PraçaLocal - 351

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18 FEVEREIRO 2010 // Ano X // Número 351 // Sai à Quinta-Feira // Quinzenário // DIRECTOR Pedro Antunes Pereira 0,85 euros

>BANCO ALIMENTAR ESTENDE AJUDA ÀS FAMÍLIAS DE AMARES 38 famílias já contam com apoio da organização

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NO CENTRO DA PRAÇA

Um dos maiores símbolos turísticos do concelho vive dias conturbados. A PÁSCOA de FISCAL pode não se realizar por desentendimentos sobre um caminho.

EDITORIAL O número 350 da semana passada do Praça Local ficou marcado por algumas alterações gráficas. Um passo difícil que a direcção do jornal quis dar, no sentido de afirmar, ainda mais o “Praça”, nos três concelhos da sua responsabilidade. O segundo número, após as transformações gráficas, tem alguns reajustes e a introdução de uma novidade. Na penúltima página, abrimos o jornal aos “artistas” locais. Artesãos, poetas, escritores, músicos, profissões nobres mas caídas em desuso, novos e velhos, criativos e tradicionalistas passam a ter uma voz activa nesta “praça” global. A escolha da artesã Vilaverdense, Camila Silva, tem uma justificação: é um dos nomes mais conhecidos no artesanato ligado aos motivos dos lenços dos namorados. Os inúmeros prémios de criatividade existentes no seu currículo são um bom motivo. Na ressaca do dia dos Namorados e do Carnaval abrimos as páginas aos dois acontecimentos. O primeiro cheio de glamour, com modelos, vedetas e moda; o segundo com muita sátira e frio. O “Namorar Portugal” deste ano ficou marcado, mesmo ao cair do pano, pelo assalto que alguns profissionais da comunicação social foram alvo, um deles do “Praça Local”. Nas ruas de Amares foram muitos aqueles que quiseram mostrar o que pensam sobre o país, o mundo e o concelho. Máscaras para todos os gostos animadas por grupos musicais locais percorreram a freguesia de Amares. Já agora e a talhe de foice, para quando o entendimento entre as freguesias de Ferreiros e Amares para que o corso carnavalesco possa ter mais gente a assistir e mais gente a participar? As papas mantiveram o seu nível e nem a crise afectou as vendas e a presença de visitantes. Na freguesia da Torre, os moradores devem estar a dar pulos de satisfação depois do executivo municipal ter decidido revogar a instalação de uma antena de telecomunicações. Bem pior, estão os moradores e comerciantes de Vila Verde que, com os fiscais camarários à perna, não têm tempo de ir buscar o bilhete de estacionamento, tal é o zelo dos ditos senhores. Tudo para ler, na Praça Local, já a seguir.

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Chega a Amares numa altura em que a crise está ao rubro. O BANCO ALIMENTAR está a apoiar, mensalmente, 38 famílias do concelho

Quando um EXECUTIVO MUNICIPAL se une para responder às dúvidas das pessoas isso merece destaque. Na freguesia de Torre, vetou a instalação de uma torre de radiocomunicações.

Que papel devem ter as instituições no desenvolvimento de políticas camarárias? Amares Primeiro

PS

PSD

CDS/PP

Pedro Costa

Manuel Moreira

João Januário

Manuel Pereira

A prossecução das atribuições municipais deve ser pautada por critérios de racionalidade, eficiência e eficácia da gestão pública e de proximidade dos cidadãos. A assunção deste intento, na actual conjuntura económica, implica a adopção de novos modelos de intervenção social, de forma integrada, multidisciplinar e dinâmica com as entidades locais, públicas ou privadas, nomeadamente com as escolas, as associações de desenvolvimento local, as Instituições particulares de solidariedade social, as empresas e as Juntas de Freguesia. O poder local, pela relação de proximidade que detém com a população, reúne condições favoráveis à execução de tais políticas de envolvência, as quais, uma vez adequadas às especificidades concelhias, constituem acções estratégicas promotoras da empregabilidade, da competitividade local e da cidadania activa.

O que achamos é que Câmara e instituições locais deverão convergir no desejo de aproveitamento de todas as sinergias – potenciando maiores lógicas de abrangência e complementaridade. A imagem que nos ocorre é a de uma estrada com diversos fluxos e sentidos, mas movendo-se para o mesmo objectivo de desenvolvimento, eficiência e harmonia. As instituições devem, pois, predispor-se à interacção com a Câmara, tal como esta deve, por sua vez, implicar as várias entidades locais nas suas políticas e estratégias. Só desta mútua valorização e desta convivência integradora nascerá um concelho aglutinador, onde todos se sintam inscritos e úteis: pedras vivas e cooperantes de um futuro melhor para todos...

O desenvolvimento de políticas camarárias, em relação às instituições locais, pressupõe, bilateral e necessariamente, um compromisso de participação, num clima de bom relacionamento e de envolvimento. Deste modo, julgo que o primeiro passo desta parceria deverá ser dado pelo executivo camarário, promovendo a auscultação permanente, no sentido de se inteirar das reais necessidades das mesmas, por forma a dar prioridade, dentro das suas competências, a actuações responsáveis e firmes. Para tais fins, propõe-se um trabalho desenvolvido em rede, cuja acção possibilitaria um planeamento integrado e uma melhor rentabilização dos recursos. Não faz sentido a existência de políticas camarárias de costas voltadas e indiferentes às carências das instituições locais, verdadeiras âncoras no apoio ao desenvolvimento social de qualquer concelho.

As instituições locais devem ter um papel activo na apresentação, preparação e implementação de projectos e acções relevantes e necessárias para as populações envolventes. A maior participação e intervenção de todos os agentes sociais, económicos e políticos na procura de soluções conjuntas contribuem para uma melhoria da qualidade de vida de todos nós. Assim, todas as instituições locais, sem excepção, dentro das suas competências devem assumir-se co-responsáveis na satisfação dessas necessidades. O executivo camarário deve intervir activamente de forma continuada na sensibilização, informação e motivação continuada, junto de todas as instituições procurando uma união de esforços na resolução dos problemas de todos os amarenses, bem como, na procura de um futuro melhor para todos os amarenses.

CÁ DENTRO

AMARES »Executivo anula decisão de instalar antena de telecomunica ções

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»Estudo revela que jovens são pouco dados ao desporto pág 9

VILA VERDE »Fiscais municipais estão a ser alvo de contestação pág 12 »Vila de Prado celebrou 750 anos de foral pág 13

DESPORTO

»Treinador do Amares deixa comando técnico pág 16


PRAÇA PÚBLICA

maisactual.pt

Carmo Martins

SERVIÇOS PÚBLICOS ESSENCIAIS – 6 MESES PARA RECEBER O SERVIÇO PRESTADO

Os serviços públicos essenciais são serviços fornecidos por entidades públicas ou concessionados a terceiros que os devem prestar em condições de continuidade, regularidade, qualidade e preço acessível. São serviços imprescindíveis que visam assegurar necessidades individuais e colectivas fundamentais. De tal modo esses serviços são considerados importantes que merecem uma tutela legal específica (o regime legal consta da Lei n.º 23/96, de 26/07, com as alterações introduzidas pelas Leis n.º 12/2008, de 6/02 e n.º

24/2008, de 2/06).São actualmente considerados serviços públicos essenciais os seguintes: fornecimento de água; energia eléctrica (baixa tensão); gás natural; gases de petróleo liquefeitos canalizados (gás propano); comunicações electrónicas (telefone fixo, móvel, internet e televisão por cabo); serviços postais; serviços de recolha e tratamento de águas residuais e serviços de gestão de resíduos sólidos. Como se referiu, estes serviços obrigam à existência de legislação específica que proteja o consumidor de forma adequada no acesso a

fruição desses serviços. A Lei dos Serviços Públicos Essenciais atribui um conjunto de direitos aos consumidores, de que o direito à informação; o direito a facturação detalhada ou a proibição de cobrança de consumos mínimos são apenas alguns exemplos. Aliás, já em crónicas anteriores sobre esta temática, desenvolvemos cada um dos direitos que em concreto esta legislação atribui ao consumidor. Vamos tratar neste momento de forma específica a questão da prescrição do direito do prestador a receber o preço do serviço

prestado. Assim, caso o titular de um direito não o exerça dentro do prazo fixado na lei, esse direito extinguese. Diz-se então que o direito prescreve. Também a L ei dos Serviços Públicos Essenciais estabelece um prazo de 6 meses para o prestador exigir o pagamento do preço do serviço, findo o qual prescreve. Contudo, discutia-se na doutrina e na jurisprudência, a forma da contagem deste prazo, existindo muitas e contraditórias posições, que por exiguidade de espaço e tempo, mas sobretudo porque com o Acórdão do Supremo

Tribunal de Justiça do passado dia 21 de Janeiro, deixaram de ter qualquer acolhimento, uma vez que aquela decisão judicial tem o efeito de proceder à uniformização da jurisprudência sobre este tema. No Acórdão a que fazemos referência, discutia-se a propósito de uma dívida pelo fornecimento de serviço de telefone móvel se a mesma tinha prescrito ou não. O acórdão coloca um ponto final em todas as controvérsias considerando que “o direito ao pagamento de serviços de telefone móvel (ou de qualquer

outro serviço público essencial, acrescentamos nós) prescreve no prazo de seis meses após a sua prestação. Afinal, uma solução que estava muito próxima daquilo que resultava do texto da lei. De facto, o n.º 1 do art.º 10.º da Lei dos Serviços Públicos Essenciais refere que “o direito ao recebimento do preço do serviço prestado prescreve no prazo de seis meses após a sua prestação.” Entretanto, para a história ficam muitas “pestanas queimadas”, páginas de tinta agora inúteis e decisões judiciais tomadas em sentido diferente.

