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POKER

ESP O RTE E ESTI LO D E VI DA

TRÊS DICAS PARA VENCER NOS TORNEIOS AO VIVO

CINCO SITUAÇÕES EM QUE VOCÊ DEVE RECONSIDERAR O FOLD

QUI NGUYEN

VENCE MAIN EVENT DA WSOP E LEVA US$ 8 MILHÕES










SUMÁRIO DO FUNDO DO BAÚ

OU... UMA ESCOLHA 12 POKER QUE NÃO EXISTE Relembre o que Maridu, ex-profissional do Poker Stars, tem a dizer sobre um assunto que ainda é bastante atual.

ED MILLER

ESPECIAl 28. QUI NGUYEN VENCE MAIN EVENT DA WSOP E LEVA US$ 8 MILHÕES

20 DESISTIR É PARA OS FRACOS Ed Miller revela cinco situações em que você deveria pagar mais e desistir menos.

E MAIS 66. CARD CLUB Clubes de poker

MATT MATROS

dicas para vencer nos 48 3torneios ao vivo Matt Matros dá dicas importantes para vencer nos torneios ao vivo da sua região.

RAMON SFALSIN

40. FÁBIO MARITAN AGRESSVIDADE E O SENSO COMUM Conheça a visão de um jogador profissional sobre a importância da agressividade no poker, um axioma que tomou forma indo de encontro ao senso comum.

BÁSICOS DA 56 PRINCÍPIOS MATEMÁTICA DO POKER Ramon fala um pouco sobre a matemática básica do poker, que inclui conceitos como EV e odds do pote.

THE BOOK IS ON THE TABLE

68 O Poker Como Negócio O Poker Como Negócio Onde Termina o Hobby e Começa o Business, de Dusty Schmidt.

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DO FUNDO DO BAÚ O poker é um esporte que está em constante evolução. Axiomas não existem, conceitos são criados, paradigmas são quebrados. No entanto, como em qualquer outra área, conhecer o passado é fundamental para planejar o futuro. Nesta seção, o leitor poderá mensurar um pouco dessa evolução e entender como o pensamento sobre o jogo mudou nos últimos anos. É com certo ar de nostalgia que, a cada edição, traremos para vocês os primeiros artigos publicados na Card Player Brasil. O que ainda pode ser aplicado no poker moderno? O que está ultrapassado? Descubram lendo os textos Do Fundo do Baú.

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O BRASIL QUE DÁ AS CARTAS


C& P

comentários & personalidades Maridu

Poker ou…

C

uma escolha que não existe.

om o constante crescimento do poker e seus adeptos no Brasil (AMÉM), a cada dia surgem mais “fenômenos” desse lindo e complicado jogo que é o NL Texas Hold´em. As pessoas vão desenvolvendo suas habilidades na mesa e, com isso, vão criando novas habilidades também fora dela, claro, pois começam a ver muitos eventos banais do seu dia-adia de uma forma muito mais analítica e, de preferência, começam a pensar tudo o que fazem em termos de “longo prazo”. Mas aí entra o twist (sempre tem, né?), em que muitas pessoas vislumbram uma ilusão de que o jogo impõe uma escolha, como, por exemplo: poker ou trabalho, poker ou faculdade, poker ou tempo com a família, poker ou namorada, poker ou vida etc. A meu ver, esse é um pensamento errado, porque o jogo não exige isso de você. Pelo contrário, ele exige um balanço e um equilíbrio na sua vida, sem excessos, para saber levá-lo da mesma maneira: de forma balanceada e equilibrada. Só com uma boa dose de equilíbrio é que você vai conseguir encontrar não só o tempo, mas, muito mais importante, a capacidade mental e emocional para saber lidar com os trancos e barrancos dos muitos obstáculos que o poker sempre coloca na sua frente. Claro que isso é altamente subjetivo, e isto aqui expressa a minha humilde(ssíssima) opinião, mas, em todo esse tempo que jogo poker a sério, vejo que, nas épocas em que estou com minha vida em ordem, fazendo ginástica, comendo bem, dormindo bem, vendo os amigos e em dia com o meu trabalho, jogo muito melhor. Meu aproveitamento nas mesas é infinitamente maior e a minha tolerância aos inevitáveis e insuportáveis bad beats aumenta exponencialmente. Sei lá, parece que tudo flui com mais facilidade, sem tanto esforço. Lembro-me um período (horrível) em que achei que o poker estava exigindo essa escolha de mim – “poker ou vida” – e sem dúvida foi a minha pior fase – no jogo e na vida! Eu passava o dia inteiro estudando, vendo vídeos de treinamento, lendo artigos, analisando mãos postadas em fóruns, querendo debater situações com outros jogadores, e tudo isso é ótimo para o jogador que quer evoluir. Mas eu, compulsiva que sou, não sabia a hora de parar, take a break and relax, não sabia a hora de dormir, comer, assistir TV ou de encontrar os amigos para rir de coisas não relacionadas ao poker. Conseqüência: quando sentava para jogar, estava com a cabeça já saturada, 14

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cansada de tanto poker, e jogava muito pior do que se eu tivesse começado uma session com a cabeça fresca e pronta para o jogo. Era até meio ridículo, porque eu terminava me “levelando” em decisões que nem eram tão complicadas, mas nas quais eu criava um monstro em minha cabeça por ter passado o dia imersa naqueles conceitos que nem sempre estavam em questão. Óbvio, o resultado foi inevitável: passei por um período negro, sem o menor equilíbrio na minha vida, o que me custou caro (não só em EV no jogo, mas, muito pior, na vida, com amigos chateados, trabalhos atrasados etc.). E foi difícil sair desse “buraco” que eu mesma cavei ao achar que o jogo exigia algum tipo de escolha da minha parte. Porém, depois de um bom tempo longe, consegui ver o que estava acontecendo, e desde então prometi nunca mais deixar aquilo acontecer novamente. Sabe os ajustes que todos nós sempre temos que fazer para melhorar nosso jogo? Pois é, havia um muito mais importante a ser feito naquele momento, que era ajustar o jogo dentro da minha vida, e não minha vida ao jogo. Feito isso, o equilíbrio (mental e emocional) voltou sem muito esforço, e conseqüentemente os resultados voltaram a aparecer. De forma alguma estou incentivando alguém a não estudar e melhorar seu jogo, muito pelo contrário. Para se tornar um bom jogador (coisa que não sou,

