O Cavaleiro de São João - Ed. 35

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Orgão Informativo da Fraternidade Maçõnica | Distribuição dirigida Ano XV | Edição 35 | 4º Trimestre de 2017 | Curitiba - Paraná

Em busca da fraternidade maçonica pág. 02

A verdadeira finalidade maçonica pág. 11

O Papa negro pág. 27

Instituições falidas pág. 33

“Deus te criou sem precisar de ti, mas, ele não te salvará sem tua vontade” (Santo Agostinho)


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EDITORIAL “Se você quiser ganhar um homem para a sua causa, primeiro convença-o de que é seu amigo sincero” (Abraham Lincoln) • CCar.’. IIr.’. o ano de 2017 rápido demais que foi, está agora em seu ocaso e todos nós, alvissareiros para o raiar de 2018, que traga com ele as boas novas que sempre almejamos, pois é o ano para repensar a política e os "velhos políticos", pensemos nisso. Como já é uma praxe em nossos escritos neste espaço – deixamos aqui nosso abraço fraterno a todos os IIr.’. que, de alguma forma, colaboraram com o O CAVALEIRO de São João. A eles a nossa eterna gratidão. • Dias desses fizemos um convite ao nosso admirável Ir.’. Antônio Gonçalves de Oliveira - Past Master da ARLS.’. Cavaleiros de São João, 74 da constelação do GOP/COMAB. – provocando-o a escrever sobre a fraternidade maçônica. Para a nossa alegria, dele recebemos um magnífico texto, uma divagação oportuna e coerente sobre o assunto falado. Claro, melhor que eu, vamos, a seguir, desfrutar da bela abordagem do Ir.’. Antônio – que parece despontar ser ele um grande e habilidoso pensador de nossa Instituição ao evidenciar através de suas linhas, conhecer dos meandros mostrados em “gota a gota” na labuta com seus IIr.’. ; pois seu texto vem mostrar a imensa sabedoria adquirida através de seus “desbastes” e também com suas pesquisas que nos possibilitam avaliar a sua paixão pela Arte Real e intensidade da inspiração que comporta aquele peito. Eis: • Em Busca da Fraternidade Maçônica Na maçonaria a fraternidade é talvez o termo mais empregado, seja na forma escrita ou falada. Parece que Maçonaria e fraternidade se amalgamam em uma só solução, pois pelo dito e ouvido, pode-se haver fraternidade sem maçonaria, como de fato se observa em outros movimentos confrários, mas definitivamente não há maçonaria sem fraternidade. Bom, o que é então essa fraternidade maçônica que, não obstante ser ela, crê-se, o cimento que dá a dureza e segurança aos alicerces da magna ordem, é comum ouvir-se entre os fraters sobre a sua constante busca no mundo maçônico. Como assim a dúvida? Máxime que a dúvida mitiga a certeza e nesse caso em especial exponencia-se, pois de forma silogística a busca se dá sobre aquilo que não há, ou mesmo se, em havendo, não o é em quantidade e/ou forma suficiente para atender à

sua essencialidade entre os convivas. Uma possível resposta à atroz dúvida! Ora, respeitados juízos diversos, a fraternidade é objeto de sentimento subjetivo, ou seja, trata-se de termo que embora de clara compreensão em face do senso comum, é ele um termo de tessitura aberta, pois cada ser subjetivo, representado na maçonaria pelos irmãos, tem a sua forma de interpretar e praticar a fraternidade. Então tem-se diversas fraternidades dentro da fraternidade maçônica? Como ação prática subjetiva de cada irmão maçom sim, pois a fraternidade é um sentimento e como tal, a intensidade e impactos gerados, bem como as externalidades daí decorrentes são diferentes na individualidade do ser. Mas o objetivo deste editorial obviamente não é questionar a existência da fraternidade maçônica, pois assim seria paradoxal ao afirmado quanto à sua essencialidade e o elo entre os irmãos, mas sim objetiva desmistificar a padronização/pasteurização da fraternidade como muitas vezes é dita e não necessariamente praticada, não podendo sê-lo exatamente pela subjetividade de cada irmão em sua prática, em seu ethos. Registre-se que a maçonaria como sinônimo de fraternidade pode ser entendida como um grande guarda-chuva sob o qual existem os seus membros, os irmãos, que pelos princípios que se fizeram maçons são “eivados” do espírito fraterno, cuja soma de suas ações praticadas em prol de seus irmãos e da sociedade, mesmo que em quantuns diferentes, haja vista suas subjetividades, sedimentam e dão sustentáculo ao verdadeiro significado de ordem fraterna. Por tudo isso, embora em graus diferentes na sua prática, a fraternidade maçônica é o verdadeiro sentimento a ser externalizado e materializado pelo maçom à sociedade na forma de seus atos visíveis e tangíveis, pois não é sem motivo que em (1 João 4:20-21) tem-se que “Se alguém afirmar: "Eu amo a Deus", mas odiar seu irmão, é mentiroso, pois quem não ama seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê. Ele nos deu este mandamento: Quem ama a Deus, ame também seu irmão.” Ir.’. Antonio Gonçalves de Oliveira M.’.M.’. “Aquele que sabe muito sobre os outros pode ser instruído, mas aquele que se compreende é mais inteligente. Aquele que controla os outros pode ser forte, mas aquele que se domina é ainda mais poderoso” (Lao-Tse) SOMOS TODOS IRMÃOS Até breve e que o Grande Arquiteto do Universo nos ilumine e Guarde. Ir.’. Deolindo Dorta de Oliveira – AGI 2253 (MI.’. 33º MRA.’. SEM.’. PSS.’. KT.’. Cav.’. Noaquita)

EXPEDIENTE O CAVALEIRO de São João Órgão Informativo da Fraternidade Maçônica é uma publicação de TERRA SANTA Editora Maçônica Ltda. CNPJ 09.596.977/0001-98 Av. Rep. Argentina, 2150 - 4º Andar Conj. 42 - 80610-260 – Curitiba-PR Fone: (41) 3019-1723 E-mail: arterealjornal@gmail.com d.dortadeoliveira@gmail.com Registrado no 2º Ofício de Registros de Títulos e Documentos e Pessoas Jurídicas de Curitiba. Sob o Nº 101 do Livro B. Em 01 de julho de 2004. Registro na ABIM – Nº 061-J • Associação Brasileira da Imprensa Maçônica AGI - nº 2253 Conselho Editorial: IIr.´. Alberto Zocco Junior, Aramis Salata, Deolindo Dorta de Oliveira (Diretor), Joao Krainski Neto, Laertes B. Ribeiro, Paulo Roberto Brunkow, Rômulo Carlos Romero e Woldir Wosiacki. Jornalista responsável: Ir.´. Deolindo Dorta de Oliveira | DRT-7154/PR Diagramação: Carlos Deitos - Artes Gráficas E-mail: carlos@cdag.com.br Aceitamos colaborações de IIr.´., LLoj.´. e interessados na Fraternidade Maçônica. Os artigos publicados são de esponsabilidade de seus autores.


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VIVER HONESTAMENTE

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odo mundo procura ser feliz. Felicidade é bem-estar e neste está incluído o convívio harmônico entre as pessoas, a paz, o prazer, tudo o que o ser humano entende ser agradável. Poderia a felicidade ser permanente? Difícil, senão impossível, pois segundo alguns filósofos, a sobrevivência do homem implica numa guerra contínua e por isso ele está sempre em guerra. Não é por acaso que os antigos diziam que o homem é o lobo do homem, “homo hominis lupus”. E nos breves intervalos das tréguas, nesses breves momentos, é que se pode encontrar a felicidade. Razão pela qual ela é valorizada, por ser rara. Muitos filósofos otimistas buscaram e ainda buscam, com suas teorias, tentar minimizar o peso por viver, fazendo com que ele seja o mais leve possível para o ser humano carregar. Os pessimistas dizem que isso não tem jeito, porque viver é sofrer. Aqueles são mais interessantes. Elaboraram as mais diversas doutrinas, inventaram um mundo melhor, como Thomas More, na Utopia, Tommaso Campanella, na Cidade do Sol, Platão, na República, Marx, com o comunismo e tantos outros, ocidentais ou orientais. Por mais que as teorias sejam tão atraentes, não se chegou ainda à conclusão alguma no mundo moderno em que vivemos. Aliás, ao contrário do que se pensa, está cada vez mais difícil viver. E isso por culpa do próprio homem, que entende que ser feliz é procurar usufruir, o máximo possível, os bens materiais que levam ao seu conforto, ao seu bem-estar, à sua paz interior, no menor espaço de tempo que consegue. E essa procura não tem fim, nem limites. É infinita e ilimitada. Por culpa dos detalhes. Entretanto, por mais que tente e embora seja essa uma justa pretensão, não está conseguindo a contento. Ao contrário, está levando-o a uma frustração generalizada. (Esta não é e nem pretende ser uma crônica de autoajuda em busca da felicidade). Como, por exemplo, ser honesto. Os legisladores romanos já diziam que a vida poderia ser resumida em três tomadas de posição ética: “viver honestamente, não lesar a outrem e dar a cada um o que é seu”: “honeste vivere, alterum num laedere e suum cuique tribuere”. Se todos seguissem esses preceitos básicos, não haveria mais tanta infelicidade. Ao contrário, levaríamos vantagem, de acordo com a “Lei de Gerson”, aquela que atualmente todos a seguem. Pois

é muito mais vantajoso, por paradoxal que possa parecer, ser honesto. Se todos fossem honestos, como diria o Conselheiro Acácio, obviamente não haveria tanta roubalheira. E em não havendo mais tanta roubalheira, tanta falsidade, tantos crimes, tanta malandragem, todos seríamos mais felizes. Tão simples, mas tão complexo. E a vida seria bem melhor. O comerciante teria um lucro honesto e justo; o empregado não seria explorado pelo patrão; o cidadão não precisaria sonegar impostos, pois estes não seriam mais tão escorchantes; o governo não precisaria ameaçar com pena de prisão o bom cidadão; o político não precisaria mentir para conseguir votos, pois o eleitor acreditaria que ele faria boas leis para sermos bem governados. O ladrão não precisaria furtar, porque não haveria necessidade, havendo justiça social; o pobre poderia viver com dignidade, almejando sempre um mundo melhor; o rico não precisaria ser tão rico, pois dividiria parte de seu patrimônio aos menos favorecidos. O cidadão não necessitaria aprisionar-se dentro de sua casa, pois não haveria mais ladrões e, em não havendo mais ladrões, nem assassinos, as penitenciárias seriam destruídas. Ele não precisaria mais colocar no seguro seu carro, nem sua casa, nem as seguradoras teriam por que explorá-lo. Aliás, estas existiriam apenas para garantir um futuro à

família do segurado no caso de sua morte. O mundo seria feliz se todos fossem honestos. Se, como se diz, devemos levar vantagem em tudo, por que então não poderíamos também levar vantagem em ser honestos? Acreditaríamos então nos políticos, não existiram delações premiadas, elegeríamos um presidente, senadores, deputados, prefeitos e vereadores, todos eles direcionados para trabalhar num claro objetivo: proporcionar o bem estar de todos, com justiça e equidade. Algumas profissões, como a dos advogados, diminuiriam drasticamente. Tornar-se-iam conselheiros. Em compensação, o turismo aumentaria pela ampliação do lazer, todos poderiam viajar pelo nosso país ou por outras plagas – sem medo de ser felizes – sem preocupações e sem transtornos. Se somente pelo fato de viver já é difícil, então cabe a nós mesmos tornar nossa vida mais fácil. É tudo tão-somente uma questão de opção. Porque viver honestamente, de acordo com a própria etimologia da palavra, é viver com honra. E se todos nós pudéssemos conseguir viver com honra, a vida seria bem melhor. Utopia? Certamente, mas pelo menos deveríamos tentar. Luiz Carlos Bedran Sociólogo e articulista da Revista Comércio & Indústria de Araraquara-SP


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A Fraternidade do Rito Brasileiro O CCar.'. Ir.'. Armando Braga com a maestria que lhe é peculiar conduziu em data de 12 de dezembro de 2016 o JANTAR DE CONGRAÇAMENTO dos Ilustres IIr.'. pertencentes ao RITO BRASILEIRO (GOP-COMAB).

Fizemos alguns registros que evidenciam o brilho do encontro e a magia contagiante de todos os presentes que festejavam os trabalhos profícuos daquele ano que findava. Nossos abraços fraternos aos Nobres OObr.'. daquele Rito. Regis-

tros para as altas patentes presentes ao evento. Entre elas os queridos IIr.'. Braga, Salvatore, e Krainski .Or.'. de Curitiba - Paraná (Fonte: O CAVALEIRO de São João - Ir.'. Deolindo Dorta de Oliveira - Jornalista DRT-7154/PR)


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Capítulo Santo Sepulcro de Maçons do Real Arco O Comp.'. MRA Narciso Da Lozzo Neto, Sumo Sacerdote - presidiu em 28-10-2017 a bela e significativa Cerimônia de Iniciação no CAPÍTULO SANTO SEPULCRO DE MAÇONS DO REAL ARCO Nº9 - oportunidade em que os CCar.'. IIr.'. David Venancio, Nelson Balan, Sergio Weschenfelder e Thiago Antonio de Lemos Almeida - foram ADIANTADOS AO GRAÚ DE MESTRE DE MARCA. Aos novos CComp.'. que agora, no caminho bem clareado do RITO DE YORK, buscam mais luz no ALTAR DA FRANCO MAÇONARIA - nossos abraços fraternos. O Cap.'. Santo Sepulcro de MRA - pertence ao SUPREMO GRANDE CAPÍTULO DE MAÇONS DO REAL ARCO DO BRASIL, Jurisdicionado a The General Grand Chapter Of Royal Arch Masons International. Curitiba - Paraná, 28 de outubro de 2017

“As vezes o coração, rasgado pela dor, vira retalho. Recomenda-se nestes casos, costurá-lo com uma linha chamada RECOMEÇO. É o suficiente.“ (Cora Coralina)

CCar.'. Ir.'. Heric Herz Girardello

CCar.'. Ir.'. Heric Herz Girardello - é o novo V.'.M.'. da ARLS.'. Guardiões da Harmonia - (GOP-COMAB-CMI) - Memorável Sessão Magna onde O CCar.'. Ir.'. Celso Luiz Girardello - Past Grão Mestre do Grande Oriente do Paraná - Instala, em data de 13-06-2017, seu filho o Ir.'. HERIC HERZ GIRARDELLO - no Trono de Salomão da ARLS.'. Guardiões da Harmonia. Votos de fraternidade e prosperidade aos IIr.'. daquela Loj.'. Maçônica. Curitiba - Paraná.


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TRI-CENTENÁRIO – Maçonaria Especulativa

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stamos, agora, em 2017, completando 300 anos de Maçonaria Especulativa – ou Progressista. Até 1717 nós tínhamos a Maçonaria Operativa ou dos Construtores Livres., criada em épocas muito remotas, quando os Obreiros dedicavam-se à construção de pontes, templos, igrejas, palácios e outros tipos de obras. Existiam apenas os dois primeiros Graus: Aprendiz e Companheiro. A partir de 1717, quando 4 Lojas se uniram, criaram a Grande Loja, em Londres, tudo se modificou. Passamos, então, às fases de estudos mais aprofundados, das pesquisas sobre suas origens, seus mistérios, suas raízes, sua simbologia, assuntos não muito, ou quase nada, conhecidos. As mudanças trouxeram excepcionais vantagens e oportunidades para que se desenvolvessem trabalhos bem conceituados, abrangentes e substanciosos. Aos poucos, foram surgindo novos enfoques, novos métodos de trabalho, elaboração das Constituições, Regulamentos Gerais, Rituais e de normas pertinentes aos progressos e ao desenvolvimento que surgiram, buscando a disciplina das atividades que deveriam obedecer à prática dos sistemas implantados. Vale registrar que as modificações se fizeram aos poucos, com muito critério e com muita seriedade e segurança, sem atropelos e de forma bastante concisa. 300 anos já se passaram. A Maçonaria começou a se envolver, de forma efetiva, nos movimentos libertários, tomando parte, inclusive, em acirrados movimentos revolucionários e de independência das nações. A partir de 1725 (data imprecisa) surge o Grau de Mestre Maçom que impulsionou, com bastante firmeza, os ideais dos Maçons que procuravam fazer avanços e progressos

dentro da Ordem. Surgiram os grandes escritores maçons que se ocuparam e se dispuseram a escrever, com muita propriedade, sobre a história, raízes, doutrina e filosofia da Instituição. Surgiu, também, a criação dos Supremos Conselhos com os Graus mais elevados, trazendo grandes benefícios à cultura Maçônica facilitando, ainda mais, as pesquisas. Em meio a tudo isto, a criação de novas Potências e novas Obediências que, de certa forma, criaram algumas dissidências. Tais dissidências, que não se pode entender como problemas sérios, vieram trazer a

necessidade de novas estruturações e trabalhos mais diversificados. A história de todos estes acontecimentos está contada em livros de famosos escritores que, com seus conhecimentos abalizados, e com sua cultura fizeram – e ainda fazem – pesquisas e estudos sobre o assunto, abrindo para nós, amplos e abrangentes horizontes. Hoje, cabe a cada um de nós, não nos deixar levar para o campo dos “achismos”, e sim, buscar estudar e pesquisar em livros de autores renomados que procuram retratar, com fidelidade, esta nova fase de nossa Ordem. A história, em si, é muito rica em detalhes e particularidades.

Uma nova fase nos possibilitou a cumprir os preceitos da Entidade através de rituais bem organizados, favorecendo os trabalhos e a disciplina das Sessões Maçônicas. Hoje já existem “Tratados de Amizade” que nos permitem viver em harmonia entre Potências e Obediências. Se existem algumas distorções, estas ficam por conta de pequenas vaidades, o que não significa que a paz deixe de reinar no seio da Maçonaria. Invoquemos o Grande Arquiteto do Universo para que sempre nos ilumine e que nossos trabalhos e nossas atividades sejam em função do engrandecimento da Instituição. Devemos, em primeiro lugar, o respeito, a harmonia e a paz entre todos os Irmãos. A Maçonaria não é propriedade particular. Ela pertence a todos os HOMENS Livres e de Bons Costumes. Pertence à Sociedade formada por todos e quantos queiram se dedicar à fraternidade, à solidariedade, à justiça, acreditando num mundo melhor e mais harmonioso para todos. É o que a Maçonaria prega para nós. Sejamos, portanto, verdadeiros Obreiros da Paz. Procuremos, com todas as nossas forças, viver em união e defender o direito e a cidadania dos povos. Que tenhamos, como bússola, a verdade para nortear nossa estrada e nossos caminhos. Que vivamos dentro dos conceitos de um mundo de Igualdade, de Liberdade e de Fraternidade. Ir.’. José Vicente Daniel Or.’. de Pequeri – MG (Jornal O ESPIRRO DO BODE nº 263 – março/ abril-2017 – Loj.’. Maç.’. Theodórica – Pequeri-MG)


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Supremo Conselho do Grau 33 do Paraná

Reunido em Curitiba - Paraná. Sob o comando do Soberano Grande Comendador, Ilustre Ir.'. ALBINO DE OLIVEIRA BRANCO NETTO - em Magna Cerimônia realizada no Templo Nobre do Palácio Maçônico do GOP-COMAB-CMI em data de 12 de agosto de 2017 - com todos os Nobres e PPod.'. Membros, O SANTO IMPÉRIO possibilitou a magnifica chegada dos buscadores da filosofia Maçônica ao ÁPICE DA PIRAMIDE; o GRAU 33 do REAA. Diversos IIr.'. hoje GRANDES INSPETORES GERAIS e entre eles abnegados OObr.'. do GOP, GLP e GOB. Parabéns aos Valorosos IIr.'. Grandes Inspetores Gerais - guardiões do Rito Escocês Antigo e Aceito. Curitiba Paraná.

A.'.R.'.L.'.S.'. Bernard de Clairvaux, 4295 (GOB-PR) Em data de 23 de setembro de 2017 tive, como convidado, a oportunidade impar de assistir a uma sua Ses.'. Ritualística - Loj.'. de Instrução - e quero registrar a bela impressão que tive e que ficará impregnada nas minhas lembranças; vi ali um grupo de IIr.'. direcionados para a nobre filosofia dos antigos artesãos - sérios com os princípios basilares da Instituição que abraçamos e responsáveis com as instruções inerentes. Dignos de conhecimento. A querida Of.'. Maç.'. BERNARD DE CLAIRVAUX que trabalha no RITO DE YORK - tem como seu Venerável Mestre o Ilustre Ir.'. Antonio Carlos de Melo Franco. E que convida seus pares da Maç.'. para no dia 07 de outubro de 2017 - brindarem a fraternidade que possibilitou aos OObr.'. da confraria estarem juntos num ágape fraterno. A saber: Ses.'. às 10:00 horas e almoço com os brindes de obrigação às 12:30. Or.'. de Curitiba - Paraná.


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Encontro Anual de Veneráveis Mestres do Grande Oriente do Paraná

O primeiro da administração do Pod.'. Ir.'. RUBENS MARTINS JUNIOR - Grão Mestre. Realizado hoje 19 de agosto de 2017 no Hotel Mabu Express - Curitiba Paraná. Nele todos os Nobre IIr.'. VVen.'. MMestr.'. das LLoj.'. pertencentes ao GOP-COMAB-CMI - Momento ímpar do dia-a-dia maçônico e nesse espaço foram abordados grandes temas como o PLANEJAMENTO ESTRATÉ-

GICO para que flua de maneira eficiente os aspectos orçamentários, de tesouraria, controladoria das LLoj.'., divisão em macro-regiões. Registra-se também no referido evento a presença de todo o Staff do Grão Mestrado., GGr.'. SSecret.'. GGr.'. Conselheiros e DDeleg.'. 240 IIr.'. assinaram a lista de presença. Fica aqui a menção de algumas falas do Ir.'. Rubens Martins Junior (G.'.M.'.) como:

QUANDO NOS UNIMOS SOMOS MUITO MAIS FORTES, JUNTOS CONSTRUIREMOS O NOSSO CAMINHO. Finalizou com as seguintes palavras: A MAÇONARIA É UM ORGÃO VIVO, ELA É PULSANTE! Parabéns. Curitiba - Paraná em 19 de agosto de 2017. (O CAVALEIRO de São João - Ir.'. Deolindo Dorta de Oliveira Jornalista - 7154-DRT/PR)


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ENCENAÇÃO TEATRAL DA REVOLUÇÃO FARROUPILHA A Loja Estrela do Sul nº 84, Oriente de Bagé – RS, no dia 15 de setembro de 2017, foi o palco da apresentação de uma Peça Teatral Maçônica que retratou os principais fatos que levaram à eclosão da Revolução Farroupilha. Como forma de comemorar a Semana Farroupilha os integrantes da Loja Maçônica Estrela do Sul aceitaram o desafio do Irmão Luiz Alves, idealizador deste Projeto Cultural. Que contou com o apoio de vários Irmãos e da administração da Loja. O roteiro foi escrito exclusivamente para esta peça, retratando nos diálogos o sentimento dos líderes da época que levaram

ao início deste conflito, por uma noite, os Irmãos da Loja Estrela do Sul tornaram-se personagens históricos. Apesar da maioria dos integrantes da peça não terem contato com as artes cênicas, o entusiasmo e o desafio foi estimulante para a encenação que durou aproximadamente 60 minutos e que ao final emocionou o público presente. Todos os detalhes foram cuidados, desde o figurino, maquiagem, luzes e efeitos especiais, até mesmo o acompanhamento de músicos, que proporcionaram um emocionante retorno a setembro de 1835, dias antes da invasão da cidade de Porto Alegre, dando início a 10 anos de luta fraticida.

Toninho Imortal Conselho Regional de Contabilidade do Paraná - Toma posse novo imortal da Academia de Ciências Contábeis do Paraná Em solenidade, durante a 17ª Convenção dos Profissionais da Contabilidade do Paraná, em Foz do Iguaçu, a Academia de Ciências Contábeis do Paraná deu posse a um novo membro para a cadeira nº 26, ocupada anteriormente por João Vitorino Azolin Benato. O novo imortal é o professor da UTFPR Antonio Gonçalves de Oliveira. Membro ativo da ARLS.’. Cavaleiros de São João, 74 (GOP-COMAB) na referida Academia junto ao Ir.’. Antonio, também fazem parte os IIr.’. Olenik, Pacheco e Souza – 4 Ilustres OObr.’. da CCav.’. de São João. A seguir os registros para nossa Revista.

Toda a manifestação cultural deve ser valorizada e a maçonaria pode proporcionar espaço para os seus integrantes desenvolvam ou apresentem seus talentos nas mais variadas formas culturais, seja pela música, literatura, artes plásticas e o teatro. Este evento, como parte de um Projeto-Piloto Cultural, deverá ser repetido e com a possibilidade de desenvolver mais atividades na área. Após a apresentação foi servido um jantar no Salão de Ágape, contando com a presença de familiares, amigos e maçons que assistiram a Peça Teatral Maçônica. Texto: Rogério Vaz de Oliveira - Imagens: Adriano Pacheco e Bruno Neto.


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11 Anos de vida da ARLS.'. Irmãos E Amigos Nº3804 (Rito De York) Grande Oriente do Brasil-Paraná - ao Or.'. de Curitiba. Memorável encontro fraterno para as comemorações dos 11 anos de vida da nossa querida Loja Maçônica IRMÃOS E AMIGOS - sempre com SAÚDE, FORÇA e UNIÃO tem ao longo desses 11 anos exercido seu papel primordial no aprimoramento de seus integrantes e é claro de todos

que passam por ali. Neste Banquete Ritualístico capitaneado pelo seu Venerável Mestre CCar.'. Ir.'. CLORY ALBERTO SARTORI - e no elegante momento festivo recebe expressivas AUTORIDADES MAÇÔNICAS PARANAENSES para juntos brindarem o comemorativo aniversário da Loja que a todos recebe de maneira fidalga. Registro para a

presença sempre simpática do Pod.'. Ir.'. Gerald Koppe Junior - Grão Mestre Adjunto do GOB-PR., naquele momento representando o Grão Mestre do GOB-PR, CCar.'. Ir.'. Rodrigo Larson Carsten. E entre grandes nomes de nossas autoridades maç.'. presentes, João Krainski Neto - G.'.M.'. de Honra do GOP-COMAB. Or.'. de Curitiba - Paraná.


