Guia prático para concursos públicos com cd rom ed 03 menos pags

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RUMO à

aprovação! Se você optou por ingressar na carreira pública, com certeza, já deve ter começado a maratona de estudos e viu que terá muito pela frente até conseguir a tão sonhada aprovação. Mas não é hora de perder a calma. Com organização, foco e boas orientações, é perfeitamente possível atravessar esse período de preparação sem estresse e com muitas experiências positivas, que você levará para o resto da vida como aprendizado. Para começar, monte uma rotina de estudos e faça de tudo para cumpri-la. Dedique-se aos principais tópicos e esforce-se naqueles em que você sentir que tem dificuldade. Não se esqueça de seguir dicas de especialistas e inspirar-se nos exemplos de quem se deu bem. Assim, você conseguirá se manter motivado e atingirá seu objetivo.

Um grande abraço,

assinatura@editoraonline.com.br Tatiane Sara Lopez tatianelopez@editoraonline.com.br

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sumário Motive-se ........................................................03 Saiba o que fazer para chegar lá!

organize seus estudos....................................06 Dicas valiosas para planejar a rotina

Exemplos vitoriosos.......................................11 Depoimentos de quem conquistou vaga no serviço público

Os mais disputados.........................................14 Um panorama das carreiras mais cobiçadas do País


MOTIVAÇÃO

Motive-se para chegar lá Conquistar os mais cobiçados empregos do País é difícil, mas não impossível Por Wendell Guiducci

Dificilmente você vai encontrar algum funcionário público, contratado por meio de um disputado concurso, que vá dizer: “Foi mole chegar até aqui”. O

ingresso em um órgão público, seja ele municipal, estadual ou federal, é tarefa dura, árdua e exige concentração, disciplina e uma boa dose de abnegação.

Sobretudo, exige motivação. São meses - às vezes anos - de estudos até conquistar alguns dos mais cobiçados empregos do País. E por mais que seja di-

fícil, não é impossível. Se as vagas estão abertas é porque devem ser preenchidas, como sempre são. O que diferencia, então, aqueles que ficam pelo caminho, que acabam desistindo após um ou alguns reveses, daqueles que perseveram e alcançam seus sonhos? A colunista do portal G1 e colaboradora da Rádio Roquete Pinto, no Rio de Janeiro, Lia Salgado, acredita que o primeiro passo para ter sucesso é a clareza de objetivos. A maioria dos concurseiros busca uma qualidade de vida melhor, com maior segurança. E é preciso ter isso em mente. “A segunda coisa é ter certeza de que é possível e, para isso, conhecer histórias de quem passou pode ajudar bastante”, orienta Lia, para em seguida complementar: “É sempre bom lembrar que as dificuldades do caminho são temporárias e ficarão para trás quando o candidato for aprovado. Já os resultados da conquista poderão ser usufruídos pelo resto da vida”. Foi o que deu certo com ela. Lia é fiscal de rendas na cidade do Rio de Janeiro e transformou sua maratona em livro, Como Vencer a Maratona dos Concursos Públicos. A partir daí, começou a dar consultoria e palestras sobre o assunto. Antes de ser aprovada, Lia passou em branco em três concursos para o mesmo cargo. “Os reveses fazem parte da vida. Será que sou uma fracassada ou uma vencedora?”, provoca, iluminada pela razão de quem conquistou aquilo pelo que se dispôs a lutar e que não desanimou quando caiu. “A perseverança e a persistência são as

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Foto: Divulgação

MOTIVAÇÃO

Lia Salgado transformou sua maratona em livro

rainhas das virtudes”, discursa outro especialista na matéria, o conferencista internacional da área motivacional e professor de oratória, Acácio Garcia, ele mesmo procurador federal aposentado. “Os grandes inventores (Thomas Edison, Santos Dumont, Einstein e outros) levaram anos