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Sabe os ajustes que todos nós sempre temos que fazer para melhorar nosso jogo? Pois é, havia um muito mais importante a ser feito naquele momento, que era ajustar o jogo dentro da minha vida, e não minha vida ao jogo. mas tento muito, nossa, como tento!), você precisa se dedicar (e muito) e se esforçar (mais ainda!), o que demanda muito de cada um. Mas, dentro desse esforço, se não for encontrado um equilíbrio entre o jogo e a vida pessoal, o equilíbrio no jogo pode demorar muito para aparecer. Pelo menos foi assim para mim. Hoje em dia sei dosar meticulosamente o

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tempo que dedico a tudo que tenho na minha vida, e o jogo entra na medida certa, e não como a força dominante. O longo prazo deve mostrar se isso me equilibrou ou não, mas uma coisa eu garanto: estou muito mais feliz! E acredito que no final das contas seja isso o que mais importa, não acham? Meu conselho: encontrem o equilíbrio que o jogo encontra você. Para fechar, não posso deixar de falar da alegria com a chegada do LAPT (Latin American Poker Tour), que o PokerStars orgulhosamente está trazendo para a América Latina, começando no Rio de Janeiro, no Hotel Intercontinental, entre os dias 3 e 5 de maio de 2008. Esse grande evento �� um verdadeiro marco para o nosso poker – será uma confraternização de muita alegria para todos os jogadores brasileiros, e espero ver vocês lá brilhando e baralhando de verde e amarelo, tacando ficha no pano e levando o 1o lugar! Mais informações sobre o LAPT em www.lapt.com ou no www.psblog.net/br. Boa sorte a todos, nos vemos em breve no Latin American Poker Tour, e claro, pelas mesas do PokerStars. GL! ♥

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OS MELHORES BARALHOS DO MUNDO

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DESISTIR é

PARA OS

FRACOS Por Ed Miller Tradução e adaptação: Marcelo Souza

M

uito do meu lucro em jogos de no-limit hold’em ao vivo vem de quando as pessoas dão fold quando não deveriam — claro que aquelas mãos em que você acerta uma trinca e o oponente coloca todo seu dinheiro no pote, já sem chances de vencer, também entram bastante na conta. Mas, certamente, para ser lucrativo é preciso bater até que o adversário desista. Se você é como a maioria dos meus oponentes, você desiste demais em algumas situações específicas. Aqui vão cinco dessas situações que surgem com frequência.

Situação 1: Um Ás-high e mãos com cartas altas (overcards) em bordos secos e baixos. Você tem A-J ou K-Q e o flop vem 6♦ 6♣ 2♠. Quando o bordo vem assim são poucas as mãos que o acertaram.

Isso significa que mãos não pareadas com cartas altas ainda estão entre as melhores mãos possíveis. Por exemplo, vamos dizer que o range pré-flop de um jogador qualquer seja de, aproximadamente, 20% das melhores mãos (55+, A4s+, K8s+, Q9s+, J9s+, T9s, A9o+, KTo+, QTo+, JTo). Em um flop 6-6-2, esse jogador terá um par ou melhor (um Seis, um Dois ou um par de mão) apenas 28% das vezes. Isso significa que A-J é ainda muito melhor do que o range de mãos que ele segura (quase 60% de equidade). O A-J não apenas tem muito valor de showdown em bordos como esses, mas mesmo contra as mãos que ele supostamente está atrás, como pares de Cinco ou de Noves, ele terá seis outs para vencer. Além disso, o jogador com um par pequeno sempre terá que se preocupar com as

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overcards que aparecerem. Então, se uma carta como uma Dama ou Rei aparecer, o jogador com A-J pode, com frequência, transformar sua mão de valor em blefe. Quando o bordo vier seco e baixo, não seja apressado em dar fold, especialmente se segurar uma mão com cartas altas. Você sempre pode dar call no flop e, às vezes, até no turn.

Situação 2: Bordos com cartas do mesmo naipe. Quando flop vem com todas as cartas do mesmo naipe, muitos jogadores já desligam automaticamente a mão, caso não segurem um flush ou flush draw forte. Mas isso é superestimar a chance de o outro jogador ter acertado um flush. Usando o mesmo range pré-flop da situação anterior, em um flop K♦ 6♦ 3♦, o adversário terá acertado o flush no

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flop cerca de 5% das vezes, quando isso acontecer, ele terá o nuts apenas 6% das vezes. Já a chance de ele ter uma carta de ouros na mão é de 37%. Isso significa que 63% das vezes, um jogador, com um range padrão, não terá um flush nem um flush draw em um flop com todas as cartas do mesmo naipe. Algumas dessas mãos serão top pair, mas você geralmente conseguirá fazer alguns jogadores desistirem do top pair, em flops como esse, caso você continue apostando. “Mas Ed”, você diz. “Meus oponentes não jogam 20% das mãos. Eles entram com quaisquer duas cartas do mesmo naipe. Esses flops são exatamente o que eles estão procurando”. Não tão rápido. Se eu ajustar o range deles para 60%, isso inclui quaisquer duas cartas do mesmo naipe (e também um número de questionável de mãos offsuited também), a porcentagem de flushes aumenta de 5% para 6,25%. O número de draws também não muda muito.


O ponto é: quando o flop vem com três cartas do mesmo naipe, qualquer jogador é favorito para não ter um flush ou um draw para flush. Se você está jogando contra um ou dois jogadores, essa é uma boa oportunidade para representar o flush e apostar até que todos desistam.

Situação 3: Uma overcard aparece no turn. Jogadores que acertam um par desistem com frequência quando uma overcard aparece no turn. Vamos dizer que eu abri raise. Você paga com J-10 do mesmo naipe. O flop vem 10-7-5. Você dá check-call na minha aposta. O turn é um Rei. Você pede mesa, e eu aposto. Muitos jogadores parecem pensar assim: “Como ele deu raise, ele provavelmente tem um par ou cartas altas como K-Q e A-K”. Quando o Rei aparece e eu aposto, eles pensam que o J-10 já está derrotado. O problema é que existem muitas mãos que eu posso estar segurando, além de pares altos e overcards. Eu posso

ter A5s ou 76s, assim como 6-6 ou até mãos que não parearam, como A-Q e A-J. Vários tendem a dar mais um call com o top pair caso possuam um bom kicker, como A-10, mas os jogadores têm uma tendência tão grande a desistir quando o turn traz uma carta alta que eu quase sempre darei o segundo tiro, mesmo com as minhas mãos que não derrotam o top pair feito no flop.