Em tempo onde vampiros e afins assumem protagonismo, o concelho de Amares tem espalhado por vários lugares, sítios que mereceriam especial atenção de produtoras e escritores. Um dos casos mais emblemáticos está localizado logo à entrada do concelho, na freguesia de Lago. Cortinas esvoaçantes, tectos caídos, portas entreabertas mostram que seres habitam aquele casarão. Não se vêem caixões, nem pipetas com experiências sanguíneas, mas pouco falta. A discussão sobre a imposição de regras para que amostras destas deixem de povoar os espaços públicos é tão antiga como os vampiros. E chega de usar a máxima evangélica “andar de Anás para Caifás” como desculpa para a sua resolução. As câmaras deveriam ter mais poderes nesta matéria e os privados deveriam ter mais respostas para os seus problemas. E enquanto esperamos que alguém traga “a água benta”, lá continuam exemplares como este a dar uma “imagem do outro mundo” a quem visita o concelho. PUB

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AMARES

Banco Alimentar Contra a Fome estende a mão ao concelho de Amares. Produtos alimentares não vão faltar aos mais carenciados

Gonçalo Almeida gonçalo.almeida@maisactual.pt

O Banco Alimentar Contra a Fome (BA) está agora conectado ao concelho de Amares. Desde Janeiro que a ideia virou realidade. Amares vai contar agora com uma recolha de produtos alimentares mais sistemática. Os hipermercados do concelho serão também aproveitados para esta recolha sendo que toda a gente pode participar e ajudar no processo. As famílias mais carenciadas terão assim uma ajuda extra todos os meses. Para isso é necessária uma candidatura aos serviços do BA. Só depois de aceite a inscrição é que as famílias poderão tirar proveito dos serviços do Banco Alimentar. A câmara de Amares divulgou ao Praça Local que tem cerca de cento e quarenta famílias inscritas através do Rendimento Social de Inserção (RSI), sendo que sessenta estão a ter apoio da câmara e trinta e oito já contam com as ajudas do BA. A diferença é que a câmara fornece ajudas apenas em dias especiais como o Natal, Páscoa e dia da criança, enquanto o Banco Alimentar apoia as famílias, com produtos alimentares, mensalmente. Contudo a câmara deixa claro que tem em posse um stock de alimentos

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para ser utilizado em situações de emergência. Funcionamento do BA O Banco Alimentar é uma instituição particular de solidariedade social e que tem um âmbito distrital. De momento o BA vive apenas da atenção de empresas, dos empresários e de individualidades. Neste momento o BA de Braga trabalha com cinquenta e cinco instituições. O Banco Alimentar distribui os produtos ás instituições de solidariedade social e essas, por sua vez, é que fazem a entrega e trabalham com as famílias carenciadas. O funcionamento de todo o sistema fica a cargo de vários voluntários que trabalham diariamente. Este é um aspecto que se pretende que vigore no futuro. O voluntariado irá prevalecer ao trabalho remunerado para que os benefícios se canalizem directamente para os desfavorecidos. Segundo informações adquiridas pelo Praça Local, de momento todo este movimento tem mesmo excesso de voluntários. “Realmente há muitas pessoas interessadas em colaborar, porque é um fim-desemana por ano, ou dois fins-de-semana por ano.”, palavras de Isabel Varandas,

Presidente do Banco Alimentar Contra a Fome que serve o distrito de Braga e que conta com quinze voluntários que diariamente trabalham nesta causa humanitária. A instituição serve-se para já de instalações emprestadas pelo Grupo Jerónimo Martins. O armazém ajuda a guardar e a seleccionar todos os produtos, e ao mesmo tempo é um espaço que pode ser usado sem ser financiado pela instituição. O desperdício é a palavra que o BA quer transformar em reaproveitamento para os mais carenciados. Por isso todos os produtos que estão em bom estado mas que não foram aproveitados pelo consumidor são como que automaticamente canalizados para a instituição. Por exemplo, produtos com embalagens danificadas, produtos que se estão a aproximar do limite de validade, … tudo isto é entregue ao BA para que a rede de distribuição possa

fazer com que os artigos sejam aproveitados por quem necessita. Apesar de tudo ainda há alguns pontos por colmatar. “A solidariedade existe, manifestase, agora nós realmente

para fazermos a distribuição temos que ter condições para tal. Temos que ter as tais arcas refrigeradoras, as congeladoras e temos que ter um carro, um veículo que nos permita ir buscar aqui ao pequeno comércio esse excesso de produtos”. O fe-

Isabel Varandas diz que o factor não se sente directamente no BA, mas sim a partir das instituições que lhes fornecem os produtos. Ultimamente, refere, têm aparecido muitas famílias interessadas

balhavam e na sequência do desemprego candidataram-se ao BA. Tudo isto acabou também por aumentar as necessidades das populações e portanto, o trabalho aumentou para a instituição. Para ajudar a tudo isto, Isabel Varandas relembra-nos que é necessário haver ajudas, parcerias. “Nós vamos tentar estabelecer primeiro um protocolo com a Segurança Social de forma a conseguirmos apoios para conseguirmos manter a nossa actividade, para assegurar o pagamento das despesas diá-

nómeno da “crise” é um ponto que acaba por entrar no panorama do Banco Alimentar Contra a Fome.

no programa devido à “crise”. Um modelo que se pode notar pois tanto o marido como a mulher tra-

rias”. Para já o projecto, para se manter em pé, precisa do apoio de todos por isso “Alimente esta ideia”.


AMARES

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Festival de papas sobreviveu à crise. Número de pessoas estabilizou em relação ao ano passado Pedro Antunes Pereira pedro.antunes@maisactual.pt

O Festival das Papas de Sarrabulho que se realizou, neste fim-de-semana de Carnaval, conseguiu sobreviver à crise económica que está instalada no país. Os receios iniciais da organização de uma ligeira quebra tanto nos visitantes como nas vendas não se verificou e a oitava edição ficou marcada pelo símbolo da estabilidade. O vereador do turismo da câmara de Amares, Emanuel Magalhães, ainda a quente, mostrava a sua satisfação pela adesão das pessoas: “havia, efectivamente, algum receio, em virtude da época de crise em que se vive, de quebras nas vendas e no número de visitantes mas uma primeira análise permite verificar que a feira foi um sucesso”. Para vereador da autarquia, o festival ficou marcado pela “estabilidade” até porque a intenção “não é crescer muito mas sim crescer em estabilidade”. Emanuel Magalhães recorda que “o principal objectivo, este ano, passava pela questão da higiene alimentar e esta foi uma aposta ganha”. O curioso é que os expositores têm opiniões diferentes. Se todos consideram a questão da higiene

“uma mais valia para a afirmação do evento”, a verdade é que houve quem salientasse o aumento das vendas e quem se lamentasse pela quebra nas vendas. No final, fica-se pelo equilíbrio. O domingo ao almoço foi o dia mais forte: “creio que deve ter sido o melhor domingo de todas as edições”, reconhece o vereador do turismo. Emanuel Magalhães aprofunda a análise dizendo que “houve dias, sobretudo à noite, que foram, ligei-

ramente, mais fracos do que nos anos anteriores, mas houve almoços que bateram todos os recordes”. O Festival que acontece há oito anos consecutivos é já uma referência no contexto regional e nacional. Este ano, contou com a participação de cerca de 30 expositores, entre os quais oito restaurantes com as melhores papas de sarrabulho do Minho e tasquinhas de produtos regionais (artesanato, vinhos, queijos, doçaria, fu-

meiro, entre outras iguarias). Emanuel Magalhães aproveita para deixar alguns recados aos expositores: “a missão deles em certames deste tipo não é fazer dinheiro mas sim promover os seus produtos de qualidade porque se assim for o retorno será uma realidade nas semanas seguintes”. Ideia corroborada por um dos restaurantes presentes: “nos fins-de-semana posteriores às Papas

temos clientes que nos procuram porque vieram aqui, provaram, gostaram e vão ao restaurante”. O certame gastronómico consolidou-se como um evento de referência no Minho, dada a qualidade dos restaurantes aderentes e o seu empenho em promover as especialidades típicas da região, sobretudo as papas de sarrabulho, os rojões e outros petiscos regionais, tão apreciados na época do Entrudo. Segundo o vere-

ador do Turismo da câmara de Amares: “o Festival tem-se revelado uma excelente forma de dinamizar as actividades económicas do concelho de Amares, assim como o seu património gastronómico, turístico e cultural”. Os expositores reconhecem, também, que este ano, sentiram mais gente a entrar no pavilhão mas que isso não se traduziu depois numa venda efectiva. “Este foi um dos sinais de que estamos em crise”. 18 Fevereiro 2010 //

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AMARES

Recrutamento de trabalhadores motiva guerra de palavras. Presidente da câmara e oposição socialista com posições antagónicas Pedro Antunes Pereira pedro.antunes@maisactual.pt A inclusão de cerca de 30 funcionários nos quadros da câmara de Amares motivou uma guerra de palavras entre os vereadores do Partido Socialista e o presidente da autarquia. Segundo José Barbosa, estas pessoas já estavam a trabalhar na câmara com um regime “precário e sem grandes condições” e agora passam a ter um vínculo laboral efectivo. Ora o Partido Socialista discorda desta intenção: “de facto, continuamos a não encontrar razões justas e irrefutáveis para que, de uma assentada, num período de contenção e num município com sérios constrangimentos e dificuldades financeiras, se ouse uma avalanche de 31 novos postos de trabalho” que custam

cerca de 400 mil euros mensais aos cofres da autarquia. José Barbosa contrapõe e lembra que “a postura que temos tido é de conter a despesa. Nunca tive assessor ou chefe de gabinete nem os vereadores a tempo inteiro têm secretária porque houve sempre a ideia de conter despesas, disponibilizando o dinheiro para o que faz falta”. O presidente da câmara recorda que “a despesa com estas pessoas já existia e se avançamos para a sua colocação nos quadros é porque o seu trabalho faz realmente falta”. Mas a oposição socialista que votou contra a proposta de recrutamento de trabalhadores, não desarma: “não compreendemos de forma alguma a sua pertinên-

cia e imprescindibilidade na actual conjuntura; não vislumbramos também indícios de que tenham sido feitas diligências no sentido da plena e adequada rentabilização dos recursos já existentes e não vemos quais sejam as novas dinâmicas ou serviços que a Câmara, com o estrangulamento que vive e o marasmo que se pressente, possa empreender para sustentar tão avultados gastos”. Os socialistas in-

sinuam que “o senhor presidente se prepara para pagar favores ou coisas do género”. José Barbosa desmente: “essa ideia de pagar favores, valha-me Deus!”. E reforça a ideia que “há situações de precariedade e admira que o Partido Socialista que tem na sua ideologia a vertente social não perceba isto e pactue com situações que não

são humanamente aceitáveis”. Curiosamente, o vereador do PSD, João Januário, esteve ao lado de José Barbosa: “esta deve ser das poucas vezes que vão estar ao lado do presidente”. O vereador social-democrata votou ao lado da

maioria independente não deixando de criticar a postura dos socialistas: “o PS deveria estar preocupado com as condições em que estão estes trabalhadores”, concordando que “é de elementar justiça que lhes sejam dadas condições favoráveis de trabalho”.

Câmara volta atrás com decisão de instalar antena. População da freguesia da Torre era contra e executivo revogou a deliberação

A câmara de Amares revogou a decisão de instalar de uma antena de radiocomunicações na freguesia da Torre. O pedido de licenciamento tinha sido aprovado no passado mês de Novembro mas dois meses e meio depois o executivo municipal volta atrás na decisão. Uma reunião que juntou populares, junta de freguesia e câmara municipal foi a gota de água para que o processo fosse embargado. Segundo explicou o presidente da câmara de Amares, “a postura arrogante da empresa que começou a colocar a estrutura sem que esta estivesse licenciada” contribuiu também para a decisão final. O presidente da junta da Torre, José Gama, manifestou o seu contentamento pela decisão e critica também a empresa: “deveria ser autuada por ter começado uma obra para a qual não tinha licença”. Depois o autarca recorda a tal reunião onde “todos os presentes tiveram oportunidade de se manifestar sobre a antena”. Um dos relatos chocou os presentes. Um pai com um filho com problemas oncológicos contou a sua história, dizendo que a escolha de Amares em detrimento de Braga, onde vivia anteriormente, se tinha devido precisamente à qualidade de vida do concelho. “Agora, vejo-me com a possibilidade de ter uma antena em cima da cabeça”. O pai acrescentou ainda que “por poucas radiações que provoque, em pessoas já doentes, o efeito é devastador”. O próprio presidente da junta revelou que “ao princípio até era favorável à antena, se calhar porque algum desconhecimento” mas depois “de todos os esclarecimentos e explicações que ouvi, percebi que afinal, isto é mais perigoso do que querem fazer crer”. Por isso, José Gama congratula-se com a decisão unânime do executivo municipal de revogar a deliberação que previa a instalação da antena de radiocomunicações na freguesia.

