Propriedades periódicas - ensino secundário

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Aceite para publicação em 27 de setembro de 2010. Atualizado em setembro de 2011, outubro 2012, novembro 2017, março 2021 e abril 2022.

TABELA PERIÓDICA Número atómico, símbolo químico e nome 1

18

H

1

Hidrogénio

2

Lítio

3

Sódio

4

Potássio

5

Rubídio

6

Césio

7

2

1

3

11

Li

K

Cs

87

12

B

Mg

Fr

Frâncio

Ca

Cálcio 38

3 21

Sr

Ba

Bário 88

Ra

Rádio

4

Sc

22

Escândi o 39

Y

Lantanídeos Actinídeos

Ti

23

40

72

Zr

41

Hf

Lantânio

Ac

89

Nb

73

42

Cr

25

8 26

Ce

Cério

Th

Actínio Tório

59

Praseodímio

91

75

Pa

Protactínio

Re Bh

Sg

107

Bóhrio

Nd

60

Neodími o 92

27

45

U

Urânio

Os

Pm

62

28

Rh

Ni

46

Ir

77

109

Pd

Paládio

Irídio

Hs

Hássio

61

Co

Ródio

Ósmio 108

10

Cobalto Níquel

Ru

76

Rénio

Seabórgio

Pr

44

43

Tungsténi o 106

Ferro

Tecnécio Ruténio

W

Db

9

Fe

Mn Tc

Mo

74

Dúbnio

58

90

7

Molibdénio

Ta

105

Rutherfórdio

La

24

Tântalo

Rf

57

V

Nióbio

Háfnio 104

6

Vanádio Crómio Manganês

Zircónio

Lant. Act.

5

Titânio

Ítrio

Estrôncio 56

14

Mt

78

Pt

Platina 110

Ds

Meitnério Darmstácio

Sm

63

Eu

64

Gd

Promécio Samário Európio Gadolínio

Np

93

Neptúnio

94

Pu

Plutónio

Am

95

Ameríci o

96

Cm

Cúrio

11 29

Cu

Cobre 47

Ag

Prata 79

Au

Ouro 111

Rg

Roentgéni o

65

Tb

Térbio 97

Bk

12 Zn

31

Gálio

Cd

Copernício

66

Dy

Disprósio 98

Cf

33

51

Pb

83

Fl

115

114

Nipónio Fleróvio

Ho Es

99

Berkélio Califórnio Einsténio

As

Sn

82

Nh

67

S

17

16

34

68

Er

Érbio

Fm

100

Férmio

Cl

Cloro

Se

35

Sb

52

Bi

84

Te

Br I

Po

85

Mc

116

Moscóvio

Tm

69

Túlio

Md

101

Mendelévio

Yb

70

Itérbio

No

102

Nobélio

71

Ts

Teness o

Livermório

Lu

Lutécio 103

Lr

Lawrêncio

Kr

36

Crípton 54

At

117

Ar

18

Árgon

Xénon

Ástato

Lv

Ne

10

Néon

Xe

53

Iodo

Chumbo Bismuto Polónio

113

Hólmio

9

Flúor

Arsénio Selénio Bromo

50

81

Tálio

P

2

Hélio

F

O

8

Oxigénio

Estanho Antimónio Telúrio

Tl

Hg

80

Mercúrio

Cn

Ge

32

49

Índio

15

He

17

Fósforo Enxofre

Germânio

In

48

Cádmio

112

14

Silício

Ga

30

N

Nitrogéni o

Si

Al

13

16

7

6

Carbono

Alumínio

Zinco

15

C

5

Boro

Magnésio 20

Rb

55

Be

Berílio

Na

19

37

4

13

6 7

Rn

86

Rádon

Og

118

Oganésson


Ana Paula da Silva Correia e José Rodrigues Ribeiro, Escola Secundária c/ 3º ciclo de Henrique Medina, Esposende Março 2021 Aceite para publicação em 27 de setembro de 2010. Atualizado em setembro de 2011, outubro 2012, novembro 2017, março 2021 e abril 2022.

