Vilhena ganha fábrica de ração animal
PRÊMIO SEBRAE DE JORNALISMO 2011 • 2012 • 2013 Melhor publicação impressa de Rondônia e da Região Norte Impresso Especial 9912324510/2013 - DR/RO CREDISIS
CORREIOS
ANO 8 | Nº 33 outubro, novembro e dezembro DE 2013 preço de venda: R$ 9,90
RONDÔNIA FOR EXPORT
Rondônia investe para multiplicar produção de soja, carne, peixe e laticínios e garantir a logística de armazenamento e a infraestrutura para exportação, de olho nos grandes mercados consumidores, como a China
SÃO MIGUEL
GENÉTICA
AGROINDÚSTRIA
terra de
Peixes com
Iogurte
empreendedores
tecnologia
do paraíso
C a r t a a o L e i t o r | carta.credisis@gmail.com
Nos últimos 25 anos, o mundo assistiu a China comunista abrir suas portas para o comércio com o Ocidente. De lá para cá, o que se viu foi o renascer de um gigante.
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De Rondônia para a China FRIGORÍFICO Wal-Mart compra pescado de Rondônia
Nesta edição da revista Credisis & Negócios, procuramos traçar um paralelo entre o aumento do consumo de alimentos como soja, carne e laticínios entre os chineses, e o crescimento da produção brasileira – e em especial a produção rondoniense.
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Neste mesmo período, Rondônia recebeu milhares de imigrantes e intensificou sua produção de alimentos. Hoje, produtos como soja e carne estão entre os principais itens da pauta de exportações de Rondônia. E outros produtos, como pescados e laticínios, se tornam cada vez mais representativos dentro do mercado interno.
CURTUME Couro para a China e Estados Unidos
Hoje, não há mais dúvidas que a solução para o período pós-usinas do Madeira virá do campo. Mas a mecanização e a industrialização da produção rural serão os instrumentos que, combinados a investimentos em armazenamento e logística de transportes, serão fundamentais para alavancar o crescimento do setor produtivo rondoniense. E com a ajuda dos chineses, podem ter certeza.
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Diante do gigante chinês, o Brasil tem elevado grandemente suas exportações de alimentos. E Rondônia, apesar de jovem, cresce em ritmo acelerado, e aos poucos vai galgando posições no ranking de produção agropecuária e de exportações dentro do cenário nacional. Apenas um exemplo: em 2013, Rondônia superou o Rio Grande do Sul, um tradicional estado produtor, no ranking de exportações de carne.
REMÉDIO Indústria produz princípio ativo de anticoagulante
Esse é o tema da matéria principal desta edição, que você confere nas páginas a seguir. Boa leitura!
Conselho Editorial: Presidente - Gilberto Borgio. Membros - Elton Pereira de Oliveira, Edna Okabayashi, Vornei Bernardes. Jornalista Responsável: Edna Okabayashi (DRT/RO 906). Editor: Sandro B. André (Jornalista DRT/ PR 2425). Fotos: Sandro André, Daniel Santana, Ésio Mendes, Marcos Freire. Projeto Gráfico: Raro de Oliveira. Diagramação: Carlos Deitos. Arte da Capa: Raro de Oliveira. Diretor Comercial: Katuo Okabayashi • (69) 8447.3276. Fotolitos e Impressão: Gráfica Líder ltda. Tiragem: 5.000 exemplares. Circulação Nacional: Fibra Comunicação – Masue Okabayashi Comunicação-ME | C.N.P.J.: 11.018.327/0001-07 Cartas à Redação: Av. Amazonas, 2367 - Centro - Cacoal - CEP 76.963-737 • Tels: (69) 3441.1952 • (69) 8403.0867 • (69) 8456.1956 • E-mail: carta.credisis@gmail.com • Twitter: @revistacredisis
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expediente
GRÃOS Boasafra exporta soja e milho para a Ásia
CAPA
Rondônia produz o alimento dos chineses
A I N NDÔ
RO
FOR
4|Credisis & Negócios|Outubro|2013
T R O EXP
Solução para o “pós-usinas” virá do campo. Rondônia está investindo para multiplicar produção de soja, carne, peixe e laticínios e garantir a logística de armazenamento e a infraestrutura para exportação. Crescimento do Estado se mantém estável, nos 7% ao ano, em ritmo chinês
N
o último quarto de século, o consumo de soja e de carne na China foi multiplicado por dez. Nessa mesma razão direta, houve um salto de crescimento do rebanho de gado bovino e leiteiro de Rondônia. Os números mostram que o desenvolvimento de Rondônia tem relação direta com o crescimento do consumo de alimentos pelos chineses. Há 25 anos, os chineses consumiam 8,4 milhões de toneladas de carne e hoje consomem 71 milhões. E se “eles” são os grandes consumidores, o Brasil se tornou simplesmente o maior exportador de carne bovina e soja da história. Em 2000, o Brasil exportava 1,8 milhão de toneladas de soja para a China. Em 2012, vendemos 23 milhões de toneladas. Crescimento superior a dez vezes, ou mais de 1.000%, em pouco mais de uma década. Considerando carne mais laticínios, o salto no volume de exportações para os chineses também foi admirável: de 21 milhões de toneladas, em 2000, para 248 milhões em 2012.
Credisis & Negócios|Outubro|2013|5
capa
soja Rondônia tem participação direta nesse fenômeno. De 2000 a 2012, nossa produção de carne e laticínios teve um aumento histórico, assim como as exportações de soja, com um detalhe: antes a maior parte da soja exportada via Porto Velho era produzida no Mato Grosso, e basicamente a soja de Rondônia vinha do Cone Sul do Estado. Nos últimos três anos, houve um grande aumento na produção de soja do Estado. Não apenas no Cone Sul, mas em praticamente metade dos municípios rondonienses houve um grande salto na área cultivada. Isso mostra que a produção de soja de Rondônia já entrou numa nova e vertiginosa onda de crescimento. Os números mostram que, em 2013, o Estado colheu 561 mil toneladas de soja numa área plantada de 175 mil hectares. Nos últimos doze meses, houve um crescimento de 20%. Os dados oficiais mostram também que a área disponível para cultivo no Estado, sem desmatamento, somente com a recomposição das áreas degradadas, pode chegar aos 6 milhões de hectares.
Área plantada de soja poderá crescer mais de 30 vezes e chegar aos 6 milhões de hectares, sem derrubar mais nenhum hectare de floresta em Rondônia. 6|Credisis & Negócios|Outubro|2013
carne O rebanho bovino de Rondônia é de mais de 12 milhões de cabeças. Comparado à população de 1,6 milhão de pessoas (IBGE), existem quase oito bovinos para cada habitante. Com um rebanho de corte de 8 milhões de cabeças, o Estado produziu, no primeiro semestre de 2013, 257 mil toneladas de carne. É o 7º maior produtor do país e o 5º maior exportador. Possui 22 frigoríficos, alguns deles entre as plantas mais modernas do país. A China é o principal destino da carne rondoniense. Rondônia também é grande produtor de leite. São quase quatro milhões de cabeças. O Estado é o 7º no ranking dos maiores produtores do país. Produziu quase 400 milhões de litros no primeiro semestre de 2013, a partir de 54 grandes laticínios e de modernas indústrias de leite e derivados.
infraestrutura Em paralelo ao aumento na produção, Rondônia está construindo estruturas que garantirão o apoio tão necessário aos produtores de grãos, principalmente a soja. Está terminando a construção de uma usina de calcário, em Espigão do Oeste, próximo ao Cone Sul do Estado. O mineral é insumo básico para tirar a acidez do solo e melhorar a produtividade. Com recursos dos bancos de fomento e com o apoio do Governo do Estado, foram liberados mais de R$ 2 bilhões para o setor produtivo de Rondônia, somente este ano. O valor corresponde a quase 10% do PIB rondoniense, que deve fechar 2013 acima dos R$ 22 bilhões. Hoje, Rondônia é o principal destino dos investimentos do Banco da Amazônia no setor agropecuário, entre todos os estados da região norte. Com as linhas de crédito disponíveis e os estímulos concedidos pelo Governo do Estado, os empresários também estão investindo na construção de silos para o armazenamento de grãos e de unidades industriais para agregar valor aos produtos agropecuários. E o mais importante: com a rápida expansão econômica que começa a acontecer, a partir do agronegócio, o tão alardeado receio com o futuro do Estado na fase pós-usinas vai gradualmente desaparecendo.
capa
modais
porto Outro exemplo desse novo momento do Estado são as obras do novo terminal de embarque de soja de Porto Velho, em parceria com o Grupo Amaggi, e que terão início em 2014. O novo complexo portuário rondoniense, com quase 30 milhões de metros quadrados, terá estrutura disponível para as empresas que vierem a se instalar na futura ZPE e no novo distrito industrial do Estado. O porto terá uma área total de 2.730 hectares, dos quais 258 hectares serão destinados à implantação da Zona de Processamento de Exportação de Rondônia. Serão R$ 260 milhões somente em recursos privados. A ZPE deverá estar implantada num prazo de 24 meses. Também será construída a nova Rodovia Expresso Porto, da BR-364 até o novo complexo portuário, retirando o fluxo de caminhões pesados da zona urbana da capital.
Foto Dnit
O agronegócio também é a locomotiva para uma série de projetos voltados para a modernização dos modais de transporte e exportação do Estado, que deverá modificar o panorama econômico de Rondônia nos próximos anos. As obras serão realizadas pelo Governo Federal e Governo do Estado e – em alguns casos – em parceria com a iniciativa privada. Algumas obras já estão licitadas e serão iniciadas a partir de 2014. Entre os projetos se destaca a construção do novo complexo portuário da capital – que deverá receber perto de R$ 1 bilhão em recursos públicos e privados – além de outras obras de grande interesse – como a Zona de Processamento de Exportação (ZPE), construção do ramal da Ferrovia Leste-Oeste no trecho de Vilhena a Porto Velho, ampliação da pista do aeroporto internacional Jorge Teixeira, obras de dragagem na hidrovia do Madeira, novas pontes para ligação terrestre com Acre, Amazonas e Bolívia, e a reconstrução da pista da principal rodovia do Estado, a BR-364, já em fase final. A modernização dos modais de transporte – aéreo, terrestre e fluvial – permitirá que Rondônia ocupe posição estratégica no cenário nacional nos próximos anos. Além disso, o Estado deverá ocupar o topo na produção nacional de energia limpa, com a conclusão das usinas de Santo Antônio e Jirau, cada uma com capacidade de geração próxima dos 3,5 megawatts, e a construção de uma terceira hidrelétrica com capacidade semelhante, no rio Mamoré. As usinas também terão o importante papel de ajudar a impulsionar a criação de peixes. A estimativa é de que os lagos formados pelas usinas poderão produzir 100 mil toneladas anuais – quase o dobro de toda a produção atual.
