A influência das imigrações na formação cultural, social e econômica da cidade de Piedade

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CAROLINE CRISTIANI DOMS CARDOSO LEONARDO PEREIRA MARTINS

A INFLUÊNCIA DAS IMIGRAÇÕES NA FORMAÇÃO CULTURAL, SOCIAL E ECONÔMICA DA CIDADE DE PIEDADE

PIEDADE 2016


CAROLINE CRISTIANI DOMS CARDOSO LEONARDO PEREIRA MARTINS

A INFLUÊNCIA DAS IMIGRAÇÕES NA FORMAÇÃO CULTURAL, SOCIAL E ECONÔMICA DA CIDADE DE PIEDADE

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Etec de Piedade, do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza, como requisito para a obtenção do diploma de Nível Médio sob a orientação do Professor Paulo Victor Godinho da Silva.

PIEDADE 2016


Folha de aprovação CAROLINE CRISTIANI DOMS CARDOSO LEONARDO PEREIRA MARTINS

A INFLUÊNCIA DAS IMIGRAÇÕES NA FORMAÇÃO CULTURAL, SOCIAL E ECONÔMICA DA CIDADE DE PIEDADE

Aprovado em : ______ / _______ / _________ Conceito: ______________________________ COMISSÃO EXAMINADORA:

Professor(a) ........................................ ETEC DE PIEDADE Professor(a) ........................................ ETEC DE PIEDADE Professor(a) ......................................... ETEC DE PIEDADE

PIEDADE 2016


ETEC DE PIEDADE TCC – Trabalho de Conclusão de Curso

USO DA BIBLIOTECA


TERMO DE AUTENTICIDADE DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – TCC

Nós, alunos abaixo assinados, regularmente matriculados no Ensino Técnico na ETEC de Piedade, Município de Piedade declaramos ter pleno conhecimento do Regulamento para realização do Trabalho de Conclusão de Curso do Centro Paula Souza. Declaramos, ainda, que o trabalho apresentado é resultado do nosso próprio esforço e que não há cópia de obras impressas ou eletrônicas.

Piedade,____de_________de 2016.

Nome Caroline Cristiani Doms Cardoso Leonardo Pereira Martins

RG

Assinatura

54.504.591-5

52.319.288-5

Ciência do Orientador:

Nome Paulo Victor Godinho da Silva

Assinatura

Data


TERMO DE AUTORIZAÇÃO DE DIVULGAÇÃO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – TCC

Nós, abaixo assinados, na qualidade de titulares dos direitos morais e patrimoniais de autores do Trabalho de Conclusão de Curso – TCC _________________________________, regularmente matriculados no Ensino Médio/Técnico, autorizamos o Centro Paula Souza, por meio de suas Unidades de Ensino ou em meio virtual – Internet, reproduzir e/ou disponibilizar a obra ou parte dela, a partir desta data, por tempo indeterminado.

Piedade, ____ de __________ de 2016.

Nome dos alunos

RG

Caroline Cristiani Doms Cardoso

54.504.591-5

Leonardo Pereira Martins

52.319.288-5

________________________ Professor Orientador

Assinatura

_______________________


RESUMO

Explicaremos, no desenrolar desta pesquisa, os principais fatores que contribuíram para os diversos processos e fluxos migratórios, incluindo os fatores repulsivos e atrativos que estão presentes em toda migração. Há também o apontamento desses fatores no período de maior fluxo migratório para o Brasil, o que explica a escolha desses povos ao deixarem seus países de origem. São especificadas três migrações: alemã, italiana e japonesa. A escolha destas deuse por conta de serem as principais e mais numerosas no Brasil e, também, na cidade de Piedade. Mostra-se o contexto histórico de cada uma no Brasil e, posteriormente, especifica-se como ocorre a chegada desses imigrantes à cidade de Piedade. Além disso, como foco principal do trabalho, apontamos a cultura de cada um desses povos que foi introduzida no município. Comparamos como essa cultura era manifestada logo que os imigrantes chegaram à cidade e como isso ocorre agora, o que está arraigado à cultura piedadense e que seria imperceptível caso não fossem analisadas as culturas dos imigrantes. A contribuição social de cada imigrante também é mencionada no trabalho, objetivando mostrar a importância que a chegada de diferentes povos teve na formação social de Piedade. Isso também reflete na consolidação de alguns bairros do município, cujos imigrantes acabaram contribuindo para a formação e consolidação. Também é observada a questão da religião que acabou sendo inserida em Piedade por conta de imigrantes, como é o caso da Igreja Lutera, fundada pelos imigrantes alemães inicialmente no Bairro Colônia Roseira. Economicamente, observa-se que os imigrantes contribuíram, principalmente, na agricultura. Tanto alemães, quanto italianos e japoneses desenvolveram a agricultura em Piedade e movimentaram a economia do município. Ainda hoje, descendentes desses imigrantes desenvolvem a agricultura, que é a principal fonte de renda para a economia piedadense.


