ADORAÇÃO_CULTIVANDO A TERRA_PARTE I

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_______________________________________________________________________Por Carlos Coléct

Cultivando a Terra-

Retorno à Adoração

Parte I


2 1. Contexto hebraico de “adoração” _____________________________________________________________________________________ A seguir abordaremos sobre a “adoração”.Um assunto que muito se tem falado nesses dias e muitos conceitos têm sido criados .Mas antes de começarmos, quero deixar claro que o objetivo não é criar mais um conceito sobre este tema, mas trazer uma ampliação no entendimento segundo as escrituras e seus originais do hebraico e grego, focando no pensamento hebraico e buscando voltar à origem deste termo “adoração”. Nas duas últimas décadas, principalmente, surgiram vários seminários e escolas sobre adoração, porém, infelizmente, a maioria de nós resumiu o ato de adorar em arrepios, canções, saltos, gritos e por aí vai, acabamos por nos tornar místicos demais e passamos desta forma, a não ver o “espiritual” como fazendo parte da vida diária, perdemos a visão de que assistir um filme com a família, sentar a mesa para comer, passear em um parque, ir para o trabalho no escritório de advocacia, enfim, que todas essas atividades diárias também são “ ações espirituais” e fazem parte de uma adoração. “..acabamos por nos tornar místicos demais e passamos desta forma, a não ver o “espiritual” como fazendo parte da vida diária” Preciso ter a mentalidade de que SOU e não que FAÇO.Pois se apenas FAÇO nem sempre SOU, mas se SOU eu FAÇO em qualquer lugar e hora. Eu SOU adoração e não FAÇO adoração. Sejamos livres desta mentalidade de que o fazer determina o Ser, pois é o Ser que determina o Fazer. Não quero aqui tirar o mérito desses movimentos, até porque esta mentalidade de separar e colocar o físico como algo ruim, carnal e não espiritual, já vem de antes de Cristo, no séc III, com a filosofia de Platão(ver estudo “ Chuva de Juízo e Justiça_Evidências gregas), mas quanto aos movimentos contemporâneos de adoração, eles têm o seu valor, porém não podemos parar neles, pois se pararmos neste entendimento acontecerá que quando alguém nos falar “ vamos adorar”, automaticamente surgirá em nossa mente apenas o ato de cantar, ou algo desse gênero, perdendo assim o foco da vida concreta e atrasando o estabelecimento do Reino em nossas vidas49 , isto é, os princípios de um Reino ou a cultura de um Reino que é implantada desde a hora que acordamos, levantamos, convivemos com as pessoas, trabalhamos, até o nosso deitar.(no decorrer do texto veremos que adoração tem a ver com cultura) Em minha vida já fui muito questionado com as perguntas: “ o que é adoração, o que é louvor?” Mas como já disse acima, não podemos fechar o “adorar” dentro de um conceito, mas é certo que as Escrituras nos trazem princípios e direções quanto a isto. Enfim, vamos entrar um pouco na etimologia latina, hebraica e grega para obtermos uma maior compreensão sobre o termo “adoração” , sua origem dentro da mentalidade bíblica hebraica e como se aplica a nós, e assim, veremos que adorar dentro das escrituras é algo que está muito mais atrelado a uma realidade concreta de ações do dia a dia, do que algo simplesmente dito “espiritual” e “momentâneo”. Antes de continuarmos, precisamos entender um outro ponto com relação a “adoração”.E este ponto é que não podemos falar desse tema sem compreendermos o seu aspecto hebraico judaico, pois o 49

Disse “Reino em nossas vidas”, pois o Reino do Eterno não anda atrasado.O Plano do Eterno anda no tempo certo, mas o que pode ocorrer é que eu me atrase para entrar no Plano do Eterno, o qual está no tempo corrreto.E assim continuo por mais tempo fora do Tempo do Eterno.


3 D’us que dizemos adorar é deste a eternidade, porém ele se denomina o D’us de um povo chamado Israel e ainda se declara o D’us de Abraão, Isaque e Jacó(Israel). Portanto, o D’us único se revela a este povo e Paulo também declara em Romanos 9.4 que são dos israelitas as alianças, a legislação , as promessas, a glória e o culto(adoração). Sendo assim , o que eu vejo?Bom, percebo que se quero compreender mais sobre “adoração”, preciso então me voltar para o povo ao qual pertence o culto e o D’us que é adorado neste culto, pois como está relatado em Efésios 2 e romanos 11, por meio de Yeshua fomos enxertados e trazidos para perto da comunidade de Israel, ou seja, participamos agora da adoração ao D’us de Israel. Ef 2:12

naquele tempo, estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança e sem D-us no mundo.