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A Verdadeira Finalidade Maçônica

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o ponto de vista estritamente místico, a Maçonaria é uma escola iniciática, que prepara o espírito de seus iniciados para compreensão do absoluto. Se só essa fosse, entretanto, a sua finalidade, ela seria uma mera seita contemplativa e totalmente destituída de fins práticos, embora altamente espiritualizada. Na realidade, entretanto, na Maçonaria, cada iniciado deve agir com plena consciência, na esfera de ação que lhe é apropriada, consagrando sua vida e seus esforços à concretização da grande obra, a obra do Sol, da alquimia, mas que, diferentemente desta, simboliza o aperfeiçoamento de toda a espécie humana. O principal objetivo do trabalho maçônico é a busca incessante da Verdade, que conduz à Luz, essa Verdade pode ser moral, espiritual ou mental, mas pode ser, também, a verdade social, enfim da liberdade e do bem estar material dos povos, pois a Maçonaria embora tenha sua filosofia e suas práticas ritualísticas baseadas no misticismo, é, na verdade, uma reformadora social. Nascida na esteira dos ideais liberais e libertários da humanidade, numa época de absolutismo e do dogmatismo clerical, a Maçonaria colocou-se na vanguarda, não só do Renascimento Cultural e Científico (o que lhe valeu as iras do Santo Ofício),

mas, também, na da luta por grandes reformas sociais, através de uma decisiva participação nos conflitos de idéias e de sua importante intervenção na solução dos grandes problemas internacionais. É claro que ela tem misticismo, e bastante, como bem situou o ocultista Eliphas Levi, a respeito dos maçons: “Pode-se ajuntar que tiveram os templários por modelo, os rosacruzes por pais e os joanitas por avós, seu dogma é o de Zoroastro e o de Hermes, sua regra a iniciação progressiva, seu princípio a igualdade regulada pela hierarquia e a fraternidade universal; são os continuadores da Escola de Alexandria, herdeira de todas as iniciações antigas; são

os depositários dos segredos do Apocalipse e do Zoar...” Mas, além disso tudo, ela é, também, muito mais. Não sendo órgão de nenhum partido político, ou agrupamento social, ela firmou o seu propósito de estudar e impulsionar todos os problemas referentes à vida, com finalidade de assegurar a paz, a justiça, e a fraternidade entre todos os homens e povos, sem dependência de raças, cores, religiões ou nacionalidades. Como sociedade universal de origem iniciática, a Maçonaria apresenta, então, esses dois aspectos: um interno, totalmente esotérico, completamente mística, e outro externo e circunstancial. Aqueles que a desconhecem, combatem-na, violentamente, ou então, afirmam que ela é anacrônica e ultrapassada que já passou à História e que já não tem mais razão de existir. Todavia, enquanto a Liberdade, a Razão e a Justiça não imperarem na face da Terra, em todas as camadas sociais, a Maçonaria estará sempre combatendo por essas idéias, porque esse é o dever juramentado de todos os maçons e é a maior glória de todos os Filhos da Luz, do Conhecimento e da Razão que irradia dos Templos maçônicos. Ir.’. José Castellani (Fonte: IOD n° 67 - É uma republicação de O CAVALEIRO de São João)

ARLS.'. Alderico dos Reis Petra, 3464 - GOB-Paraná Em memorável Sessão Magna de Instalação e Posse que aconteceu em 19 de julho de 2017 ao Oriente de Pinhais-PR. Ascendeu ao TRONO DO REI SALOMÃO o CCar.'. Ir.'. ELISEU BRASILISIO STELMATCHUK. Cerimônia

concorridíssima pelo Ilustres IIr.'. de diversas Lojas de Curitiba e região metropolitana que ali foram abraçar o Ir.'. Eliseu - agora novo VENERÁVEL MESTRE da laboriosa Loj.'. Maç.'. ALDERICO DOS REIS PETRA que trabalha no

RITO BRASILEIRO. Parabéns ao recém empossado V.'.M.'. e a todos os queridos IIr.'. que compõe o quadro de OObr.'. O Nobre Ir.'. Elias Maltaca foi o Presidente da Comissão Instaladora. Or.'. de Pinhais - Paraná.


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BEM-VINDO À MAÇONARIA

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Maçom no seu trabalho árduodiuturno labuta para a Ordem a que pertence, e seu trabalho se consubstancia em melhorar, não só o seu grupo, mas toda a Humanidade.

O que é Maçonaria? - é uma Instituição que temuma finalidade: a de oferecer ao homem avia pela qual possa encontrar Deus. A Maçonaria se espalhou e hoje reúne adeptos em todo mundo. Homens considerados “livres e de bons costumes”, que reunidos longe do tumulto do mundo, sob as bênçãos do Grande Arquiteto do Universo, buscam uma ideia mais clara e mais pura da existência da humanidade e através de práticas ritualísticas, uma mútua e benfazeja influência sobre o espírito e o coração. Apesar das incompreensões, ela vem contribuindo há séculos para o aperfeiçoamento da sociedade, da morale da educação dos povos. A Maçonaria é uma Instituição fundamentada sobre princípios da Lei Natural, leva impresso em si o selo da antiguidade remota e irradia o mais puro espírito de filosofia e de moral, o que lhe assegura uma destacada importância social e, sobretudo, o respeito e a veneração dos povos. A crença em um Deus único, o Amor à Humanidade e à Fraternidade Universal são suas bases fundamentais, tem sido o manancial de benefícios para seus adeptos e para a sociedade que formam. Em seus Templos, aprende-se a amar e reverenciar tudo quanto a Virtude e a Sabedoria consagram. Investiga a Verdade, estimula o estudo e a prática da Solidariedade; trabalha pelo melhoramento material e moral, pelo aperfeiçoamento intelectual e social da Humanidade; pela execução, prima pela perfeição moral e espiritual, para evolução dos que, em se desligando das coisas materiais que o espírito para o Oriente Eterno não poderá levar. Enfim, lutacontra a ignorância. Todos neste mundo somos ignorantes, só que em assuntos diferentes! A Loja Maçônica - Chama-se Loja o retiro silencioso dos homens de boa vontade, o Templo da caridade, do amor e da educação cívica, onde se congregam homens honrados para elaborarem a redenção dos povos e progresso da humanidade. Nossa Ordem tem uma visão humanística do homem, mas é preciso saber que essa visão não confere grandeza somente ao indivíduo em

si, mas ao indivíduo na coletividade, isto é, dentro do todo que denominamos Loja. Louvando-nos no que, em convivência fraterna, ouvimos do sábio Mestre Prof. Raimundo Rodrigues, Patrono de nossa Augusta e Respeitável Loja, ao pesquisarsua obra “A Filosofia da Maçonaria Simbólica (Vol. 3)”publicada pela Editora “A Trolha”, com o intuito de ajudar aos novos Irmãos a familiarizarem-se mais rapidamente com nossa Ordem, repassamos o que colhemos de seus ensinamentos. As Lojas Maçônicas guardam na aparência externa ou interna,ricas ou pobres, simples ou suntuosas, modernas ou antigas, a diferenciação natural, é toda igual na substância, os princípios são os mesmos, a Moral é a mesma,filosofia, doutrina, Rituais e Ritos conferem uniformidade admirável. O Trabalho - o trabalho é a fonte de toda riqueza e cultura. A Maçonaria honra e dignifica o trabalho, considerando-o como um dos deveres essenciais do homem, por isso proscreve a ociosidade voluntária e dá aos seus membros o título dignificante de Obreiros. Com as armas da persuasão e pela força moral do bom exemplo, combate tudo quanto atenta contra a Razão e o ânimo da fraternidade universal. A Maçonaria é isso e muito mais e“não é sem razão que o Templo Maçônico é um lugar sagrado, sob cuja abóbada os Homens Livres e de Bons Costumesdevem unir-se fraternalmente e, sob os influxos do Grande Arquiteto do Universo, procuram alcançar uma compreensão para a Humanidade, através de um trabalho constante em favor do aperfeiçoamento social e espiritual de cada individuo”. Maçonaria, antes de tudo, significa trabalho em grupo. Assim, o trabalho maçônico sendo essencialmente coletivo é por esta razão que não se pode olvidar que é necessário ver no trabalho um fato social de fundamental importância. Aqui se trata do Maçom, sempre em grupo, cumprindo sua missão de construtor social, portanto, homem social, praticando atos fundamentalmente sociais. É preciso, portanto, afirmarque o Maçomé homem de “grupo”, o homem social, o homem pertencente a uma sociedade,onde todos procuram executar a mesma tarefa, tendo como meta a mesma finalidade:“o culto à Pátria, com comemorações em suas datas cívicase respeito aos seus símbolos, e, emsuas instruções consta o deverpatriótico de lutar pela sua soberania, sem qualquer temor, e o desbaste da “pedra

bruta”que maçonicamente, simboliza a matéria que ainda não foi trabalhada, “in natura”, sem polimento”. A Fraternidade - Maçonaria é uma“associação fraternal” e os Maçons, se tratam como “Irmãos”. Fraternidade é palavra formada a partir do radical do vocábulo, latino “frater”, que significa Irmão. A Maçonaria não é um clube social, não existe em razão de “Copo d´agua” (coquetel), recepção fraternal na demonstração de que um “copo de água” é bastante para demonstrar afeto, bom acolhimento, num tom de simplicidade que deve ser aceito por quem é despido de interesses. Aprendemos ainda que fraternidade significaconvivência harmoniosa, viver em comum como Irmãos, amizade pura,amor desinteressado ao próximo, que não encarna segundas intenções. Isso nos lembra do sentido que seja a verdadeira amizade: “Amigo é uma alma habitando em dois corpos”. (amicus est unus animus in duobus corporibus). Quando atingimos esse ponto, vemos com muito mais facilidade onde começam os direitos de nossos semelhantes e onde terminam os nossos. Exaltando a máxima do: “conserva sempre a tua mente em estado de pureza e não te deixes dominar por nenhuma paixão”, não estaria determinando não só a conduta a ser seguida pelo Maçom, mas, igualmente, mostrando o caminho da “Fraternidade Maçônica”? A Verdade - Uma palavra oriunda do latim “veritas, atis”, o mesmo que realidade; sinceridade; exatidão; princípio certo; é o que discorre fielmente algo que aconteceu. A Maçonaria, nunca impôs qualquer limite ou


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Entendemos que praticar ajustiça consiste em se respeitar os diretos alheios, dando-lhes o que é justo e concedendo a cada um o que é seu. Já N. S. Jesus, o Cristo,o Sábio dos Sábios, nos ensinou que era de justiça dar a Cesar, o que é de Cesar e a Deus, o que é de Deus (Lucas, XX, 25). Concluindo - A Maçonaria é a maior instituição humana, pode ditardentro das regras de moral mais pura, a conduta e o comportamento na busca da fraternidade.De tudo se conclui que, sem a Verdade, não existe Justiça, nem Fraternidade. Quando alguém critica um Irmão, sem que haja um justo motivo para tanto, está sendo injusto com o Irmão e com ele mesmo. Sim, porque deixou de lado a regras para a livre investigação da Verdade e para assegurar essa situação é que exige de todos,Tolerância. Elanão é uma Associação Beneficente; ela faz questão de continuar a ser, como sempre foiuma instituição filantrópica onde se estudase ensina e pratica a moral. Os atos de benemerência ou de beneficência que executa em silêncio são efeitos e consequências diretas dessa moral em ação e nunca a causa principal da Instituição Maçônica. Por isso, o homem deve sempre fazer investigações, pesquisas, estudos constantes, para dela ir seaproximando. O maçom, então, deve se esforçar muito mais para um aprendizado que o habilitará a maior aproximação da Verdade. Quanto maior a cultura em todos os sentidos, mais elevado o potencial de visão que proporciona um horizonte maior, como da mesma maneira que uma pessoa a proporção que vai subindo uma gigantesca escada, vai tendo uma visão melhor, ampliando o seu horizonte visual. Sabemos que a Verdade absoluta ainda não existe para nós porque todos somos iniciantes na caminhada da vida eterna, sendo nossas Verdades, apenas relativas. Justiça - Para que se chegue à verdadeira Fraternidade, é preciso que se ressalte a necessidade da presença da Justiça, a presença da Equidade, a presença do Desapego. Se pararmos para pensar, chegaremos à conclusão de que sem Justiça, nada se conseguirá. As Virtudes éticas são: brandura, amabilidade, sinceridade, pudor, urbanidade no conversar; todavia, incomparavelmente mais importante que todas elas é a justiça, cujo significado primário e mais geral é Obediência às Leis. A Justiça abarca todas as Virtudes. Ela é a Virtude perfeita.

Equidadeque é a Virtude que nos auxilia a agir com moderação. Toda crítica injusta revela falta de Fraternidade.Para que possamos ser fraternos é necessário que sejamos desapegados, isto é, enxotarmos para fora de nosso íntimo a inveja, a vaidade descabida, o orgulho, o que nos levará a enxergar melhor os nossos defeitos, fazendo com que sejamos mais tolerantes com nossos semelhantes, pois, a violência faz até justiça, injustamente... E sendo Sua vontade, Deus concederá a glória e a graça da Luz ao novo Maçom. E então, diremos a uma só voz: Seja bem-vindo à sua nova vida, Caríssimo Irmão e Amigo! Waldemar Sansão

O Valoroso Ir.'. Pedro de Oliveira Santos Junior Em Sessão Magna presidida pelo Pod.'. Ir.'. Celso Girardello Past.'. Grão Mestre do GOP-COMAB. Foi em data de 30-06-2017 empossado como o novo VENERÁVEL MESTRE da ARLS.'. CAVALEIROS DE SÃO JOÃO 2903 nº146 (Grande Oriente do Paraná). Substituindo o CCar.'. Ir.'. Arivaldir

Gaspar no Trono de Salomão - Ao Nobre Ir.'. Pedro caberá a importante missão de dirigir aquela Loj.'. Maçônica com seu operoso quadro de IIr.'. que tanta satisfação tem dado a ARTE REAL. Nossos votos de grandes conquistas ao querido Ir.'. Pedro de Oliveira Santos Junior. Or.'. de Curitiba PR.


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A Loja Maçônica CAVALEIROS DE SÃO JOÃO 74 (GOP) Em Sessão Magna de Instalação e Posse realizada no dia 23 de junho de 2017 - conduziu ao TRONO DE SALOMÃO o CCar.'. Ir.'. João Eloi Olenike. Olenike estará, como Venerável Mestre, dirigindo a Augusta e Respeitável Loja Simb.'. Cavaleiros de São João - nos próximos dois anos. Paz e Prosperidade são os nossos votos para aquela Loja Maçônica e seus Obreiros. Curitiba - Paraná.

A ARLS.'. CAMINHO DE LUZ (GOP-COMAB-CMI)

ao Oriente de Pinhais-PR. Em cerimônia concorridíssima de Posse que aconteceu em data de 28 de junho de 2017 - conduziu ao TRONO DO REI SALOMÃO o CCar.'. Ir.'. PAULO ROBERTO BRUNKOW. O Poderoso Ir.'. Heraldo

Fornaroli - até então o V.'.M.'. - foi o responsável pela Magna Sessão. Caberá agora ao Paulo Brunkow que foi Iniciado, Elevado e Exaltado na querida Oficina; conduzi-la fraternalmente como Venerável Mestre pelos próximos dois anos. Capacidade,

discernimento e vontade - juntados aos grandes irmãos do quadro, farão o sucesso da empreitada. Pinhais Paraná. 28 de junho de 2017 - Ir.'. Deolindo Dorta de Oliveira - O CAVALEIRO de São João SOMOS TODOS IRMÃOS.


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Mui Ilustre Marcelo Johnsson - Venerável Mestre A Augusta e Respeitável Loja Simb.'. Cavaleiros de Cristo (GOP-COMAB-CMI) que adotou para seus trabalhos ritualísticos o RITO ADONHIRAMITA em Sessão Magna de Posse de seu novo Venerável brindou a todos os IIr.'. presentes com uma belíssima cerimônia de ASCENSÃO AO TRONO DE SALOMÃO do Mui Ilustre Mestre Ir.'. MARCELO EVANDRO JOHNSSON.

Respondeu pela condução dos trabalhos o Mestr.'. Instalador, Ir.'. Deolindo Dorta de Oliveira. A data de 07 de julho de 2017 estará, para sempre, marcada na mente e no coração do novo V.'.M.'. e da diretoria empossada para o biênio 2017/2019. Salve, salve a querida Oficina Maçônica Cavaleiros de Cristo. Curitiba Paraná. O CAVALEIRO de São João estava lá e registrou.

Bonita a Cerimônia de Posse do CCar.'. Ir.'. Laertes Boguchevski Ribeiro - como Venerável Mestre da Loja Maçônica TEMPLÁRIOS DO MONTE SAGRADO (Grande Oriente do Paraná). A festiva solenidade de posse magistralmente conduzida pelo Nobre Ir.'. Binotto - aconteceu em 22 de junho de 2017. Para a valorosa Loja Maçônica que trabalha no RITO ADONHIRAMITA desejamos todo o sucesso com muita paz e prosperidade. Curitiba Paraná.

ARLS.'. OBREIROS DA PAZ 2909 (GOB-PR) A Loja Maçônica Obreiros da Paz - ao Oriente de Pinhais - em data de 26-06-2017 - através de memorável cerimônia de Instalação e Posse do CCar.'. Ir.'. ADIR ROSA DOS SANTOS no TRONO DE SALOMÃO. Coube ao Pod.'. Ir.'. Gilberto Luiz Menoncin a responsabilidade pela Sessão Magna de Instalação. Acompanham o Ir.'. Adir em sua

administração os IIr.'. Hamilton Sampaio e Sérgio Estelai - como 1º e 2º VVig.'.. Nossos abraços fraternos ao CCar.'. Ir.'. ADIR ROSA DOS SANTOS e sua diretoria, votos de uma administração sempre voltada para a fraternidade maçônica. Pinhais Paraná em 26 de junho de 2017. O CAVALEIRO de São João - SOMOS TODOS IRMÃOS.

“Viver é peregrinar. Somos peregrinos no tempo a caminho da eternidade.” Quem se volta para Cristo jamais vive de costas para seus irmãos. O reino se constrói na Caminhada, se realiza na doação e se torna pleno em Deus. “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida”, disse Jesus. (Nov. a Santo Inácio de Loyola)


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Qual é a melhor idade?

E

sta é, sem dúvida, uma das grandes questões do ser humano. Perguntado a uma criança ela poderá responder com singeleza, sem muita experiência de vida, ingênua, inúmeras respostas. Da mesma forma ao jovem, que pela ansiedade de querer se ver um homem ou uma mulher completa, gostaria de abreviar o tempo e atingir a idade avançada com saltos, somente para degustar dos prazeres ocultos da maior idade, e, poder dirigir, poder viajar sozinho pelo mundo e ser dono de seu nariz. Por outro lado, no mundo dos adultos, perguntado, poder-se-á subdividir-se em categorias de idades, dos que têm mais de 18 anos até os 35, e, que sem dúvida, estão na plenitude jovial, na abundância de energia e que resta a esta pergunta, somente entender porque alguns ainda prefeririam ser mais novos ou mais velhos. Já para os homens e mulheres de 36 até os 60 anos estes sim, já teriam mais tempo de vida para compreender o que foi bom e o que será melhor, devendo aí permanecer inúmeras dúvidas sobre qual seria a melhor idade para eles. E, finalmente reservo a idade chamada de melhor que beira dos 60 anos até os fins de nossas vidas e que permanece a questão como um grande ponto de interrogação. Interrogação que aos moldes dos ensinamentos da Ordem Rosa Cruz, nos orienta a sermos eternos questionadores, perquiridores do universo, na busca da verdade. Assim, dando continuidade a esta provocação, eu lhe pergunto: - Que idade você tem? A idade física, a ideológica e a mental? Você tem a mesma idade das evoluções tecnológicas atuais? Você usa facebook, wats app, tem instagram, sabe o que é uma start up, o que é uma incubadora, você já usa bitcoin? Somos regidos pelo tempo dos homens, e, dizem, que é diferente do tempo de Deus, o Grande Arquiteto do Universo. Neste

nosso universo terrestre, existem inúmeros protocolos, inconscientes e repetitivos de gerações para gerações, apresentados como regras verdadeiras, inquebrantáveis, indiscutíveis e que nos fazem sermos aparentemente o que somos, sem questionarmos muito, fazendo de todos nós, simples seres viventes desta orbe. Desta forma pode-se afirmar que existem dois tipos de inconformados, de seres infelizes, que creem que a melhor idade já passou e, os que acreditam que a melhor idade está por vir. Assim, vivendo do passado e, ou do futuro, estão sem dúvida, divorciados do momento mais importante, que é o presente, o hoje. Neste diapasão questiono você, leitor: é prudente entender que a melhor idade, é a de hoje? Alguns filósofos contemporâneos nos acenam para atentarmos à simplicidade da vida, como estar próximo de nossos entes queridos, de observar as pequenas coisas como um casulo de borboleta; o bater das asas de um beija flor; as estrelas no anoitecer; a luz; o sol; o desabrochar de uma flor; o crescimento de um filho; as infinitas cores, degustação e odores, enfim estar em sintonia com o universo e ter gratidão ao GADU. Uma vez lido algumas autobibliografias e, ao mesmo tempo, perguntado para alguns empresários: - o que era mais importante em sua vida, e, se pudesse voltar ao tempo, o

que faria? A resposta foi quase que unânime. – Há, se eu pudesse voltar ao tempo, eu ficaria mais perto do Meus; eu observaria os meus filhos crescendo; eu daria mais atenção aos meus pais, a minha esposa/marido, família; eu com certeza faria muitas coisas diferentes, pois ao invés de ir atrás do dinheiro/matéria, de forma desenfreada e louca, eu repensaria estes valores. Da mesma forma, para o povo maçônico eu questiono? Qual é a melhor idade de um maçom: - em ser aprendiz, companheiro ou mestre? Ou, então estar nos inúmeros graus filosóficos e atingir os 33 Graus? Para nós, o Grau 33 significa muitas conquistas, principalmente observando toda a trajetória de vida maçônica, de construção do edifício social, subindo com humildade, na busca de conhecimento, com dedicação, cada degrau da escada de Jacó. Lembre-se que tudo passa, portanto, aproveite a cada momento, se deleite nos estudos maçônicos a merecer o crescimento não só pelo tempo, mais pela dedicação, aprenda que o teu grau é o mais importante e que cada lição é única e que você é, a partir do grau em que se encontra, corresponsável pelos segredos transmitidos, e, que a você a maçonaria confiou. A ansiedade no mundo maçônico só atrapalha, aprenda a ser paciente, tolerante e a não querer Ser, o que é muito difícil, pois no mundo de hoje conclui-se que tudo é vaidade, somente vaidade. Portanto, quando lhe perguntarem sobre a melhor idade, responda, agora, sem titubear, que é a idade em que você se encontra. E, seja feliz: - “aqui e agora”. Mauricio de Santa Cruz Arruda Mestre Instalado - Ex-Grande Procurador e Ex-Ministro do ETJM. ARLS Duque de Caxias II, nº 124. GOP.


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ARLS.'. 21 DE ABRIL Nº82 (GOP-COMAB) Sessão Magna de Posse Em concorridíssima Sessão Magna de Instalação e Posse em data de 05 de julho de 2017 o CCar.'. Ir.'. ANDRÉ GERONIMO LAZZAROTTO - agora no TRONO DE SALOMÃO é o novo Venerável Mestre da Loja Maçônica 21 DE ABRIL (fundada em 21 de abril de 1989) para o biênio 2017/2019. Presidiu a importante cerimônia, como Mestre Insta-

lador, o Ir.'. João Krainski Neto - Past Grão Mestre do Grande Oriente do Paraná. Nossos abraços fraternos e votos de prosperidade e sucesso ao Valoroso Ir.'. André Lazzarotto - para sua equipe e a todos os queridos IIr.'. daquela Loja que é uma das VIGAS MESTRAS da Maçonaria Paranaense. Curitiba Paraná em 05 de julho de 2017

ARLS.'. Serenidade e Trabalho Tem novo Venerável

A data de 05 de julho de 2017 estará para sempre registrada na memória do CCar.'. Ir.'. RAPHAEL TAQUES PHILATTI pelo importante fato de sua Posse como VENERÁVEL MESTRE da A.'.R.'.L.'.S.'. SERENIDADE E TRABALHO - que pertencente ao GOP-COMAB-CMI é uma estrela de grande magnitude na constelação de Lojas daquela Obediência. O Valoroso Ir.'. Cezar Fernando Costa - foi o Mestre Instalador. Presenças de Ilustres IIr.'. visitantes. Sucessos ao Nobre Ir.'. Raphael e a todo o quadro de obreiros. Curitiba Paraná - julho de 2017.