RESUMO EM LĂ?NGUA ESTRANGEIRA

In this job, we explain all the facts of the third more important migrations to Piedede. Also, we show how the migrations happened, why this people chose move of their countries and came to Brazil. Repulsive and atractive migrations are also explained in this job and we appoint that facts in the German, Italian and Japanese migrations. The culture, the traditions and how that affects Piedade’s formation is exhibited in this search. How japaneses, italians and germans helped in the city economy by the agriculture is one of the big points of the search. How this culture was keeped alived even in a totally different country with differents customs, how they lived in the beggining and how are today, is told too.


AGRADECIMENTOS

Agradecemos aos moradores da Vila Élvio, senhor Miguel e sua esposa Catarina, que nos auxiliaram contando as histórias do local, as experiências ali vividas, cedendo tempo e alguns materiais para o estudo da formação de um dos bairros mais importantes para a cidade e de grande influência da imigração italiana. Também agradecemos ao senhor Erwin, à Dona Lica e suas filhas, Vílma e Lúcia Neumann, que contribuíram com suas histórias e experiências, sendo eles descendentes diretos de imigrantes alemães. Por fim, agradecemos ao orientador e professor de geografia, Paulo Victor, que direcionou e auxiliou nossas pesquisas com livros, sendo fundamental para a realização e finalização desse trabalho.


SUMÁRIO INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 11 1 – MIGRAÇÃO REPULSIVA .................................................................................................................... 12 2 – MIGRAÇÃO ATRATIVA ..................................................................................................................... 12 3 – IMIGRAÇÃO ALEMÃ ......................................................................................................................... 12 3.1 - A colônia alemã em Piedade .................................................................................................... 13 3.2 – Educação .................................................................................................................................. 13 3.3 – Agricultura na colônia alemã.................................................................................................... 14 3.4 – Festas e cultura ........................................................................................................................ 15 3.5 – Religião ..................................................................................................................................... 15 3.6 – Cultura alemã em Piedade atualmente.................................................................................... 15 4 – IMIGRAÇÃO ITALIANA ..................................................................................................................... 16 4.1 – Italianos em Piedade ................................................................................................................ 17 4.2 – A formação da Vila Élvio ........................................................................................................... 17 4.3 - Trabalho e cultura ..................................................................................................................... 18 4.4 - A venda da Vila Élvio ................................................................................................................. 19 4.5 - A Vila Élvio atualmente ............................................................................................................. 19 5 – IMIGRAÇÃO JAPONESA.................................................................................................................... 20 5.1 – Japoneses em Piedade ............................................................................................................. 21 5.2 – Cultura, esporte e educação .................................................................................................... 22 5.3 – Agricultura ................................................................................................................................ 22 5.4 – Cultura japonesa em Piedade atualmente ............................................................................... 23 CONCLUSÃO .......................................................................................................................................... 24 Referências bibliográficas ..................................................................................................................... 25


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INTRODUÇÃO A cidade de Piedade acolheu diversos imigrantes ao longo da história. Dentre esses imigrantes, três migrações destacam-se, por conta do fluxo de pessoas e pela participação na economia piedadense: alemã, italiana e japonesa. Elas foram cruciais para a consolidação de alguns bairros de Piedade, para o desenvolvimento da agricultura e até mesmo para a cultura piedadense. Com isso, a busca pela história de cada uma dessas imigrações torna-se essencial para entender os motivos pelos quais a cidade do interior paulista foi escolhida, como esses imigrantes chegaram até Piedade e o quanto cada imigrante de ascendência alemã, italiana e japonesa perseverou para que suas culturas fossem mantidas em terras completamente diferentes das que viviam anteriormente. .


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1 – MIGRAÇÃO REPULSIVA O período de emigração dos países da Europa e do Japão difere muito. Alguns emigrantes saíram de seu país de origem antes das guerras, outros no período entre guerras e, grande parte, após a Segunda Guerra Mundial. Mesmo em épocas diferentes, os fatores que levam os migrantes a abandonarem seus países são semelhantes: falta de emprego, fome e crises. Todos esses são classificados como fatores repulsivos da migração.

2 – MIGRAÇÃO ATRATIVA Ao longo da história, o Brasil teve diversos fluxos de imigração. Até a metade do século XIX alemães, italianos e espanhóis eram atraídos a migrarem de seus países para o Brasil por conta do projeto do governo brasileiro da época de ocupação da região sul do país, oferecendo aos imigrantes a posse de terra. A partir do ano de 1888, com a abolição da escravatura, os produtores de café tiveram que substituir sua mão-de-obra escrava e optaram pela europeia, dessa forma o governo, para incentivar os imigrantes, pagava as suas passagens e oferecia-lhes moradia. Tudo isso seria pago posteriormente com o trabalho dos imigrantes nas fazendas – o que não era dito aos imigrantes no momento em que vinham ao Brasil. O fluxo de imigração volta a crescer no século XX após a Primeira Guerra Mundial, que deixara a Europa em crise, e com a Segunda Guerra Mundial, atraindo principalmente os japoneses para as terras brasileiras.