E dentro desta questão, é evidente que a Igreja se afastou de suas raízes hebraicas.Não quero entrar profundamente no mérito histórico deste afastamento, mas apenas darei uma pincelada sobre esta história, a qual falamos em outro estudo. “- Creio que o primeiro passo para o afastamento da Igreja de suas raízes ocorreu no ano 70 d.C , quando os crentes em Yeshua fugiram de Jerusalém por causa da destruição causada por Tito, acontecendo assim a diáspora(dispersão dos judeus pelo mundo). Os judeus interpretaram este fato ocorrido como sendo o cumprimento de Mt 24.15. - No ano 100 morre o ultimo dos apostolo, a saber João.Então começam a surgir pais gregos da Igreja. - Revolta dos Judeus – Bar-kochba ( 132-135d.C): Começou haver uma perseguição por parte de Roma aos Judeus. Então, levantaram-se os defensores do “cristianismo”, que passaram a dizer que o cristianismo não tinha nada a ver com os judeus, mas era universal.E assim acabou havendo um afastamento da originalidade. Começou tambem a entrar o paganismo, pois a maioria dos gentios vinham do paganismo. - Concílio de Nicéia (325 d.C) : Contantino oficializa o cristianismo como religião oficial de Roma.Ocorre o sincretismo religioso, união entre o paganismo, judaismo e cristianismo. Uma fusão entre o Estado e a Igreja.Uma outra evidência do Antisemitismo foi que, mudou-se a Pascoa para o domingo, para que não fosse realizada no mesmo dia que a Pessach (pascoa ) judaica, com a justificativa : "Seria o cúmulo da falta de reverência seguirmos as tradições dos judeus nesta maior de todas as festas. Não devemos ter nada em comum com esse povo abominável".”(Carlos Coléct, Apostila CEPT, Chuva de Juízo e Justiça)

Portanto, quando a congregação de judeus e gentios(Igreja) começa a sair de Israel e com a entrada de pagãos, os conceitos do paganismo também começam a entrar na vida da Igreja e assim também influenciando no culto e adoração. Na adoração pagã em geral, incluindo a grega, havia vários rituais a fim de agradar os vários deuses, e como não havia um código moral de acordo com o código moral do D’us de Israel, não havia, portanto um compromisso diário com a moralidade e santidade, isto é, existia e ainda existe uma adoração baseada na iniqüidade, o que nas escrituras Paulo(Shaul) se refere a “anomos ou anomia” que significa “ destituído de lei(mosaica), ou seja , sem a Torá, sem o código de ética, moral e santidade diária. E um outro aspecto é que esta adoração está firmada em um politeísmo ou monolatria, ou seja, há um panteão de vários deuses ou em algumas culturas um só deus, porém um deus falso, e isto é monolatria. Portando, na maioria das culturas pagãs , há um serviço a vários deuses, e esta mentalidade acaba envolvendo a cultura ocidental que tem como base a cultura grega. As pessoas mesmo sem perceber acabam se envolvendo em um politeísmo, acabam por servir vários deuses. Por exemplo: há um serviço a um deus no dia que é para ir á Igreja, há um serviço ao deus trabalho, há um serviço ao deus relacionamento conjugal, há um serviço ao deus Mamom, enfim há vários deuses que podem ser servidos, ouvidos e obedecidos. É algo lógico, a quem eu ouço e obedeço a este me torno servo, ou seja, eu entro em um estado de serviço, e isto é “adoração”, caso não seja ao D’us de Israel, isto , portanto, se constitui idolotria. Mas quanto a cultura hebraica, há um só D’us, o Eterno, descrito em Dt 6.4 “ Ouve Israel, o Senhor, Nosso D’us é UM”. Há um monoteísmo, um D’us verdadeiro, uma só voz a ser ouvida e obedecida. Na cultura pagã, os deuses também se colocam como servos, eles servem os homens.Os deuses precisam dar coisas. E será que não pensamos o mesmo ao nos achegarmos perante o Eterno de Israel, somente com intenção de que Ele nos dê algo?


4 Os “deuses” dentro desta cultura pagã são reverenciados para obtenção de favores.E dentro desta obtenção de favores, há costumes pagãos de se retalharem, cortarem os corpos, uma expressão de sofrimento. Há um exemplo no episódio do confronto de Elias e os profetas de Baal. 1Reis 18:28

E eles clamavam em altas vozes e se retalhavam com facas e com lancetas, segundo o seu costume, até derramarem sangue.