Situação 4: Draws no turn. Muitos jogadores regulares aprenderam que é errado “perseguir” draws no turn. Com apenas mais uma carta para vir, draws para flush e sequência serão azarões em 4-para-1 quase sempre. Em no-limit hold’em, você sempre encarará apostas de pelo menos metade do pote, o que não lhe oferecerá odds melhores do que 3-para-1. Receber 3-para-1 quando se precisa de 4-para-1 apenas para ter um EV = 0, não é um bom negócio. No entanto, isso não quer dizer que você simplesmente tenha que desistir dos seus draws. Há duas razões. Primeiro, às vezes você ganhará um dinheiro extra

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quando acertar seu draw. Esse conceito de implied odds não é muito entendido. Exceto em um típico $2-$5, muitos jogadores não ficarão no seu caminho quando você chegar até o river. Então, geralmente, implied odds não poderá ser sua justificativa para o call no turn. Mas quando as pessoas não oferecem tanta resistência na última street, você tem aí um bom potencial para blefe. E é por isso que não é certo desistir dos seus draws no turn. Caso você erre, ainda poderá vencer a mão blefando. Geralmente, jogadores regulares não têm muitos draws em seu range no river e nem blefam o suficiente. Eles seriam mais perigosos se se corrigissem isso.

Situação 5: Contra apostas pequenas. Jogadores regulares de limites baixos dão muito crédito para apostas pequenas. No flop isso não é tão verdade, mas no turn e no river é muito fácil conseguir um fold apostando um terço ou três quartos do pote. Em muitas mãos, no river, eu posso apostar $150 em um pote de $500 ou mais e ver meu adversário desistindo, e isso muitas vezes está errado. Conclusão É possível que muitos desses folds não sejam errados em determinadas situações e nos jogos em que você joga, porque nem sempre seus oponentes estarão

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blefando. Quando eles apostam, é justo você pensar que seu A-J não é bom o bastante no bordo 7-3-2, ou que seu Q-9 esteja perdendo com 9-5-4-J na mesa. Você também pode acreditar que o vilão tenha algo próximo do nuts quando ele aposta pouco no river. Mas se você está sempre dando fold nessa situação, é provável que seus adversários regulares também estejam. Isso cria a situação perfeita para blefes. Da próxima vez que jogar, preste atenção nisso e seja o cara que vai se aproveitar disso para fazer um blefe extra.

Ed Miller edmillerauthor notedpokerauthority.com

Ed Miller é uma das maiores autoridades mundiais em teoria do poker. Ele é instrutor do stoxpoker.com


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QUI NGUYEN PASSEIA NO NOVEMBER NINE E VENCE O PRINCIPAL TORNEIO DE POKER DO ANO Por: Marcelo Souza

Nenhum torneio do mundo mobiliza tanto a comunidade do poker quanto o Main Event da World Series of Poker. Ele não é o evento mais caro do mundo e nem traz as maiores estrelas dos feltros para a sua mesa final. No entanto, a mística por trás do “Graal do Poker” fica mais forte a cada ano. Em 2016, não foi diferente. Pegue o “pai do poker moderno”, um apostador maníaco, uma lenda aposentada dos videogames e outros tantos jogadores talentosos e, pronto, você tem a fórmula perfeita para prender os amantes do poker por horas a fio em frente à televisão. E para quem assistiu, valeu a pena. Em uma mesa repleta de profissionais, o público viu o amador, aquele apostador maníaco que é apaixonado por Bacará, levar a melhor. Quando faltou técnica, sobrou coragem. Enquanto uns pecaram pela omissão, Qui Nguyen, no melhor jargão do poker, “desceu o braço”. Como um verdadeiro “gambler”, ele colocou seus adversários em situações difíceis a todo momento. No final, a merecida recompensa: oito milhões de dólares e o bracelete mais cobiçado do mundo.

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Main Event – Dia 8 Cliff Josephy

74.600.000 (149 bbs)

Qui Nguyen Gordon Vayo Kenny Hallaert Michael Ruane Vojtech Ruzicka Griffin Benger Jerry Wong Fernando Pons

67.925.000 (135 bbs) 49.375.000 (98 bbs) 43.325.000 (86 bbs) 31.600.000 (63 bbs) 27.300.000 (54 bbs) 26.175.000 (52 bbs) 10.325.000 (20 bbs) 6.150.000 (12 bbs)

9º Fernando Pons (US$ 1.000.000)

Pons entrou na mesa final com uma difícil missão. Com apenas 12 big blinds, ele teria que alcançar um feito histórico para se tornar campeão. Ele até conseguiu roubar o blind ao fim da primeira órbita, mas acabou sendo eliminado na 16ª mão da noite. Com o blinds em 300.000/600.000 e ante de 50.000, do button, o espanhol empurrou suas últimas 4.625.000 para o cento da mesa. No big blind, Cliff Josephy deu call com K♥J♣. Pons mostrou A♦6♣, mas o bordo veio K♠Q♣3♠9♦K♣, dando uma trinca e o pote para Josephy.

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8º Jerry Wong (US$ 1.100.076)

Como Pong, Wong não chegou à mesa final em uma situação confortável. Com pouco mais de 20 big blinds, ele precisou se movimentar para conseguir fichas. Infelizmente, ele não conseguiu dobrar e acabou sendo eliminado na 60ª mão do November Nine. Os blinds estavam em 400.000/800.000 e ante de 100.000. Vojtech Ruzicka, um dos jogadores mais ativos da noite, abriu raise para 1.825.000. No button, com A♠3♠, Gordo Vayo fez tudo 5.100.000. Wong acordou no big blind com JJ e fez uma 4-bet para 8.500.000, deixando apenas 1.050.000 fichas para trás. A ação voltou para Ruzicka, que fez uma 5-bet para 13.500.000. Wong pagou e viu seu adversário mostrar Q♥Q♦. O bordo não melhorou a mão de Wong, o segundo eliminado da noite.