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AMARES

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Muro “tosco e tonto” é motivo de queixa de um proprietário.

Parede que veda parque de máquinas da câmara é o centro da polémica

Pedro Antunes Pereira pedro.antunes@maisactual.pt

O muro de protecção do parque de estacionamento das máquinas e viaturas da câmara de Amares volta à ordem do dia, depois do proprietário de uma habitação, nas imediações do muro, ter pe-

dido a intervenção dos vereadores socialistas. “A situação que se vive e se vê é lamentável: a entrada para o parque da câmara resultou numa obra sem guias para passeio e sem nenhuma sustentação para

as águas, que vão soltas por uma rampa abaixo”, começa por denunciar Jorge Tinoco. No entanto, a situação mais grave é mesmo o muro, “tosco e tonto” que a câmara pôs ao fundo do esta-

leiro e parque de viaturas. “Como o terreno é muito desnivelado em relação à propriedade do vizinho, da Rua José Fernandes, meteu-se para ali uma parede que mais parece um monstro de cara imunda,

cheio de lodo, líquenes e fungos, a pingar uma babugem repelente por entre lanhos e fissuras”. Para Jorge Tinoco, “com aqueles musgos e aquele constante corrimento de água misturada com sei lá o quê, não permite qualquer processo de pintura, asseio ou higienização”. Ora, para os vereadores socialistas “trata-se de uma questão de saúde, de segurança e respeito pelos outros e pelo ambiente”. Os cheiros advindos dos camiões do lixo ali estacionados tornam o cenário, em dias de calor, ainda pior. O proprietário, Fernando Delgado, critica ainda “a paisagem” que lhe vai sendo mostrada das janelas de casa: “há ali um terreno onde a câmara coloca material e velharia, como bidões, enferrujadas placas de sinalização, restos de madeira, plásticos, estruturas desusadas de outdoors”, no fundo, “um ambiente propício para ratos e répteis”.

Os socialistas lembram o código de posturas e boa conduta, aprovado recentemente, “onde é referido que o Município deverá ser sempre o primeiro a dar o exemplo para depois poder, com autoridade e de preferência sem autoritarismo, exigir aos outros”. Por isso, Jorge Tinoco pede que a autarquia” minimize o mais rapidamente possível os aspectos mais prementes deste conjunto de desarranjos”. O presidente da câmara responde, lembrando que “este é um problema antigo e as exigências do proprietário são, na minha opinião, exageradas”. O autarca lembra que “já se procurou, de forma equilibrada resolver o assunto”, mas tal ainda não foi possível. “A solução não é deitar o muro abaixo”, diz José Barbosa que pede ao proprietário que, volte directamente ao diálogo “e deixe de usar terceiras pessoas (o advogado)” no contacto com a câmara.

Palestra sobre eugenia para alunos dos cursos EFA Os alunos dos cursos EFA do ensino secundário da Escola Secundária de Amares assistiram a palestra subordinada à temática “Desafios e Perigos do Transhumanismo: Implicações da Ciência na Auto-Imagem da Humanidade”. Esta conversa foi proferida pelo Artur Galvão, professor de Epistemologia na Faculdade de Filosofia de Braga.

Nela abordou o tema da Eugenia, começando por enquadrar historicamente esta preocupação humana. Referiu alguns exemplos e desenvolveu, de uma forma clara, apelativa e com uma linguagem acessível, algumas das problemáticas levantadas pela eugenia: até onde podemos ir nesta área? Que fronteiras temos de respeitar? Os for-

mandos participaram colocando questões ao conferencista e, no final, desenvolveu-se um diálogo entre alguns dos adultos e o orador para esclarecer algumas das dúvidas que ainda permaneciam. “Foi perceptível que os alunos dos cursos EFA gostaram da palestra assim como os professores presentes”, refere o professor Ernesto Rodrigues. 18 Fevereiro 2010 //

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AMARES

Amares

Páscoa em Fiscal pode estar em risco. Proprietário reivindica caminho que dá acesso ao rio Pedro Antunes Pereira pedro.antunes@maisactual.pt A tradicional travessia dos barcos na Páscoa, na freguesia de Fiscal, em Amares, está em risco de não se realizar este ano. Tudo porque um proprietário vem reclamar cerca de 80 metros de um terreno. Área esta que fica precisamente situada no caminho que dá acesso ao Rio Homem, na margem direita do rio. A Junta de Freguesia contesta e contrapõe dizendo que o caminho é público há muitos anos. O caso está agora a ser dirimido em tribunal. “Porque ninguém pode tirar o que é do povo”. É este o argumento que o presidente da Junta de Fiscal, Bernardino Oliveira, usa para justificar a acção posta em tribunal. O diálogo com o actual proprietário atingiu um ponto sem retorno e por isso, será o juiz a dar o veredicto final. Segundo o autarca, tudo começou em Dezembro de 2008 quando, “por causa naturais”, uma árvore tombou sobre o local

onde estavam fundeados dois barcos. “Ao retirarmos a arvore apareceu o proprietário do terreno que fica para Norte do caminho, dizendo que a árvore lhe pertencia assim como todo o terreno, incluindo o caminho”. Bernardino Oliveira diz ter ficado surpreendido mas convenceu-se que o proprietário “iria acabar por reconhecer que es-

tava equivocado”. O que não veio a acontecer. “Como toda a freguesia de Fiscal bem como as freguesias vizinhas podem testemunhar o caminho foi, desde tempos imemoriais, o ponto de união da freguesia”. O presidente da junta vai mais longe: “sem esta ligação os lugares de São Bento e São Pedro eram de Vila Verde e não de Ama-

res”, recordando a maior proximidade que os dois lugares têm com o concelho vizinho. Bernardino Oliveira pega depois na memória para reivindicar o caminho: “convém que o actual proprietário não se esqueça que herdou o terreno do falecido sogro, António Soares, que já o havia adquirido a um dos herdeiros da Quinta de Quinteiros”. O

próprio António Soares usou o caminho, dizendo que era público, muito antes de o ter comprado. Por isso, aquando da sua aquisição delimitou o terreno: “não só plantou uns castanheiros como colocou umas pedras que distinguiam bem o terreno do caminho” Ora, segundo Bernardino Oliveira, “tudo isto, premeditadamente (?), desapareceu”, provo-

cando “a perplexidade na freguesia que nunca pensou que alguém viesse por em causa um caminho que provavelmente existe desde a criação da freguesia de Fiscal”. O presidente da junta lembra que “se houver proibição de usar o caminho, a tradição pascal de Fiscal fica em risco, uma vez que não há outra hipótese de passar para a outra margem”.

Proprietário ex-amigo do presidente da junta “Para mim, esta situação é mais difícil de aceitar”, reconhece Bernardino Oliveira, “já que o proprietário em causa, era no início da acção judicial, membro efectivo da Assembleia de Freguesia”. Durante 20 anos ocupou o cargo a convite do actual presidente da

Largo também é “cobiçado”?

No tempo em que não havia barragens o rio Homem chegava muito próximo do muro de um terreno pertença da câmara de Vila Verde. No entanto, com o passar dos tempos, a área tornou-se maior mas “mais pequena ou grande sempre foi utilizada por todos”. Era neste largo que o povo cortava lenha, descarregada linho, milho e outros produtos. Era aqui que os agricultores levavam o gado a beber. É o acesso

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junta, “numa freguesia que agora tenta prejudicar”. O autarca aproveita para pedir desculpa à população de Fiscal “por ter confiado numa pessoa que agora quer prejudicar a freguesia”.

natural dos bombeiros ao rio para captação de água. É aí que o povo se junta para colaborar com os moradores na Festa da Páscoa. Se esse espaço também for “cobiçado”, o presidente da junta promete “recorrer, também, para o Tribunal através de uma acção judicial popular”, apresentando como testemunhas a população de Fiscal e de freguesias vizinhas que “se manifestaram interesse em colaborar connosco”, revela Bernardino Oliveira.


AMARES

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Estudantes preferem televisão e música à prática desportiva.

Estudo incidiu nos alunos do 7º, 8º e 9º ano da secundária de Amares

Gonçalo Almeida gonçalo.almeida@maisactual.pt

A escola EB2/3 de Amares recebeu um Seminário organizado por um grupo de estagiários de Educação Física intitulado “A importância da Actividade Física na Ocupação dos Tempos Livres dos Jovens da Escola EB2/3 de Amares e a sua Influencia no Sucesso Escolar”. O plano foi traçado na sequência de um projecto que um grupo de alunos do Instituto Superior da Maia, que estão a estagiar na EB2/3, tinha de elaborar no âmbito da sua licenciatura. A solução para estes três estagiários foi pegar num tema, dentro da área desportiva, e explorá-lo dentro das instalações da escola. Depois de repararem que, na sua maioria, os estudantes não possuíam grandes aptidões para o desporto, o tema ficou resolvido. No estudo foram incluídos estudantes do 7º, 8º e 9º anos. O culminar de toda esta operação era perceber qual a motivação dos alunos para a actividade física e de que forma este aspecto influenciava o sucesso es-

colar. Como é do conhecimento geral, o estilo de vida cada vez mais sedentário, aliado ao uso crescente da tecnologia na vida quotidiana, estão a causar altos níveis de inactividade entre pessoa s

de todas as idades, em todo o mundo. A importância da actividade física expande-se pela saúde física, mental e social, capacidade funcional e bemestar de indivíduos e comunidades. Após o estudo, os três estagiários que observaram to-

dos os passos do projecto, chegaram à conclusão de que “os alu-

nos não têm qualquer apetência pela prática desportiva nos tempos livres, preferindo a televisão e a música. Por isso mesmo, e perante tais conclusões, pretendemos divulgar as actividades que a

escola disponibiliza de maneira a que os

alunos comecem a praticar desporto porque lhes permite aumentar as suas capacidades de concentração, análise e raciocínio, o que em ultima analise, vai

permitir melhorar o rendimento escolar”. Com um resul-

tado tão “negativo” os estagiários mostraram interesse em mudar este cenário. Para isso a falta de motivação dos alunos, a falta de espaço e a dificuldade de conciliação de horários têm de deixar de ser um problema para que o processo entre numa rota mais produtiva. Um dos idealizadores do seminário, Eduardo Machado, mostrou a sua convicção na me-

lhoria de rendimento dos alunos e que “através da prática desportiva os alunos terão maior capacidade para chegar a casa, organizar a sua rotina e o seu estudo, e no dia seguinte chegarem às aulas e saberem o que foi transmitido no dia anterior”. Do lado oposto, também há que abordar os estudantes que se cometem à prática desportiva e que se mantêm resistentes. “Pretendemos mostrar todos os benefícios da actividade, tanto a nível físico como psicológico ou social e mesmo o sucesso que podem ter na escola tendo esta ocupação, transferindo toda uma organização que há no desporto para a escola”. É importante compreender a relação intrínseca entre saúde e estilo de vida (hábitos sociais e culturais), em que a actividade física participa como factor fundamental. Deve-se ter sempre em mente que o corpo humano foi projectado para a acção, e não para a inactividade. 18 Fevereiro 2010 //

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NO CENTRO DA PRAÇA

São cada vez mais recorrentes as queixas contra os FISCAIS MUNICIPAIS. O excesso de zelo tem posto os nervos de moradores e comerciantes à flor da pele.

FICHA TÉCNICA

O NAMORAR PORTUGAL voltou a colocar o concelho nos holofotes nacionais. Pena que a noite tenha terminado com assaltos a alguns dos jornalistas presentes.