E neste episódio , é interessante que Elias coloca 12 pedras - representando as doze tribos de Israel - como base do altar ao Senhor, e isto nos mostra que a base do altar é Israel.Se eu quero levantar um altar ao D’us de Israel (tetragrama hwhy ), preciso ter como base as 12 tribos de Israel, caso contrário não será ao D’us de Israel. E outro coisa que observamos é que o pagão pede favor para si, mas no conceito bíblico, eu não me achego primeiramente ao Eterno para obtenção de favores próprios, mas sim um favor para o Seu Reino. Vejamos que Elias ele para ao Senhor que tudo foi feito conforme a sua Palavra, ou seja, o fogo desceu porque houve obediência a sua palavra. Foi Ele quem falou, o favor ali não foi para Elias, mas para o Próprio Senhor de Israel. E vemos esta mentalidade em muitos rituais de promessas , nos quais pessoas sobem escadas de joelhos, carregam cruzes, enfim. E aqui penso , se este sentir dor para obtenção de uma atenção do “deus” a quem me achego, não tem sido vivida por aqueles que se dizem seguidores de Yeshua, pois muitas vezes parece que estamos buscando algo por meio de algum sofrimento.Parece que se houver um jejum prolongado, há assim uma maior aceitação de D’us, se houver uma leitura exaustiva da Bíblia, isto me dá mais favor perante D’us. E não digo, que não haja sofrimento ou dor para crescimento, mas estou aqui colocando a intenção do nosso coração. Será que não “retalhamos” o nosso “corpo” de outras formas para obtenção da atenção de D’us? E ainda dentro deste conceito pagão, mais especificamente grego, sabemos que o grego é muito focado na questão das idéias. Aquele que tem conhecimento, poder de persuadir, mas tudo isto não importando a maneira que se anda diariamente, mas sim somente o conhecimento no plano da idéias, então, esta tal pessoa, é considerada como grande dentro desta tal sociedade. E este é o conceito de sabedoria grega.Por sua vez, o conceito bíblico hebraico de sabedoria que é “chokmá”, está em saber viver, está na vida diária, está em viver o conhecimento adquirido, está na habilidade para realizar. E é interessante que a purificação na filosofia grega está relacionada ao desligamento da alma do corpo, ou seja, trazendo a idéia de que o corpo é algo sujo e ruim. E este desligamento está o sentido da morte, e os que desejam esta separação são os que se dedicam a filosofia, são os filósofos. E o sentido literal de Filosofia é “ amante ou amigo da sabedoria”. E como vimos, a sabedoria para o grego está no plano das idéias e não na vivência diária, mas muito focada apenas no estudo de um conhecimento.Ou seja, na mentalidade grega, quanto mais se obtêm conhecimento, não precisando necessariamente unir o conhecimento com uma prática diária, mais se alcança uma purificação e uma libertar a alma do corpo. Este conceito está descrito em um diálogo entre Sócrates e Símias : “ – Mas a purificação não é , de fato, justamente o que diz uma antiga tradição? Não é apartar o mais possível a alma do corpo, habituá-la a evitá-lo, a concentrar – se sobre si mesma por um refluxo vindo de todos os pontos do corpo, a viver tanto quanto puder, seja nas circunstâncias atuais, seja nas que se lhes seguirão, isolada e por si mesma, inteiramente desligada do corpo e como se houvesse desatado os laços que a ele a prendiam? - é exatamente isso. - Ter uma alma desligada e posta à parte do corpo, não é esse o sentido exato da palavra “morte”? - É exatamente isso. - Sim, e os que mais desejam esta separação, os únicos que a desejam, não são por acaso aqueles que, que no bom sentido do termo, se dedicam a filosofia? O exercício próprio dos filósofos não é precisamente libertar a alma e afastá-la do corpo? - Evidentemente. “ (Plantão. Os pensadores.Ed Abril Cultural.1979. PP.69)


5 Mas as escrituras são muito claras, a purificação consiste em praticar o Conhecimento que se Tem de D’us.E é interessante pensarmos também no conceito de purificação no sentido de morte, no grego, esta morte se relaciona com a morte do corpo, mas nas Escrituras do Eterno, a morte se relaciona a morte de um conhecimento distorcido, de uma desobediência, de uma inclinação a transgressão da Lei do Senhor, que por sua sua vez habita no corpo, mas o Senhor não destrói o corpo , pois Ele fez e é bom, mas pelo contrário Ele traz redenção ao corpo.Paulo fala de “carne” e “corpo” em Romanos, mas são elementos distintos, a carne se refere a inclinação ao pecado que habita no corpo, o que precisa ser removido é a “carne “ e não o corpo. Rom 8:23

E não somente ela, mas também nós, que temos as primícias do Espírito, igualmente gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo.

E outra questão que nos influência dentro deste pensamento grego de morte para purificação, é o fato de que só há a morte, mas não há a ressurreição.E dentro do pensamento bíblico, há uma ressurreição.Infelizmente , muitas vezes paramos na morte, ou seja, morremos para nossos conceitos, a desobediência, a transgressão, o pecado, mas nos esquecemos de ressuscitar, isto é, de viver a obediência, os valores e princípios corretos.Paramos na cruz que tanto falamos, mas há uma vida após ela. Certa vez, Yeshua diz que quem quiser seguí-lo deve tomar a sua cruz (MT 10.38).A cruz aqui no pensamento hebraico é o madeiro, o qual se refere há uma consequência de algumas transgressões da Lei . Deut 21:23

o seu cadáver não permanecerá no madeiro durante a noite, mas, certamente, o enterrarás no mesmo dia; porquanto o que for pendurado no madeiro é maldito de D-us; assim, não contaminarás a terra que o Senhor, teu Elohim, te dá em herança

Aqui Yeshua está falando de uma culpa da trangressão da Lei, ou seja, aquele que desejar seguí-lo deve se reconhecer culpado, transgressor, e ser pendurado com Ele, mas não permanecer no madeiro. Há o momento de retirada. Yeshua não está preso agora, Ele saiu de lá.Portanto, não é uma cruz, um madeiro que deve ser carregado a vida inteira, precisamos sair do madeiro para viver uma vida de obediência. Lev 18:5

Portanto, os meus estatutos e os meus juízos guardareis; cumprindo-os, o homem viverá por eles. Eu sou o Senhor.