É muito difícil passar em um concurso público de primeira. Acontece, mas é algo incomum. Logo, quem decide por percorrer este caminho deve estar preparado para se levantar quando cair

e anos, tentativas e tentativas para criar seus inventos. Eu conheço amigos desembargadores, procuradores de justiça, auditores, fiscais federais, que foram lograr êxito na aprovação no quarto e no quinto concurso. E, se eles tivessem desanimado? Hoje não estariam ocupando uma posição de honra e de destaque na sociedade. Thomas Edison testou dez mil vezes até acender uma lâmpada”, argumenta Garcia, citando um dos exemplos que Lia também considera importante. “O primeiro balão que Santos Dumont testou ficou preso nas árvores, mal levantou voo. E toda a imprensa de Paris estava ali para documentar o feito. A solução? Ele escolheu outro campo de testes que não tivesse árvores altas”, exemplifica a consultora. A verdade é que é muito difícil passar em um concurso público de primeira. Acontece, mas é algo não muito comum. Logo, quem decide por percorrer esse caminho deve estar preparado para se levantar quando cair. “O desânimo é a arma e o ninho do conforto

dos covardes”, diz Garcia, sem descartar a possibilidade de o candidato emplacar uma vaga logo na estreia. “Nem sempre quem já está estudando há vários anos está mais bem-preparado. A pergunta é: será que essas pessoas estão estudando com métodos corretos? Estudar sem técnicas e sem motivação é a mesma coisa que patinar em cima do óleo”, compara ele. O problema do marinheiro de primeira viagem, segundo Lia, é que, “em concursos mais complexos, são cobradas diversas matérias, cujo conhecimento precisa ser aprofundado e sedimentado. Além disso, é preciso experiência em fazer provas para se obter a melhor utilização do tempo e o melhor aproveitamento do conhecimento. As reprovações não significam fracassos, mas uma etapa – não obrigatória, mas útil – do processo”.

Método e planejamento Seja como for, sendo ou não um iniciante na batalha por uma vaga no serviço público, fato é que método e planejamento são essenciais para o sucesso. “Tudo na vida é regido pelas técnicas”, acredita Gar-

cia, autor de oito livros sobre o tema. Ele se refere aqui especificamente a técnicas motivacionais. Para o conferencista, é muito comum, no período de preparação para as provas, o candidato sentir medo, desânimo, estresse e até pânico. Ele tem algumas técnicas para evitar esses percalços. “Afaste-se das pessoas negativas, aqueles ‘urubulinos’ negativistas que colocam dúvidas sobre a seriedade das provas, ou das vagas por candidato, cartas marcadas e outras pedrinhas para você desanimar. Pensamentos negativos atraem resultados negativos. Sorria! Ria! Dê várias gargalhadas por dia. O riso provoca a endorfina, que é o hormônio da felicidade, da alegria, do otimismo e do sucesso nos concursos.” A respiração também é muito importante. “Aprenda a respirar utilizando diafragma. Inspirando, force o abdome para frente, expirando, coloque as mãos abaixo das costelas e acima do umbigo, e encolha o abdome para dentro, até o umbigo encostar nas costas”, ensina bem-humorado. Mas Garcia sabe também que é preciso se dedicar aos estudos. Apenas

DICAS PARA MANTER-SE MOTIVADO 1. Decida o que você mais gosta de fazer num órgão público, para que possa estudar o que for pertinente; 2. Diga todos os dias palavras de ordem ao seu subconsciente, como, por exemplo: “Ninguém melhor do que eu para fazer um ótimo concurso! A minha prova será um sucesso”. Lembre-se da famosa lei da atração: pensamento e imaginação positivo atraem resultados positivos. Mas estude com assiduidade e metodologia; 3. Pratique a calma e o riso diário. Ria! Fabrique endorfina! Semblante de quem está de bem com a vida; 4. Pratique o relaxamento e as caminhadas (se tiver tempo disponível), pensando nas perguntas que poderão cair na prova; 5. Crie o hábito de responder o máximo que puder de baterias de perguntas de provas anteriores. Antes de responder às perguntas das baterias, observe atentamente se não há “peninhas”, “cascas de banana” para conduzi-lo ao erro. Consultoria: Acácio Garcia


