Anfiteatro
Um Equipamento do Espaço Público
!.0 - O Anfiteatro 1.1 Tipos de Anfiteatro 1.2 Aspéctos Técnicos: - Visibilidade - Acústica 2.0 - A proposta 2.1 Contexto Urbano 2.2 Partido Arquitetônico 2.3 Condicionantes Ambientais e Acústicos 2.4 Implantação 2.5 Volumetria 2.6 Requisitos de Visibilidade e Acústica 2.7 Estrutura 2.8 Perspectivas 3.0 - Referências
O Anfiteatro
Tipos de Anfiteatro
Figura 1
Italiano (A)- é a tipologia mais popular em todo o mundo. Possui um arco de proscênio na frente do palco, através do qual a audiência assiste atuação. Seu formato tradicional é o retangular, mas também pode ser semicircular, ferradura ou misto. É fechado nos três lados, com uma quarta parede visível ao público frontal através da boca de cena.
Espaço Múltiplo (B)- Espaço coberto que se adapta a diferentes disposições de palco e público. Um espaço teatral livre que pode ser configurado de acordo com a necessidade do espetáculo e adaptado de maneira a formar uma ou outra tipologia.
Elisabetano (C)-Palco misto que funciona como um espaço fechado retangular com uma grande ampliação de proscênio (retangular ou circular). O público o circunda em três lados: retangular,circular ou misto.Os atores podem mover-se na frente ou atrás da moldura formada pelo arco de proscênio.
Arena/Anfiteatro (D) – Como se pode ver na figura abaixo, o teatro de arena é um dos mais populares. Pode ser coberto ou não, com um palco abaixo da platéia que o envolve totalmente: circular, semicircular, quadrado, 3/4 de círculo, defasado, triangular ou oval.
(A)
(B)
(C)
(D)
Figura 2
Aspectos Técnicos de Visibilidade e Acústica
Figura 3
Visibilidade Para obter uma ótima visibilidade em anfiteatros, é considerado o ângulo de visão que a pessoa Visão Periférica possui (60), onde é aplicado de Visão Direta diversas formas, sendo a mais usual atraés do arco capaz, onde todos os p ontos d a curva da arquibancada possui um mesmo ângulo, assim, todos os Figura 4 espectadores possuirão a mesma Figura 5 visada para o palco. Já a d efinição d a altura d a arquibancada é o btida atrvés d a seguinte e xpressão:
h=C+L.(n.c+H)/D Onde: h = Altura do degrau C= Elevação do raio visual L= Profundidade do degrau n= Número de fileira H=Altura do olho do espectador D= Distância entre a linha o olho do espectador e a linha de toque C
H
A D
h
L Figura 6
Acústica Os anfiteatros ao céu abero devem ter uma preocupção maior com a acústica, pois não possuem os mesmos tratamentos acústicos que os projetos de teatros possuem. Eles d evem considerar: o tipo d e relevo e m que estão inseridos, o u que podem formar; as fontes de ruídos existentes no local, e como bloqueá-las para que não interfiram no local; a volumetria que ele assumirá, pois ela pode ser favorecer, ou não, a acústica; o isolamento acústico do anfiteatro para que ele não se espelhe pra os região. demais lugares da
Figura 7
Formas cônvexas divergem o Figura 8 som, distribuindo-o melhor pelo espaço e ampliando o alcance dele pelas pessoas.
Perfil côncavo de relevo acumula o som refletido podendo ocasionar eco.
Superfícies côncavas concentram Figura 9 os raios sonoros, podendo ocasionar o eco. Ele pode se aceitável se o público estiver longe dos focos. A sua área de abrancência é menor que uma superfície plana.
A Proposta
Contexto Urbano Sendo localizado no centro do Recife, o terreno, onde o anfiteatro será implantado, possui pontos marcantes que devem ser considerados para que o projeto seja realizado, como a excelente vista para o rio Capibaribe, a grande área verde e algumas edificações ao redor. O projeto para o equipamento urbano deve levar em consideração esses fatores, pois o entorno pode ou não valorizar o projeto, em relação à acústica, conforto ambiental e o sentimento de pertencer ao local.
Figura 10
Partido Arquitetônico Em muitas de suas obras, João Cabral de Melo e Neto buscou como inspiração a paisagem que o Rio Capibaribe oferecia para a cidade do Recife, tornando-o, às vezes, como protagonista. Dessa forma, assim como o escritor, a proposta para o anfiteatro, localizado no centro do Recife, é de tornar o Rio Capibaribe como o protagonista do projeto, ou seja, trazer o rio para dentro da cidade, através da volumetria da coberta, da valorização da vegetação próxima ao rio, e também da paisagem que ele oferece para a cidade.