3 – IMIGRAÇÃO ALEMÃ Os imigrantes alemães começaram a chegar ao país a partir da primeira metade do século XIX, com o incentivo do governo de D. Pedro II, que visava a colonização da região sul do Brasil. Na época, o território sulista não era povoado, preocupando, assim, o imperador pois poderia perder as terras. Não é por acaso que esta região possui o maior número de descendentes de alemães, onde muitos mantêm elementos da cultura germânica até hoje. Entretanto, grande parte dos imigrantes alemães chegaram ao Brasil no período “Entre Guerras” pois, após o fracasso da Alemanha na Primeira Guerra Mundial, o país passou por uma crise séria e boa parte dos alemães optaram por deixar o país para virem ao Brasil.


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Outros, porém, começaram a migrar para outros países no período da Segunda Guerra Mundial. Eles, na grande maioria, trabalhavam em fazendas e desenvolviam a agricultura. Quando chegavam ao Brasil, não eram todos que optavam por morar no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Uma parte dos que chegavam da Alemanha ao Porto de Santos, iam para a Hospedaria de Imigrantes, em São Paulo. Nessa hospedaria, circulavam jornais na língua alemã que divulgavam fazendas de colonos alemães e, desse modo, os recémchegados em terras brasileiras iam trabalhar nessas fazendas.

3.1 - A colônia alemã em Piedade Os imigrantes alemães acabaram chegando em Piedade por conta da criação de uma colônia pelos donos da empresa Sommer, Becker e Cia., que escolheu a cidade por conta da proximidade da capital paulista. Essa empresa proporcionava emprego na área da extração de madeira, que era vendida posteriormente para as serrarias de Piedade. A colônia foi criada no ano de 1927 e, a notícia de que havia uma colônia alemã próxima a São Paulo, foi noticiada em jornais de língua alemã que circulavam na capital paulista. A partir disso, a Colônia da Roseira recebeu diversos imigrantes alemães, gerando um grande vínculo entre eles e mantendo suas culturas sempre vivas em meio a um país diferente. Sendo assim, grandes terras foram compradas pelos donos da companhia. Essas terras foram divididas em sítios de dez alqueires cada e eram chamadas de glebas. Atualmente essas terras estariam localizadas no Kai-Kan, bairro da Liberdade, Roseira, Cavalheiros e Cáfaro. As famílias alemãs que chegavam à Piedade recebiam uma parte de terra nas glebas. Na Gleba Um, por exemplo, estavam as famílias Hess, Komauer e outras. Com o tempo, os filhos desses imigrantes que eram solteiros acabavam se casando com outros imigrantes e, assim, a cultura continuava. Além disso, mais famílias chegavam à Colônia Roseira e contribuíam para que a cultura germânica fosse mantida mesmo em outro país. Criou-se no bairro, também, a escola que ensinava em alemão, o Baile do Careca e o costume dos cultos protestantes nas casas dos moradores, já que ainda não havia uma igreja no bairro.

3.2 – Educação No ano de 1931, através de um mutirão, os imigrantes alemães que moravam em Piedade construíram a primeira escola na colônia. Ela foi construída com pouquíssimos


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recursos, mas era o suficiente para ensinar as crianças e alfabetizar os adultos na língua portuguesa. Era ensinado, também, o alemão para as crianças não perderem o contato com o idioma e, dessa maneira, a cultura conseguia ser mantida para os descendentes que nasceram no Brasil. Logo após, uma segunda instalação para a escola foi construída para as crianças no bairro. As professoras vinham de Sorocaba – a cavalo – para dar aula às crianças e, para evitar esse deslocamento das educadoras, havia um projeto de ampliação da escola, que contaria com mais salas de aula, palco, instalações esportivas e moradia para os professores. Para que esse projeto fosse realizado, os imigrantes germânicos entraram em contato com o consulado alemão que prometera ajudá-los com 300DM (marco alemão), moeda oficial da Alemanha na época. Entretanto, com a Segunda Guerra Mundial, o projeto não pode ser concretizado por conta da suposta tentativa de germanização do bairro.

3.3 – Agricultura na colônia alemã Os imigrantes alemães que chegavam ao Brasil eram, em sua maioria, trabalhadores simples e muitos desses trabalhavam como lavradores. Ao chegarem à colônia em Piedade, se deparavam com terras propícias para o plantio, porém não foi logo no início que começaram com a agricultura, pois trabalhavam na Sommer, Becker e Cia. na extração de madeira, como citado anteriormente. Foi após a Segunda Guerra Mundial que a agricultura começou a ser mais desenvolvida. A cebola, que foi introduzida em Piedade pela família Friedrich, passou a ser produzida em grandes proporções por mais famílias, gerando os primeiros financiamentos de crédito pelos bancos. A Sommer, Becker e Cia. foi a falência e teve que parar com suas atividades de loteamento das glebas. Posteriormente, a mesma empresa abriu uma loja na cidade que vendia utensílios para a lavoura. Essa, por sua vez, crescia cada vez mais em Piedade. Em 1950, a agricultura já havia avançado na Colônia Roseira e em Piedade. Tratores substituíam o arado que era utilizado a partir da tração animal, as roças tinham seus territórios ampliados e aumentava a área cultivada de cenoura, beterraba e tomate, mas nada comparado ao plantio da cebola, que chegava ao auge. Além disso, a família Brükner passou a produzir morangos em sua terra, o que despertou o interesse de seus vizinhos e fez com que a produção de morango crescesse dentro


