Atividade de simulação “Crise vulcânica” Ciências Naturais, 7.º ano
Nuno Ribeiro Bento Cavadas Bruno Sousa
Ciências Naturais, 7.º ano | Nuno Ribeiro, Bento Cavadas e Bruno Sousa 1
Índice 1. Introdução............................................................................................................................ 3 2. Enquadramento da atividade...............................................................................................5 2.1. Enquadramento curricular.........................................................................................5 2.2. Enquadramento didático............................................................................................5 2.3. Sugestões para a exploração da atividade................................................................6 3. Propostas de soluções......................................................................................................... 7 4. Referências bibliográficas....................................................................................................8 5. Ficha técnica........................................................................................................................ 8
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1. Introdução Esta atividade, denominada “crise vulcânica”, coloca os alunos no papel de uma equipa de vulcanólogos que procuram resolver uma crise vulcânica na cidade de Quito, no Equador. Trata-se de uma atividade concebida no âmbito do currículo da disciplina de Ciências Naturais do 7.º ano de escolaridade.
Objetivo da atividade Esta atividade tem como objetivo simular uma situação de crise. Neste caso, os alunos terão que tomar decisões para proteção da população devido ao comportamento de um vulcão que poderá entrar em erupção a qualquer momento. O vulcão em questão é o Guagua Pichincha, em cuja vertente oriental se situa a cidade de Quito, capital do Equador.
Material necessário – Apresentação PowerPoint® com o simulador: esta apresentação deverá ser utilizada durante a dinamização da atividade. Inclui uma breve contextualização do problema e a simulação que deverá ser utilizada durante a atividade. Nota: quando iniciar a simulação (slide 12 da apresentação), ela correrá automaticamente, não sendo por isso necessário clicar em qualquer botão, exceto quando indicado. – Ficha de trabalho (uma ficha por grupo): esta ficha de trabalho apresenta a informação que permitirá aos alunos tomarem decisões quanto ao risco representado pelo vulcão da simulação. Inclui os seguintes documentos: o carta de risco vulcânico; o lista de conceitos-chave; o escala de níveis de alerta de um vulcão; o relatório da missão, onde os alunos deverão fazer os seus registos. Os documentos são disponibilizados em formato Word ®, para que os possa alterar e/ou adaptar à realidade das suas turmas. No final do documento apresentam-se propostas de soluções da ficha de trabalho do aluno. Dinamização da atividade Esta atividade desenrola-se em duas tarefas distintas (contextualização e simulação) que podem ser explorados em dois momentos letivos: Tarefa 1 – contextualização (slides 1 a 10) Sugere-se que o/a professor/a inicie a apresentação e que contextualize os alunos sobre a situação que será simulada. Sugerimos que utilize as seguintes questões exploratórias: Slid
Questões de exploração
Proposta de solução
1. Em que continente se situa o Equador?
1. América do Sul
2. Qual é a capital do Equador?
2. Quito
3. Quantos habitantes tem a cidade de
3. De acordo com o Censo de 2010, a cidade de
e
3
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Quito? 1. Localiza a cidade de Quito relativamente ao vulcão Guagua Pichincha.
do vulcão Guagua Pichincha.
2. Qual é a altura do vulcão?
2. O vulcão tem 4784 metros de altura.
3. Quando ocorreu a maior erupção do
3. A maior erupção ocorreu em 1660 e uma das
vulcão
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Quito tem 2 239 191 habitantes. 1. A cidade de Quito localiza-se na vertente Este
e
quais
foram
as
suas
suas consequências foi a queda de cinzas
consequências? 1. Compara o número de habitantes nos
num raio de 1000 km em redor do vulcão. 1. Dos 10 km aos 30 km de raio do vulcão, o
raios de 10 km e 30 km do vulcão.
número de habitantes aumenta em mais de dois milhões.
2. Como explicas o número de habitantes a menos de 10 km do vulcão?
2. Habitam 32 488 pessoas a cerca de 10 km do vulcão. Essas pessoas estão sujeitas a vários perigos aquando de uma erupção, como sismos, fluxos/escoadas de lava e piroclastos expelidos pelo vulcão. Contudo, a localização oferece vantagens do ponto de vista de habitação que, do ponto de vista dessas pessoas, ultrapassa os riscos a que estão
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1. Quantos episódios eruptivos ocorreram no século XXI?
