CAT TIMES
Revista Cat Times - Ano 01 - Edição Especial
Guia do Gateiro
Antes do novo integrante da família chegar, é importante que sua casa esteja adaptada e pronta para recebê-lo com segurança e conforto.
Bebê, o gato Guia de uma mulher cega Não é muito comum ver um gato passeando na rua tranquilamente de coleira, na companhia do dono. Então, já imaginou um gato fazendo o papel de guia para uma pessoa cega?
Por que os gatos costumam se aproximar de quem não gosta deles?
É uma cena bem comum: Chega visita em casa de gateiro, a pessoa diz que não gosta muito de gatos, vai entrando meio desconfiado, senta no sofá.
Sumário Guia do Gateiro de Primera Viagem......................................................................... 3 Dicas do que fazer e como agir diante de eventuais surpresinhas........................... 3 Por que os gatos costumam se aproximar de quem não gosta deles?........................................................................................ 4 Como entender o comportamento imprevisível dos bichanos.................................. 4 Bebê, o gato Guia de uma mulher cega.................................................................... 5 QUANDO O AMOR VAI ALÉM DAS QUATRO PATAS.............................................. 5 CATV......................................................................................................................... 6 Acompanhe as aventuras do gatinho mais folgado da internet................................ 6
Guia do Gateiro de Primera Viagem Dicas do que fazer e como agir diante de eventuais surpresinhas
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mental para garantir a eles uma vida longa, saudável e feliz. Um gato que tem acesso à rua tem muito mais chance de contrair doenças, se perder, ser envenenado ou sofrer algum acidente fatal. Por isso, crie seu gato dentro de casa. 2- AREIA, CAIXA DE AREIA, PAZINHA Vende em qualquer petshop e você ainda pode improvisar. Muitas pessoas usam caixas de virar massa de obra, que vende em qualquer casa de material de construção, por exemplo, e que custam em média R$5. 3- RAÇÃO E ÁGUA Existem centenas de opções de rações no mercado. Desde as mais baratas até as Super Premium, que podem custar bem caro. Sua escolha vai depender do seu bolso, mas pense sempre que a saúde do seu gato pecisa estar em primeiro lugar, e que uma alimentação de qualidade dará a ele uma vida longa e manterá sua saúde sempre boa, o que com certeza evitará baixas na imunidade e possíveis doenças. Então, economizar na alimentação não é uma boa ideia. Um gato bem alimentado é um gato saudável. Para ter uma ideia, baseados em nossa experiência própria e na opinião de nossos leitores, recomendamos as seguintes marcas: Medianas: Golden Boas: Premier, Guabi. Muito boas: Royal Canin, ND, Hills. 4- PETISCOS Existe uma variedade enorme de petiscos no mercado. Tem biscoitinho, patê, sachê…Cabe a você e ao seu veterinário decidirem se seu gatinho deve ou não consumir esse tipo de produto, que normalmente eles AMAM, e muita gente dá como agradinho de vez em quando. 5- CAMINHA OU CASINHA Talvez você já deva ter ouvido falar da fama que as caixas de papelão têm entre os gatos. Eles amam. Mas talvez o que você não saiba é que eles nem sempre gostam do que vem dentro dela: a caminha super cara que você comprou. Pronto! Agora sim tá na hora de adotar um gatinho. Mas, onde você vai encontrar um?
ocê foi morar sozinho (a), saiu da casa dos pais, se viu em um apartamento vazio e solitário e sentiu falta de ter alguém pra dividir as pequenas coisas do dia a dia, né? Aí você olhou no Facebook, e viu alguns amigos compartilhando gatinhos pra adoção, e se lembrou de que sempre quis ter um, mas seu irmão mais novo tinha alergia e sua mãe nunca deixou. Mas agora nenhum dos dois está mais lá e…tcharã! Você se sente pronto para adotar um gatinho. Mas, você não faz a menor ideia de onde começar, né? Não sabe nem o que um gato come, onde dorme, o que precisa…Mas não se preocupe, porque é exatamente por isso que esse guia existe :) Vamos começar? Antes do novo integrante da família chegar, é importante que sua casa esteja adaptada e pronta para recebê-lo com segurança e conforto. Por isso, vamos aos itens necessários: 1- TELAS NAS JANELAS Se você mora em apartamento, tele suas janelas. Se você tiver alguma habilidade manual, você mesmo pode fazer isso, usando telas de galinheiro que são super baratinhas ou as próprias redes de nylon. Em qualquer cidade existem empresas especializadas neste serviço. Então, esse é o passo mais importante e que deixará seu gatinho seguro, evitando quedas e fugas. Se você mora em casa, precisará analisar: Os muros são altos o suficiente para que o gato não consiga pulá-lo e fugir pra rua? Se a resposta for sim, apenas estude bem o quintal, retirando objetos que possam ajudá-lo a escapar, ou plantas e objetos perigosos. Existem também muitas formas de telar os muros de casas, tornando-as ainda mais seguras e completamente anti-fuga de gatos. O fato da tela estar inclinada pra dentro impossibilita o gato de pular. Mas, caso você more em casa e seu quintal não é anti-fugas, então a solução é mantê-los somente dentro de casa, sem acesso ao quintal, ou somente com a sua supervisão. Ah! E não se esqueça de telar as janelas, para que eles não escapem, ok? Impedir que os gatos tenham acesso à rua é funda
Por que os gatos costumam se aproximar de quem não gosta deles? Como entender o comportamento imprevisível dos bichanos