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da colônia. Com isso, surgiram os primeiros “freteiros”, que levavam esses morangos até o mercado municipal de São Paulo. Muitas mudanças iam ocorrendo dentro da colônia e, dentre elas, a agricultura passara por um desenvolvimento. Albin Brükner passou a pesquisar sobre as maçãs e obteve resultados positivos, o que trouxe progresso econômico e reconhecimento, após receber o 1º lugar em uma exposição realizada em Campos do Jordão em fevereiro de 1954.

3.4 – Festas e cultura O bairro Roseira contava com uma venda, construída por João Friedrich, que vendia de tudo um pouco para os moradores do bairro. A construção dessa venda foi um grande marco para esses moradores. Porém, ainda mais marcante do que a construção da venda, foi a construção do salão de baile, integrado à venda. Todos os domingos, os moradores da Roseira se reuniam no Baile do João Careca para conversar sobre diversos assuntos, como quem iria casar, onde ia morar, entre outros assuntos. João Friedrich, com sua sanfona, tocava as músicas alemãs que todos conheciam e cantavam. Os casais dançavam e as crianças brincavam, fazendo dessas reuniões uma satisfação para todos e uma forma de manter a cultura alemã sempre viva.

3.5 – Religião A Reforma Protestante ocorreu no século XIX, inicialmente na Alemanha – que na época ainda não era unificada – através de Lutero. Desse modo, os imigrantes germânicos que chegavam ao Brasil, em geral, vinham com uma fé protestante e acabaram implantando igrejas protestantes aqui. Em Piedade, os imigrantes, inicialmente, realizavam cultos nas casas, pois ainda não havia uma igreja na colônia. Mais tarde, foi criada a primeira Igreja Luterana no bairro da Roseira, o que ajudou esses descendentes a manter a religião de seu país.

3.6 – Cultura alemã em Piedade atualmente Alguns descendentes dos moradores da antiga colônia continuam residindo no bairro. Outros, porém, mudaram para a região central e até mesmo para outras cidades. Mesmo assim, a cultura alemã ainda é mantida na cidade.


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O luteranismo ainda é muito forte e é ele que ajuda a manter o contato entre esses descendentes, por conta das reuniões realizadas através dos cultos. Assim, a língua alemã e alguns costumes não morrem, mesmo após mais de três gerações vivendo em uma terra completamente diferente. Claramente, a cultura brasileira também é presente, mesclando e formando uma cultura brasileira-alemã. Anualmente, a Noite Alemã ocorre em Piedade. Geralmente realizada em outubro ou novembro, a festa proporciona tanto aos descendentes germânicos, quanto à população piedadense, o contato com a culinária, músicas, danças e costumes alemães. Um grupo típico de Pomerode, conhecida como a cidade mais alemã do Brasil, também participa dessa festa, trazendo um pouco da cultura que é mantida em Santa Catarina. Como a entrada da festa não é gratuita, todo o dinheiro arrecadado é destinado ao orfanato Lar da Mônica. Antes, os bailes e reuniões eram realizados no Clube do Careca, no bairro da Roseira. Entretanto, atualmente, o local está abandonado e até mesmo desmoronando. Essa propriedade foi doada à prefeitura da cidade para que assim a demolição ou a invasão por grileiros fossem impedidas. Entretanto, 18 anos após essa doação ter sido realizada, o que antes era um Centro Recreativo e Instrutivo da Colônia Roseira, virou um ponto para uso de drogas e infestação de insetos e cobras. Também a agricultura, que era a principal forma de trabalho dos imigrantes alemães, continua sendo realizada por seus descendentes. Ainda hoje, a cebola, o morango e outras culturas são produzidas por descendentes germânicos. A família Caubaz é uma das mais conhecidas por conta do trabalho com a agricultura, porém há também outros agricultores de origem germânica que contribuem demasiadamente para a economia de Piedade com a agricultura familiar.