Então se pensarmos assim, a purificação não está no MORRER em si obtendo um conhecimento, como para o grego, mas no VIVER praticando os mandamentos do Senhor.O REINO é conferido para aqueles que ressucitaram com Cristo( Ef 2.6) Portanto, este pensamento grego de purificação, também acaba nos afastando de uma vida diária de adoração ou serviço ao Eterno de Israel.(Ex: muitas vezes se alguém vai em uma congregação e obtêm um conhecimento na pregação ou no culto, esta pessoa acaba se tendo como pura diante do Eterno, porém esta pureza está baseada somente no conhecimento e não na prática) Por isso, compreendo que precisamos voltar ao contexto original de “adoração”. E para que tenhamos uma maior idéia da importância de olharmos para Israel neste sentido, é o fato de que em Apocalipse dentro de um ambiente de adoração e escatológico é citado um objeto e um local, os quais também são referidos pelo povo de Israel em Êxodo. Vejamos então um episodio que foi relatado em Ap 15.5 e que se repararmos é o mesmo acontecimento que houve em Ex 40.35.Pois bem, em apocalipse fala do “tabernáculo do Testemunho”, que é literalmente a “ tenda da congregação” do tabernáculo de Moisés em Ex 40.34,35. Portanto, “ ohel moed ‫ “ אהל מועד‬, tenda do encontro ou reunião, foi algo reproduzido da eternidade e não é algo simplesmente judeu ou israelita , mas algo que foi revelado da eternidade para o povo de Israel. Há um outro contexto de adoração no final dos tempos, relatado em Ap 11.19, e esta passagem nos diz que foi vista a “arca do concerto”, e nós sabemos que a arca da aliança está intimamente ligada com Israel. Vemos esta Arca em Ex 25.10-22 sendo ordenado por D’us para estar entre o Povo de Israel.


6 Então, eu faço uma pergunta: esses elementos são algo simplesmente judaicos ou é algo que já existia na eternidade e que foi desvendado ao povo de Israel para alcançar todas as nações da terra? Infelizmente , hoje a maioria das pessoas pensam que a Lei é de Israel, e que aquilo que está na bíblia relacionada a Israel, tais como: tabernáculo, templo, menorá, os mandamentos, as festas, tudo isto são elementos judaicos ou de Israel, mas não é bem assim. De acordo com Hebreus, tudo foi revelado pelo Senhor a Moisés, portanto, é do Senhor e não de Israel. O SENHOR CONFIOU A Israel, mas não é de Israel. Sendo assim eu não vivo um mandamento ou lei judaica , mas a Lei do próprio Eterno.E quando penso desta maneira, eu já não penso que isso tem a ver com judaizar ou implantar uma cultura judaica, pois é uma cultura de D’us e não judaica.Mas o pensamento de Marcião(1 séc) de que há dois deuses um do antigo testamento que é ruim e outro bom do novo testamento, ficou na maioria das mentes, e assim criou-se uma outro “deus” com outra identidade e acabamos não vendo que é o Mesmo que deu a Torá no Sinai. Heb 8:5

os quais ministram em figura e sombra das coisas celestes, assim como foi Moisés divinamente instruído, quando estava para construir o tabernáculo; pois diz ele: Vê que faças todas as coisas de acordo com o modelo que te foi mostrado no monte.

Podemos notar que neste verso, está falando que estes elementos, tais como o Tabernáculo e a arca, são sombras das coisas celestiais, e estes também foram mostrados a Moisés no Monte Sinai.E se achamos que sombra é algo ruim, precisamos entender que sombra na cultura desértica é algo muito bom, pois mostra que algo é real e verdadeiro , e não uma miragem.A sombra não se separa do real.Como por exemplo: o corpo não pode se separar de sua sombra, andam juntos. Portanto, estes elementos nos mostram a realidade celestial em Yeshua, mas não se separam de Yeshua. Sendo assim não tem como falar de “adoração” sem voltarmos para aquilo que foi revelado aos filhos de Israel.