7º Griffin Benger (US$ 1.250.190)

Depois de Cliff Josephy, Benger era definitivamente o jogador mais balado do November Nine 2016. Infelizmente, para que esperava um show da ex-lenda do Counter-Strike, apenas decepção. Das 67 mãos que precederam sua eliminação, ele jogou apenas oito. Seu 52 big blinds acabaram desaparecendo em algumas horas. Com blinds em 400.000/800.000 e ante de 100.000, Gordo Vayo abriu raise para 2.200.000 do button. Do big blind, segurando A♠9♠, Benger foi all-in de 7.325.000. Vayo pagou imediatamente e mostrou 10♠10♥. O flop 9♦8♦8♥ deu alguns outs extras para Benger, mas o turn, um 2♥, e o river, um 6♥, decretaram o fim de sua luta pelo título. 6º Kenny Hallaert (US$ 1.464.258) BÉLGICA Hallaert foi o último eliminado da noite. Até a mão de número 97, a da sua eliminação, Qui Nguyen vinha sendo o jogador mais ativo da mesa. Talvez por isso, o belga não deu o devido ao vietnamita radicado em Las Vegas. O resultado foi desastroso. Do UTG, com blinds em 500.000/1.000.000 e ante de 100.000, Hallaert abriu raise para 2.300.000. Do cutoff, Nguyen fez uma 3-bet para 5.700.000. Hallaert foi all-in de 35.625.000. Nguyen pagou rapidamente com A♦A♠, uma das piores mãos o A♣Q♣ de Hallaert poderia enfrentar. O flop Q♠5♥4♠ deu um pouco de esperança para o jogador da Bélgica. Mas turn e river foram cartas irrelevantes, e Jack Effel, diretor de torneios da WSOP, anunciou o fim do primeiro dia do November Nine 2016, o Dia 8 do Main Event.

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6º Kenny Hallaert (US$ 1.464.258)

Hallaert foi o último eliminado da noite. Até a mão de número 97, a da sua eliminação, Qui Nguyen vinha sendo o jogador mais ativo da mesa. Talvez por isso, o belga não deu o devido ao vietnamita radicado em Las Vegas. O resultado foi desastroso. Do UTG, com blinds em 500.000/1.000.000 e ante de 100.000, Hallaert abriu raise para 2.300.000. Do cutoff, Nguyen fez uma 3-bet para 5.700.000. Hallaert foi all-in de 35.625.000. Nguyen pagou rapidamente com A♦A♠, uma das piores mãos o A♣Q♣ de Hallaert poderia enfrentar. O flop Q♠5♥4♠ deu um pouco de esperança para o jogador da Bélgica. Mas turn e river foram cartas irrelevantes, e Jack Effel, diretor de torneios da WSOP, anunciou o fim do primeiro dia do November Nine 2016, o Dia 8 do Main Event.

Main Event – Dia 9

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Qui Nguyen ( 1)

128.625.000 (129 bbs)

Cliff Josephy ( 1)

63.850.000 (64 bbs)

Vojtech Ruzicka ( 3)

62.250.000 (62 bbs)

Gordon Vayo ( 1)

58.200.000 (58 bbs)

Michael Ruane (—)

23.700.000 (24 bbs)


5º Vojtech Ruzicka (US$ 1.935.288)

Provavelmente, ninguém demonstrou tanta técnica quanto Vojtech Ruzicka na primeira centena de mãos da mesa final. Muito agressivo, o tcheco mostrou que só o título lhe interessava — o que lhe custou caro. Com os blinds em 500.000/1.000.000 e ante de 100.000, Gordon Vayo abriu raise para 2.300.000 do button. Do small blind, Ruzicka reaumentou para 8.150.000. Vayo deu call e os dois viram o flop Q♣8♦3♣. Ruzicka apostou 6.150.000, e Vayo pagou. O turn foi um 7♥, e Ruzicka mandou um segundo barril de 11.400.000. Vayo deu call novamente e catapultou o pote para mais de 50 milhões de fichas. O river foi um 5♠, e Ruzicka empurrou 27.850.000 fichas para o centro da mesa, seu all-in. Vayo pagou e mostrou 8♣8♠, muito mais do que o necessário para vencer o A♠K♦ do tcheco, que sobrou com menos de um blind e foi eliminado na mão seguinte, a 105ª do November Nine, por Qui Nguyen.

4º Michael Ruane (US$ 2.567.003)

Apesar de não ter sido jogado tão pouco quanto Benger, Ruane também foi extremamente cauteloso, jogando apenas 30 mãos das 155 que foram distribuídas até sua eliminação. Seu diferencial para o canadense foi que ele simplesmente venceu praticamente todas que entrou. Na mão que selou o destino de Ruane, o sempre agressivo Qui Nguyen aumentou para 2.700.000 do UTG. Ruane, com 15.700.000, não pensou muito para ir all-in do small blind com K♥Q♥. Nguyen pediu contagem e também não pensou muito para pagar com A♥J♠. O flop 9♥9♠2♠ não deu muitas esperanças para Ruane, mas o turn, um J♣, lhe deu quatro mais outs. Infelizmente, um 8♦ no river decidiu quem seriam os três jogadores a jogar o dia final do November Nine 2016.

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Main Event – DIA FINAL Qui Nguyen (—)

197.600.000 (165 bbs)

Gordon Vayo ( 2)

89.000.000 (74 bbs)

Cliff Josephy ( 1)

50.000.000 (42 bbs)

Gordon Vayo ( 1)

200.300.000 (125 bbs)

Qui Nguyen ( 1)

136.300.000 (85 bbs)

HEADS-UP

3º Cliff Josephy (US$ 3.453.035)

Ninguém tinha tantos torcedores quanto o “pai do poker moderno”. O roteiro era que Cliff “JohnnyBax” Josephy cravasse o torneio para coroar uma carreira ímpar. Após um call duvidoso de Qui Nguyen na primeira mão do dia, Josephy dobrou seu stack e os três jogadores ficaram praticamente empatados. Mas o maior pote do torneio, até aquele momento, deixou o favorito da torcida praticamente sem fichas. Com os blinds em 600.000/1.200.000 e ante de 200.000, Josephy abriu raise do button para 2.500.000. Gordon Vayo pagou do small blind. Qui Nguyen aumentou para 7.700.000, foi pago pelos seus dois oponentes e apostou 9.900.000 no flop K♦3♣2♠. Novamente, os dois adversários pagaram. O turn foi um 4♦, e Josephy apostou 21.000.000 depois de Vayo e Nguyen pedirem mesa. Vayo pensou por alguns minutos e foi all-in de 75.100.000. Nguyen largou seu A♠J♣ imediatamente. Josephy levou quase cinco minutos para anunciar o call — e não ficou feliz ao ver o 3♦3 de Vayo. Segurando 22, ele ainda chamou pelo último Dois do baralho, mas o river foi um 6♦. Vayo puxou um pote de 203 milhões e deixou Josephy com apenas 8 big blinds. Ele ainda chegou a dobrar por duas vezes e ficar com quase 35 big blinds, mas depois de um blefe malsucedido contra Nguyen, ele ficou short novamente e acabou sendo eliminado por Gordon Vayo.