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nquanto na cena dois, acontece assim: Gateiro chega na casa de gateiro já super empolgado, já chega procurando os gatos, fazendo barulhinho chama-gato com a boca, dando uma de Felícia enloquecida. O que acontece? Os gatos somem! Ninguém tenta se aproximar. Mas por que isso acontece, então? Vamos lá: Essa é uma dúvida bastante frequente, e a resposta é bem simples se você tentar pensar do ponto de vista do gato. Quando uma pessoa que gosta de gatos chega, o gato está lá, quietinho na dele só observando. Aí a pessoa chega já querendo interagir, corre na direção do gato, olhando diretamente pra ele e chamando-o em um tom de voz alto, isso vai certamente assustá-lo. Para os gatos,
contato visual direto é um sinal de dominação e pode ser considerado um comportamento ameaçador. Eles não gostam e se assustam. Por outro lado, a pessoa que não gosta de gato chega devagar, evita qualquer contato, mesmo visual, senta longe e fica torcendo pro gato não se aproximar. E é exatamente isso que acontece! Essa pessoa está se comportando de forma não ameaçadora para o gato, e ele se sentirá completamente à vontade para se aproximar e iniciar contato. O contato visual para os gatos é algo muito importante e significativo. Após ter estabelecido tranquilamente o contato visual com ele, dê uma piscada bem lenta. Esse é um sinal de afeição, e dizem por aí que se ele piscar pra você de volta significa que ele te ama. Pra eles, que são animais
tão atentos e com os instintos tão aguçados, o simples ato de fechar os olhos, mesmo que por alguns milésimos de segundos, na presença de um ser humano (ou outro animal), é uma imensa demonstração de amor e uma forma de dizer: ei, pessoa, me sinto seguro com você! Fofo, né? Faça o teste: Encare seu gato quando ele estiver bem relaxado, olhe bem nos olhos dele por alguns segundos e dê uma piscadinha bem devagar. Se ele retribuir a piscada, não tem erro: ele te ama! Então, voltando ao assunto do início, a dica é a seguinte: Sempre que for na casa de alguém que tenha gatos, se controle, respire fundo e ignore-os. Você vai ver, logo logo aparecem uns rabinhos se enroscando pelas suas pernas
Bebê, o gato Guia de uma mulher cega
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QUANDO O AMOR VAI ALÉM DAS QUATRO PATAS
inda nos dias de hoje, não é muito comum ver um gato passeando na rua tranquilamente de coleira, na companhia do dono. Então, já imaginou um gato fazendo o papel de guia para uma pessoa cega? Pois é! Essa função, que é mais comum para os cães, já foi exercida por um gato, que provou que eles são completamente capazes não só de serem fiéis, mas também tão companheiros a ponto de guiar o dono e ajudá-lo nas tarefas do dia a dia. Bebê, o primeiro gato-guia de que há registro, foi fotografado pela revista LIFE em 1947, com sua dona Carolyn Swanson. Ele era o responsável por manter a dona segura, ajudando-a a sair de casa, atravessar as ruas e a chegar nos locais que precisava. Vamos conhecer esse gatinho super especial?
CATV
Acompanhe as aventuras do gatinho mais folgado da internet
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Artigo de Opinião
Gato: o animal ideal do século XXI Popular, mas selvagem Cada vez mais numerosos como bichos de estimação, os gatos permanecem essencialmente selvagens. Estão dentro de nossas casas, mas continuam com as quatro patas fincadas nas florestas onde seu ancestral, o Felix silvestris, caçava e ainda caça - pequenos animais, sozinho e livremente. O motivo pelo qual gatos não são leais e obedientes como os cachorros é evolutivo. Domesticados há cerca de 11 000 anos, na Europa, os cães foram sendo moldados pelos homem. Aqueles que exibiam características mais úteis ao convívio humano - capacidade de caçar, pastorear rebanhos, defender territórios, fazer companhia - foram acolhidos, passaram sua herança genética adiante e são os ancestrais dos que conhecemos atualmente. Já os gatos começaram a morar dentro de casa há cerca de 4 000 anos, no Egito - embora convivam com o homem há aproximadamente 10 000 anos. Bradshaw diferencia gatos totalmente domesticados aqueles que têm a reprodução controlada pelos humanos, como os com pedigree, minoritários - dos de rua, que se reproduzem sozinhos e têm o comportamento semelhante aos selvagens. Nas próximas décadas, com a intervenção humana na criação de novas raças adaptadas à vida doméstica contemporânea, os gatos provavelmente abandonarão algumas de seus traços selvagens. “Os gatos foram domesticados pela única razão de controlar o número de ratos. Interessava manter o seu comportamento selvagem”, disse Bradshaw ao site de VEJA.
“Hoje eles são principalmente um animal de estimação, e acredito que ainda neste século seu processo de domesticação será completado.” A ciência que estuda o comportamento animal fará do gato um animal melhor adaptado à sociedade contemporânea com a ajuda de uma técnica que, até hoje, é dificilmente adaptada aos gatos: o adestramento, tema do próximo livro de Bradshaw. Ele pretende ensinar, por exemplo, como persuadir um gato a ser amigo de outro ou fazer um animal arisco aceitar pessoas que não conhece. Para o biólogo, apesar de tudo, o gato do futuro não será uma criatura tão dócil e mansa como o cão. “Gatos e cachorros apelam a diferentes partes da natureza humana. Os gatos oferecem um vislumbre da vida selvagem, enquanto os cachorros oferecem lealdade e submissão”, afirma.