Maktub, Affif

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ICM NA MESA FINAL DA WSOP E SE EU QUISER VIRAR UM PROFISSIONAL?

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SUMÁRIO Leonardo Baptista

DOS JOGOS 10 LEGALIZAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DO BRASIL

O CEO do Betmotion, maior site de jogos online da América Latina, fala da importância da iminente regularização de cassinos, bingos e outros jogos no Brasil. Ed Miller

ESPECIAIS 36. ENTREVISTA COM AFFIF PRADO Um bate-papo com o Campeão Brasileiro de Poker de 2017

44. CORRIDA PELO TÍTULO SE EU FOSSE VIRAR 16 EPROFISSIONAL HOJE?

Assista a jornada de Affif Prado e Rodrigo Garrido na busca pelo título do BSOP 2017

Fábio “F1oba” mostra como o ego de um jogador pode impactar em sua evolução, de maneira positiva ou negativa.

Fábio Maritan

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O SUPER-HERÓI APRENDIZ

Conheça um dos livros mais vendidos de poker do mundo: Harrington no Hold’em – Volume I, de Dan Harrington e Bill Robertie. Jonathan Little

28 ICM NA MESA FINAL DA WSOP

E MAIS 48. QUANDO EU ERA UM DONKEY com Dominik Nitsche

52. EXPLICANDO O POKER COMO SE EU TIVESSE CINCO Blocker Bet

64. CADERNO PARTY POKER Aprenda a jogar no partypoker

John Little ilustra a importância do ICM através de uma das mãos que ocorreu no último November Nine

The Book is on the Table

58 SEGREDOS DO POT-LIMIT OMAHA Conheça um pouco mais sobre o livro de Rolf Slotboom e Rob Hollink

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Legalização dos jogos

e o desenvolvimento econômico do Brasil Por Leonardo Baptista

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esde o final de 2015, líderes governistas anunciaram que o governo estuda a possibilidade de permitir a volta de bingos, cassinos, jogos pela internet, jogo do bicho e caça-níqueis no País. O objetivo é elevar a arrecadação de impostos por meio de um projeto de lei que determina que 60% ou 70% do valor arrecadado vá para a premiação, 7% para os estados, 3% para os municípios e o restante para a empresa autorizada a explorar a atividade do jogo. Como justificativa para a medida, o governo alega a necessidade de aumento na arrecadação de impostos e incentivos para o desenvolvimento de determinadas regiões brasileiras e do turismo. Os benefícios trazidos com a legalização dos jogos no Brasil são inúmeros e vão muito além da arrecadação de impostos. A

regularização dos jogos abrange diversos setores, mas se nos ativermos na linha da arrecadação de impostos, podemos afirmar que, caso a legalização dos jogos seja efetivada, a volta de outros impostos, principalmente da CPMF, não seria mais necessária. Estudos mostram que o País deixa de arrecadar R$ 17 bilhões por ano em impostos. Outro fator que pesa para a legalização é que além de perder receita, nós “exportamos” jogadores e consumo para países como Uruguai e EUA. Quando falamos em geração de emprego, os números também são expressivos. Somente o jogo do bicho seria responsável pela criação de cerca de 800 mil novos postos de trabalho. Se levarmos isso para o âmbito de cassinos e jogos online, poderíamos multiplicar esses números em grande escala. Essa seria

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uma oportunidade para os 8,6 milhões de desempregados no Brasil em 2015, dados divulgados pelo IBGE. A legalização dos jogos com foco no turismo traria ainda desenvolvimento para regiões mais pobres do País. Temos como exemplo a cidade de Las Vegas, nos EUA, que surgiu em meio ao deserto e em poucos anos se transformou em um dos destinos mais procurados do mundo. Lá, o jogo foi legalizado em 1931 e levou ao surgimento de cassinos e hotéis de luxo de fama internacional. Se transferirmos esse conceito para o Brasil, o Nordeste seria foco de incentivos financeiros e econômicos gerados por meio do turismo. Quem quiser saber mais sobre o projeto e seu andamento pode acessar o site do Senado e consultar o substitutivo do senador Blairo Maggi (PR-MT) para o Projeto de Lei do Senado (PLS) 186/2014, do senador Ciro Nogueira (PP-PI), que dispõe sobre a exploração de jogos de azar em todo o território nacional e que foi aprovado pela Comissão Especial do Desenvolvimento Nacional no último dia 09 de março.

Leonardo Baptista Leonardo Baptista é fundador e CEO do Betmotion.com, maior site de jogos online da América Latina

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E SE EU FOSSE VIRAR PROFISSIONAL HOJE? Por Ed Miller

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á trinta anos, eu larguei meu emprego para jogar poker. No geral, a decisão foi bem boa para mim, mas se eu tivesse que fazer tudo de novo agora, eu escolheria outros caminhos. Vejam três coisas que eu faria diferente se fosse virar um profissional hoje.

Procuraria mais oportunidades para me mudar e viajar Quando eu comecei a jogar profissionalmente, eu vivia na cidade de Seattle. É um lugar com muitas opções para jogar poker, mas também com um custo de vida alto. Decidi me mudar e meu foco era Los Angeles ou Las Vegas. Os jogos em Vegas

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eram bons, mas o custo de vida era bem barato. Em Los Angeles, os jogos eram muito bons (e ainda são), mas o custo de vida era muito mais alto. Acabei indo para Vegas e gostei da cidade. Mas hoje percebo que minha percepção era bem restrita. Eu deveria ter adicionado muitas outras cidades (e até países) à lista. Por exemplo, minha cidade natal, New Orleans, tem um custo de vida bem barato e jogos muito bons. Sem contar que New Orleans está a um dia de distância de lugares como Tunica, Mississipi e dos cassinos de Oklahoma — esses são lugares incríveis para profissionais jogar, principalmente quando as séries de torneios chegam

à cidade. Hoje, com o crescimento do poker há ainda mais opções. Outro ponto a ser levado em conta é que quando novas salas de poker ou cassinos são inaugurados há um frenesi que atrai muitos jogadores inexperientes dispostos a jogarem horas e horas. Também conheço alguns jogadores que têm se dado bem na América Latina e na Ásia. O que quero dizer é que se você quiser jogar profissionalmente, você deve gastar um tempo pensando em quais os melhores lugares para jogar — e nunca se acomode, sempre procure por locais e oportunidades ainda melhores.


