oficial do BSOP. O site já informou que haverá diversas promoções especiais para os classificados nos satélites e deve anunciar novidades após o início dos torneios qualificatórios. No entanto, já adiantamos que os jogadores que conquistam a sua vaga através do PokerStars, tem algumas vantagens exclusivas. A primeira é que todos os satelitados recebem uma “Player Bag” exclusiva, um kit de presente que o PokerStars oferece e que é diferente a cada etapa. No BSOP Millions de 2021, os satelitados foram agraciados com uma mochila contendo moletom,
PL Omaha | R$ 200.000 GTD NLH 6-Handed Turbo KO | R$ 150.000 GTD
O torneio que possui o buy-in de R$ 3 mil terá cinco opções de dias iniciais, com o primeiro grupo classificatório dando a largada no segundo dia de BSOP.
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Em uma mesa de PLO5 6-max, com 4 jogadores e blinds 1/2, após straddle (escuro) de 2x do UTG, nosso Herói tem A♠J♥T♥9♠6♦, no BTN, com 120,5 bbs e abre raise para 7,5 bbs. O SB, com um stack de 168 bbs, faz uma 3-bet para 25,5 bbs.
O QUE VOCÊ FARIA?
Depois de o BB e o UTG optarem pelo fold, o Herói decide pelo call em posição. É importante salientar que, neste artigo, não estamos discutindo o range ideal pré-flop, ou seja, se o open/call é a melhor jogada — apesar que esse é um caso claro. Assim, temos um pote de 54 bbs no flop 9♥5♠2♦.
Por Julio Yamada
Jogador 4 $428
O Vilão opta pela c-bet-pot, deixando 41 bbs para trás. O Herói tem 95 bbs. Como o jogo é pot-limit, o Vilão não teve a opção de ir all-in, porém, na minha opinião, podemos dizer, com convicção, que o Vilão, após apostar 54 bbs, não vai foldar os 41 bbs restantes por uma questão de pot odds. Ou seja, o Herói não tem fold equity nesse spot, tendo as opções então de shovar — que seria, teoricamente, o mesmo que dar call no shove do Vilão — ou foldar. E então, qual seria a decisão correta? Fold ou shove?
Herói $190
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Jogador 3 $177
Usando a matemática para a melhor jogada em uma mão de PLO5 Historicamente, o poker sempre foi um “jogo de pessoas”, ou seja, os jogadores realizavam suas ações conforme o estudo sobre o seu adversário específico. Todavia, com o passar dos anos, o poker online surgiu e novas formas de estudar vieram juntas, sendo assim, o jogo de cartas virou um esporte matemático. Os solvers e softwares de apoio vieram para agre78
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Vilão $177
gar e mensurar a lucratividade de uma parte importante da matemática do esporte, o que devemos sempre agregar ao “jogo de pessoas” supracitado. Desse modo, nesta matéria, usaremos um software de apoio para calcularmos a equidade necessária em um spot de dúvida em Pot-Limit Omaha Five Cards (PLO5). Aqui, a matemática será nossa principal aliada.
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Agora, precisaremos do software de apoio para descobrir nossa equidade nesse spot.
A pergunta principal para esse spot é: qual é a equidade mínima (chance mínima de ganhar a mão) que o Herói precisa ter para que o shove contra o Vilão seja breakeven? Sabendo disso, se o Herói tiver mais equidade que a mínima para o breakeven, devemos shovar; se não, o fold é a melhor jogada. Para chegarmos no resultado, utilizaremos o cálculo de pot odds, no qual calcula-se o valor de investimento no pote dividido pelo pote total após os shoves de ambos. Logo, teremos: 54 bbs no pote mais 95 bbs do Vilão mais 95 bbs do Herói, que é igual 244 bbs. Como o Herói possui 95bbs, ao dividirmos esse valor (investido) pelo pote total (retorno), o resultado é 0,389, ou seja, o Herói tem que ganhar essa mão pelo menos 38,9% das vezes para empatar no longo prazo. Se ganhar com uma frequência maior que essa, a jogada tem um valor esperado (EV) positivo, e o Herói deve executá-la. Caso contrário, é melhor desistir da mão.
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Neste caso, utilizaremos o Pro Poker Tools Odds Oracle.