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1º Qui Nguyen (US$ 8.005.310) X 2º Gordon Vayo (US$ 4.661.228)

Poucas vezes alguém dominou tanto um adversário como Qui Nguyen fez com Gordon Vayo. Apesar da desvantagem inicial, Nguyen reverteu o cenário rapidamente, puxando sete das nove primeiras mãos do duelo. Vayo nunca se recuperou. E mesmo sendo o heads-up mais longo da história do Main Event, mais de oito horas de duração, o título de Nguyen nunca esteve em perigo. Na mão que decidiu o embate, a 364ª da mesa final e 182º do heads-up, com os blinds 1.500.000/3.000.000 e ante de 500.000, Nguyen aumentou para 8.500.000 com K♣10♣ e viu Vayo empurrar all-in de 53.000.000 com J♠10♠. Dominado, Vayo ainda consegui aumentar seus outs no flop K♦9♣7♦. Turn e river foram um 2♦ e um 3♥, respectivamente, e fizeram justiça ao melhor jogador de toda mesa final.

Data: 09 a 18 de julho; 30 de outubro a 1º de novembro Local: Rio All-Suite Hotel & Casino (Las Vegas – NV) Buy-in: US$ 10.000 Field: 6.737 jogadores Prize pool: US$ 63.340.268

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ESTATÍSTICAS DO NOVEMBER NINE 2016 MÃOS DISTRIBUÍDAS

VP$IP*

PFR**

POTES VENCIDOS

SHOWDOWNS VENCIDOS

Qui Nguyen

182

37%

23%

50

6

Gordon Vayo

182

29%

13%

28

7

Cliff Josephy

182

35%

25%

41

8

Michael Ruane

155

21%

13%

20

7

Vojtech Ruzicka

105

30%

17%

21

3

Kenny Hallaert

97

31%

20%

16

2

Griffin Benger

68

12%

6%

1

1

Jerry Wong

60

15%

7%

4

1

Fernando Pons

16

13%

13%

1

0

Qui Nguyen

182

68%

46%

114

9

Gordon Vayo

182

63%

29%

68

15

JOGADOR 9 até 2

Heads-Up

*Voluntary Put Money In Pot: porcentagem de vezes que o jogador colocou dinheiro voluntariamente no pote antes do flop, ou seja, entrando de limp, aumentando a aposta ou pagando um raise. **Pré-Flop Raise: porcentagem de vezes que o jogador faz um aumento antes do flop.

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E E D A D I V I S S E : R M U G M A O C SO

N E OS

M U E D O Ã A VIS

JOGADOR PROFISSIONAL D Por Fábio “F1oba” Maritan

entre as estr atégias para um poker lu agressividad crativo, falar e é bastante em recorrente. A no sentido d gressividade e n ão se esquivar esperado pos de situações itiv com va em confronto o, colocando-se sempre do lado press lor com o lado p ionador re percebemos ssionado. En que muitos jogadores pro trando mais a fundo, agressividad fissionais ab e ao perceb usam da er que uma pensam da vast a maioria mesma form de jogadores a em sua es como: senso sência, o qu comum. e conhecem S ão aqueles os jo g ad or es uma maneira mais crus, q ue pensam padrão e es e agem de pontânea, b ex periências aseada som passadas, se ente em suas m esforço ad das situaçõe icional de en s. M as como tendimento assim? N a p ções ocorre rática, que ti m? pos de situa-

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Vamos mon raro: suponha tar um cenário hipotétic o, mas não que um joga dor recreativo próximo de uma mesa fi nal em um to está bem que ocorre ao rneio online, s domingos, re jogadores ev cheado de ou entuais, com tros valo 11 e cerca d e 15.0 0 0 par r de inscrição de U $ ticipantes in está um pou scritos. Ele co acima da média em fi passaram nov ch as. Já se e horas. A qu totalmente n ela é uma si ova para ele tuação e o dinheiro mesa final re distribuído na presenta um a boa alavan banca. Qual cagem para a tendência sua de postura d da maioria d esse jogador os recreativo e s que estão O senso com ali na mesa um diz que ? eles devem pouco mais “segurar ” um o jogo, aguar dar os jogad st acks menor ores com es serem elim inados e gar a mesa final an tirem e uma prem iação maior.

natipicamente pressio Esses são jogadores ra pa que o que eles precisam dos e, na verdade, tor o neio são chances de cravar aumentem as suas profissionais es ncia de jogador dois pontos: a ausê uma postura am m que eles assu e al fin ta re ela qu na Como disse, o ria. Mas por quê? contrária a da maio e do lado presprocura estar sempr jogador profissional desse tipo de ndo-se exatamente sionador, aproveita leq o ue de mãos e ele tende a abrir situação. É aqui qu pré quanto póshabilidades, tanto jogáveis, usar suas ndo moves e fa , s controlados ze co ris ir m su as e , -flop ando muito que ele vai estar jog em es çõ ua sit do ian cr rio vem sofrendo são que o adversá mais contra a pres Afinal, convenhate as suas cartas. do que efetivamen mum tende a bebido do senso co de. mos, o jogador em al ra de tot passivida assumir uma postu

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A grande questão é que para o jogador profissional, aquela reta final muitas vezes representa apenas mais um torneio dentre centenas que compõem seu volume mensal. A pressão tende a não existir e o profissional joga com sabedoria, mas sempre visando a cravada e o maior prêmio. Dessa forma, se há uma tendência da maioria em se retrair e o caminho para se acumular fichas é andar na contramão, é isso que fazemos. Essa também é a explicação para a qual jogadores tecnicamente mais fracos podem, sim, ganhar torneios — se, em reta final, percebem a passividade dos seus adversários e, literalmente, “soltam o braço”. Mesmo que feito de forma inadequada por muitas vezes, se a maioria está largando suas cartas com uma frequência maior, isso também significa que ele está acumulando fichas em decorrência da situação. Até mesmo entre os profissionais pode existir este tipo de pressão, afinal, nem todos jogam na mesma faixa de inscrição e alguns torneios podem significar mais para uns do que para outros.

