MANIFESTAÇÕES INCONSCIENTES - EXTASE E LINGUAS ESTRANHAS

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_______________________________________________________________________Por Carlos Coléct

Manifestações inconscientes –

Êxtase e línguas estranhas


2 1. Êxtase- tomada dos sentidos _____________________________________________________________________________________ Desde os tempos antigos houve nos povos da terra, manifestações e experiências ditas “espirituais” em momentos cultuais aos ídolos.Momentos de êxtase, mas não vemos em Israel manifestações desse tipo. Porém, houve no serviço cultual ao Eterno, pessoas que o serviram de forma inconsciente, Ele, o Eterno, não se agradou e se referiu a isto como sendo uma oferta de fogo estranho. Qual foi este momento? Este episódio é de Nadabe e Abiu relatado na Torah dentro da parachá(porção) Shemini. Lv 10.1 - Nadabe e Abiú, filhos de Arão, tomaram cada um o seu incensário, e puseram neles fogo, e sobre este, incenso, e trouxeram fogo estranho perante a face do SENHOR, o que lhes não ordenara Mas o que pode significar este fogo estranho? Pois eles eram sacerdotes e trouxeram o fogo do lugar correto.Primeiramente “estranho” em hebraico é “zarah”‫ זרה‬, que significa “estranho, estrangeiro”, portanto, algo que não é reconhecido pelo Senhor e está fora da sua jurisdição, ou seja, da sua Lei ou ordem.Bom, foi algo assim que os filhos de Arão ofereceram ao Senhor. No verso 9, o Senhor fala o por que dele terem morrido , já que eram sacerdotes e ofereceram algo certo. Lv 10.9-11 -Falou também o SENHOR a Arão, dizendo: 9 Vinho ou bebida forte tu e teus filhos não bebereis quando entrardes na tenda da congregação, para que não morrais; estatuto perpétuo será isso entre as vossas gerações, 10 para fazerdes diferença entre o santo e o profano e entre o imundo e o limpo 11 e para ensinardes aos filhos de Israel todos os estatutos que o SENHOR lhes tem falado por intermédio de Moisés. Aqui , está a resposta: “Eles entraram embriagados para oferecerem ao Senhor na Tenda da congregação”. E este fato nos mostra que precisamos oferecer algo ao Senhor, primeiro: não algo que queremos oferecer, mas o que Ele quer receber, segundo a sua palavra, e em segundo: precisamos oferecer algo com consciência, pois a embriaguez tira a consciência, o entendimento, o discernimento, e anula os sentidos. E o Senhor diz assim: “ para fazer diferenciação entre o santo e o profano”, pois quando estou sem consciência eu não sei o que é santo ou profano.Preciso ter a consciência de que estou perante aquele que é SANTO. Preciso servir ao Senhor tendo esta consciência, e não me mover perante o Senhor dentro de uma empolgação sem entendimento, sem consciência. É interessante lembrarmos que vários rituais pagãos se utilizam de mantras, drogas alucinógenas, enfim, elementos que tiram a consciência.O adversário tira a consciência enquanto o Senhor dá a consciência. E é como se o Eterno estivesse falando, “COMIGO É DIFERENTE, SAIBA DIANTE DE QUEM VOCÊ ESTÁ, SAIBA COM QUEM VOCÊ ESTÁ FALANDO, SAIBA QUE EU SOU SANTO E NÃO PROFANO” As experiências com o Espírito (Ruach -Sopro) do Santo de Israel não tiram a consciência do homem, muito pelo contrário ,dão lucidez e consciência. O transe e experiências de perdas de sentidos provêm de cultos de ídolos pagãos e não do Eterno de Israel.Não vemos nas Escrituras, na Lei e nos Profetas, ou nos relatos dos enviados (apóstolos) o Eterno agindo dessa forma. Talvez alguém se pergunte sobre a questão de Daniel, onde diz que ele caiu sem sentidos após a visão que teve. Dn 8.18 - Falava ele comigo quando caí sem sentidos(desmaiei), rosto em terra; ele, porém, me tocou e me pôs em pé no lugar onde eu me achava;