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Buscaria jogar outros jogos além de hold´em Quando me profissionalizei, limit hold´em era o jogo padrão. Em Vegas, havia poucos lugares que as pessoas jogavam stud e razz. Bem, logo o no-limit hold´em (NLH) virou febre. Eu aprendi o jogo, claro, mas eu estava atrás da curva de aprendizado. A primeira vez que joguei NLH foi em 2003, mas só fui levar o jogo a sério em 2005 — ou seja, desperdicei dois anos. Imagine se eu já começasse a estudar o NLH em 2003? Em 2005, eu já poderia ser um grande jogador da modalidade, não um iniciante. Eu não acho que o que aconteceu entre 2003 e 2005 com o NLH vá acontecer de novo, mas, como regra geral, faz muito sentido tentar aprender jogos que não sejam NLH. Hoje, o jogo mais importante (fora o NLH) é o pot-limit Omaha (PLO). Se você quer ser profissional, você deve aprender PLO e tentar achar lugares em que aconteçam bons jogos. Nos Estados Unidos, por exemplo, Las Vegas, na época da World Series, é um excelente lugar. O Santo Graal seria achar um lugar onde ninguém seja bom no jogo, exceto você, e que outros profissionais não conheçam o local. Eu não estou dizendo que esses jogos são fáceis de achar, mas eles estão por aí.

plano era usar alguma dessas calculadoras de bankroll e ver até quais limites eu poderia jogar sem quebrar — e foi isso que fiz. Eu consegui ganhar o bastante para viver, mas percebi que, no longo prazo, as coisas poderiam ficar feias. É muito difícil viver do poker ao vivo com apenas US$ 20.000, aumentar seu bankroll consistentemente e ainda pagar as suas contas. Se você quer viver confortavelmente, eu diria que o ideal seria algo como US$ 100.000. Se você não tem tanto dinheiro, comece a pensar em alguma maneira de ganhá-lo. Posso dizer com segurança que pouquíssimos profissionais conseguiram ganhar 100 mil partindo de um bank de 20 mil. Ou eles conseguiram um “big hit” ou juntaram dinheiro de outra forma — poker online (antes da Black Friday), apostas esportivas, cassinos, fantasy games etc. Claro que existem muitos outros modos de fazer dinheiro, mas meu ponto é: as pessoas acham que os profissionais ficaram ricos começando nas mesas de $1-$2 e foram ganhando até chegarem aos high stakes. Em conversas com muitos jogadores, posso lhes dizer que a história não é bem assim. No geral, eles conseguiram o dinheiro de vez, com uma boa oportunidade ou bom um encontrão com a sorte.

Eu juntaria um bankroll maior Quando eu larguei meu trabalho, eu tinha cerca de US$ 20.000 de bankroll. Meu

Conclusão Então, se eu fosse você, hoje, pensando em virar profissional, eu gastaria mais tempo

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em dar um jeito de aumentar o bankroll e sem jogar. Uma vez que eu conseguisse esse primeiro objetivo, eu procuraria um lugar com bons jogos, abaixo do radar e com jogos que não fossem NLH. Depois, procuraria outros lugares melhores. É verdade que nos dias atuais é bem mais complicado se tornar um profissional, mas trabalhando duro, você pode conseguir.

Ed Miller @edmillerauthor notedpokerauthority.com

Ed Miller é uma das maiores autoridadets mundiais em teoria do poker. Ele é instrutor do stoxpoker.com


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encer um torneio de poker é fantástico. Que sensação! O crescimento recente do número de praticantes evidencia quantos desejam celebrar tal momento. Pois bem, sentimento ótimo, porém capaz de gerar diferentes reflexos no eu de cada um. Ego, euforia, confiança e humildade. A experiência no poker gera gratidão em poder dosar estas palavras. Antes de tudo, jogar poker profissionalmente ensina muito sobre como não é possível vencer sempre. Um baita aprendizado que diariamente lhe estapeia com incontroláveis coolers e bad beats. Em uma noite, o pior vence o melhor jogador do mundo. O pior dorme eufórico. O melhor apenas dorme, afinal amanhã é um novo dia. O eufórico, despreparado, pega a dose de euforia e carrega seu ego. Agora, ele é um super-herói. Suficiente. Não precisa aprender mais nada e quer abandonar seu emprego. Basta repetir o que considera saber e menosprezar os demais. O tempo passa. Sem aprender nada, a sensação de vitória não se repete com frequência suficiente, mas o velho ego continua inflado. E agora? Que boicote. Quão custoso para

jogador aritan é Fábio M do Samba tor e instru possui am. Ele e T r e k o P ão 1,8 milh mais R$ s apenas no io em prêm . rs ta PokerS

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Antes de tudo, jogar poker profissionalmente ensina muito sobre como não é possível vencer sempre

evolução de um jogador pode ser o hiato entre um super-herói arrogante e um mero aprendiz? Principalmente em atividades que envolvam dinheiro, a humildade, a consciência das próprias limitações, nem sempre está presente. O lado bom de um ego inflado é a maior dose de confiança atrelada. No poker, estar convicto de suas capacidades será sempre vantajoso. Basicamente, confiança mais arrogância é sinônimo de boicote. Já confiança mais humildade resulta em evolução. Evidente que há jogadores mais bem preparados que outros, porém, excetuando o prisma do fator confiança, não há sentido o mais preparado usar da sua vantagem técnica para diminuir os demais. Não se trata de rotular piores e apenas se gabar por isso. Não se trata de

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ficar infinitamente reclamando que determinada jogada de um adversário é ruim e custou muitas fichas. Muito pequeno. Trata-se de fazer sua parte, adaptar-se e aprender sempre. Considerar-se suficiente, jamais. Bons jogadores não têm vergonha de errar e perguntar. Simplesmente querem o melhor, dia após dia, e entendem o quanto essa postura os coloca em real vantagem competitiva. Com muita confiança e humildade para aprender, cuide do seu ego. No vemos nas mesas.