TABELA PERIÓDICA Estrutura (nº atómico, Z) 1

18

1

1

2

3

Li

4

3

11

Na

12

K

20

Rb

38

Cs

56

Fr

88

4

19

5

37

6

55

7

87

Bloco Bloco Bloco Bloco s p d f

2

H

13

Be

Mg Ca

21

Sr

39

4

Sc

22

Y

40

Ba Lant.

Ra

B

6

Al

14

5

3

Act.

72

5

Ti

V

24

Nb

42

23

Zr

41

Hf

73

Rf

105

104

Lantanídeos

57

La

58

Actinídeos

89

Ac

90

6

7

Cr

91

Pa

44

Re

76

Bh

108

75

Sg

107

106

Th

Tc

W

Db

Pr

26

43

74

59

Mn

Mo

Ta

Ce

25

60

8

Nd

61

U

93

92

9

Fe

27

Ru

45

Co

28

Rh

46

Ir

78

Mt

110

Os

77

Hs

109

Pm

62

Np

94

10

Sm

63

Pu

95

11

Ni

29

Pd

47

Pt

79

Ds

111

Eu

64

Am

96

12

Cu

30

Ag

48

Au

80

Rg

112

13

Zn

31

Cd

49

Hg

81

Cn

113

Gd

65

Tb

66

Cm

97

Bk

98

14 C

7

Si

15

Ga

32

In

50

Tl

82

Nh

114

Ho

68

Es

100

Dy

67

Cf

99

15

16

N

8

P

16

Ge

33

Sn

51

Pb

83

Fl

115

Er

69

Fm

101

17

O

9

S

17

Se

35

He

2

F

10

Ne

Cl

18

Ar

Br

36

I

54

At

86

Ts

118

As

34

Sb

52

Te

Bi

84

Po

85

Mc

116

Lv

117

Tm

70

Yb

71

Md

102

No

103

53

Kr Xe

Rn Og

Lu

6

Lr

7


Ana Paula da Silva Correia e José Rodrigues Ribeiro, Escola Secundária c/ 3º ciclo de Henrique Medina, Esposende

Setembro 2010

 Grupos: São as filas verticais (colunas), numeradas de 1 a 18. -

Grupo 1 (metais alcalinos) Grupo 2 (metais alcalinoterrosos) Grupo 17 (halogéneos) Grupo 18 (gases nobres)

 Períodos: São as filas horizontais (linhas), numeradas de 1 a 7.  Blocos: São grandes divisões da Tabela Periódica, definidas de acordo com o tipo de subníveis ocupados pelos eletrões mais externos. -

Bloco s (grupos 1 e 2, mais o hélio) Bloco p (grupos 13 a 18, com a exclusão do hélio) Bloco d (grupos 3 a 12) Bloco f (lantanídeos e actinídeos)

Os elementos dos blocos s e p são também designados elementos representativos, enquanto os dos blocos d e f são chamados elementos de transição.


Ana Paula Silva Correia e José Rodrigues Ribeiro Março 2019 Aceite para publicação em 27 de setembro de 2010. Atualizado em setembro de 2011, outubro 2012, novembro 2017, março 2021 e abril 2022.

TABELA PERIÓDICA Configuração eletrónica de valência (estado fundamental) 1

18 Em bold, configurações “anómalas”

1

1s1

2

2

2s1

2s2

3

3s1

3s2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

4

4s1

4s2

5

5s1

5s2

4s2 3d1 5s2 4d1

6

6s2

Lant.

7

7s1

7s2

Act.