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Cagliostro, ou José Bálsamo –

Maçonaria Mágica

J

osé Bálsamo (Giuseppe Giovani Battista Vicenzo Pietro Antônio Balsamo) teria nascido em Palermo em 02/071743 e falecido em26/08/1795. Foi casado com Lorenza Feliciani, conhecida por Serafina. O Dr. Lalande sob o nome fictício do escritor Marc Haven, seu mais eminente biógrafo provou que nunca alguém apresentou uma demonstração concreta da identidade de Cagliostro com José Bálsamo. Ainda persiste a dúvida sobre quem foi realmente este personagem. Mago? Alquimista? Embusteiro, charlatão ouBenfeitor da humanidade, um aventureiro? Hipnotizador? Evidentemente teria sido um paranormal, pois praticava curas. Alegava ter poderes sobrenaturais e falar diretamente com Deus. Foi maçom a seu modo, mas foi. Foi mais uma das figuras controversas do século XVIII, ao lado de outras. Tantas situações lhe são atribuídas que se torna difícil saber o que é verdade e o que não é. Cagliostro foi iniciado na Ordem em Londres em 1777. Frequentou lojas de todos os ritos dos Países Baixos, além da Alemanha, Polônia e Rússia, onde sempre empregava a magia, sendo por isso alvo de muito interesse de todos. Ele diziaque esteve na Grécia,Pérsia, Egito, Rhodes Índia e na Etiópia. Em Mitau em 1779 ele teria pela primeira vez oficialmente se utilizado de ritos mágicos. Em Bordéus-França em 1783 onde residiu por cerca de um ano, onde ficou conhecido como curandeiro. Possivelmente tinha a capacidade mental de curar. Em 20/10/1784foi para Lyon já conhecido como grande mestre da maçonaria. Os problemasda teurgia (magia negra) eram do conhecimento de um grupo de maçons que enveredaram para este caminho, pois a Maçonaria Tradicional seguia outra tendência ainda sem se solidificar neste confuso século XVIII. Entre os aficionados da Magia estavam Martinez de Pasqualy,Mesmer,

Saint Germain, Swendeborg e outros. O século XVIII conhecido como o século das luzes, foi um século maravilhoso, pois o Homem começou a pensar e se libertar dos grilhões que até então aIgreja Católica impunha. Para a história do mundo foi um século importante por causa das experiências realizadas em todos os setores da sociedade e especialmente na França esta liberdade foi levadaà extremos. Verdadeiro cadinho de ensaios e experiências em todos os setores. As coisas más, desconhecidas, mas agora conhecidas, pois foram esclarecidas com os recursos da época, foram eliminadas e prevaleceu o bom senso da liberdade de pensamento. Cagliostro fundou uma loja em Lyon com nome de “Sabedoria Triunfante”onde se praticava a magia e assim as curas, revelações, aparições, materializações e precognições começaram a aparecer. Não se pode chamar isso de Maçonaria, mas naquele século tudo foi possível. A própria Maçonaria ainda não tinha uma linha própria filosófica e rituaçisticaa seguir. Foi um período confuso, especialmente na França, onde foram criados um grande números de ritos e graus superiores. Ele teria também participado da criação do Rito de Misraim. José Balsamo, o Cagliostro se interessou na Ordem por uma vertente da Maçonaria que ele chamou de Maçonaria Egípcia, pois ele acreditava que a Maçonaria teria tido seu inicio no Egito. Fundou um templo a “Loja Mãe do Rito Egípcio” do qual se intitulou o Grande Copta. Foi escrito por ele um ritual especial para este rito. Ele mencionava a exposição única e pura da doutrina maçônica como ele assim a entendia. Seu rito era dividido em três que graus que consistiam em operações mágicas em cujas sessõesutilizava como sensíveis ou sensitivos, rapazes (pupilos) e moças (pombas)considerados de perfeitae pura inocência.Este rito tinha como finalidade fazer com que o homem pudesse ter a sua entrada no Templo de Deus. A iniciação neste rito pretendia ou tinha como meta levar o homem considerado como um decaído e degenerado a reconquistar sua dignidade perdida. E a regeneração tinha que ser moral e física. O homem era considerado regenerado quando ele possuísse a alma sã num corpo sadio e assim Deus consagraria este ser a ser Eleito. Em 27/01/1785 ele fixou sua residência em Paris, que na épocaestava acontecendo uma Assembleia maçônica do rito dos“Filaletos” (1). Ele foi convidado pela Loja“Amigos Reunidos” onde ele teria apelado para todas as nações, e a todos os ritos que sugerindo um esclarecimento sobre os pontos mais impor-

tantes da doutrina, maçônica tais como sua origem, e a situação histórica da Ordem e também o estado atual da Maçonaria nesta época. Cagliostro se apresentou após ter sido convidado pela Assembleia onde procurou expor seus pontos de vista, bem como suas teorias sobre a Maçonaria Egípcia. Suas ideias foram malrecebidas, e por isso ele rompeu com os Filaletos. No dia 30/04/1785 escreveu aos filaletos: “Dizeis que buscais a verdade e eu vo-la apresentei e vós a desprezastes...Visto que não tendes fé nas promessas do Grande Deus e de seu ministro sobre a Terra eu vos abandono a vós mesmos, e em verdade eu vos digo: minha missão já não é a de instruir-vos. Desgraçados Filaletossemeais em vão e não colhereis senão joio” “A partir de então Cagliostro só se ocupou do seu rito, reservando seus ensinamentospara as lojas egípcias, desinteressando da maçonaria e não escondendo a pouca estima que lhe votava”. Quando morou em Napoli, teria sido expulso da cidade porque teria montado um casino que enganava os incautos. Cagliostro estaria implicado no famoso caso do colar da Rainha Maria Antonieta emquando dois famosos joalheiros franceses enviaram um riquíssimo colar de diamantes ao Príncipe Cardeal de Rohan, também envolvido no escândalo, o que motivou sua reclusão de Cagliostro na Bastilhae posteriormente foi expulso da França. Cagliostro por suas atividades ficou sob a mira da Inquisição acusado de heresia e bruxaria. Foi preso e condenado á morte, mas ficou preso no Castelo de São Leo(Leão de Vitebino) aonde veio a falecer em 26/08/1795. Rito dos Filaletos ou Filaletes. Este ritofundado em 1773de 12 grauscontribuiu muito para com a Ordem porque deixou marcas em muitos outros ritos.Filaletes significa Amigos da Verdade ou Investigadores da Verdade. Era, portanto um embrião das futuras lojas de pesquisas. Hoje nos Estados Unidos existe uma Loja de Pesquisas com nome de “Filaletes” Ela foi fundado por Salvalette de Langes e o rito teve origem a partir da Loja “Amigos Reunidos”. O rito Filaletes tinha comfonte a Maçonaria Ocultista. Esta Loja convocou em 1785 uma Convenção em Paris com a finalidade de desfazer dúvidas e divergências, e esclarecer e os verdadeiros objetivos da Maçonaria, pois a Maçonaria estava totalmente anárquica nesta época. Cagliostro esteve presente nesta Assembleia e aí discordou de tudo, rompendo com este grupo. Hercule Spoladore Loja de Pesquisas “Maçônicas Brasil”Londrina-Pr


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A Loja Maçônica União dos Cavaleiros da Paz (GOPCOMAB-CMI) Tem novo Venerável Mestre - em data de 20-06-2017 assumiu sua presidência o querido Ir.'. HISSATO KOGA - estará no comando do agrupamento fraterno até o mês de junho de 2019. A magna cerimônia foi conduzida brilhantemente pelo nosso valoroso Ir.'. Silvano Alves Alcântara. Votos de sucesso a todos IIr.'. Curitiba PR.

MAÇONARIA CONSCIENTE

A

Maçonaria não pode distanciar-se dos tempos modernos do mundo de hoje. Um mundo que se acha em completa evolução, não apenas técnica e cientificamente, mas, sobretudo, no comportamento e no modo de vida dos homens, dentro da conjuntura atual. Há mais de três séculos deixamos de ser Maçonaria Operativa, e nos transformamos em Maçonaria Especulativa, isto é, uma entidade progressista que deve primar pelos conhecimentos através dos estudos e das pesquisas, que não pode ficar à margem de tanto desenvolvimento. Cada dia que passa novos descobrimentos, novas normas de procedimento, novas formas de se interagir com a realidade insofismável de um mundo, cujo passado, está ficando para trás. Hoje, os horizontes são muito mais amplos, os recursos são muito maiores e mais acessíveis. Hoje se busca o aperfeiçoamento intelectual e social da humanidade. Os Maçons tem em suas mãos todo um aparato de informações, de fontes que fornecem, inclusive, facilidades extraordinárias na obtenção da própria origem da Instituição e de suas raízes, até então, mais dificultadas. Pode-se dizer, com toda a certeza de que a Maçonaria é uma Instituição essencialmente filantrópica, filosófica e progressista. No entanto, tem por objetivo as pesquisas da verdade, o estudo da moral e a prática da solidariedade que é o fundamento maior da fraternidade. Apoiada que se acha na trilogia “Liberdade”, “Igualdade” e “Fraternidade”, a Maçonaria é uma fonte inesgotável de conhecimentos, onde a sabedoria pode ser alcançada em qualquer momento desde que cada um se disponha, com amor, perseverança e vontade, adquirir o entendimento de seus princípios, seus conceitos, sua doutrina e sua filosofia. Obviamente, sempre respeitando suas tradições, seus Landmarks, suas constituições e tudo o mais que seja concernente à sua própria história, desde os tempos mais remotos, obedecendo e respeitando todas as eras e épocas de suas mais completas e complexas fases de adequação aos distintos períodos de sua evolução. Ainda, há de se levar em consideração, numa estrita concepção, de que a Maçonaria pugna pelo aperfeiçoamento moral, intelectual e social da humanidade, por meio do cumprimento inflexível do dever e da prá-

tica, sempre desinteressada da beneficência. Também, levando-nos à investigação constante da verdade, nunca desviando nossos passos dos caminhos da retidão, da justiça e da razão. Sabemos mais que, para compreender todos os seus símbolos e mistérios, e tentar desvendá-los, será necessário estudos constantes, pesquisas mais aprofundadas, participação ativa nas suas atividades, presença efetiva e inquestionável em seus trabalhos, encontros, seminários, estudos de grupo e tudo o que poderá favorecer o maior aperfeiçoamento possível dentro da Ordem. O Homem Maçom é a verdadeira “Pedra Bruta” dentro da Maçonaria. Aparar todas as arestas e torná-lo numa “Pedra Polida” é um dos básicos fundamentos para se chegar (ou se tentar chegar) à perfeição. Assim, esta “Pedra” totalmente burilada e esquadrejada, poderá ser empregada no “Edifício Social”. Isto é o que a humanidade espera de nós Maçons. Qualidades para tal, não nos faltam. Difícil são uma corajosa vontade e uma audaciosa firmeza em nossos propósitos, ideais e objetivos. Não podemos nos esquecer do verdadeiro conhecimento Iniciático. Nele está a razão de nossa crença na transformação da “Pedra Bruta” em “Pedra Polida”, na transformação dos vícios em virtudes, das trevas em luz, da ignorância em sabedoria, da insensatez em honradez, da dúvida em verdade, enfim, o surgimento de um novo Homem, cônscio de seus deveres e obrigações. Não basta uma Maçonaria Moderna e Consciente. É preciso que se tenha consciência do que, de fato, ela representa para todos nós. A oportunidade que se nos é dada com o recebimento da “LUZ”, com os sucessivos avanços que fazemos em novos graus, é a certeza de que estamos no caminho certo. No caminho que poderá nos levar à proteção do Grande Arquiteto do Universo. Que ELE nos cumule com suas bênçãos e que nunca percamos a fé e a esperança de sermos, cada vez melhores, e mais entregues ao bem do próximo e da humanidade. Assim podemos, de fato, definir e refletir sobre “MAÇONARIA CONSCIENTE”. Ir.’. José Vicente Daniel LLoj.’. “Theodórica” - Or.’. de Pequeri – MG. “Caridade e Luz IV” - Or.’. de Bicas – MG. (Fonte: Jornal O ESPIRRO DO BODE Nº262 – jan-fev/2017)


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ARLS.'. Amigos do Interior 73

Augusta e Respeitável Loja Simb.'. Cavaleiros da Arte Real III Nº 137 (REAA) Da constelação do Grande Oriente do Paraná - COMAB-CMI. Tem novo VENERÁVEL MESTRE – Em Sessão Magna magistralmente conduzida pelo CCar.'. Ir.'. João Krainski Neto - Grão Mestre de Honra do GOP – em 12-07-2017 – Instalou e deu Posse ao Nobre Ir.'. JOSÉ MARCELINO CORREA – agora no TRONO DO REI SALOMÃO – estará

Uma das vigas mestras do Grande Oriente do Paraná. O CCar.'. PAULO GREIN VALÉRIO é o novo VENERÁVEL MESTRE da valorosa Loja Maçônica que tanto tem contribuido para a Maçonaria Universal e em especial para o GOP-COMAB-CMI. Sessão Magna de Posse foi realizada em 20-06-2017. Registro para a presença dos seus IIr.'. MMest.'. Instalados: Assir, Vicente, Keid Bin, Paulo Grein, Volmar, Donizete, Rogério, José Manuel e Marcos Gatto. Votos de uma boa administração ao CCar.'. Ir.'. Paulo Grein e sua diretoria. Curitiba Paraná. 20-06-2017.

governando a referida Loja Maçônica até junho de 2019. Nossos abraços fraternos a todos os IIr.'. pertencentes ao laborioso quadro de obreiros e em especial aos baluartes de nossa Veneranda Instituição, IIr.'. Brito, Raul, Prochmann e Thiago Cantele – que dirigiram, até agora, a Cavaleiros da Arte Real III. Curitiba Paraná em 12 de julho de 2017.


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ARLS.'. Cavaleiros da Arte Real, 63 A Loja Maçônica Cavaleiros da Arte Real (Adonhiramita) ao Oriente de Curitiba - GOP-COMAB-CMI - em data de 1407-2017 - Sessão presidida pelo CCar.'. Ir.'. João Krainski Neto, Grão Mestre de Honra do Grande Oriente do Paraná Instalou e deu posse ao Ir.'. Evaristo Celeste Benfatti, como Venerável Mestre da querida Loja Maçônica. Ao Ir.'. Evaristo nossos votos de uma gestão profícua e que rendam bons frutos para a Arte Real. Curitiba - Paraná. julho de 2017

A Virtude da Paciência

D

iz o ditado popular: “A paciência é a chave de todos os problemas que não dependem de você”. Paciência é uma característica de manter um controle emocional equilibrado, sem perder a calma ao longo do tempo. A base da paciência é a tolerância a fatos e erros indesejados. Paciência é a capacidade de suportar incômodos, enfrentar dificuldades a qualquer hora e em qualquer lugar. Ela nos torna capazes de persistir numa atividade difícil, dando-nos a fé de que conseguiremos o que almejamos. É aguardar o momento certo para certas atitudes. É a capacidade de aguardar o momento adequado para conseguir algo, a capacidade de ouvir alguém, com calma, com atenção. Minuto de Sabedoria: “A paciência é uma árvore de raiz amarga, mas de fruto muito doce.” Aforismo Persa A paciência e a tolerância são duas fontes que nos capacitam de forma segura nas quais podemos confiar. Ser paciente é ser educado, humanizado. A verdadeira paciência começa onde muitos pensam que é o seu limite. Gerir emoções não é fácil. Quando pensamos que não somos mais capazes de aguentar, a nossa paciência aí é posta em prova. A ânsia e a pressa nos levam a querer coisas num minuto, aqui e agora, e o “esperar mais um pouco” evapora-se. Se tivermos conquistado a virtude da paciência podemos expressar com clareza e firmeza: “eu não tenho pressa, eu posso esperar”. Os pacientes conseguem controlar situações e tirar partido delas. A paciência nos acalma e nos dá prudência para analisar as coisas tal como elas são. Os impacientes facilmente são levados a ceder e a cometer erros que bem podiam evitar. Não conseguem alcançar o que desejam e agem antes da hora recomendada. Necessitamos desenvolver a paciência em nós cada dia. Há possibilidades de exercitarmos a paciência em várias áreas e assim nos livrar dos efeitos indesejados da ausência dela. As ocasiões são muitas: no trânsito, na convivência familiar, no trabalho, nos estudos, na Loja em contato com os Irmãos... Os avanços da tecnologia, as facilidades de comunicações nos colocam em permanente conectividade e nos impõe a obrigação de produzir, de competir. E isto nos leva a desenvolver a paciência. Entre as virtudes

a paciência é a mais difícil de desenvolver, mas a sua prática traz inúmeros benefícios. A verdadeira paciência começa onde muitos pensam que é o limite. Julgamos que somos incapazes de aguardar alguma coisa, de esperar a nossa vez, de falar na hora oportuna, de dizer só o necessário. São ocasiões onde a nossa paciência é posta a prova. Muitas vezes somos acometidos pela pressa, pela ansiedade, de querer as coisas no minuto e na hora e não sabemos gerir estas situações. Nestas situações se define o quão pacientes podemos ser e até podemos aguardar para satisfazer nossos desejos. Controlar estas situações mostra o grau de paciência que já atingimos. A paciência ensina-nos uma série de praticas saudáveis. Dá-nos calma e prudência para observar as coisas como elas são. Quando nos deixamos levar pela pressa e ansiedade corremos o grande risco de agirmos mal com quem amamos. “A paciência é a única solução para os males que não tem solução”. “A paciência é a mais heroica das virtudes, justamente por não ter nenhuma aparência heroica”. Ir.’. Ivo Reinaldo Christ (Informativo O ESPIRRO DO BODE Nº263 – Loj.’. Maç.’. Theodórica – Or.’. de Pequeri – Minas Gerais)


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Você está pensando: “Por que eu?” Às vezes, as coisas acontecem em nossas vidas de tal forma, que nos fazem dizer:” Por que isso tinha que acontecer comigo?” Julgamos a situação, seja ela qual for e julgamos as outras pessoas nela envolvidas. O que geralmente não vemos a primeira vista é que, seja o que for que nos aconteça, é uma ferramenta que serve para moldar e afiar a totalidade de nosso ser, fazendo-nos ir em frente em nossa evolução para onde nossa alma precisa estar. Muitos de nós, vivendo nesta geração, não são almas novas. Na verdade, a maioria de nós é de almas antigas: pessoas que viveram e viveram repetidamente. As dificuldades que nos são apresentadas, com os maiores desafios, a negatividade que surge dentro de nosso ser ou em nossas experiências, são, na verdade, as coisas que nos ajudam a liberar ou purificar algo – que podemos denominar divida não paga – de uma vida anterior. É esse o processo que serve para nos trazer de volta ao nosso alinhamento com a Força da Luz do Criador, de tal forma que possamos revelar nosso potencial neste mundo. Karen Berg (Texto enviado pelo CCar.’. Ir.’. Antonio Carlos Santin – Curitiba Paraná)

Família São João em confraternização Na noite de 09-12-2016 a Loja Maç.’. CCav.’. de São João (Rito Escocês) sob a batuta do grande maestro Francisco de Paula Feijó – seu Venerável Mestre recebeu, com a elegância de sempre, a nobre família maçônica de sua Loj.’. para um jantar festi-

vo com a exigência de sempre que era a alegria de todos os presentes. Memorável noite de confraternização e em agradecimentos a todos pelos trabalhos realizados durante todo o ano de 2016. Fotos de registro a seguir: Curitiba, dezembro de 2016.


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Capítulo Santo Sepulcro de Maçons do Real Arco Nº9 Dia 01 de julho de 2017 o Capítulo SANTO SEPULCRO de Maçons do Real Arco - Or.'. de Curitiba Paraná realizou as SSes.'. de MESTRE DE MARCA e PAST MASTER - foram contemplados com esses belíssimos e significantes Graús da FRANCO MAÇONARIA os Companheiros: Arivaldir Gaspar, Alexandre Itapoaci Cassitas Ferreira, João Rafael Chevonica e Newton Barriola Junior - Adiantados ao Graú de Mestre de Marca e Induzidos a Cadeira do Oriente. Os novos Companheiros pertencem agora a MAÇONARIA DO REAL ARCO que recebe em suas fileiras MM.'.MM.'. regulares das três Obediências Maçônicas (GOP, GLP e GOB). Conduziram os trabalhos os CCar.'. CComp.'. Narciso Da

Lozzo Neto e Leonardo H. Sant'Anna. O CAPÍTULO SANTO SEPULCRO DE MRA Nº9 pertence ao Supremo Grande Capítulo de Maçons do Real Arco do Brasil - Jurisdicionado a The General Grand Chapter of Royal Arch Masons International. Curitiba-PR. 0107-2017 (REAL ARCO - O verdadeiro Rito de York no Brasil).

Vilarejo diferente

É

comum em todas as cidades pequenas do nosso interior, o povo ser ordeiro, todo mundo é amigo e solícito para com os seus vizinhos, conhecidos, quando encontra alguém nas ruas, mesmo que não conheça, cumprimenta-o. Enfim sãoassim quase todas as cidades do nosso interiorcom cerca de 15 a 20 mil habitantes que costumam ser um lugar bucólico, bom de viver e se relacionar com as pessoas. Todo mundo é amigo. Mas esta pequena cidade que eu vou relatar, nos confins dos sertões era diferente. Os bares viviam repletos de vagabundos e empregados das fazendas de redor,principalmente aos sábados, mas também diariamentee, além desta gente costumava aparecer arruaceiros das cidades vizinhas que vinham para beber a “marvada” além de outras tantas. Tinha bebida de todo o tipo. A farra era boa. A turma “enchia a cara” para valer.

A cidade tinha famílias boas, mas que sofriam com estas estripulias. O padre não se cansava de condenar aquela situação. A cadeia era pequena para tantos hóspedes e a cidade tinha pouco policiamento, o delegado não podia agir. O prefeito era um testa de ferro de um dos maiores fazendeiros da região. Não tinha liderança alguma. E vá pinga na moçada. E eles saiam gritando de madrugada, atirando nas lâmpadas dos postes nas portas de estabelecimentos do comércio fechados durante a noite. Mas tudo começava bem cedo já no cair da tarde os “bebuns” já estavam de copo à mão. Costumeiramente a cada dia sempre havia mais um cadáver geralmente ocorrido por discussão banal. Coisas de bêbados. Como toda cidade tinha as igrejas evangélicas e espiritas, que oravam para expulsar o demônio daquele local. Havia também uma Loja maçônica, que se reunia aos sábados á noite. Gente simples,

de bons costumes que tentava também descobrir um jeito de acabar comaquela bagunça. Foi feita até uma Comissão que foi levar o assunto para o Governador do Estado, mas como sempre eles não resolvem nada. Alegou falta de verba para aumentar o policiamento e que infelizmente no momento não podia fazer nada. Num sábado a Loja estava reunida em plena sessão magna de Iniciação e passa um dos baderneiros a cavalo e atira três vezes na porta do templo. Felizmente as balas não atingiram nenhum Irmão. O Guarda Externo, por sinal dentro do templo, levanta-se solenemente e avisa o Venerável. Venerável Mestre: Atiram maçônicamente na porta do templo... (Homenagem ao Ir. Antônio Pereira da Silva de Uberlândia-MG, contista nato) Hercule Spoladore


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O Padre, a Menina e o Poeta

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padre Antônio Vieira, do século XVII, ganhou largos espaços na história, especialmente, por seus lindos discursos, através dos quais divulgava os ensinamentos da Igreja e empolgava, do púlpito, a quantos o ouviam. Foi, como se diz em nossos dias, “um campeão de audiência”. Fácil de se constatar essa apreciação com a leitura de seu livro Os Sermões. Mas o jesuíta, político, pregador e escritor, nascido em Lisboa (1608) e que veio a falecer em Salvador/BA (1697), entendia que a palavra era um bom veículo para o ensino daquilo que doutrinava, porém de maior eficácia, para isto, lhe parecia o exemplo: o melhor de todos os sermões; o que mais deixaria marcas não apagáveis na memória. Em síntese: o padre Vieira deixou ensinado que o melhor de todos os sermões será sempre o exemplo. Consagrada, recentemente, essa sua afirmação. Quando uma foto da menina Rivânia, da Mata Sul de Pernambuco, com uma mochila de livros, era vista por muitas centenas de milhares de pessoas em todo o mundo. Chovia muito e as águas enchiam os rios que transbordavam e invadiam as casas ribeirinhas, deixando muitos e incontáveis desabrigados. As famílias perderam seus pertences. Patrimônio que construíram ao longo da vida, não só o que era de uso pessoal, mas também os de negócio, pois muitos dos que as águas alcançaram, viviam do comércio e suas casas comerciais foram atingidas. A menina Rivânia foi alertada pela avó. Ela deveria sair de sua casa, o mais rápido possível. E como o tempo lhe era muito curto, pegasse o que achava mais importante. Rivânia foi vista numa jangada, com uma mochila contendo livros. Não continha roupas, nem calçados, nem comidas, nem brinquedos. Continha livros, porque, indagada

sobre isto, disse ela que nos livros estava o seu futuro, estava a garantia de seu amanhã, melhor que o hoje de tantas dificuldades como as que estava sofrendo. A foto que ainda está circulando pelo mundo, daquela menina salvando livros, decerto será um exemplo para muitas gerações. Um sermão sem palavras. Uma tatuagem no corpo da lembrança que mais tinta ficará com o passar do tempo, porque é um sermão pelo exemplo. Essa crença no milagre que o livro opera, mediante a leitura, tem feito de Rivânia, uma pessoa admirada, uma mensageira. Um chamamento à leitura, ao livro, à educação. Jornais impressos e da televisão têm mostrado “a menina que salvava livros da cheia”, para que a sua geração e as próximas mirem-se em seu exemplo. O poeta Castro Alves chamaria Rivânia de bendita menina. Pois para ele, escrevendo o poema O livro e a América, “Bendito (é) quem salva o futuro”.

Assad e filho na Academia Militar Esse é um fantástico registro que alegra a sua mostra, trata-se do valoroso Ir.’. Assad Madi com sua bela família em acontecimento na Academia Militar do Guatupê – acontecia então a ENTREGA DO ESPADIN QUE É A ARMA SÍMBOLO DOS CADETES À OFICIAL. E seu filho, nosso sobrinho MATEUS ASSAD MADY – recebia das mãos de seu pai Carlos Assad Mady o seu ESPADIM DE CADETE. Forte emoção ao nosso querido Ir.’. Assad - pois a 26 anos atrás acontecia o mesmo com ele. Curitiba Paraná. Em 21 de abril de 2017. Nos registros a seguir: Mateus, Eliane, Antonio e Carlos Assad.

Ir.'. Antônio do Carmo Ferreira

“O essencial é invisível aos olhos. Só se vê com o coração” ( Antoine De Saint Exupery)


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Jantar festivo na CCav.’. de Cristo Nosso querido Ir.’. Aderbal Muller – cuja elegância no trato com as coisas maçônicas o tem caracterizado como um grande Obr.’. Com essa postura recebeu todos os IIr.’. pertencentes ao quadro da ARLS.’. Cavaleiros de Cristo(Adonhiramita) que no jantar de confraternização estavam acompanhados com seus familiares. A referida Loj.’. tem suas reuniões sempre às sextas-feiras no GOP. Belíssimo jantar anual que aconteceu em 10-12-2016 e que celebrava também o término do laborioso ano de 2016. Curitiba Paraná. Registramos. “Comece de onde você esta. Use o que você tiver. Faça o que você puder” (Arthur Ashe)

ARLS.’. RUI BARBOSA A Aug.’. Resp.’. Loj.’. Simb.’. Rui Barbosa - Or.’. de Sertanopolis (GOP) fundada em 30-10- 1949. Concedeu em julho de 2015 ao CCar.’. Ir.’. Pascoal Polizel a Medalha de HONRA AO MÉRITO pelos seus 100% de presença em todas as reuniões durante o biênio de 2013/2015. Motivo de satisfação e a alegria para os CCar.’. OObr.’. do quadro daquela valorosa Loj.’. Maçônica. Fotos enviadas pelo Pod.’. Ir.’. Emerson Benedoti da Silva – Past Master da ARLS.’. Rui Barbosa. A seguir os registros. Pascoal Polizel e Emerson e em outra foto, Emerson, Pascoal, Sueli Polizel e a filha Luciana Polizel. Sertanopolis Paraná.


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Banquete Ritualísticos das LLoj.’. de sexta-feira (GOP) Em data de 02 de junho de 2017 as LLoj.’. José Bonifácio de Andrada e Silva, Cavaleiros de Cristo, Estrela do Oriente e Romã – fizeram acontecer brilhante BANQUETE

RITUALÍSTICO. As sextas-feiras dia da semana que acontece suas reuniões econômicas e nesse JANTAR FRATERNO foi uma bela ocasião para a reunião marcada

pela fraternidade dos queridos IIr.’. pertencentes aos seus respectivos quadros. Nossos abraços fraternos a todos. Curitiba Paraná. Eis os registros.

Os Cavaleiros do Grande Templo Nº3875 GOB-PR Foi realizado a Sessão Magna de Instalação e Posse do CCar.'. Ir.'. MARCELO MOKWA DOS SANTOS, ao TRONO DE SALOMÃO no dia 29 de junho de 2017. O Presidente da Comissão Instaladora foi o seu Pai e Ir.'. ANÍSIO DOS SANTOS. Abrilhantaram a Magna Cerimônia, com demais integrantes da Comissão, os VVal.'. IIr.'. do quadro e visitantes dos OOr.'. de Curitiba e Ribeirão Preto. Registro para a presença do V.'.M.'. LUIZ FERNANDO MOKWA, da Loja Maçônica Abolição e Independência Nº2310 do GOB-SP ao Or.'. de Ribeirão Preto (primo do Ir.'. Marcelo - novo Venerável da ARLS.'. OS CAVALEIROS DO GRANDE TEMPLO) Curitiba-PR.


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O PAPA NEGRO

T

udo aconteceu na Abadia de Mont-Serrat a vinte e quatro milhas de Barcelona, no reinado de Carlos Magno. Um peregrino diante da pequena porta ajoelha-se e diz: “Procurei a luz, encontrei as trevas. Bati, a porta estava fechada. Piedade para mim!” A porta se abriu e o misterioso personagem entrou. “Sabes que o caminho que segues pode conduzir-te e morte?” Sou um Chefe, respondeu o peregrino. “Que prova tendes?” Posso mostrar-te a imagem d’Aquele que foi, circundado pelas imagens dos homens. A grande Medalha - exclamou um ancião. A grande Medalha, a dos sete luminares da ordem! – replicou o peregrino! Na gruta subterrânea, altar de Mont-Serrat, impenetrável esconderijo, estavam sentados uns cinquenta frades. Todos encapuzados. O desconhecido tomou lugar no trono junto a outros seis que lá estavam. O sétimo Chefe! Aquele que julgávamos estar morto. Inácio de Loiola. A Assembléia dos Templários. Sim. Mais de duzentas vezes eles se têm encontrado nesse lugar, em reunião anual, desde que os perversos – o papa Clemente VI e o rei Felipe o Belo - dispersaram os templários. O Presidente proclama: a Ordem do Templo vai ressurgir! As duas potências que oprimiam nossa ordem – o papado e a monarquia – estão em vésperas de cair. A Alemanha está em chamas; o corajoso Lutero ensinou aos povos o desprezo por todas as autoridades injustas, quer tenham na cabeça uma mitra ou um elmo. A Suíça, a Inglaterra, a França, a Itália escutam com avidez os apóstolos das novas idéias.