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Dn 10.9-12 - Contudo, ouvi a voz das suas palavras; e, ouvindo-a, caí sem sentidos, rosto em terra. 10 Eis que certa mão me tocou, sacudiu-me e me pôs sobre os meus joelhos e as palmas das minhas mãos. 11 Ele me disse: Daniel, homem muito amado, está atento às palavras que te vou dizer; levanta-te sobre os pés, porque eis que te sou enviado. Ao falar ele comigo esta palavra, eu me pus em pé, tremendo. 12 Então, me disse: Não temas, Daniel[...] Neste episódio de Daniel, a palavra em hebraico traduzida como "caí sem sentidos" é ‫"דרנ‬radam", que significa " adormecido, ou algo como um desmaio". Bom, Daniel recebeu uma visão e relatos tão fortes e assustadoras para ele, que a sua estrutura corporal não resistiu e Daniel desmaiou.E isto não quer dizer que foi algo que o Eterno causou em Daniel, foi algo corporal, Daniel ficou com medo e estremeceu.Repare que o Anjo diz para Daniel não ter medo, e outra coisa é que Daniel não ficou desmaiado, o Anjo imediatamente desperta Daniel e o deixa consciente.O anjo o colocou de pé, o sacudiu e disse para ele estar atento a tudo o que estava acontecendo. Sendo assim, o Eterno deixa as pessoas conscientes , deseja que estejam atentas e com o controle dos sentidos. 2. Línguas estranhas – Atos 2 _____________________________________________________________________________________ Outras manifestações muito comuns nos dias de hoje, são as chamadas “ línguas estranhas “. Essas manifestações são baseadas nos textos de Atos 2 e I Co 14.9,10, porém muitos entendem que as línguas nestes textos relatadass são línguas sem consciência, sem entendimento, e que não fazem sentido algum. E um ponto importante é entendermos que precisamos analisar as Escrituras, a Lei e os Profetas, para vermos se já houve acontecimentos desse tipo na história do Povo do Eterno. E se assim fazemos veremos que não há relato algum de manifestações de línguas sem sentidos no meio do Povo do Eterno, no meio de Israel.Então isso descarta qualquer nova manifestação estranha. No episódio de Atos 2 temos escrito o seguinte: At 2.3 -13 - Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem.5 Ora, estavam habitando em Jerusalém judeus, homens piedosos, vindos de todas as nações debaixo do céu. 6 Quando, pois, se fez ouvir aquela voz, afluiu a multidão, que se possuiu de perplexidade, porquanto cada um os ouvia falar na sua própria língua. 7 Estavam, pois, atônitos e se admiravam, dizendo: Vede! Não são, porventura, galileus todos esses que aí estão falando? 8 E como os ouvimos falar, cada um em nossa própria língua materna? 9 Somos partos, medos, elamitas e os naturais da Mesopotâmia, Judéia, Capadócia, Ponto e Ásia, 10 da Frígia, da Panfília, do Egito e das regiões da Líbia, nas imediações de Cirene, e romanos que aqui residem, 11 tanto judeus como prosélitos, cretenses e arábios. Como os ouvimos falar em nossas próprias línguas as grandezas de Elohim? 12 Todos, atônitos e perplexos, interpelavam uns aos outros: Que quer isto dizer? 13 Outros, porém, zombando, diziam: Estão embriagados! Vejamos que neste texto não está mostrando que os discípulos falaram em línguas sem sentido.Este texto diz que os discípulos falaram línguas inteligíveis, que foram entendidas pelas pessoas, ou seja, eles falaram os idiomas dos judeus que ali estavam para celebrar a festa de Shavuot. É muito interessante que esse ocorrido se liga com aquilo que ocorreu no monte Sinai na manifestação do Eterno quando revelava a Torah à Israel. Vamos relembrar o que já vimos em outros estudos sobre esta comparação entre Atos e o monte Sinai , para que assim entendamos melhor que as línguas faladas são línguas das nações.


4 Bem, o Pentecostes é o mesmo que a Festa das Semanas ou da Colheita, porém em grego significando os 50 dias, pois a festa das Semanas(shavuot) se comemora 50 dias após a Pascoa(pessach).E nesta festa é também comemorado a Dadiva da Torá, pois crê-se que o periodo deta festa das semanas ocorreu durante a recebimento da Torá no Sinai.Vemos em Ex 19.1 que o Povo de Israel no terceiro mês após a saída do Egito chegou ao Sinai., portanto mais ou menos durante o periodo da festa. Então façamos uma comparação do Sinai(shemot, exodo) com Sião(atos). Em ambos ocorreu a festa das semanas(pentecostes) e em ambos teve a revelação da torá e em Sião ela se extendeu as nações.Vamos ver a semelhança entre os versos Ex 20.18 e At 2.1-4. “Todo o povo presenciou os trovões, e os relâmpagos, e o clangor da trombeta, e o monte fumegante; e o povo, observando, se estremeceu e ficou de longe” Ex 20.18 Essa é a versão que conhecemos, mas no original hebraico não é bem assim, vejamos:

‫וכל־העם ראים את־הקולת ואת־הלפידם ואת קול השפר ואת־ההר עשן וירא העם וינעו ויעמדו מרחק׃‬ “vê kol ha am roim et ha kolot vê et ha lapidim vê et kol ha shofar vê et ha har ashen - vaiare haan vaianuo vaiamedo merachok” “e todo o povo viu as vozes, e as linguas (flamulas de fogo) e a voz do shofar e o monte em chamas(...)” Podemos assim notar a semelhança dos versos. “Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; 2 de repente, veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados. 3 E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, e pousou uma sobre cada um deles. 4 Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem. “ At 2.1-4 Torah revelada as nações Em Shavuot a Torah também é revelada as nações. No Sinai, nós temos a presença do número setenta, o qual segundo a tradição, se refere as nações da Terra, pois é o número de descendentes dos filhos de Noé declarado em Gn 10. Bom, no Sinai, o Senhor pede para que subam junto com Moisés setenta anciãos. Êx 24:1

Disse também Elohim a Moisés: Sobe ao Senhor, tu, e Arão, e Nadabe, e Abiú, e setenta dos anciãos de Israel; e adorai de longe.

Êx 24:9

E subiram Moisés, e Arão, e Nadabe, e Abiú, e setenta dos anciãos de Israel.

Portanto, no momento da entrega da Torah, da lei do Senhor, estavam presentes setenta anciãos. Ele não entraram no meio da nuvem com Moisés, mas os setenta estavam no monte. Podemos entender que as nações sempre estiveram no plano da revelação da Torah do Senhor. E isto estaria sendo evidenciado em Sião, no pentecoste com os discípulos de Yeshua quando eles passam a falar das grandezas do Eterno nas línguas das nações? Creio que sim. Neste momento a promessa do Espírito é dada. E como está escrito o Espírito está ligado ao cumprimento da Torah.


5 Ez 36:27

Porei dentro de vós o meu Espírito e farei que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis.

Essa foi a promessa concretizada em Sião, na festa de Shavuot, ou seja, o Senhor dá o Seu Espírito para que haja um andar na sua Torah, e esse andar é revelado nas línguas das nações. A Palavra do Senhor é como fogo Aqui podemos fazer uma Midrash (investigação relacionando textos) com Jr 23.29, que nos diz que a palavra do Senhor é FOGO. Jer 23:29

Não é a minha palavra fogo, diz o Senhor, e martelo que esmiúça a penha?

O Senhor que a sua Palavra é fogo. E o que vemos tanto no Sinai quanto em Sião? Sim, vemos LINGUAS COMO DE FOGO descendo.Seria a sua palavra descendo como fogo?A sua Torah, sua Instrução, que purifica as nações? Creio que sim. Portanto podemos perceber a semelhança do ocorrido nos dois episódios. Em Atos vemos essas línguas sendo distribuídas e os apóstolos falaram nas línguas das nações, representando a Tora sendo revelada as nações(At 2.5-13). E em tudo isso nós vemos Yeshua, pois Yeshua é a Torah, portanto, Yeshua é revelado as nações. 2.1 Línguas estranhas – Paulo(Shaul) aos Corintios _____________________________________________________________________________________ E as línguas " estranhas " ditas por Paulo(Shaul) aos Coríntios, não são línguas sem sentido e inteligíveis também, no original nós temos "línguas estrangeiras", são idiomas que se entendem assim como em Atos . Mas parece que no início de seu ensino, Paulo(Shaul) está dizendo que as línguas não são compreensíveis. 1 Co 14. 1- 4 - Segui o amor e procurai, com zelo, os dons espirituais, mas principalmente que profetizeis. 2 Pois quem fala em outra língua não fala a homens, senão a Elohim , visto que ninguém o entende, e em espírito fala mistérios. 3 Mas o que profetiza fala aos homens, edificando, exortando e consolando. 4 O que fala em outra língua a si mesmo se edifica, mas o que profetiza edifica a igreja. Porém, Shaul(Paulo) em nenhum momento está falando que as línguas são inteligíveis, sem entendimento ou misteriosa como se pensa. Creio que simplesmente Paulo está dizendo que se a pessoa falar uma língua estrangeira (idioma) sem que haja intérprete ou alguém que fale aquela língua, isto faz com essa pessoa fale somente ao Eterno , pois os homens não o entendem.E assim é necessário intérprete para que toda a comunidade seja edificada caso não haja ninguém que fale aquele idioma no local. E no decorrer de sua exortação Paulo(Shaul) começa a deixar mais claro esta questão de que as línguas não são línguas sem sentido, mas que são idiomas compreensíveis. I Co 14.9,10 - Assim, vós, se, com a língua, não disserdes palavra compreensível, como se entenderá o que dizeis? Porque estareis como se falásseis ao ar. 10 Há, sem dúvida, muitos tipos de vozes no mundo; nenhum deles, contudo, sem sentido. Se eu, pois, ignorar a significação da voz, serei estrangeiro para aquele que fala; e ele, estrangeiro para mim. 12 Assim, também vós, visto que desejais dons espirituais, procurai progredir, para a edificação da igreja.