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ICM NA MESA FINAL DA WSOP Por Jonathan Little

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fato dos finalistas do Main Event da World Series of Poker terem quatro meses para se preparem cria uma dinâmica interessante. Se você chega ao November Nine com poucas fichas, você tem 120 dias para estudar a fundo com quais mãos você deve ir all-in e com quais você deve dar fold. Uma situação que aconteceu na segunda mão da mesa final do ano passado exemplifica bem o que estou dizendo. Há dois shorts na mesa, Patrick Chan e Federico Butteroni, ambos com 15 big blinds. O próximo jogador com menos fichas tinha cerca de 30 bbs. Isso implicava que Chan e Butteroni tinham que brigar entre eles para não serem eliminados na 9ª posição. Contudo, os saltos nas

premiações do Main Event da WSOP são, para dizer o mínimo, bizarros. 1. US$ 7.683.346 2. U $ 4.470.896 3. US$ 3.398.298 4. US$ 2.615.361 5. US$ 1.911.423 6. US$ 1.426.283 7. US$ 1.203.293 8. US$ 1.001.020 9. US$ 756.897 10. US$ 526.778 11. US$ 526.778

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Há um aumento de premiação de 240 mil dólares do 11º e do 10º para o 9º colocado — e é na mesa final que as coisas ficam estranhas. Do 9º para o 8º a diferença na premiação é de apenas US$ 96.000, seguido de US$ 103.000 do 8º para o 7º e, finalmente, de US$ 223.000 do 7º para o 6º. Por razões que nunca entenderei, ir de 10º para 9º vale mais do que ir de 7º para 6º. Isso significa que os shorts devem abrir mais o range para ir all-in, uma vez que os primeiros saltos na premiação são tão pequenos. Não, eu não estou dizendo que US$ 96.000 é pouco dinheiro, mas levando em consideração a premiação em jogo e o buy-in, esse valor pode ser ignorado. Ou seja, tipicamente, no início da mesa final do Main Event, subir degraus na tabela de premiação é menos importante do que normalmente costuma ser.

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Em uma mesa final, podemos determinar qual é a melhor decisão usando um programa para calcular o ICM Na segunda mão da mesa final, todos deram fold até McKeehen, o chip leader com 150 bbs, que foi all-in contra Chan e Butteroni. Chan tinha K-Q no small blind e uma decisão difícil a tomar. Perguntei a meus seguidores no Twitter o que eles fariam, e as respostas foram variadas. Alguns disseram que Chan deveria dar fold, uma vez que ele esperou quatro meses para aquela mesa final, o que é completamente irrelevante. Outros disseram que ele deveria largar porque ele “só” tinha K-Q. E outros disseram que, obviamente, era um call. Em uma mesa final, podemos determinar qual é a melhor decisão usan-


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do um programa para calcular o ICM (Independent Chip Model). Claro que esses programas só levam em consideração cenários de push ou fold. Se McKeehen utilizasse uma estratégia de mini-raise ou limp, tudo mudaria. Mas colocar os shorts em all-in é uma estratégia que eu certamente usaria. Usando uma calculadora de ICM, você verá que McKeehen deve ir all-in com 53% das mãos, que incluem J-2 suited, 10-4 suited, 9-5 suited, 6-4 suited, 4-3 suited, K-7 offsuit, 10-8 offsuit, 8-7 offsuit e 7-6 offsuit. Esse é um range muito amplo, mas notem que se os saltos na premiação fossem normais, esse range aumentaria ainda mais. Levando em consideração que McKeehen está utilizando esse range, Chan deve pagar com cerca de 15% do seu range, que inclui 6-6, A-5, K-10 suited, A-8 offsuit e K-J offsuit. Uma vez que K-Q está nesse range, esse é um call fácil de fazer. Chan só deveria dar fold se McKeehen estivesse indo all-in com mãos relativamente fortes, mas que jogam mal pós-flop, como A-X, alguns K-X decentes e pares pequenos. Mas se a estrutura de premiação fosse “normal”, Chan teria uma decisão bem difícil a tomar. Se você quer se dar bem em torneios, esteja certo de estudar a matemática do jogo. Para fazer o download de um boa calculadora de ICM, acesse JonathanLittlePoker.com/icm. Nos vemos nas mesas.

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Jonathan Little Jonathan Little joga profissionalmente há quase 10 anos. Ele tem dois títulos do WPT e já ganhou mais de US$ 6 milhões em torneios ao vivo.





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Por Marcelo Souza

Em 2016, ele foi um dos jogadores mais regulares do circuito e chegou muito perto de ser Campeão Brasileiro de Poker. Terminou na terceira colocação, com a serenidade e sorriso de campeão. Ele sabia que o que era dele estava guardado. Affif Prado sabia que estava escrito.