Pavimentação da BR-364 8|Credisis & Negócios|Outubro|2013
Ponte sobre Rio Madeira
parceria Recentemente, foi assinado um tratado de cooperação entre Porto Velho e a cidade de Jinan, na China. O governo chinês pretende investir no setor produtivo rondoniense, cedendo equipamentos de alta tecnologia com CNC (Controle Numérico Computadorizado) e transferindo tecnologia para setores importantes para Rondônia, como a produção de madeira, carnes de boi, frangos, suínos e caprinos, plantio de grãos, mineração, produção de aço e máquinas pesadas. Os chineses também pretendem ceder máquinas para a área de produção (retroescavadeira, patrol, caçamba), extrusoras para trituração e reciclagem de pneus, garrafas Pet, caixas de leite longa vida, de óleo vegetal e mineral”. Também desejam investir na produção de Biodiesel (sementes e halogênios), beneficiamento de couro (peixe e gado), serviços no parque fabril para gás natural (engarrafamento) e ampliar a compra de alimentos rondonienses (carne, frango, peixe, grãos etc). Em linguagem comercial, Rondônia está se tornando um verdadeiro “negócio da China”. Foto wikipedia.org
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Brasil bate recorde
nas exportações
As exportações do agronegócio brasileiro já superam os US$ 100 bilhões no acumulado de 12 meses
O
volume das exportações brasileiras superou pela primeira vez a marca dos US$ 100 bilhões. No acumulado de outubro de 2012 a setembro de 2013, os valores atingiram a marca histórica de US$ 104 bilhões. Esse valor nunca havia sido atingido e supera em 7,7% o mesmo período anterior, conforme dados divulgados pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). O resultado poderia ter sido ainda melhor. Isso porque o Brasil aumentou o volume exportado em 20,5% no período, mas os preços recuaram 7% em dólar. Entre os produtos que aumentaram o volume exportado neste período, milho, soja em grão, açúcar, carnes e café tiveram maior destaque. Mas os dados do
10|Credisis & Negócios|Outubro|2013
Porto de Paranaguá Cepea indicam que apenas soja em grãos e farelo, carnes de aves e suína e a celulose tiveram aumento de preços em dólares. O agronegócio foi o grande sustentáculo da balança comercial brasileira nos últimos anos. Do início dos anos 2000 a setembro último, o Cepea registrou um aumento de 240% nas exportações brasileiras no setor. Esse aumento ocorreu mesmo com uma evolução de 53% na valorização do real. Nesse mesmo período, os preços externos subiram 110%. O milho foi o grande destaque nas exportações nacionais dos últimos 12 meses, com alta de 66% em relação a igual período anterior. Outros destaques foram: o setor sucroalcooleiro, com aumento de 32%; soja em grãos, 28%; carne bovina,
21%; café, 16%; e suco de laranja, 11%. Os dados do Cepea indicam que o país continua elevando as exportações de commodities, mas perde nas vendas externas de produtos agregados. Nos nove primeiros meses deste ano, enquanto as vendas externas de soja em grão tiveram um bom desempenho, as de farelo e óleo de soja recuaram. As exportações de óleo de soja caíram 34%, enquanto as de farelo recuaram 9,5% no período. A China, principal importadora de soja do Brasil, dá prioridade à compra do grão para fazer a industrialização do produto nas indústrias internas. Na avaliação do Cepea, o agronegócio deve encerrar o ano com recorde de exportação. Os preços não devem ter variação substancial.
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GRÃOS
Multiplicando
a área plantada
Rondônia poderá ampliar em dez vezes sua lavoura atual, sem precisar desmatar. Investimentos em silos, rações e máquinas crescem, com foco na exportação
O
empresário Gilberto Borgio, proprietário da rede de produtos agropecuários Boasafra, com mais de três décadas de atividades no estado, afirmou que Rondônia tem condições de ampliar em dez vezes a área atual de cultivo, sem necessidade de desmatar mais nenhum hectare de floresta. “Rondônia possui 6 milhões de hectares de terras abertas, mas hoje apenas pouco mais de 600 mil hectares são cultivados. O restante são áreas de pastagens e terras degradadas, que podem ser recuperadas 12|Credisis & Negócios|Outubro|2013
e utilizadas para o plantio de grãos, como a soja e o milho por exemplo, muito mais lucrativos ao agricultor”, diz Borgio. O empresário vem diversificando sua atuação no mercado agrícola e já construiu duas unidades de armazenamento de grãos, em Cerejeiras, com capacidade para 290 mil sacas, e em Ariquemes, com capacidade para 150 mil sacas. Borgio avalia que o recente crescimento na área plantada de soja é um grande estímulo para o agronegócio do estado. Em 2012, o empresário exportou 1 milhão de sacas de soja e milho para países asiáti-
cos. Em 2013, deve fechar em 1,4 milhão de sacas exportadas – um crescimento de 40% em apenas um ano. Além do armazenamento, o empresário também investiu em parcerias para a produção de ração animal, com a indústria Big Sal, de Ji-Paraná. O município em breve também irá receber a primeira montadora de tratores de Rondônia, a indústria catarinense Budny. “São investimentos que mostram o atual momento do nosso estado, e a tendência é multiplicar a produção agrícola nos próximos três ou quatro anos”, finaliza Borgio.
MÁ QUINAS
Agronegócio atrai fábrica de tratores Montadora de tratores de Santa Catarina chega a Rondônia atraída pelo crescimento do agronegócio do Estado, principalmente nas pequenas propriedades rurais
M
otivada pelo crescimento do agronegócio em Rondônia, a Budny Tratores, de Santa Catarina, vai construir sua primeira unidade industrial na região norte, em Ji-Paraná. A fábrica representa um investimento total de R$ 110 milhões e vai atender os mercados de Rondônia, Acre e Amazonas. A notícia da implantação da indústria teve repercussão nacional, ao ser publicada recentemente no jornal Folha de São Paulo. A indústria terá incentivos do Governo do Estado e da Prefeitura e iniciará as obras no começo de 2014. A empresa terá como parceiros os empresários do Grupo Giordano, de Ji-Paraná, que fabricam carrocerias e implementos agrícolas. Um de seus diferenciais será a rede de assistência técnica em todo o Estado, através de parceria com um grupo empresarial rondoniense. Com 22 anos de atuação no merca-
do, a Budny Tratores tem sede em Içara (SC). Em Rondônia, a empresa deverá gerar entre 200 e 300 empregos diretos. “Escolhemos Ji-Paraná para instalar a nossa montadora e, futuramente, uma de nossas indústrias”, disse o empresário Carlos Budny. Ele também agradeceu o empresário Claudemir Miranda, que doou uma área de 50 mil metros quadrados para implantação da empresa, no novo distrito industrial de Ji-Paraná. A matriz catarinense da empresa tem capacidade para produzir dez tratores por dia. A nova fábrica deverá iniciar sua operação em 2014 com metade desse montante. “Vamos aumentar de acordo com a demanda”, projeta. Além de capital próprio, parte dos recursos para o projeto virá de financiamento bancário. Com a expansão, o faturamento deverá atingir R$ 150 milhões em 2014, segundo o empresário.
Distância Atualmente, os veículos vendidos na região são transportados da matriz catarinense. O custo com frete chega a R$ 4 mil. O valor representa quase 5% do preço de um trator, que custa cerca de R$ 85 mil. Outro motivo para a instalação da planta em Rondônia é a expansão da a familiar na região. O segmento representa a maior parte da clientela da empresa. A regularização de propriedades rurais através de programas do Governo do Estado deverá estimular o acesso ao crédito e ajudar na venda dos maquinários agrícolas
Credisis & Negócios|Outubro|2013|13
PEIXES
Frigorífico mira mercados
Produção dos chamados cortes “especiais” deslancha e unidade industrial de Ariquemes já atende grandes redes, como Wal Mart e Pão-de-Açúcar 14|Credisis & Negócios|Outubro|2013
P
rimeira unidade industrial a agregar alta tecnologia no processamento de pescados em Rondônia, o frigorífico de peixes Zaltana, de Ariquemes, está ampliando rapidamente sua produção para os mercados localizados nos grandes centros do país. O foco atual da empresa está no aumento da produção industrial dos chamados “cortes especiais” – como por exemplo a costelinha, o filé e a banda do peixe – que facilitam o preparo caseiro. O sucesso na industrialização do produto, em especial os cortes do peixe tambaqui, despertou o interesse das grandes redes nacionais de hipermercados. Entre os clientes do Zaltana estão as redes Wal Mart e Pão-de-Açúcar.
“Nossa produção está crescendo e o ritmo das vendas também”, garante o empresário Pedro Zirondi. Os números da empresa confirmam esse crescimento. Em julho, foram processadas 80 toneladas de peixes no formato de cortes especiais. O mês de outubro fechou em 250 toneladas. E dezembro deverá contabilizar mais de 300 toneladas. De acordo com Pedro Zirondi, “o mercado consumidor de Manaus continua sendo muito interessante para os produtores de Rondônia, mas a nova tendência é a abertura de mercados no centro-sul, principalmente na capital paulista, mas também em centros consumidores como Brasília, Goiânia, Cuiabá e Campo Grande”, revela.
do Centro-Sul Exportação O frigorífico, que iniciou suas atividades em Ariquemes há sete anos, conta com cerca de 100 colaboradores e está em fase de ampliação. Hoje, possui 1,2 mil metros quadrados de área construída, em terreno de quatro hectares. Mas novas obras serão executadas, com previsão de término em meados de 2014. O objetivo é preparar a estrutura com objetivo de exportar a produção para grandes mercados mundiais, como Estados Unidos e Japão. “Rondônia possui todas as características para produzir peixe com alto nível de qualidade”, diz Pedro Zirondi. “Temos clima e solo excepcionais, água abundante e muitas propriedades rurais, além de grandes incentivos do Governo do Estado. Isso ajuda a explicar porque Rondônia aumentou sua produção, somente nos três últimos anos, de oito mil toneladas para mais de 60 mil, e deverá chegar a mais de 80 mil até o final de 2014”, prevê.
Credisis & Negócios|Outubro|2013|15
CURTUME
Couro tipo exportação Em Presidente Médici, uma das mais modernas plantas industriais do país inicia produção de couros para abastecer mercados nacional e internacional
16|Credisis & Negócios|Outubro|2013
A
indústria de produção de couro Blu América, em Presidente Médici, será uma das mais modernas do país. O empreendimento está recebendo um investimento total da ordem de R$ 50 milhões e deverá gerar 250 empregos diretos. A indústria iniciou em novembro sua produção, ainda em fase de testes. A previsão é de conclusão das obras de construção até o final de dezembro. De acordo com o
diretor da Blu América, Claudio Vanzela, a capacidade inicial de produção é de 4 mil peças de couro por dia, mas a indústria deverá chegar a mais de 6 mil peças diárias. “Nossa expectativa é produzir cerca de 200 mil peças por mês, sendo 50 mil peças para exportação como base de produção para indústrias de estofados da China e da Itália e para montadoras de automóveis dos Estados Unidos”, explica. “O excedente da produção, em torno de
150 mil unidades, servirá como matéria-prima para indústrias do Paraná”. Anualmente, são adquiridas cerca de 1,5 milhão de unidades de couro cru inteiro de bovinos para curtimento dentro do Estado. A escolha da indústria por Rondônia se deu pelo tamanho de seu rebanho bovino, que hoje supera as doze milhões de cabeças, pela posição estratégica e pela política industrial adotada pelo atual Governo do Estado.
Credisis & Negócios|Outubro|2013|17
ÓLEO
Soja e girassol industrializados
Indústria produz óleo de soja e de girassol, além do farelo resultante do processo, que é utilizado como matéria-prima para ração animal
U
ma indústria de Vilhena é a primeira do Estado a produzir óleo de soja e de girassol – tanto para alimentação humana como matéria-prima para indústrias de cosméticos e de biocombustíveis de todo o país. Inaugurada há mais de dez anos, a Portal S/A tem capacidade para industrializar 40 toneladas de óleo de soja e até 100 toneladas de óleo de girassol por dia. “O processamento ocorre em dias alternados”, explica o diretor Valdir Kurtz. A sobra do processamento do óleo é o farelo de soja e de girassol. Rico em nutrientes, o farelo é largamente utilizado na produção de ração animal, tanto por indústrias do setor como diretamente por produtores rurais da região. A capacidade diária de produção é de 155 toneladas de farelo de soja e de 120 toneladas de farelo de girassol. A indústria também produz um óleo de girassol extra-virgem. Processado a frio, é rico em nutrientes como o ômega-3 e a vitamina E. “Temos duas versões, o óleo de girassol puro e o óleo de girassol com linhaça, ambos são superiores em nutrientes essenciais em relação a outros óleos similares”, explica Kurtz. Com mais de 60 funcionários, a empresa comercializa o farelo para os mercados de Rondônia, Acre e Amazonas, e atende as indústrias de alimentos, cosméticos e biodiesel de São Paulo, Paraná, Goiás, Mato Grosso e Tocantins. 18|Credisis & Negócios|Outubro|2013
O empresário Valdir Kurtz, de Vilhena, industrializa óleo de soja e girassol.