XXI: em 26-10-2001, em 16-04-2002 e em 11-
2. Classifica o tipo de erupção típico deste vulcão. desse tipo de erupção.
a 10
10-2002. 2. Erupção do tipo explosivo.
3. Descreve as principais características
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expostas. 1. Ocorreram três episódios eruptivos no século
3. São tipicamente erupções violentas, com muitas explosões e emissão de gases e
1. Indica em que zona de risco vulcânico é
piroclastos. 1. Zona A.
mais provável a escorrência de lava. 2. Menciona as zonas em que podem
2. Zonas A, B e C.
ocorrer quedas de piroclastos. 3. Compara a zona de risco vulcânico B com a zona de risco vulcânico C.
3. Na zona B (risco elevado) podem ser emitidos piroclastos de grandes dimensões (bombas), ao contrário da zona C (risco intermédio), com piroclastos de menores dimensões (lapilli e cinzas). Na zona B, a acumulação de piroclastos é superior à da zona C. Na zona B também podem ocorrer lahars (avalanches de lama).
4. Classifica o risco da zona associada à
4. Risco intermédio (Zona C).
cidade de Quito. Tarefa 2 – simulação (slides 11 a 70) Deverá dividir a turma em grupos e distribuir o material impresso por cada grupo. Os alunos deverão ler a informação no slide 11 (corresponde à introdução da ficha de trabalho) e decidir as funções dentro do
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grupo (por exemplo, cada aluno poderá ficar responsável por um documento e explorá-lo para depois partilhar o que aprendeu com os restantes elementos do grupo). Os alunos deverão ser informados do facto de a simulação implicar atualizações de informação a cada minuto (o que, na simulação, corresponde a uma hora) e que deverão estar atentos e efetuar os registos que considerarem necessários (cada informação será mantida no ecrã durante aproximadamente 4 minutos até ser substituída por nova informação). Quando todos tiverem compreendido as suas funções, o docente deverá carregar no botão “Iniciar Missão” (slide 12 da apresentação) e dar início à simulação. A cada requisição de atualização do nível de alerta, o professor poderá solicitar aos diferentes grupos que partilhem a sua decisão através dos portavozes (a função de porta-voz pode rodar dentro do grupo para todos terem a oportunidade de falar).
2. Enquadramento da atividade 2.1. Enquadramento curricular As tarefas poderão ser exploradas tendo em conta o seguinte enquadramento curricular: Conteúdos
Objetivos de aprendizagem Metas Curriculares (Bonito et al., 2013, p. 14):
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Domínio: Terra em Transformação Subdomínio: Consequências da dinâmica interna da Terra
Objetivo geral: Compreender a atividade vulcânica como uma manifestação da dinâmica interna da Terra. Descritores: 6.6. Referir medidas de prevenção de bens e de pessoas do risco vulcânico. 6.7. Inferir a importância da ciência e da tecnologia na previsão de erupções vulcânicas.
A atividade permitirá desenvolver nos alunos as seguintes áreas de competências, definidas como objetivos à saída da escolaridade obrigatória (Ministério da Educação, 2017a): Raciocínio e resolução de problemas. Pensamento crítico e pensamento criativo. Saber científico, técnico e tecnológico. Relacionamento interpessoal. Desenvolvimento e autonomia pessoal.
2.2. Enquadramento didático Nesta atividade propõe-se a exploração e a simulação de uma situação de crise noutro país. Assim, os alunos deparam-se com um cenário em que a informação é escassa e no qual têm de se adaptar rapidamente a uma situação nova. A articulação com os saberes de outras disciplinas é explorada do seguinte modo: Articulação Físico-Química Domínio: Materiais
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Subdomínio: Propriedades físicas dos materiais Objetivo geral: Reconhecer propriedades físicas e químicas das substâncias que as permitem distinguir e identificar. (Fiolhais et al., 2013, pp. 9-10) Geografia Domínio: A Terra – Estudos e representações Subdomínio: A representação da superfície terrestre Objetivo geral: Conhecer diferentes formas de representação da superfície terrestre. (Nunes, Almeida & Nolasco, 2014, p. 3) Subdomínio: A localização dos diferentes elementos da superfície terrestre Objetivo geral: Aplicar o conhecimento das coordenadas geográficas na localização de um lugar. (Nunes, Almeida & Nolasco, 2014, p. 5) Subdomínio: O relevo Objetivo geral: Compreender diferentes formas de relevo através da análise de mapas e da construção de perfis topográficos. (Nunes, Almeida & Nolasco, 2014, p. 8)
2.3. Sugestões para a exploração da atividade Duração: 45 + 90 minutos N.º de alunos por grupo: 2 a 5 Equipamentos: computador e videoprojetor para explorar a apresentação PowerPoint ®
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3. Propostas de soluções Ficha de trabalho
ATUALIZAÇÃO #6
ATUALIZAÇÃO #5
ATUALIZAÇÃO #4
ATUALIZAÇÃO #3
ATUALIZAÇÃO #2
ATUALIZAÇÃO #1
ATUALIZAÇÃO DO NÍVEL DE ALERTA
(Façam um círculo no nível de alerta atual)
Justificação: o vulcão exibe sinais de atividade acima do seu comportamento não eruptivo típico.