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Catarinense de fala mansa, Affif venceu por muito o ranking do BSOP em 2017. Foram apenas quatro pontos de vantagem para o vice-campeão Marcelo Mesqueu e de forma dramática que a Card Player Brasil mostrou no documentário “Corrida Pelo Título”. Agora, vocês conferem a entrevista exclusiva com o mais novo campeão nacional de poker. Marcelo Souza: No ano passado você bateu na trave, neste ano, bateu o recorde de pontos do ranking do BSOP e foi campeão brasileiro. Qual o segredo de tamanha regularidade? Affif Prado: Eu acredito que é um local que eu me sinto bem, me sinto confiante. Porque a confiança conta bastante. E eu conheço bastante os demais jogadores. No BSOP já tenho vários perfis estabelecidos na minha mente, conheço a estrutura dos torneios. Acho que consegui dominar completamente o jogo para o tipo de field do BSOP.

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MS: A cena da vitória, mostrada no documentário “Corrida Pelo Título”, revela um grande alívio pela vitória. O que passou pela sua cabeça ao ver o Marcelo Mesqueu sair de meio blind para uma situação que ele se colocava de novo na briga pelo título? AP: A princípio, ele estava no mesmo torneio que eu. Após ele cair, eu estava até com um número bom de fichas e eu sabia que tinha grandes chances de eu pegar ITM. Porém, mesmo eu pegando ITM, não dependia mais somente de mim pra ser campeão. O torneio que ele havia entrado depois dava muitos pontos. Então, se ele chegasse nas primeiras posições, eu estaria fora da disputa. Aconteceu que anunciaram a eliminação dele quando ele havia sobrado com meio blind. Naquele dia, eu estava totalmente apreensivo, então acabei ficando abalado. Fiquei desconcentrado. Mas graças a um vídeo motivacional que recebi de um amigo, coloquei a cabeça no lugar, esqueci do Mesqueu e pensei em apenas fazer a minha parte. Quando ele caiu, saiu um peso da minhas costas. Não pela queda dele, nunca torci contra o Mesqueu, mas eu apenas sabia que o objetivo tinha sido cumprido.


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MS: Nos primeiros dias, você revelou no documentário que estava nervoso e por consequência não conseguiu jogar bem. Mesmo sendo tão experiente, você se sentiu pressionado? AP: Então, por mais que eu tenha experiência, sou um cara novo, tenho apenas 28 anos. No ano anterior, em 2016, nós já tínhamos na cabeça que o Kelvin era muito favorito, que ele seria o campeão. Não era algo que me preparei desde a primeira etapa. Em 2017, eu já sabia, desde a primeira etapa que o objetivo era o topo do ranking, e talvez eu mesmo tenha colocado essa pressão em cima de mim. Todos mais próximos de mim sabiam o quanto eu queria isso. Não era como em 2016, que com qualquer resultado eu já estaria contente.

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MS: Sabendo de sua busca por pontos, os adversários exploraram seu jogo? AP: O pessoal tenta se aproveitar, mas eu tinha a real noção do que poderia vir a passar na cabeça de cada competidor, em cada fase, em cada momento do torneio e eu usava isso a meu favor. Em muitos momentos de bolha, eles sabiam que estava valendo pontos preciosos, mas eu não estava sendo pressionado por isso, muitas vezes, eu queria ação. Queria ganhar fichas e me colocar em situações de marcar muitos pontos. Teve umas mãos bem peculiares, bem diferentes, que meus adversários cometiam erros bobos tentando me explorar. Em contrapartida, tinha alguns jogadores que até pegavam “mais leve”, nada a ver com soft play, mas parecia que eles simplesmente não queriam atrapalhar a briga pelo título.


MS: Um dos prêmios do ranking foi um pacote para o Pokerstars Caribbean Adventure (PCA). Foi a primeira vez que você jogou o Main Event desse torneio, um dos mais difíceis do mundo, e ficou ITM. Dá uma pressão perto da bolha? Afinal é um prêmio de R$ 70 mil reais. AP: Com certeza. A uma bolha foi bem longa, com mais de 20 mãos de bolha. Havia muitos jogadores com poucas fichas, então não quis me colocar em situações. Era um torneio que pagava no mínimo 20 dólares e que não tinha gastado nada para jogar. É uma questão profissional também. MS: Falando em profissionalismo, você não joga online. Dá realmente pra viver do poker ao vivo? AP: Tranquilamente, desde que tenha certa responsabilidades com as despesas. É preciso se programa

com antecedência e saber exatamente o que jogar, torneios que você tem vantagem sobre o field e, claro, jogar cash games para diminuir a variância dos torneios e equilibrar os altos impostos. MS: E o poker online. Obviamente, você tem algumas experiências. O que você sente de diferente? AP: Uma vez ou outra eu jogo cash game online e as grande séries. Mas como eu eu gosto de jogar poker por prazer e eu só encontro isso ao vivo. No online, se for algo bem interessante, eu consigo me concentrar, mas não consigo ter aquela rotina de grinder, acredito que seja um desgaste muito grande. E eu gosto de viajar, de conhecer pessoas e lugare. O poker ao vivo me proporciona isso de uma maneira mais leve. Mas sempre que possível eu estudo online.

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Tenho muitos amigos que são excelentes jogadores. Sempre procuro me atualizar com eles. E também estou ciente que é como se fosse outro jogo. O poker ao vivo seria o futebol de campo e o poker online o futebol de salão. Se eu resolvesse mesmo focar no online, teria que dar uma reciclada no meu jogo e pegar ritmo. Isso com certeza seria um desafio pra mim. MS: Que dica você daria para quem quer evoluir? AP: Eu acredito que grande parte do aprendizado vem da experiência. Jogar ainda é o melhor aprendizado. Claro, sempre material. Tem muita coisa na internet hoje. Mas o diferencial é a prática. Todos os meus amigos que começaram comigo no Omaha, hoje, são jogadores com muita técnica, eles também continuaram jogando durante os anos. A prática é o caminho para a perfeição.