Que serviços pode uma autarquia concessionar? Porquê? PSD

O PSD não enviou em tempo útil a resposta à pergunta formulada.

351 18.02.2010

DIRECTOR

Pedro Antunes Pereira (cp 9738) COORDENADOR

Carlos Ferreira REDACÇÃO

Pedro Antunes (cp 9738) José Carvalho (cr315) Gonçalo Almeida DEPARTAMENTO COMERCIAL

Edgar Faria

ADMINISTRAÇÃO

Edifício Plaza, 3º andar, Apartado 27 Ferreiros, 4720 Amares Tel.: 309 938 398 praca.local@maisactual.pt www.maisactual.pt DELEGAÇÃO DE BRAGA

Centro de Negócios Ideia Atlântico Cx 34* 4719 - 005 Braga Tel. 309 938 398 PROPRIEDADE

MaisActual, Comunicação e Meios, Lda. Capital Social: 250 000 Euros, N.I.P.C. 502 383 925 Registo no ICS nº 123324 Depósito Legal nº 14424/99 DIRECTOR GERAL

Francisco Faria, Dr. IMPRESSÃO

Empresa Diário do Minho, Lda TIRAGEM

4000 exemplares

10//18 Fevereiro 2010

O deputado comunista, AGOSTINHO LOPES, é conhecido pelas interpelações que faz ao Governo sobre problemas do Distrito. O tribunal é a mais recente investida.

PS

CDS/PP

PCP

Luís Filipe Silva

Daniel Cerqueira

Manuel Carvalho

Uma decisão desta natureza não pode ser tomada sem antes analisar, entre outros aspectos, a forma como os serviços estão a ser disponibilizados pela autarquia, se há margem para melhorar esses mesmos serviços, se a concessão se vai traduzir, a curto médio e longo prazo, numa mais-valia para a Câmara Municipal e para os seus munícipes e quais os custos directos e indirectos da concessão. Trata-se, pois, de uma questão complexa que não pode ser respondida de imediato nem de forma linear. A “selecção” de serviços a concessionar não pode ser tomada por impulso ou por comparação com outras Câmaras Municipais. Cada Câmara Municipal, cada serviço e cada concelho têm particularidades únicas que os gestores autárquicos devem ponderar, detalhadamente, antes de partir para a solução de concessionar. A vontade dos eleitos locais em se desresponsabilizar pelos serviços prestados aos munícipes é cada vez maior e, nessa perspectiva, a “fúria da concessão” torna-se tentadora e vai ganhando terreno. É isto que tem acontecido na grande maioria das Câmaras Municipais que seguiu o largo caminho das concessões. A Câmara Municipal de Vila Verde, fazendo o mesmo, ameaça transformar-se numa mera gestora de parcerias, de concessões e de empresas municipais, sem qualquer benefício acrescido para os munícipes e esvaziando o verdadeiro sentido da existência do poder local. Foi isso que aconteceu com a constituição da Proviver, foi isso que aconteceu coma parceria público privada, foi isso que aconteceu com a exploração do estacionamento pago, é isso que querem fazer com a gestão da água pública, é isso que querem fazer com a gestão das obras municipais. Não me alongando mais, e respondendo à questão colocada, aproveito estas más opções da Câmara Municipal de Vila Verde para dar exemplos de serviços que não devem ser concessionados.

O serviço público e privado tem dois objectivos completamente diferentes. Enquanto que o serviço público tem como principio todos servir independentemente da sua situação financeira, o serviço privado tem como principal objectivo o lucro. Vila Verde é um concelho essencialmente rural em que as pessoas tem muitas dificuldades económicas e concessionar serviços do Município será um erro estratégico enorme e causará ainda mais dificuldades aos Vilaverdenses. A concessão do saneamento em alta efectuada pelo Município de Vila Verde ás Água do Ave SA não se veio a verificar vantajoso para o Município apesar das promessas efectuadas pelo então Presidente da Câmara José Manuel Fernandes. A única verdade é que durante mais de dois anos a empresa facturou sem investir um cêntimo em Vila Verde e serviram-se de todo o equipamento do Município. Também não poderia deixar passar o facto da autarquia cobrar aos munícipes a 0.17€ /m3 e as Águas do Ave SA cobrar ao Município a 0.40€ /m3. A minha questão é, quanto tempo vai durar esta diferença? Com esta “engenharia financeira” Vila Verde tem caminhado para o abismo. A verdade é que desde a concessão o Município de Vila Verde perde milhares de euros diariamente quando anteriormente tinha lucro. Hoje fala-se em Vila Verde na concessão do saneamento em baixa e no abastecimento de água ao domicílio. Sobre esta matéria sou completamente contra. O Município de Vila Verde perderá a maior receita municipal e os consumidores Vilaverdenses serão os principais prejudicados. Senão vejamos o que aconteceu no Concelho vizinho de Barcelos em que as facturas respeitantes aos serviços de água atingiram valores insuportáveis. Existe um hábito na política que a única forma para resolver o mau funcionamento dos serviços públicos passa pela implementação de empresas municipais ou concessões. Todos nós sabemos que esta não é a razão principal. Sejamos sérios nos propósitos!

A CDU, por princípio, não é contra a concessão de serviços por parte das autarquias. Quando há justificação para a sua criação é uma forma de resolver problemas que possam existir. No entanto, num concelho como Vila Verde não vemos, tendo em conta a sua dimensão, que haja necessidade de concessionar qualquer serviço. O município não tem, por exemplo, uma rede própria de transportes públicas e a área com maior dimensão sob a alçada da câmara, a rede de água e saneamento e a recolha de lixo, a autarquia tem condições para a gerir. Por isso, não vemos qualquer necessidade em criar novas estruturas para a sua gestão. Em municípios de maior dimensão como Braga, Porto, Lisboa ou Coimbra até se pode justificar a criação destas estruturas porque têm outras responsabilidades que municípios como Vila Verde não possuem e volto a dar como exemplo a questão dos transportes públicos.


VILA VERDE

maisactual.pt

“Namorar Portugal” ganha marca de interesse turístico nacional. Desfile premiou uma jovem estudante de Leiria Pedro Antunes Pereira pedro.antunes@maisactual.pt

“Namorar Portugal’ é uma marca de interesse turístico nacional.

O anúncio formal foi feito no decurso do VII Concurso Internacional

de Criadores de Moda, integrado no mega-jantar romântico e desfile de m o d a ‘ Na morar Portugal 2010’. O presidente da Câmara de Vila Verde, António Vilela, foi claro ao afirmar que “este é o prémio justo para uma iniciativa que marca Vila Verde e

projecta o País”, numa noite que consagrou a jovem leiriense Cátia Rascão como a grande vencedora do sétimo concurso Namorar Portugal. Em 2010, o concurso bateu todos os recordes, com 107 coordenados a concurso, a juntar a um número ainda mais elevado de participações de escolas de moda e individuais. Outro destaque para a primeira participação de escolas de moda estrangeiras, da

vizinha Galiza-Espanha. Com isto, o autarca não podia deixar de estar mais satisfeito. “Este envolvimento, esta dinâmica e esta produção mediática fazem deste evento um cartaz único”, assinalou, vincando que “Vila Verde continua a ser olhada como exemplo a seguir, como terra que sabe valorizar os seus produtos e que criar oportunidades. Em 2010, demos uma lição de empreendedorismo jovem e de inovação ca-

pazes de gerar novas dinâmicas económicas locais e gerar oportunidade de emprego para os nossos jovens”. Com apresentação de Mariana Monteiro, à cabeça de um grupo de manequins profissionais que integravam nomes como Andreia Dinis, Flor, Sofia Baessa e Pedro Guedes, entre outros, desfilaram107 coordenados de vários jovens designers de moda, alguns consagrados e alunos várias escolas de moda”.

Bolo e chocolate juntos na promoção do amor Um bolo com inovação e capaz de despertar os sentidos, para

assinalar «com muito amor o Mês do Romance em Vila Verde». Assim é o “pink cake”, vulgo ‘Bolo de Namorados’, lançado pela Associação Comercial de Braga, em parceria com o Município de Vila Verde/Proviver-EM. “Um produto inovador, igual a muitos outros que têm sido lançados nos últimos tempos associados à marca

Namorar Portugal, capaz de ajudar a combater a crise”, vincou a vereadora da Cultura. A sua massa leve pontuada por frutos naturais, onde se destaca o morango, o sabor aveludado, o cheiro com a leveza dos “afrodisíacos”

e a cor rosa capaz de despertar os sentidos para o amor fazem do pink cake/bolo de namorados, uma ideia original. O mestre pasteleiro Hélder Costa, associado às empresas Decorgel e Derovo, deram expressão ao novo produto associado a Vila Verde e à marca Namorar Portugal, respondendo a um repto lançado pela ProviverEM e Município de Vila Verde. O vice-presidente da Associação Comercial de Braga, Mário Santos, assinalou que “aos empresários está também colocado o desafio de investir conjuntamente em disponibilizar produtos e serviços de excepcional qualidade e preço que permita acompanhar o

Bolachas e perfume namoram portugueses Bolachas e um perfume são dois novos produtos associados à iniciativa “Namorar Portugal”, depois de um pink cake ter dado o pontapé de saída para a elaboração de novos produtos ligados à nova marca de interesse nacional (ver

caixa). “Estamos a contribuir para a afirmação dos jovens empreendedores e inovadores, lançando amarras capazes de criar novas oportunidades de trabalho e de lançamento de iniciativas empresariais com força para vin-

gar no futuro”, referiu a vereadora da cultura, Júlia Fernandes.A ‘Bolacha do Amor’ e os ‘Perfumes Amar Terra Verde’ são “contributo da Escola Profissional Amar Terra Verde para a iniciativa Namorar Portugal”, conforme vincou o

As instalações da Adere-Minho acolheram a apresentação de mais um produto “inovador, com qualidade e resultado do empreendedorismo” de duas

ex-alunas do Instituto Politécnico do Cávado e Ave (IPCA). Adélia Azevedo e Célia Fernandes formaram a empresa ‘Fava de Cacau’ que rubricou, neste âmbito, um acordo de parceria com a Proviver-EM/Câmara Municipal de Vila Verde para produção e comercialização do chocolate com a marca ‘Namorar Portugal. O produto agora lançado enquadra, uma aposta no “incentivo ao empreendedorismo e à dinamização de espaços de comércio e de indústria em torno da marca, alargando o lançamento de produtos locais ligados a esta temática”. O chocolate ‘Namorar Portugal’ é preparado a partir de cacau/

chocolate. A este juntouse a experiência adquirida nas maiores fábricas de chocolate belgas. “Posso afirmar que este será, muito provavelmente, o melhor chocolate do País”, afirmou uma das jovens proprietárias da empresa promotora, a Fava de Cacau. Adélia Azevedo traçou, em poucas palavras, o objectivo desta parceria: “pensamos que, em conjunto, é possível afirmar uma marca com produtos de qualidade, assim como uma imagem que irá permanecer intemporalmente ligada ao mês do amor e mais ainda, acreditamos ser um produto que ficará ligado a Vila Verde pela imagem dos nossos lenços e pelo sabor inesquecível do chocolate”.

director da escola. “Os cursos envolveram-se, mas toda a comunidade esteve, de uma forma ou de outra, activa e participante”, referiu ainda João Luís Nogueira.Embora a ‘Bolacha do Amor’ e os ‘Perfumes Amar Terra Verde’ tenham preços de mercado de um euro e meio e dois euros

e meio, respectivamente, aliados aos quatro euros do Licor de Namorados (apresentado em 2009), esta iniciativa têm inerente uma forte componente solidária. “O primeiro objectivo desta iniciativa foi pôr os alunos e a comunidade a participar e a empreender, o segundo não ter prejuízo

e o terceiro fazer com que os fundos obtidos revertam para o Grupo de Voluntariado da escola, de forma a adquirir equipamento para apoiar famílias e núcleos desfavorecidos”. Em 2011, podem aparecer outros produtos inovadores ligados à ourivesaria, ao mel e ao queijo.

esforço dos autarcas”. O pink cake/bolo de namorados aparece no mercado com exclusividade de produção e venda nas pastelarias de Vila Verde, a 5 euros a unidade, para um produto que deve ser consumido a dois. Pesa entre 400 e 500 gramas. O logótipo, a assinatura e a embalagem foram concebidos pela UAC-Alto Cávado para dar corpo a uma “doce irreverência”.