Fornecemos então informações importantes ao programa para conseguirmos resolver o spot: o board, a mão do herói (Player 1) e o range do Vilão (Player 2). É interessante observar que apenas um software é capaz de calcular a equidade de uma mão versus range, principalmente levando em consideração que existem mais de 2 milhões de combinações possíveis no PLO5. Nesse caso, sabemos o board e a nossa mão, mas o range do Vilão é uma incógnita. Para determinar o range do Vilão, em qualquer spot que seja, devemos voltar para o pré-flop
e analisar todas as ações que ele tomou até a street atual, usando lógica para tentar estipular esse range de forma mais precisa possível. No cenário descrito acima, presumimos que o Vilão iria de 3-bet com aproximadamente 5% do seu range (obviamente, isso varia de jogador para jogador). Lembrando que: se por um lado ele está fora de posição e deveria jogar mais tight, por outro, ele está em um 4-handed contra o open do BTN, e, neste caso, ele deveria jogar um range mais amplo.
Dessa forma, colocando o range estipulado para o Vilão como 5% das melhores mãos possíveis e rodando o spot na ferrameta Equity Stats, chegamos ao resultado de que a equidade do Herói é de 43,88% nesse cenário. Assim, uma vez que o shove precisa de 38,9% de equidade para ser breakeven, nós devemos shovar.
Portanto, é notória a importância de jogar com uma estratégia matematicamente fundamentada. Dessa forma, estudar os solvers e softwares disponíveis é essencial para o crescimento da carreira de um jogador de poker e, consequentemente, potencializar seus ganhos financeiros.
Julio Yamada Julio Yamada é jogador profissional há cinco anos. Se especializou em cash games de PL Omaha e já ganhou milhões nas mesas high stakes da Liga Suprema desde então.
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TIMES DE POKER E O FOGO DE PROMETEU Por Matheus Tomé
Na mitologia, o fogo de Prometeu dado aos homens é visto, dentre outras interpretações, como o conhecimento, a base para a evolução. Em um universo que o desenvolvimento é constante e acontece em velocidade exponencial, ficar para trás e perder o “fogo” adquirido não é muito difícil. Há 10 ou 15 anos, vencer no poker era bem mais simples. Jogadores que sabiam o básico do jogo já estavam à frente da grande maioria do field. Jogar o ABC, o famoso tight-agressive, era o bastante para bater os limites baixos e médios. Hoje, o poker se tornou um jogo extremamente competitivo, assim como qualquer esporte de alto rendimento, como baseball, basquete ou futebol.
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Com a profissionalização e softwares de análise cada vez mais avançados, a busca por novos conhecimentos se tornou fundamental. Para alguém que está começando e quer viver do poker, não participar de um time que fornece uma estrutura para crescer dentro do esporte pode tornar o sonho um pesadelo. Ainda que seja possível, o caminho será muito mais tortuoso e longo.
Fazer parte de um bom time de poker vai além de conteúdo teórico, videoaulas e aulas presenciais. Fazer parte de bom um time de poker é criar um ambiente saudável, em que os próprios jogadores ajudam uns aos outros na evolução. Fazer parte de bom um time de poker é criar internamente um senso de comunidade em prol do da evolução dentro do jogo. Dito isso, um time irá fornecer um bankroll para você poder jogar tranquilo e vai analisar e selecionar quais os torneios você é capaz de se tornar lucrativo. Você vai aprender qual a melhor maneira de estudar, como utilizar os softwares de análise, entender como funciona o mercado do poker e seu ecossistema. Tudo que você poderia levar anos para aprender sozinho, mas, dentro de um time, formado por jogadores calejados de experiência, a curva de tempo aprendizado será reduzida drasticamente.
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Uma das frases que mais gosto de usar é do falecido empreendedor e palestrante Jim Rohn: “Você é a média das cinco pessoas com quem mais convive”. Um time de poker é exatamente sobre isso. Se tornar um jogador e uma pessoa melhor absorvendo um pouco de todos aqueles que estão à sua volta. No final, seu time será também sua família. E você que está buscando começar a trilhar esse caminho, agora é a sua chance. Em abril abriremos o nosso primeiro time de low-stakes, com foco em aplicativos.
Depois de batermos os torneios mais caros dessas plataformas durante os últimos anos, chegou a hora de passarmos um pouco do nosso conhecimento para frente, de formar novos e lucrativos jogadores. É com esse pensamento que eu, Matheus “ Tomezarasso” Tomé, juntamente com Vinícius “Gansão’’, Pedro “ Pcayobh” Caio, Leandro “Leandrom13” Manzalli e a estrela uruguaia Joaquín “elmelogno4” Melogno, criamos o Simba Team.