4 – IMIGRAÇÃO ITALIANA Após a abolição da escravatura no Brasil, em 1888, a mão de obra açucareira e cafeeira deveria ser substituída. Diante disso, o governo brasileiro criou um programa de incentivo para a vinda de imigrantes que estivessem dispostos a trabalhar na agricultura. O governo financiava as passagens desses trabalhadores, dava-lhes moradia e o emprego em uma das fazendas. Além disso, a situação na Itália após a sua unificação não era a melhor socioeconomicamente. Os italianos estavam enfrentando uma grave crise, o que levou muitos


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trabalhadores, tanto da área urbana, quanto da rural, ao desemprego e, consequentemente, não havia como sustentar as suas famílias. Dessa forma, os fatores repulsivos e atrativos geraram essa migração. Os italianos que chegavam ao Brasil eram, em sua maioria, trabalhadores simples que vinham buscar o sustento nas fazendas junto à família. A maior parte desses imigrantes firmaram-se nas regiões Sul e Sudeste brasileiras, por conta das fazendas de café e de outras culturas. Embora as propagandas do projeto do governo de substituir a mão de obra escrava garantissem o financiamento das passagens e moradia, o italiano chegava ao país com essa dívida, que só seria quitada através de seu trabalho na fazenda. Assim, mesmo depois da abolição da escravatura, ele tornava-se “escravo” por dívida ao dono da fazenda. Além disso, os alojamentos não tinham estruturas básicas para moradia e, o trabalho excedia, muitas vezes, o que avia sido proposto antes de embarcar para o Brasil. O imigrante italiano fora enganado.

4.1 – Italianos em Piedade Piedade é uma cidade com extensão territorial muito grande. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a cidade possui 746,868 km² de extensão e, observa-se que a grande maioria desta área se encontra na zona rural do município. Diante disso, as terras produtivas do município eram fatores atrativos para muitos, desde a formação da Vila de Piedade até a consolidação do município. Os imigrantes italianos começaram a chegar a Piedade por conta do italiano Luigi Liscio, que chegou ao Brasil no final do século XIX e se fixou na cidade de São Paulo. Luigi possuía algumas fábricas e, por conta da riqueza de Piedade em madeiras, instalou a fábrica de Camas Patente na Vila Élvio.

4.2 – A formação da Vila Élvio Com a instalação da Indústria de Camas Patentes L. Liscio S/A, Luigi também criou uma vila industrial que oferecia moradia e lazer aos trabalhadores da fábrica e às famílias que ali iriam morar. Inicialmente, a Vila Élvio não possuía esse nome, era chamada de Vila Patente, por conta das camas produzidas na fábrica. A Vila Patente atraiu muitos imigrantes italianos que estavam em São Paulo e que vieram exclusivamente para trabalhar na fábrica. Entretanto, migrantes de outros lugares e moradores de Piedade, também passaram a residir na Vila para garantir o sustento.


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Luigi tinha alguns filhos e esperava que um deles assumisse a responsabilidade de cuidar da Vila Patente, porém seu filho mais velho não demonstrava interesse em tomar o lugar do pai no comando da Vila. Contudo, ele tinha um filho chamado Élvio, que seria o ideal para tal função. Entretanto, com 19 anos, Élvio falece e seu pai resolve homenageá-lo mudando o nome da vila que levava o nome das camas ali produzidas para o de seu filho, desde então o bairro é conhecido como Vila Élvio.

4.3 - Trabalho e cultura A fábrica instalada na Vila produzia as camas patentes a todo vapor. Originalmente, essas camas produzidas na Europa, eram feitas de ferro, porém com a adaptação de Luigi, ela passou a ser de madeira e matinha o sistema de molas. A matéria prima vinha da própria vila, que sempre foi riquíssima em madeiras, o que favorecia a produção dessas camas. Elas eram vendidas, inicialmente, para hospitais e quartéis, mas passou a ser um dos produtos que a maioria dos brasileiros teria em suas casas. Os trabalhadores da fábrica tinham direito à moradia através do arrendamento das casas da vila industrial por um preço baixo. Contudo, a Vila Élvio também contava com a usina de energia hidrelétrica e com o abastecimento de água. Desse modo, a fábrica e todas as casas ali instaladas tinham o abastecimento destas fontes praticamente de graça. Além de trabalho, moradia, água e energia, os moradores e seus familiares tinham o acesso à cultura garantido, mesmo sem precisar ir ao centro de Piedade. Com a instalação da vila industrial, Luigi também instalou ali um cinema, que contava com as estreias dos filmes ao mesmo tempo em que eram lançados na capital do estado. Isso era possível pois, sempre que vendiam os produtos a alguém da cidade de São Paulo, os compradores mandavam o filme como forma de agradecimento. Por muito tempo o cinema foi o ponto principal para os encontros dos jovens que futuramente formariam um casal. Já as crianças que cresceram na vila, tinham direita à educação e ao lazer. Este era garantido por meio de idas ao lago para nadar, jogar bola pela vila e andar de bicicleta, tudo isso sem nenhuma preocupação aos pais, pois o bairro sempre foi muito seguro e, todos que ali moravam, se conheciam. Além disso, elas também realizavam trabalhos leves na fábrica e recebiam 10 mil-réis por dia e 30 mil-réis ao mês, o que as ajudavam a desenvolver maior maturidade. O futebol também foi um dos grandes destaques do bairro e da cidade. Com um campo com os tamanhos oficiais da Fifa, o time da Vila Élvio sempre que jogava em casa


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proporcionava ao time visitante um almoço caprichado. Eles já chegaram a receber o time do Palmeiras e mantiveram essa tradição, mesmo com um time profissional.