Figura 11
Condicionantes Ambientais
Figura 12
Condicionantes Ambientais O terreno o qual o anfiteatro vai s er implantado não possui delimitações, portanto, todo o estudo de insolação, ventilação e demais fatores ambientais será feito sem considerar nenhuma inclinação.
Nordeste
-Insolação Norte: Sol o dia inteiro nos meses Março - Setembro Sul: Sol o dia inteiro nos meses Outubro - Fevereiro Leste: Sol o ano inteiro de 6H - 12h Oeste: Sol o ano inteiro de 12H - 18h
Leste
Sudeste
Figura 13 Ventos Predominantes na Região
-Ventilação Os ventos predominantes do local são vindos do Leste, Nordeste e Sudeste. Contudo, os melhores ventos são os vindos do Sudeste, pois não p ossuem barreiras físicas, impedindo a sua chegado ao local. N
Dessa froma, a melhor orientação para a implantação do a nfiteatro é no eixo Norte-Sul, para que não ocorra ofuscamento (pelo sol nascente e poente) tanto da platéia quanto do palco, e com uma inclinação para aproveitar os ventos Sudeste, tanto para ventilação quanto para a propagação do som. Figura 14
S
Condicionantes Acústicos Por possuir elementos construídos próximos à rua, que é uma fonte geradora de ruídos, é criada uma área de sombra acústica na parte posterior dos galpões, ou seja, os ruídos gerados na rua são bloqueados por eles e não conseguem atingir o terreno em que o anfitetro será implantado. Com a arquibancada e o palco enterrados, o som produzido no anfiteatro será o exterior, impedido de se espalhar para contendo assim o ruído produzido no local.
Sombra Acústica Figura 15
Dessa forma, o prejeto tem uma preocupação tanto com o ruído produzido na rua quanto com o som produzido pelo anfiteato, a fim de deixar o ambiente mais confortavel acusticamente possível.
Som refletido
Sombra acústica
Figura 16 Com o perfil côncavo hà criação de sombras acústicas, barreira fisica para o som.
Implantação
Figura 17
Volumetria
A coberta para o a nfiteatro ĂŠ c omposta por fitas, obtidas a partir de um mesmo perfil curvo, sendo alguns d eles a lterados para dar mais dinamicidade Ă coberta. Dessa f orma o a nfiteatro mantĂŠm o partido escolhido.
Figura 18
60 60 60
Palco Figura 19
Figura 20
Para a arquibanda é proposto utilizar o conceito de arco capaz para oferecer uma ótima visibilidade e ainda retirar o paralelismo do anfiteatro, melhorando assim a acústica. Enterrar parte da arquibancada e o palco permitiu com que a cobertado anfiteatro não ultrapassasse o gabarito das edificações mais próximas, os galpões, mostrando assim a preocupação com o entorno do equipamento público.
Figura 21
Contudo, ao enterrar o anfiteatro é criado um relevo de perfil côncavo, onde ocorre uma acumulação do som, podendo ocasionar eco e reverberação. Para que não ocorra esses fenômenos acústicos é proposto septos na coberta, ampliando assim a área de absorção do som, previnindo assim um possível desconforto acústico. Há também uma preocupação acútica no perfil que a coberta adquiriu, pois ela possui uma parte convexa, próxima ao palco, onde auxilia na propagação do som através de reflexões. Dessa forma a platéia possuiria uma ótima qualidade acústica nos efentos ainteatro. realizados no
+ 6.00 m
Visibilidade no Anfiteatro
Figura 22
AcĂşstica No Anfiteatro
Figura 23
Estrutura
Figura 24
FORMA-ATIVA
Figura 25
São sistemas estruturais flexíveis, de matérial não rígido nos quais a redistribuição de forças é efetuada através do particular projeto da forma da característica “estabilização da forma”. Seus componentes básicos são submetidos principalmente a um tipo de tensão normal, isto é, ou à compressão ou a tensão. São sistemas em uma única condição de tensão.
Figura 26
FLEXÃO DEVIDA A UMA CARGA ADICIONAL VERTICAL OU HORIZONTAL Qualquer carga adicional causará deformação do arco e o desvio da linha funicular de compressão, resultando em flexão.