6 Acima, vemos que Paulo(Shaul) exorta quanto ao entendimento daquilo que se fala, e ainda repare que ele exorta à um progresso, e isso porque provavelmente eles estavam agindo imaturamente como meninos sem entendimento.E como age alguém imaturo? Um menino age pelos impulsos e pelas emoções.

I Co 14. 20-22 - Irmãos, não sejais meninos no juízo; na malícia, sim, sede crianças; quanto ao juízo, sede homens amadurecidos. E é muito provável também que Paulo(Shaul ) nesta carta esteja ensinando aqueles que estavam vindo de cultos pagãos de Corinto, cultos que haviam praticas místicas, o que estava ocasionando misturas e paganismo na comunidade. Agora, vejamos que Paulo(Shaul) associa as línguas com aquilo que o Eterno diz por meio do Profeta Isaías a Efraim, o reino do Norte de Israel. I Co 14. 20-22 - Irmãos, não sejais meninos no juízo; na malícia, sim, sede crianças; quanto ao juízo, sede homens amadurecidos. 21 Na lei está escrito: Falarei a este povo por homens de outras línguas e por lábios de outros povos, e nem assim me ouvirão, diz o Senhor.22 De sorte que as línguas constituem um sinal não para os crentes, mas para os incrédulos; mas a profecia não é para os incrédulos, e sim para os que crêem. Paulo está relacionando com o texto seguinte: Is 28. 11-13 -Pelo que por lábios gaguejantes e por língua estranha falará o SENHOR a este povo, 12 ao qual ele disse: Este é o descanso, dai descanso ao cansado; e este é o refrigério; mas não quiseram ouvir. Nesta palavra declarada pelo Eterno em Isaías, O Eterno está falando sobre línguas estrangeiras, ou seja, idiomas. Portanto, o dom de línguas, são idiomas que se entendem e que tem por intuído revelar a Torah nas línguas das nações e que no meio de uma comunidade deve-se ter intérprete caso não haja alguém que fale este idioma. E se não houver interprete e nem alguém que entenda o idioma deve-se ficar calado ou falar somente com o Eterno. 2.2 Interpretação da Linguagem “estranha” _____________________________________________________________________________________ 1Cor 14:13 Pelo que, o que fala em outra língua deve orar para que a possa interpretar. 1Cor 14:28 Mas, não havendo intérprete, fique calado na igreja, falando consigo mesmo e com o Eterno. Ainda dentro desse contexto de “línguas estranhas”, gostaria de compartilhar um entendimento sobre estes versos acima, para ampliarmos um pouco mais a nossa visão a respeito desse assunto, e creio ser importante para nossos dias. E este compartilhamento é devido as interpretações erradas da fala do outro, a qual nos parece ser estranha e diferente daquilo que estamos habituados.E isto por causa dos pré conceitos e pensamentos já estabelecidos em nós, e desta forma ,interpreta-se o que o outro falou segundo o pensamento que já se tem, sem cogitar a idéia de ampliar a interpretação além do que já se pensa a respeito.Isto ocorreu muito com os textos de Paulo(Shaul) e até as palavras de Yeshua, enfim, acontece com todos, e até comigo.Alguém afirma que o outro disse o que na verdade não disse,e que vive o que na verdade não vive, e estabelece