4.4 - A venda da Vila Élvio Em 1964, Luigi Liscio vende a grande fazenda, Vila Élvio, para Gioacomo Bassi, um italiano que morava em São Paulo. Bassi continuou a desenvolver o que Luigi já havia começado na fábrica e na Vila. A fábrica, porém, sofreu algumas modificações. Antes, a fábrica ali instalada produzia apenas as camas patente, mas com a venda do bairro ela passou a produzir mesas, cadeiras, armários e móveis para escritório produzidos em madeira, que continuava a ser extraída da vila. Por conta disso, o nome da fábrica também mudou e passou a ser chamada Faixa Azul. O lazer continuou a ser oferecido no bairro industrial e, a cada dia, mais pessoas chegavam à vila para trabalhar e morar. Os bailes, festas, cinema, futebol e, até mesmo um circo, proporcionavam o divertimento para os moradores do bairro. Entretanto, com a morte de Giacomo, sua mulher, Norma, passou a administrar o bairro particular. A partir desse momento, a Vila Élvio enfrentou sérias mudanças. Antes, um bairro agitado e que proporcionava cultura, lazer e o trabalho, agora se tornaria mais um bairro voltado ao trabalho e à moradia. Os moradores foram proibidos de jogar futebol, o cinema foi fechado e os bailes acabaram.

4.5 - A Vila Élvio atualmente Dentre todos os bairros da cidade de Piedade, a Vila Élvio é o único particular. Atualmente, quem comanda tudo é a “Dona Norma”, viúva do antigo dono da vila. O cinema não funciona mais, o futebol continua sendo proibido, mas o companheirismo entre os moradores da vila ainda é muito grande. Por ser um bairro particular, não há a possibilidade de existir dois tipos do mesmo comércio. Assim, existe apenas um açougue, um bar, um armazém e uma lojinha. Além disso, na Vila Élvio, ainda funciona o esquema de caderneta, em que os moradores podem marcar as compras e pagar depois. As casas da vila são arrendadas por um preço bem baixo e os moradores continuam usufruindo da água e energia elétrica que vem da usina instalada no bairro ainda no século passado.


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A fábrica, agora, pertence a três donos e produz mesas, cadeiras e outros produtos que geralmente vão para lanchonetes. Dentre os seus clientes, está a Coca-Cola, que encomendou duas mil mesas para as Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro. Os funcionários da fábrica vêm de diversas regiões do estado, mas alguns dos antigos trabalhadores continuam exercendo suas funções, como é o caso do Sr. Miguel Morales, que trabalha na fábrica da vila desde os seus dez anos. A Vila Élvio atrai muitos turistas pela sua beleza. As casas, os comércios, a fábrica e a igreja continuam seguindo o padrão italiano, todos são pintados de azul e branco, cores da bandeira italiana. Além de ser atrativa aos olhos, a vila conta com pousadas e com outras formas de divertimento. Há, também, a participação na lavoura, que contribui para o abastecimento alimentício do bairro e do município. As crianças que estudaram há mais de 15 anos na escola da Vila Élvio são, hoje, jovens reconhecidos por suas formações. Do bairro saíram engenheiros, advogados e alguns conseguiram ingressar em universidades públicas, como a UNICAMP. Continua sendo proibida a extração de eucalipto e outros tipos de árvores na Vila. Boa parte do bairro tornou-se uma reserva, onde está localizado o Parque Estadual do Jurupará. Logo, a matéria prima utilizada atualmente nos produtos da fábrica não é mais extraída ali. O catolicismo também ainda é muito forte entre os moradores do bairro. As missas de sábado são bem frequentadas e muitos moradores de outras regiões ajudam a lotar a “igrejinha” que tanto encanta aos visitantes.

5 – IMIGRAÇÃO JAPONESA A imigração japonesa para o Brasil começou a ser cogitada a partir de 1888, com a abolição da escravatura e a necessidade brasileira de substituição da mão-de-obra negra por uma nova. Cogita-se, então, a vinda de imigrantes para essa substituição. Porém, como país colonizado por portugueses, há um certo preconceito com os asiáticos. Muitos brasileiros da época consideravam-nos como negros amarelos - sabe-se na época da escravidão, o termo negro não se referia à cor da pele em si, mas sim ao caráter escravo. Dessa forma, os asiáticos eram vistos, por parte dos brasileiros da época, como escravos amarelos. Assim, como visto anteriormente, a mão-de-obra escrava foi substituída por imigrantes italianos, tornando tardia a imigração japonesa para o país sul-americano. Essa imigração de japoneses para o Brasil ocorreu depois de uma longa negociação entre os governos