O plano da nova Instituição estava traçado e foi lido. Todos tomaram parte da redação, menos Loiola. Nessa nova organização é necessário que mudemos de nome. Temos, pois, deliberado chamar-nos Pedreiros Livres. Apoiado! Foi a reação quase unânime. Então... a assembleia aprova as deliberações dos Sete Senhores? Sois unânimes em aprovar esta transformação que deve pôr a nossa ordem a par dos maiores potentados da terra? Uma voz potente retrucou: Oponho-me

eu! Quem? Eu, um dos Sete Senhores! Eu. Inácio de Loiola! Precisou dos gestos enérgicos de Alão de Beaumanoir, o secretário, para evitar as agressões. O silêncio foi restabelecido. Pergunta-se a Loiola: Irmão, então tu és partidário da consagração do estado atual? Pelo contrário – disse Loiola – eu desejo uma transformação muito mais vasta e completa que a vossa; mas quero que

ela se faça com outra inteligência e segundo um plano já preparado e escrito por mim E Loiola faz uma longa exposição de motivos. Coxo da perna esquerda por ferimentos em guerra, hospitalizado, caem-lhe às mãos os livros, Vida de Jesus Cristo e Fios Sanctorum que o transforma de galanteador vaidoso, um soldado sanguinário, em um cristão. Faz votos de castidade. “Apareceram-me anjos do Senhor que me ensinaram a maneira de ensinar aos homens e de conduzi-los à fé, à obediência, ao caminho do céu”. Digo, pois, a este espírito de rebelião europeu que devemos nós abatê-lo, em vez de o favorece-lo. A Ordem dos Templários deve transformar-se, não na associação dos Pedreiros Livres, mas na Companhia de Jesus! Seis cavaleiros se postaram ao lado de Loiola: Somos sete! Viva a Maçonaria, gritaram os demais. Estas decisões, diz Loiola, não me dizem respeito. Fui irmão da Ordem do Templo e observei fielmente seus estatutos; agora que o Templo acabou, retiro-me da Instituição que lhe sucede, e em face da Maçonaria, que acabais de proclamar, declaro instituída a Companhia de Jesus! A primeira cisão. Tida como uma ordem fanática e perigosa surgiu em 1536, a Companhia de Jesus chefiada pelo que hoje se conhece como o Papa Negro - O General dos Jesuítas. Seu titular atual é o venezuelano Padre Arturo Sosa empossado em Out 2016. Sua sede, a Igreja de Jesus, próxima ao Vaticano. Ir.’. Valfredo Melo e Souza Academia Maçônica de Letras /DF

Rogério Vaz de Oliveira – Homenageado Nosso querido Ir.’. Rogério Vaz de Oliveira – colaborador da nossa Revista é homenageado em brilhante e festiva Sessão da ARLS.’. Cruzeiro do Sul, 3980 (Rito Brasileiro) Or.’. de Bagé – RS. O importante evento aconteceu na Sessão

de 22 de maio de 2017. O VM daquela laboriosa Of.’. é o Ir.’. Magno Misael Faria Dias Junior. Nossos abraços e congratulações a todos os integrantes da Loj.’. em especial ao nosso Emérito Pensador Maçônico, Rogério Vaz de Oliveira.


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A TRANSIÇÃO DA MORTE A Maçonaria ensina àquele que a estuda o que é a morte, preparando os seus adeptos a encará-la com tranquilidade. Ofim é o princípio de tudo - Para ser maçom, na estrita razão da expressão, é necessário que se creia em DEUS, qualquer que seja a percepção dele, e, que, também, creia na vida eterna tendo fé numa existência de vida posterior, vida além desta que conhecemos. Na construção de si mesmo, no aprofundamento filosófico, na descoberta do seu próprio “EU”, no estudo e entendimento dos significados dos seus símbolos o maçom indubitavelmente se defrontará com o significado da vida e da morte de seu corpo físico. Perder o medo da morte propiciará formas outras de se admirar e sorver a vida com sabedoria; viver sem medos e ou dúvidas, sem questionamentos, sem interrogatórios de sobre o quanto durará este bem (vida) que DEUS lhe permitiu desfrutar, viverá, então, o homem de forma melhor e em paz. Início de uma etapa - A Maçonaria, na sua síntese tradicional, nos seus princípios filosóficos, preocupa-se com instruir os seus adeptos para que enfrentem a morte como fato normal. Na Câmara de Reflexões a morte é representada pela ilustração de um esqueleto humano. A morte designa a cessação da vida, animal ou vegetal; a destruição, o fim, o termo. Toda a escalada da Iniciação Maçônica é, simbolicamente, uma sucessão de mortes e ressurreições, através das quais o Candidato morre para as trevas e renascepara a Luz. A Cerimônia de Iniciação já mostra isso: a Câmara de Reflexão, onde o Candidato permanece durante algum tempo, tanto simboliza o útero (da Terra), de onde ele nasce, quanto a tumba, de onde renasce. Na lenda do terceiro Grau, a morte do Mestre Hiram Abi, o Símbolo da Sabedoria e da Virtude,assassinado pela inveja, pela ambição e pela mentira, é seguida pela sua ressurreição num plano mais elevado, ao qual devem ascender os Mestres, na plenitude de sua Luz

espiritual e mental. O maçom trabalha, incessantemente,do “meio dia à meia noite” para se aperfeiçoar em busca da LUZ sobre si mesmo até que chegue o momento em que sua permanência neste mundo se esgote fazendo-o repousar suas ferramentas, atinge, então, a perfeição, o melhor que fez e que conseguiu ser diante dos homens e de DEUS. E, a meia noite, ao morrer, ele, o maçom, vê brilhar a LUZ ETERNA e segue em direção ao Oriente Eterno. A doutrina maçônica insinua que a morte não é um fim absoluto, mas o fim de uma etapa ou do corpo material tão somente. A morte sugere a ideia de transformação, renascimento, redenção e se associa com o momento que precede à Iniciação. A Maçonaria crê, e é um dos princípios básicos de sua filosofia, em uma Vida futura além-túmulo; porém faz da Morte uma passagem obrigatória face uma lei da Natureza e não se detém em dogmas que prometem fáceis transições sem dor. O homem profano recebe a Morte como ponto final, fugindo dela com desespero e tentando dilatar o tempo, para que nunca chegue, enganando-se com o emprego de mil subterfúgios para banir sua efígie, pois ignora que este ponto final constitui a oportunidade da construção de uma fase; é o Princípio de Tudo, ou seja, do que realmente existe de glorioso. A morte do ser humano - pode ser uma “liberação” para o “voo” em direção ao infinito e ao incognoscível; é a preparação para a “putrefação” que significa a destruição, pela fermentação da matéria que compõe os seres vivos; uma maçã putrefaz-se e então se diz que está “morta”. Esse entendimento diz respeito ao corpo físico. Sua morte“libera” a semente que lhe será sobrevida. A morte do ser humano, contudo, não corresponde a um estágio final, terminal e

destrutivo, sim a um princípio que conduz a um segundo estado de consciência, obviamente espiritual. Hoje a ciência aceita um ser humano como morto quando cessam as funções cerebrais. O ser humano pode viver durante um longo período com corte cerebral, sem qualquer perspectiva de retorno à atividade, uma vez que o cérebro cesse suas funções. Será nesse estado que a ciência retirará os órgãos destinados a serem transplantados em outro ser humano; para o doador, significará uma “sobrevida”. A Boa Morte - Algumas igrejas têm a sua denominação como “Nossa Senhora da Boa Morte” ou ainda “Nosso Senhor do Bomfim”, resgatando a antiga preocupação do ser humano com morrer bem. Morrer bem, para a sabedoria popular, indica o morrer dormindo ou de forma imediata, rechaçando a morte lenta e com sofrimento. A Igreja Católica tem como um de seus sacramentos a extrema-unção, ou unção dos enfermos, conferidos às pessoas que estão em estado grave de doença, buscando aliviá-las e prepará-las para a transição da morte. Os egípcios enchiam a tumba de riquezas e alimentos para atender ao morto do outro lado. Seria ilusória acharmos que a boa morte é um privilégio nosso, por termos o conhecimento maçônico. A vinculação com a conduta terrena é límpida no processo de preparação para uma boa morte! Aceitar a morte como destino do homem é coisa biológica, fácil, principalmente a dos outros, mas, aceitar a morte pessoalmente, individualmente, a sua própria ou de familiares, é realidade distante e impensável enquanto se está sadio. A morte se processa ao longo da vida, dentro da vida, morremos aos poucos todos os dias, ela não vem de fora, perdemos dia a dia a nossa força vital; ela, a vida, esvai-se na medida em que o tempo avança. Fugimos daquilo que não dominamos e tudo só nos é ensinado sobre a vida, mas, sobre a morte e ou o ato de morrer preferimos esconder, calar e tratar como coisa misteriosa. Precisamos parar de olhar para a morte como coisa hostil e olhar para ela naturalmente, pois, é coisa que pode nos acometer a qualquer momento da vida. Nascimento e morte - O contrário da morte não é a vida, mas o nascimento. Morrer faz parte desse nosso nascimento. Não podemos razoavelmente aceitar o nascimento de nosso corpo sem aceitar sua morte. A recusa a morrer vem de outro lugar, de outra fonte, de outra voz, de nossa


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profundidade, chama-nos a tender para o aperfeiçoamento infinito como se a única finalidade da vida fosse tornar-se mais humano, de completar o homem no Homem. Essa é nossa liberdade. Essa é apenas, entre muitas, uma nova iniciação. Por isso Jesus disse: “Antes de ir ao templo, volta e perdoa o teu irmão”. É preciso estar constantemente lavando a alma com a água do perdão. Falecimento de um Irmão - Ao receber aviso de que um membro da Loja faleceu, o Venerável Mestre deve imediatamente nomear uma comissão encarregada de acompanhar o corpo até a sepultura. Esta comissão deve ser composta de pelo menos cinco membros e se o defunto é oficial ou dignitário, o mínimo será de nove. Tratando-se do Venerável, todos os Irmãos do Quadro devem assistir aos funerais. Durante o trajeto de casa do falecido ou do velório até o cemitério, não é admitido o uso das in-

sígnias maçônicas, mas poderão ser usadas depois das cerimônias religiosas da comunhão a que pertencia o finado.Os Estatutos e Regulamentos de Obediências e Lojas preveem o luto que deve ser observado em caso de falecimento, pois a memória dos mortos foi sempre um objeto de veneração para os homens. É costume ser tributada uma bateria de luto ao Ir.'. falecido, na 1ª sessão solene que for celebrada depois do seu falecimento e logo depois da abertura dos trabalhos da Loja, devendo o estandarte da oficina estar coberto de crepe. (Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria e Simbologia –N.A). Conclusão - Assim, um preparo para a boa morte não implica em negar esse fenômeno ou, ainda, colocá-lono centro de nossas preocupações. Faz-se mister enxergá-lo como uma ocorrência inexorável da vida, uma transição de planosque já enfrentamos outras vezes e que esta subordinado, estrita-

mente, à nossa conduta terrena, na construção da reforma íntima e na superação das diferenças de nosso passado. Vivamos a nossa vida, com trabalho e alegria, amando e sendo amados, sem esquecer que um dia retornaremos à pátria espiritual, que longe de ser um céu ou um inferno, é uma nova etapa de existência, na vida que continua. Afinal, em seus ensinamentos o Mestre Maior disse: “O que crê em mim, ainda que esteja morto viverá; e todo que vive e crê não morrerá eternamente” (Jo. 11.25). P.S. Quem diz sempre a última palavra é a morte; este pensamento nos mataria, mas temos a esperança, e é por isso que vivemos e que cremos na vida. Chegando a este conhecimento o maçom terá a mais perfeita tranquilidade, antes e depois da morte!

Jantar do GOP João Krainski Neto – Grão Mestre do Grande Oriente do Paraná – recebeu na noite de 16-12-2016 nos elegantes salões do Hotel Caravelle – seus

assessores, convidados e todo o staff administrativo do GOP – para jantar festivo de encerramento das atividades de 2016. Registro especial para os fami-

liares que na respectiva ocasião também brindaram o bonito encontro de final de ano. Fizemos os registros. Curitiba, dezembro de 2016.

Valdemar Sansão


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NOVOS MM.'. ADONHIRAMITAS As ARLS.'. Cavaleiros de Cristo e Templários do Monte Sagrado - GOP/COMAB - em conjunto realizaram em 26-10-2017 memorável SESSÃO MAGNA DE EXALTAÇÃO. Os novos MM.'.MM.'. Jonathan Stefani da Cruz, Marco Aurelio Jacob Bretas e Mauro Cesar Batisti (Cavaleiros de Cristo) e Adão de Oliveira Maurício "maradona" (Templários do Monte Sagrado). Novos Mestres para as duas Lojas que levam a contento e de maneira extremamente séria as coisas e os fazeres que preceitua o belo RITO ADONHIRAMITA. Parabéns

a todos os OObr.'. daquelas OOf.'. pela união fraterna que se percebe entre ambas. Aos CCar.'. IIr.'. Laertes Ribeiro, V.'.M.'. da ARLS.'. Templários do Monte Sagrado e Marcelo Johnsson, V.'.M.'. da ARLS.'. Cavaleiros de Cristo (na oportunidade muito bem representado pelo seu 1º Vigilante - Ir.'. Luiz Rehme). Nossas congratulações. Registro para a presença do Ir.'. João Krainski Neto - G.'.M.'. de Honra do Grande Oriente do Paraná. E para as demais autoridades e visitantes presentes. Curitiba Paraná.

A ARLS.'. TEMPLÁRIOS DO MONTE SAGRADO (Rito Adonhiramita)

Ao Or.'. de Curitiba - Paraná. Pertencente a constelação de LLoj.'. do GOP-COMAB-CMI – fundada em 20 de agosto de 2016. Em semana de festejos comemorativos ao seu PRIMEIRO ANIVERSÁRIO realizou Ses.'. Administrativa seguido de festivo jantar em 17-08-2017 – reafirmando seus propósitos quando da sua fundação. Nossos cumprimentos ao seu Venerável Mestre Ir.'. Laertes Ribeiro e a todo o laborioso quadro de OObr.'. pelo 1º ANIVERSÁRIO DA QUERIDA LOJA. Or.'. de Curitiba Paraná. SOMOS TODOS IRMÃOS)

“As pessoas não carecem de força, carecem de determinação” (Victor Hugo)


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A FELICIDADE Vê As amendoeiras e a sombra que derramam em volta? Pois ali está a felicidade: é aquilo. Pare a cada uma dessas sombras que encontrares; Enxugue o suor do rosto; Goza a frescura da sombra; Delicia-te com a amenidade da brisa; Descanse. Descanse e esqueça a estrada. Prolongue quanto puder a sua parada. Depois, terá que prosseguir, E seguirá. Até que chegue a hora de voltar. A Felicidade é isto. Pequenos momentos, pequenas paradas, Retalhos de sombra fresca na Estrada isolada. Aproveite-os todos, Sempre que os encontrares no caminho. E Prolongue, enquanto for possível, O seu repouso nessas manchas de sombras Convidativas. Senta-te junto ao tronco e Adormeça. Depois, quando seguir esquecerá a sombra Amiga onde terá colhido o beijo fugaz Da felicidade. Más irá encontrá-la de novo, À sua espera, Debaixo doutra Amendoeira mais adiante. Não faça como eu fiz que, na sofreguidão De ir procurá-la onde ela não estava Não soube deter-me onde ela Acenava. E agora, na volta, à sombra Das amendoeiras, Só vejo a saudade.

(Autor: V. Guaracy)

ENCONTRO FESTIVO DA LOJA MAÇ.'. CCAV.'. DE SÃO JOÃO Irmãos e convidados com respectivos familiares festejaram os 32 anos de fundação da ARLS.'. Cavaleiros de São João (GOP-COMAB-CMI) - fundada no dia 24 de junho de 1985 - a valorosa Loja Maçônica tem se caracterizado como uma verdadeira academia da fraternidade. A alegria reinante no jantar festivo e inspirada pela verdadeira amizade tinha sua

motivação também pela posse do CCar.'. Ir.'. João Eloy Olenike - como o novo Venerável Mestre - que comandará a ARLS.'. Cavaleiros de São João no biênio 2017/2019. Parabéns aos IIr.'. do quadro de obreiros pelos 32 anos de fundação da Loj.'. e votos de sucesso ao Ir.'. Olenike - Salve, salve Novo Venerável Mestre. Curitiba-PR. 01 de julho de 2017


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Arivaldir – anfitrião Em 02 de dezembro de 2016 com o cardápio escolhido com certa maestria e diga-se de passagem, uma escolha perfeita. O Nobre Ir.’. Arivaldir Gaspar – V.’.M.’. da ARLS.’. Cavaleiros de São João 2903 (GOP-COMAB) – anfitrião do jantar que reuniu todos os queridos IIr.’. e cunhadas da Loj.’. Maçônica que tem suas reuniões às quintas-feiras no Grande Oriente do Paraná. O CAVALEIRO de São João estava lá e registrou. Curitiba PR.

Sessão Farroupilha na Fazenda Rio Grande

- realizaram em conjunto - sob o comando do Patrão Glauco Pies - A SESSÃO FARROUPILHA. Oportunidades de se referenciar a GLORIOSA HISTÓRIA DA EPOPEIA FARRAPA. Oriente da Fazenda Rio Grande - Paraná.

Cesar Felisbino (41) 99621-5401

Em data de 04-09-2017 as queridas LLoj.'. MMaç.'. CAVALEIROS DO IGUASSÚ (GOB-PR - VM.'. Glauco), FAZENDA RIO GRANDE (GLP - VM.'. Anderson) e SEMEADORES DA ORDEM (GOP - VM.'. Silvio)

“Se você não está disposto a arriscar, esteja disposto a uma vida comum”. (Jim Rohn)


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INSTITUIÇÕES FALIDAS Nosso País que, já de algum tempo, vem perdendo sua credibilidade, está sofrendo o falimento de suas instituições políticas e administrativas, tendo em vista a existência de leis arcaicas, excesso de emendas e dispositivos constitucionais, substitutivos e outras armações que impedem a aplicação da Constituição como foi promulgada e, agora, um uma verdadeira colcha de retalhos. Nossos códigos estão todos superados e não mais atendem às reais necessidades aplicativas, dado ao número excessivo de leis complementares que vêm tumultuando todo e qualquer julgamento, em todos os setores e segmentos que deveriam ser por eles abrangidos. Os pareceres de nossos doutos Juízes quantas vezes são contraditórios em todas as estâncias. Habeas Corpus, Liminares, Recursos de Infringência são concedidos e cassados quase que de imediato. Não há consenso e nem bom senso nos julgamentos e as dúvidas permanecem. Com isto, o Brasil fica à mercê de interpretações dúbias e que, muitas vezes atendem interesses maiores que vão muito além das expectativas do povo – não muito letrado em jurisprudência – gerando dúvidas, incertezas, descontentamento e descrédito. As leis não mudam e nem ajudam. Nossos legisladores, dentro de um corporativismo gigantesco, obedecem ao comando dos mais poderosos – dentro e fora da Câmara e do Senado -, grandes grupos econômicos (que digam as empreiteiras), desacreditando, não só aqui dentro do País, como também em relação às demais Nações. Com isto muitas injustiças são praticadas alimentando desmandos e corrupção. A sociedade está sem voz e voto nas grandes decisões nacionais. O povo vai se acostumando com tantas aberrações e já acomodado e sem forças para lutar contra tais desmandos político/administrativos e ministerial. São escândalos e mais escândalos!.

Hoje há predominância absoluta na inversão de valores. O ditado “quanto pior melhor” está se ajustando na mente de cada um talvez, pela desesperança e pela descrença. Os bons projetos se acham engavetados, mofando e esquecidos nas gavetas dos gabinetes dos Ministros, dos Senadores e dos Deputados, sem nenhuma vontade política de colocá-los em prática. Desta forma, como uma cobra traiçoeira, o País vai se arrastando pelos meandros da corrupção, da falta de ética, da desonestidade, da insensatez, da demagogia e da hipocrisia que se firmam, cada vez mais fortes e com maior vigor em nosso meio político/administrativo. No final, vêm as novas eleições e os resultados são os mesmos, com sucesso eleitoral daqueles que nada fazem para mudar o rumo dos acontecimentos e a caótica situação em que se acha o Brasil. Nossa democracia, (se é que podemos chamá-la de democracia), é mentirosa, desfigurada e banalizada, moldada aos interesses de partidos políticos corrompidos pela propina e pela corrupção. A falta de ética, a improbidade administrativa e legislativa, enriquecimento ilícito, malversação do dinheiro público, são normas consuetudinárias criadas pela cultura impatriótica, antinacionalista já instaurada no Brasil, cujas raízes estão se alastrando por todas as partes e regiões. Também, nós Maçons, temos uma grande parcela de culpa em tudo isto. Muito raramente se vê ou se ouve um pronunciamento das maiores Autoridades Maçônicas. Quando muito, através de pranchas entre Lojas sem que a sociedade tome conhecimento. Isto é uma lástima! Não vemos e nem ouvimos uma grande autoridade discutir problemas do País nos grandes jornais e na televisão. Sente-se que a Maçonaria já não é mais a mesma de outros tempos, de outras eras. Hoje, em berço esplêndido, vai

vivendo das glórias do passado, como se isto bastasse. Mas, não basta! Oportunidades existem, mas não são aproveitadas. Políticos Maçons existem, mas estão calados e acomodados. Fortes Potências e Obediências também existem no País, mas acham-se omissas. É preciso que a Maçonaria desperte desta letargia para os acontecimentos nefandos e vergonhosos que estão acontecendo em nossa Pátria. A bandeira que sempre foi desfraldada em favor da moral, da ética, de movimentos libertários, da igualdade e da liberdade não pode ficar enrolada no mastro, neste tempo de agruras e de desesperança em que o povo e a Nação estão vivendo. O sentimento de dignidade que mais revela a conduta humana é a honra. (Dr. Libórni Siqueira – Juiz Desembargador) Livro: Filosofando a Vida. Mas, quando o homem, principalmente público ou político, perde este sentimento ele contamina, com a desonra e com a desonestidade, toda uma Nação, especialmente o meio em que vive e, principalmente, onde exerce funções que deveriam ser em favor do povo. Infelizmente, este “Sentimento” é carta fora do baralho. Daí, então, como uma areia movediça, o mar de lama em que está, vai se tornando cada vez mais expressivo. Muito pouco, ou quase nada, há para fazer. O “Ideal do Bem” passa a ser uma folha morta nas espessas florestas de nacionalidade, de patriotismo e de brasilidade. Folha que cai, vai se decompondo e nem mesmo em húmus fertilizante ela se transforma. Os resultados da Operação “LAVA JATO” são estarrecedores. Bilhões e mais bilhões de reais desviados para alimentar o “jogo sujo” dos políticos e altos executivos. Bilhões que salvariam a Previdência Social, sem sacrificar os trabalhadores e aposentados honestos. O que se nota é que a quase totalidade de nossos políticos está envolvida em corrupção, roubos, desvios e trapaças, sem que haja meios para terminar com esta vergonhosa situação. Ainda querem que nós acreditemos neste arremedo de democracia que aí está. Uma democracia assentada e alicerçada na CORRUPÇAO. Verdadeira máscara carnavalesca. Março – 2017 Ir.'. José Vicente Daniel Loj.'. Maç.’. Theodórica – Pequeri – Mg


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15 Anos da ALDERICO - No dia 16 de agosto de 2017 a AUG.'. RESP.'. LOJ.'. SIMB.'. ALDERICO DOS REIS PETRA - Grande Oriente do Brasil-Paraná - Ao Or.'. de Pinhais - Fundada no dia 15 de agosto de 2002 - comemorou 15 anos de fundação. Uma data de significativa importância para todos os VVal.'. IIr.'. que fazem parte de seu quadro de OObr.'. A laboriosa Loj.'. Maç.'. Alderico que trabalha do RITO BRASILEIRO e tem como V.'.M.'. o querido Ir.'. Eliseu Brasilisio Stelmatchuk está no Or.'. de Pinhais - Paraná - com reuniões às 4ª's feiras. Nossas congratulações.

Novos Irmãos ADONHIRAMITAS Com os corações transbordantes de alegria os obreiros da ARLS.'. TEMPLÁRIOS DO MONTE SAGRADO Nº183 (Rito Adonhiramita) GOP-COMAB-CMI. Receberam em data de 13 de julho de 2017 mais 4 Irmãos e grandes amigos em sua ESCOLA INICIÁTICA. Que a Sublime Luz dos ensinamentos maçônicos ilumine os novos INICIADOS -

Homenagem a Independência do Brasil - Em data de 04 de setembro de 2017 - Sessão de Homenagem a data de REAL SIGNIFICADO PARA A NAÇÃO BRASILEIRA - A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL foi celebrada pelas LLoj.'. Cardoso Junior 661, Os Cavaleiros do Grande Templo 3875, Cruzeiro do Sul 1603, Fenix das Araucárias 4254 e Luz

Invisível 4160 - Todas pertencentes a Constelação de Lojas do GOB-PR. - No Templo da ARLS.'. Cardoso Junior - Uma Sessão Magna conjunta em comemoração à INDEPENDÊNCIA DO BRASIL. Parabéns as laboriosas LLoj.'. reunidas. Curitiba - Paraná 04 de setembro de 2017

Adilson de Souza Batista, Alan Henrique da Silva, André Luis Maciel de Gois e Dilson Dias Nazário. - Em sua nova caminhada. Parabéns a querida Loja Maçônica TEMPLÁRIOS DO MONTE SAGRADO - pela aquisição e ao CCar.'. Ir.'. Laertes Ribeiro Venerável Mestre - pela magnifica condução dos trabalhos. Curitiba Paraná 13-07-2017.