Chocolate

18 Fevereiro 2010 //

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VILA VERDE

Pedreira de Valões adquire interesse municipal. Oposição critica, no entanto, o desenvolvimento do processo Pedro Antunes Pereira pedro.antunes@maisactual.pt

Ora, o processo foi corrigido e voltou à votação do executivo municipal. E é aqui que as críticas da oposição se fazem ouvir. O PS diz que “o erro foi emendado embora sem a informação a reconhecê-lo mas não foi cumprido o requisito exigido quanto à titularidade dos terrenos a explorar”.

A câmara de Vila Verde aprovou, por maioria, a emissão de certidão de reconhecimento de interesse municipal à exploração de um pedreira na freguesia de Valões. O caso, já rela-

tado nas páginas do Praça Local, assume contornos dúbios. É que a maioria socialdemocrata, a que se juntou o vereador do PP, decidiu atribuir a referida certidão a uma empresa que labora de

forma ilegal noutra zona. A verdade é que depois de uma visita ao local de todos os vereadores, com excepção de Júlia Fernandes, acompanhados pelo técnico responsável

pelo processo. Da observação “in loco” foi possível confirmar que a localização física da exploração não correspondia com o local assinalado nas plantas, facto reconhecido pelo próprio técnico.

PP vota a favor O vereador do PP que justificou o seu voto a favor “por estarem em causa seis postos de trabalho”, também criticou todo o processo. Sérgio Alves diz achar “imoral a atribuição de uma declaração de interesse municipal a uma empresa que labora de forma ilegal noutra zona e achar inadmissível a existência de tantos erros de avaliação técnica pelos respectivos serviços da câmara”. Já os vereadores Luís Filipe Silva e Porfírio Correia opta-

ram pelo voto contra e justificam: “dado o desenvolvimento do processo desde finais de Dezembro até ao início de Fevereiro, seria de esperar que o processo estivesse devidamente instruído com a inclusão da demonstração de titularidade dos terrenos a explorar bem como com a anexação dos documentos que entretanto surgiram a respeito deste assunto”. A maioria socialdemocrata preferiu argumentar com o desenvolvimento do concelho para avançar com a certidão de interesse municipal: “o que está, efectivamente em causa, é o desenvolvimento do concelho, destacando-se, ainda o facto de uma empresa que labora na parte Norte, tão carenciada de indústrias, não poderiam os vereadores do PSD, deixar de reconhecer o interesse municipal da exploração”.

Fiscais estão debaixo de fogo por causa do estacionamento. Moradores e comerciantes acusam-nos de excesso de zelo

O excesso de zelo dos fiscais municipais de Vila Verde tem vindo a ser denunciado por várias pessoas. Recentemente, o Partido Socialista juntou-se ao coro de protestos daqueles “que são obrigados a pagar para estacionar e ainda por cima têm que se travar de razões com os ditos fiscais”.Os socialistas denunciam

12//18 Fevereiro 2010

“a tolerância zero” do privado que explora “os lugares de estacionamento e os vilaverdenses” numa “nítida e escandalosa caça à multa a favor do privado”. E os vereadores da oposição dão um exemplo: “os vilaverdenses estão à beira de um ataque de nervos, pois a “tolerância zero” chega ao limite de não dar tempo aos conduto-

res de sair dos veículos, ir colocar as moedas na máquina e voltar para colocar o talão no interior das viaturas”. A verdade é que dezenas de condutores fazem fila nos serviços de atendimento da autarquia para reclamar: “estes dias atribulados em Vila Verde por causa do estacionamento pago e do excesso de

zelo a que os funcionários adstritos à fiscalização estão obrigados, devem ter uma explicação lógica”, dizem os socialistas em comunicado que adiantam uma resposta: “necessidade de facturar. Necessidade de demonstrar ao privado que o negócio é lucrativo”. Mas as queixas perante a atitude os fiscais

não param de aumentar, sobretudo, dos que precisam de estacionar, dos moradores e dos comerciantes. “Há uma postura de arrogância e uma falta de bom-senso que não são explicáveis”, diz um dos comerciantes. “Eu, agora, depois de estacionar chamo um fiscal para tomar conta do carro enquanto vou buscar o bilhete. Assim,

ele sabe onde estou e o que fui fazer”. Num pedido de esclarecimento já enviado ao presidente da câmara e assinado pelos vereadores Luís Filipe Silva e Porfírio Correia é perguntado “se esta ida ao bolso dos vilaverdenses tem reflexos nas contas do município ou será apenas para engordar a conta do privado”.


VILA VERDE

maisactual.pt

Prado celebrou 750 anos da outorga do foral

à vila.

GNR e Casa do Povo foram homenageadas pela Junta de Freguesia

Pedro Antunes Pereira pedro.antunes@maisactual.pt

A vila de Prado, Vila Verde, esteve em festa, para celebrar os 750 anos da outorga do foral à vila por D. Afonso III. Durante as cerimónias oficiais, que tiveram lugar na sede da junta de freguesia

local, foram homenageadas instituições e personalidades, além de ter sido inaugurado um monumento fazendo jus ao foral junto ao pelourinho. Fernando Moniz, governador civil

de Braga e António Vilela, presidente da Câmara Municipal de Vila Verde, além do eurodeputado José Manuel Fernandes, fizeram questão de marcar presença no evento, a par de outras individualidades locais. Depois de uma exposição de Porfírio Correia sobre o foral concedido a Prado em 1260, conferindo àquelas terras o estatuto de município e dando-lhe total autonomia, foi o secretário da Junta de Freguesia de Prado, Paulo Gomes, que nomeou as distinções que foram feitas, designadamente,

à Casa do Povo da vila de Prado e ao posto da GNR local. Individualmente, as homenagens foram prestadas ao 1º sargento Gonçalves do posto da GNR de Prado (pelo serviço militar), a António José Rodrigues Oliveira (pelo serviço social), a Serra Nevada (pela documentação histórica escrita) e, ainda, ao padre Severino (pelo serviço paroquial). Rui Pedrosa, presidente da Junta de Freguesia de Prado, elogiou o trabalho prestado pela GNR local, conseguindo alcançar maiores

índices de segurança para as populações, diminuindo fortemente o criminalidade desde 2005. O autarca traçou elogios também aos restantes homenageados, destacando as suas distinções pelos serviços prestados à comunidade e em prol do seu desenvolvimento local, nas mais variadas áreas. A iniciativa da Junta de Freguesia de Prado ao celebrar os 750 anos da outroga do foral à vila foi, também, elogiada pelo presidente da Câmara de Vila Verde, felicitando sobretudo o facto de “terem trazido

até nós um documento histórico tão importante”. O governador civil de Braga, Fernando Moniz, marcou a cerimónia que celebrou os 750 anos do foral da vila de Prado, Vila Verde, ao reivindicar mais poderes para as juntas de freguesia. Relativamente às comemorações da outorga do foral, Moniz indicou que revela “o reforço da identidade e da autonomia, revivendo a história”. E acrescentou que “Prado é uma das freguesias mais importantes do país pela sua história”.

Produtores de leite de cabra precisam-se no concelho. Produtores de leite de cabra precisam-se no concelho. Falta de informação e “muitos entraves burocráticos” são as principais queixas dos produtores agrícolas da Região do Entre Douro e Minho em relação ao desenvolvimento da sua actividade na busca por novos apoios e oportunidades. Estas foram algumas das queixas apresentadas pelos produtores/criadores de gado bovino e caprino, no decurso de uma reunião promovida pelo Pelouro do Desenvolvimento Económico do Município de Vila Verde,

para “incentivar a caprinicultura e produção de leite de cabra”, face ao défice de matériaprima registado por uma unidade fabril instalada no Parque Industrial de Gême, em Vila Verde. Pre s i d i d o p e l o presidente da câmara, António Vilela, acompanhado do vereador da Agricultura, António Zamith Rosas, e de dois técnicos agrícolas, o encontro reuniu mais de três dezenas de criadores de gado e produtores de leite da Região do Entre Douro

e Minho. O encontro serviu para lançar novas bases para a atracção dos “homens da lavoura” para a criação de caprinos com a finalidade de abastecer uma das maiores unidades da Região de produção de queijos, iogurtes e derivados. Quem não gostou do leu foi o Partido Socialista vilaverdense. “Como já é habitual nas encenações que prepara para os senhores jornalistas, o agora Presidente de Câmara esqueceu-se de referir que o Partido Socia-

lista apresentou, em 27 de Abril de 2009, a sua primeira proposta visando o aumento da produção de leite de cabra, no concelho e na região. Nessa altura, os vereadores Luís Filipe Silva e Susana Martins referiam que o produtor de queijos de cabra “Moinhos Novos” não podia cumprir o protocolo que havia estabelecido com a Câmara de Vila Verde porque, simplesmente, não havia leite de cabra para adquirir” e propuseram a criação de uma entidade para este fim.

Depois desta primeira proposta, em 5 de Junho de 2009, os Vereadores do Partido Socialista apresentaram outra proposta, visando a elaboração de um regulamento para atribuição de um pequeno subsídio anual aos produtores de leite de cabra que “apenas pretendia servir de estímulo aos potenciais produtores de leite de cabra, e nunca financiar a actividade” e foi rejeitada. Já em 2010, mais concretamente no passado dia 20 de Janeiro,

os actuais vereadores apresentaram uma terceira proposta, recuperando a atribuição do diminuto subsídio anual e propondo a elaboração de um regulamento. A proposta foi rejeitada. Por isso, o PS “fica satisfeito por ver mais uma das preocupações ser assumida pela actual maioria do PSD. Não podemos, no entanto, deixar passar em claro mais este exercício de demagogia face ao passado recente”. 18 Fevereiro 2010 //

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CARNAVAL EM AMARES Apesar das nuvens cinzentas anunciarem um dia chuvoso, Amares saiu à rua para festejar o carnaval.

As fantasias mostraram a vasta imaginação dos figurantes que proporcionaram um bom espectáculo à população amarense.

Se uns optaram por particularizar a fantasia, outros preferiram sair à rua numa “máscara colectiva”. A tarde foi preenchida pelo habitual desfile de máscaras ao som de músicas animadas.

Houve também espaço para algumas mensagens em formato de paródia que se juntaram ao colorido que preencheu as ruas de Amares.