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dos dois países, que assinaram, em 1895, um tratado para desenvolver relações diplomáticas entre si e que se consolidou no ano de 1908. Da mesma maneira que os outros processos e fluxos migratórios citados ao longo desse trabalho, os japoneses possuíam motivos repulsivos para desejarem sair de seu país natal. Dentre esses motivos, estava a drástica transformação que o Japão passou na metade do século XIX, quando americanos e ingleses exigiram, com ameaça bélica, para que os portos japoneses fossem abertos. Antes disso, a economia japonesa era restrita ao cultivo de arroz e o feudalismo ainda era presente no país, o que o isolava dos demais países, que já haviam passado pela industrialização. Com a abertura dos portos, a economia local acabou sendo prejudicada e uma guerra civil foi iniciada, visando a modernização do Japão, o que gerou um grande crescimento na economia e enriquecendo alguns poucos. A maior parte da população japonesa estava ainda no campo e os impostos cresciam cada vez mais para os produtores rurais, levando-os, em grande parte do tempo, à fome. A partir disso, os japoneses buscaram uma condição melhor de vida em outros países. Eles migraram, em primeira instância, para o Havaí, Canadá, Estados Unidos e Peru. No ano de 1908, chega ao Brasil o navio Kasato Maru, trazendo os primeiros imigrantes asiáticos que, segundo os registros, eram 781 pessoas – cerca de 165 famílias. Esses imigrantes chegaram às terras brasileiras com bandeiras do Brasil e do Japão unidas, costuradas a mão por eles, simbolizando que seriam amáveis. O contato dos brasileiros com os japoneses era algo temido, a princípio. Entretanto, a primeira impressão que os moradores de São Paulo tiveram ao relacionar-se com os imigrantes, foi positiva. Há relatos, em jornais, falando sobre o comportamento invejável dos japoneses, que eram extremamente organizados e educados.

5.1 – Japoneses em Piedade Os primeiros japoneses que chegaram em Piedade vieram a bordo do navio Kasato Maru, no ano de 1908. Porém, somente em 1929, esses imigrantes foram chegar na cidade e, entre eles estava Bunjiro Nakao, Toyokishi Nakao e Kinjiro Murakawa. Por conta das terras férteis e do clima de Piedade, outros imigrantes japoneses foram chegando à cidade e trazendo para a cultura piedadense os costumes e tradições japoneses. A linha férrea intitulada Alta Sorocabana proporcionava o deslocamento dos japoneses que, inicialmente, desembarcavam no Porto de Santos e seguiam até a capital


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Paulista, onde se instalavam na hospedaria dos imigrantes. Assim, chegavam até Sorocaba e depois migravam para Piedade. As famílias japonesas que vinham para Piedade, diferente dos imigrantes europeus, não se instalavam em um único bairro, formando uma colônia. Os japoneses, porém, iam para diferentes bairros rurais, segundo a preferência de cada família, onde passaram a desenvolver a agricultura. A partir disso, mais famílias de origem japonesa decidiram mudar para Piedade e, com isso, a cultura, língua e tradições japonesas eram mantidas vidas. No ano de 1941, mais de 37 famílias nipônicas já faziam parte da população piedadense. Durante a Era Vargas, no período da Segunda Guerra Mundial, os japoneses em Piedade – como também os alemães – foram proibidos de falar a sua própria língua dentro de casa. Além disso, um dos imigrantes que morava na cidade, Kunio Ojima, foi convocado para lutar na guerra com o exército brasileiro, mesmo sendo japonês. Após o final da guerra, em 1947, a parte da população japonesa na cidade era de cerca de 250 famílias.

5.2 – Cultura, esporte e educação No ano de 1947, foi fundada em Piedade a primeira Associação Nipo Brasileira, que organizava reuniões para estabelecer o calendário de atividades da colônia japonesa. Inicialmente, a sede dessa associação foi construída na área central e que também possibilitava o encontro dos moradores japoneses dos bairros rurais e do centro. Posteriormente, um terreno foi comprado para a construção de uma sede maior da Associação Nipo Brasileira de Piedade. Esta, estava sendo planejada para comportar atividades culturais e esportivas, como uma escola japonesa, karaokê, danças típicas, gateball, softball, baseball, futebol, sumô, judô e mallet golf. Em 1949, o projeto concretizou-se e foi inaugurada a nova sede, conhecida como KaiKan. Esta passou a ser já na época, a maior central da colônia japonesa na região. A escola japonesa foi inaugurada no Kaikan no ano de 1954 e ensinava as crianças da mesma maneira das escolas do Japão. Porém, a colônia japonesa firmou parcerias com a prefeitura de Piedade para que o território da escola fosse ampliado e, em 1993, a escola de língua japonesa foi desativada, tornando-se um depósito da prefeitura.