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Responsabilidades do Maçom dentro e fora do Templo Conhecer a fundo a instituição que integramos, a Maçonaria, é um tema tão importante que deve ser incluído nos discursos de recepção aos nossos neófitos, e constantemente relembrado nas Sessões Ritualísticas. Por diversas vezes ouvimos que a Instituição carece de objetivos, de ações concretas, de uma atuação mais incisiva na sociedade. Esta percepção é um claro diagnóstico de que pouco ou nada conhecemos a sua história, inclusive estendendo nossos olhares para sua atuação em outros países, pois poderemos aprender com os erros históricos cometidos e também os acertos e sucessos de projetos capitaneados pela Maçonaria. As lojas são ambientes ideais e dedicados a formação do maçom, entre os inúmeros assuntos e temas que devem ser ministrados, deixar de ensinar a história da Potência que integra é falta grave da oficina. Infelizmente são poucas as Lojas que dispõe de um calendário pedagógico, onde são elencados as matérias que serão abordadas para atingir os objetivos de formar uma Maçom que conheça a História, a Filosofia e a Liturgia. Na prática não é o que ocorre, há uma preocupação maior com atividades administrativas e sociais, destinando pouca atenção as instruções, realizando somente a leitura de dos rituais oficiais, sem maior aprofundamento, e desta forma esvaziando o ensino maçônico, salvo se algum Irmão mais “intelectualizado” avocar a tarefa de instruir. Outra saída, para esta inércia, que por comodidade é a mais aceita e incentivada é que cada maçom deveria buscar por si, o conhecimento, as informações que lhe aprouvesse no tocante a cultura, portanto seriam buscadores perdidos a esmo e mal direcionados, e até mesmo fazendo um desserviço à maçonaria, repetindo erros e divulgando visões distorcidas de temas já pacificados. Além é claro, da falta de uma rigorosa metodologia acadêmica na abordagem dos assuntos, conduzindo a trabalhos com contribuições medianas, não proporcionado reflexões instigadoras e aprofundamentos dos temas. Porém estamos cientes que ao ingressarmos na Maçonaria, juramos o respeito aos seus estatutos, regulamentos e acatamento às resoluções da maioria, tomadas de acordo com os princípios que a regem, bem como, o amor à Pátria, crença no GADU, respeito aos governos legalmente constituídos e acatamento às leis do nosso país. E mais, aos

nossos dirigentes maçônicos, que pela posição que ocupam tem a obrigação de pensar os problemas que a Instituição apresenta, entres eles, o que estamos abordando – A Responsabilidade do Maçom. Retomando a questão da responsabilidade maçônica dentro e fora dos Templos, é imperioso saber que não pode ser tratada de modo simplista e sem base no fundamento filosófico. A Maçonaria sempre foi o fórum ideal para se discutir a problemática da sociedade em que vivemos, como bem atestam as contribuições da Ordem à história universal. Temos consciência que a Ética é você ser responsável por você, por seu próximo e por onde você vive. Nós, os Maçons, temos condições de gerar atitudes e condições de responsabilidade social, acrescentando que a nossa ação é reflexo da nossa responsabilidade; a nossa responsabilidade é reflexo da nossa consciência, por isso é que os Maçons devem gerar ações que integrem a maior lisura, uma lisura que ninguém mais tem no mesmo nível. O comportamento responsável de um Maçom deve pautar-se pela ética, tolerância, sabedoria, caridade, justiça e perseverança. Os atributos a pouco citados estão presentes em nossos rituais e nas diversas peças de arquitetura que assistimos em nossos templos. Desejo destacar o último, a perseverança, não que seja a mais importante, mas a que maior contribuição terá se a executarmos. A maior empreitada do homem é sua própria vida e não tem nenhuma garantia que será bem sucedido, entretanto, pelo acumulo de conhecimentos, muitos de experiências frustradas, ele sabe que a alternativa é prosseguir, lutando contras as adversidades

e incertezas, fazendo aliados, acreditando no Supremo Arquiteto dos Mundos e persistindo no rumo do seu objetivo. A perseverança é uma qualidade pois significa a firmeza, a constância com que devemos nos empenhar em nossas atividades, porém atentos e sempre atualizados porque tudo muda e nos precisamos mudar nossas atitudes e nosso comportamento para não persistirmos em erro. Precisamos interagir com os indivíduos da sociedade para concretização dos processos de mudança. Devemos criar sempre o estado de dúvida sobre as efetivas possibilidades de sucesso porque mexemos com um conjunto de informações e vagas lembranças misturadas, às vezes, com preconceitos e frustrações. Para a interação com as pessoas é necessário que exista, entre elas, um relacionamento que proporcione um mínimo de confiança mútua. Havendo este ambiente de confiança, pode-se mostrar o bem maior a ser desfrutado pela mudança. Assim, a força da empatia ajuda na percepção da maior satisfação individual e em equipe. Concluindo, precisamos persistir. A perseverança exige um processo de mudança, reavaliando nossos conceitos, objetivos e ideais e é assim que começa a nascer o novo comportamento no pensar e agir, sabendo que a obra de nosso templo interior poderá nos exigir, algumas vezes, uma árdua reconstrução. É um processo permanente onde estamos educando e sendo educados. (Educare – Latim, significa sair de dentro da pessoa). Rogério Vaz de Oliveira


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A LENDA DO PELICANO

C

onta uma lenda medieval que um pelicano saiu de seu ninho em busca de comida para os seus recém-nascidos filhotes. Não notou que por perto se escondia um predador, só esperando a sua ausência para atacar o ninho. Mal o pelicano desapareceu no horizonte, o danado atacou os coitadinhos, que ainda não tinham aprendido a voar e nem a se defender. O predador devorou a todos, só deixando como sobra as pequeninas ossadas com as penas que mal começavam a despontar. Quando o pelicano voltou ao ninho viu a tragédia que ocorrera. Atirando-se sobre os corpos dos filhos chorou horas e horas, até que suas lágrimas secaram. Sem mais lágrimas para chorar pelos filhos mortos, começou a bicar o próprio peito, fazendo verter sobre o corpo dos pequeninos o sangue que jorrava dos ferimentos que ele mesmo provocara com aquela mutilação. No seu desespero não percebeu que as gotas do seu sangue, pouco a pouco iam reconstituindo a vida dos seus filhos mortos. E assim, com o sangue do seu sacrifício e as provas do seu amor, a sua família ressuscitara. SÍMBOLO DE AMOR E SACRIFÍCIO Provavelmente foi a partir dessa lenda que o pelicano se tornou um símbolo de amor e sacrifício. Durante a Idade Média eram vários os contos e tradições em que esse pássaro aparecia como representação da piedade, do sacrifício e da dedicação á família e ao grupo ao qual se pertencia. Essa terá sido também, a razão de os cátaros, os rosa-cruzes, os alquimistas e outros grupos de orientação mística o terem adotado em suas simbologias. Para os alquimistas o pelicano era um símbolo da regeneração. Alguns operadores alquímicos chegaram inclusive a fabricar seus atanores – vasos em que concentravam a matéria prima da Obra – com capitéis que imitavam um pelicano com suas asas abertas. Tratava-se de captar, pela imitação iconográfica, a mesma mágica operatória que a ave possuía, ou seja, aquela capaz de regenerar, com seu próprio sangue, os filhotes mortos. Os rosa-cruzes em sua origem, em sua maioria eram alquimistas. Daí o fato de terem adotado o pelicano como símbolo da capacidade de regeneração química da

matéria não é estranho. E é compreensível também que em suas imaginosas alegorias eles tenham associado essa simbologia com aquela referente ao sacrifício de Cristo, cujo sangue derramado sobre a cruz era tido como instrumento de regeneração dos espíritos, medida essa, necessária para a salvação da humanidade. Daí o pelicano tornar-se também um símbolo cristão, representativo das virtudes retificadoras do cristianismo, da mesma forma que a rosa mística e a fênix que renasce das cinzas. OS CÁTAROS Porém, quem mais contribuiu para que o pelicano se tornasse um símbolo místico por excelência foram os cátaros. Os sacerdotes dessa seita, que entre os séculos XI e XII se tornaram os principais opositores da Igreja Católica na Europa, chamavam a si mesmos de “popelicans”, termo de gíria francesa formado pela contração da palavra pope (papa) com pelican (pelicano). Significa, literalmente, “pais pelicanos”, numa contra facção com os sacerdotes da Igreja Católica que eram considerados os predadores da lenda(no caso uma serpente, como conta Leonardo da Vinci em sua versão da lenda. De certa forma, os cátaros, com suas tradições místicas e iniciáticas, se tornaram irmãos espirituais dos templários e antecessores dos rosa-cruzes e dos maçons. Condenados pela Igreja Romana por suas idéias e práticas heréticas, eles foram exterminados numa violenta cruzada contra eles movida pela Igreja em meados do século XIII. Os cátaros chamavam a si mesmos de filhos nascidos do sacrifício de Jesus. Eles diziam possuir o verdadeiro segredo da vida, paixão e morte de Jesus, que para eles não havia ocorrido da forma como os Evangelhos canônicos divulgavam. Na verdade, eles não acreditavam na divindade de Jesus nem na sua ressurreição, mas tomavam tudo como uma grande alegoria na qual a prática do

exemplo de Cristo era a verdadeira medicina da ressurreição. E dessa forma eles a praticavam, sacrificando a si mesmos em prol da coletividade a qual serviam. Dai serem eles mesmos “popelicans. O CAVALEIRO DO PELICANO A Maçonaria adotou a lenda do pelicano por influência das tradições rosa-cruzes que o seu ritual incorporou. Por isso é que encontraremos, no grau 18, grau rosa-cruz por excelência, o pelicano como um dos seus símbolos fundamentais. O próprio título designativo desse grau é o de Cavaleiro do Pelicano ou Cavaleiro Rosa-Cruz. O Simbolismo do pelicano é uma alegoria que integra, ao mesmo tempo, a beleza poética da lenda, o apelo emocional do mistério alquímico e o romanticismo do sacrifício feito em nome do amor. Tanto o Cristo quanto a natureza amorosa vertem seu sangue para que seus filhos possam sobreviver. José de Alencar, grande expressão do romanticismo brasileiro utilizou esse tema em um de seus mais conhecidos trabalhos, o poema épico Iracema. Nesse singelo poema a índia Iracema, sem leite em seus seios para alimentar Moacir, o filho dos seus amores com o português Martim, rasga o próprio seio e o alimenta com seu sangue. Assim, o filho da aborígene com o colonizador torna-se o protótipo do homem que iria povoar o novo mundo, a “nova utopia”, a civilização renascida, fruto da interação da velha com a nova civilização. Seriam esses “filhos renascidos” do sacrifício da sua mãe que iriam, na visão do escritor cearense, mostrar ao mundo uma nova forma de viver. Tudo bem maçônico. A propósito, José de Alencar também era maçom João Anatalino – do livro CONHECENDO A ARTE REAL (Material enviado pelo CCar.’. Ir.’. Paulo Mariano – Or.’. de Londrina PR)


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Novos IIr.’. na São João

A Aug.’. Resp.’. Loj.’. Simb.’. Cavaleiros de São João, 74 (GOP) reuniões nas sextas feiras. Presidida na ocasião pelo CCar.’. Ir.’. Francisco de Paula Feijó – em Ses.’. Magna de Iniciação – concede a verdadeira luz aos novos IIr.’. Lincoln Tadeu Marconcin e Moizes de Oliveira. Importante Cerimônia de Iniciação aconteceu em 24 de março de 2017. Nossos votos de sucesso na nova caminhada aos novos OObr.’. daquela Of.’. Maçônica. Or.’. de Curitiba Paraná. Março de 2017.

Pod.’. Ir.’. Darcy Ruggeri

Foi no dia 10-04-2017 a palestra do Pod.’. Ir.’. João Darcy Ruggeri - Past Grão Mestre do GOB-PR, na Loj.’. Maçônica José Bueno Mendes (Ao Or.’. de Curitiba PR).

RITO DE YORK NO PARANÁ AO ORIENTE DE MARINGÁ No dia 08 de julho de 2017 sábado, diversos CComp.'. no Templo da ARLS.'. FRANK MARSHALL foram em belíssima cerimônia no ALTAR DA FRANCO MAÇ.'. Recebidos e Reconhecidos MUI EXCELENTES MESTRES e depois EXALTADOS AO MUI SUBLIME GRAÚ DE MAÇ.'. DO REAL ARCO. Possibilitando assim a Instalação e Posse dos Oficiais do CAPÍTULO CATEDRAL Nº106 DE MAÇ.'. DO REAL ARCO. Tendo como SUMO SACERDOTE O Ilustre Companheiro Guilherme "Cabelo" Cândido. E no dia 09 de julho de 2017 domingo, no Templo da ARLS.'. COLUNAS DE UNIÃO - A Maçonaria Críptica possibilitou aos notáveis Companheiros alcançarem outros degraus da Franco Ma-

çonaria - desta vez foram galardoados com os místicos graus de MESTRE REAL e MESTRE ESCOLHIDO. Fundado então o ILUSTRE CONSELHO ZOHAR DE MAÇ.'. CRÍPTICOS - O Ilustre Mestre é o Valoroso Comp.'. Herman Vargas Silva. Coordenação e Condução dos importantes trabalhos que evidenciam a magnitude do RITO DE YORK, O Nobre Comp.'. LEONARDO H. SANT'ANNA - Grão Mestr.'. Adjunto do Supremo Grande Conselho de Maç.'. Crípticos do Brasil. Registros para a participação efetiva dos CComp.'. do CAP.'. SANTO SEPULCRO DE MAÇ.'. DO REAL ARCO e ILUSTRE CONSELHO CRIPTA DE SALOMÃO DE MAÇ.'. CRÍPTICOS - Ao Or.'. de Curitiba - Paraná.


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JANTAR FESTIVO As poderosas lentes da Revista O CAVALEIRO de São João registraram, em 24 de junho de 2017, todos os atores com suas performances festivas e elegância peculiares caracterizando o momento especial como uma grande festa. O jantar festivo quando da posse do Primeiro Malhete Rubens Martins Junior, como o novo Grão Mestre do Grande Oriente do Paraná. Nos clics, nossos CCar.’. IIr.’., Cunhadas, Autoridades Maçônicas Nacionais e Internacionais, Convidados e sobrinhos. Curitiba – Paraná. Junho de 2017 – eis:


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O GRAU DO POMBO IIr.’. John E. Gardne, PM Coral Gables Lodge, 260, The Florida Mason. Vol. 10. Issue 3.Nov.2003.

Em data de 09-02-2017 as LLoj.’. sob a jurisdição da Delegacia do Or.’. de Toledo – sob o comando do CCar.’. Ir.’. Arnildo Albiero seu delegado, fazem reunião festiva alusiva ao aniversário do Grande Oriente do Paraná. Presentes ao referido evento IIr.’. das respectivas LLoj.’.que fazem parte daquela delegacia. Or.’. de Toledo Paraná.

E

sta é uma estória real que ocorreu em Loja da Maçonaria Simbólica. Um Irmão da Loja Coral Gables nº. 260 me relatou os seguintes fatos: Alguns anos atrás, a Loja estava tendo problemas com um bando de pombos que resolveu fazer seus ninhos no telhado da Loja. Estes pombos trouxeram um imenso mau cheiro com seus dejetos, que por sua vez, atraíram a mais variada gama de insetos. O Venerável Mestre e os outros Oficiais da Loja ficaram alarmados com a situação e formaram uma comissão para tratar do problema dos pombos. A comissão se reuniu em busca de uma solução definitiva para a remoção dos pombos. A primeira coisa que a comissão fez foi ir até o telhado e amarrar tiras de tecido em vários locais para tentar assustar os pombos. Este reforço não funcionou e os pombos permaneceram no telhado A comissão então, com planejado, comprou algumas corujas falsas e as colocou em várias áreas de telhado, novamente tentando assustar os pombos. Novamente estes esforços não surtiram efeito e os pombos não só permaneceram, como se multiplicaram, de modo que já cobriam o telhado. Após várias tentativas infrutíferas, a comissão contratou uma companhia especializada em remoção de pombos, que inclusive garantia por escrito que expulsaria os pombos ou então devolveriam o dinheiro. Essa companhia foi até o prédio da Loja e passou as semanas seguintes tentando retirar os pombos. Todas as tentativas falharam e a companhia devolveu o dinheiro da Loja. Meus Irmãos, eu fico feliz em lhes dizer que o problema dos pombos não teve um final triste. Ocorre que no mês seguinte o Poderoso Grão-Mestre dos Maçons da Flórida foi a Miami para tratar de alguns negócios maçônicos e foi até a Loja de Coral Gables para uma visita não oficial. Após o término da sessão e da loja ter sido fechada, os Oficiais, membros e visitantes foram para o refeitório, onde tinha sido preparado um jantar. Próximo ao fim do jantar o Grão-Mestre pergun-

Niver do GOP em Toledo

tou ao Venerável Mestre da Loja como estava os trabalhos maçônicos da Loja. O Venerável contou ao Grão-Mestre que todos os assuntos da Loja e todos os trabalhos ritualísticos estavam se desenvolvendo dentro dos princípios da Maçonaria e que o único problema que a Loja tinha eram os pombos no telhado. O Venerável relatou todas as tentativas fracassadas de expulsar os pombos, que a situação estava saindo do controle e que a Loja não conseguia encontrar uma solução para acabar com este problema. Meus Irmãos, talvez possa parecer estranho, mas todos os Irmãos da Loja de Coral Gables podem confirmar que o que vocês irão ler em seguida é a mais pura verdade que aconteceu naquela Loja. Após ouvir o relato do Venerável, o Grão-Mestre se levantou e disse que ele poderia resolver o problema dos pombos naquele exato momento. O Grão-Mestre pediu que lhe mostrassem a escada para o telhado e, sendo seguido em cortejo pelo Venerável e pela Comissão dos Pombos, subiu até o teto da Loja. Lá, o Grão-Mestre viu os milhares de pombos, elevou as mãos para o céu e pronunciou as seguintes palavras: “Pelos poderes que me foram investidos. Eu declaro todos os pombos Past Masters desta Loja”. Mal o Grão-Mestre acabou de falar estas palavras, todos os pombos levantaram vôo e desapareceram e nunca mais voltaram para a Loja. Obrigado, meus Irmãos, pela sua atenção de ler e compreender esta importantíssima peça da sabedoria maçônica. Eu sei e acredito que todos vocês entendem o Grau do Pombo. (Material enviado pelo CCar.’. Ir.’. João Carlos Lozeski Filho)

“Não sou o representante de nenhuma doutrina estabelecida. Sou um homem em estado de evolução e mudança” (Herman Hesse)


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A Lei e a Ordem na formação do homem justo e perfeito

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uais são os maiores inimigos da humanidade? Pergunta esta que se encontra em nossos rituais e obtemos como resposta uma maldita triplicidade: A hipocrisia, a tirania e a ignorância. Aqui encontramos um importante princípio hermético. Diz-nos o ritual maçônico que, para as combatermos, devemos estar aprendendo e ensinando. Em se tratando da tirania, ela acontece quando deixamos de submeter nossas vontades e dominar nossas paixões. Muito se fala em nossa época em possuir identidade pessoal, o que pode nos levar a um dilema nesta afirmação. Como poderíamos deixar de observar o que nos disse o divino Mestre em Mateus 5:17-18, “Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas, não vim para revogar, vim para cumprir. Porque em verdade vos digo, até que o céu e a terra passem, nem um “i” ou um “ti”l jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra.” Cumprir a lei não é uma condição de rebaixamento de nosso ser, antes, é uma condição de humildade necessária ao emprego da força, pois consta em Marcos 9, 33-35 “Chegaram a Cafarnaum. em casa, Jesus lhes perguntou: “O que era que discutíeis no caminho?” Eles se calaram porque no caminho tinham discutido quem seria o maior. Então Jesus sentou-se, chamou os Doze e lhes disse: “Se alguém quer ser o primeiro, seja o último e o servo de todos”. Está em nossos juramentos maçônicos cumprir e fazer cumprir nossas leis e regulamentos. Quando por hipocrisia aquele que conscientemente as quebra a seu bel-prazer, comete um ato de tirania. Na ignorância pode existir uma forma de tirania, pois aquele que não multiplica os seus talentos pode querer se valer de outros para poder suprir aquilo que deveria ter feito. Talvez a tirania seja realmente como afirmam os filósofos e sábios, a arma dos fracos, impotentes e invejosos. As formas de manipulação vão desde a não submissão da vontade pessoal em detrimento da necessidade do grupo, megalomania disfarçada de falsa humildade, crença de que ao se estar no poder o fazemos por direito divino, de que somos o próprio sol, e não criaturas que apenas possuem limitada luz. Este foi o erro de Ninrode. Via de regra o tirano necessita contestar qualquer ideia que não seja a sua para se afirmar e se de-

leitar com a situação do exercício pleno do poder. Contrário ao que pregou o mestre Jesus, o tirano precisa ser servido, ter seu ego inflado, pois contrariado deixará a falsa humildade de lado e usará de seu poder e status para esmagar ao que ele julga que possa sobrepujá-lo. Como nos diz Oscar Wilde “a pior forma de tirania que o mundo sempre viu é a tirania do fraco sobre o forte”. “Esta é a única forma de tirania que dura” “A cada bela impressão que causamos, conquistamos um inimigo. Para ser popular é indispensável ser medíocre”, ou seja, quando o ego do tirano não se nutre pela bajulação, a estimula nos demais pela constante demonstração de força, velada ou ostensiva. A hipocrisia varia desde o “jeitinho brasileiro”, até o desamor ou descrença na prática do bem para tentarmos alcançar as benesses, louros e glórias pegando atalhos escusos. Cita o livro do Apocalipse 3,15 “sejas quente ou frio, os mornos vomitarei de minha boca”. Ao cumprirmos as leis revelamos nosso caráter. Contestamos a legitimidade e utilidade destas, propondo mudanças ou as cumprimos integralmente, sem ressalvas ou restrições mentais, tal qual nosso juramento no primeiro grau de nossa ordem. Muitos crimes são cometidos até os nossos dias em nome de Deus. Há, das cruzadas, muitas fontes Históricas das maiores atrocidades cometidas por ganância e poder (status, prestígio e bens materiais) invocando um Deus totalmente contrário ao pregado pelo Mestre Jesus. Em nome de Deus, impérios foram forjados no fogo da perdição e temperados no sangue dos inocentes, verdadeiras espadas de flagelo. Talvez até mesmo no seio de nossa Ordem utilizemos subterfúgios para nos furtarmos de nossas responsabilidades no burilar da pedra bruta, invocando erroneamente o sagrado dever para com a família, a fidelidade para com nossas “Leis” (muitas vezes traduzidas por questões partidárias), a orientação de Fulano ou Cicrano, ou outras tantas descabidas tolices. O fato é que nossa alma

habita em um templo interior, que só na individualidade podemos edificar, como um forno no qual arde a chama Sagrada, o receptáculo da grandeza do Universo. Nascemos em nudez e solidão, e assim nos apresentaremos ante nossa Consciência sem a chance de justificarmos nada, pois nascemos, num grau ínfimo, com a própria consciência de Deus, de quem somos imagem e semelhança. Respondemos pelos atos da coletividade, sim, mas não nos esqueçamos que tudo na vida é fruto de nossas escolhas e principalmente de nossas prioridades, podemos a qualquer momento alterar nossas vias ou a direção de nossas marchas. Alerto que a leitura deste retrato da sociedade, de vários de nossos representantes em todas as esferas, pode ser um pouco entristecedora, mas certamente nos fará cogitar muitos dogmas e credos que carregamos até hoje, dentro ou fora de nossa Ordem. Quiçá realmente seja melhor sofrermos uma injustiça ou opressão a cometermos uma, pois a lei do retorno mostra, mormente, que os que escolheram usar o desamor e covardia, são geralmente os que não suportam a dor e responsabilidade dos fardos que lhe são atraídos. Exercemos a tirania ao fugirmos do autoconhecimento, ao deixarmos de ouvir a tudo e a todos, ao tentarmos resolver problemas por ordens e imposições infundadas, tal como um encantamento mágico, pretensiosamente infalível. A humildade consiste na verdade, e ao querermos impor nossa própria verdade é como querer navegar num mar sem ondas e sem brisas. O amargo da taça contém em si todos os sabores. “Antes de sair em busca de vingança, cave duas covas”. Confúcio Fraternalmente I.'. Fabio Costa Medeiros Curitiba - PR

“Não há necessidade de templos, não há necessidade de filosofias complicadas.Seu cérebro e seu coração são seus templos; e tenha como filosofia, sua bondade” (Dalai Lama)


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Or.’. da Fazenda Rio Grande – PR No Or.’. da Fazenda Rio Grande – em data de 05 de abril de 2017 a ARLS.’. Semeadores da Ordem – GOP-COMAB realizou belíssima Ses.’. Magna de Iniciação dos novos IIr.’. Jeison Batista dos Santos, Reinaldo Luiz Tortato e Silvio Barbosa Serra. Cerimônia presidida pelo CCar.’. Ir.’.

Adalberto Campos. Templo totalmente tomado pelos diversos IIr.’. visitantes. Registro para a presença do Pod.’. Ir.’. João Krainski Neto – Grão Mestre do Grande Oriente do Paraná. Clics feitos pela Revista O CAVALEIRO de São João. Fazenda Rio Grande PR. Abril de 2017.


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Vida Privada do Político

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uem se propõe a ingressar na vida política ou então nela continuar a permanecer, sempre corre o risco de ver sua vida particular devassada, isto é, tornada pública. E não se desconhece que as pessoas possuem íntimos segredos que nunca, ou raramente são revelados, porque tão somente interessam a elas, exclusivamente. Contudo, no momento em que alguém resolve se expor publicamente na conquista de votos, inevitavelmente vêm à tona suas intimidades, seus segredos, suas particularidades, pois o eleitor, se não o conhece tanto quanto gostaria, procurará conhecê-lo melhor ainda para saber se merece o seu voto, se é confiável. Pois o cidadão é um sujeito curioso. Sabe perfeitamente que todo ser humano possui defeitos, fraquezas, falhas; que ninguém é perfeito. Mas o que ele quer mesmo é enxergar virtudes (e não os defeitos) em seu candidato a líder, ou melhor, espera encontrar nele um “plus” que o possa diferenciar dos demais e até mesmo do próprio eleitor, que, às vezes, gostaria de se identificar com aquele que se propõe a governá-lo, pois é este quem futuramente o dirigirá e quem delineará os rumos para o bem estar geral de

Tavola Redonda – Iniciação em 18-02-2017 Cap.’. Castelo Caminhos da Virtude – para meninos de 8 a 12 anos das três OOb.’. Maçônicas. Entre os Iniciados estão Giuliano, Fernando, Helton, Artur, Matheus, Salomão, Clark, Pedro, Mário e Vitor. A Belíssima cerimônia aconteceu no Templo Nobre do Grande Oriente do Paraná- COMAB. Curitiba – Paraná. Fevereiro de 2017.

seus governados. Uma espécie de transferência psicológica instintiva entre o eleitor e o candidato e isso vem desde priscas eras. É aí, porém, que o racional deve prevalecer sobre o emocional, pois o que se requer de um líder, de um político, é que ele, simplesmente saiba bem governar. Pouco importa seja branco ou negro, gordo ou magro, homem ou mulher, hétero ou homossexual, casado, divorciado ou solteiro. Mas o mais importante de tudo é que ele seja, além de competente e honesto, uma pessoa que aja e pense no bem estar de seus administrados. O bem governar. Palavras essas que implicam numa ampla gama de interpretações, mas sempre deveriam estar direcionadas ao bem público. Mas essa opção nem sempre ocorre, pois o votante, além de supor que político possa ser um bom administrador, ou um bom legislador, procura encontrar nele algumas afinidades, como qualquer outro ser humano, uma empatia mesmo. Por isso vota muitas vezes levado pela intuição, pela emoção, pela figura do líder, pela sua simpatia, com um número de variáveis quase que impossíveis de ser quantificadas. Aí então não tem como se esconder. Por

mais que não possa querer, o candidato a líder tem sua vida pretérita e presente exposta publicamente e assim é obrigado a se submeter à luz. Pois o eleitor, sempre um curioso, quer saber de tudo ou de quase tudo sobre a vida privada do candidato, do político. Por isso aquele não pode se rebelar quando tem sua vida passada a limpo, que nem sempre é limpa, pois procura-se nele enxergar autenticidade. Não pode ter duas caras, uma para o público, outra para o privado. Perde votos se não for autêntico, pois, mais cedo ou mais tarde, a verdade poderá ser revelada. Consegue-se enganar alguns durante algum tempo, porém não todos durante todo o tempo. Há limites. Assim, quem se arvora a pretender ser político, não pode se lamentar depois quando vê seus segredos escancarados, nem queira depois insurgir-se contra a divulgação das descobertas a respeito de sua vida pessoal privada. Pois, como já disse um antigo cronista social, em sociedade sabe-se tudo. Luís Carlos Bedran* Sociólogo Or.’. de Araraquara – SP)


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O BODE NA MAÇONARIA Por que bode? entro da nossa organização, muitos desconhecem o nosso apelido de “BODE”. A origem desta denominação data do ano de 1808. Porém, para saber do seu significado, temos necessidade de voltarmos ao tempo. Uma coisa é certa, esqueçam essas conversas de Bode Preto, Diabo, Satanismo ou qualquer idiotice similar. Por volta do ano 3 d.C., vários apóstolos saíram pelo mundo a fim de divulgar o cristianismo. Alguns foram para o lado judaico da Palestina. E lá, curiosamente, notaram que era comum ver um judeu falando ao ouvido de um bode, animal muito comum naquela região. Procurando saber o porquê daquele monólogo, “foi difícil obter resposta”. Ninguém dava informações, com isso aumentava ainda mais a curiosidade dos representantes cristãos, em relação àquele fato. Até que Paulo, o Apóstolo, conversando com rabino de uma aldeia, foram informados de que o ritual era usado para a expiação dos erros. Fazia parte da cultura daquele povo, contar a alguém de sua confiança, quando cometia (mesmo que escondido) suas faltas. Acreditando com isso que se outro soubesse, ficaria aliviado junto a sua consciência, pois estaria dividindo o sentimento ou problema. Mas por que o BODE? Quis saber Paulo. E por que o bode é o seu confidente? Como o bode não fala o confesso fica ainda mais seguro de que seu segredo será mantido, respondeu-lhe o rabino.