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MS: Você briga pelo bicampeonato em 2018? AP: Não sei. Vai ter umas etapas bem bacanas, como sempre tem, mas vai depender do meu desempenho nas primeiras etapas. MS: E o Affif nos próximos anos? AP: Bom, eu quero conseguir disputar todos os torneios de alto nível. Poder jogar várias séries mundiais de maneira bem competitiva. Quero focar, estudar, trabalhar e evoluir e assim chegar o mais longe possível no poker. MS: Esse espaço agora é seu. AP: Queria agradecer sempre ao apoio da mídia que é muito importante pro poker. Esse compromisso de levar informação adiante. Também queria agradecer à minha família e amigos. Eles respiram o poker junto comigo e me motivaram desde o início. Sempre acreditaram em mim. Então nada mais justo reverenciá-los e agradecê-los sempre.


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Veja o filme completo em: cardplayer.com.br/corridapelotitulo

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O BSOP é o circuito que mais valoriza o campeão do ranking. Em 2017, o vencedor faturou quase R$ 300 mil em prêmios, muito mais que o Jogador do Ano da WSOP, por exemplo. Durante todo o ano, Marcelo Mesqueu e Affif Prado monopolizaram a briga pela liderança. Nas etapas finais, Rodrigo Garrido e Paulo Gini apareceram como uma real ameaça, porém com atuações incríveis no Millions, os dois líderes impediram qualquer reação. A equilibrada disputa foi ter um fim apenas nos últimos dois torneios da temporada. No documentário Corrida pelo Título, você pode ver todos os detalhes da inédita conquista do catarinense Affif Prado.

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e h c s t i N k i n i m o D m o C Player pede a alguns dos Nesta nova seção, a Card ndo que relembrem como melhores jogadores do mu mo eles superaram suas foi o começo no poker e co se tornarem os profissiodeficiências e falhas para nais que são hoje.

star três bracelejogador da história a conqui em jov is ma o é e sch Nit nto Dominik 12, quando venceu um eve er. O primeiro veio em 20 al tion Na t tes da World Series of Pok cui Cir o no WS OP $ 65 4.797. O segundo vei US rou fatu e 00 e 1.0 uel $ daq US de americano 2.8 00 na conta. E no verão 35 $ US is ma e — ip nsh um Champio 1.0 00, com a e, em um evento de US $ ent am nov — ro cei ter o o mesmo ano vei premiação de US $ 33 5.6 59. evento paralelo e foi vice EP T Dublin, ele venceu um Recentemente, durante o m 25 anos, o alemão já deu mais US $ 370.00 0. Co ren lhe que o s, doi ros em out manha que mais hos e o nono jogador da Ale gan em s hõe mil 5,5 $ US tem mais de ia do poker. ganhou dinheiro na histór poker. eira prim s experiências no Hoje, ele fala sobre suas

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Em 2009, logo após começar no poker ao vivo, eu tinha jogado alguns torneios e estava bem feliz com o meu desempenho no online. Achei que o que eu estava fazendo era o bastante, mas acabei encontrando um profissional mais velho, que virou meu amigo mais tarde e que abriu meus olhos para aspectos importantes do poker ao vivo. Coincidência ou não, acabei vencendo o próximo torneio que disputei. Claro, isso criou um problema. Acreditei que o meu conhecimento e os truques que aprendi sobre o poker ao vivo eram suficientes, que eu tinha resolvido o poker. Eu simplesmente parei de estudar o jogo e os dois anos seguintes foram bem fracos. Depois de perceber que eu não era tão bom quanto pensava, contratei um coach de cash game e ganhei meu pri-

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meiro bracelete. Isso me levou a uma fase muito boa, que continua até hoje. Mas mesmo com as coisas andando bem para mim, não permitirei me tornar arrogante novamente. Só porque você está ganhando hoje não quer dizer que você ganhará amanhã. Você deve sempre trabalhar para chegar ao topo, mas uma vez que estiver lá, continue dando duro para se manter no mesmo lugar. Hoje, sou um jogador de números. Se uma situação aparece e eu tenho dúvidas sobre ela, tenho um programa que me dará a resposta. Tenho uma solução para jogar deep ou short. Tenho soluções para qualquer coisa que eu queira saber. Foram anos para perceber que o poker é sobre os números que estão por trás das jogadas e não sobre uma grande leitura que você pensa ter feito.


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EXPLICANDO POKER COMO

SE EU TIVESSE CINCO

Quando jogamos poker por muitos anos, é fácil de esquecer que a linguagem técnica do jogo pode ser bem diferente da linguagem tradicional, principalmente para nós, cuja língua é o português. Se você não lê bastante ou é iniciante no jogo, alguns conceitos podem ser desconhecidos ou passar batidos. O que são implied odds reversas? O que é stack to pot ratio? Para relembrá-lo ou ajudá-lo a não ficar perdido em meio a uma conversa de profissionais, trazemos esta nova coluna: “Explicando Poker Como Se Eu Tivesse Cinco”. Em cada edição, um novo conceito ou termo — e é provável que você sempre cruze com um ou dois no meio dos nossos artigos.

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BLOCKER BET Por Equipe Card Player

O CONCEITO: BLOCKER BET. O QUE É ISSO? Uma aposta fora de posição que tem como objetivo controlar o pote, deixar seu oponente sem ação e, possivelmente, conseguir um showdown barato.

OK, AGORA EXPLIQUE COMO SE EU TIVESSE CINCO Em vez de pedir mesa para dar call em uma aposta com uma mão marginal, eu poderia fazer uma pequena aposta (blocker bet), quando sou o primeiro a agir, e determinar o quanto quero investir naquela street.