PRODUÇÃO
Cooperativa abre
fábrica de rações Cooperativa de Vilhena melhora produtividade no campo a partir do investimento na área genética e na oferta de rações de qualidade
A
Coopervil – Cooperativa Mista Agroindustrial de Vilhena – inaugurou recentemente a sua fábrica de rações para animais. Com capacidade instalada para produzir duas mil toneladas de ração por mês, a unidade industrial é totalmente informatizada e tem avançados processos de produção. Um importante diferencial para os cooperados é o preço – cerca de 30% menores que os valores praticados no mercado. É o que garante o presidente da Coopervil, Carlos Eduardo Sartor. “Temos um produto de qualidade e conseguimos atender nossos cooperados com preços reduzidos, exatamente porque trabalhamos no regime de cooperativismo, sem finalidade de lucro”, explica Sartor. A ração animal é um insumo importante, por exemplo, para os produtores leiteiros, em especial na estação seca. “É a garantia de uma alimentação de boa qualidade ao rebanho, com menores custos”, diz Sartor. Para ampliar a produção leiteira no campo, o Governo do Estado entregou este ano uma centena de ensiladeiras e plantadeiras aos produtores rondonienses, para produção de silagem. Com os equipamentos entregues pelo governo e a oferta de ração por parte da cooperativa, os produtores de leite da região têm condições de aumentar a produtividade por vaca, mesmo na estação seca.
A cooperativa de Vilhena iniciou, no segundo semestre de 2013, a produção de ração para animais, informa o diretor Carlos Eduardo Sartor.
Credisis & Negócios|Outubro|2013|19
HEPARINA
Alta tecnologia em remédios Indústria de Presidente Médici produz substância utilizada como princípio ativo para medicamento anticoagulante Heparina, que é largamente utilizado por pacientes em todo o mundo
A
indústria Kin Master, de Presidente Médici, utiliza alta tecnologia na produção de uma substância que é utilizada como princípio ativo para a fabricação do medicamento Heparina. A Heparina é um anticoagulante de uso injetável, amplamente utilizado na prevenção e tratamento de doenças cardiovasculares. A substância que serve como base para a produção do medicamento é coletada da 20|Credisis & Negócios|Outubro|2013
mucosa intestinal dos bovinos. O processo de produção agrega modernos processos e é realizado na indústria Kin Master. A empresa de Presidente Médici é a principal unidade industrial de produção da pasta que, depois de processada, é transformada no princípio ativo na matriz industrial da empresa, localizada em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul. O produto é posteriormente comercializado pela Kin
Master para inúmeras indústrias farmacêuticas ao redor do planeta, na produção do anticoagulante. A Kin Master é a única empresa 100% brasileira fabricante do princípio ativo da Heparina. A empresa tem tradição de mais de 30 anos no mercado. A planta industrial de Presidente Médici conta com cerca de 20 colaboradores e foi inaugurada no início de 2012.
IMPOSTOS
Reforma beneficia cooperativas Câmara dos Deputados aprova Medida Provisória que beneficia cooperativas de produtores com desoneração do PIS/COFINS da soja
U
os créditos presumidos na comercialização dos produtos derivados de sua industrialização, sem limitações de aproveitamento, mesmo que vendidos com alíquota zero. O texto segue agora para o Senado Federal. Estima-se que, com a aprovação da matéria, o incremento de créditos a serem aproveitados anualmente pelas cooperativas ultrapasse a casa dos R$
300 milhões. A medida de desoneração melhorará, ainda, a renda do produtor rural (cooperado/cooperativa), já que haverá igualdade de condições tributárias na disputa pela produção do setor. Ou seja, os preços se equilibrarão com a neutralização de eventuais atravessadores entre a cooperativa e o mercado (industrialização e exportações), assim como ocorreu com o setor de café. Foto wikipedia.org
ma boa notícia para as cooperativas do ramo agropecuário do País: a Câmara dos Deputados aprovou, em setembro, a Medida Provisória (MPV) nº 615/2013, que garantiu a reforma do PIS/Cofins da cadeia da soja, desonerando o grão comercializado no mercado interno. A emenda possibilita que as empresas e as cooperativas passem a calcular
22|Credisis & Negócios|Outubro|2013
MARCA
Cooperativismo ganha novo símbolo
Depois de décadas e da alternância de diferentes logomarcas, associação internacional cria nova marca para simbolizar o cooperativismo
A
Aliança Cooperativa Internacional divulgou, em novembro, na África do Sul, a nova logomarca que identificará as cooperativas em todo o mundo. O novo símbolo é formado apenas pela palavra “Coop”, permitindo que sejam adicionadas imagens e frases complementares. A nova marca é resultado de uma pesquisa feita em nível mundial, via internet, onde as cooperativas parceiras da ACI foram convidadas a participar. Segundo as lideranças mundiais, antes não havia um símbolo único utilizado por todos, em todas as partes do mundo. Mesmo o símbolo dos dois pinheiros em um círculo era reconhecido predominantemente nas Américas. A presidente da entidade, Dame Pauline Green, anunciou em novembro, na Cidade 24|Credisis & Negócios|Outubro|2013
do Cabo, a nova logomarca para o cooperativismo mundial. O “blue print” – como tem sido chamado pelos conferencistas da ACI – tem por objetivo posicionar as cooperativas de todo mundo como empresas sustentáveis, modernas e rentáveis. “O “blue print” vai nos posicionar como empresas sustentáveis perante o público e formadores de opinião. Queremos buscar esse posicionamento para ocupar o espaço que nos é de direito no mercado“, explicou. O objetivo é contar com uma logomarca que identifique o cooperativismo ao redor do mundo, nos mercados e em todos os produtos. Um total de 86 países participaram enviando sugestões para a criação da nova marca, mais moderna e capaz de transmitir conceitos como sustentabilidade, solidez e rentabilidade.
Dame Pauline Green, da ACI, apresentou nova marca mundial do cooperativismo.
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LEGISLAÇ ÃO
Revisão do ato cooperativo Cooperativista pede que legislação seja atualizada, eliminando a incidência de bi-tributação, em que cooperativas e cooperados recolhem impostos duas vezes sobre a mesma operação
O
presidente da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio) e coordenador do Fórum Nacional do Milho, Odacir Klein, defendeu a criação de uma lei complementar para tratar do ato cooperativo. “Criou-se um ambiente importante para a formação e o desenvolvimento de cooperativas, com pontos direcionados especificamente ao setor. O dispositivo que faz menção ao adequado tratamento tributário ao ato cooperativo é um deles”, diz Odacir. Ele lembra que o segmento vem participando ativamente da economia nacional e desempenhando, também, um papel importante na inclusão social de milhões de brasileiros. “Não queremos uma isenção e sim evitar uma bi-tributação. Hoje, cooperativa e cooperados estão pagando pela mesma operação”, explica.
Odacir Klein defende fim da bi-tributação das cooperativas.
Ambiente legal “O cooperativismo é um movimento social muito grande, que precisa ser considerado na formulação de marcos legais regulatórios e de políticas públicas do governo. Só assim, teremos condições de continuar fazendo a diferença em favor da sociedade”, diz. Em todo o país, mais de 40 milhões de pessoas estão ligadas à prática cooperativista, considerando os 11 milhões de cooperados e suas famílias. Além disso, as cooperativas geram 321 mil empregos diretos, que têm crescido substancialmente em função do investimento na industrialização, e são atores fundamentais no contexto econômico brasileiro. Só no campo, as cooperativas reúnem 1 milhão de cooperados, gerando emprego e renda para milhares de produtores. “Cerca de 50% de tudo que é produzido nacionalmente passa de alguma forma por uma cooperativa. Os agricultores e pecuaristas buscam nas sociedades cooperativas mais força e poder de competitividade no mercado e realmente ganham”. Organizados em cooperativas, os produtores contam com assistência técnica e capacitação, e conseguem buscar alternativas a problemas de logística e de escoamento que tanto afetam o setor produtivo brasileiro. “Temos que pensar grande e, para crescer, é necessário investir ainda mais em profissionalização e na colaboração entre cooperativas”, resume.
CÂMBIO TUR ISMO
Credisis fecha parceria com Banco Rendimento Pela parceria, as cooperativas e PACs do Sistema Credisis receberão, em comodato, os cartões para saque ou compra com atendimento imediato ao cooperado
A
CentralCredi – Cooperativa Central de Crédito do Sistema Credisis – fechou uma parceria com a empresa Cotação, que pertence ao tradicional Banco Rendimento. A empresa será responsável pelas operações de câmbio realizadas pelo Sistema Credisis. Sônia Picolo, superintendente da área comercial do Banco Cotação, esteve em setembro na CentralCredi. Ela explica que os serviços do Grupo Cotação deverão facilitar a troca cambial, de forma simples, rápida e segura, com atendimento diferenciado e uma equipe focada nas cooperativas. “Nós temos como prioridade as cooperativas, trabalhamos em quase todos os sistemas cooperativos, e os serviços que oferecemos vêm agregar muito às instituições, facilitando toda operação cambial”, afirmou. Pela parceria, as cooperativas e PACs do Sistema Credisis receberão, em comodato, os cartões Rendimento VISA, pré-pagos e recarregáveis, que podem ser utilizados para saque ou compra com atendimento imediato ao cooperado. O sistema Via Web possibilitará a solicitação de crédito no cartão ou em travelers cheques, disponibilizando ainda o recarregamento do cartão à distância e um programa de milhas aéreas. 28|Credisis & Negócios|Outubro|2013
Sônia Picolo, do Banco Cotação: serviços voltados para cooperativas.
Cotação Presente no mercado de câmbio turismo desde 1989, a Cotação é a maior distribuidora do setor no país. Sua matriz está localizada em São Paulo e, atualmente, conta com mais de um milhão de clientes em 3.500 agências de turismo. Em 2012, a empresa chegou ao número de US$ 1 milhão em remessas e em 2013 deverá atingir US$ 40 milhões em vendas de Câmbio Turismo. Através do Banco Rendimento, a Cotação também realiza transferências internacionais e compra de cheques em moeda estrangeira.
CONCURSO
Credisis premia melhores 1º
2º
30|Credisis & Negócios|Outubro|2013
3º
4º
8º
9º
fotografias
U
m biólogo apaixonado por fotografar temas relacionados à natureza foi o grande vencedor do 1º Concurso de Fotografias do Sistema Credisis. Igor Georgio, de Ji-Paraná, que fotografou uma linda paisagem do Rio Guaporé, em Pimenteiras, falou sobre a alegria de vencer pela primeira vez um concurso e como produziu a foto. “Fiz essa foto no Guaporé, em Pimenteiras. Há muito tempo fotografo tudo que é ligado à natureza. Rondônia tem esse cenário fantástico e diverso que ajuda e muito na hora de fotografar. É realmente um hobby prazeroso”, disse Igor, que recebeu como prêmio um notebook. Segundo colocado no concurso, Edmilson Sampaio de Souza, de Rolim de Moura, destacou a importância do concurso. “Importante por apoiar a interação dos cooperados com a cooperativa, de forma leve e prazerosa, e ajudando a divulgar o nosso sistema”, afirmou. “Ganhar é muito bom, melhor ainda é participar e incentivar e divulgar a cooperativa para novas pessoas e atrair mais gente para fazer parte desse sistema conosco, além de ser um incentivo a mais para fotografar”, disse Edmilson, que recebeu como premiação um tablet.