4s2 3d3 5s1 4d4 6s2 5d3 7s2 6d3

4s1 3d5 5s1 4d5 6s2 5d4 7s2 6d4

4s2 3d5 5s2 4d5 6s2 5d5 7s2 6d5

4s2 3d6 5s1 4d7 6s2 5d6 7s2 6d6

4s2 3d7 5s1 4d8 6s2 5d7 7s2 6d7

4s2 3d8 4d10

6s1

4s2 3d2 5s2 4d2 6s2 5d2 7s2 6d2

4s1 3d10 5s1 4d10 6s1 5d10 7s1 6d10

4s2 3d10 5s2 4d10 6s2 5d10 7s2 6d10

6s1 5d9 7s2 6d8

13

14

15

16

17

1s2

2s2 2p1 3s2 3p1 4s2 4p1 5s2 5p1 6s2 6p1 7s2 7p1

2s2 2p2 3s2 3p2 4s2 4p2 5s2 5p2 6s2 6p2 7s2 7p2

2s2 2p3 3s2 3p3 4s2 4p3 5s2 5p3 6s2 6p3 7s2 7p3

2s2 2p4 3s2 3p4 4s2 4p4 5s2 5p4 6s2 6p4 7s2 7p4

2s2 2p5 3s2 3p5 4s2 4p5 5s2 5p5 6s2 6p5 7s2 7p5

2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 4p6 5s2 5p6 6s2 6p6 7s2 7p6


Lantanídeos Actinídeos

6s2 5d1 7s2 6d1

6s2 1

1

5d 4f

7s2 6d2

6s2 4f3 7s2 1

6d 5f

6s2 4f4 7s2 2

1

6d 5f

6s2 4f5 7s2 3

1

6d 5f

4

6s2 4f6 7s2 5f6

6s2 4f7 7s2 5f7

6s2 1

7

5d 4f

7s2 6d15f7

6s2 4f9 7s2 5f9

6s2 4f10 7s2 5f10

6s2 4f11 7s2 5f11

6s2 4f12 7s2 5f12

6s2 4f13 7s2 5f13

6s2 6s2 14 5d14f14 4f 7s2 7s2 14 6d15f14 5f

6 7

O conjunto dos eletrões de um determinado átomo é normalmente subdividido em dois grupos: os eletrões internos (ou do cerne) e os eletrões externos (ou de valência). Regra geral, apenas estes últimos participam nas reações químicas e no estabelecimento de ligações químicas, sendo por isso a configuração eletrónica de valência a mais relevante para o estudo das propriedades periódicas dos elementos. Para os elementos representativos (blocos s e p), os eletrões de valência são definidos de uma forma inequívoca: são os eletrões s e p mais externos, ou seja, com maior valor do nº quântico principal, n. Tal é verdade mesmo no caso dos elementos mais mássicos, em que existem subcamadas d e f completas, pois quando tais subníveis ficam completamente preenchidos, a sua energia diminui acentuadamente, transformando os seus eletrões em eletrões internos, com energia inferior à do subnível s imediatamente anterior. Para os elementos de transição (blocos d e f), o conceito de eletrões de valência não é tão linear e por isso não é normalmente aplicado. Analisando a tabela, facilmente se constata que a configuração eletrónica é uma propriedade periódica, pois elementos pertencentes ao mesmo grupo apresentam configurações eletrónicas semelhantes. À medida que se desce ao longo de um grupo, aumenta regularmente o nº quântico principal, n, dos eletrões de valência. À medida que se avança num período, da esquerda para a direita, o nº quântico principal mantém-se constante, mas aumenta o número de eletrões de valência - nos elementos representativos, bem entendido. Uma particularidade interessante é a presença de configurações eletrónicas “anómalas”, em certos elementos dos blocos d e f. Uma explicação para esse facto reside na pequena diferença energética existente entre os subníveis de energia mais externos nestes elementos, o que acarreta (em alguns casos) a inversão da habitual sequência dos subníveis de energia. Por outro lado, a estabilidade acrescida de subníveis d e f completamente preenchidos (configurações d10 e f14) ou semipreenchidos (configurações d5 e f7) é a causa de grande parte dessas “anomalias”.


Ana Paula da Silva Correia e José Rodrigues Ribeiro Escola Secundária c/ 3º ciclo de Henrique Medina, Esposende

Setembro 2010 Aceite para publicação em 27 de setembro de 2010. Atualizado em setembro de 2011, outubro 2012, novembro 2017, março 2021 e abril 2022.