DICAS

organize

seus estudos

Confira dicas valiosas para planejar sua rotina Por Wendell Guiducci

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uando se fala sobre pessoas aprovadas em concursos públicos, várias lendas comuns a estes personagens costumam vir à tona. “Fulano perdia todos os finais de semana e feriados em cima dos livros”, dizem uns. “Sicrano varava madrugada atrás de madrugada bebendo café com guaraná em pó”, contam outros. E se alguém

realmente fez algo do tipo e passou, deve se considerar um privilegiado, uma exceção à regra. Os especialistas em concursos públicos já deixaram claro inúmeras vezes: estudar desesperadamente é um longo caminho para o fracasso, não um atalho para o sucesso. Ao resolver conquistar uma vaga no serviço público, o candidato deve

estar pronto também para disciplinar sua rotina. A primeira coisa a ser feita antes de se abrir qualquer apostila, antes mesmo de decidir que carreira seguir, é encarar este plano como uma meta pessoal a ser alcançada. A professora e advogada, Maria Cristina Marques de Oliveira, do Curso IX de Agosto, afirma que a primeira coisa que o candidato deve fazer é enxergar a aprovação como “objetivo de vida. E acreditar que é possível. Depois, muita dedicação e muita disciplina, o que envolve planejamento, organização do tempo e do material de estudos. Além disso, o candidato deve procurar um curso para orientá-lo. Não se passa em um concurso público de um dia para o outro!” Desta forma, ela acredita, “os obstáculos serão superados com facilidade”. Essa maneira de enxergar os processos de seleção parece ser, na opinião dos especialistas, o passo inicial para o sucesso. “Não existem segredos ou fórmulas mágicas na preparação para uma prova de concurso público”, pondera Fabiano Pereira, professor e autor do livro Questões Comentadas de Direito Administrativo - CESPE. “O candidato deve ter consciência de que as suas chances de aprovação são proporcionais à sua dedicação eficiente aos estudos.”

O professor de português Albert Iglésia, há dez anos lecionando para escolas preparatórias em Brasília e também em cursos on-line, acredita que, se existe um segredo para uma preparação 100% eficiente, ela está sustentada sobre três pilares: perseverança, disciplina e estudo direcionado. “A perseverança mantém o candidato no caminho que ele precisa percorrer para chegar ao seu objetivo, ainda que esse caminho seja longo e tenha muitos obstáculos. A disciplina faz com que ele organize melhor suas atividades e mantenha uma rotina de estudo adequada às suas necessidades. O estudo direcionado leva o candidato a reconhecer o estilo de prova da banca examinadora e quais as matérias mais importantes da área de concorrência. Não se ganha uma guerra desprezando informações sobre o adversário”, ensina Iglésia.

Este ou aquele? Tão importante para passar quanto para se manter no cargo que escolheu é saber escolher a carreira que vai seguir. Muitas vezes, candidatos sofrem estudando disciplinas com as quais não tem a menor afinidade até passar e, quando são aprovados e começam a trabalhar, percebem que fizeram a escolha errada, que os conduziu a uma vida


DICAS

Ter atividades de lazer é fundamental para a rotina de estudos

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aria Cristina concorda. “Para passar em concurso não é preciso estudar 12 horas por dia. Se o candidato só tem disponibilidade para uma, duas horas, será o bastante, desde que seja durante um período maior. Não será esse o motivo que o impedirá de ser aprovado”. Para quem trabalha o dia todo, a rotina pode ser mais dura do que para aqueles que têm o tempo todo para se dedicar às apostilas. Isso, no entanto, não impede que trabalhadores se deem muito bem nas provas, como ressalta o conferencista Acácio Garcia. Para ele, gente que tem muito tempo para estudar geralmente não sabe como aproveitar estas preciosas horas. “Esse é um paradoxo incrível! Com raras exceções, não são esses os primeiros colocados. em