Concurso teve mais de 180 participantes e premiou doze fotógrafos amadores. Fotos serão publicadas no calendário do Sistema Credisis em 2014
Para o também ganhador Tiago Wesley Alves, da cidade de Pimenta Bueno, a melhor maneira de produzir “grandes” fotos é praticando. “Não adianta ter um equipamento caro e bom se você não tem prática. Fotografia só se aprende praticando e tendo a humildade de reconhecer que sempre tem algo que pode ser melhorado”, explicou Tiago, que ficou em sétimo lugar no concurso e foi premiado com uma máquina digital.
O concurso teve mais de 180 participantes, entre os quais foram eleitas as 12 melhores fotografias que irão estampar o calendário do Sistema Credisis de 2014. Todas as fotos foram tiradas por amadores e apaixonados pela fotografia. Os temas foram livres e tiveram diferentes enfoques – paisagens naturais e relacionadas como agricultura e pecuária foram alguns dos muitos temas. As técnicas utilizadas pelos vencedores também foram bastante variadas.
Vencedores do Concurso de Fotografias Class.
Nome Participante
Cidade
Prêmio
01
Igor Georgio
Ji-Paraná
Notebook
02
Edmilson Sampaio de Souza
Rolim de Moura
Tablet
03
Irdeu da Silva Moreira Júnior
Ji-Paraná
Máq. fot. semipro.
04
Vivian Brito Marques da Silva
Pimenta Bueno
Máq. fot. digital
05
Ágada Maisa B. Jubainski
Ji-Paraná
Máq. fot. digital
06
Lucienne M. dos Reis Silva
Presidente Médici
Máq. fot. digital
07
Tiago Weslei Alves
Pimenta Bueno
Máq. fot. digital
08
Clevenice Fabro Alegria
Pimenta Bueno
Máq. fot. digital
09
Alex Sandro Bergamin
Cacoal
Máq. fot. digital
10
Márcia Santos Peralta
Presidente Médici
Máq. fot. digital
11
Thiago Krugel da Silva
Nova Brasilândia D’Oeste
Máq. fot. digital
12
Rozalina Carmo de O. Panhan
Presidente Médici
Máq. fot. digital
5º
6º
7º
10º
11º
12º
Credisis & Negócios|Outubro|2013|31
AR IQUEMES
CrediAri ganha agência “de Investimento simboliza o atual momento econômico da cooperativa, que cresceu 30% em 2013
C
om a presença de autoridades políticas, pioneiros, cooperados, diretores e colaboradores, a Cooperativa CrediAri inaugurou, no dia 18 de novembro, uma ampla e moderna agência em Ariquemes. O prédio possui quase mil metros quadrados de área construída, sendo 2.700 metros de terreno, em área central, e estacionamento para 60 veículos. Totalmente reformado, o edifício manteve o padrão arquitetônico original, de meados da década de 80, época em que abrigou o antigo Banco do Estado de Rondônia (Beron) e, posteriormente, o Banco da Amazônia. Ao todo, foram investidos cerca de R$ 3 milhões nas novas instalações. “Foi um excelente negócio para a cooperativa, que agrega um imóvel imponente, de excelente qualidade, e possibilita maior conforto aos nossos cooperados e colaboradores”, destacou o vice-presidente da cooperativa, Donizetti José. A solenidade teve a presença do governador Confúcio Moura. “Parabenizo a cooperativa e os seus diretores, que ao longo de todos esses anos, construíram essa grande instituição. Em especial o presidente Alcides Zirondi, que com o seu exemplo de vida, representa a credibilidade e a segurança que são a base sólida para unir seus cooperados e expandir os negócios da cooperativa”, disse o governador. O prefeito de Ariquemes, Lorival Amorim, recordou o trabalho desenvolvido pela cooperativa em seus 14 anos de história e destacou que a prefeitura deverá formar convênio no valor de R$ 10 milhões com a CrediAri. “Estamos finalizando os trâmites burocráticos e em breve vamos ampliar nossa parceria com a cooperativa”, garantiu. 32|Credisis & Negócios|Outubro|2013
Emoção Um dos momentos marcantes foi a homenagem prestada pelo jovem Renan Zirondi, neto do presidente da cooperativa. Emocionado, Alcides Zirondi agradeceu a todos, em especial a esposa, Aparecida Zirondi, e lembrou o momento vivido pela cooperativa. “Estamos crescendo aproximadamente 30% este ano e a inauguração desse prédio é um exemplo do nosso potencial econômico”, disse o presidente. O diretor financeiro Roberto Vicari lembrou a importância da cooperativa para o município. “Cerca de 15% de todos os depósitos de Ariquemes passam pela CrediAri, além de 10% de toda a movimentação financeira da cidade”, enfatizou. “Com a transformação em cooperativa de livre admissão, a CrediAri deverá chegar a outras regiões, como Porto Velho, Buritis e Guajará-Mirim, e crescer em ritmo ainda maior”, acrescentou o presidente do Sistema Credisis, Gilberto Borgio.
peso”
União O presidente da Associação Comercial, Antonio Aparecido Custódio, lembrou a união que sempre marcou diretores e cooperados da CrediAri. “Sempre acreditamos na força do cooperativismo. Gosto sempre de lembrar que sozinhos nada podemos, mas juntos podemos ir muito longe”. Arnaldo Campos, primeiro presidente da cooperativa, lembrou o início da instituição, em 1998. “Éramos 20 cooperados, todos bancários do antigo Beron, tivemos um início difícil, o capital era de apenas R$ 200 mil, hoje a cooperativa possui mais de R$ 25 milhões”, comparou. Os alunos do projeto de inclusão digital CrediLions também estiveram presentes. “O projeto tem cinco anos e já formou 540 alunos, essa é uma das muitas contribuições dadas à sociedade em todos estes anos”, resumiu o vice-presidente Donizetti José. A solenidade teve ainda as presenças dos deputados estaduais Adelino Folador e Saulo Moreira, do presidente da Câmara, Alex Redano, do ex-prefeito Marcio Raposo, entre diversas autoridades políticas e lideranças empresariais. Também foram homenageados o diretor Edneu Calderari, o gerente geral da CrediAri, Alberto Cutlac, e a gerente Zélia Maria da Cunha, que foi também a primeira funcionária e fez parte do grupo de fundadores da cooperativa.
Credisis & Negócios|Outubro|2013|33
CREDIBRAS
Novo Horizonte
está no sistema Abertura do novo PAC da Cooperativa CrediBras amplia número de agências do Sistema Credisis dentro do Estado de Rondônia
O
município de Novo Horizonte recebeu uma nova agência do Sistema Credisis neste segundo semestre de 2013. Com a inauguração do novo Posto de Atendimento ao Cooperado (PAC) da Cooperativa CrediBras, em Novo Horizonte, o Sistema Credisis passa a contar com mais de 20 agências nas principais regiões do Estado de Rondônia. Com o PAC de Novo Horizonte, a CrediBras também amplia sua presença na região da Zona da Mata – onde já possui as agências de Nova Brasilândia e de Migrantinópolis. “Estamos ampliando nossa base de atendimento, com uma agência nova e moderna em Novo Horizonte, proporcionando maior conforto aos nossos cooperados e mantendo o atendimento personalizado a todos”, afirmou o presidente da CrediBras, Augusto Cesar Bianchini. Confira nesta página os principais momentos da cerimônia de inauguração.
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PAC
São Francisco
tem Credisis
São Francisco é o mais novo município do Vale do Guaporé a contar com uma unidade do Sistema Credisis
A
Cooperativa CrediVale inaugurou no dia 8 de outubro mais uma agência do Sistema Credisis, desta vez no município de São Francisco do Guaporé. A agência é a terceira a ser inaugurada pela CrediVale em apenas um ano – além da agência de São Miguel do Guaporé, a cooperativa inaugurou os PACs de Seringueiras e Santana do Guaporé. A solenidade de abertura contou com a presença da prefeita Gislaine Clemente, a popular “Lebrinha”, e de vereadores da Câmara Municipal. Também estiveram presentes o presidente da CrediVale, José Carlos Pereira, o diretor administrativo, Wander Antônio Guaitolini, a diretora financeira, Nodete Tereza Pasqualotto, e o presidente do Sistema Credisis, Gilberto Borgio. O presidente da CrediVale, José Carlos Pereira, lembrou que a criação da agência no município “surgiu de uma visita a São Francisco do Guaporé, onde sentimos a necessidade de participarmos, com o apoio financeiro, do crescimento da região”.
Autoridades do município e diretores do Sistema Credisis estiveram presentes na inauguração da agência. Presente à solenidade, o presidente do Sistema Credisis, Gilberto Borgio, reforçou o apoio que o sistema dá ao crescimento econômico de Rondônia. “O Sistema Credisis mais uma vez cumpre com o seu papel de colaborar com o desenvolvimento do Estado, criando mais uma agência em um polo com enorme potencial de crescimento”. Gilberto Borgio lembrou que, além da inauguração recente de diversas agências em Rondônia, o Sistema Credisis encontra-se em plena expansão e com autorização do Banco Central para atuar nos estados do Acre, Amazonas, Mato Grosso e Pará. “Também levaremos nossos serviços financeiros para essas regiões, apoiando e incentivando o desenvolvimento de todas as comunidades onde iremos atuar”. A prefeita “Lebrinha” (ela é filha do deputado estadual José Eurípedes Clemente, o “Lebrão”), deu boas-vindas à nova agência da CrediVale e agradeceu a todos os diretores e cooperados do Sistema Credisis. Credisis & Negócios|Outubro|2013|35
CREDISIS
Ji-Cred incorpora Credi Cooperativa de Ji-Paraná deverá ampliar participação e fortalecer negócios do Sistema Credisis na região do Vale do Guaporé
D
iretores, cooperados e colaboradores das cooperativas Ji-Cred, de Ji-Paraná, e CrediVale, de São Miguel do Guaporé, ambas do Sistema Credisis, reuniram-se no dia 12 de novembro, em assembleias realizadas de forma simultânea, para discutir a incorporação da CrediVale pela Cooperativa Ji-Cred. As duas assembleias foram favoráveis, por unanimidade de votos, pela incorporação. No auditório da Eucatur, em Ji-Paraná, o presidente do Sistema Credisis, Gilberto Borgio; o presidente do Conselho Administrativo da Ji-Cred, Milton Crevelaro; o coordenador do Conselho Fiscal, Sergio Milani; o diretor administrativo, Rubens Ribeiro Rodrigues; e o presidente da Fundação Ji-Cred, Elton Pereira de Oliveira, apresentaram dados que mostram os ganhos reais e as perspectivas futuras da CrediVale. Segundo Rubens Ribeiro, esta é uma etapa fundamental, dentro do processo
36|Credisis & Negócios|Outubro|2013
Cooperados da Ji-Cred aprovaram por unanimidade a incorporação da CrediVale
Vale
que teve início com diversas visitas aos pontos de atendimento da CrediVale. A singular tem sua matriz situada no município de São Miguel do Guaporé e conta com agências em Santana do Guaporé, Seringueiras e São Francisco do Guaporé. “Esta incorporação significa aumentar as áreas de atuação da Ji-Cred e também a quantidade de sócios ativos em uma região de grandes lavouras e forte pecuária, que tem registrado um dos maiores índices de crescimento em todo o Estado”, declarou Milton Crevelaro.