TABELA PERIÓDICA 1ª energia de ionização e afinidade eletrónica (em kJ mol-1) I1 AE

1

1 2 3 4 5 6 7

1312 73 520 60 496 53 419 48 403 47 376 46 380 -

18

2 899 0 738 3 4 0 590 633 659 2 18 8 550 600 640 5 30 41 503 Lant. 658 14 0 509 490 Act. -

13

5

6

7

8

9

10

651 51 652 86 761 31 640 -

653 65 684 72 770 79 730 -

717 0 702 53 760 110 660 -

762 15 710 101 840 104 750 -

760 64 720 110 880 151 840 -

737 112 804 54 870 205

14

15

16

17

801 1086 1402 1314 1681 27 122 7 141 328 11 12 578 786 1012 1000 1251 42 134 72 200 349 745 906 579 762 947 941 1140 119 0 41 119 78 195 325 731 868 558 709 834 869 1008 126 0 39 107 101 190 295 890 1007 589 716 703 812 890 223 0 36 61 91 183 270

2372 0 2081 0 1521 0 1351 0 1170 0 1037 0


Lantanídeos Actinídeos

538 45 499 -

534 527 533 63 50 50 587 568 598 -

540 50 605 -

544 50 585 -

547 50 578 -

593 50 581 -

566 50 601 -

573 50 608 -

581 50 619 -

589 50 627 -

597 99 635 -

603 50 642 -

524 33 470 -

6 7

A 1ª energia de ionização (I1) é a quantidade de energia necessária para remover um eletrão a um átomo no estado gasoso, transformando-o num ião monopositivo, ao passo que a afinidade eletrónica (AE ou EA) é a quantidade de energia libertada por um átomo no estado gasoso quando capta um eletrão, transformando-se num ião mononegativo. Ambas são propriedades periódicas dos elementos químicos, sendo o seguinte o seu modo de variação ao longo da Tabela Periódica: Primeira energia de ionização (I1) Para os elementos representativos, o valor diminui à medida que se desce ao longo dos grupos, o que se explica pelo aumento do nº quântico n dos eletrões mais externos, que por isso sentem cada vez menos a ação atrativa dos núcleos. No caso dos elementos de transição, há outros fatores (não abordados a este nível) que ocultam esta influência. Por outro lado, à medida que se avança num determinado período, da esquerda para a direita, existe tendência para o aumento do valor de I 1, o que se explica pelo facto de, pertencendo os eletrões mais externos ao mesmo nível de energia, haver um aumento gradual da carga nuclear (Z) e, portanto, da força atrativa sobre os eletrões. Há, contudo, algumas exceções a este aumento da energia da ionização, destacando-se os valores anormalmente elevados dos elementos dos grupos 2 (metais alcalinoterrosos), 12, 15 e 18 (gases nobres), que acarretam algumas inversões na tendência dominante. Nesses casos, trata-se de elementos cujas configurações eletrónicas de valência são particularmente estáveis, pois apresentam subníveis s, d e p totalmente preenchidos (s2, d10 e p6) ou o subnível p semipreenchido (p3). Afinidade eletrónica (AE) Em traços gerais, para os elementos representativos, o seu modo de variação é semelhante ao da primeira energia de ionização, sendo da mesma natureza as causas dessa variação: a afinidade eletrónica mede a capacidade de um átomo em receber um eletrão adicional, sendo essa capacidade tanto maior quando mais intensa for a influência do núcleo sobre os eletrões mais externos, isto é, quanto menor for n (ao longo do mesmo grupo) e maior for Z (ao longo do mesmo período). Registe-se, no entanto, a existência de um certo número de elementos que apresentam afinidades eletrónicas muito baixas ou mesmo nulas, o que significa que esses elementos não têm qualquer tendência a captar eletrões. Mais uma vez, trata-se fundamentalmente dos elementos dos grupos 2 (metais alcalinoterrosos), 12 e 18 (gases nobres), com configurações eletrónicas estáveis e que, por esse motivo, em nada “beneficiariam” com a aquisição de um eletrão adicional.