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No Simba Team, você terá acesso ao que há de mais moderno em termos de poker. Desde aulas individuais, montagem de grade e direcionamento de estudo até acompanhamento psicológico para jogar sempre no topo da sua forma mental. Além disso, ao mostrar evolução, você poderá chegar ao nosso time principal e jogar os torneios mais caros dos aplicativos. Este é mais um novo desafio na minha carreira, e espero ter você, que tem o sonho de viver de poker, evoluindo ao meu lado. Fique atento ao site da Card Player Brasil para não perder a abertura das inscrições.
Matheus Tomé Um dos fundadores do Simba Team, Tomé se dedicou, nos últimos três anos, a jogar torneios em aplicativos, onde já ganhou mais de R$ 1 milhão.
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de copas e, enfrentando um raise do chip leader e jogador mais agressivo da mesa, optou por aumentar seu range de 3-bet, dada a dinâmica das fichas e a bolha iminente. Foxen optou por fazer uma 3-bet e Addamo pagou. Um Ás no flop deu a ambos os jogadores o top pair. Addamo pediu mesa e Foxen fez uma pequena c-bet de aproximadamente 22% do do pote. Foxen deve ter se sentido bastante confortável top pair e kicker de Dez. Se ele acreditasse que Addamo faria uma 4-bet-all-in pré-flop com mãos como A-K e A-Q, então A-J seria o único top pair a batê-lo. Addamo fez uma
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Embora este não tenha sido o maior pote da mesa final, houve algumas jogadas interessantes de ambos os jogadores envolvidos. Com a bolha de sete dígitos agora a apenas duas eliminações, Addamo abriu com A-J do UTG. Alex Foxen, com um stack na média, olhou para seu A-10
jogada interessante ao fazer um check-raise com uma mão que muitas vezes é jogada de check-call. Foxen deu o call e o dobrou uma Dama. Addamo pediu check, e Foxen optou por outra aposta, apesar de ter acabado de enfrentar um check-raise. Addamo deu call e o river não mudou nada. Ambos os jogadores deram check e Addamo mostrou seu par de Ases com um kicker um pouco melhor para levar o pote. Foxen ficou com menos de 17 big blinds após a mão. Ele terminou em quinto, ficando a duas posições do dinheiro.
Por Diego Scorvo e Marcelo Souza
| ALEX FOXEN
| MICHAEL ADDAMO
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Probabilidade de vitória Antes do Flop: 66.0% Depois do Flop: 71.0% Depois do Turn: 77.0%
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Probabilidade de vitória Antes do Flop: 27.0% Depois do Flop: 11.0% Depois do Turn: 0.0%
O poker é um jogo fascinante. Não só por sua complexidade matemática e estratégica, mas, principalmente, por envolver pessoas e muito dinheiro. Quando adicionamos esses dois fatores a qualquer equação, os resultados são infinitos e imprevisíveis, um prato cheio para Hollywood. Em nossa seção “Fichas na Tela”, traremos as diferentes formas em que poker já foi abordado na TV. Em nosso primeiro artigo, o filme mais aclamado sobre o tema: Rounders — Cartas na Mesa.
2.790.000 FICHAS
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PRÉ-FLOP Com cinco jogadores restando, blinds 10.000-20.000 e big blind ante, Adamo aumentou do UGT para 40.000. Foxen fez tudo 120.000 do CO. Adamo pagou.
Q
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Q
A
Adamo pede mesa, e Foxen aposta 65.000. Adamo reaumenta para 165.000. Foxen paga.
Q
FLOP
TURN
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RIVER
2
Q
Adamo pede mesa. Foxen aposta 140.000 e é pago.
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A
// Ficha Técnica Título Original Rounders Estreia 1998 Gênero Drama Diretor John Dahl Roteiro David Levien e Brian Koppelman Elenco Matt Damon, Edward Norton, John Malkovich, Martin Landau, John Turturro, Famke Janssen, Michael Rispoli e Gretchen Mol.
Adamo pede mesa. Foxen faz o mesmo.
NOTA: As probabilidades de vitória não incluem empates. As odds são fornecidas por cardplayer.com/poker-tools/odds-calculator/texas-holdem
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// John Malkovich (esq.) é um dos destaques do filme ao dar vida ao vilão Teddy KGB, o Nêmesis de Mike McDermott (dir.), interpretado por Matt Damon.