INFULÊNCIA DA ALTURA DO ARCO NOS ESFORÇOS DOS APOIOS O empuxo de um arco é inversamente proporcional à sua altura. Para reduzir o empuxo, a altura do arcodeve ser a maior possível. Figura 27
Figura 28
Figura 29
Figura 30
Figura 31
Figura 32
Figura 33
ReferĂŞncias
Figura 1: Disponível em: https://vitordp.wordpress.com/author/vitordp/ Acesso em 30/11/2016 Figura 2: Disponível em: http://www.avaad.ufsc.br/moodle/mod/hiperbook/view.php?id=497&target_ navigation_chapter=227&groupid= Acesso em 07/11/2016 Figura 3: Disponível em: https://arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/paulo-bruna-arquitetos-associados-teatro-sao-17-03-2009 Acesso em 30/11/2016 Figura 4: Croqui obtido a partir do livro “Arte de Projetar em Arquitetura” - Neufert, Ernst Figura 5: Croqui obtido a partir do livro “Arte de Projetar em Arquitetura” - Neufert, Ernst Figura 6: Croqui obtido a partir do livro “Arte de Projetar em Arquitetura” - Neufert, Ernst Figura 7: Croqui obtido a partir do livro “Bê-á-bá da Acústica Arquitetônica” - Souza, Cristina Figura 8: Croqui obtido a partir do livro “Bê-á-bá da Acústica Arquitetônica” - Souza, Cristina Figura 9: Croqui obtido a partir do livro “Bê-á-bá da Acústica Arquitetônica” - Souza, Cristina Figura 10: Disponível em: https://www.flickr.com/photos/prefeituradorecife/8497053697 Acesso em 30/11/2016 Figura 11: Disponível em: https://centroescolamangue.wordpress.com/author/centroescolamangue/ page/5/ Acesso em 30/11/2016 Figura 12: Disponível em: https://www.google.com.br/maps/@-8.0954186,-34.912066,15z Acesso em 30/11/2016 Figura 13: Imagem autoral, do acervo dos autores Figura 14: Croqui obtido a partir do livro “Bê-á-bá da Acústica Arquitetônica” - Souza, Cristina Figura 15: Croqui obtido a partir do livro “Bê-á-bá da Acústica Arquitetônica” - Souza, Cristina
Figura 16: Croqui obtido a partir do livro “Bê-á-bá da Acústica Arquitetônica” - Souza, Cristina Figura 17: Imagem autoral, do acervo dos autores Figura 18: Imagem autoral, do acervo dos autores Figura 19: Imagem obtida a partir do livro “Arte de Projetar em Arquitetura” - Neufert, Ernst Figura 20: Imagem autoral, do acervo dos autores Figura 21: Croqui obtido a partir do livro “Bê-á-bá da Acústica Arquitetônica” - Souza, Cristina Figura 22: Imagem autoral, do acervo dos autores Figura 23: Imagem autoral, do acervo dos autores Figura 24: Imagem autoral, do acervo dos autores Figura 25: Imagem obtida do livro “Sistemas Estruturais” - Engel, Heino Figura 26: Imagem obtida do livro “Sistemas Estruturais” - Engel, Heino Figura 27: Imagem obtida do livro “Sistemas Estruturais” - Engel, Heino Figura 28: Imagem obtida do livro “Sistemas Estruturais” - Engel, Heino Figura 29: Imagem obtida do livro “Sistemas Estruturais” - Engel, Heino Figura 30: Imagem autoral, do acervo dos autores Figura 31-33: Imagem autoral, do acervo dos autores Referencias Textuais: - SOUZA, Léa Cristina Lucas de; ALMEIDA, Manuela Guedes de; BRAGANÇA, Luís. Bê-á-bá da acústica arquitetônica: ouvindo a arquitetura. São Carlos, SP: Edufscar, 2011. 149 p. ISBN 9788576000730. - CARVALHO, Régio Paniago. Acústica arquitetônica. 2. ed., rev. ampl. [Brasília, DF]: Thesaurus, [2010]. ISBN 9788570628770. - NEUFERT, Ernst. Arte de projetar em arquitetura: Principios, normas e prescricoes sobre construcao, instalacoes, distribuicao e programa de necessidades, dimensoes de edificios, locais e utensilio. 16. ed. Barcelona: G. Gili, 2002. 432 p. : il ISBN 84-252-1691-5.
ANFITEATRO POR: Camila Farias Colaço Felipe Carvalho Clementino Thais Mariana Ferreira das Chagas Valéria Aline Alves de Oliveira