Ana Paula da Silva Correia e José Rodrigues Ribeiro Escola Secundária c/ 3º ciclo de Henrique Medina, Esposende Setembro 2010 BIBLIOGRAFIA:

http://www.webelements.com http://en.wikipedia.org/wiki/Electron_affinity_(data_page) http://www.rsc.org/chemsoc/visualelements/

Aceite para publicação em 27 de setembro de 2010. Atualizado em setembro de 2011, outubro 2012, novembro 2017, março 2021 e abril 2022.

TABELA PERIÓDICA Eletronegatividade (escala de Pauling) 1

18

1

2,20

2

0,98 1,57

3

0,93 1,31

4

0,82 1,00 1,36 1,54 1,63 1,66 1,55 1,83 1,88 1,91 1,90

1,65 1,81 2,01 2,18 2,55 2,96

3,00

5

0,82 0,95 1,22 1,33

6

0,79 0,89

7

0,7

2

0,9

13

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

14

15

16

17

-

2,04 2,55 3,04 3,44 3,98

-

1,61 1,90 2,19 2,58 3,16

-

1,6

2,16

1,9

2,2

2,28 2,20 1,93

1,69 1,78 1,96 2,05

2,1

2,66

2,6

2,20 2,28 2,54

2,00 1,62 2,33 2,02

2,0

2,2

-

-

-

-

Lant.

1,3

1,5

2,36

1,9

2,2

Act.

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-


Lantanídeos Actinídeos

1,10 1,12 1,13

1,14

1,1

1,38

1,3

1,5

-

1,17

1,3 1,28 6

-

1,2

-

1,3

1,3

1,3

1,22 1,23 1,24

1,25

-

1,27

6

1,3

1,3

1,3

-

7

1,3

1,3

A eletronegatividade é uma propriedade periódica que exprime a capacidade que os átomos de um determinado elemento têm de atrair eletrões, quando se ligam a átomos de outros elementos. Como consequência, os seus valores são da maior utilidade, quer para a previsão do tipo de ligação química, mas também para a estimativa da percentagem de caráter iónico da ligação entre dois átomos. Não é obtida por medições diretas, mas sim calculada a partir dos valores de outras propriedades (como as energias de ionização dos elementos ou as energias de ligação das moléculas). Por outro lado, não se exprime através de uma unidade, mas sim de uma escala. Embora existam várias diferentes escalas de eletronegatividade, a mais frequentemente usada é a de escala de Pauling, proposta em 1932 pelo cientista norte-americano Linus Pauling (1901-1994). A variação da eletronegatividade ao longo da Tabela Periódica segue um padrão idêntico ao da energia de ionização, ou seja, os seus valores diminuem à medida que se desce num grupo e aumentam à medida que se avança num período, da esquerda para a direita, sendo essa variação assim inversa da do raio atómico. A razão é a seguinte: como a eletronegatividade é uma medida da influência atrativa dos núcleos atómicos sobre os eletrões exteriores, quanto maior for o átomo, menor é essa capacidade atrativa e, portanto, menor também é a eletronegatividade. Por vezes, os elementos são classificados em duas categorias, em função do valor da sua eletronegatividade: Elementos eletronegativos – elementos com eletronegatividades altas (regra geral, superiores a 2,5), também chamados não-metais, situados no canto superior direito da TP. Elementos eletropositivos – elementos com eletronegatividades baixas (regra geral, inferiores a 2), também chamados metais.


Ana Paula da Silva Correia e José Rodrigues Ribeiro Escola Secundária c/ 3º ciclo de Henrique Medina, Esposende Setembro 2010 BIBLIOGRAFIA:

http://www.webelements.com

Aceite para publicação em 27 de setembro de 2010. Atualizado em setembro de 2011, outubro 2012, novembro 2017, março 2021 e abril 2022.