Na trama, Mike McDermott (Matt Damon) é um estudante de direito que vive com sua namorada Jo (Gretchen Mol) e tem o poker como fonte de renda. Após se sentar em uma mesa high stakes, ele perde todo o seu bankroll em uma única noite e decide abandonar o poker. Entretanto, um velho amigo, para com quem tem uma dívida de gratidão, acaba de ser libertado da prisão. O retorno de Lester ‘Worm’ Murphy (Edward Norton) é a deixa para sua volta às mesas e onde a narrativa do filme se torna interessante. Rounders explora vários aspectos do jogo, sempre com fortes referências que o poker é um jogo de habilidade. Pablo Vilaça, um dos principais críticos de cinema do Brasil, é cirúrgico em sua crítica sobre o filme, no site Cinema em Cena, e, mesmo sem ser parte do nosso universo, capta a mensagem que Rounders quer passar: “Cartas na Mesa possui o mérito de não tentar justificar a moral de seus personagens: o ato de jogar é, aqui, uma profissão tão nobre quanto o Direito ou a Medicina, por exemplo.
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Muitos podem interpretar este fato como uma apologia da jogatina, mas o filme prefere entendê-lo como estilo de vida”. Além disso, o diretor John Dahl revela o poker como o esporte democrático que é, que atinge todos os nichos da sociedade. Dos cidadãos mais respeitáveis aos larápios mais desprezíveis.
// Sem Edward Norton representando a parte ruim do poker, ao encarnar o anti-herói Worm, Rounders não teria feito tanto sucesso.
// Na época, considerado o melhor jogador de poker do mundo, Johnny “O Expresso do Oriente” Chan enfrentou Matt Damon em uma curta cena.
Em Rounders, todos aparecem segurando cartas e empilhando fichas em algum momento, assim como acontece nas mesas do mundo inteiro, seja em cassinos, clubes de poker ou jogos privados. O elenco de primeira linha é outro ponto alto do filme. Com Edward Norton brilhante em seu papel de anti-herói e John Malkovich transformando “Teddy KGB”, um mafioso russo, em um dos principais nomes do filme. O filme ainda tem a presença de outros grandes nomes de Hollywood, como Martin Landau, ganhador do Oscar de melhor ator coadjuvante em Ed Wood; Famke Janssen, a Jean Grey da franquia X-Men; John Turturro (O Grande Lebowski) e Michael Rispoli (Família Soprano).
Não por acaso Rounders é considerado o melhor filme de poker já feito. Além de ter um roteiro realista, que aborda as principais facetas do poker, ele tem sucesso onde muitos outros falharam: fazer o espectador entender e sentir toda a adrenalina e tensão que compõe a atmosfera de um jogo de poker.
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HEADS-UP O Super High Roller Bowl de 2021 terminou em chamas, quando os dois pares maiores trombaram com um flush. A mão começou com Bonomo dando um raise padrão do botão com Q-10 suited. Addamo defendeu seu big blind com 7-2 de ouros. Addamo flopou par e flush draw. Ele pediu mesa, assim com Bonomo, uma vez que a vantagem de range era de Adamo. O turn trouxe uma Q♦, dando a Addamo um flush e um top pair para Bonomo. Addamo fez uma overbet, arrancando a seguinte fala de Nick Shulman, comentarista do PokerGO: “Addamo consegue identificar a jogada perfeita para o momento perfeito”. Bonomo deu o call e o 10♣ no river deu-lhe os dois
$300,000 Super High Roller Bowl 2021
pares mais altos. O pote agora estava em 690.000. Addamo foi all-in, escolhendo mais um momento incrível para outra overbet. Bonomo tinha 2,1 milhões restantes em seu stack e uma decisão brutal em suas mãos. Ele pensou por muito tempo. Seu oponente era um jogador perfeitamente capaz de ir all-in por blefe em uma situação como essa, tendo feito isso na mesa da TV no Dia 1 (você pode ler mais sobre essa mão na pág. 61). Bonomo finalmente deu o call e recebeu a má notícia. Ele levou para casa US$ 1,89 milhão como vice-campeão, enquanto Addamo levou o prêmio principal de US$ 3,4 milhões.
| JUSTIN BONOMO
| MICHAEL ADDAMO
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Probabilidade de vitória Antes do Flop: 33.0% Depois do Flop: 87.0% Depois do Turn: 100.0%
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Probabilidade de vitória Antes do Flop: 66.0% Depois do Flop: 12.0% Depois do Turn: 0.0%
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PRÉ-FLOP No heads-up, valendo um prêmio de quase US$ 3,5 milhões, com blinds em 15.000/30.000 e big blind ante, Justin Bonomo aumentou para 80.000 do BTN, e Michael Adamo deu call do BB.
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Adamo pede mesa, assim como Bonomo.
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Adamo aposta 250.000. Bonomo paga.
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Adamo vai all-in. Com menos fichas, Bonomo paga.
NOTA: As probabilidades de vitória não incluem empates. As odds são fornecidas por cardplayer.com/poker-tools/odds-calculator/texas-holdem
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