(Façam um círculo no nível de alerta atual)
Justificação: o vulcão exibe sinais de atividade acima do seu comportamento não eruptivo típico.
(Façam um círculo no nível de alerta atual)
Justificação: a emissão de cinzas representa um perigo para a navegação aérea.
(Façam um círculo no nível de alerta atual)
Justificação: o fluxo piroclástico representa uma grave ameaça para a população local e a emissão de cinzas continua a ser registada.
(Façam um círculo no nível de alerta atual)
Justificação: as sucessivas erupções representam uma grave ameaça para a população local e para a navegação aérea.
(Façam um círculo no nível de alerta atual)
Justificação: o vulcão mostra sinais de estar a voltar ao seu estado não eruptivo.
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4. Referências bibliográficas Barberi, F., Ghigliotti, M., Macedonio, G., Orellana, H., Pareschi, M. T., & Rosi, M. (1992). Volcanic hazard assessment of Guagua Pichincha (Ecuador) based on past behaviour and numerical models. Journal of Volcanology and Geothermal Research, 49(1–2), 53–68. http://doi.org/10.1016/0377-0273(92)90004-W Bonito, J. (Coord.), Morgado, M., Silva, M., Figueira, D., Serrano, M., Mesquita, J., & Rebelo, H. (2013). Metas curriculares. Ensino Básico. Ciências Naturais. 5.º, 6.º, 7.º e 8.º anos. Lisboa: Ministério da Educação e Ciência. Retirado de http://www.dge.mec.pt/sites/default/files/ficheiros/eb_cn_metas_curriculares_5_6_7_8_ano_0.pdf Fiolhais, C. (Coord.), Ferreira, A. J., Constantino, B., Portela, C., Braguez, F., Ventura, G., Nogueira, R., & Rodrigues, S. (2013). Metas curriculares do 3.º Ciclo do Ensino Básico. Ciências FísicoQuímicas. 7.º, 8.º e 9.º anos. Lisboa: Ministério da Educação e Ciência. Retirado de: http://www.dge.mec.pt/sites/default/files/ficheiros/eb_cfq_metas_curriculares_3c_0.pdf Ministério da Educação (2017a). Perfil dos alunos à saída da escolaridade obrigatória. Lisboa: Ministério da Educação. Retirado de: http://www.dge.mec.pt/sites/default/files/Curriculo/Projeto_Autonomia_e_Flexibilidade/perfil_dos_ alunos.pdf Ministério da Educação (2017b). Aprendizagens essenciais. Articulação com o perfil dos alunos. 7.º ano. 3.º Ciclo do Ensino Básico. Ciências Naturais (Documento de trabalho – Escolas do PAAFC). Lisboa: Ministério da Educação. Retirado de: http://dge.mec.pt/sites/default/files/Curriculo/Projeto_Autonomia_e_Flexibilidade/ae_3oc_ciencia s_naturais.pdf Nunes, A. N., Almeida, A. C. de, Nolasco, C. C. (2014). Metas curriculares. Ensino Básico. Geografia. 7.º, 8.º e 9.º anos. Lisboa: Ministério da Educação e Ciência. Retirado de: http://www.dge.mec.pt/sites/default/files/ficheiros/metas_curriculares_geog_eb.pdf
5. Ficha técnica Título
Atividade de simulação “Crise vulcânica”
Autores
Nuno Ribeiro | Bento Cavadas | Bruno Sousa
Imagens Publicação:
Edições ASA
Aceite para publicação em 21 de fevereiro de 2018
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