ADORAÇÃO

Povo escolhido Israel > Princípios revelados da eternidade

“Centro” do culto D’us de Israel > D’us de Abraão , Isaque e Jacó

Entenderemos mais esta questão ao entrarmos na etimologia da palavra “adoração”. 2. O termo adoração nas escrituras __________________________________________________________________________________ A primeira coisa que precisamos entender, é que no contexto original das escrituras e na língua hebraica bíblica não existe a palavra adoração claramente, assim como a temos no português. Por exemplo, não há a frase “eu adoro”, mas sim há o pensamento da ação “adorar”.Dentro das nossas traduções portuguesas é claro que há a palavra adorar, mas no contexto original não há. Por isso, vejo a importância de observarmos o pensamento hebraico das escrituras quanto a este termo “adoração”. A princípio, o que veremos pode parecer meio complicado e de difícil compreensão, mas é somente impressão. Teremos que pensar sim, mas acompanhe o raciocínio e chegaremos juntos a um entendimento, porém, talvez não completo do tema “adoração”, por isso, pedimos para que o Senhor nos desvende seus segredos e nos ensine como o adorarmos. Para começarmos e para fins didáticos, iremos dividir o termo “adoração” em duas palavras encontradas no original hebraico e suas correspondentes no grego e a seguir falaremos sobre elas.


7 Avodah ‫עבדה‬

Trabalho , serviço, culto.

(hebraico)

Latreia λατρεια

Trabalho retribuído por salário, serviço, culto

(grego)

ADORAÇÃO

Shachah ‫שחה‬

Prostrar-se, reverenciar alguém de hierarquia superior. No sentido de se abaixar.

(hebraico)

Proskuneo προσκυνεω (grego)

Reconhecer superioridade. Literalmente “em direção a beijar”, no sentido de um cão que vai em direção ao seu dono para lamber sua mão.

Portanto, vimos a cima a palavra adoração dividida em dois termos.Mas o que isto significa? Bem, é nesse ponto que precisaremos entrar no conceito hebraico do ato “adorar”, pois como vimos, nos escritos originais não se encontra claramente o termo “adoração”, mas sim o pensamento. E esse pensamento no hebraico quanto a adoração é “avodah”, que literalmente é “trabalho, serviço e também é usado para culto”. Agora, já o outro termo a cima é “shachah”, que se relaciona basicamente no ato de prostrar-se reconhecendo uma hierarquia superior, e esse é usado nas escrituras tanto para homens quanto para D’us, mas veremos que na nova aliança isso muda um pouco quanto aqueles que estão no Reino de D’us.Outra coisa que vemos em nossa tradução portuguesa é que quando lemos em algum versículo “adorar”, é essa palavra “shachah” que aparece, ou seja, está se referindo a uma “reverência “.E quando lemos “servir ou culto”, na sua grande maioria é “avodah”.(mais a frente veremos a primeira aparição da palavra “avodah” e que nos amplia o sentido do “trabalho”) E o fato de somente o “shachah” aparecer em nossas bíblias como “adorar”, faz com que somente tenhamos o prostrar-se ou a reverência como “adoração”, o que torna incompleta a nossa compreensão do ato de “adorar”, acabando por desta forma, resumindo a adoração muito mais à um momento, do que à algo contínuo e diário.Embora o “shachah” contenha os dois lados, ou seja, o lado momentâneo e físico de inclinar-se e o continuo de reverência diária ao Senhor, infelizmente temos a tendência de apenas focarmos no momentâneo.(mentalidade do “descartável”, foca no momento) Mas o que precisamos ter em mente agora é que, ao pensarmos em adoração, pensemos nessas duas instâncias, isto é, em “avodah e shachah”, respectivamente, “trabalho e reverência”. Citarei agora duas referências de cada palavra nas escrituras, uma na antiga aliança no hebraico e outra na nova aliança com sua correspondente no grego. 1) Avodah – ‫ עבדה‬/Latreia - λατρεια 50

Deut 6:13

O Senhor, teu Elohim, temerás, a ele servirás(avodah), e, pelo seu nome, jurarás.

H5647

Luc 4:8

Mas Yeshua lhe respondeu: Está escrito: Ao Senhor, teu Elohim, adorarás e só a ele darás culto(latreia).

G3000

2) Shachah – ‫ שחה‬/Proskuneo - προσκυνεω Gên 22:5

50

Então, disse a seus servos: Esperai aqui, com o jumento; eu e o rapaz iremos até lá e, havendo adorado( shachah), voltaremos para junto de vós.

Numeros da referência do dicionário Strong (hebraico, aramaico e grego)

H7812


8 João 4:24

Elohim é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem(proskuneo) em espírito e em verdade.

G4352, G4352

A seguir entraremos no sentido e origem dessas palavras. 3. Avodah – desenvolver e manter uma Cultura _____________________________________________________________________________________ Continuamos então falando um pouco mais sobre o termo hebraico “avodah”, e veremos algo muito interessante que amplia nossa visão sobre adoração além de um momento. As primeiras vezes que este termo aparece nas escrituras é em Gn 2.5 e Gn 2.15. Gên 2:5

Não havia ainda nenhuma planta do campo na terra, pois ainda nenhuma erva do campo havia H5647 brotado; porque o Senhor Elohim não fizera chover sobre a terra, e também não havia homem para lavrar(laavod) o solo.