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A Igreja, trinta e seis anos mais tarde, introduziu no seu ritual, o confessionário, juntamente com o voto de silêncio por parte do padre confessor – nesse ponto da história não conta se foi o Apóstolo Paulo que levou a idéia a seus superiores da Igreja. O certo é que ela faz bem à humanidade. Com esse ato, do confessionário, aliado ao voto de silêncio, o povo passou a contar suas faltas. Na atualidade, com a confiança duvidosa, em função de escândalos por parte de alguns padres, diminuíram os confessores e confessionários e aumentou o número de divãs de psicanálise. Voltemos a 1808, na França de Bonaparte, que após o golpe de 18 Brumário, se apresentava como o novo líder político daquele país. A igreja, sempre oportunista, uniu-se a ele e começou a pesquisar todas as instituições que não fossem o governo e a Igreja. Assim, a Maçonaria, que era um fator pensante, teve seus direitos suspensos e seus Templos fechados: proibida de se reunir. Porém, Irmãos de fibra, na clandestinidade, se reuniram, tentando modificar a situação do país. Neste período, vários maçons foram presos pela Igreja e submetidos a terríveis inquisições. Porém ela nunca encontrou um covarde ou delator entre os maçons. Chegando ao ponto de um dos inquisitores dizer a seguinte frase a seus superiores: “Senhor, este pessoal (maçons) parece BODES, por mais que eu os flagele, não consigo arrancar-lhes uma palavra”. Assim, a partir daí, todos os maçons tinham, para os inquisitores, essa denominação “BODE” – aquele que não fala, que sabe guardar segredo. O bode foi até adotado pela maçonaria como um lema. O bode vem de uma expres-

são “bhody”, que significa ser iluminado. O que hoje se chama vulgarmente de “bode”, com aquela conotação do chifre, de que a maçonaria seria coisa do diabo. Mas isso absolutamente não existe. É uma instituição que prega a existência de Deus. Se alguém quando for convidado para integrar a maçonaria, disser que não acredita em Deus, não poderá ser aceito. O bode não faz parte da nossa rica simbologia nem ao menos de nossos usos e costumes tradicionais; aliás, diga-se, faz parte dos usos e costumes dos nossos detratores e adversários, da antimaçonaria que intenta nos difamar atribuindo-nos ações e idéias que não temos, como este símbolo espúrio, pejorativo e deselegante do bode. Trabalho Ap.’. M.’. “O Bode na Maçonaria” Ir.’. Adilson Lucio dos Santos A.’.R.’.L.’.S.’. Acácia do Itaim Paulista Nº 3562 Fonte: Jornal Ampulheta nº 71 Loj.’. Ferraz de Vasconcelos Or.’. de Ferraz de Vasconcelos-SP


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MAÇONARIA COMEMORA 300 ANOS

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o dia 24 de junho de 2017, a Maçonaria organizada completará três séculos de existência, entretanto a sua origem é muito mais antiga, não havendo consenso entre estudiosos e historiadores quanto ao seu verdadeiro início. O que comemora-se é a organização em sistemas de Obediências da Franco-Maçonaria tal qual é conhecida, que surgiu em 1717 com a fundação da Grande Loja de Londres e Westminster, na Inglaterra. Já no Brasil, a maçonaria está presente a mais de 200 anos. Atualmente existem 6,5 milhões de maçons espalhados em praticamente todos os países, já o Brasil abriga aproximadamente 170 mil maçons. A Maçonaria se define como uma instituição “essencialmente filosófica, filantrópica e progressista”, porém a chegada de três séculos de existência, não sumiu a imagem de que a Maçonaria seria algum tipo de seita mística, uma religião ou mesmo perpetradora de uma espécie de plano de dominação mundial. Este, é o um dos grandes desafios da Instituição, é a luta contra a desinformação e mostrar que a Instituição tem por finalidade auxiliar no desenvolvimento do homem-cidadão e promover a Liberdade, a Igualdade e a Fraternidade da sociedade onde ela está inserida. Sua atividade é silenciosa e discreta, utiliza-se de seus membros, os maçons, para desenvolver e apoiar trabalhos assistenciais, culturais, educacionais e filantrópicos. Em seus quadros convivem pessoas de diferentes credos em um ambiente de harmonia, paz e confiança. É corriqueiro encontrarmos nas reuniões maçônicas Irmãos católicos, neopentecostais, muçulmanos, judeus, espíritas e seguidores de religiões de matriz africana. Em suma, reúne homens de boa vontade, movidos pelo máximo ideal de servir, de construir uma sociedade mais saudável e um mundo melhor. A Maçonaria, que estamos comemorando, espalhou-se como rastilho de pólvora, no Século XVIII - e tornou-se receptáculo da filosofia das Luzes, propagando o iluminismo, o pluralismo e o laicismo pelo continente europeu e colônias ultramarinas. Há uma grande dificuldade em afirmar se foi o Iluminismo que influenciou a maçonaria ou se foram os grandes pensadores maçons que impulsionaram este movimento?

Podemos afirmar que o Século das Luzes e a Maçonaria estão imbricados, não há dissociação de ideias e ações. A história da Maçonaria no Brasil, que tem como marco oficial a criação, em 1801, da Loja Reunião, no Rio de Janeiro, movida pela liturgia e com fins político-sociais, vinculada ao Oriente da Ilha de France (antigo nome da Ilha Maurício, uma pequena ilha situada no oceano Índico, no Arquipélago das Mascarenhas, hoje pertencendo à Grã-Bretanha, à época, dominada pela França). Há pesquisadores que acreditam que o movimento maçônico iniciou-se em 1796, com a fundação em Pernambuco do Areópago de Itambé. A maçonaria brasileira ou melhor, os maçons brasileiros, estiveram presentes em todos os movimentos libertários, revolucionários e emancipatórios ao longo destes mais de 200 anos presente em solo pátrio. Seus feitos estão eternizados nas páginas de livros, hoje não possuímos o Brasil que desejamos, um país eivado de corrupção e em permanentes crises éticas e econômicas. A maçonaria está atenta ao que tudo ocorre a sua volta, seu trabalho é constante. Em suas lojas estão ombreado homens de boa vontade e imbuídos na busca de nossos an-

seios de uma Sociedade mais Justa e Fraterna, Igualitária e Progressista, desejamos um Brasil melhor. Este marco de 300 anos da Maçonaria merece uma profunda reflexão de todos os seus integrantes, espalhados pelo mundo; foram três séculos de constante trabalho em prol da evolução do homem e da sociedade, porém não há fim para esta missão, há muitos desafios pela frente, cabendo a cada integrante perceber que sua atuação como cidadão ético e interessado será muito importante para um mundo melhor. Ontem e hoje, todas as conquistas da Ordem foram todas fruto de seu verdadeiro e mais precioso bem: os Maçons. São esses construtores que antes erguiam catedrais e monumentos, mas que atualmente edificam obras de transformação social, que lutam diariamente pela melhora da humanidade – e continuarão lutando pelos séculos que virão. Ir.’. Rogério Vaz de Oliveira Relações Públicas . Especialista em Comunicação Pública e História da Maçonaria Integrante das Lojas Estrela do Sul 84/Bagé. Acácia das Lavras 4512/ Lavras do Sul

Galeria de fotos O nobre maestro Aderbal Muller comandou em 07-04-2017 a inauguração da GALERIA DE FOTOS dos VVen.’. MMestr.’. da ARLS.’. Cavaleiros de Cristo (Rito Adonhiramita) – dia e momento que foi descerrada a primeira foto. O Ir.’. Romulo Romero – seu 1º Venerável Mestre. Sessões sempre nas sextas-feiras no Grande Oriente do Paraná. Curitiba – mês de abril de 2017.


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O DEUS DE SPINOZA

ARLS.’. Cavaleiros do Iguaçú – GOB-PR A ARLS.’. Cavaleiros do Iguaçú, 4197– em data de 20/03/2017 recebe a visita do seu Grão Mestre, CCar.’. Ir.’. Rodrigo Carsten - Sessão Comemorativa aos 5 anos de fundação daquela Loj.’. – magna presença que abrilhantou naquela ocasião todos os obreiros do quadro da querida Loja Maç.’. Cavaleiros do Iguaçú – Ao Or.’. da Fazenda Rio Grande – Paraná. Registros enviados pelo Nobre Ir.’. Douglas Bitencourt.

Um repórter americano entrevistou Albert Einstein em 1863. A entrevista versava sobre A Teoria da Relatividade e a rivalidade com A Mecânica Quântica, que iniciava seus estudos... Após horas de uma conversa de altíssimo nível, o repórter faz uma pergunta, para pegar Einsten de surpresa, perguntando-o se acreditava em Deus, respondeu Einsten: - “A esta pergunta eu tenho que dizer que não sou Ateu nem agnóstico, eu não acredito no Deus das Igrejas. Eu acredito no Deus de Spinoza que se revela por si mesmo na harmonia de tudo o que existe, e não no Deus que se interessa em premiar ou castigar os homens”. Esta é a crença de Einstein, que para muitos era ateu. O DEUS DE SPINOZA Estas palavras são de Baruch Spinoza, filósofo holandês que viveu em pleno sèc. XVII. Este texto foi chamado de “Deus segundo Spinoza” ou “Deus Falando com você”. “Para de ficar rezando e batendo no peito. O que eu quero que faças é que saias pelo mundo, desfrutes de tua vida. Eu quero que gozes, cantes, te divirtas e que desfrutes de tudo o que Eu fiz para ti. Para de ir a estes templos lúgubres, obscuros e frios que tu mesmo construíste e que acreditas ser a minha casa. Minha casa está nas montanhas, nos bosques, nos rios, nas praias. Aí é onde eu vivo e expresso o meu amor por ti. Para de me culpar pela tua vida miserável; eu nunca te disse que eras um pecador. Para de ficar lendo supostas escrituras sagradas que nada têm a ver comigo. Se não podes me ler num amanhecer, numa paisagem, no olhar dos teus amigos, nos olhos de teu filhinho... não me encontrarás em

nenhum livro... Para de tanto ter medo de mim. Eu não te julgo, nem te critico, nem me irrito, nem me incomodo, nem te castigo. Eu sou puro amor. Para de me pedir perdão. Não há nada a perdoar. Se Eu te fiz... Eu te enchi de paixões, de limitações, de prazeres, de sentimentos, de necessidades, de incoerências, de livre-arbítrio. Como posso te castigar por seres como és, se sou Eu quem te fez? Crês que eu poderia criar um lugar para queimar a todos os meus filhos que não se comportam bem pelo resto da eternidade? Que tipo de Deus pode fazer isso? Esquece qualquer tipo de mandamento, são artimanhas para te manipular, para te controlar, que só geram culpa em ti. Respeita o teu próximo e não faças aos outros o que não queiras para ti. A única coisa que te peço é que prestes atenção à tua vida; que teu estado de alerta seja o teu guia. Tu és absolutamente livre para fazer da tua vida um céu ou um inferno. Para de crer em mim... Crer é supor, imaginar. Eu não quero que acredites em mim. Quero que me sintas em ti quando beijas tua amada, quando agasalhas tua filhinha, quando acaricias teu cachorro, quando tomas banho de mar. Para de louvar-me! Que tipo de Deus ególatra tu acreditas que Eu seja? Tu te sentes grato? Demonstra-o cuidando de ti, da tua saúde, das tuas relações, do mundo. Expressa tua alegria! Esse é o jeito de me louvar. Para de complicar as coisas e de repetir como papagaio o que te ensinaram sobre mim. Não me procures fora! Não me acharás. Procura-me dentro... Aí é que estou, dentro de ti.


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A Lenda da Águia e do Falcão

CCav.’. do Grande Templo recebe visita do Grão Mestre

Uma Lenda Sioux

Conta uma velha lenda dos índios Sioux, que uma vez, Touro Bravo, o mais valente e honrado de todos os jovens guerreiros, e Nuvem Azul, a filha do cacique, uma das mais formosas mulheres da tribo, chegaram de mãos dadas, até a tenda do velho feiticeiro da tribo... - Nós nos amamos... e vamos nos casar - disse o jovem. - E nos amamos tanto que queremos um feitiço, um conselho, ou um talismã... alguma coisa que nos garanta que poderemos ficar sempre juntos... que nos assegure que estaremos um ao lado do outro até encontrarmos a morte. Há algo que possamos fazer? E o velho emocionado ao vê-los tão jovens, tão apaixonados e tão ansiosos por uma palavra, disse: - Tem uma coisa a ser feita, mas é uma tarefa muito difícil e sacrificada... Tu, Nuvem Azul, deves escalar o monte ao norte dessa aldeia, e apenas com uma rede e tuas mãos, deves caçar o falcão mais vigoroso do monte... e trazê-lo aqui com vida, até o terceiro dia depois da lua cheia. E tu, Touro Bravo - continuou o feiticeiro - deves escalar a montanha do trono, e lá em cima, encontrarás a mais brava de todas as águias, e somente com as tuas mãos e uma rede, deverás apanhá-la trazendo-a para mim, viva! Os jovens abraçaram-se com ternura, e logo partiram para cumprir a missão recomendada... no dia estabelecido, à frente da tenda do feiticeiro, os dois esperavam com as aves dentro de um saco. O velho pediu, que com cuidado as ti-

rassem dos sacos... e viu eram verdadeiramente formosos exemplares... - E agora o que faremos? - perguntou o jovem - as matamos e depois bebemos a honra de seu sangue? Ou cozinhamos e depois comemos o valor da sua carne? - propôs a jovem. - Não! - disse o feiticeiro, apanhem as aves, e amarrem-nas entre si pelas patas com essas fitas de couro... quando as tiverem amarradas, soltem-nas, para que voem livres... O guerreiro e a jovem fizeram o que lhes foi ordenado, e soltaram os pássaros... a águia e o falcão, tentaram voar mas apenas conseguiram saltar pelo terreno. Minutos depois, irritadas pela incapacidade do vôo, as aves arremessavam-se entre si, bicando-se até se machucar. E o velho disse: - Jamais esqueçam o que estão vendo... este é o meu conselho. Vocês são como a águia e o falcão... se estiverem amarrados um ao outro, ainda que por amor, não só viverão arrastando-se, como também, cedo ou tarde, começarão a machucar-se um ao outro... Se quiserem que o amor entre vocês perdure... Voem juntos... mas jamais amarrados.

Em Sessão presidida pelo M.'. I.'. Ir.'. Juarez Varollo Pont a A.'.R.'.L.'.S.’. Cavaleiros do Grande Templo nº 3875 comemorou no dia 01/06/2017 seus 10 anos de fundação, ocasião que estiveram presentes o Grão-Mestre Estadual, Em.'. Ir.'. Luiz Rodrigo Larson Carstens, e o Grão- Mestre Adjunto, Em.'. Ir.'. Gerald Koppe Junior. Na Sessão foi lido um resumo da história da Of.’. pelo CCar.’. Ir.'. Anísio Dos Santos, que esclareceu que sua fundação ocorreu no dia 31/05/2007. No uso da palavra, o Em.’. G.’.M.’. destacou ser a sua primeira visita à Loja e a sua felicidade de estar presente e poder homenagear essa Oficina, seus fundadores e todos os integrantes do seu Quadro de Obreiros, entregando uma placa comemorativa pelos 10 anos a Of.’..

“Não há nada que esteja totalmente em nosso poder, exceto os nossos pensamentos” (Descartes)

Martinelli – Cidadão Honorário Poeta de grande envergadura intelectual, Irmão de imenso conhecimento da Arte Real – Giuseppe Martinelle – ao Oriente de Guarapuava – Paraná. Recebeu em data festiva em dezembro de 2016, o TÍTULO DE CIDADÃO HONORÁRIO DA CIDADE DE GUARAPUAVA. Galardão merecido foi concedido pela Câmara Municipal daquele cidade. Parabéns ao nosso querido Ir.’. Martinelli – Or.’. de Guarapuava, dezembro de 2016, eis os registros.


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Destaque Poético HUMILDADE Senhor, fazei com que eu aceite minha pobreza tal como sempre foi. Que não sinta o que não tenho. Não lamente o que podia ter e se perdeu por caminhos errados e nunca mais voltou. Dai, Senhor, que minha humildade seja como a chuva desejada caindo mansa, longa noite escura numa terra sedenta e num telhado velho. Que eu possa agradecer a Vós, minha cama estreita, minhas coisinhas pobres, minha casa de chão, pedras e tábuas remontadas. E ter sempre um feixe de lenha debaixo do meu fogão de taipa, e acender, eu mesma, o fogo alegre da minha casa na manhã de um novo dia que começa. Cora Coralina

SONHO II Confesso a existência de uma apatia real e tão verdadeira como o eco de minha alma sem a necessária visão que já não existe Vivi a vida sem tanto interesse por viver Sem alternativas Apenas descaminho no meu caminho milhões de vezes eu gritei nunca meu ouviram Nem eu mesmo ouvi minha voz A realidade foi palpável demais suas garras marcaram profundamente os longos anos da existência Olhei o amanhã através do sonho dourado da adolescência nitidamente enxerguei figuras incoerentes tão frágeis que nunca passaram de sonhos Andei sem encontrar por trilhas que jamais aconteceram não consegui ver a tênue luz do sol para clarear a escuridão que foi a vida Confesso a deslealdade para com o sonho e a inspiração fútil para com o pesadelo Que vou morrer sem nunca ter vivido. Deolindo Dorta de Oliveira

CLASSIFICADO

O BOM POETA

Precisa-se de: Um coração sensível que ame, Mãos que exerçam a suavidade do Toque, Olhos que irradiem a ternura do Encontro, Um corpo receptivo que tenha Calor, Uma boca que cante e segrede o Amor. Para juntos, Construirmos uma relação De ajuda mútua, Que nos possibilite Uma Vivência infinda...

O bom poeta gosta de mediar A luta entre a pena e a espada Não cala nem procura se emendar Se exagera ao contar sua toada

Deolindo Dorta de Oliveira

Fábio Malko

O bom poeta conhece os anseios mais quentes E a natureza humana vive a espreitar Entre suas paixões e desejos ardentes Sua mente afiada cria vida ao recitar Esse poeta que endurece no sofrimento Sabe rir, entre a lágrima e o lamento E derrama no papel sua tristeza Ele goza, esse poeta, de merecimento Se seus versos envolvem por um momento Revelando a todos sua destreza


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RECORDO AINDA…

A METAMORFOSE...

(Para Dyonelio Machado) Recordo ainda… e nada mais me importa… Aqueles dias de uma luz tão mansa Que me deixavam, sempre, de lembrança, Algum brinquedo novo à minha porta…

Quando o sol se vá e chega à noite tudo silencia e a “magia” acontece o trabalho alquímico da metamorfose que no clarear do dia o milagre aparece.

Mas veio um vento de Desesperança Soprando cinzas pela noite morta! E eu pendurei na galharia torta Todos os meus brinquedos de criança… Estrada afora após segui… Mas, ai, Embora idade e senso eu aparente Não vos iluda o velho que aqui vai: Eu quero os meus brinquedos novamente! Sou um pobre menino… acreditai… Que envelheceu, um dia, de repente!

Vemdo monte e desceaté o vale para na relva e se aloja em seu colo gota-a-gota elevai se condensando e no clarear do diavê-se o espetáculo. Coloridas, brilhantes e transparentes penduradasnas pontinhas dos galhos comoluzinhas,parecendo enfeites que evaporam com o calor do sol. E se não bastasse à beleza visual ainda serve para ajudar a natureza pois as gotas do orvalho ao evaporar umedece a terra que produz o “maná”.

Mario Quintana Ele é citado até no Velho Testamento Livro dos Salmos, Cândico das Ascensões: “É como o orvalho do Hermon que desce sobre os Montes, os Montes de Sião”... Giuseppe Martinelli

O PÓ DA TERRA

O aniversário mais importante Todos vão concordar com isso No universo é o mais relevante É o de nosso senhor jesus cristo.

Levanta-se da terra, O sangue em pó e o perfume do sândalo a umedecer os pergaminhos onde se inscrevem todas as dores que o silêncio não sepultou. E os gritos das rocas tecendo os fios na fina urdidura da Vida fazem vibrar os grãos adormecidos brotando a seiva doce em bagas que se dão ao sol... O Tempo, introspectivo caminha qual ancião encurvado, calado levando na mãos tinta e pincéis -, ocre e magenta desenham no coração do homem a antítese de cada sonho ainda por sonhar.

Salata, Aramis

Luciah Lopez

HOJE É DIA 30 Hoje é dia 30 E o mês é o de agosto Existe aquele que minta Dizendo ser o mês do desgosto. Discordo com veemencia Está no calendário Foi o começo da minha existencia É o meu aniversario. Agradeço a deus pela vida A familia e os que gostam de mim É mais uma etapa vencida Espero que continue assim.

NINGUÉM É ETERNO, IRMÃO Ninguém é eterno, Irmão, e nada dura eternamente. Guarda isso no teu coração, e sê contente. ... Nós nos alvoroçamos por colher as nossas flores por temer que sejam saqueadas pelo vento de um momento. A ânsia de arrebatar os beijos que, se tardássemos, iríamos perder, aviva-nos o sangue, e os nossos olhos faz brilhar... Nossa vida é impaciente, ardente os nossos desejos, porque o tempo dobra o sino da partida... Irmão, guarda isso no teu coração, e sê contente. Rabindranath Tagore


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A Missão Maior dos Maçons

A Consulta

Num mundo de desavenças e de insatisfações, num mundo de homens tristes e sós, num mundo de inverno constante no corpo e na alma, encontramos na Maçonaria um facho de luz iluminando o caminho do futuro, como fez no passado. Encontramos um punhado de homens plenos de Ideal, um punhado de homens cheios de esperança a concretizar coisas e sentimentos. Encontramos homens que beijaram as sombras e não macularam os lábios. Encontramos homens que tiveram, nos olhos, luz intensa e ofuscante e não se feriram. Por tudo isto e mesmo por nada disto, cumpre-nos uma missão árdua, mas compensatória, cumpre-nos buscar a formação integral do homem, cumpre-nos combater um bom combate e guardar a Fé. É preciso realizar o máximo no chão batido e vicioso. É preciso que cada um saia de sua própria casa para, silenciosamente, apanhar o fardo do outro e ajudar a carregá-lo. Não se aguarda que a vida ofereça as oportunidades sagradas de servir; busca-se, espontaneamente, esta oportunidade com o arranjo próprio de quem confia na grandeza de sua missão. Se cada um de nós, isoladamente, aplicar seus esforços, muito provavelmente não atingiremos as metas.

Hoje fui ao Grande Arquiteto do Universo fazer uma consulta de rotina. Constatei que estava enfermo, quando ele me tomou a pressão viu que estava baixa de Ternura. Ao medir a temperatura o termômetro registrou 45º de Ansiedade. Passei por um eletrocardiograma e o diagnóstico acusou que eu tinha que bombear mais Amor. As minhas artérias estavam bloqueadas de Solidão e de Saudade já não podia mais abastecer o meu coração vazio. Passei pela ortopedia já que não podia mais caminhar ao lado dos meus irmãos e tão pouco dar um Abraço Fraternal, porque havia me machucado ao tropeçar nos problemas da vida. Também me diagnosticou miopia, já que não podia ver mais nada além das coisas negativas do meu próximo. Quando me queixei de surdez o Grande Arquiteto disse que eu havia deixado de escutar a sua voz a cada dia. Claro que o Grande Arquiteto me deu uma consulta gratuita e graças a sua misericórdia prometo que ao sair desta clínica tomarei os medicamentos naturais receitados através da sua Verdade. Ao levantar-me vou beber um copo de Agradecimento, ao chegar no trabalho tomarei uma xícara de chá de Paz a cada hora. Vou tomar sempre um comprimido de Paciência e uma cápsula de Humildade. Ao chegar em casa, vou injetar uma dose de Amor. Antes de dormir tomarei um chá de Consciência tranqüila. Meus irmãos não vamos nos deprimir e nem se desesperar o Grande Arquiteto do Universo sabe o que nós sentimos e o limite que temos. O propósito do Grande Arquiteto do Universo é admiravelmente Perfeito, Pensemos nisso!!! Somos a imagem e a semelhança do Criador, devemos Querer Bem a todos e sermos felizes. Faça uma consulta você também e seja abençoado sempre. Saúde Força e União. Fraternalmente,

Sem esforços dirigidos, sem trabalho ordenado, sem previsão dos meios, sem unidade, tudo aconteceria, nada se realizaria. Ao encetarmos aventura, planejamo-la e o fazemos nos mínimos detalhes. Maçonaria não é aventura, é realização efetiva é concentração de geração, é despojamento, é identificação, é preparação prévia, preparação sempre. É vivência do dia-a-dia, de momento a momento, é cair, é um levantar-se constante, é somar, pacientemente, seu trabalho ao trabalho do outro. Maçonaria é CRESCER. Maçonaria é colocar-se diante da verdade, diante do Belo, é colocar-se diante do bem, e o que é mais importante: ASSIMILÁ-LOS. Maçonaria deve ser caminho, dever ser encarnação e o MAÇOM deve sentir o sopro do Infinito e uni-lo a seus Irmãos, unindo-os por laços mais fortes que os laços do próprio sangue. OS Maçons nasceram para iluminar e ser luz é ser mais que um fator. É abrir picadas sobre caminhos sem sede. A Luz é uma denúncia, na obscuridade é impossível construir. Ir.’. Armando Righetto (Fonte: IOD n° 67 - Republicação)

Silvio Batista Rosas Neto É o novo Venerável Mestre da ARLS.'. Semeadores da Ordem (Grande Oriente do Paraná) ao Oriente da Fazenda Rio Grande. Na bela Sessão de Posse presenciada por Irmãos das diversas Lojas Maçônicas de Curitiba e região metropolitana - mérito de grande condutor dos trabalhos deve ser dirigido ao CCar.'. Ir.'. Marcos Almeida. Nossos abraços fraternos ao querido Ir.'. Adalberto Campos - que conduziu, até então, aquela Loja Maçônica. Sucesso ao nobre Ir.'. Silvio Batista. Oriente de Fazenda Rio Grande. 21 de junho de 2017. O CAVALEIRO de São João - estava lá e registrou.