Mercado Gilberto Borgio disse que o processo de incorporação é estratégico e está presente nos mais diversos setores da economia. “A incorporação permite entrar nesse mercado e ampliá-lo. Isso acontece não só em instituições financeiras, mas com grandes marcas, para maximizar resultados, rendimentos, além de trazer uma redução de custos”, declarou Borgio. “Temos um mercado potencial muito grande está crescendo ao longo dos municípios da BR-429 e que tem uma perspectiva excelente, portanto absorver uma cooperativa com a estrutura pronta é uma grande oportunidade”, afirmou. Nos últimos anos, a Ji-Cred vem ampliando sua atuação dentro do Estado, através da incorporação de outras singu-
lares do Sistema Credisis. Com matriz em Ji-Paraná, a Ji-Cred hoje está presente nos municípios de Presidente Médici e Alvorada do Oeste. “O nome e a credibilidade da Ji-Cred foram fundamentais para ampliar nossos negócios em Presidente Médici, que praticamente triplicou sua carteira após a incorporação”, explicou o gerente João Paulo Wensing.
CrediVale Em São Miguel do Guaporé, a incorporação também foi bem recebida. “Tivemos questionamentos, esclarecemos todas as dúvidas e a assembleia de cooperados decidiu pela incorporação, pois irá fortalecer sobremaneira nossa atuação no Vale do Guaporé”, afirmou o diretor administrativo da CrediVale, Wander Antonio Guaitolini. Com a aprovação pelos sócios, foi formado um conselho de comissão mista formada por José Luiz da Silva, Celso Vieira e Dourisvaldo Braga, da Ji-Cred, que juntamente com uma comissão formada também por cooperados da Credivale, irão produzir um relatório com o parecer do conselho fiscal e que será entregue e apresentado na próxima assembléia geral, prevista para janeiro. Logo após este processo, o relatório será enviado ao Banco Central para aprovação e, após essa análise, a incorporação poderá ser efetivada.
Credisis & Negócios|Outubro|2013|37
JI-CRED
Cooperativa aprova livre admissão Cooperativa passa a adotar nova nomenclatura e terá a possibilidade de receber novos cooperados pelo sistema de livre admissão. Número inicial de cotas para ingresso também será reduzido
E
m Assembleia Geral Extraordinária realizada no dia 21 de outubro, diretores, cooperados e colaboradores da Cooperativa Ji-Cred reuniram-se no auditório da Eucatur, em Ji-Paraná, para discutir a reforma do Estatuto Social, com inclusão e exclusão de artigos, e a aprovação e convocação do novo estatuto, exigência do Banco Central para ampliação dos serviços prestados pela cooperativa. Com as alterações, a Ji-Cred passará a adotar o sistema de livre admissão de cooperados. A assembleia aprovou uma nova nomenclatura para a cooperativa, que receberá o nome de “Cooperativa de Crédito de Livre Admissão do Vale do Machado – Credisis Ji-Cred”. A mudança do nome da cooperativa atende a uma exigência do Banco Central, em função da ampliação das atividades da Ji-Cred para outros municípios e por passar a atuar como cooperativa de livre admissão. O novo estatuto ainda será analisado pelo Banco Central antes de começar a vigorar. “Essa transformação representa uma nova e importante etapa na vida da cooperativa. A partir de agora, será possível 38|Credisis & Negócios|Outubro|2013
abrir um leque para novos cooperados participarem, incluindo pessoas jurídicas, o que antes não era possível”, avalia o presidente do Conselho de Administração da Ji-Cred, Milton Crevelaro. “Nosso objetivo é fazer deste sistema o maior da região norte”, aponta o presidente do Sistema Credisis, Gilberto Borgio. Além da renomeação da cooperativa, a assembleia aprovou outras determinações do Banco Central. Entre elas está a reforma no artigo 31, em que fica decidido que os associados serão representados nas Assembleias Gerais por delegados eleitos pelos associados de cada unidade de atendimento, assim como seus suplentes, representando um grupo de no mínimo de 50 associados. Também foi aprovada a redução do número de cotas para ingresso na cooperativa, de 5 mil para 500 cotas.
Qualidade Uma das principais metas da cooperativa será manter o mesmo nível de excelência no atendimento, mesmo com a abertura para livre admissão de novos cooperados.
“Essa sempre foi uma das principais características da Ji-Cred e não vamos mudar”, aponta Milton Crevelaro. “Estamos promovendo novos investimentos em tecnologia, como o internet banking, os caixas eletrônicos e a abertura de novas agências, garantindo total agilidade e rapidez a um número maior de cooperados”. Já o diretor administrativo da Ji-Cred, Rubens Ribeiro Rodrigues, ressaltou a importância deste momento de expansão da cooperativa. “A aprovação deste estatuto, principalmente a transformação da Ji-Cred em cooperativa de livre admissão, possibilita que tenhamos a oportunidade de disponibilizar um atendimento mais amplo, em outros setores da economia, consequentemente trazendo mais cooperados”. Para a advogada e cooperada Alana Dahmer, o momento é importante para exercer de forma plena o direito do associado. “Assembleias como esta que ocorreu hoje são de extrema importância para propor novas ideias que ajudem a Ji-Cred a crescer, com a confiança e credibilidade que foram conquistadas através dos anos, e com a participação de todos nas decisões tomadas”.
AEROPORTO
Ji-Cred segue no comando Fundação Ji-Cred mantém administração do aeroporto, mas encargos com a folha salarial serão assumidos pelo Governo e Prefeitura de Ji-Paraná
U
m acordo formalizado em novembro entre a Fundação Ji-Cred, Governo do Estado e Prefeitura de Ji-Paraná, definiu que, a partir de agora, o poder público assume os gastos com a folha salarial do aeroporto José Coleto, na faixa dos R$ 100 mil por mês. A informação foi confirmada pelo presidente do Conselho Administrativo da Ji-Cred, Milton Crevelaro. “A Fundação Ji-Cred já investiu mais de R$ 3 milhões no aeroporto nos últimos cinco anos, mas chegou o momento de deixar esta tarefa para o governo e a prefeitura, que
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passam a assumir os encargos com a folha de salários”, explicou Crevelaro. “Mesmo assim, a pedido do Governo, a fundação manterá o compromisso de continuar administrando o aeroporto, pois tem pessoal qualificado e experiente para executar essa função”, emendou. Milton Crevelaro, porém, informou que o acordo só contempla o pagamento dos encargos salariais até o mês de março de 2014. “O Governo e a Prefeitura estão estudando uma forma de continuar arcando com os custos após esse período, mas ainda não houve uma definição”, confirmou.
Obras Os voos de aviões de grande porte, com até 70 passageiros, serão reiniciados em janeiro, após paralisação de 45 dias para a realização de obras na pista de Ji-Paraná. A equipe do DER executou as obras em todos os 1.800 metros de extensão da pista. O aeroporto José Coleto atende cerca de 20 municípios da região central do Estado. Além da sinalização e reconstrução da pista, as obras incluíram a correção de todos os itens determinados pela ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil).
TR IBUTOS
Pagando menos impostos Especialista em Direito Tributário dá dicas a empreendedores e constata mudança de mentalidade entre empresas rondonienses
E
mpresas que investem na revisão dos tributos e encargos trabalhistas pagos há anos podem ter uma surpresa positiva. A avaliação é do advogado José Renato Pereira de Deus, de Ariquemes. Especialista em direito tributário, José Renato cita o exemplo de uma grande concessionária de veículos de Rondônia, que vinha recolhendo INSS sobre férias dos empregados. “Em alguns casos, isso não é necessário. Fizemos um levantamento dos últimos cinco anos, e a empresa terá uma restituição de R$ 40 mil na loja em que fizemos a pesquisa. O grupo tem sete concessionárias no total, e a economia será muito significativa”, diz. O advogado possui especialização e mestrado na PUC/SP, um dos mais con-
corridos do país, e decidiu deixar a capital paulista no início de 2012 para residir com a esposa em Ariquemes. “Continuo mantendo meu escritório em São Paulo, mas o sucesso em Rondônia foi tão rápido que em 2013 já faturei o equivalente a todo o movimento de nossa matriz paulista, onde sou um dos sócios”, explica.
Dinheiro fora José Renato acredita numa mudança de mentalidade do empresariado rondoniense. “Antes havia aquele pensamento de que pagar tributos era jogar dinheiro fora, hoje os empresários já perceberam a importância de investir em serviços especializados”.
De acordo com o advogado, os honorários são pagos em percentuais sobre os valores eventualmente recuperados. “Já tivemos casos em que o empresário tinha desistido de recuperar os valores, e fizemos um estudo detalhado e tivemos pleno êxito. Hoje, esse mesmo empresário já nos solicitou para ampliarmos os estudos no campo tributário da sua empresa”. O especialista também faz um alerta para os empresários sobre as mudanças nas regras do setor. “Antes, o empreendedor em apuros fechava a empresa e resolvia a questão. Hoje, a Receita bloqueia os bens do sócio, independente da empresa ter fechado”, diz. “O ideal é contar com serviços que possam solucionar do ponto de vista técnico, operacional, em definitivo”, conclui.
“Já tivemos casos em que o empresário tinha desistido de recuperar os valores, e fizemos um estudo detalhado e tivemos pleno êxito.”
Credisis & Negócios|Outubro|2013|41
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SÃO MIGUEL DO GUAPOR É
Empreendedorismo nato
O
Foto DNIT
empreendedorismo é uma das marcas mais fortes da jovem população de São Miguel do Guaporé. O município de 25 mil habitantes está encravado no coração do Vale do Guaporé – a meio caminho de grandes centros regionais e dos grandes rebanhos de bovinos que se estendem até a fronteira com a Bolívia. Fundado há 24 anos, São Miguel é fruto da perseverança de seus pioneiros. “O município não estava nos planos do governo daquela época, mas seus habitantes bateram o pé até que fosse legitimamente reconhecido”, lembra um daqueles pioneiros, que começaram a chegar na região em meados da década de 1980. Mas a batalha pessoal do povo do Guaporé continuou até cinco anos atrás, quando o governo iniciou a pavimentação de sua principal rodovia, a BR-429. A partir dessa ligação rodoviária, somada a outra rodovia estadual, São Miguel experimentou um crescimento fora do comum. “A pavimentação da BR-429, que corta o município, tirou a região do isolamento e trouxe um novo impulso ao processo do desenvolvimento. A valorização das propriedades rurais demonstra o grande potencial econômico do município e da região. Temos áreas rurais sendo comercializadas a valores entre 15 a 25 mil reais o alqueire”, diz o pioneiro. A recente pavimentação da BR-429 está impulsionando o desenvolvimento do Guaporé. Credisis & Negócios|Outubro|2013|43
são mig u el d o g u ap o r é
CrediVale
A
Cooperativa de Crédito do Vale do Guaporé (CrediVale) é a principal instituição financeira de apoio e incentivo ao desenvolvimento econômico do município. “A cooperativa é a única instituição que agrega valor ao município onde está inserida”, diz o presidente da CrediVale, José Carlos Pereira. Em São Miguel do Guaporé, a cooperativa criou um clube social que se tornou referência para os grandes eventos da cidade e um ponto de encontro das famílias. “A cooperativa tem forte vínculo com a comunidade local”, explica. Como cooperativa integrante do Sistema Credisis, a CrediVale foi fundada no dia três de dezembro de 2001, por um grupo de 25 agricultores e pecuaristas empreendedores de São Miguel do Guaporé, que sentiram a necessidade de criar uma cooperativa de crédito como forma de contribuir de forma efetiva com o desenvolvimento regional.
Atendimento A cooperativa se caracteriza pelo atendimento personalizado e facilitado, a participação dos sócios nas sobras, as ações de responsabilidade social e ambiental e o relacionamento com a comunidade onde está inserida. “O desenvolvimento socioeconômico dos pecuaristas e empresários da região tem a parceria da cooperativa para a superação de diversas dificuldades”, diz o presidente. Hoje com um total de 530 cooperados, a CrediVale tem sede em São Miguel do Guaporé e agências em Seringueiras e Santana do Guaporé.