//18 Fevereiro 2010


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18 Fevereiro 2010 //


VILA VERDE

Deputado comunista preocupado com tribunal. Agostinho Lopes enviou um requerimento sobre esta matéria ao Ministério da Justiça

Pedro Antunes Pereira pedro.antunes@maisactual.pt

A 6 de Janeiro recebeu o Grupo Parlamentar do PCP duas moções, aprovadas por unanimidade em sessão

da Assembleia Municipal de Vila Verde realizada em 19 de Dezembro de 2009,onde se dá conta da preocu-

pação dos Deputados Municipais pelo futuro do Tribunal Judicial da Comarca, no contexto da Lei da Revisão de

Detidos oito pela GNR

A GNR deteve, no passado fim-de-semana, no distrito de Braga, oito indivíduos por condução sobre o efeito do álcool. Na freguesia de Soutelo, concelho de Vila Verde, dois condutores apresentaram, respectivamente taxas de 1.65 e 1.64 gramas de álcool por litro de sangue. No concelho de Famalicão foram detectados três condutores com álcool a mais no sangue. Na freguesia de Louro foi detido um condutor com 1.81, outro em Calendário com 2.39, e um terceiro em

Organização e Funcionamento dos Tribunais Judiciais.As moções repudiam qualquer deslocalização funcional e

o esvaziamento de funções do actual Tribunal, e exigem a consulta prévia e atempada do Município relativamente a

qualquer alteração nesse sentido. Reclamam ainda, “à luz da especial litigiosidade” existente no concelho, a nomeação de mais magistrados para o Tribunal. O deputado comunista eleito pelo círculo de Braga, Agostinho Lopes, enviou ao Ministério da Justiça, um requerimento, onde aborda esta situação e pedem algumas respostas. Assim, o parlamentar que saber o que pode o Ministério da Justiça dizer relativamente ao problema exposto nas moções, que são do seu conhecimento; se vai o Governo manter a data de 1 de Setembro de 2010 para aplicação em todo o território nacional da Lei 52/2008, de 28 de Agosto, nos termos do nº 3 do Artigo e finalmente qual a avaliação das carências de magistrados no Tribunal da Comarca de Vila Verde e como vai ser dada resposta às actuais necessidades.

Joane, com 2.85 gramas de álcool por litro de sangue. Os outros três condutores foram detidos em Vila Verde (1.21), Taipas (2.04) e Cabeceiras de Basto (2.94). Como é habitual, os detidos são, desde logo, notificados para se apresentarem no Tribunal Judicial, serem submetidos a julgamento sumário, salvo se requererem prazo para que possam preparar a sua defesa.

Duas bombas assaltadas em Vila Verde As bombas de gasolina da Esso, na Portela do Vade, freguesia rio da bomba e exigiram todo o dinheiro em caixa. Desconhece-se de Atães, em Vila Verde, foram assaltadas na sexta-feira à noite. Dois o valor levado pelos assaltantes. O caso está a ser investigado pela indivíduos que tinham uma arma de fogo, abeiraram-se do funcioná- Polícia Judiciária de Braga.

16//18 Fevereiro 2010


TERRAS DE BOURO

maisactual.pt

Terras de Bouro tem duas maravilhas naturais em concurso nacional. Os primeiros 77 pré-finalistas já são conhecidos Pedro Antunes Pereira pedro.antunes@maisactual.pt A Serra do Gerês e a Mata da Albergaria situadas, no concelho de Terras de Bouro, são duas das 77 pré-finalistas do concurso “7 Maravilhas Naturais”, um certame promovido pela “New 7 Wonders Portugal”. O município congratula-se com esta pré-designação que vem de encontro a “uma política de promoção e valorização das potencialidades turísticas do concelho”. Neste sentido e o que se pode destacar nesta primeira fase é o facto de a Mata da Albergaria, já alvo de distinção pelo Conselho da Europa e a Serra do Gerês, área natural protegida por excelência, serem alvo de escolha entre 323 candidaturas, pelas 77 personalidades da vida nacional e dos mais variados

quadrantes, o que espelha bem o seu

valor histórico e cultural e a sua impor-

tância ecológica, a que não será, certa-

mente, alheio o seu excelente estado de

conservação e preservação.

Sessões de esclarecimento alertaram alunos para problemas da Internet

No âmbito de da celebração do Dia Europeu da Internet Segura, os Espaços Internet de Terras de Bouro o promoveram uma campanha de sensibilização e consciencialização sobre o tema, focando, nomeadamente, a situação do “cyberbullying”, disponibilizando folhetos informativos, guias para uma utilização mais segura da Internet e a realização de acções de formação. As sessões já

realizadas permitiram aos jovens formandos consciencializar-se dos perigos das novas tecnologias. Existe um desconhecimento da população juvenil do perigo que é simplesmente deixar ligado o bluetooth do telemóvel. As acções decorreram com grupos de 22 formandos, no máximo, com a duração de hora e meia e foi atribuído um certificado de participação a todos os presentes.

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BREVES Caldelas recebe prova de Downhill

É já nos dias 20 e 21 de Fevereiro que S. Pedro de Fins em Caldelas, Amares, recebe a primeira prova bikespotcaldelas. O Downhill tem vindo a ganhar cada vez mais adeptos em Portugal e esta é uma boa

oportunidade para ver e tirar umas dicas sobre o desporto. Isto porque o evento terá presentes os melhores pilotos nacionais na modalidade. Traduzindo para português tudo consiste na “descida da colina”. Para que

fique com uma ideia, é uma prova que conta com um percurso cheio de saltos e com o terreno instável. Por vezes desenrola-se no meio da natureza, outras no meio da cidade, o que importa é a adrenalina da descida. A perícia em cima da bicicleta, a velocidade e a leitura do terreno são alguns dos pontos que terão de ser equacionados pelos pilotos para que no final possam subir ao pódio. O vencedor é o piloto que conseguir completar o percurso o mais rápido possível.Recorde-se que Berto Mendes desde que, oficialmente, tomou conta da equipa ganhou apenas um jogo, contra o Montalegre 1-0 e perdeu seis partidas. O técnico tinha, no início do ano, substituído o seu antigo chefe

Secundária de Vila Verde promove recolha de medula A Escola Secundária de Vila Verde promove hoje entre as 9 e as 13 horas, uma recolha de sangue que tem por objectivo encontrar um dador compatível com o pequeno Afonso. “O Afonso é um menino de seis anos, filho de pais portugueses. Vivia em Macau onde iniciou a sua escolaridade e jogava futebol. Entretanto adoeceu e veio para Portugal. Em Outubro de 2009 diagnosticaram-lhe Leucemia Linfoblástica Aguda e foi internado no Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto”, escreveu à comunicação social o professor Carlos Mangas, docente na Secundária de Vila Verde. Lembrando que o pequeno Afonso já iniciou os tratamentos de quimioterapia “mas a cura da sua doença depende de um transplante de medula óssea”, o docente apela à participação de todos nesta campanha solidária que pode não só ajudar esta criança, como outro alguém, em qualquer parte do mundo, que precise da nossa ajuda. Sensibilizada com a história do menino de seis anos, a Escola Secundária de Vila Verde vai ser palco de uma recolha de sangue com o intuito de tentar ajudar a criança nesta luta diária contra a doença. O apelo é, assim, lançado à população entre os 18 e 45 anos de idade, com peso mínimo de 50 quilos, e que nunca tenha recebido transfusões de sangue, para arriscarem ser “heróis por um dia, heróis por uma vida”, ajudando a salvar uma criança.

18//18 Fevereiro 2010


maisactual.pt

III Divisão Série A

DESPORTO

Berto Mendes deixa o comando do F.C. Amares

Técnico alegou motivos profissionais Pedro Antunes Pereira pedro.antunes@maisactual.pt *Edgar Faria

O treinador Berto Mendes está de saída do comando técnico da formação do Futebol Clube de Amares. Ao que o Praça Local conseguiu apurar o jovem técnico alegou motivos profissionais para justificar a sua decisão. O facto de estar colocado a dar aulas em Monção, provoca uma incompatibilidade de horários entre as duas funções até agora exercidas. No entanto, não é de descurar a possibilidade de os maus resultados terem também algum peso nesta decisão por parte deste. Recorde-se que Berto Mendes desde que, oficialmente, tomou conta da equipa ganhou apenas um jogo, contra o Montalegre 1-0 e perdeu seis partidas. O técnico tinha, no início do ano, substituído o seu antigo chefe

de equipa, Dinis Rodrigues, que abandonou o clube por opção própria. Este é um desfecho algo inesperado, depois do presidente do clube Alberto Mendes ter referido anteriormente, em entrevista ao Praça Local, que contava com os serviços do técnico para o período de duração do seu mandato. A juntar a isto, há ainda a instabilidade que esta decisão pode criar num plantel que numa só esta época assiste à terceira mudança no seu comando técnico. Com as coisas já bastante complicadas ao nível dos resultados, esta turbulência certamente que em nada beneficiará o rendimento da equipa. A constante mudança de métodos de trabalho, bem como

a respectiva habituação a estes demora sempre algum tempo a ser assimilado, e tempo é coisa que escasseia nas hostes amarenses. A recuperação na tabela classificativa afigura-se assim cada vez mais complicada, aguardando-se por isso com alguma expectativa sobre quem recairá a escolha para esta difícil missão de manter o F.C. Amares na terceira divisão nacional, série A. Sobre quem poderá ser o sucessor de Berto Mendes no comando técnico da equipa ainda não são conhecidas novidades, admitindose a hipótese de, na próxima jornada, a equipa ser orientada pelo até agora jogador/treinador adjunto Afonso, juntamente com os restantes capitães de equipa. 18 Fevereiro 2010 //

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DESPORTO

Divisão Honra

Vilaverdense vence Leões das Enguardas. Equipa está nos quartos de final da Taça AF Braga José Carvalho jose.carvalho@maisactual.pt

O Vilaverdense está no sorteio dos quartos de Final da Taça Associação de Futebol de Braga. A equipa orientada por Zequinha segue em frente na competição depois de ter vencido no campo da Rodovia a formação bracarense dos Leões das Enguardas por um zero. Para o técnico principal a vitória foi mais importante que o resultado: “a nossa equipa entrou bem na primeira parte e podíamos ter resolvido a eliminatória logo nos primeiros 45 minutos. Na segunda metade do encontro acabamos por sofrer e no último minuto a equipa da casa poderia ter mesmo empatado a partida”, a bola acabou por sair junto à barra da baliza dos vilaverdenses. No entanto, para Zequinha “a equipa poderia ter feito me-

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lhor, sabemos que há sempre um relaxamento quando se defronta equipas de escalões de divisões inferiores e neste tipo de desafios o treinador adversário não precisa de motivar os seus jogadores” referiu. O técnico tinha consciência que iria ser um jogo bastante difícil e como sempre o afirmou teria mais medo do comportamento dos seus atletas do que do próprio adversário, mas “o mais importante foi conseguido: estar presente na próxima eliminatória uma vez que está definido desde o início que o Vilaverdense tudo fará para estar presente na final da Taça da Associação de Futebol de Braga”. O técnico do conjunto de Vila Verde entrou em campo

com os seus melhores jogadores tendo apenas poupado Giane para o próximo fim-de-semana. Um jogo bastante difícil no terreno do Taipas, uma equipa que tenta agora lutar pela subida de divisão face ao seu afastamento da Taça diante do Forjães. Zequinha sobre o campeonato prefere não entrar em euforias mas reconhece que ainda é possível chegar aos lugares cimeiros, pois está a oito pontos do segundo classificado mas também lembra que está muito próximo dos lugares de descida: “é necessário mais concentração e lutar jogo a jogo pois só com trabalho humildade e dedicação é que poderemos ambicionar por algo mais”.