Gên 2:15

Tomou, pois, o Senhor Elohim ao homem e o colocou no jardim do Éden para o H5647 cultivar(laavodah) e o guardar.

Acima estão dois versos onde aparece o termo “laavodah ‫“ לעבדה‬, derivado de “avodah ‫”עבדה‬. Neste ponto precisamos prestar atenção, pois encontraremos aqui a origem da adoração. Pois bem, analisemos então os versos a cima. O Senhor fala que colocou o homem no jardim para cultivar(sendo a palavra usada no original “laavodah”) o solo e o jardim, ou seja, segundo o dicionário Aurélio cultivar é “1.Fertilizar (a terra) pelo trabalho;2.Dar condições para o nascimento e desenvolvimento de (planta);3.Procurar manter ou conservar;4.Desenvolver.

E aqui iremos nos aprofundar na etimologia de algumas palavras, para que possamos alcançar um maior entendimento do que o Senhor está nos trazendo a respeito da adoração, ou também sobre o papel do homem na Terra. Vemos então, que a palavra no pensamento hebraico usada para adoração é “avodah”, que literalmente é “trabalho, serviço e culto”, e a primeira utilização dela na escrituras está como o trabalho de cultivar o solo e o jardim. O interessante é que fui procurar a origem da palavra “cultivar “ no latim, e o significado encontrado é “ levantar de uma planta ou cultura”, e após isso procurei a palavra “ cultura” no latim, e o significado é “ cultivar o solo, cuidar”, e ainda, outra palavra que procurei seu sentido no latim foi “culto” que é “cultus”, com o sentido de “cuidado, cultura”. Talvez você se pergunte o porquê de procurar o significado das palavras no latim?A resposta para esta pergunta é simples, porque a língua portuguesa pertence ao grupo das línguas românicas, e teve a sua origem no latim falado, levado para a Península Ibérica por volta do século II a.C. Bom, continuando, podemos perceber que nestas palavras “cultivar” e “culto” há outras implícitas e estas são: “cultura e cuidar”.E interessante que se repararmos a cultura de um povo se estabelece pelo culto prestado por este povo.Se o culto é a Mamom, as riquezas, a cultura será de consumismo, dentre outras. Portanto, podemos entender que o sentido do “avodah” amplia-se em Gn 2.5;15, isto é, o homem é colocado na terra para cultivar o solo e o jardim, e isto significa conforme vimos acima, trabalhar no ambito de desenvolver e manter uma cultura. Mas e o solo e o jardim, o que pode nos significar?


9 Bem, a palavra “solo” vem de ‫` “ אדמה‬adamah” que procede de ‫’“ אדם‬adam’”, que significa “vermelho” e daonde surge Adão(o homem), sendo assim, podemos fazer analogia entre solo e o homem. O jardim no traz o sentido do lugar ou ambiente aonde se encontra este homem(solo). Desta maneira, ampliamos a nossa visão quanto a adoração, ou seja, o “avodah”. Vemos então, que o papel do homem dentro da adoração é trabalhar para manter o homem e o ambiente no qual ele está inserido dentro da cultura estalecida por D’us, dentro da cultura do Seu Reino, ou seja, dentro da Ordem instituida pelo Eterno Criador. A cultura deste mundo precisa ser trocada pela Cultura do Reino de D’us

Talvez agora surja uma questão: Mas qual é essa cultura? Precisamos mais uma vez nos voltarmos para a nação de Israel para entendermos qual é essa cultura, entenda que não estou falando da cultura de Israel, mas sim a cultura do Reino de D’us que foi revelada a este povo. É de suma importância que tenhamos o pensamento de que D’us revelou os seus mandamentos e ordenanças à Israel para restabelecer uma ordem perdida, quanto a uma cultura, quanto a um modo de vida, conceitos de santidade diários, enfim, as leis que regem seu Governo, isto é, o código moral e de ética chamado Torá, o qual por sua vez não foi abolido por Yeshua conforme Mt 5.17-43. E com base neste pensamento, é fácil percebermos qual a cultura deve ser mantida e desenvolvida, no sentido de adoração. Pois em deuteronômio (devarim) 6.13-19, nos dá uma dica de como o serviço ou adoração deve realizado. Vejamos: “O SENHOR, teu Elohim, temerás, a ele servirás, e, pelo seu nome, jurarás. 14 Não seguirás outros deuses, nenhum dos deuses dos povos que houver à roda de ti, 15 porque o SENHOR, teu Elohim, é El zeloso no meio de ti, para que a ira do SENHOR, teu Elohim, se não acenda contra ti e te destrua de sobre a face da terra. 16 Não tentarás o SENHOR, teu Elohim, como o tentaste em Massá. 17 Diligentemente, guardarás os mandamentos do SENHOR, teu Elohim, e os seus testemunhos, e os seus estatutos que te ordenou. 18 Farás o que é reto e bom aos olhos do SENHOR, para que bem te suceda, e entres, e possuas a boa terra a qual o SENHOR, sob juramento, prometeu dar a teus pais, 19 lançando todos os teus inimigos de diante de ti, como o SENHOR tem dito.” (Dt 6.13-19)