7 uma verdade sobre isso, colocando o outro em uma posição de mentira, sem a possibilidade de estar na Verdade.Problemas de interpretar com base no pensamento e conceito adquirido de outros.Sim, a interpretação é muito ampla,mas toda interpretação precisa ter uma Base, a qual não é aquilo que tem origem em si mesmo ou no outro.Dentro das Escrituras a Base é a Lei e os Profetas, e isto revelado no interior de cada um, mas não podemos interpretar somente com base naquilo em que ouvimos de outros, ou em uma pensamento fechado dentro de nós. Bom, podemos tratar "línguas estranhas" como sendo uma linguagem estrangeira, uma maneira de falar estranha e diferente para aquele que está inserido em um contexto de exterior a mim.Por exemplo, o português pode ser uma linguagem estranha para o americano, ou vice versa.É uma maneira de falar diferente ao outro.Para aquele que não fala a mesma linguagem que eu , minha linguagem lhe tornará estranha. Mas os pontos que gostaria de colocar, é: - ainda que eu fale uma linguagem estranha, é preciso saber interpretá-la ao outro, para que se torne inteligível, e o outro tenha a possibilidade de entender, ainda que isso não signifique que ele realmente entenderá, mas pelo menos chegou aos seus ouvidos de forma compreensível.E se não houver alguém que interprete o que falo, ou se eu mesmo não sei interpretar o que recebi, é bom que não seja transmitido a outro.Apenas falo com o Eterno a respeito, caso contrário traria mais confusão. 1Cor 14:13 Pelo que, o que fala em outra língua deve orar para que a possa interpretar. 1Cor 14:28 Mas, não havendo intérprete, fique calado na igreja, falando consigo mesmo e com o Eterno. 1Cor 14:33 porque Elohim não é de confusão, e sim de shalom. Como em todas as reuniões dos santos, E quem poderíamos tratar por Interprete? Seria somente eu, ou alguém? Entendo que este interprete que é necessário ter, é o Espírito do Eterno dentro do Homem, pois intérprete é um Mediador e descodifica a mensagem.Portanto, creio que se não houver o Espírito do Eterno(interprete) para que o outro possa compreender o que eu falo, vejo que se torna inútil falar alguma coisa "estranha" ao outro, esta mensagem se tornará inteligível. Entendo que só o Espírito(sopro) do Eterno em mim, me torna capaz de transmitir de forma inteligível a linguagem até então diferente aos ouvidos daquele que escuta. 1Cor 2:10 Mas Elohim no-lo revelou pelo Espírito; porque o Espírito a todas as coisas perscruta, até mesmo as profundezas de Elohim. 1Cor 2:11 Porque qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o seu próprio espírito, que nele está? Assim, também as coisas de Elohim, ninguém as conhece, senão o Espírito de Elohim. Portanto, acima vemos o que é declarado sobre o Sopro(Espírito) do Eterno, como o Intérpretre, que revela e interpreta ao Homem as profundezas do Eterno e seus pensamentos.Só lembremos, que não trato do Espírito aqui como sendo uma pessoa distinta, mas simplesmente o Sopro do Eterno, o qual é soprado no homem o dando a capacidade e habilidade necessária para conhecer os intentos e aquilo que Provém do Eterno.


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- Outro ponto, é que aquele que não tem a capacidade de interpretar a linguagem "estranha" , ou o falar "estranho" que ouviu do outro, Não tem o Intérprete dentro de si, este não deve afirmar uma interpretação baseada em si mesmo e nos seus pensamentos pré concebidos e vãos.E nisto cabe a cada um sondar a si mesmo 3. Consideração final sobre algumas manifestações que se encontram relatadas na Torah _____________________________________________________________________________________ A Torah instrui em uma vida humana concreta, subordinando a vontade do indivíduo à vontade coletiva, ou seja, nem tudo aquilo que eu quero, ou tenho desejo posso fazer e isso em prol da coletividade. Porém não podemos desconsiderar que a Torah também nos mostra que dentro dessa vida concreta e diária também há manifestações que vão além da razão ou compreensão humana(não falo de manifestações que tiram a consciência), como por exemplo, homens que tiveram grandes experiências com o Eterno além do "físico e natural", na torah temos visões como de uma sarça que se queimava sem ser consumida, uma escada entre a terra e o céu e anjos subindo e descendo, um mar que se abriu aos olhos de todo o Israel, um cajado que se transforma em serpente, um Nilo que se torna em sangue, alimento e fogo que desce do céu, transladações, enfim, algumas manifestações não naturais dentro da vida concreta.Porém devemos entender que estas ações expressas na Torah dizem respeito a um Propósito bem claro e específico e não para satisfações próprios, e isso notamos porque na sua maioria essas ações não se vêem no meio de todo o Israel, mas em homens específicos como Noach(Noé), Moisés(Moshe), Abraão(Avraham), Jacó(Yaccov), José(Yosef),Elias(Elyahu), homens que precisavam de algo nessa esfera para continuarem no propósito do Eterno, no entanto o povo era beneficiado por isso, mas não era comum no meio do povo, assim como também vemos nos escritos do 1º séc, ou seja, Paulo(Shaul), Kefas(Pedro), tiveram algumas manifestações de ordem não natural, mas não vemos isso sendo comum no meio do povo.Não vemos a comunidade vendo anjos, ou ouvindo alguma voz do céu.

Shalom Carlos Coléct www.centroteshuva.blogspot.com


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