José Carlos Pereira, Wander Guaitolini e Nodete Tereza Pasqualotto, diretores da CrediVale. em evidência o potencial econômico da região. A feira foi realizada em parceria da CrediVale, Sebrae, Caixa Econômica Federal e Grupo JBS. A entidade também trabalha na atração de novas empresas e indústrias para o município, sejam de grande porte, como a instalação de uma planta do frigorífico JBS, ou como a recém-inaugurada unidade agroindustrial de laticínio. José André Cardoso explica que São Miguel possui o quinto maior índice de crescimento em relação à renda per capita no Estado de Rondônia. Segundo ele, o município é resultado do trabalho de todos os empreendedores que conseguem viabilizar um negócio voltado ao interesse da coletividade.
“Todos são beneficiados com o crescimento da nossa economia, sejam produtores rurais, feirantes, profissionais liberais, servidores públicos, bancários ou cooperativistas, atraídos pelas oportunidades de crescimento que um município jovem pode oferecer”. Entre as ações da Acismig está a realização de uma palestra mensal, a organização anual da Fevale, o Troféu Melhores do Ano e a promoção de final de ano para o comércio local, com sorteio de um automóvel e diversos prêmios. “A associação mantém parcerias com entidades que atuam no fomento ao desenvolvimento empresarial, como Senai, Senac, Facer e Sebrae, valorizando os projetos de apoio ao desenvolvimento local”, afirma.
Apoio da Associação Comercial O presidente da Associação Comercial e Industrial de São Miguel do Guaporé (Acismig), José André Cardoso, afirma que o meio empresarial vem crescendo e contribuindo para o desenvolvimento do município. Um exemplo é a realização da primeira edição da Feira Empresarial São Miguel do Guaporé (Fevale), com a participação de centenas de empresas e um público de 10 mil pessoas por dia, demonstrou a força empreendedora da região e colocou 44|Credisis & Negócios|Outubro|2013
José André Cardoso, da Associação Comercial e Industrial de São Miguel do Guaporé.
Vantagens da conta-salário
Funcionário
Empreendedor cooperativista, José André Cardoso, da Acismig, faz a defesa do fortalecimento da CrediVale como instrumento estratégico no processo do desenvolvimento da grande região do Vale do Guaporé. “A CrediVale é resultado de um esforço coletivo na busca de soluções para o desenvolvimento regional. Hoje, os recursos financeiros movimentados pela cooperativa incrementam nossa economia”, diz. O pioneirismo do empresário em defesa do cooperativismo pode ser demonstrado pela sua iniciativa em ser o primeiro cooperado a aderir à conta-salário para atender seus colaboradores. A conta-salário não custa nada para o funcionário, gera facilidade no atendimento, possibilidade de fazer uma poupança, além da convivência em um ambiente de cooperação.
Rafael Martins, que trabalha como faturista do Shopping Lar Supermercado, está feliz por ter aberto sua conta-salário na Cooperativa CrediVale. Com os valores poupados por não pagar taxas nem talões de cheques, decidiu integralizar 50 reais por mês. Rafael mostra satisfação com as vantagens apresentadas pela CrediVale. “Os juros são menores e ainda podem ser parcelados, de acordo com a possibilidade de pagamento, e não tem taxa de manutenção. Não tem fila e é sempre bem atendido. E quando precisa de financiamento, o atendimento é sem burocracia”, explica. Para a empresária Maria Lia da Silva, que
há 11 anos atua no ramo de supermercados, os benefícios oferecidos pela CrediVale em relação à conta-salário são extensivos também aos empresários, que conseguem organizar com maior facilidade os pagamentos dos salários de seus colaboradores.
Família integra grãos e suínos
O
Vale do Guaporé foi a região escolhida pela família catarinense De Ros para cultivar grãos em integração com a criação industrial de suínos. Rude de Ros, sua esposa Viviane e o irmão Remi de Ros são produtores rurais oriundos de Treze Tílias (SC), de onde vieram há nove anos. Para buscar um melhor aproveitamento econômico da produção, iniciaram a criação de suínos no Vale do Guaporé. Na seqüência, implantaram um frigorífico para o abate, processamento da carne e comercialização.
Secador de grãos O próximo empreendimento da família De Ros é um secador de grãos, com investimento final de R$ 2,5 milhões e que começa a operar no final de 2013. A safra, cultivada numa área de 1.100 hectares, deverá produzir cerca de 75 mil sacas de arroz, soja e milho. A família destaca a presença da Cooperativa CrediVale para o desenvolvimento da região. “Trata-se de um parceiro que está sempre apoiando o comércio e os produtores do Vale do Guaporé”, conclui Rude de Ros.
O frigorífico tem capacidade diária de abate de 30 cabeças. Além da carne, comercializada “in natura”, os empresários também trabalham com a produção de embutidos, incluindo a lingüiça mista, lingüiça fina apimentada, salame tipo italiano e a banha de porco. Credisis & Negócios|Outubro|2013|45
SERINGUEIRAS
Município exporta raízes Produtores rurais da região de Seringueiras estão exportando raízes, como o cará e o inhame, para mercados dos Estados Unidos e Europa
A
região de Seringueiras é ideal para o plantio de raízes, como o inhame e o cará. Um dos produtores é Alexandro Gomes de Araujo, que iniciou o cultivo do cará quando era agricultor na região de Londrina (PR). Ele trouxe sua experiência para Seringueiras, onde também passou a cultivar o inhame. Hoje, Alexandro cultiva as raízes numa lavoura de 3,5 alqueires. Pelos cálculos do agricultor, o cará tem uma receita bruta de R$ 40 mil por alqueire – cerca de 15% desse valor consiste dos custos do produtor. O inhame tem uma rentabilidade bruta maior – cerca de R$ 90 mil por alqueire. Desse total, cerca de 30% representam os custos com a produção. 46|Credisis & Negócios|Outubro|2013
Exportação Em 2012, foram exportadas 900 toneladas de inhame e cará, totalmente isentos de agrotóxicos, tendo como destino final países como Canadá, Estados Unidos, França, Portugal e Holanda. Segundo Alexandro, a região de Seringueiras é apropriada para o cultivo de produtos agrícolas, pois tem sete meses de chuva, enquanto os outros cinco meses podem ser completados com irrigação. Isso permite uma produção linear de inhame e cará durante o ano inteiro. A região já conta com mais de 30 alqueires de área plantada irrigada. O agricultor, que é cooperado da CrediVale, agradece o apoio da cooperativa a todos os produtores da região.
Ele destaca que o cultivo de inhame e cará requer dedicação e muita pesquisa. Ele ressalta que todo o cultivo é feito de maneira orgânica, sem agrotóxicos.
Cooperativismo Para o presidente da Associação Comercial e Industrial de Seringueiras, Lenilson Evaristo da Costa, o plantio do inhame e do cará representa uma excelente alternativa para os produtores rurais, com reflexo positivo na economia da região. Cooperado da CrediVale, Lenilson Evaristo mantém atividade empresarial do ramo de atacado, varejo e cerealista, e destaca o potencial econômico do município. O líder empresarial reconhece que a vinda da CrediVale para o município contribuiu para o fortalecimento do desenvolvimento local, porque tem compromisso com o bem-estar coletivo. Evaristo foi um dos primeiros a se cooperar na cidade, e se mantém “comprometido em trabalhar por uma cultura cooperativista, tendo como objetivo melhorar a qualidade de vida de todos”.
Lenilson Evaristo da Costa, da Associação Comercial e Industrial de Seringueiras.
Urucum utilizado em cosméticos
U
tilizado na indústria de cosméticos, na gastronomia e no ramo medicinal. Esse é o urucum, planta que está sendo cultivada com sucesso na região de Seringueiras, no Vale do Guaporé, onde produz bem, por causa da excelente qualidade do solo. A semente do urucum produz uma substância chamada Bixina, que confere cor aos produtos. O pigmento possui excelente qualidade e é capaz de substituir algumas opções artificiais, especialmente nos alimentos. A produtora Marilene Lopes da Silva está satisfeita com a produtividade do urucum, que supera os ganhos com a antiga lavoura de café. “No início ficamos com medo, porque não era comum cultivar urucum, mas a experiência mostrou que é uma cultura bastante viável”, diz Marilene, que já plantou sua quarta safra.
Segundo a agricultora, o urucum produz em média dois quilos por pé, gerando uma receita de R$ 7,5 mil por alqueire. “Tivemos uma produção de 2.350 quilos por alqueire logo na primeira experiência. A colheita pôde ser feita com um ano e quatro meses após o plantio”, lembra Marilene. Outra vantagem do urucum é a faci-
lidade no manejo, que possibilita desenvolver outras atividades durante o período de entressafra. Credisis & Negócios|Outubro|2013|47
SEBRAE-RO
Formando gerações de História da instituição de 33 anos se confunde com o desenvolvimento do empreendedorismo dentro do estado de Rondônia
R
ondônia é reconhecidamente um estado de empreendedores. Milhares de imigrantes, vindos de todo o país, chegaram ao nosso estado nas últimas décadas, em busca do sonho de uma vida melhor. No início dos anos oitenta, enquanto Rondônia deixava a posição de território para se tornar um novo estado da federação, era criada uma instituição que nasceu voltada para estimular o empreendedorismo: o Sebrae-RO (Serviço de Apoio à Pequena e Média Empresa de Rondônia). Em mais de três décadas, a história do Sebrae-RO se confunde com a história de empreendedorismo que tem movido os rondonienses para o progresso. Hoje, o Sebrae-RO possui uma estrutura moderna e apresenta resultados que o destacam a nível nacional. Um exemplo: Rondônia é proporcionalmente o segundo estado da federação em exportações originadas por micro e pequenas empresas – que formam exatamente o público-alvo da instituição. Rondônia também é destaque na indústria – ocupando o segundo maior índice nacional (85,3%) entre todas as unidades do Sebrae, atrás apenas de Minas Gerais. A média nacional é de 79,9%. Mais ainda: ocupa o quinto lugar nacional no item que mede a sobrevivência dos pequenos negócios, com 78% (enquanto a média brasileira é de 76%). Por fim, Rondônia também é destaque no comércio – quarto melhor colocado em todo o país, com índice de 81,9%. A média no país é de 77%. Em 2012, o Sebrae-RO também superou a meta nacional de atendimento 48|Credisis & Negócios|Outubro|2013
de empresas, alcançando 23,9% das empresas do estado, diante de uma meta de 20%.
Unidades Inicialmente instalado em Porto Velho, o Sebrae-RO expandiu sua atuação para as principais regiões do estado. No interior, mantém escritórios em Ariquemes, Ji-Paraná, Cacoal, Pimenta Bueno, Vilhena e Guajará-Mirim. Atua com programas de estímulo às mais diferentes áreas, sempre de acordo com a vocação de cada região, em cinco grandes segmentos: agronegócios, turismo e artesanato, indústria, comércio e serviços. Em Rondônia, são exemplos de sucesso os programas de estímulo à abaca-
xicultura, bananicultura, mandiocultura, piscicultura, mercado de fronteira, varejo maior, panificação e confeitaria, moda e confecções, estética e beleza.
Estratégia Em sua estratégia de desenvolvimento, o Sebrae-RO atua em cinco grandes segmentos, nas áreas de Educação, Acesso a Mercados, Inovação e Tecnologia, Políticas Públicas e Premiações. No apoio à inovação e tecnologia, desenvolve o programa Sebraetec, de acesso subsidiado a serviços que têm o objetivo de melhorar os processos produtivos, despertar o empresário para a inovação, orientar a criação de mudanças e capacitar o empresário para a gestão industrial.
empreendedores Também possui o programa de Agentes Locais de Inovação (ALI), em que coloca à disposição agentes que vão até a empresa, a fim de elaborar um diagnóstico de inovação e o plano de ação. O programa tem como características ser proativo, continuado, customizado e totalmente gratuito.