sombra de dúvidas, se o candidato tem todo tempo disponível, é inteligente, aplicado e possui metas e disciplinas nos seus planos de estudos, leva vantagem. Mas esses são raros”, argumenta. A administração do tempo, seja ele escasso ou muito grande, é determinante para o sucesso em um concurso público. “Se você não possui tempo em abundância para estudar, saiba trabalhar o pouco que possui. Por exemplo: acorde uma hora mais cedo, estude no ônibus, chegue mais cedo em casa... Administre o seu tempo!”, recomenda Garcia. Albert Iglésia admite que a dupla jornada realmente é desgastante, uma barreira a mais a ser transposta pelos candidatos. Mas não vê nisso motivo para desânimo. “Quem está em tal condição precisa, mais do que os outros concorrentes, de uma boa estratégia de estudo para aproveitar o pouco tempo que lhe resta. É preciso identificar logo os tópicos mais importantes de cada disciplina e estudá-los com afinco. Um professor com experiência em concursos pode ser muito útil nessa fase. Eu digo aos meus alunos que, para ser aprovado em concurso público, não é necessário saber todo o conteúdo programático; mas é preciso saber o que a banca examinadora costuma cobrar nas provas que elabora”. É importante, também, exercitar-se. A resolução constante de questões é imprescindível para um bom resultado em uma prova de concurso, uma vez que a teoria deve es-

DICAS DE REDAÇÃO - Toda redação deve ter introdução, desenvolvimento e conclusão; - A introdução geralmente tem dois períodos em que a ideia central é apresentada; - O desenvolvimento pode ter de dois a três parágrafos em que o candidato deverá fazer uma argumentação sobre a ideia apresentada na introdução; - Na conclusão, o candidato fará um fechamento mostrando seu objetivo com o texto, sem apresentar ideias simplistas ou utópicas; - O candidato deve fazer um texto dissertativo argumentativo em que ele discuta o tema proposto pela banca; - O candidato deve prestar atenção às margens, número de linhas, possuir letra legível e tomar cuidado para não fazer um texto narrativo; - O candidato só deve colocar título se a banca exigir (lembrando que o título deve ser aquilo que melhor resume a ideia principal do texto); - Tenha atenção com erros gramaticais como crase, concordância, regência e pontuação; - As relações de coesão e coerência não devem ser esquecidas; - Conheça o espelho de correção da banca para a qual prestará concurso; - Para adquirir experiência, escreva todo dia, pois redação se aprende praticando; - Não existe diferença de redação de nível superior para nível médio. O candidato deve estar sempre lendo jornais, revistas e estar antenado com temas atuais quando a banca não tiver o hábito de cobrar um tema específico da área. Consultoria: Lilian Furtado Professora de Técnicas de Redação do Complexo Educacional Damásio de Jesus

tar sendo sempre exercitada em exercícios práticos. “Resolver o maior número possível de ques-

tões sobre cada assunto listado é fundamental”, diz Iglésia. “Deve ser dada preferência às questões

“Estudar com sono e cansado faz com que a mente absorva pouca informação, sem contar que o risco de dormir sobre os livros e desperdiçar um momento precioso de estudo é muito maior”


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A administração do tempo, seja ele escasso ou não, é determinante para o sucesso em um concurso público elaboradas pela organizadora do concurso almejado e aos materiais que trazem comentários sobre cada exercício”. Para quem trabalha o dia todo, Fabiano Pereira sugere um plano de estudos não muito pesado, com poucas horas de estudo durante a semana e uma dedicação maior aos sábados. “Se o can-

didato possui uma jornada diária de trabalho de oito horas (que é a jornada padrão), penso que seria conveniente reservar, no mínimo, duas horas por dia para dedicarse aos estudos (segunda a sexta-feira). Aos sábados, esse tempo deve ser aumentado para seis horas. Nos domingos, ‘tente’ estudar apenas na parte da manhã. E descanse bastante no restante do dia”. Esse último ponto listado por Fabiano é um em que todos são unânimes: é preciso relaxar também, como ensina Iglésia. “Não dá para negligenciar períodos de descanso. Estudar com sono e cansado faz com que a mente absorva pouca informação, sem contar que o risco de dormir sobre os livros e desperdiçar um momento precioso de estudo é muito maior”.