TABELA PERIÓDICA Formação de iões Em bold, carga elétrica do ião mais estável

1

18

1

+1 -1

2

13

14

15

16

17

---

2

+1

+2

+3

-4 +4 +2

-3 +3+5

-2 -1 +2

-1

---

3

+1

+2

3

4

+1

+2

+3

5

+1

+2

+3

6

+1

+2

Lant.

4

5

+4 +4 +5 +3+2 +3 +2 +5 +4 +3+4 +3

+4 +3

6

7

8

+3 +2 +6 +4

+2 +4

+3 +2 +6+4

+7+3+6

10

11

+2 +2 +2 +3+4 +4+3 +1+3

+3 +4+6

+3 +2

+8+7+5+ 2

+4+5+6

+7 +4

+4 +3+6

+4 +3

+6+5+3

+8+5+2

+2+5+6

+6 +4 +7 +4 +5 +3 +6+5

+5 +6 +5 +3+4 +4 +3

9

+2 +4 +2 +4 +5 +6

+1 +2 +3 +1

12

+3

+2

+3 +1 +3 +1 +1 +3

+2 +2 +1

+4 +2 +4 +2 +4 +2 +2 +4

+4+2+1

-3 +1 -2 +6 +3 +5 +4 +2

-1 +1+3 + +7

+3 +4 -1 +1 -3 +5 -2 +6 +5 +3 +4 -1 +1 +5 -3 -2 +6 +5 +7

+3 +5

+4 +2

-1 +1+3 +5 +7

--+4* +6 +8* +4+2+1


7

+1

+2

Act.

*Os iões formados por estes elementos são pouco comuns, pois eles existem normalmente sob a forma de átomos neutros isolados.

Lantanídeos

+3

+3 +4

Actinídeos

+3

+4

+3 +4

+3

+5 +6 +4 +4+3 +5 +3

+3

+3 +2

+3 +2

+3

+5 +6 +4 +3

+3 +4 +5 +6

+3 +5 +6 +4

+3 +4

+3 +4 +3 +4

+3

+3

+3

+2 +3

+2 +3

+3

+3

+3

+3

+3

+3

6 7

A formação de iões (ou, mais propriamente, a carga elétrica dos iões que os elementos formam em compostos ou soluções aquosas) é uma propriedade periódica que se relaciona fortemente, quer com a configuração eletrónica, quer ainda com a eletronegatividade, a energia de ionização e a afinidade eletrónica. De um modo geral, na formação de iões, verificam-se as seguintes regras:  Os átomos tendem a ganhar ou a perder eletrões de modo a adquirirem uma configuração eletrónica mais estável, isto é, subníveis s, d e p totalmente preenchidos (s2, d10 e p6).  Os elementos eletronegativos (não-metais) tendem a formar iões negativos, ao passo que os elementos eletropositivos (metais) formam quase exclusivamente iões positivos. Analisando a Tabela Periódica, constata-se que - especialmente nos elementos representativos - no mesmo grupo existe uma certa semelhança nas cargas dos iões mais estáveis, o que é fácil de compreender se se tiver em atenção que as configurações eletrónicas de valência são as mesmas em cada grupo da TP. Por outro lado, a capacidade de formar iões negativos está reservada para os elementos situados no campo superior direito da TP. Finalmente, é também notável a grande variedade de cargas elétricas dos iões formados pelos metais de transição (especialmente os elementos pertencentes aos grupos 5 a 10).


Ana Paula da Silva Correia e José Rodrigues Ribeiro Escola Secundária c/ 3º ciclo de Henrique Medina, Esposende

Setembro 2010 BIBLIOGRAFIA:

http://www.webelements.com

Aceite para publicação em 27 de setembro de 2010. Atualizado em setembro de 2011, outubro 2012, novembro 2017, março 2021 e abril 2022.

TABELA PERIÓDICA Raio atómico (valor calculado, pm) 1

18

1

53

2

13

14

15

16

17

31

2

167

112

87

67

56

48

42

38

3

190

145

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

118

111

98

88

79

71

4

243

194

184

176

171

166

161

156

152

149

145

142

136

125

114

103

94

88

5

265

219

212

206

198

190

183

178

173

169

165

161

156

145

133

123

115

108

6

298

253

Lant.