Políticas públicas O Sebrae-RO atua em atendimento à Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas (Lei Complementar 123/06). Prevê, por exemplo, menor burocracia na abertura e fechamento das empresas, redução tributária pelo Simples Nacional, linhas de crédito, preferência nas licitações do governo etc. No que se refere às compras governa-
mentais, especificamente nas licitações, a participação dessas empresas é simplificada. Outro importante estímulo vem através da realização do evento Sebrae/
Fomenta, que reúne compradores e fornecedores de todo o país. O Sebrae também estimula os empreendedores através de premiações: Prêmio Sebrae Mulher de Negócios, Prêmio de Competitividade para Micro e Pequenas Empresas (MPE Brasil), Prêmio Prefeito Empreendedor e Prêmio Sebrae de Jornalismo – por sinal, conquistado nas últimas três edições em Rondônia pela Revista Credisis & Negócios.
Educação e ética O Sebrae-RO também se destaca em duas áreas essenciais: a ética e a educação. Na educação, estimula a educação empreendedora, a capacitação empresarial e o desafio empreendedor. Nos valores éticos, apresenta destaque em seis grandes segmentos: valorização humana, inovação, transparência, sustentabilidade, conhecimento e compromisso com os resultados. Por fim, no segmento de acesso a mercados, o Sebrae-RO desenvolve atividades que englobam estudos de mercado, diagnóstico, rodadas de negócios, plano de marketing, comércio Brasil e missões empresariais. Empreendedores rondonienses podem buscar maiores informações sobre como acessar os serviços oferecidos pelo Sebrae-RO através do endereço www. portaldoempreendedor.gov.br. Credisis & Negócios|Outubro|2013|49
ESTUDO
Melhoramento genético Programa do Sebrae, com foco na produção de alevinos, mostra que investimento em tecnologia poderá elevar lucros dos piscicultores dos estados amazônicos
Rondônia Em Rondônia, os esforços em melhoramento genético estão sendo realizados no tambaqui, por meio de uma iniciativa pioneira, apoiada pelo Sebrae/RO e Universidade Federal de Rondônia/UNIR. Um grupo de pesquisadores de várias instituições do Brasil, através de convênio entre o Sebrae/RO e o Instituto de Tecnologia Agropecuária de Maringá - ITAM, implantou dois Núcleos Satélites de Se50|Credisis & Negócios|Outubro|2013
Foto IFRO
O
melhoramento genético de peixes nativos da Amazônia, como o tambaqui, poderá gerar um aumento na lucratividade dos piscicultores de Rondônia e de outros estados da região. Esse é um dos resultados do programa de melhoramento genético do tambaqui desenvolvido pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). O objetivo inicial é gerar alevinos de tambaqui e cachara para o setor produtivo. O estudo foi montado a partir de peixes oriundos de diversos piscicultores parceiros, dos estados de Rondônia, Mato Grosso, Tocantins e Amazonas. O intercâmbio de material genético obtido de espécimes de diferentes localidades permitiu diversos acasalamentos direcionados, a partir da utilização de sêmen congelado. O Núcleo do Programa de Melhoramento Genético foi instalado inicialmente em Sorriso (MT), numa empresa privada, com experiência na produção, reprodução, abate e comercialização de peixes. Um dos pontos prioritários foi avaliar o ganho de peso médio diário dos espécimes. Após a avaliação e seleção dos animais e a montagem do grupo de reprodutores do núcleo de seleção, os animais selecionados receberam o material genético melhorado, surgindo a partir desta etapa os Núcleos Satélites de Seleção de Tambaqui.
leção do Tambaqui: no Campus da UNIR de Presidente Médici e na Piscicultura Boa Esperança em Pimenta Bueno. Um terceiro núcleo deverá ser instalado no Instituto Federal de Educação de Rondônia – Campus Ariquemes/IFRO. A escolha do tambaqui é resultado do domínio das técnicas de produção e reprodução, a existência de estrutura de beneficiamento e escoamento da produção, o interesse do mercado consumidor regional e o potencial de expansão dos produtos para outras regiões do Brasil e no exterior.
Lucros Um experimento conduzido pelo Sebrae-RO em Nova Brasilândia comparou animais não melhorados adquiridos de pisciculturas comerciais de Rondônia com alevinos melhorados do Programa de Melhoramento Genético de Tambaqui.
Os resultados mostram que os animais melhorados apresentaram velocidade de crescimento 10% superior. Este valor significa uma redução de 21 dias no período de cultivo dos animais selecionados em relação aos demais. Projetando estes valores para uma piscicultura de 10 hectares, com uma produtividade média por safra de sete toneladas de tambaqui por hectare, pode-se produzir em um mesmo período de engorda, até 700 kg/ha a mais por ciclo. Esse resultado pode aumentar a receita do produtor em R$ 2.450,00 – valor bruto por hectare, considerando o preço de venda de R$ 3,50/kg de peso vivo. Mas o gráfico do estudo de Nova Brasilândia mostra que os ganhos podem ser ainda maiores. Em outro experimento, desenvolvido na baixada cuiabana, pela equipe do Prof. Dr. Jayme Povh, da UFMS, os resultados também foram bastante positivos, apresentando superioridade de 314,37 gramas
do tambaqui Ganho em peso diário (em gramas)
Ganho em peso diário / Período de cultivo 8 7
+ 10,72 % + 10,69 %
6 5 4 3
+ 40,31 %
2 1 0
94 jan-mar 13
123 abr-mai 13
216 jun-set 13
Período de cultivo (em dias)
distribuindo os ganhos para todos os elos da cadeia produtiva.
Fase inicial O Sebrae-RO salienta que o melhoramento genético de peixes de espécies nativas no Brasil ainda está em fase inicial.
Foto UNIR
Foto Simone Yokoyama Oliveira
para peso e 1,5 grama por dia a mais por animal, para o ganho em peso diário, em relação aos animais não melhorados. A partir destas informações, verificou-se que a diferença de peso produzido por milheiro de tambaqui melhorado foi de 314 kg. Os números mostram que é possível remunerar, adequadamente, tanto o alevinocultor, quanto o produtor de peixes,
melhorados não melhorados
O desenvolvimento dessa área passa pela organização das cadeias produtivas, para que a distribuição dos animais geneticamente superiores, a partir dos núcleos de seleção para os produtores seja realizada de forma rápida e eficiente, trazendo os avanços genéticos para mais perto do produtor e consumidor. Somado a isso, o fluxo de informações entre o setor produtivo, mercado consumidor e programas de melhoramento, devem propiciar alterações na condução dos programas, de maneira que os animais disponibilizados para os produtores atendam as exigências do mercado consumidor e as particularidades dos sistemas de cultivo. Por fim, ainda de acordo com o Sebrae-RO, é importante salientar que animais geneticamente superiores tendem a tornar-se mais exigentes. A disponibilização destes animais para o setor produtivo poderá conduzir a adequações nas condições de cultivo, causando alterações nos manejos nutricionais e sanitários de maneira a potencializar a expressão da qualidade genética destes. Dessa forma, resultados dos programas de melhoramento genético de peixes estão fortemente associados ao desenvolvimento de outros setores da cadeia produtiva.
O piscicultor Megumi Yokoyama, popularmente conhecido como Seu Pedrinho, é um dos parceiros do projeto. Credisis & Negócios|Outubro|2013|51
V ALE DO PARAÍSO
Agroindústria produz iogurte Família de Vale do Paraíso comercializa produção em mais de 20 escolas públicas da região central do Estado
O
casal de produtores rurais Anderson e Rosangela Saiter, do município de Vale do Paraíso, região de Ouro Preto do Oeste, está realizando o sonho de muitos empreendedores rurais. Desde o mês de julho de 2013, a família conseguiu concretizar as instalações e colocar em pleno funcionamento os equipamentos da sua agroindústria de produção de iogurte. Os equipamentos – que incluem iogurteira, mesa e dosador industrial, seladora e freezer, além de um tanque de resfriamento de leite, foram cedidos em convênio do governo com a Associação de Pais e Professores Escola Família Agrícola (APPEFA).
Artesanal “Nós começamos de maneira artesanal, na cozinha de casa, em 2011, e vendíamos a produção na vizinhança”, lembra Rosangela, que na época trabalhava numa escola do município. A partir de meados de 2013, com apoio técnico do governo, o casal conseguiu a certificação do Sistema de Inspeção Estadual
(SIE). “Isso nos abriu as portas para vender em vários municípios”, lembra Anderson. Hoje, a agroindústria familiar atende 23 escolas da rede pública dos municípios de Vale do Paraíso, Ouro Preto do Oeste, Ji-Paraná e Presidente Médici. Com o aumento na produção, Rosangela pôde
deixar o emprego na escola e se dedicar exclusivamente para a agroindústria, ao lado do marido e dos dois filhos.
Produção A produção da agroindústria chegou a 6 mil litros em outubro – sendo 4 mil litros de iogurte e dois mil de leite pasteurizado tipo “barriga mole”. O iogurte é distribuído principalmente nas escolas. “Os alunos gostam mais do sabor morango, mas temos também disponíveis os sabores de ameixa, abacaxi, coco e maracujá, com pedaços de frutas, que são vendidos no comércio”, diz Rosângela. Para distribuir a produção, Anderson comprou uma carreta tipo motoprático, adaptável na moto, capaz de transportar 400 litros. Mas já pensa num veículo maior. Primeiro, precisa solucionar outra questão: a produção de leite. O casal pretende aumentar o pequeno rebanho leiteiro, de 13 vacas, e principalmente investir em melhoramento genético, para aumento da produtividade.
52|Credisis & Negócios|Outubro|2013
MEL
Cooperativa reúne apicultores Em Vilhena, os trinta cooperados da Cooapa produzem em média 70 toneladas de mel por ano
C
om uma produção média anual de 70 toneladas de mel por ano, a Cooperativa Apícola Portal da Amazônia (Cooapa), de Vilhena, reúne cerca de trinta produtores cooperados. Fundada há oito anos, a cooperativa produz boa parte do mel que abastece supermercados e estabelecimentos do município. Segundo o presidente da Cooapa, Aldir Lauri Gerlach, os equipamentos e as instalações da cooperativa são ideais para o beneficiamento da produção. Mas Aldir reclama da burocracia que representa um obstáculo para a comercialização do produto em outros municípios e até mesmo fora do Estado. “Necessitamos de apoio técnico para elaborar toda a documentação necessária para nos adequarmos ao Serviço de Inspeção Estadual”, diz o cooperativista. “De posse do SIE, teremos condições de melhorar os preços praticados hoje”, explica. Além da cooperativa, os produtores de mel também estão organizados através da Associação Vilhenense de Apicultores. Fundada em 1996, a associação obteve os primeiros equipamentos necessários para iniciar a produção em larga escala.
Aldir Lauri Gerlach, da Cooperativa Apícola Portal da Amazônia. Credisis & Negócios|Outubro|2013|53
MEIO AMBIENTE
Prêmio internacional Empresária de Vilhena, que deixou a carreira bem-sucedida na Odontologia para se dedicar ao projeto na área ambiental, é premiada por eliminar resíduos de alto risco
A
empresária Patrícia Paz, de Vilhena, vem colecionando prêmios nacionais e internacionais nos últimos anos por sua atuação na área do meio ambiente. A empresa de Patrícia – Paz Ambiental – faz a incineração de resíduos considerados de alto risco para a saúde humana e para a natureza. Primeira empresa certificada neste segmento em Rondônia, a Paz Ambiental incinera e dá tratamento ambientalmente correto a inúmeros resíduos perigosos, como o lixo hospitalar e odontológico (seringas, gazes, luvas e embalagens contaminadas), medicamentos com prazo de validade vencido e até sobras de combustíveis. Por mês, a unidade industrial coleta, processa e incinera cerca de 70 toneladas
54|Credisis & Negócios|Outubro|2013
COOPERAT I VI SMO
de resíduos – que antes eram simplesmente despejados em lixões, a céu aberto. Agora, todo este material é reduzido a cinzas em fornos que atingem 1.000°C. Os gases resultantes da queima também recebem tratamento especial – são “lavados” numa mistura de água e soda cáustica. Os líquidos são tratados numa estação de efluentes. A planta industrial tem cerca de mil metros quadrados e fica a sete quilômetros do município.