O Senhor declara nestes versos, que a Ele somente deve ser o serviço, a palavra usada aqui é “avodah”, substitua por adoração no sentido do trabalho como já vimos acima.Portanto, o Senhor mostra como esse trabalho deve ser feito, ou seja , qual a cultura deve ser mantida e desenvolvida. a) Não seguindo outros deuses; b)Não tentando o Senhor; c)Guardando seus mandamentos, estatutos e testemunhos; d) Fazendo o que é reto e bom aos olhos do Senhor. Conforme vemos, estes mandamentos do Senhor nos falam de algo muito mais diário e comportamental do que cerimonial e momentâneo, embora aja a cerimônia. ADORAÇÃO AVODAH

Cultivar o solo e o Jardim Gn 2.5;15

trabalhar no ambito de desenvolver e manter uma cultura

a) Não seguindo outros deuses; b)Não tentando o Senhor; c)Guardando seus mandamentos, estatutos e testemunhos; d) Fazendo o que é reto e bom aos olhos do Senhor.> Dt 6.13-19


10 Mas quanto a questão das cerimônias e rituais, vemos que D’us estabeleceu elas, mas elas sempre foram para gerar princípios que seriam vividos diariamente. Sem a vivência dessa cultura não haveria coerência com a cerimônia. Por isso creio na importância da adoração publica.Porém creio que D’us está mais interessado que se viva os seus princípios continuamente, do que se façam cerimônias e rituais momentâneos. Vejo isso em Amós 5,21-27 que nos diz que o Senhor estava abominando, rejeitando as solenidades e os cânticos de Israel, pois não estava havendo juízo e justiça na vida diária do povo e ainda havia sacrifícios e trabalho a Moloque. Uma prova de que não estava havendo a cultura do Reino de D’us no meio do povo, é o que o Senhor fala no verso 12, ou seja, Ele pede para buscar o bem, fazer o bem, não pisar e rejeitar o pobre. E isto era o que não estava acontecendo e por isso a rejeição da parte de D’us quanto às solenidades ou cerimônias. Não estava ocorrendo a adoração ou o trabalho para desenvolver e manter a cultura da Ordem de D’us, e somente estava havendo uma adoração cerimonial, e isto se relaciona com o que Yeshua fala em Mt 15.8 a respeito de uma honra apenas com os lábios e o coração distante.E isto pode nos dizer então que há um adoração que é vã, ou seja, vazia de propósito e vida, pois assim Yeshua declara em Mt 15.9. Mas que fique claro, que o Senhor não destituiu as solenidades ou cerimônias, pois o que ele estabeleceu é bom e perpétuo, mas a vida e as solenidades, o contínuo e o momento devem estar em concordância. 4. Adoração lógica _____________________________________________________________________________________ Ainda na adoração dentro do conceito do “Avodah”, gostaria de falar um pouco sobre o sacrifício relatado em Romanos, o qual é o culto racional segundo Paulo. Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Elohim, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Elohim, que é o vosso culto racional. 2 E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Elohim. (Rm 12.1,2) Paulo fala a respeito de um culto racional em Rm 12.1, mas o que isto significa? Vamos ver o contexto deste texto e algumas palavras no seu sentido original.Entendo que não tem muito a ver com a maneira que usamos esta expressão “culto racional “ nos dias de hoje, pois a usamos em um sentido de ritual e de que precisamos ter um raciocinio lógico para vivermos com D’us e o cultuarmos.Não estou querendo dizer que devemos ser leigos, mas sim que somos guiados pelo espírito e não pela razão de acordo com o pensamento grego. É importante pensarmos que Paulo estava falando com uma Igreja mista, composta por gentios e judeus. Nos assuntos abordados por ele antes do cap 12, estão: a justificação pela fé em Cristo, Abraão, a rejeição pelo Messias, o enxerto dos gentios na Oliveira que é Israel e então, no final do cap 11, Paulo encerra dizendo que todos foram colocados debaixo da desobediência, para com todos D’us usar de compaixão. CULTO RACIONAL no grego é “latreia logikos” . Como vimos, a palavra “latreia”, quer dizer serviço, trabalho retribuído por salário, e neste caso ela é usada como que se referindo as cerimônias de adoração no templo judeu( Rm 9.4 ; Hb 9.1-6). A palavra relativa em hebraico é “avodá” (trabalho) e ambas estão relacionadas a adoração, no que diz respeito ao dar o trabalho e esforço ao que é adorado. A palavra usada para racional é “logikos” que transliterada temos a palavra que conhecemos como “lógicos” e traduzindo temos algo focado na razão, inteligência, calculo, pensar e “logikos “vem de “logos “ que é “ato de falar.