Ir.’. Marcos de Almeida (O Ir.’. Marcos de Almeida é um daqueles batalhadores da Nobre Instituição da Arte Real, um Grande e notável Ir.’. – a redação)


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JANO, O DEUS DAS DUAS FACES – O Inicio e o Fim Seja bem vindo a Janeiro! A pouco encerramos um ano, um período recheado de aprendizados, alegrias, tristezas, de ganhos e perdas. A sensação de finalizar algo é tão importante quanto começar, e com ele todos os desafios. Chegou o novo ano, onde depositaremos esperanças, sonhos e realizações; a mitologia romana possuía e venerava o Deus Jano (do latim Janus ou Ianus), o Deus das Duas Faces, era o porteiro celestial, simbolizando os términos e os começos, o passado e o futuro, o dualismo relativo de todas as coisas. Graças a ele ganhamos o janeiro, que marca o inicio de um novo ano e a transição do passado para o futuro. A propósito, janeiro só passou a ser o primeiro mês quando o Imperador Júlio Cesar (100-44 a.C.) introduziu, em 46 a.C., o ano de 365 dias, antes era de somente 304 dias e dividido em dez meses – a contagem começava em março e terminava em dezembro. O Templo em honra a Jano permanecia com as portas principais abertas em tempos de guerra e eram fechadas em tempos de paz. Ele presidia tudo o que se abre, era o deus tutelar de todos os começos; regia o que regressa ou que se fechava. Tornou-se, então, patrono dos exércitos. Costumava ser o primeiro deus a ser mencionado nas cerimônias religiosas. Era adorado no início da época de colheita, plantio, casamento, nascimento, e outros tipos de origens, especialmente os começos de acontecimentos importantes na vida de uma pessoa. Originalmente, uma face possuía barba e a outra não, e, às vezes, era masculino e feminino - provavelmente uma representação do sol e da lua (Janus e Jana). No entanto, é mais fácil encontrar duas faces com barba. Existem em alguns locais, representações suas com quatro faces. A dualidade de Jano se apresentava quando uma das faces falava a verdade enquanto a outra mentia, confundindo assim a pessoa na hora de fazer uma escolha importante que poderia trazer grandes consequências, demonstrando claramente o seu papel como Deus das indecisões, pois representava assim aquele que acalenta e guia, protege e ama ao mesmo tempo em que é aquele que engana, que trai, que odeia e que trapaceia. Algumas tradições acreditavam que Janus também encarnava o caos, tanto exterior como interior.

Busto de Jano Museu do Vaticano, Roma

A dualidade sempre esteve presente no ser humano, desde o momento em que ele começou a pensar, desenvolvendo a capacidade de discernir. Os opostos têm-lhe constituído desafios para a consciência, que deve eleger o que lhe é melhor, em detrimento daquilo que lhe é pernicioso, perturbador, gerador de conflitos. É também representado com uma chave em uma das mãos, e na outra uma vara para mostrar que é o guardião das portas e que preside os caminhos. É provável que o cristianismo utilizasse a figura de Jano para apresentar São Pedro, como o Porteiro do Céu, e carregando uma chave. Outra curiosidade a respeito deste Deus Romano, eram que as suas estátuas apontavam muitas vezes com a mão direita o número trezentos, e com a esquerda o sessenta e cinco, representando o total de dias do ano. A ele se atribui a invenção dos navios e possivelmente o dinheiro, em moedas, pois as primeiras foram cunhadas com a cabeça de duas faces.

Janus, portanto, é aquele se apresenta para nos mostrar que questões como bem/ mal, dia/noite, fé/descrença ou qualquer coisa que seja dual na realidade são separadas apenas pelos humanos, pois a divindade é em si mesma detentora de todos os mistérios e encerra em si mesma o conceito do Um, do Todo. Janus nos permite observar os ciclos que já passaram e visualizar o que o futuro nos reserva em virtude das escolhas que já fizemos e fazemos no presente. Ele traz consigo o poder da transição de um estado para outro e traz sempre movimento a existência. Encerramos este pequeno artigo rogando ao Deus Jano que o ano que inicia seja repleto de harmonia, paz e fraternidade. Que a tolerância e a ética sejam constantes nas decisões dos nossos dirigentes. Rogério Vaz de Oliveira Comunicador Social e Historiador www.facebook.com/rogerio.vazdeoliveira.1 e-mail: rvazbr@hotmail.com Bibliografia CERAM, C.W. Deuses, Túmulos e Sábios. São Paulo. Melhoramentos, 19.ª edição, 1989. ELIADE, Mircea. História das Crenças e das Ideias Religiosas. Rio de Janeiro, Zahar Editores, 1978, tomo I, vol. II. GRIMAL, Pierre. Dicionário da Mitologia Grega e Romana. São Paulo: Bertrand Brasil. 2000. MÉNARD, René. Mitologia Greco-romana. São Paulo: Opus, Volumes I, II, III, 1991.


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ESPAÇO ABIM

Jornal NOVO TEMPO edição 158 faz referência a Revista O CAVALEIRO de São João - ed.34

AVALIAÇÃO DE EMPRESAS (VALUATION) PARA LEIGOS Este livro, lançado em novembro de 2017, é de autoria de nosso CCar.’. Ir.’. Aderbal Nicolas Müller, Past Master da Loja Maç.’. Cavaleiros de Cristo – no 162, e pode servir para todos os empresários que desejem conhecer o Valor de suas empresas. O conhecimento sobre o Valor de uma empresa é tão importante, ou talvez até mais relevante, do que a percepção de lucros e de uma liquidez positiva. Isto porque o nível de lucratividade e a capacidade momentânea de pagamento das obrigações pode trair o mais experimentado empresário que não percebe sua insuficiência e pode estar perdendo valor em seu negócio. Daí a importância deste texto que nos traz nosso Irmão Aderbal Müller, apresentando de forma simplificada (na Série Para Leigos da Editora Alta Books, uma série de sucesso internacional). A linguagem da obra é muito acessível e certamente permite o acesso ao mundo das finanças empresariais de forma agradável, direta e bem-humorada. Desejamos sucesso ao nosso Irmão Aderbal Müller, agradecendo por mais esta contribuição ao mundo acadêmico e empresarial! Aos interessados, o livro já está disponível no mercado e pode ser adquirido em qualquer livraria física ou via internet. Contatos com o autor podem ser feitos pelo e-mail aderbal.muller@gmail.com


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O CAVALEIRO DE SÃO JOÃO Meu pai, amigo e também nosso Ir.’. era um otimista incorrigível. Viveu 84 anos. Não me lembro de tê-lo visto alguma vez de mau humor. Transmitia felicidade e isso apesar dos muitos anos vividos. Não tinha religião, mas sim religiosidade. Creio que, mesmo sem o saber, seguia a filosofia estoica: a de suportar as inevitáveis adversidades que se sucedem e delas se aproveitava para transformá-las em sabedoria, pois intuía que, já que vivemos uma só vida, deveríamos bem vivê-la. Carpe diem. Não posso dizer se ele seria um homem totalmente formado pela cultura do século passado. Aquele das grandes transformações sócio-políticas, econômicas e tecnológicas, mas certamente percebera que, apesar de tudo, o ser humano evoluiu para melhor. Esse démodé ‘nariz de cera’ do jargão jornalístico com que inicio esta crônica é para confessar que ele não somente foi um exemplo para mim, mas também uma pessoa em quem ainda me espelho. Mas o que tudo isso tem a ver com O Cavaleiro de São João? É que a inspiração desta crônica veio de suas páginas, das peças de arquitetura de ilustres IIr.’. e das fotos dos eventos, que revelam, ictu oculi, a evolução da Maçonaria, não somente pela quantidade das LLoj.’. e dos obreiros do Paraná, mas, sobretudo, pela qualidade dos homens que delas fazem parte. E o que me levou a tal conclusão, não é tanto a internet, nem a televisão, nem muito menos os jornais profanos, mas, sobretudo, a imprensa maçônica, tão bem representada

(e sem favor algum), pelo O Cavaleiro de São João, cujo editor, o querido e abnegado Ir.’. Deolindo Dorta de Oliveira, apesar de todas as inúmeras dificuldades (os editores sabem disso), soube e sabe levar a bom termo a divulgação de nossos ideais maçônicos. Pois o bom editor, com todo respeito, é aquele Ir.’. que procura mesclar as importantes efemérides maçônicas com os pontos de vista dos IIr.’. sobre os mais vários assuntos que se referem à Arte Real. Sobre Maçonaria mesmo, seus verdadeiros objetivos, práticos e/ou teóricos; sua própria filosofia; a do ser humano em geral – até mesmo sobre poesia – e não sobre aqueles temas que resvalam para o misticismo vulgar ou então os de auto-ajuda, como se a nossa instituição fosse um imenso divã psicanalítico para levar felicidade aos obreiros. Fico otimista com a evolução da Arte Real através da edição de um jornal como O Cavaleiro de São João, o que me leva a crer no progresso de nosso mundo e da humanidade. Como meu pai, amigo e Ir.’. Jorge, se estivesse vivo, também acreditaria. *M.’. Inst.’. da A.’. e R.’. L.’. S.’. Caridade Universal III, do Or.’. de Araraquara, SP. 33.’.. Fundador e editor do jornal O Companheiro. Membro da Academia Brasileira Maçônica de Artes, Ciências e Letras (São Paulo). (janeiro de 2012) Luís Carlos Bedran*


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ARLS.’. Cavaleiros do Grande Templo – 10 ANOS Jantar dançante realizado no dia 27 de maio de 2017 pela Aug.’. Resp.’. Loj.’. Simb.’. Cavaleiros do Grande Templo (GOB-PR) em comemoração ao aniversário dos seus 10 anos de fundação. Fundada em 31 de maio de 2017 a laboriosa Of.’. Maçônica vem ao longo desse tempo mostrando sua fraternidade a todos que ali são recebidos. Nos registros a seguir detalhes de real importância sobre aquele evento. Curitiba – Paraná., maio de 2017.

Tudo passa... Todas as coisas na Terra passam. Os dias de dificuldade passarão... Passarão, também, os dias de amargura e solidão. As dores e as lágrimas passarão. As frustrações que nos fazem chorar... Um dia passarão. A saudade do ser querido que está longe, passará. Os dias de tristeza... Dias de felicidade... São lições necessárias que, na Terra, passam, deixando no espírito imortal as experiências acumuladas. Se, hoje, para nós, é um desses dias, repleto de amargura, paremos um instante. Elevemos o pensamento ao Alto e busquemos a voz suave da Mãe amorosa, a nos dizer carinhosamente: ‘isto também passará’ E guardemos a certeza pelas próprias dificuldades já superadas que não há mal que dure para sempre, semelhante a enorme embarcação que, às vezes, parece que vai soçobrar diante das turbulências de gigantescas ondas. Mas isso também passará porque Jesus está no leme dessa Nau e segue com o olhar sereno de quem guarda a certeza de que a agitação faz parte do roteiro evolutivo da Humanidade e que um dia também passará. Ele sabe que a Terra chegará a porto seguro porque essa é a sua destinação. Assim, façamos a nossa parte o melhor que pudermos, sem esmorecimento e confiemos em Deus, aproveitando cada segundo, cada minuto que, por certo, também passará. Tudo passa... exceto Deus. Deus é o suficiente! Chico Xavier

Templários do Monte Sagrado A ARLS.’. Templários do Monte Sagrado (Rito Adonhiramita) em data de 02-032017 fez – de maneira soberba – a sua primeira Sessão Magna de Iniciação. Sob a direção do Ir.’. Laertes Ribeiro.- foi

iniciado o Ir.’.João José Ferreira - nossos cumprimentos a nova Loj.’. Maçônica e ao seu valoroso quadro de OObr.’. pela bela cerimônia. Sessões sempre as quintas-feiras. Curitiba – Paraná.

Ao Nobre Ir.'. Roberto Tadeu Manfredine Os Obreiros da ARLS.'. LEÃO DE JUDÁ (Grande Oriente do Paraná) confiaram a responsabilidade do Veneralato para o biênio 2017/2019. Empossado em 27 de junho de 2017 em importante cerimônia comandada pelo

CCar.'. Ir.'. José Manuel de Lima Filho. A Loja Maçônica Leão de Judá (REAA) tem suas reuniões às 16:00 nas 3ªfeiras nas dependências do GOP. Votos de uma boa administração ao Ir.'. Manfredini. Curitiba Paraná.


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Principado da Fraternidade

Lambarizada no Principado

Em 19 de abril de 2017 atendendo urgente convocação do Grão Duque Celsão (Cabeludo) Streitemberger – supremo comandante do Principado da Fraternidade – reuniram-se os seus principais CCav.’. para suas análises rotineiras e após exaustivos debates das diversas questões abordadas, molharam as goelas com diferentes tipos de pólvoras. Principado da Fraternidade em Curitiba. Abril de 2017.

Em data de 01-08-2017 por deferência do nosso Grão-Duque Celso (Cabeludo) Streitemberg - cedeu seus espaços para uma reunião administrativa dos Valorosos IIr.'. da ARLS.'. IRMÃOS E AMIGOS (GOB-PR) que tem como Venerável Mestre o Ilustre Clory Sartori. E naquele ambiente de total acolhimento - onde normalmente dá lugar

aos NOBRES CAVALEIROS buscadores da paz; realizaram o seu encontro fraterno. Depois como ali é costume, rolou um delicioso camarão a milanesa e um peixinho do tipo. No famoso deguste de referidas iguarias não faltou muita pólvora amarela e branquinha também. O CAVALEIRO de São João estava lá. Curitiba Paraná. 01 de agosto de 2017.

Pobres Cavaleiros Andantes saboreando uma boa lambarizada e ótimas cervejotas bem geladas. Foi assim a reunião em 21-09-2017 no Principado da Fraternidade. Curitiba PR.


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Registro memorável – SESSÃO FANTÁSTICA

Pedra Bruta Sim, como pedra bruta todos nascemos, erros muitos, pois seres humanos que somos, passivos de erros sim, mas persistir nos erros já cometidos, não, isto seria muita ignorância do ser humano, dia após dia aprendendo, tentando desbastar a pedra bruta que somos. Arestas tiradas, mas nem todas conseguem ser desbastadas. Tentando dia e noite ser uma pedra polida, impossível, não, quando ser reconhecido como tal. apesar dos anos de vida que já se vão, continuo sendo uma pedra bruta, aprendendo e tentando ser cada dia melhor e melhor, e que o G.’.A.’.D.’.U.’. me ilumine e ilumine a todos. Ir.’. Roberto Prochmann – M.’.I.’. ARLS.’. Cavaleiros da Arte Real III, 137 – Curitiba Paraná)

Em data de 24 de junho de 2017 – fizemos o registro fotográfico a seguir – Templo Nobre do Grande Oriente do Paraná – totalmente ocupado e com diversos IIr.’. no átrio. A Magna Sessão

Quatro Leis da Espiritualidade

Na Índia se ensina as “Quatro Leis da Espiritualidade” A Primeira Lei diz: “A pessoa que chega é a pessoa certa”. Significa que nada ocorre em nossas vidas por casualidade. Todas as pessoas que nos rodeiam, que interagem conosco, estão ali por uma razão, para que possamos aprender e evoluir em cada situação. A Segunda Lei diz: “O que aconteceu é a única coisa que poderia ter acontecido”. Nada, absolutamente nada que ocorre

presidida pelo Ilustre Ministro Armando Braga de Moraes Neto - Presidente da Câmara Eleitoral do ETJM – A Cerimônia de Diplomação. Foto fantástica. Curitiba PR. – junho de 2017.

em nossas vidas poderia ter sido de outra maneira. Nem mesmo o detalhe mais insignificante! Não existe: “se acontecesse tal coisa, talvez pudesse ter sido diferente...”. Não! O que ocorreu foi a única coisa que poderia ter ocorrido e teve que ser assim para que pudéssemos aprender essa lição e então seguir adiante. Todas e cada uma das situações que ocorrem em nossas vidas são perfeitas, mesmo que nossa mente e nosso ego resistam em aceitá-las. A Terceira Lei diz: “Qualquer momento que algo se inicia, é o momento certo.” Tudo começa num momento determinado. Nem antes, nem depois! Quando estamos preparados para que algo novo aconteça em nossas vidas, então será aí que terá início! A Quarta e Última Lei diz: “Quando algo termina, termina!” Simplesmente assim! Se algo terminou em nossas vidas, é para nossa evolução! Portanto é melhor desapegar, erguer a cabeça e seguir adiante, enriquecidos com mais essa experiência! (Texto enviado pelo CCar.’. Ir.’. Antonio Carlos Santin – Curitiba – Paraná) Um marco45 no anos mercado securitário de tradição

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Viver no agora Nossa tendência, como seres humanos, é passar grande parte do nosso tempo ou olhando para trás vendo o que já fizemos, ou para o futuro, vendo o que planejamos fazer. Mesmo dentro do contexto de nosso caminho espiritual, nos preparamos para este evento, ou para aquela abertura cósmica, ou para quando x, y ou z acontecer, para que possamos ir para nosso próximo nível. Minha pergunta é: O que aconteceu hoje? O que está acontecendo neste instante? Vamos considerar, por exemplo, um homem que trabalha durante décadas em uma profissão que ele realmente não quer, para que, quando se aposentar, possa finalmente

ser capaz de desfrutar de todas as coisas que sempre quis fazer. Mas o que acontece com todos aqueles momentos preciosos entre seu presente medíocre e sua visão de um futuro maravilhoso? Além disso, e se ele nunca conseguir aquele “tempo livre” pelo qual anseia? Quantos de nós vivemos nossos dias, nossas semanas, nossos meses, até nossos anos, como esse homem, esperando o que virá ou, ao invés disso, refletindo sobre o que já aconteceu? Viver no presente é levantar de manhã e dizer: “Uau, não é maravilhoso poder ver o sol nascer? Não é fantástico poder vivenciar todas as coisas em minha vida que me fazem feliz?” É claro que há,

Visita ao Patriarca Edison Ortiga Os obreiros da ARLS Cavaleiros da Arte Real 63 GOP-COMAB-CMI - foram a SC, no último dia 17/07, visitar a ARBLS Lédio Martins 35 – GOSC. Ao Or.’. de São José – SC. O objetivo da visita, haja vista ser a loja em que trabalha o Amado Irmão Edison Ortiga – Mui Humilde Inspetor e Patriarca do Sublime Capítulo Adonhiramita do Brasil, foi, além de estreitar os laços fraternos entre os Irmãos, buscar conhecimento e aprimoramento da execução da ritualística Adonhiramita. Ao Amado Irmão Anestor Pedro Denoni, Venerável Mestre da ARBLS Lédio Martins 35, deixamos nosso agradecimento pela calorosa acolhida e agradecemos a todos os Irmãos da sua oficina pelos engrandecedores momentos proporcionados Comitiva da Cavaleiros da Arte Real 63: Paulo Herz, José Augusto Correia, Sérgio Jonas Júnior, Fábio de Oliveira, Vitor Hugo da Silva Medeiros, Levison Zappelini, Luis Fernando da Silva Dias, Evaristo Celeste Benfatti e Luciano Bach. As fotos são a dos Irmãos presentes e do be-

líssimo templo da Associação São João de Jerusalém – Oriente de São José-SC. Apenas para informação aos nossos seguidores, informamos que no Oriente de Curitiba – além da ARLS.’. Cavaleiros da Arte Real - tem as Valorosas LLoj.’. Cavaleiros de Cristo e Templários do Monte Sagrado – que também trabalham no RITO ADONHIRAMITA. CCav.’. de Cristo (6ªfeiras) e Templários do Monte Sagrado(5ªfeiras) VALE A PENA FAZER UMA VISITA E CONHECER AS GRANDES NUANCES DO RITO ADONHIRAMITA – Curitiba – Paraná.

provavelmente, em nossas vidas coisas que preferiríamos que não existissem, e há certas responsabilidades que precisamos assumir para termos condições de estarmos onde estamos. Por outro lado, há tantas dádivas no momento presente sobre as quais não falamos, ou que nem mesmo reconhecemos. E, Deus nos livre, ninguém sabe se amanhã, ou até mesmo o próximo momento, estará ali à nossa disposição. Há tanto poder na capacidade de abraçar quem somos neste instante e, ao fazê-lo, nos abrimos para o que somos e o que podemos ser. Karen Berg


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Um belo texto para se refletir... “Veja o que se passa no mundo. Os fortes, os violentos, os poderosos, os homens que usurpam e exercem o poder sobre os outros estão no topo; no sopé estão os fracos e mansos, que lutam e se debatem. Em contrapartida, pense na árvore, cuja força e glória provêm de suas raízes profundas e ocultas; no caso da árvore, o topo está coroado pelas folhas delicadas, brotos tenros e os ramos mais frágeis. Na sociedade humana – pelo menos em sua atual constituição -, os fortes e os poderosos são sustentados pelos fracos. Na natureza, ao contrário, é o forte e o poderoso que suportam o fraco. Enquanto você insistir em ver cada problema com uma mente pervertida, distorcida, continuará aceitando o atual estado de coisas. Quanto a mim, encaro a questão sobre outro ponto de vista… Como suas convicções não resultam de sua própria compreensão, você fica repetindo o que é dado pelas autoridades; você acumula citações, opõe uma autoridade a outra, o antigo contra o novo. Nada tenho a dizer. Mas se você encarar a vida de um ponto de vista que não seja deformado nem mutilado pela autoridade, nem amparado pelo conhecimento dos outros, e sim que brote de seus próprios sofrimentos, de seus pensamentos, de sua cultura, de seu entendimento, de seu amor – então você compreenderá o que digo ‘car la méditation du coeur est l’entendement…’ (porque a meditação do coração é o entendimento). Pessoalmente – e espero que você entenderá o que digo agora -, não tenho crenças e não pertenço a nenhuma tradição.” Krishnamurti, Jiddu in Krishnamuti de Henry Miller (Editora Giordano, 1998, páginas 32, 33 e 34)

Reunião Fraterna OObr.’. da Loj.’. Maç.’. Cavaleiros de São João,74 GOP-COMAB – na residência do CCar.’. Ir.’. Antonio Gonçalves – reunidos fraternalmente para afinar seus instrumentos de trabalhos e dar outros desbastes tão necessários

para os bons trabalhos, tiveram a primeira oportunidade do ano de 2017 realizarem de maneira fraterna – os primeiros acordes do ano que estava iniciando. O churrasco amigo aconteceu em 27-01-2017. Curitiba Paraná.

Exaltação na Estrela do Oriente Os CCar.’. IIr.’. Luiz Carlos Wypyck e Fernando Boff – em data de 20-09-2017 foram Exaltados ao Gr.’. de MM.’.MM.’.

– Sessão Magna da ARLS.’. ESTRELA DO ORIENTE (Rito Brasileiro) GOP. Or.’. de Curitiba Paraná.


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Novos Mestres

Nobre Leo

Os novos MM.’.MM.’..Cristiano Dandoro Castilho e Thiago Antonio de Lemos Almeida. Que em Ses.’. Magna em data de 17 de fevereiro de 2017 – foram Exaltados ao Gr.’.de Mestre pela ARLS.’. CCav.’. de Cristo (Rito Adonhiramita) Sob a presidência do Val.’. Ir.’. Aderbal Muller. Recebem a plenitude maçônica. Nossos abraços fraternos aos queridos IIr.’. agora novos Mestres Maçons. Curitiba PR.

Em data de 23 de março de 2017 o querido Ir.’. Leo – recebeu em PETIT COMITÉ na churrasqueira de sua residência, os pobres CCav.’. Andantes – que também fazem parte do Princi-

pado da Fraternidade – para degustar um saboroso leitão a pururuca regado a muita pólvora amarela. Nossos abraços fraternos ao Ir.’. Leo e a cunhada Eleci. Curitiba.

Se eu morrer antes de você Se eu morrer antes de você, faça-me um favor. Chore o quanto quiser, mas não brigue com Deus por Ele haver me levado. Se não quiser chorar, não chore. Se não conseguir chorar, não se preocupe. Se tiver vontade de rir, ria. Se alguns amigos contarem algum fato a meu respeito, ouça e acrescente sua versão. Se me elogiarem demais, corrija o exagero. Se me criticarem demais, defenda-me. Se me quiserem fazer um santo, só porque morri, mostre que eu tinha um pouco de santo, mas estava longe de ser o santo que me pintam. Se me quiserem fazer um demônio, mostre que eu talvez tivesse um pouco de demônio, mas que a vida inteira eu tentei ser bom e amigo.

Se falarem mais de mim do que de Jesus Cristo, chame a atenção deles. Se sentir saudade e quiser falar comigo, fale com Jesus e eu ouvirei. Espero estar com Ele o suficiente para continuar sendo útil a você, lá onde estiver. E se tiver vontade de escrever alguma coisa sobre mim, diga apenas uma frase: ‘Foi meu amigo, acreditou em mim e me quis mais perto de Deus !’ Aí, então derrame uma lágrima. Eu não estarei presente para enxuga-la, mas não faz mal. Outros amigos farão isso no meu lugar. E, vendo-me bem substituído, irei cuidar de minha nova tarefa no céu. Mas, de vez em quando, dê uma espiadinha na di-

reção de Deus. Você não me verá, mas eu ficaria muito feliz vendo você olhar para Ele. E, quando chegar a sua vez de ir para o Pai, aí, sem nenhum véu a separar a gente, vamos viver, em Deus, a amizade que aqui nos preparou para Ele. Você acredita nessas coisas ? Sim??? Então ore para que nós dois vivamos como quem sabe que vai morrer um dia, e que morramos como quem soube viver direito. Amizade só faz sentido se traz o céu para mais perto da gente, e se inaugura aqui mesmo o seu começo. Eu não vou estranhar o céu... Sabe porque ? Porque... Ser seu amigo já é um pedaço dele ! Vinícius de Moraes


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A BUSCA DO GRAAL

Do ponto de vista místico, a busca do Graal representa a busca por uma vida superior, por progresso espiritual. Nas lendas arturianas, só é possível às pessoas de coração puro e isentas de pecado ver e tocar o cálice. Para o iniciado, o caminho do GRAAL está indissoluvelmente unido à idéia de um sacrifício e de uma viagem cheia de perigos para alcançar a iluminação, o renascimento ou a “vida eterna” segundo os cristãos. O início e o final da Busca do SANTO GRAAL são, por isso mesmo, momentos cruciais, pois é uma busca que não termina. O GRAAL tem que ser constantemente buscado no coração, na mente e no espírito; sua revelação final representa aquele ideal de subida aos planos superiores de existência, objetivo máximo de todos os místicos. Ao entrar em comunhão consigo mesmo, o místico descobre não uma melancolia – a cor negra, “nigredo” para os alquimistas – mas um parceiro interno, uma relação que se assemelha à alegria de um amor secreto. Este estágio da vida iniciática é representado pela primavera oculta, onde as sementes brotam da terra nua, trazendo as promessas de futuras colheitas. (Texto enviado pelo Caro Amigo e Mestre Rubens M.Weber Curitiba – PR)

Augusta e Respeitável Loja Simb.'. Scientia Et Deo Nº3944 Grande Oriente do Brasil-Paraná. Nosso querido Ir.'. KLEBER LIMA DE OLIVEIRA - em data de 13 de julho de 2017 reassumiu a direção da Valorosa Loj.'. Maç.'. SCIENTIA ET DEO (REAA). Belíssima cerimônia de reassunção contou com marcantes presenças de diversos

e ilustres Irmãos que vieram abraçar e desejar sucessos ao Ir.'. Kleber. A SCIENTIA ET DEO tem suas reuniões às 2ªe4ª quintas-feiras. Nossos abraços fraternos ao Venerável Mestre Ir.'. Kleber e a todos os IIr.'. da querida Loj.'. Maç.'. Curitiba - Paraná.