O senso comum também ocorre em outros aspectos, como em padrões de tamanhos de apostas e jogadas que não podem ser justificadas por valor ou por blefe. O objetivo aqui é escancarar sobre que prisma olhamos as situações e ressaltar o quanto você deve sempre buscar sair do senso comum quando estiver em uma mesa de poker. É se esforçar para entender como a maioria está agindo, pensar e ajustar-se de acordo. Logicamente, caso você busque ganhos regulares, não basta simplesmente querer ser agressivo e aumentar as apostas de forma indiscriminada. A melhor recomendação que temos é procurar auxílio de um profissional já experiente, para qual você vai expor suas dificuldades e experiências, e fazer ajustes específicos. A observação de jogadores tidos como referências e a prática em limites adequados também trazem resultados positivos. Bom trabalho nas mesas.

Fábio “f1oba” @f1oba

Fábio Maritan é jogador e instrutor do Steal Team. Ele possui mais R$ 1,8 milhão em prêmios apenas no PokerStars.

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S A C I D R E C N E V A R 3PA

O V I V O A S O I E N NOS TOR s Por Matt Matro

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A

era dos torneios com garantidos gigantescos, reentradas múltiplas em múltiplos dias está aí. Isso deve continuar por bastante tempo. Mas onde estão as oportunidades? O que esses garantidos homéricos e essa quantidade de reentradas podem trazer de bom? Quando eu comecei no poker, eu jogava torneios baratos todo o tempo. Por alguns anos, acho que não havia sequer um torneio de US$ 300, na Costa Leste, que eu ainda não havia jogado. A partir do momento que comecei a evoluir como jogador profissional, as despesas

de viagens, o alto rake e o potencial de crescimento limitado fizeram os eventos com buy-in mais baixo menos atrativos, e eu me afastei. Mas agora, graças às reentradas, existem torneios de US$ 400 ou US$ 500 com prize pools de sete dígitos. Nos últimos meses, acabei me surpreendo jogando novamente esses eventos. E notei que existem muitos jogadores capazes de jogar um poker sólido, mas que, geralmente, possuem uma ou duas fraquezas. Neste artigo, darei a vocês três dicas para bater os torneios ao vivo que não possuem buy-in elevado.

DICA #1: JOGUE SEU STACK SEM SE PREOCUPAR COM A MÉDIA É típico, em eventos com muitas entradas e níveis com menos de uma hora de duração, todos ficarem short. A média geralmente fica entre 15 e 20 big blinds (bbs), o que significa que jogadores com 30 bbs pensarão que estão “bem na fita”, enquanto quem tem entre 10 e 12 bbs sentirão que ainda têm um stack tranquilo para “pilotar”. É verdade que você nunca deve entrar em pânico por estar short e que os profissionais

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pensam que podem fazer coisas maravilhosas com 30 blinds. O fato é que um stack curto deve ser jogado como tal. Não há sentido em acreditar que o seu stack é maior do que ele realmente é. Muitos jogadores de limites baixos pensam que eles não deveriam tomar decisões que eles veem como arriscadas quando estão perto da liderança em fichas. A verdade é que até você chegar na mesa final, a liderança é basicamente irrelevante, especialmente se você tem 10 blinds. Não importa se você tem o segundo maior stack da sua mesa, sua única jogada com esse stack é all-in ou fold. Não há espaço para raise e então fold, ou para “esperar por uma oportunidade melhor”, e isso é verdade mesmo que você tenha mais fichas do que 75% do field. Quem fica cuidando demais de um stack pequeno pode até entrar ITM, mas nunca ganhará os melhores prêmios. No Evento #1 do Borgata Open Poker, eu caí quando estava entre os líderes, com 18 bbs, depois de ir all-in com uma mão ruim. As pessoas ficaram estarrecidas. O que elas não entenderam é que eu cheguei aonde estava jogando daquela maneira. Se você não acumular fichas, você nunca terá chances de ganhar.

DICA #2: NÃO ENTRE EM “TILT” Esse conselho vale para todos os jogadores, mas vejo mais jogadores “tiltados” em torneios micros. O engraçado é que esses caras normalmente são pessoas equilibradas. Não consigo contar o número de vezes que ao conversar com alguns deles no intervalo, eles se mostraram lógicos e com uma boa noção de jogo, mas ao retornarem para a mesa e levarem uma bad beat queimam o resto do stack em acessos de raiva. Poker já é um jogo difícil quando você está totalmente concentrado, se você começar a fazer jogada ruins, mesmo que em 5 ou 10% das vezes, acredito que é impossível você vencer no longo prazo. Eu não tenho uma fórmula secreta para parar o tilt, mas se você é desses, é preciso identificar com urgência o que lhe tira do sério e trabalhar em cima disso, removendo o tilt do seu jogo o mais rápido possível.

Quem fica cuidando demais de um stack pequeno pode até entrar ITM, mas nunca ganhará os melhores prêmios. 50

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DICA #3: TENHA CERTEZ A DA FORÇA DE SUA MÃO Jogo rápido: quão bom é um par de Noves? Melhor do que 90% das mãos? 93%? 95%? Existem 1.326 combinações de mãos no hold’em e apenas 46 delas são consideradas melhores do que 9-9 (seis combinações de 10-10, J-J, Q-Q, K-K, A-A e mais 16 combinações de A-K). Isso significa que Noves são melhores do que 96% de todas as mãos possíveis no hold’em. Muito forte, né? Jogadores de no-limit hold’em tendem a ver uma mão assim como vulnerável, enganadora ou que “não vale todo o meu stack” — e dependendo do contexto, isso pode ser verdade. Mas se o button abre, você faz uma 3-bet do small blind e o button aplica

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uma 4-bet, você não pode desistir de uma mão que está entre as 4% melhores do jogo. Se você abre do meio da mesa e alguém faz uma 3-bet, você também não pode desistir. E o mais importante de tudo: se você está short, na reta final de um evento com antes, a princípio, você nunca pode largar uma mão que está entre as 4% melhores. A menos que você tenha o nuts, sempre haverá risco envolvido quando você coloca todas as suas fichas na mesa. Então, ou você entende quão forte é uma mão como 9-9 ou você será para sempre consumido pelos blinds. Atualmente, nos torneios com buy-ins baixo, há um grande potencial para fazer dinheiro. Siga essas dicas acima e quem sabe uma parte não caia na sua conta.

Matt Matros @Matt_Matros

Matt Matros tem três braceletes da WSOP e é um dos instrutores do renomado site de treinamento cardrunners.com.


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/PokerBetmotionbr

@BetmotionPoker

Se você não gosta das segundas-feiras, agora começará a amá-las! O Betmotion Poker te dará 100.000 motivos para deixar suas segundas com cara de sexta-feira!