Plano de Estudos As matérias vão depender da área de concurso a que a pessoa está se dedicando, mas devem ser distribuídas pelos períodos de estudo, incluindo todas a cada semana ou quinzena. É interessante alternar matérias de exatas com as que exigem mais leitura. Para quem está só estudando: Manhã 9h às 10h30 – estudo intervalo 10h45 às 12h15 – estudo intervalo para almoço e descanso Tarde 14h às 15h30 – estudo intervalo 15h45 às 17h15 – estudo intervalo para caminhada e lanche Noite 19h às 20h30 – estudo intervalo 20h45 às 22h15 – estudo MISSÃO CUMPRIDA! Observe que é possível estudar 9 horas por dia, sem precisar acordar muito cedo, com tempo de descanso após o almoço e atividade física à tarde. Os intervalos são essenciais para o rendimento do estudo e para a continuidade do projeto. Para quem trabalha e estuda: Durante a semana Manhã – Trabalho Tarde – Trabalho Noite – Chegar do trabalho, lanche/jantar, banho (para começar a estudar com boa disposição) 19h às 20h30 – estudo intervalo 20h45 às 22h15 – estudo Sábado Manhã 9h às 10h30 – estudo intervalo 10h45 às 12h15 – estudo intervalo para almoço e descanso Tarde 14h às 15h30 - estudo intervalo 15h45 às 17h15 – estudo Pode incluir ou não o turno da noite, conforme o ritmo do candidato. O domingo deve ser de lazer (ao menos a parte da tarde)

Dupla jornada pode se tornar um ponto a favor do candidato

Consultoria: Lia Salgado Fiscal de rendas do município do Rio de Janeiro, consultora e autora do livro Como Vencer a Maratona dos Concursos Públicos


depoimentos

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HISTÓRIAS DE SUCESSO Confira depoimentos de quem conquistou uma vaga no serviço público Por Wendell Guiducci

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e tem uma coisa que os especialistas em concursos são unânimes em afirmar é que não existe fórmula mágica para conquistar uma vaga no serviço público. E essa constatação se torna tanto mais verdadeira quanto mais tomamos conhecimento das histórias de sucesso de homens e mulheres que decidiram trilhar o caminho dessas provas, assumindo para si o neologismo “concurseiro”. A seguir, listamos cinco histórias de sucesso que provam tanto que não há segredo quanto que a aprovação em um concurso público não é um sonho, mas uma realidade possível.

AS BARREIRAS EXISTEM E DEVEM SER SUPERADAS Leonardo Leitão, 29 anos Cargo: Policial Rodoviário Federal

Depois de trabalhar duro como ajudante de caminhão, viajando dia e noite, cheguei à conclusão de que, se não fizesse nada por mim, ninguém mais o faria. Tinha a convicção de que o único instrumento que poderia transformar minha vida seria o estudo. E tinha razão. Entrei no mundo dos concursos em 1999. Deixei de trabalhar com transporte e fui atuar em uma gráfica por um salário quatro vezes menor que o do meu emprego anterior, mas ali, embora ganhando menos, poderia me dedicar aos estudos. Não tinha muitos recursos. Então, comecei minha preparação com livros comprados em um sebo, apostilas vendidas em bancas de jornais e alguns livros descartados por uma prima. Todos foram muito úteis. Ainda em 1999, consegui a primeira vitória: passei no Concurso de Admissão às Escolas de Aprendizes Marinheiros. Também tive a primeira decepção, pois, nesse concurso, fui considerado inapto na inspeção de saúde. Não desisti do meu sonho e, no ano seguinte, continuei estudando em ritmo acelerado. Além do concurso para as Escolas de Aprendizes Marinheiros, prestei os exames para Soldado Especialista da Força Aérea Brasileira, Soldado Fuzileiro Naval e Soldado do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro. No final de 2000, estava aprovado em todos eles, com a chance de escolher para onde ir, e o mais interessante: o mesmo médico que outrora me reprovara, agora me parabenizava pelo ingresso na Marinha. E fui ser marinheiro. Para isso, precisava passar por um curso de formação na cidade de Florianópolis (SC) com duração de um ano. Em 2001, era aluno da Escola de Aprendizes Marinheiros de Santa Catarina, mas o plano de carreira não satisfazia às minhas expectativas de crescer profissionalmente. Resolvi voltar a estu-