ONU Todo esse cuidado rendeu bons prêmios para a empresária – o mais importante deles foi concedido no ano passado, em Doha, no Qatar, onde Patrícia e outras oito mulheres empreendedoras foram homenageadas pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Undact), entidade ligada à ONU. A mais recente homenagem aconteceu no início de outubro, em São Paulo, ao lado de um seleto grupo de empresárias, pela revista Claudia, da Editora Abril. Além do prêmio, Patrícia foi capa da tradicional revista feminina, de circulação nacional. Com mais de 1,5 mil clientes em Rondônia, Acre e Mato Grosso, a empresa fatura cerca de R$ 3,6 milhões por ano e emprega mais de 30 funcionários.
Multa A empresária, que durante mais de 20 anos exerceu a profissão de dentista, decidiu mudar radicalmente de atividade depois de ter sido multada pela Prefeitura, em 2007, por não dar a destinação correta ao lixo gerado por sua clínica odontológica. “A partir daquele episódio, decidi aprender tudo sobre o assunto, fiz especialização na área ambiental, investimos R$ 5 milhões no projeto, me tornei empresária e hoje colhemos os bons frutos dessa iniciativa”, diz Patrícia, que tem como sócios o marido e um amigo da família. “O fato de ter sido a primeira a buscar tecnologia e as certificações necessárias para atuar nessa área foi fundamental para o sucesso da empresa”, conclui Patrícia.
BC cria Fundo Garantidor De acordo com o Banco Central, o fundo dará maior proteção aos depósitos dos cooperados e deverá fortalecer o cooperativismo de crédito
O
presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, anunciou a criação do Fundo Garantidor de Cooperativismo de Crédito (FGCoop), que, segundo ele, garantirá mais proteção aos depósitos dos cooperados e contribuirá para fortalecer o cooperativismo de crédito brasileiro. Ao falar sobre o FGCoop, Tombini destacou que os pilares fundamentais para garantir a plena inclusão são educação financeira, proteção e inovação. Por isso, além da proteção do fundo, a educação é necessária para consolidar a inclusão e, especialmente, os ganhos econômicos e sociais observados nos últimos anos. No final de outubro, a presidente Dilma Rousseff sancionou a Medida Provisória nº 619/2013 (Lei nº 12.873/2013) que, entre outros temas, viabilizou a criação do Fundo Garantidor, ao isentar o FGCoop da incidência
do Imposto de Renda, inclusive sobre suas aplicações de renda fixa e variável, bem como da contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL). A criação do FGCoop é vista por todo o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo como um reconhecimento, por parte do Estado, de que o cooperativismo é um sistema competitivo, sólido e que reduz os desequilíbrios sociais e impulsiona a inclusão financeira e o desenvolvendo de arranjos locais. “Necessário se faz salientar que esse ganho só foi possível pelo empenho das equipes do Sistema OCB, representantes do Conselho Consultivo de Crédito, seu grupo técnico, Casa Civil e do Banco Central. Esse grupo vem atuando em harmonia para fortalecer, cada vez mais, essa ferramenta de desenvolvimento econômico e social: o crédito cooperativo”, enfatiza Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB.
O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. Credisis & Negócios|Outubro|2013|55
I NFRAESTRUTURA
Reconstrução da BR-319 Setores da indústria, comércio, agricultura e cooperativismo apoiam reconstrução da BR-319, que liga Porto Velho a Manaus. Rodovia será estratégica para setor produtivo rondoniense
O
projeto de reconstrução da BR319 – que liga Porto Velho a Manaus – está recebendo o apoio dos setores produtivos e dos governos dos dois estados. Em novembro, uma caravana percorreu os 900 quilômetros da rodovia. Coordenada pelo senador Acir Gurgacz, a diligência teve a participação de 65 pessoas e 22 caminhonetes 4x4. A viagem durou cerca de 40 horas. A rodovia, construída no final da década de 60, está completamente abandonada há mais de 20 anos. A diligência da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado Federal encontrou uma estrada precária, cheia de atoleiros, com pontes quebradas e a pista praticamente tomada pela floresta amazônica. “O estado de abandono da rodovia condena milhares de pessoas ao isolamento, à insegurança e dificuldades de toda ordem, nessa que é considerada a pior rodovia federal do país”, disse Gurgacz, após a viagem de quase dois dias. A diligência saiu às 15h30min de domingo de Porto Velho e chegou na terça-feira, por volta do meio-dia, em Manaus. Este tempo de viagem entre as duas capitais, considerado bom, só foi possível porque quase não choveu, pois o inverno amazônico ainda não trouxe o volume de chuvas típico deste período. Durante a diligência, uma ponte quebrou quando uma caminhonete do último comboio passava sobre ela. Apesar do susto, ninguém se machucou, apenas o carro ficou danificado. Os integrantes do comboio tiveram que improvisar uma passagem com troncos de árvores e pedras para a passagem dos demais veículos. Os piores atoleiros foram enfrentados na parte final da rodovia, no final da tarde de segunda-feira, quando começou a chover. 56|Credisis & Negócios|Outubro|2013
Objetivos Para o senador Acir Gurgacz a diligência cumpriu bem seus objetivos, como evidenciar para a sociedade a importância da rodovia para a economia regional e para as pessoas que moram na Amazônia, bem como para pressionar o governo federal no sentido de agilizar o licenciamento ambiental e os procedimentos técnicos e burocráticos para sua recuperação. “Estamos mostrando para o Brasil que a restauração desta rodovia, com a presença do Estado na fiscalização, pode ser uma forma de auxiliar na proteção da floresta, além de promover a integração da Amazônia e de fortalecer a economia de Rondônia e do Amazônia, principalmente com o comércio de produtos da agricultura familiar”, destacou Acir. Além do apoio de todas as instituições que participaram da diligência, na chegada a Manaus, representantes do comércio, da indústria e da agricultura de Rondônia se reuniram com o governo do Estado do Amazonas para solicitar apoio para uma campanha permanente pela reconstrução da rodovia.
Estratégia Os empresários entendem que a reconstrução da rodovia é estratégica para o Brasil e será de grande importância para dinamizar a economia regional. “A reconstrução desta rodovia, a construção da ponte do Abunã e a construção da ferrovia transcontinental, com a conexão Porto Velho-Vilhena, são obras fundamentais para a economia da região Norte e precisamos unir forças para que elas sejam realizadas com urgência”, de-
finiu o superintendente da Federação do Comércio de Rondônia (Fecomércio-RO), Rubens Nascimento. Essas três obras, segundo Nascimento, vão colocar Rondônia no centro logístico da América Latina, pois o Estado, através dos modais rodoviário, hidroviário e ferroviário, terá saídas para o Pacífico, para o Caribe e Atlântico. “Teremos as rotas mais curtas e mais econômicas para o exportar a produção de alimentos das regiões Centro-Oeste e Norte do Brasil, além de dinamizar o comércio com Manaus e com os países andinos, sendo que Rondônia se consolidará como um dos principais elos de integração do continente”, completa o superintendente da Fecomércio.
mobiliza Amazônia Alimentos A precariedade da rodovia é um entrave para a economia da região. “Hoje temos cooperativas que embarcam produtos no Porto de Porto Velho e levam três dias e três noites para chegar no comércio de Manaus. As cooperativas embarcam, por exemplo, tomate de Alto Alegre de Parecis, abacaxi e banana de União Bandeirantes”, declarou Salatiel Rodrigues, da OCB-RO. De acordo com Rodrigues, se o tráfego de produtos fosse pela BR-319, as condições seriam diferentes. “Os caminhões poderiam sair de Porto Velho de manhã e chegar à tarde em Manaus, com produtos frescos e proveitosos. A perda chega a ser de 30% de frutas que amadurecem e apodrecem no caminho. Por isso a reconstrução da rodovia é tão importante para o comércio de Rondônia”, detalhou.
Fotos: Fábio Souza
Abandono A BR-319 foi construída no final da década de 1960 e inaugurada em 1973, pelo Exército Brasileiro, dentro do contexto de colonização da Amazônia e sua integração ao território nacional. Hoje, encontra-se praticamente intrafegável, já que está abandonada desde a década de 1990. Um trecho de 204 quilômetros na saída de Manaus, no Amazonas, e outro de 208 quilômetros na saída de Porto Velho, em Rondônia, foram recuperados e pavimentados em 2010. A recuperação do trecho intermediário da BR-319, com a extensão de 405 quilômetros, no chamado ‘meião da floresta’, foi embargada pelo IBAMA em 2009, mesmo com o projeto de restauração possuindo o Estudo de Impacto Ambiental (EIA), executado pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Desde então, muitos estudos de impacto ambiental já foram feitos e refeitos e o licenciamento ambiental da obra não foi emitido pelo Ibama. De acordo com o DNIT, mais de R$ 78 milhões já gastos com estudos ambientais, criação de unidades de conservação e intervenções a fim de mitigar impactos ambientais no entorno da rodovia. Credisis & Negócios|Outubro|2013|57
CHURRASCO
À moda da casa Família deixou Palotina, no oeste paranaense, para inaugurar a primeira churrascaria de Porto Velho, há 35 anos. Negócios já reúnem três gerações de empreendedores
O
empresário José Borges Neto, de Porto Velho, passou por todas as funções que existem dentro de sua churrascaria, antes de se tornar sócio e, mais tarde, proprietário. Trabalhou como copeiro, garçom, churrasqueiro e gerente, durante mais de dez anos. Juntou economias e, em 2001, tornou-se dono do empreendimento. Hoje, José Borges é dono da Churrascaria Paraná, a primeira a ser inaugurada na capital, em 12 de outubro de 1978. Recentemente, comemorou 35 anos de funcionamento. Essa história de empreendedorismo teve início quando
o casal João Machado e Inês, ambos de Palotina (PR), decidiu vir a Rondônia e abrir a churrascaria. Fizeram sucesso e acabaram convidando seus primos, da mesma região paranaense, entre eles José Borges, que começou a trabalhar para o casal em 1983. Na época, Borges era um adolescente de 16 anos. “A década de 1980 foi muito boa para o restaurante, havia muitos garimpeiros e muito dinheiro na cidade”, lembra. O funcionário dedicado acabou se casando com Solange, filha do casal de proprietários, com quem teve dois filhos, Jeferson e Anderson. Passaram-se os
anos, e em 2001, finalmente José Borges juntou os recursos para comprar o empreendimento do casal de sogros. Hoje, o empresário administra a churrascaria, ao lado da esposa e dos filhos. Com 240 metros quadrados de área construída e 16 empregados, a churrascaria tem capacidade para atender 228 pessoas. “O atendimento é o ponto principal”, ensina o empresário. “O ditado está certo, é o olhar do dono que engorda o gado, e tem sido assim em nossa churrascaria. O importante é ter clientes fiéis e contar com um quadro de colaboradores que, acima de tudo, são bons amigos”, conclui.
Ao lado, o empresário José Borges, com a esposa e filhos. Acima, João Machado e Inês recebem o abraço do neto. 58|Credisis & Negócios|Outubro|2013
Novo contorno da cabine: ganhos na aerodinâmica e design mais moderno
Novo quebra-sol: mais aerodinâmico
Novo sistema de lubrificação da caixa de câmbio
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