208

200

193

188

185

180

177

174

171

156

154

143

135

127

120


7

Act.

Lantanídeos Actinídeos

247

206

205

238

231

233

225

228

226

226

222

222

217

6 7

Existem várias definições possíveis para raio atómico: os valores podem resultar de cálculos teóricos ou (em alternativa) de medições experimentais, relativamente a estruturas metálicas ou covalentes, chamando-se nestes últimos casos, respetivamente, raio metálico e raio covalente. No presente caso, os valores apresentados são teóricos e foram calculados pelas equações da Mecânica Quântica para átomos isolados (E. Clementi, D. L. Raimondi, and W. P. Reinhardt, J. Chem. Phys. 1963, 38, 2686). A variação do raio atómico ao longo da Tabela Periódica segue um padrão aproximadamente inverso do da energia de ionização, ou seja, os valores aumentam à medida que se desce num grupo e diminuem à medida que se avança num período, da esquerda para a direita. A razão é evidente: o raio atómico é uma medida da perda da influência atrativa do núcleo sobre os eletrões de valência, influência essa que (que, à semelhança das propriedades 1ª energia de ionização e afinidade eletrónica) diminui à medida que se desce ao longo de um grupo (n crescente), mas aumenta à medida que se avança num período (Z crescente). Vale a pena referir também que a maioria dos elementos possui raios atómicos da ordem de grandeza de 100 a 200 pm, sendo 1 pm = 10-12 m.


Ana Paula da Silva Correia e José Rodrigues Ribeiro Escola Secundária c/ 3º ciclo de Henrique Medina, Esposende Setembro 2010

BIBLIOGRAFIA:

http://www.webelements.com

Aceite para publicação em 27 de setembro de 2010. Atualizado em setembro de 2011, outubro 2012, novembro 2017, março 2021 e abril 2022.

TABELA PERIÓDICA Classificação do elemento - metal (M), semimetal (SM) ou não-metal (NM) 1

18

1

NM

2

13

14

15

16

17

NM

2

M

M

SM

NM

NM

NM

NM

NM

3

M

M

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

M

SM

NM

NM

NM

NM

4

M

M

M

M

M

M

M

M

M

M

M

M

M

SM

SM

NM

NM

NM

5

M

M

M

M

M

M

M

M

M

M

M

M

M

M

SM

SM

NM

NM


6

M

M

Lant.

M

M

M

M

M

M

M

M

M

M

M

M

M

SM

NM

7

M

M

Act.

M

M

M

M

M

M

M

M

M

M

M

M

M

M

NM

Lantanídeos

M

M

M

M

M

M

M

M

M

M

M

M

M

M

M

6

Actinídeos

M

M

M

M

M

M

M

M

M

M

M

M

M

M

M

7

Características típicas de cada uma das categorias de elementos químicos: 1)     

METAIS Sólidos à temperatura ambiente. Formam apenas iões positivos. Reagem com a água e com o oxigénio. Ocorrem normalmente na Natureza combinados com outros elementos (exceto os metais nobres). Bons condutores de calor e de eletricidade.

2)     

NÃO-METAIS Muitos são líquidos ou gases à temperatura ambiente. Quase todos podem formar iões negativos. A maioria reage pouco (ou mesmo não reage) com a água e com o oxigénio. Quase todos podem ser encontrados na Natureza no estado nativo. Maus condutores de calor e de eletricidade.

3) SEMIMETAIS


 Têm características de transição entre os metais e os não-metais. Os não-metais (com exceção do hidrogénio) situam-se no bloco p e no canto superior direito da Tabela Periódica, enquanto os metais ocupam o resto da tabela, sendo separados pela estreita faixa dos semimetais.

Ana Paula da Silva Correia e José Rodrigues Ribeiro, Escola Secundária c/ 3º ciclo de Henrique Medina, Esposende

Abril 2014


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