ME DÊ UM EXEMPLO Vamos dizer que você está jogando um cash game regular com blinds $2-$5 e paga um raise pré-flop de $20, no big blind, com J♠Q♠. O flop vem J♥5♣2♦, e você pede mesa. Seu oponente aposta $30. Você paga. O turn é um 9♦, e você pede mesa novamente. O adversário aposta $50, e você paga. O river é um 6♣. Aqui você tem uma boa oportunidade para usar uma blocker bet. Na sua cabeça, as chances de o seu oponente ter uma mão melhor do que a sua ou pior colocar entre travessões são iguais. Você poderia pedir mesa, mas devi-

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do ao tamanho do pote ($202), ele pode atirar $100 ou mais, colocando-o em uma situação ruim. Em vez disso, você pode sair apostando $50 ou $60. Se ele pagar e você perder, terá economizado um bom dinheiro caso optasse pelo check-call. A desvantagem da blocker bet é que você pode tirar a chance do seu oponente blefar ou de apostar mais dinheiro com uma mão pior. Se ele tivesse par de Dez, por exemplo. Ao fazer uma blocker bet, ele pode largar o par de mão e você deixará de ganhar uma aposta extra, seja de um blefe ou de um valor pior. Você também pode usar a blocker bet antes do river, segurando um draw, por exemplo. Ainda na mesa do exemplo acima, você paga uma raise de $20, de novo do big blind, com 9♣8♣, e o flop vem A♣Q♣4♦. Você pede mesa. Seu adversário apostar $30, e você paga. O turn é um 2♠. Você poderia pedir mesa novamente, esperando acertar o

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flush no river, mas aqui há outra oportunidade para um blocker bet. É provável que, se você pedir mesa, seu adversário apostará $50 ou mais. Bem, você pode sair liderando por $30 e $40. Agora, além de ver o river por um preço menor, sua mão está disfarçada e ainda há chance de puxar o pote com seu semiblefe, já que seu adversário sempre pode largar a mão diante de uma aposta. A blocker bet deve ser usada para mãos marginais e draws. Evite usá-la quando você acreditar que o range de call do seu oponente é pior do que a sua mão. Geralmente, você utilizará a blocker bet contra oponentes agressivos que fazem grandes continuation bets e têm o costume de apostar nas três streets. ♠


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POT-LIMIT OMAHA Short-Handed


THE BOOK IS ON THE TABLE

Rolf Slotboom, autor do PLO – Segredos dos Profissionais, e Rob Hollink, campeão do EPT e da WSOP, reuniram forças para produzir o guia definitivo para o Pot-Limit Omaha short-handed (mesas com seis jogadores ou menos). O PLO é a variante de poker que mais se populariza no mundo e que é famosa por ser jogada nas mesas mais caras da internet (nosebleed). Neste livro, você aprenderá a avaliar o valor ideal de buy-in, decidir como agir contra um agressor e como agressor, jogar draws, representar mãos etc. Tudo isso com exemplos práticos de mãos reais, jogadas nas principais mesas short-handed da internet.

Capítulo 6 – Entendendo o PLO high stakes (p. 236)

Neste capítulo, discutirei algumas das mãos mais interessantes que eu joguei recentemente. A maioria dos jogadores são oriundos dos jogos de $200-$400 do Full Tilt, nos quais se reúnem alguns dos melhores e mais talentosos jogadores de PLO. Reuni mãos que são interessantes e informativas, mesmo quando em algumas delas eu tenha tomado algumas decisões absurdas e cometido erros estúpidos. Assim, de forma alguma este capítulo pretende mostrar com alguém deve jogar. Mas deve conter material interessante o bastante e jogadas avançadas para ajudar a pensar em um nível mais alto.

Rob Hollink (A♠2♦5♣Q♠) dá raise para $800 appsgirl paga $600 CHUFTY dá fold Um raise de $800 com a minha mão, do button, justifica este jogo com três participantes. Appsgirl paga do small blind e CHUFTY descarta. A razão de eu simplesmente ter feito tudo $800, em vez de $1.400, é que eu acho que agora posso pagar um reraise aqui mais ou menos lucrativamente, o que eu não seria capaz de fazer se tivesse dado raise pré-flop para $1.400.

Mão 1: $200-$400 PLO A primeira mão que vou discutir neste capítulo é uma ação com três jogadores no Full Tilt Poker. Estou no button, somente com 40 bbs, contra appsgirl, e CHUFTY, regulares nos jogos high stakes. Posição 1: Rob Hollink ($16.796) | joga no button Posição 2: Gus Hansen ($97.098) | fora do jogo Posição 4: appsgirl ($133.070) | posta o SB de $200 Posição 5: CHUFTY ($23.661) | posta o BB de $400 Rob Hollink: A♠2♦5♣Q♠ Pré-flop (pote = $600/três jogadores)

Flop J♦10♠Q♣ (pote = $2.000/dois jogadores) appsgirl dá check Rob Hollink (A♠2♦5♣Q♠) aposta $1.600 appsgirl paga $1.600 Apostar no flop ou não é uma decisão importante nesta mão. Quando eu não aposto nesse flop, na verdade estou desistindo. Contra muitos jogadores, não apostar nesse flop levaria a uma aposta deles no turn. Pagar uma aposta no turn já seria difícil, e pensar sobre a possibilidade de que ele disparará novamente no river, torna este call ainda mais difícil. Assim, eu gosto da minha aposta aqui, uma vez que me dará muitas informações. Ele poderia facilmente dar fold quando