5.3 – Agricultura


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Os japoneses que chegavam ao Brasil eram, em sua maioria, trabalhadores rurais no Japão e, por isso, possuíam técnicas agrícolas. Um dos fatores atrativos para esses imigrantes escolherem mudar para a cidade de Piedade foi a fertilidade do solo e, assim, eles passaram a desenvolver a agricultura na referida cidade. Essas famílias desenvolveram no município o cultivo de hortaliças, legumes e frutas. Dentre as principais culturas que os japoneses implantaram na cidade, está o caqui, morango, ameixa e pêssegos. Com o aumento da agricultura, uma cooperativa agrícola surgiu na cidade, oferecendo os pesticidas e insumos a esses agricultores. 5.4 – Cultura japonesa em Piedade atualmente A cultura japonesa é, claramente, a mais perceptível em Piedade. Além de observarse o grande número de descendentes que vivem na cidade, há também a promoção do calendário de eventos japoneses, diferente das demais culturas. A Associação Nipo Brasileira de Piedade, agora é intitulada Kaikan - Associação Cultural e Esportiva – e promove, aos japoneses da associação, aulas de japonês, atletismo, baseball, futebol, etc. Piedade também cedia, anualmente, algumas festas tradicionais japonesas, como o Bon Odori e a Festa da Cerejeira. Nelas há apresentações de grupos típicos de música e dança, além da possibilidade de apreciação da culinária japonesa. Além disso, a festa em comemoração ao aniversário da cidade, a Festa do Kaki, é realizada na sede da associação japonesa e também possibilita o contato com a cultura e produtos do Japão, na exposição do Kaki. Economicamente, os ascendentes nipônicos continuam desenvolvendo e movendo a agricultura piedadense. O morango e o caqui são os principais cultivos dentre as famílias japonesas, mas há também quem cultiva a alcachofra, cenoura, couve, feijão, entre outros.


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CONCLUSÃO Nota-se, por meio do desenvolvimento das pesquisas, que as imigrações alemã, italiana e japonesa influenciam diretamente na consolidação do caráter social, cultural e econômico da cidade de Piedade. Essas influências estão tão arraigadas à cultura piedadense que é difícil distingui-las e identifica-las, com exceção de alguns aspectos da cultura japonesa. A formação dos bairros, como Roseira e Vila Élvio, está diretamente relacionada à vinda desses imigrantes para Piedade e, com isso, a cultura alemã e italiana fazem parte desses bairros ainda hoje. Entretanto, elas não são expressadas de maneira clara pois, com o passar dos anos, foram unindo-se à cultura brasileira e tornando-se mescladas. Além disso, é perceptível o quanto os três povos que imigraram contribuíram para a economia de Piedade. Esta, firmada no setor primário, é movida através da agricultura. Assim, japoneses, alemães e também italianos contribuíram e ainda colaboram para que o setor agrícola de Piedade continue se desenvolvendo. Também, as festas e tradições das três culturas fazem parte do calendário de eventos da cidade e, com isso, possibilitam o contato da população piedadense com essas culturas que contribuíram para a consolidação das características piedadenses. Entretanto, essas festas não são acessíveis a todos e muito menos divulgadas de maneira que toda a população possa prestigiar a culinária, música e tradições dos países de origem desses imigrantes. Portanto, com as descrições e análises explicitadas ao longo do trabalho, é possível observar o quanto as imigrações influenciaram o município de Piedade e o quanto tal fato não é perceptível, pois a cultura piedadense é formada por diversas outras. Assim, o estudo da história dessas imigrações é fundamental para o entendimento da atual construção social, cultural e econômica de Piedade.


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Referências bibliográficas Livros: BRUCKNER, Herta. Roseira e suas raízes.

SOARES, Maria Lúcia de Amorim. A meação no Bairro Colônia Roseira. In: Contribuição ao estudo da meação. O exemplo da cultura de cebola em Piedade. Páginas 83 – 88;

UFSCar Sorocaba, turma de Geografia. Passeando pela Vila com Vi. Sorocaba, 2013.

Artigos da Internet:

Cruzeiro do Sul. Em Piedade, um recorte no tempo rico em memórias. Disponível em: < http://www.jornalcruzeiro.com.br/materia/348994/em-piedade-um-recorte-no-tempo-rico-emmemorias >. Acesso: 11/08/2016, às 21h;

Folha de Piedade. Clube doado à Prefeitura está em ruínas e vira ponto de drogas. Disponível em: <http://folhadepiedade.com.br/noticia/clube-doado-prefeitura-est-em-ru-nas-e-vira-pontode-drogas>. Acesso: 20/06/2016, às 22h15;

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http://brasil500anos.ibge.gov.br/territorio-brasileiro-e-povoamento/alemaes/os-imigrantesalemaes-no-brasil.html >. Acesso: 13/06/2016, às 21h;

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Razões

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http://brasil500anos.ibge.gov.br/territorio-brasileiro-e-povoamento/italianos/razoes-daemigracao-italiana.html>. Acesso: 11/08/2016, às 20h;

Imigração

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Mané do Esporte. História da Colônia Japonesa em Piedade. Disponível em: <http://manedoesporte.blogspot.com.br/2012/02/historia-da-colonia-japonesa-empiedade.html>. Acesso: 27/08/2016, às 15h;

Mané

do

Esporte.

História

do

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Disponível

http://manedoesporte.blogspot.com.br/2012/02/historia-do-bairro-do-roseira.html>. em: 12/07/2016, às 13h25;

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<

Acesso


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