Feijó – homenageado Nosso CCar.’. Ir.’. Francisco Feijó - Past Master da ARLS.’. Cavaleiros de São João, 74 (GOP) foi em data de 27 de outubro de 2017 homenageado com uma belíssima placa – pelo seu magnífico período comandando a ARLS.’. CCav.’. de São João. No registro o atual V.’.M.’. da Loj.’. Ir.’. João Olenik, quando entregava a referida HOMENAGEM ao Ir.’. Feijó. Nossos cumprimentos. Curitiba PR. “O correr da vida embrulha tudo, a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem” (Guimarães Rosa, Grande Sertão: Veredas)


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O Velho Garimpeiro

O

velho garimpeiro estava chegando do deserto onde trabalhara por dias, no velho oeste americano, amarrou seu jumento perto do bebedouro e começou a bater o pó da roupa e da longa barba. Nesse momento sai um jovem pistoleiro de dentro do Saloon, com um revólver na mão e uma garrafa de whiskey na outra. Olhou para o velho e, rindo como um bêbado, perguntou: - “Ei velho! Você sabe dançar?” O velho levantou os olhos ao jovem pistoleiro e respondeu: - “Não sei... Mas também nunca quis aprender.” A multidão começou a se aglomerar e o pistoleiro, com um sorriso irônico, disse: - “Bem, seu velho murcho, agora você vai aprender a dançar!”, e começou a atirar aos pés do velho. O velho garimpeiro, não querendo ter o dedão explodido por um tiro, começou a pular à medida que os tiros ricocheteavam no chão. Todos estavam rindo quando a última bala foi disparada. Ainda gargalhando, o jovem pistoleiro colocou sua arma no coldre, deu um gole no whiskey e virou-se para voltar ao Saloon. O velho virou-se para seu jumento e, da bagagem, sacou uma espingarda de cano duplo, engatilhando ambos. O barulho

O GRITO

alto e inconfundível dos “cliques” ecoou no deserto, fazendo todos pararem de rir imediatamente. Quando ouviu o barulho, o jovem pistoleiro virou-se bem devagar, já suando frio. O silêncio era ensurdecedor. A multidão boquiaberta olhava o pistoleiro - os olhos vermelhos arregalados - encarado no velho e nas duas bocas largas daquela espingarda. A arma estava completamente estável naquelas mãos idosas, e os canos não oscilaram um milímetro sequer do alvo, quando o velho disse: - “Filho, você sabe ‘beijar’ o *** de um jumento?” O jovem engoliu em seco e respondeu: - “Não senhor... mas... sempre quis aprender...” Há cinco lições aqui: 1 - Nunca seja arrogante. 2 - Não desperdice munição. 3 - Whiskey faz você pensar que é mais inteligente do que na verdade é. 4 - Certifique-se sempre de saber quem tem o poder. 5 - Não mexa com pessoas mais antigas; Elas não chegaram onde estão por serem estúpidas. (Texto copiado do CCar.’. Ir.’. Leonardo Sant’Anna)

“Não tenho mais tanta pressa. Comecei a aprender a ser mais gentil com o meu passo. Afinal, não há lugar algum para chegar além de mim. Eu sou o viajante e a viagem” (Ana Jácomo)

Um dia, um pensador indiano fez a seguinte pergunta a seus discípulos: - Por que as pessoas gritam quando estão aborrecidas? - Gritamos porque perdemos a calma, disse um deles. - Mas, por que gritar quando a outra pessoa está ao seu lado? – Questionou novamente o pensador. - Bem, gritamos porque desejamos que a outra pessoa nos ouça, retrucou outro discípulo. E o mestre volta a perguntar: - Então não é possível falar-lhe em voz baixa? Várias outras respostas surgiram, mas nenhuma convenceu o pensador. Então ele esclareceu: - Vocês sabem porque se grita com uma pessoa quando se está aborrecida? O fato é que, quando duas pessoas estão aborrecidas, seus corações se afastam muito. Para cobrir esta distância precisam gritar para poderem escutar-se mutuamente. Quanto mais aborrecidas estiverem, mais forte terão que gritar para ouvir um ao outro, através da grande distância. Por outro lado, o que sucede quando duas pessoas estão enamoradas? Elas não gritam. Falam suavemente. E por quê? Porque seus corações estão muito perto. A distância entre elas é pequena. Às vezes estão tão próximos seus corações, que nem falam, somente sussurram. E quando o amor é mais intenso, não necessitam sequer sussurrar, apenas se olham, e basta. Seus corações se entendem. É isso que acontece quando duas pessoas que se amam estão próximas. Por fim, o pensador conclui, dizendo: “Quando vocês discutirem, não deixem que seus corações se afastem, não digam palavras que os distanciem mais, pois chegará um dia em que a distância será tanta que não mais encontrarão o caminho de volta” Mahatma Gandhi


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EDITORIAL (Boletim do GOP, nº 150, de 17/04/2017) Meus Irmãos, Após ingressar na nossa Ordem, o Maçom será instruído a edificar dois Templos, um obrigatório, o seu Templo Interior, e o outro, eventualmente, o Templo Físico de sua Loja. As bases do Templo Interior, já devem estar bem solidificadas antes mesmo do ingresso do Neófito à Ordem, pois são os pilares da ética e da moral, sem o qual nenhum Profano poderá ser iniciado e nem mesmo convidado. O Templo Interior deve começar a ser edificado pelo Maçom assim que ele for iniciado em uma Loja Simbólica, através das instruções sucessivas e de aumento de

salários, até alcançar o Grau e as respectivas instruções de Mestre. Mas essa obra interior somente poderá ficar próxima de seu término pois entendo que o Templo Interior sempre estará em construção e somente termina quando formos para o Oriente Eterno após a conclusão dos graus filosóficos. Nessa edificação pouco posso ajudar o Irmão pois cada um de nós deve procurar o caminho e as ferramentas adequadas para polir a sua Pedra Bruta e transformá-la na mais polida possível. Entretanto o caminho é mostrado pelas sucessivas instruções de cada Grau. Por isso é importante o Maçom

GRANDE ORIENTE DO PARANÁ

Filiado a Confederação Maçônica do Brasil – (COMAB) Filiado à Confederação Maçônica Interamericana – (CMI) ADMINISTRAÇÃO 2013 – 2017 GABINETE DO GRÃO MESTRADO Curitiba, 02 de Dezembro de 2016. Of. 448/2013-17 Ao Ir∴ Deolindo Dorta de Oliveira Gr∴33, Cavaleiro Noaquita Editor da Revista O Cavaleiro de São João S∴F∴U∴ Foi com prazer e orgulho que recebemos os exemplares da nova edição da revista “O Cavaleiro de São João”. A cada tiragem da edição do Jornal/Revista “O Cavaleiro de São João”, nós nos deparamos com um trabalho primoroso que além de trazer as informações dos fatos relevantes ocorridos na Maçonaria Paranaense e Brasileira, mostra o capricho com que são redigidas as matérias. Somente com conhecimento profundo do assunto e muita dedicação no trabalho desenvolvido é possível apresentar edições a cada dia melhores, pois através de suas páginas nós aprendemos cada vez mais sobre a Maçonaria a que pertencemos. Pelo acima exposto e por dever de justiça é que me dirijo ao Amado Irmão parabenizando-o pela excelência do seu trabalho e por sua dedicação ao “O Cavaleiro de São João” e às causas maçônicas desejando vida longa ao Irmão Deolindo e ao Cavaleiro de São João. Fraternalmente,

Ir∴ João Krainski Neto Sereníssimo Grão Mestre

procurar atingir, através de estudos, o mais alto Grau de seu Rito, tanto na Maçonaria Simbólica como na Maçonaria Filosófica, seja qual for o Rito que ele pratique. "Assim inicia seu Artigo que reproduzimos parcialmente intitulado: Construção do Templo Físico de uma Loja Maçõnica, do Irmão João Carlos Correa Vieira, Or.-. de Guarulhos- SP, Publicado na Revista A TROLHA – Fevereiro/2017. Engenheiro Civil, com mais de trinta e cinco anos de profissão, deve ter resolvido uma questão que sempre causa muita dúvida, e por certo, muitos têm grande dificuldade de resolver, qual seja, as medidas do Templo que a Loja deseja construir. Nos dá todas as informações necessárias para a sua edificação, do sonho da sua construção até o habite-se. Neste contexto é como construir um RETÂNGULO ÁUREO. Muito já ouvimos a respeito, mas o Ir:. João Carlos Correa Vieira ilustra o seu artigo com todas as fórmulas para que tudo saia justo e perfeitamente dentro das dimensões que devem ter um Templo Maçõnico. Temos ao alcance das nossas mãos e dos nossos olhos fontes inesgotáveis de conhecimento, mas creio que por serem de fácil aquisição não recebem o devido valor. Pontualmente me refiro a Revista "A TROLHA" e a Revista O CAVALEIRO DE SÃO JOÃO. Ambas, sempre vêm repletas de ótimas colunas de arquiteturas lavradas por dedicados pesquisadores que voluntariamente se debruçam em produzi-las e as Revistas em publicá-las, restando a nós Leitores a simples boa vontade de absorver o conhecimento que está pronto para ser consumido. E cá entre nós, por várias vezes já ouvimos reclamações da falta de material para instrução em Loja. Meus sinceros agradecimentos aos Irmãos Ednir José Gualtieri e sua competente Equipe que mantém ao longo dos anos a Revista A TROLHA circulando e nos dando lições de competência e ao Irmão Deolindo Dorta de Oliveira, editor e responsável pela excelência de conteúdo e de qualidade da Revista O CAVALEIRO DE SÃO JOÃO, ambas sempre nos apoiando ao tempo em que temos nos dedicado ao Grande Oriente do Paraná. O Grande Arquiteto saberá recompensá-lo. Que o G.'.A.'.D.'.U.'. ilumine a todos! Fraternalmente.

Rua Antonio Martin de Araújo nº 391. Bairro Jardim Botânico – CEP - 80210-050 Curitiba – PR Tel: (41) 3218-8831 – Fax: (41) 3218-8837 – e-mail graomestre@gop.org.br

Ir.'. João Krainski Neto Grão Mestre


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Loja de Perfeição em Rio Negro

Ir.’. Edison nos EUA Nosso Valoroso Ir.’. Edison Lima Neto Iniciado na ARLS.’. CCav.’. de São João,74 GOP-COMAB – hoje residindo nos Estados Unidos da América – Or.’. de - no registro fotográfico especialmente para nossa revista. Tendo ao fundo o Templo da MASONIC TEMPLE na cidade de Filadélfia no Estado da Pensilvânia é considerado o maior Templo Maçônico do mundo com mais de 10 templos internos de deferentes ritos. Edison esteve lá no dia 27-12-2016. Nosso Ir.’. Edison Lima Neto é obreiro da FOLEY LODGE, 766 das Grandes Lojas Americanas do Alabama.

Em data de 21 de novembro de 2017 ao Oriente de Rio Negro – Paraná, a Augusta Loja de Perfeição Cavaleiros Templários do Vale do Rio Negro – em Sessão Magna de Elevação ao Gr.’. 14 do REAA do Ir.’. Gilson Antonio Arruda. Também na mesma data aconteceu a Posse de sua nova diretoria para o período de 2017/2019. Cabendo,

então, ao CCar.’. Ir.’. Elói Ratacheski – a partir de agora Presidi-la. Ao novo Presidente nossos votos de uma gestão de sucesso! Registro – entre outros - dos Nobres IIr.’. Adalberto, Clovis, Ricardo, Vidotti, José Manuel, Spina e Zuir da comitiva de Curitiba presentes no referido evento. Or.’. de Rio Negro – Paraná.

Iniciação na ARLS.’. Restauração dos Mistérios Em data de 16 de agosto de 2017 a ARLS.’. Restauração dos Mistérios (Rito de York) GOP-COMAB realizou Sessão Magna de Iniciação de MURILO VIEIRA DE VASCONCELOS – filho do Ir.’. Jurandir de Vasconcelos – Past G.’.M.’. do Grande Oriente de São Paulo (COMAB). Templo repleto de IIr.’. do quadro e Ilustres IIr.’. das LLoj.’.

Nobre Ir.’. Abraão

da Capital. Registro para as presenças dos CCar.’. IIr.’. – entre outras autoridades maçônicas – Cristian Maldonado, Past Master da Loj.’. e atual G.’.M.’. Adj. Do GOP/COMAB, João Krainski Neto Past G.’.M.’. do GOP e Jurandir de Vasconcelos. O Venerável Mestre da Loja é nosso querido Ir.’. Person Reque. Curitiba Paraná. Agosto de 2017.

Nosso Ilustre Ir.’. Abraão Souza Hachicho – Membro do quadro de OObr.’. da querida Loja Maçônica Amizade, Trabalho e Justiça – Ao Or.’. de Umuarama Paraná. Nobre e reconhecido artista plástico – brinda a todos os leitores e apreciadores de nossa Revista com algumas de suas laureadas obras artísticas; na página 68. Apreciem pois e vejam o quanto inspirativas são e tão bem representa bons tempos daquela região rica e tão importante para nosso Estado do Paraná. Umuarama – CAPITAL DA AMIZADE – Obrigado Ir.’. Abraão. Umuarama Paraná.


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A PEDRA ANGULAR Pedra angular é a aduela colocada no centro de um arco com a função de balancear as forças concorrentes opostas que atuam em um arco, ou seja, a pedra angular não apoia nem sustenta peso algum, sua função é equilibrar a queda dos semicírculos opostos que se apoiam sobre as colunas que compõem um arco. As aduelas são as peças que compõem cada lado de um arco. Exemplos remotos magistrais do uso dessa técnica podem ser vistos no Coliseu e no Aqueduto de Roma, bem como em centenas de obras de arte do Império Romano, espalhadas por toda a Europa e no entorno do Mar Mediterrâneo. Por essa razão de mediação e equilíbrio, a expressão pedra angular é usada, de modo similar à expressão alicerce, com o sentido de designar algo que seja fundamental, central, em um tema qualquer; por exemplo: A lei é a pedra angular da república. O amor é a pedra angular do casamento. Pode-se, ainda, encontrar a expressão pedra chave ou somente chave, como sinônimo. A última peça que se coloca na construção de um arco é a chave, a pedra angular. Seu coroamento chega para consolidar o equilíbrio. Figuradamente, podemos dizer que a Unificação é a pedra angular do Movimento Espírita, cujas colunas de arco são formadas pela União dos Espíritas e de suas Institui-

ções, como as aduelas (pedras ou peças) nas obras de engenharia. Quando o Venerando Benfeitor Espiritual Bezerra de Menezes afirma: Unificação, sim. União, também. Imprescindível que nos unifiquemos no ideal espírita, mas que, acima de tudo, nos unamos como irmãos, temos a Unificação como a pedra angular, que vem como coroamento, dando devido equilíbrio à construção em que estamos empenhados: Movimento Espírita unido, coeso. O conjunto forma o todo. E a conformação do arco em equilíbrio lhe dá a unidade, que é absoluta, e lhe permite suportar a carga para a qual foi erigido. O ajuste das aduelas com encaixes adequados é que dá forma ao arco pretendido. E, repetindo, a pedra angular é a junção das colunas, dando-lhe a força preconizada na afirmativa de que a união produz força. A mesma ideia formada pela assertiva do mesmo Benfeitor Espiritual: Solidários, seremos união. Consta em Mateus, 21:42 - Disse-lhes então Jesus: "Nunca lestes nas Escrituras: 'A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular; pelo Senhor foi feito isso e é maravilha aos nossos olhos?’” A referência corresponde ao Salmo 118:22. O mesmo apontamento encontramos em outros Evangelistas e em Atos dos Apóstolos 4:11, quando mais se afirma Jesus como a Pedra Angular: É ele a pedra que

vós, construtores, rejeitastes, e que se tornou a pedra angular. Utilizando-se a mesma figura da pedra, identificamos o Amor como base da Criação Divina, bem como formador do arco do triunfo aos vencedores na jornada evolutiva, conforme resumo da Lei e dos profetas: Amar ao próximo como a si mesmo (as colunas) e a Deus acima de todas as coisas (a chave, a pedra angular). Logo se conclui que o Amor é chave do Cristianismo. Espíritas! amai-vos, eis o primeiro ensinamento. Instruí-vos, eis o segundo. No Cristianismo encontram-se todas as verdades, preconiza o Espírito de Verdade.1 O amor é a essência, a excelência, a chave, a pedra angular. O que falta, então, para a Unificação?


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É Jesus que nos responde, ratificando o que sempre foi2: Dou-vos um mandamento novo: que vos ameis uns aos outros. Como eu vos amei, amai-vos também uns aos outros. Nisto reconhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns pelos outros. Se o amor em seu sentido amplo ainda não predomina aqui e ali, é porque falta, ao espírita, atitude nesse sentido, com assertividade, como quem tem ciência e desejo de pertencimento ao Reino dos Céus, como discípulo dEle. Não só discurso. Atitude consentânea. Congruência. A maior descoberta de minha geração é que o ser humano pode alterar a sua vida mudando sua atitude mental, anotou William James, um dos fundadores da psicologia moderna.

Mude uma vírgula e se estará mudando uma frase. Mude de atitude e se estará mudando a história pessoal. Ilustremos: Conta-se que um escritor morava em uma tranquila praia, junto de uma colônia de pescadores. Todas as manhãs, ele caminhava à beira do mar para se inspirar, e à tarde ficava em casa escrevendo. Certo dia, na praia, ele viu um vulto que parecia dançar. Ao chegar perto, reparou que se tratava de um jovem que recolhia estrelas-do-mar da areia para, uma por uma, jogá-las novamente de volta ao oceano. Por que está fazendo isso? - Perguntou. Você não vê?, explicou o jovem. A maré está baixa e o sol está brilhando. Elas irão secar e morrer se ficarem aqui na areia. O escritor espantou-se e argumentou: Meu jovem, existem milhares de quilômetros de praias por este mundo afora, e centenas de milhares de estrelas-do-mar espalhadas pela praia. Que diferença faz? Você joga umas poucas de volta ao oceano. A maioria vai perecer de qualquer forma. O jovem pegou mais uma estrela, jogou de volta ao oceano, olhou para o escritor e disse: Para esta aqui eu fiz a diferença… Naquela noite, o escritor não conseguiu escrever, sequer dormir. Pela manhã, voltou à praia, procurou o jovem, uniu-se a ele e, juntos, começaram a jogar estrelas-do-mar de volta ao oceano.

Instrumento de União e Cultura na Maçonaria Brasileira 22 ANOS DE SUCESSO EDITORIAL! • 224 páginas monocromáticas, trazem efemérides diárias, carregadas de informações relevantes na história maçônica, pesquisadas nas fontes mais fidedignas; • 72 páginas coloridas mostram quem é quem na Maçonaria regular brasileira, tanto no Simbolismo como nos Altos Graus. Essencial para os Oficiais nos planejamento de Lojas, Capítulos, Conselhos e todos os Corpos Maçônicos de todos os Ritos.

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Espíritas! Façamos a diferença, mudemos nossa atitude, direcionemos nossos melhores esforços para a união de todos... E amemos! 1 KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. Rio de Janeiro: FEB, 2001. cap. VI, item 5. 2 BÍBLIA, N.T. João. Português. O novo testamento. Tradução de João Ferreira de Almeida. Rio de Janeiro: Imprensa Bíblica Brasileira, 1966. cap. 13, vers. 34-35. (Editorial do Jornal Mundo Espírita, edição nº 1598, da Federação Espírita do Paraná, setembro 2017)

Uma Parábola Sobre Honestidade Três estudantes não fizeram um exame porque não estudaram. Eles elaboraram um plano; sujaram-se com graxa, óleo e gasolina e foram ao professor: “Professor, pedimos desculpas. Não pudemos vir ao exame, pois estávamos num casamento e no caminho de volta o carro quebrou, por isso estamos tão sujos, como pode ver”. O professor entendeu e deu-lhes três dias para se prepararem. Após três dias, eles foram ao exame muito bem preparados porque tinham estudado. O professor colocou-os em salas separadas e aplicou a prova que tinha apenas 4 perguntas: 1. Quem casou com quem? 2. A que horas o carro quebrou? 3. Onde exatamente o carro quebrou? 4. Qual é a marca do carro? NOTA: Se as respostas forem idênticas, estarão aprovados. Boa Sorte ! Ser honesto significa “escolher” não mentir, roubar, enganar ou trapacear de modo algum. Quando somos honestos, desenvolvemos a força de “caráter” que irá nos permitir prestar grande serviço a Deus e ao próximo. Somos abençoados com paz de espírito e “respeito próprio” e teremos a confiança das pessoas que nos cercam. A honestidade não é para poucos, mas sim para todos! (Texto enviado pelo CCar.’. Ir.’. Paulo Curi – Rio de Janeiro)


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DESTAQUES 2

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Papo Afinado

Os desbastadores da P.’.B.’. Mauro, Ortiz, Pacheco, Tucun, Deolindo e Sergio. - em reunião combinada de polimento da pedra e análise da textura da espuma da cervejota gelada. O clic aconteceu em 15-02-2017 (Republica de Curitiba)

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IIr.’. Ary e Deolindo

Uma amizade iniciada lá nos idos de 1964 no interior do Paraná – depois de 5 décadas um encontro fraterno em janeiro de 2017 no Oriente de Curitiba. Ary Gongora, Obr.’. da Loj.’. Vigilantes do Araraguaia (Barra do Garças MT) e Deolindo Dorta de Oliveira, Obr.’. da Loj.’. Maçônica Cavaleiros de São João,74 GOP/COMAB. Curitiba Paraná.

Textura da Cervejota

No saborear da cervejota, a análise da textura de sua espuma - e uma pequena divagação sobre a eterna lapidação da P.'.B.'. Junto com uma prosa afiada e terapêutica dirigida a nobres IIr.'. e é claro sem poupar os "GRANDIUSMEQUETREFIUS" que usam seus "paramentius" No registro os IIr.’. Dorta, Maurão e Ortiz(CCav.’. de São João) Curitiba.

Reunião Extra-muros 8

Nobres OObr.’. das LLoj.’. José Bonifácio, São João e Estrela do Oriente – dando prosseguimento com a pauta fraterna em seus assuntos abordados. Maio de 2017. Curitiba Paraná.

Capítulo Divina Aliança de MRA 3

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O Capítulo Divina Aliança de Maçons do Real Arco – ao Or.’. de Curitiba – Paraná – agora tem como seu Sumo Sacerdote o CCar.’. Ir.’.Crovador. Posse foi no dia 18-02-2017. Na mesma ocasião também foi empossado o Pod.’. Ir.’. Henri Carlos - como Ilustre Mestre do Sublime Conselho Críptico Divina Aliança. Sucesso aos novos dirigentes. Ao Or.’. de Curitiba – Paraná – em fev. de 2017.

Santo Sepulcro de MRA

O Glorioso CAPÍTULO SANTO SEPULCRO DE MAÇONS DO REAL ARCO precursor do Real Arco no Estado do Paraná – Instituição que recebe em suas fileiras MM.’. MM.’. regulares do GOB, GOP e GLP. Tem no registro a seguir seus principais dirigentes e como sempre irmanados em busca de novos IIr.’. que queiram conhecer outras nuances da Maçonaria do Rito de York. No clic os MRA: Celso, Aristides, Paulo Ney, Pedro, Leonardo, Fernando, Kalil e Narciso. Curitiba Paraná.


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Zéca Boni

VVal.’. IIr.’. da Loj.’. Maçônica José Bonifácio de Andrada e Silva – na reunião extra-muro datada de 07-04-2017 com a agenda recheada de vários itens importantes que fez com que a reunião prosseguisse extra-muros. Fizemos os clics. Curitiba PR.

ARLS.’. Portal de Aquarius,14 10

A ARLS.’. PORTAL DE AQUARIUS, 14 ao Oriente de Barras do Garça – Mato Grosso – em registro fotográfico que aconteceu em agosto de 2013 – em uma gruta localizada na SERRA DO RONCADOR (próxima da cidade de Barra do Garça) foto enviada pelo CCar.’. Ir.’. Ary Gongora. Barra do Garça – MT.

Ir.’. Alexandre Jarschel É regularizado 5

Sessão Magna de regularização do CCar.’. Ir.’. Alexandre Jarschel na ARLS.’. Caminho de Luz – Or.’. de Pinhais – PR. Sessão aconteceu em 22-022017, - no registro os IIr.’.Paulo, Alexandre e Heraldo.

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Maçonaria Fraterna da Fazenda Rio Grande – Paraná 6

No registro colhido pela Revista O CAVALEIRO de São João – o belo exemplo de que a reunião das LLoj.’. pode e muito beneficiar a comunidade local. Da esquerda para a direita os Ilustres Obreiros da Arte Real – MM.’.MM.’. Marcos Pies, Almiro Cezar Taborda Ribas e Glauco Pies (ARLS.’. Cavaleiros do Iguaçu – GOB/PR); Silvio Batista Rosas Neto (ARLS.’. Semeadores da Ordem – GOP/COMAB), Anderson Ferreira (ARLS.’. Fazenda Rio Grande – GLP) e Adalberto Campos e Marcos Almeida (ARLS.’. Semeadores da Ordem) – SALVE A MAÇONARIA UNIDA DA FAZENDA RIO GRANDE. SOMOS TODOS IRMÃOS.

Tucun no Panamá

Nosso Val.’. Ir.’. Otávio Tucunduva Mattana em data de 26 de setembro de 2017 foi recebido fraternalmente na ARLS.’. PACIFIC (Rito de Emulation) da Grande Loja de Panamá. A Sessão era uma cerimônia magna de Exaltação. Or.’. de Cidade do Panamá – setembro de 2017.

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Ribeiro visita o Bureau

Nosso CCar.’. Ir.’. Ribeiro – Grande Secret.’. do Rito Moderno – visita o Bureau da Revista O CAVALEIRO de São João. Pertencente aos quadros de OObr.’. da ARLS.’. Renovação da Luz (GOP-COMAB), Ribeiro é um grande pesquisador da história maçônica, em especial ao RITO MODERNO. Curitiba Paraná – em 13-11-2017.


As Telas de Abraão Hachicho Nosso querido Ir.’. Abraão Hachicho – Obreiro da ARLS.’. Amizade, trabalho e justiça – Ao Oriente de Umuarama Paraná. Mestre absoluto quando passa para suas telas de pintura a sua magistral inspiração. É um VIRTUOSE ao mostrar prá todos nós seus diversos temas abordados. Nas artísticas obras a seguir, a tão decantada cidade de Umuarama e região na década de 60 no seu ciclo do café – que só aqueles que viveram esse tempo podem avaliar a grandeza que merece.

Rodoviária de Umuarama-PR na década de 60


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