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tivesse mais ou menos a mesma mão que tenho, é claro, que é muito boa. Além do mais, eu sei que quando ele me pagar, provavelmente tem uma mão melhor. Quando ele der raise, eu não tenho qualquer problema em descartar a minha mão. Nesta situação, ele principalmente está à frente, e quando ele der raise com um blefe, também está bom para mim porque, a longo prazo, tais jogadas custarão algum dinheiro a ele. Turn J♦10♠Q♣ Q♥ (pote = $5.200/dois jogadores) appsgirl dá check Rob Hollink (A♠2♦5♣Q♠) dá check No turn vemos a Q♥ e appsgirl dá check. Vamos examinar esta situação. O pote é de $5.200 e eu tenho $14.400 restando. O meu palpite inicial aqui é apostar novamente e pagar quando tomasse um raise. Mas, realmente é o melhor plano? Vamos tentar calcular as suas mãos possíveis e a nossa jogada ideal contra elas. Ele poderia ter qualquer das mãos A-K-x-x, K-9-x-x, 9-8-x-x, Q-Q-x-x, J-J-x-x, 10-10-x-x, Q-J-x-x, Q-10-x-x, J-10-x-x e algumas mãos com um par com um rei ou um nove, como K-Q-x-x ou Q-9x-x. Quando eu aposto o pote aqui, o que são $5.200, e ele dá um raise all-in, tenho bastante certeza de que ele me vence (exceto talvez com K-Q-x-x ou Q-9-x-x). Pare descobrir se eu posso pagar aqui, tenho que usar um pouco de matemática. Tenho que pagar $9.200 pagando o raise dele para ganhar $24.800, o que é um pouco melhor do que 2,5-1. Contra todos os straights e J-J-x-x e 10-10-x-x, terei 10 outs e contra mãos como Q-J-x-x e Q-10-x-x, tenho somente três outs. Assim, eu não posso pagar um check-raise dele no turn, onde tenho somente 2,5-1, a menos que haja uma boa chance de ele estar blefando, mas isto não é provável. Assim, a única razão para apostar no turn é tentar fazê-lo dar fold com K-9 ou 9-8. Eu acho que há uma boa chance do meu opo-

nente ter uma destas duas mãos, mas eu não o vejo descartando diante de uma aposta no turn. Em jogos short-handed a maioria dos jogadores tentará a dar check-raise no turn com o straight não nuts. Jogando com o segundo ou terceiro straight desta forma, provavelmente seja a jogada ideal quando a mão começar com 40 ou 50 bbs. Você deixa o seu oponente colocar muito dinheiro e então dá check-raise no turn — esperando que a sua mão seja boa. Essa seria uma boa estratégia, especialmente contra um jogador agressivo. Espero ter explicado claramente porque eu não gosto de apostar no turn aqui e, em vez disso, partir para uma carta grátis no river. River J♦10♠Q♣Q♥10♦ (pote = $5.200/dois jogadores) appsgirls dá check Rob Hollink (A♠2♦5♣Q♠) dá check Rob Hollink mostra A♠2♦5♣Q♠, para uma trinca de damas applsgirl mostra 8♥Q♦9♠9♥, para um um straight até dama, ganhando o pote de $5.200. O 10♦ é a nossa carta no river. Appsgirl dá check assim como eu. As minhas razões para um check são que a chance de eu estar perdendo é muito grande e eu não seria capaz de tirar do jogo uma mão melhor. Além do mais, não posso fazer uma mão pior pagar muito dinheiro. Assim, não há razão para apostar de forma alguma. E quanto ao check dele no river, foi bom ou não? Eu gosto de dar check no river. Do ponto de vista dele também não está claro se ele está vencendo ou não; eu poderia ter um straight melhor, mas eu também poderia não ter nada. Apostar custaria dinheiro contra mãos melhores, que poderiam dar check depois dele (os straights melhores), e ele não seria capaz de fazer uma mão melhor dar fold. É claro, eu presumo então que ele pagaria uma grande porcentagem das apostas que eu fizesse no river.

TÍTULO: Segredos do Pot-Limit Omaha – Short-Handed (Secrets of Short-handed Pot-limit Omaha: How to Beat PLO Games with Six or Fewer Players) AUTORES: Rolf Slotboom e Rob Hollink NÚMERO DE PÁGINAS: 370 PREÇO: R$ 77,90 DISPONÍVEL EM: www.raiseeditora.com

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O partypoker é um dos sites de poker pioneiros no mundo e vem investindo cada vez mais para trazer a melhor experiência para seus jogadores — seja ao vivo ou online.

COMO EU CRIO UMA CONTA? Para começar a sua experiência no partypoker basta acessar o site partypoker.com e clicar no botão “Baixar Gratuitamente”. 1

A partir daí, basta criar sua conta e usufruir de todos os benefícios que só o partypoker pode oferecer.

BÔNUS

O partypoker disponibiliza um bônus único para os jogadores que estão começando a jogar no site. Qualquer valor (até US$ 500) que o usuário colocar em seu primeiro depósito, ele receberá o dobro para poder jogar. Por exemplo, caso você faça um primeiro depósito de $10, o partypoker dá outros $10 para você utilizar nas mesas do site.

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SISTEMA DE RECOMPENSAS

O partypoker oferece um sistema de recompensas exclusivo para seus usuários, que é dividido em quatro categorias: Bronze, Prata, Ouro e Palladium. Para atingir uma categoria, você precisa acumular determinado número de pontos por mês. A cada $1 de rake, você ganha dois pontos. Por exemplo, ao jogar um torneio de $22 — em que $20 vão para a premiação e $2 correspondem à taxa administrativa do site (rake) —, você acumula quatro pontos. Os pontos podem ser trocados por entradas de torneios (tíquetes) ou por dinheiro. BRONZE – 0 ponto/mês Recompensas: tíquetes de até $22 PRATA – 50 pontos/mês Recompensas: tíquetes de até $109 OURO – 750 pontos/mês Recompensas: tíquetes de até $530 e até $100 em dinheiro. PALLADIUM – 2.000 pontos/mês Recompensas: tíquetes de até $1.000 e até $500 em dinheiro.