Póvoa de Lanhoso I Divisão Distrital DESPORTO

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Terras de Bouro líder isolado. Companheiro de liderança perdeu em Palmeiras Pedro Antunes Pereira pedro.antunes@maisactual.pt *Edgar Faria

A formação do Terras de Bouro conseguiu no último fimde-semana a liderança isolada da série A, da Primeira divisão distrital, aproveitando da melhor forma a derrota do Vila Chã no terreno do Palmeiras. Os terrabouren-

ses bateram em sua casa a formação do Águias de Alvelos por duas bolas a zero. Esta é certamente uma vitória com grande significado para a formação orientada por Jorge Maia, que assim ascende à liderança isolada

da série e ainda com um jogo por realizar. Jogo com a equipa do Forjães, que estava previsto para a passada terça feira de Carnaval, como anteriormente referimos no Praça Local, mas que devido a desacordo entre os

clubes intervenientes quanto à data, foi adiado para data ainda por definir. Temos assim um Terras de Bouro cada vez mais candidato à subida de divisão, com a equipa a demonstrar grande regularidade numa fase muito importante do campeonato, fase que poderá decidir quem realmente se irá manter no comboio dos primeiros. No próximo desafio, a formação terrabourense tem já um duro teste para conseguir segurar o primeiro lugar, com uma sempre difícil deslocação ao terreno do Ninense. A equipa de Famalicão também está bem posicionada

para lutar por uma eventual subida de divisão, esperandose por isso um jogo de emoções fortes. No entanto este é um jogo que se reveste de um carácter bem mais decisivo para a formação visitada, uma vez que uma derrota pode pô-la fora das contas da subida. Jogo em atraso da taça O jogo referente aos oitavos de final da Taça da Associação da Associação de Futebol de Braga que estava previsto realizar-se na passada terça feira de Carnaval, ficou adiado devido à possibi-

lidade, que referimos anteriormente, de se realizar neste mesmo dia o jogo em atraso da formação do Terras de Bouro com a equipa do Forjães. No entanto como o Taipas, equipa que irá disputar estes mesmos oitavos de final com a formação do Forjães não aceitou o adiamento do seu jogo, a equipa terrabourense viu assim gorada essa possibilidade, ficando o jogo com o Porto D´Ave marcado para o próximo dia 31 de Março, uma vez que estes já tinham acedido ao pedido da equipa treinada por Jorge Maia para o adiamento do jogo.

Gerês continua a surpreender. Equipa comandada por Roger não perde há 4 jogos

O Grupo Desportivo do Gerês é neste momento a grande surpresa da série A da Primeira divisão distrital da Associação de Futebol de Braga, com uma fantástica série de quatro vitórias consecutivas. É preciso recuarmos até à jornada doze da competição para encontrarmos a última derrota da formação geresiana, curiosamente, no dérbi

com o Terras de Bouro. Esta série vitoriosa levou a equipa a uma verdadeira escalada até ao sétimo posto da classificação geral, tendo mesmo hipóteses de se intrometer na luta pelos cinco primeiros lugares da tabela, a continuar com este excelente comportamento. Depois da na anterior edição do Praça Local ter-se vaticinado um período bastante

complicado para o conjunto orientado por Roger, visto que iriam ter pela frente jogos com os principais candidatos à subida de divisão, eis que a formação do Gerês responde da melhor forma, mostrando que com a manutenção no bom caminho, pode-se intrometer verdadeiramente na luta pelos lugares cimeiros da tabela, podendo mesmo estar nos horizontes uma classificação algo inesperada pelos seus responsáveis, que apontavam no início de época o décimo lugar como meta a alcançar. A formação do G.D. Gerês pode mesmo ser uma inesperada ajuda para o vizinho Terras de Bouro na luta deste pela subida de divisão, uma vez que depois de já ter derrotado o Forjães por uns claros 3-0, pode neste próximo fim-de-semana dar mais uma ajuda aos seus rivais, na recepção ao Vila Chã, segundo classificado da prova. Espera-se assim uma equipa com uma palavra a dizer nas contas da subida, já que se têm revelado uma formação que se transcende contra os denominados “grandes” deste campeonato. 18 Fevereiro 2010 //

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DESPORTO

I Divisão Distrital

Direcção da A.D. Laje admite entregar chave à autarquia. Laje acusa Câmara Municipal de esquecer a equipa José Carvalho jose.carvalho@maisactual.pt A Associação Desportiva de Laje, continua a lutar domingo a domingo para fugir à despromoção para a segunda divisão distrital. Esta época não tem sido a melhor para a formação de Vila Verde, uma vez que os maus resultados têm originado uma dança de treinadores. Desde o início do campeonato que a equipa vai no terceiro técnico, depois de ter iniciado com Vitinho, que não resistiu a uma onda de derrotas e pediu a sua demissão. Seguiu-se Luís Araújo, que acabou por não trazer nenhuma mais valia ao conjunto Vilaverdense pois os resultados também acabaram por ser os mesmos do anterior técnico. Agora seguese Teixeira que a direcção aponta como o género e tipo de treinador ideal para que a Laje se mantenha na primeira divisão distrital. José Carvalho, director desportivo da A.D. de Laje referiu que Manuel Teixeira será certamente a pessoa indicada para tirar a equipa dos últimos lugares. Segundo ele os maus resultados devem-se ao facto da equipa ainda andar com a casa às costas e à tardia planificação no início de temporada o que originou a que o plantel não fosse escolhido de forma criteriosa. O director desportivo acusa a Câmara Municipal de Vila Verde, de não

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olhar para todos os clubes de igual maneira “há doze anos que a autarquia está a prometer a remodelação do campo da Laje. Temos 10.300 metros de terreno e o projecto está pronto, mas até ao momento não vemos qualquer interesse por parte da autarquia para iniciar os trabalhos. A colectividade não tem dinheiro nem máquinas para fazer as intervenções necessárias, e como tal teremos que esperar pela autarquia”. José Carvalho referiu ao Praça Local que caso a sua equipa não tenha condições para na próxima época jogar no seu terreno, a colectividade da Laje vai fechar as portas, pois não tem condições para continuar. “Aproveito a oportunidade para referir que, independentemente da classificação, no próximo ano, caso não possamos disputar os jogos no nosso campo, iremos entregar as chaves à autarquia pois as despesas por jogar no Municipal de Vila Verde, são superiores às receitas. Temos que pagar aos agentes da autoridade e as receitas que temos não chegam aos vinte euros pois os nossos adeptos não se deslocam aqui para ver os nossos jogos. Só para ter a ideia nos juniores temos por vezes assistências de cem a cento e cinquenta pessoas. Nos seniores não ultrapassam

as dez pessoas”, referiu. José Carvalho diz mesmo que já nem pede um campo relvado, apenas gostaria de ver a ampliação do campo, a remodelação dos balneários e um muro para delimitar o terreno de jogo. Naturalmente que o director desportivo reconhece que os acessos ao campo não são os melhores, mas essa situação terá de ser resolvida pela Junta de freguesia e pela Câmara Municipal de Vila Verde. O director aproveitou ainda para frisar que apenas três pessoas se dedicam ao clube e que estão do lado do actual presidente Avelino Moreira. “No início os directores ainda estavam presentes, mas nesta fase só eu e o Francisco Serrão é que estamos ao lado do presidente, o que é lamentável”. Sobre a dança de treinadores José Carvalho referiu que se a contratação de Vitinho não correu bem, a entrada de Luís Araújo foi pior uma vez que os métodos de treino dele estavam desajustados à realidade actual. “Agora temos o Teixeira, no qual depositamos total confiança, até porque vamos ter um calendário favorável nesta segunda volta, pois dos catorze jogos que nos faltam disputar, dez são no Municipal de Vila Verde”.


VilaII Divisão Verde Distrital DESPORTO

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Estrelas de Figueiredo falha assalto ao 2º lugar. Empate com o C.D.Amares compromete aspirações Pedro Antunes Pereira pedro.antunes@maisactual.pt *Edgar Faria Depois de duas vitórias consecutivas fora de portas, que levaram o clube amarense a pensar novamente nos lugares de acesso à subida de divisão, o empate deste fim-de- semana em casa com o vizinho C.D.Amares, voltou a mostrar as dificuldades da equipa quando joga no seu terreno. A formação comandada por Pedro Araújo não conseguiu assim ultrapassar os seus mais directos adversários (Dumiense e Celeirós), que tinham perdido pontos no dia anterior, vendo ainda o primeiro classificado (Este) distanciar-se ainda mais, estando neste momento a oito pontos.

Para Pedro Araújo, técnico do Estrelas de Figueiredo, “tratou-se de um jogo complicado, uma vez que o adversário apresentou-se aqui dentro daquilo que já prevíamos, ou seja, bastante fechado e a jogar para o empate. Prova disso foram as constantes paragens de jogo na segunda parte devido a supostas lesões de jogadores da equipa adversária”. O jovem técnico queixa-se ainda de uma grande penalidade que ficou por assinalar na segunda parte que poderia ter alterado o rumo da partida. No entanto não deixa de dar os parabéns à sua equipa que lutou por um resultado

diferente ao longo de todo o jogo, nunca baixando os braços, demonstrando uma grande atitude: “ há dias em que as coisas não saem bem, no entanto não foi por falta de atitude que não vencemos, houve no jogo de hoje uma grande falta de sorte da minha equipa”. Quanto ao que resta de campeonato, o técnico mantêm o discurso, dizendo que nada está perdido: “vamos continuar a lutar jogo a jogo pela melhor classificação possível, sabendo que perdemos hoje uma boa oportunidade de pressionarmos os nossos adversários pelos primeiros lugares”.

C.D. Amares mantêm onda de bons resultados

A equipa do Estrelas de Figueiredo começa nesta fase da época a justificar o valor que lhe era reconhecido aquando do inicio da temporada, onde eram apontados como fortes candidatos à subida de divisão. Depois de um inicio de época algo atribulado, com várias lesões e castigos, eis que a equipa surge agora num excelente momento de forma comprovado pela vitória da última jornada no

reduto de um dos mais sérios concorrentes pelos lugares cimeiros da tabela classificativa, o C.D.Celeirós, e consequente subida ao 4º lugar da tabela classificativa. A equipa amarense está somente a dois pontos dos lugares de acesso à subida de divisão. Para o presidente da colectividade amarense, Arménio Azevedo, a época está a correr muito bem, dizendo mesmo que sonha cada vez

mais com uma possível subida de divisão. “ Após a ambientação da maioria dos jogadores ao tipo de futebol praticado nesta divisão, uma vez que a maioria deles vem de divisões superiores, seremos certamente cada vez mais fortes”. O dirigente afirma mesmo que “ jogadores de qualidade acima da média não é coisa que nos falte, por isso daqui para a frente tudo é possível”.