A partir do mês de novembro, vamos fazer uma loucura em todas as segundas-feiras, cortando o valor de buy-in dos torneios mais populares da nossa grade! E isso ainda não é tudo, além de mais baratos, também aumentamos o valor da premiação garantida! Então aproveite este presente de fim de ano antecipado e aumente seu bankroll de forma substancial jogando os nossos torneios Cyber Mondays. HORÁRIO BRT

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PRINCÍPIOS BÁSICOS DA MATEMÁTICA

DO POKER Por Ramon Sfalsin

É

evidente que dominar a matemática do poker será um passo importante para o seu sucesso, mas, além da matemática, há centenas de outras técnicas que você deve focar nos estudos. Diversos livros e professores ensinam formas diferentes de calcular quando pagar uma aposta é ou não lucrativa no poker. Por isso, ensinarei a maneira mais rápida e fácil de fazer os principais cálculos para você agilizar os seus estudos. Cada ação tem uma lucratividade esperada no longo prazo, seja positi-

va ou negativa, a qual chamamos de EV (Expected Value ou Valor Esperado). Calcular o EV de uma ação é praticamente impossível durante os poucos segundos que temos para fazer a jogada. Além disso, há diversos outros fatores subjetivos a serem analisados, principalmente no pós-flop, que dificultam encontrar o resultado rapidamente. Vamos começar descomplicando as situações de call no pré-flop:

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• 1º Passo: Calcular a equidade da nossa mão contra o range de mãos do oponente. • 2º Passo: Calcular a equidade do pote: valor do investimento dividido pelo pote total (incluindo o nosso call). • Regra: Se a equidade da nossa mão for maior que a equidade do pote, nosso call será lucrativo em fichas (chipEV ou +cEV) no longo prazo. • Se nossa mão tiver mais que 50% de equidade contra o range de mãos do oponente, o call será lucrativo em fichas, independentemente do segundo passo. No exemplo acima, aumentei a aposta para 2.500 e o jogador do small blind (SB) deu all-in de 15.000 fichas. O primeiro passo é um pouco mais complexo e depende de diversos fatores,

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mas supondo que o range de all-in do vilão seja algo como 22+, ATo+, A9s+, KQo e KJs+, estou em um coin flip (50% x 50%) contra a maior parte do range do oponente, dominando quatro pares e sendo dominado por oito pares. Neste caso, fica bem nítido que eu tenho algo em torno de 45% a 50% de equidade. Agora vamos ao segundo passo para descomplicar o cálculo matemático e encontrar a equidade mínima necessária para que o call seja lucrativo. Tenho que investir 12.500 em um pote total (incluindo o call) de 32.100. Procure sempre arredondar os valores para facilitar os cálculos. Perceba que estou investindo algo em torno de aproximadamente 40% do pote total. Pronto! Essa é a equidade mínima aproximada que

a minha mão deverá ter para que o call seja lucrativo. Muito fácil, né? Como preciso de aproximadamente 40% e tenho algo em torno de 45-50%, pagar será lucrativo em fichas no longo prazo. Agora vamos analisar duas situações no pós-flop. Mas antes, vou tirar a dúvida de um iniciante sobre três conceitos usados no poker: outs, odds e draw. Outs: as cartas no baralho que melhoram sua mão. Odds: probabilidade destas cartas (outs) baterem. Draw: nomenclatura utilizada para a situação onde o jogador depende de outs para melhorar a mão. Agora vamos aos exemplos:


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• 1º Passo: Calcular a equidade da minha mão. • 2º Passo: Calcular a equidade do pote: Valor do investimento dividido pelo pote total (incluindo o meu call). Nesse exemplo, meu objetivo é calcular se vale a pena pagar a aposta tentando acertar o flush no river. Nessa situação tenho um draw para flush, o tradicional “flush draw”, e os dois passos são os mesmos do exemplo anterior, porém, há jogadores que preferem calcular o passo 2 antes do passo 1. A escolha é sua. Optei por inverter desta vez. Vamos começar encontrando a equidade do pote: O meu investimento custa 150 fichas e o pote total terá 600 fichas. Estou investindo 1/4 do pote total, ou seja, preciso ganhar a mão 25% das vezes para que seja lucrativo. Pronto. A regra aqui é a

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mesma do exemplo anterior: se a equidade da minha mão for maior que a equidade do pote, o call será lucrativo em fichas no longo prazo. Agora, vamos calcular as chances de acertar os outs. Há 13 cartas de ouros no baralho, sendo que 4 delas estão à mostra (duas na mesa e duas na minha mão), restando 9 cartas de ouros ocultas em jogo, ou seja, 9 outs. Descobrir a porcentagem aproximada de vezes que acertarei os meus outs é bem fácil, basta fazer o seguinte cálculo: • Multiplicar os outs por 2 do Flop para o Turn ou do Turn para o River. • Multiplicar os outs por 4 quando for ver as duas cartas (Turn e River). Multiplicando os 9 outs por 2 o resultado é 18%. Esse número é bem próximo do valor real, que é de 19,6%.

Nesse exemplo, a equidade da minha mão é menor que a equidade do pote, ou seja, no longo prazo, o call é –cEV, se considerarmos que estamos jogando único e exclusivamente pelo flush e que não há possibilidades de ganhar mais fichas do oponente no river quando bater uma carta de ouros. Porém, talvez eu consiga ganhar mais fichas do oponente no river, viabilizando o call, mas esta hipótese é muito relativa, pois há diversos outros detalhes que devem ser analisados como: nível técnico do oponente, ranges, posição e o quão óbvio é o draw. Além disso, posso blefar apostando ou aumentando quando não bater o flush, representando ter uma trinca, dois pares, sequência, etc. Esse é um tema muito extenso e, por isso, separei um artigo especial para ele na próxima edição.


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Nesse exemplo, aumentei a aposta no pré-flop, apostei 650 no flop tendo flush draw e o vilão foi all-in de 4.650. Primeiramente, vamos calcular o quanto estamos investindo para o pote total. Nosso call é de 4.000 e o pote total será de 10.600, isso dá aproximadamente 38%. Definir o grupo de mãos que o vilão está dando all-in requer muitas informações, ele pode ter um flush draw e estar jogando agressivamente, overpair, trincas, pares médios e até blefes. Mas supondo que ele esteja dando all-in com um overpair como 10-10, que seria uma das melhores mãos do vilão, eu tenho 12 outs (9 cartas de ouros e três Valetes). Multiplicando 12x4, chegamos a 48%,

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fazendo então que o nosso call seja lucrativo no longo prazo! Espero que eu tenha facilitado a vida de vocês. Na próxima edição, como mencionei no segundo exemplo, falarei sobre o conceito de Implied odds, que são as fichas que esperamos ganhar do vilão nas rodadas futuras.