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MISSÕES

No partypoker, o jogador ainda tem a opção de realizar “Missões”. As missões dão ao usuário objetivos que o desafiam a experimentar novas coisas e aprimorar o próprio jogo. Mas não existem obrigação. É possível completá-las em um ritmo tranquilo. Mas aprimorar as suas habilidades no poker é apenas um dos benefícios aqui. O partypoker dá recompensas extras para cada missão concluída, que incluem tíquetes para torneios, dinheiro, bônus etc. Para escolher uma missão, basta entrar em “Missions”, depois clicar em “Overview” e encontrar uma Missão que você goste. As missões que você pode iniciar terão um ícone “jogar” (play) ao lado. Missões com um ícone de cadeado estão bloqueadas. Para liberá-las é preciso cumprir algum tipo de missão antes. Depois de começar uma missão, o jogador ainda tem a opção de pausar a mesma e começar uma outra.

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TORNEIOS

O partypoker conta com uma das melhores grades de torneio da internet, atendendo jogadores de todos os limites, dos mais baixos até aqueles que gostam apenas de high rollers. Múltiplas Fases Nos torneios de múltiplas fases, você pode jogar um evento de até US$ 250.000 garantidos. Esses torneios consistem em duas fases. As Fases 1 estão disponíveis ao longo da semana e se você durar 16 níveis, se classifica para a Fase Final, que acontece no domingo. Se for eliminado, basta tentar novamente — você pode jogar a Fase 1 quantas vezes quiser. Caso se classifique e não esteja satisfeito com seu stack, você pode se classificar novamente e levar seu melhor stack para o Fase Final. Com buy-ins entre US$ 5,50 e US$ 109 e torneios de segunda a domingo, eventos de múltiplas fases lhe dão a chance de pagar pouco para tentar ganhar muito dinheiro.

Nível

Fase 1

Fase 1

Fase Final (Domingo)

BUY-IN

Premiação Garantida

Peso Pena (Featherweight)

Segunda a sábado (a cada 2 horas, das 14h às 4h)

Domingo (a cada hora, das 10h às 17h)

Às 18h30

$5,50

$50.000

Peso Médio (Middleweight)

Segunda a sábado (a cada 2 horas, das 14h às 4h)

Domingo (a cada hora, das 10h às 17h)

Às 18h30

$22

$100.000

Peso Pesado (Heavyweight)

Segunda a sábado (a cada 2 horas, das 16h às 2h)

Domingo (a cada 2 horas, das 10h às 16h e também às 16h)

Às 18h30

$109

$250.000

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Torneios PESO PENA (Featherweight)

O partypoker trabalha com três frentes de buy-in em seus torneios regulares, classificadas em: Peso Pena (Featherweight), Peso Médio (Middleweight) e Peso Pesado (Heavyweight). Além dos torneios de múltiplas fases, existem também aqueles de fase única, mais conhecidos pelo público. No Peso Pena, você encontrará mais de 170 torneios com buy-ins de $5,50 a $11. O principal deles é o The Jab, um torneio diário de $5,5 com premiação garantida de $7.500, de segunda a sábado, e de $10.000 aos domingos. Você pode jogar os torneios Peso Pena diariamente entre 10h e meia-noite.

Torneios Peso Médio (Middleweight)

Entre os Pesos Médios são oferecidos mais de 230 torneios semanais, com entradas entre $22 e $55, sendo mais de US$ 850 garantidos pelo partypoker. O The Contender, com buy-in de apenas $22, garante $15.000, de segunda a sábado, e $25 mil aos domingos. Já o The Cournterpunch tem buy-in de $55 e premiação garantida de $7.500. Ele também acontece diariamente. Você pode jogar os torneios Peso Médio todos os dias de 6h às 4h.

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Torneios Peso Pesado (Heavyweight)

Com mais de US$ 1 milhão distribuídos durante a semana, os mais de 60 torneios Peso Pesado do partypoker têm buy-in entre $109 e $215. Carro-chefe da categoria, o Title Fight ocorre aos domingos, às 19h. Com buy-in de $215, o Title Fight tem premiação garantida progressiva. Começando em $300.000 garantidos, toda vez que o garantido for batido, o partypoker aumentará em US$ 25.000 a premiação garantida da próxima semana. O Title Fight ainda possui a melhor estrutura da internet, com stack inicial de 30.000 fichas e subida de blinds a cada 20 minutos. Por quase metade do preço do Title Fight, você pode jogar o Main Event. Com buy-in de $109, o Main Event é jogado também aos domingos, às 19h, e tem premiação garantida de US$ 150.000. Por fim, o Uppercut e o Weigh-In. Enquanto o Uppercut ocorre de segunda a sábado, com buy-in de $109 e garantido de US$ 50.000, o Weigh-In é um torneio diário. Com entrada também de $109, ele tem premiação garantida de US$ 25.000 todos os dias, exceto aos domingos, quando esse valor sobe para US$ 50.000. Os torneios Peso Pesado podem ser jogados diariamente entre 10h e 1h.

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High Rollers

Para quem gosta de jogos ainda mais caros, o partypoker oferece mais de 20 high rollers semanais, que distribuem mais de um milhão de dólares. Os valores das entradas variam entre $530 e $2.600. Confira a grade:

Data*

Buy-in

Garantido

Domingo (15h)

$530

$150.000

Domingo (13h)

$530

$100.000

Domingo (18h)

$530

$25.000

Domingo (15h)

$2.600

$100.000

Segunda-feira, quarta-feira, quinta-feira e sábado (15h)

$530

$50.000

Segunda-feira a Sábado (17h)

$530 (Turbo)

$20.000

Segunda-feira a Sábado (13h)

$530

$20.000

Terça-Feira (15h)

$530

$20.000

Terça-Feira (15h)

$530

$100.000

*Sujeito a alterações

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