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DESPORTO

Póvoa de Lanhoso

II Divisão Distrital

“Lanhas desce na geral devido às lesões”. Santana afirma que o campeonato ainda não acabou

José Carvalho jose.carvalho@maisactual.pt

A formação do Grupo Cultural Desportivo e Recreativo de Lanhas está em movimento decrescente na classificação da Segunda Divisão Distrital Série B. Desde o ano novo, a turma do Lanhas apenas con-

seguiu uma vitória no terreno do Frossos, três empates e duas derrotas. Tudo isto levou a equipa a partir para a segunda volta do campeonato na oitava posição, apesar de se encontrar apenas a seis pontos do

segundo classificado. Santana refere que o mau momento que a equipa atravessa deve-se ao facto de muitos dos habituais titulares se encontrarem lesionados. “Num plantel de 23 jogadores apenas temos 16

disponíveis para dar o contributo à equipa. O mais agravante nesta situação é que os que estão lesionados são jogadores fundamentais na manobra da equipa e no rendimento da mesma. Temos jogado sem o Sá, com jogadores que não estão habituados à pressão, mas a segunda volta ainda vai no seu início e continuo a acreditar que quando tivermos o plantel completo, poderemos lutar pelos primeiros lugares pois como já referi anteriormente esta equipa é das melhores desta série. Para isso é necessário ter tudo o plantel em forma”, referiu o técnico principal da formação Lanhas.

Santana adianta ainda que a direcção nada lhe pediu para esta época, mas segundo ele a ambição de qualquer técnico e atleta que disputa uma competição do género passa sempre por subir de divisão ou pelo menos uma classificação dignificatória do esforço de toda a equipa. Ao Praça Local o treinador referiu que, apesar da juventude da equipa, os seus jogadores têm realizado bons desafios, mas por vezes a pressão e a inexperiência de alguns atletas pelo facto de não estarem “entrosados” com a restante equipa leva a que o adversário termine com a vitória no final.

No passado fimde-semana a formação do Lanhas travou no seu terreno uma das formações que se assume como favorita à subida de divisão, o Celeirós. O empate a zero no Campo dos Cedros, mostrou que a formação orientada por Santana está ao nível de qualquer outra da sua Série e o treinador só espera poder recuperar os principais atletas para os derbis que se avizinham. No próximo fim-de-semana desloca-se ao terreno do último classificado o Águias FC, seguindose depois as formações amarenses do CD Amares em casa e a deslocação ao terreno do Estrelas de Figueiredo.

Águias de Alvéolos surpreendem Vilaverdense.

Miguel Santos acredita na recuperação

A equipa do juniores do Vilaverdense foi surpreendida no Estádio Municipal de Vila Verde diante da equipa de Águias de Alvéolos, que é uma das serias candidatas à subida de divisão. Apesar de tudo a derrota por três bolas a uma foi vista pelo Vilaverdense como um acidente de percurso e a recuperação é agora a palavra de ordem no balneário. A equipa de Vila Verde demonstrou cedo a sua vontade de chegar ao topo da classificação. À passagem dos primeiros cinco minutos já vencia o seu rival mas acabou, com o desenrolar da partida, por consentir

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três golos que não estavam nas previsões do técnico Miguel Santos. No final da partida Miguel Santos era um técnico naturalmente desiludido com a derrota, uma vez que uma vitória diante da formação de Barcelos iria trazer mais confiança para o restante campeonato e iria colocar pressão sobre os mais directos rivais. Isto porque depois da derrota com o FC Amares, a equipa vinha de uma sequência de três jogos só com vitórias contando com 12 golos marcados e nenhum sofrido. “Esta derrota não estava nas nossas previsões. Se a nossa

equipa tivesse ganho os três pontos estaríamos à frente do nosso adversário, ainda que eles tenham jogos em atraso. Estaríamos mais perto das equipas da frente, que é a nossa ambição, para este campeonato”. Miguel Santos referiu que a sua equipa acusou muito a derrota com o Amares e desde aí uniu-se ainda mais. “A equipa melhorou nos lances da bola parada e passou a demonstrar a agressividade no momento de recuperação da bola e os resultados acabaram por aparecer. Pena foi esta derrota pois a nossa equipa estava lançada para uma segunda

volta forte e determinada para chegar ao topo da geral, pois não tenho dúvida que a nossa equipa tem valor para chegar ao primeiro lugar”, frisou Miguel Santos.

Depois da derrota com o Águias de Alvéolos, Miguel Santos referiu que a sua equipa vai dar a volta por cima já no próximo jogo. No derbi Vilaver-

dense com o Pico de Regalados a sua equipa irá demonstrar em campo, segundo o treinador, que ainda acredita e que estão na luta pelos lugares cimeiros.


DESPORTO

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Equipa de goalball de Amares joga sem treinar uma única vez. A continuidade do conjunto deve-se à câmara José Carvalho jose.carvalho@maisactual.pt

Decorreu no fimde-semana de 13 e 14 de Fevereiro em Vila Nova de Poiares a terceira jornada do campeonato nacional de Goalball que já vai na XVI edição, onde esteve presente a formação das Termas de Caldelas. No entanto e mais uma vez esta jornada não correu de feição aos atletas da formação amarense uma vez que nos jogos disputados não conseguiu nenhuma vitória. João Pereira responsável pela formação da AD Caldelas referiu ao Praça Local que os resultados negativos são o fruto de os atletas não terem oportunidade para treinar: “infelizmente os maus resultados são fruto de os nossos atletas apenas se encontrarem para os jogos, uma vez que não treinamos. È verdade que temos umas horas disponíveis no pavilhão do Pico de Regalados, mas o aluguer e as deslocações acabam por ser custos que actualmente o clube não pode suportar.

Este ano a nossa estratégia passa simplesmente competir e ao mesmo tempo manter viva o espírito de amizade que une estes atletas há vários anos”. O dirigente referiu que esta modalidade apenas subsiste porque a autarquia de Amares nomeadamente o seu presidente faz questão de que seja inscrita no campeonato nacional da modalidade “Não tenho dúvidas de que se não fosse o presidente José Barbosa a apoiar estes atletas a equipa de GoalBall de Caldelas já tinha acabado há vários anos. Posso mesmo dizer sem estar a errar que esta modalidade é a menina dos olhos do autarca amarense, pois estivemos mesmo para não participar no campeonato não fosse todo o apoio camarário” referiu João Pereira. O dirigente referiu que este convívio na zona centro do país serve para os atletas saírem do seu habitat e conviverem com outros atletas e

poderem usufruir de um fim-de-semana diferente. A par do campeonato, a AD Caldelas tem vindo a fazer demonstração da modalidade por várias escolas do país já que “esta é uma oportunidade de dar a conhecer aos jovens o que é e como se pratica esta modalidade”. A próxima demonstração será já no próximo dia 24 de Março em Amarante. O dirigente referiu que foi com enorme satisfação que viu a continuidade da modalidade pois quando transmitiu aos atletas de que este ano não iriam competir sentiu que os atletas ficaram bastante decepcionados e deprimidos. A nota de destaque deste campeonato é que a ANDDVI, Associação Nacional de Desporto para Deficientes Visuais, decidiu que todas as jornadas serão disputadas na região centro do Pais por uma questão de logística a para uma melhor contenção de despesas dos clubes presente no campeonato nacional. 18 Fevereiro 2010 //

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Desporto Camila Silva ENTREVISTA

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“Os estampados estão a estragar os lenços dos namorados”. Artesã de Vila Verde é conhecida pelos seus produtos inovadores

Pedro Antunes Pereira pedro.antunes@maisactual.pt

Camila Silva é já um dos nomes incontornáveis no artesanato associado ao motivo dos lenços dos namorados. Na loja, bem à face da estrada, que tem na Loureira é possível ver todas as inovações que foram introduzidas neste símbolo que se pretende nacional. As últimas podem ser apreciadas em peças de vestuário de pronto-a-vestir e em botas. Como é que começou este interesse pelo artesanato ligado aos motivos dos lenços dos namorados? Eu vivia em França e o meu marido e eu decidimos regressar a Portugal aproveitando o facto das nossas filhas ainda serem pequenas. Eu lá fazia pequenos trabalhos ligados à costura. Quando me instalei aqui na Loureira, freguesia da qual o meu marido é natural, comecei a procurar alguma coisa para fazer. Foi aí que me falaram de um curso de vestuário regional do Instituto de Emprego e Formação Profissional que ia decorrer na Adere-Minho, em Soutelo. Mas já tinham feito algum trabalho ligado ao vestuário

regional? Não. Tinha uma ligação à costura, apenas. Com o curso que durou um ano inteiro, para além da equivalência ao 9º ano, aprendi também um conjunto de coisas que não sabia. Eu bordava na escola e gostava mas depois deixei de o fazer até ao curso. Como tinha aqui, na Loureira, este espaço, decidi avançar para a criação desta loja. Eu sempre fiz muitas perguntas sobre o modo de funcionamento das coisas, de onde vinham os produtos e perguntas assim. Esta minha curiosidade levou-me fazer um

que estão na moda e curiosamente, a serem incentivadas pelas entidades oficiais. Para mim, é meio caminho andado para uma “má” massificação de um produto que deveria ter o mínimo de respeito. E repare que não estou a falar de cor. Basta ver, que no tradicional desfile do Dia dos Namorados, há peças a concurso que são estampagens! A Camila é conhecida pelas peças inovadoras que

que eu fiz para levar a um casamento e que depois me deu o segundo prémio no desfile. Como as pessoas não associam o motivo dos lenços dos namorados ao pronto-avestir, a ideia foi bem recebida. Já agora, deixe-me fazer um aparte: é que continuo à espera que me paguem metade do prémio que recebi nessa altura. Seis anos depois, o problema mantém-se. Também tem aplica-

do os motivos noutros objectos… É verdade. Concorri a um concurso “Inovarte”, com um guarda-chuva que foi preciso desmontar, bordar e voltar a montar, criei telas, abajures para candeeiros. A minha última ideia foi bordar botas…Estive a estudar com um sapateiro como seria possível concretizar a ideia e depois desta análise avancei para o projecto que foi apresentado, por esta altura do Dia dos Namorados. Tenho também camisas “vulgares” que as pessoas compram em saldos e que me pedem para lhes dar um toque diferente. E eu aproveito e borda ou quadras ou pormenores dos lenços nesses o b jectos.

curso intensivo de gestão. E tudo o que faz é à mão? É tudo feito aqui e manufacturado. Aliás, eu sou contra as estampagens

apresenta. Qual foi a primeira ideia que apresentou? Foi um top com umas calças

A Camila é também a autora dos lenços dos

namorados que têm sido entregues a pessoas conhecidas. Esse trabalho requer algum cuidado em especial? É um trabalho feito por mim e pela directora-geral da Adere-Minho, Teresa Costa porque como são lenços personalizados temos que pensar nas frases e nos desenhos que irão ser bordados. Por exemplo, agora no desfile entregamos um lenço ao Afonso Vilela porque foi o primeiro manequim a envergar roupa masculina com motivos dos lenços dos namorados e andamos à volta da ideia “de príncipe da televisão”. Os clientes, chamemos de normais, são muito exigentes nos pedidos? Nem por isso. Até porque nós estamos vocacionados para fazer peças à medida. Não adianta ter seis camisas todas diferentes e depois as clientes querem outra coisa. Por isso, é preferível ter amostras, ouvir as propostas e depois executar. Há cada vez mais pessoas que estão “cansadas” das peças de vestuário e pedem-nos para as renovar e tornamse completamente diferentes. 18 Fevereiro 2010 //

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