dar e, então, tinha uma dificuldade a mais, que eram as atividades a bordo do navio. Mas não perdia uma única oportunidade de abrir os livros e mergulhar nas matérias. Consegui uma coletânea com as 30 últimas provas do concurso para a Escola de Sargentos das Armas (é aí que mora o segredo: as provas anteriores são sempre um presságio das futuras provas). Então, em 2003, já com três anos de vida militar e quase 50 mil milhas navegadas, voltava ao Estádio do Maracanã com uma prancheta em mãos, novamente na condição de candidato. Ao sair do Maracanã e ver o gabarito, a sensação não podia ser melhor. No ano seguinte, 2004, trocava o uniforme branco pelo camuflado e o convés da Fragata Dodsworth pelo chão da Escola de Sargentos das Armas. Vivi muitas aventuras e emoções na ESA, cravada às margens do Rio Verde na pequena e pacata Três Corações (MG). Optei pela arma de Infantaria e servi em Corumbá (MS). Em 2006, estava decidido a mudar a minha trajetória profissional: queria ser policial. Voltei à rotina de estudos e abri mão de tudo: estudava e me dedicava à preparação para o Teste de Aptidão Física. O novo desafio era o concurso para o Curso de Formação de Oficiais da Polícia Militar de Minas Gerais. O resultado foi uma surpresa para mim, pois havia me classificado dentro do número das pouquíssimas vagas do concurso. Depois, vieram os exames de saúde e os testes de aptidão física e psicológica. Então, vivi uma nova experiência: no resultado do exame psicológico, meu nome saiu com a palavra “inapto” ao lado. Fiquei triste, mas sabia que as barreiras existem e que devem ser superadas. Em 2008, novamente tentando um lugar na carreira policial, prestei os concursos para os cargos de Agente Penitenciário Federal e Policial Rodoviário Federal. Fui aprovado em ambos e optei pela Polícia Rodoviária Federal.


depoimentos

Sempre estudei por conta própria. A única cobrança que tive foi de mim mesmo. Por isso, buscava otimizar o tempo, de preferência, iniciando a preparação antes da publicação do edital e começando pelas matérias básicas, como Português, Redação e Raciocínio Lógico-matemático. A utilização dos recursos audiovisiuais disponíveis atualmente não pode ser desperdiçada, como aulas em áudio, videoaulas, o uso de MP3, MP4, DVD, internet etc. Torna-se de grande valia o conhecimento do estilo da banca que vai aplicar a prova e é fundamental a resolução das provas anteriores. Estudava por tópicos e não por matéria. Por exemplo: estudava Função Exponencial e não Matemática; Figuras de Linguagem e não Português. Até mesmo nas atividades de campo do quartel, não perdia tempo e, quando podia, lia alguma coisa e assistia às aulas no MP4. Ter sempre um livro de bolso à mão é ótimo e, às vezes, trocar um momento de bate-papo por uma leitura rápida pode fazer toda a diferença no momento da prova. Muitos concursos possuem outras fases depois da prova de conhecimentos, então, a preparação para testes de aptidão física e para a avaliação de saúde deve ser considerada com a mesma seriedade. Não posso deixar de lembrar também que a reprovação em um concurso não pode servir de desestímulo para a continuidade dos estudos. Quem persevera um dia alcança a vitória.