Ramon Sfalsin @RamonSfalsin www.pescanco.com.br facebook.com/ramonpoker

Ramon Sfalsin é uma das jovens revelações do poker nacional e um dos poucos a chegar, de forma consecutiva, a duas mesas finais de BSOP. É instrutor da PokerLAB e especialista em satélites online.


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CARD CLUB

A Card Player Brasil acaba de criar o Card Club, um programa com vantagens únicas que levará as principais marcas de clubes de todo o País a você que nos acompanha em todas as nossas plataformas. Através do Card Club, qualquer clube do Brasil pode se tornar um parceiro da Card Player Brasil, tendo sua marca e seus torneios divulgados nas páginas da principal revista de poker da América Latina, edições impressa e digital; e, claro, nas nossas mídias sociais. Em breve, também em nosso site, uma seção exclusiva para os nossos parceiros. Você, dono de clube, que deseja formar uma parceria com a Card Player Brasil, basta enviar um e-mail para contato@cardplayerbrasil.com e ficar pode dentro dos detalhes de como fazer parte do nosso time.


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O POKER

COMO NEGร CIO

Onde termina o HOBBY e comeรงa o business


THE BOOK IS ON THE TABLE

O que homens de negócio e jogadores de poker têm em comum? Muito mais do que você imagina. Tomadas de decisão constantes, conhecimento da estratégia da concorrência e avaliações de risco são apenas algumas das semelhanças entre ambos. Em O Poker Como Negócio, você aprenderá os conceitos que interessam tanto a empresários quanto a jogadores. Seja na mesa de poker ou de reuniões, tratam-se de habilidades crucias para se definir o grau de sucesso de qualquer empreitada. O autor, Dusty Schmidt, é formado em Administração e decidiu aplicar os seus conhecimentos no poker. Desde então, já ganhou mais de quatro milhões de dólares jogando. Agora, ele decidiu aventurar-se no mundo da literatura. O resultado é uma obra inovadora e surpreendente que fará você enxergar o mundo dos negócios e o das fichas sob um ângulo inteiramente novo.

CAPÍTULO 12

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NÃO OLHE PARA O CAIXA Tenho um bom amigo que era gerente de vendas há muito tempo na área de publicidade. Ele uma vez me disse que uma característica importante que os seus melhores vendedores tinham em comum é que eles nunca olhavam os seus números até o final do mês. Assim, os seus esforços se mantinham constantes quando os tempos eram bons, e quando os tempos não eram tão bons, eles não se sentiam indevidamente pressionados pelo passar do mês. Embora eu não seja vendedor, isto é algo que aplico ao meu negócio de poker. Sou uma das poucas pessoas que conheço no poker online que não olha para o caixa até o final do mês. Eu não vejo vantagem em olhar. Se estiver jogando bem, há uma boa chance de me tornar protetor do meu dinheiro, como um time de futebol que está à frente pode entrar no modo de defesa, em vez de jogar com a força que o colocou na liderança, para início de conversa. Ao não olhar para o caixa, me mantenho comprometido com o processo de pensamento e com o que estou tentando conquistar. Os resultados interferem com este processo de pensamento.

Aqueles que estão se saindo realmente mal, por exemplo, podem subir de stakes tentando compensar as suas perdas. Ainda pior, uma fase ruim pode fazer você pensar que precisa continuar jogando, independente das apostas. Se você estiver perdendo, pode ser simples falta de sorte ou pode ser um jogo ruim. As chances são certamente maiores de o seu jogo estar ruim quando você estiver perdendo dinheiro. Ironicamente, é neste momento que as pessoas tendem a jogar por mais tempo. Considerando que estão em uma fase ruim, jogam mais quando não estão no seu melhor momento. De forma contrária, há um instinto de parar quando se está à frente, como se dissesse: “Acabei de ganhar $10.000 nos meus primeiros 20 minutos. Por que não vou jogar golfe?” Mas é exatamente nesse momento que você deve continuar jogando. É assim que se consegue dias nos quais você ganha $20.000 a $30.000. Você continua jogando. Acredite ou não, quando os jogos estão ruins e estamos pensando de maneira ruim, ficamos propensos a continuar jogando. Mas quando os jogos estão melhores, e estamos pen-

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sando o nosso melhor, ficamos propensos a parar. A maioria de nós joga nossas mais longas sessões nas piores circunstâncias. Uma vez ouvi um sujeito dizer: “Sabe como nunca perco no poker? Jogo até não estar mais perdendo”. Pensando nisso, ouço comentários como este o tempo todo. Todos nós conhecemos sujeitos que jogaram 30 horas seguidas antes de saírem do lugar. Isso é completamente desnecessário – você teria ganhado no início da sua próxima sessão se tivesse parado para descansar. Houve meses que comecei perdendo $30.000. Mas ignoro o caixa. Não quero ter que lidar emocionalmente com a perda. Duas ou três semanas se passam, e eu finalmente vejo o caixa, descobrindo então que estou com um lucro de $35.000. Verei o gráfico do histórico e, lá está, eu havia perdido $30.000, só para ganhar $65.000 logo depois. Ao não olhar para o caixa, sempre me sinto como um vencedor. Esta pode ser uma muleta psicológica, mas funciona. Ao contrário do seu balanço no caixa, o número que você tem que manter em mente é a sua taxa horária. Se ela estiver constante, ou tiver tendência a subir, você sabe que está melhorando como jogador e que a sua estratégia geral é boa. Este conselho se aplica contanto que você esteja seguindo o que eu disse anteriormente para manter 100 buy-ins no seu bankroll. Se você ainda não chegou a esse ponto, pode ter que dar uma olhada no caixa para ter certeza de que não está com problemas sérios de bankroll.

TÍTULO: O POKER COMO NEGÓCIO ONDE TERMINA O HOBBY E COMEÇA O BUSINESS (Treat Your Poker Like A Business – An Inspiring Guide To Turning a Hobby Into An Empire). AUTOR: Dusty Schmidt. NÚMERO DE PÁGINAS: 194 PREÇO: R$ 74,90 DISPONÍVEL EM: www.raiseeditora.com

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