11 Portando ser racional é raciocinar(pensar) e ter a capacidade de expressar esse raciocínio por meio da fala. Sendo que Paulo vinha de um contexto em que estava falando dos judeus e da compaixão de Deus que alcança a todos, creio que também ele se referia a forma de culto antes prestado no templo, ou seja os sacrifícios apresentados. E que agora eles deveriam ser o sacrifício vivo, santo e agradável, esse agora seria o culto, esse agora seria o serviço. Neste ponto(antes de continuarmos) gostaria de abrir um parênteses sobre o Altar. Bem em hebraico esta palavra é “mizbeach ‫“ מזבח‬, o que significa “ lugar de sacrifício, e podemos perceber nas escrituras que a vida e o culto diário do Povo de Israel estava muito ligado com o Altar e sem ele o culto realacionado ao sacrifício não poderia exitir. Interessante que “mizbeach” procede de “ zabach ‫ “ זבח‬, cujo sentido é “ matar, sacrificar, abater, imolar”, e desta palavra surgi “ zebach “ mudando a vocalização, pois as consoantes são as mesmas “‫זבח‬ ‫ “ זבח‬e seu significado é “ desprovido de proteção” , então faço uma pergunta :” quando estou desprovido de proteção?” A resposta é simples : “ quando me desarmo “ . Portando, posso entender que preciso estar no Altar diariamente para cumprir o culto diário, ou seja, para servir, trabalhar para o Senhor sou conduzido à um abatimento, à uma morte e um desarmamento diário perante Ele. Preciso me desarmar para poder ser abatido pelo Senhor. Outro pensamento que percebo é que quando ele fala “rogo-vos, pois”, esta palavra “pois” pode ser “por esta razão”, que razão? Qual motivo? O motivo da compaixão51 de Elohim, ou seja, entendo que pelo motivo da compaixão de Elohim, devemos nos entregar a Elohim, pois isto é lógico, se eu raciocinar, verei que Elohim teve misericórdia de mim, me colocou em seu coração e nada mais lógico e inteligente do que eu me dar a Ele. Portanto o culto racional é um serviço lógico prestado e que haverá uma retribuição da parte de Deus(Ele é a própia retribuição).E qual é este culto, adoração ? a resposta é simples: EU COMO SACRIFICIO VIVO, SANTO E AGRADAVEL A D’US e assim o faço pelo ato lógico de Ele ter tido compaixão e misericórdia de mim. Culto Racional

Adoração (serviço) lógica

EU SACRIFÍCIO VIVO, SANTO E AGRADÁVEL A D’US

Vemos nas escrituras que por causa da desobediência é necessário um sacrifício, isto é um principio.O sacrifício restabelece a obediência. Adão desobedeceu e foi preciso um sacrifício, um derramar de sangue, e como sabemos isto apontou para o sacrifício perfeito de Yeshua. Talvez você pergunte: por que então eu preciso ser o sacrifício? Se repararmos no contexto anterior do cap 12, como já vimos, Paulo diz que o Senhor encerrou a todos debaixo da desobediência, portanto se estamos debaixo da desobediência é necessário o sacrifício, o qual segundo Paulo sou EU, mas e Jesus?.Sim, Ele é o sacrifício perfeito, mas isto não me isenta de ser também o sacrifício, pois a própria palavra nos afirma que precisamos ser participantes da morte de Yeshua para assim também participarmos da sua vida, sendo assim, devemos ser participantes de Cristo na cruz, sermos o sacrifício junto com Ele. Desobediência

51

Sacrifício

Obediência

MISERICÓRDIA: latim – “miseri”= pobre, ,miserável; “cardis”= coração, ou seja, D’us nos colocou em seu coração mesmo estando nós na condição de pobres e indignos.


12 É interessante notarmos que em varias passagens Deus diz que não se agrada de sacrifícios e holocaustos, mas por quê? Pois se sacrificavam coisas, animais, mas não a si mesmo.Eles queimavam a oferta no altar, mas ao saírem continuavam vivendo as suas vidas em desobediência, por isso é melhor obedecer do que sacrificar (1 Sm 15.22)e o conhecimento de Deus mais do que holocausto, pois se houvesse obediência não precisaria o sacrifício.O desejo do Senhor é a obediência a sua voz.Precisamos entender isso nos dias de hoje, pois não sacrificamos apenas uma coisa, como por exemplo, um carro, uma casa, namorado, enfim, mas hoje o que é sacrificado sou EU, e assim eu entendo que tudo o que condiz com a minha vida não é meu, mas Dele.(SACRIFICIO, tem o sentido de tornar sagrado, santo) Concluímos que essa adoração e culto são diariamente eu me entregando sacrificialmente(tornando sagrado, santo) em prol do estabelecimento da ordem cultural de um Reino.

(Continua Parte II...)

Shalom Carlos Coléct www.centroteshuva.blogspot.com


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