me animei a fazer e posso dizer que foi o primeiro concurso para o qual realmente me dediquei. Fiz cursinho e estudei bastante. Cheguei até a tirar férias do trabalho nas semanas que antecederam a prova para ter mais tempo. O conteúdo do edital era imenso e, para mim, era ainda mais difícil porque nunca havia tido contato com as matérias de Direito. No fim das contas, complementei os estudos com um curso online, mas não deu tempo de ver toda a matéria. Por isso mesmo, fiquei surpreso ao me ver aprovado para técnico-administrativo para o Rio de Janeiro. Não fiquei entre os primeiros (apenas em 257º), mas a previsão é de que eles nomeiem bem mais do que isso. Depois desse concurso, me empolguei em continuar tentando uma vaga em tribunais (é que, no meio disso tudo, acabei gostando muito de Direito) e comecei a estudar sistematicamente. Não sou de estudar muitas horas por dia, mas sempre prestei muita atenção às aulas. Por isso, meu método de estudo atualmente é ver e rever aulas de cursos on-line, que são ótimas. Assisto às aulas fazendo anotações, que, depois, passo a limpo e releio de vez em quando. Juntando isso tudo, não estudo mais do que três ou quatro horas por dia, e estou bem confiante em conseguir uma nova aprovação ainda em 2011.

MUITAS E MUITAS AULAS João Paulo Alvim Mauler, 29 anos Cargo: Auxiliar Administrativo

Minha primeira experiência com concursos foi por acaso. Minha irmã ia prestar o exame para a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) e, como fui com ela fazer a inscrição, acabei resolvendo tentar também. Cheguei a estudar um pouco, mas, na época, ainda estava cursando a Faculdade de Farmácia e Bioquímica. Só que, como a matéria do concurso era quase toda de saúde pública, acabei sendo aprovado em primeiro lugar. Trabalhei no Hospital João Penido, em Juiz de Fora (MG), por quase três anos, e saí para me dedicar mais à faculdade de Comunicação Social (eu havia mudado de curso) e a projetos paralelos. Nessa mesma época, prestei dois concursos, novamente sem grandes pretensões e sem me dedicar muito: o da Caixa Econômica Federal e o do Hemominas. Fui aprovado nos dois, mas com classificações bem abaixo do número de vagas previstas no edital. Dois anos depois, a surpresa: recebo o telegrama comunicando a nomeação nos dois concursos, na mesma semana. Acabei optando pelo Hemominas, no qual estou há três anos. Desde que comecei a trabalhar no Hemominas, não voltei a fazer concursos, até que, em 2010, uma amiga me falou sobre o do MPU, cujo edital acabara de ser lançado. Então,

ESTUDAR NÃO PARA PASSAR, MAS ATÉ PASSAR

Sarah Mattos Oliveira, 29 anos Cargo: Auditora Fiscal do Trabalho

Minha preparação começou com a matrícula em um curso específico para concursos na área Fiscal. O edital já tinha sido publicado, então, esse primeiro contato foi apenas para me ambientar ao mundo dos “concurseiros”. Estudei apenas quatro das mais de dez disciplinas previstas para a prova. Resultado: nem fui classificada. Portanto, primeira dica: começar a estudar (bem) antes de sair o edital! Depois dessa experiência, continuei estudando por mais ou menos um ano matérias da área Fiscal comuns a vários concursos e, depois que saiu o edital para o cargo de Auditor Fiscal do Trabalho, conciliei o estudo destas matérias básicas com as específicas. A rotina pré-edital incluía aulas matinais ou noturnas em curso preparatório e estudo diário em casa. Minha segunda dica é criar uma rotina de estudos em casa, para revisar conteúdo das disciplinas aprendidas em sala e também para fazer exercícios de fixação. Para mim, que não sou formada em Direito (mas em Arquitetura), foi fundamental criar essa rotina. Depois da publicação do edital, os estudos se intensificaram. Outra dica – que funcionou para mim – é incluir os fins de semana na planilha de estudos para ganhar tempo e destinar as disciplinas mais prazerosas para estes dias. Assim, fica mais fácil conseguir estudar. Mas, para passar em concurso, não tem fórmula: o jeito é estudar, estudar e estudar! E estudar não para passar, mas até passar!



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