Aceite para publicação em 27 de setembro de 2010. Atualizado em setembro de 2011, outubro 2012, novembro 2017, março 2021 e abril 2022.
TABELA PERIÓDICA 1ª energia de ionização e afinidade eletrónica (em kJ mol-1) I1 AE
1
1 2 3 4 5 6 7
1312 73 520 60 496 53 419 48 403 47 376 46 380 -
18
2
13
899 0 738 3 4 0 590 633 659 2 18 8 550 600 640 5 30 41 503 Lant. 658 14 0 509 Act. 490 -
Lantanídeos Actinídeos
538 45 499 -
5
6
7
8
9
10
11
651 51 652 86 761 31 640 -
653 65 684 72 770 79 730 -
717 0 702 53 760 110 660 -
762 15 710 101 840 104 750 -
760 64 720 110 880 151 840 -
737 112 804 54 870 205
745 119 731 126 890 223
534 527 533 63 50 50 587 568 598 -
540 50 605 -
544 50 585 -
547 50 578 -
593 50 581 -
566 50 601 -
14
15
16
17
801 1086 1402 1314 1681 27 122 7 141 328 578 786 1012 1000 1251 12 42 134 72 200 349 906 579 762 947 941 1140 0 41 119 78 195 325 868 558 709 834 869 1008 0 39 107 101 190 295 1007 589 716 703 812 890 0 36 61 91 183 270
573 50 608 -
581 50 619 -
589 50 627 -
597 99 635 -
603 50 642 -
524 33 470 -
2372 0 2081 0 1521 0 1351 0 1170 0 1037 0
6 7
A 1ª energia de ionização (I1) é a quantidade de energia necessária para remover um eletrão a um átomo no estado gasoso, transformando-o num ião monopositivo, ao passo que a afinidade eletrónica (AE ou EA) é a quantidade de energia libertada por um átomo no estado gasoso quando capta um eletrão, transformando-se num ião mononegativo. Ambas são propriedades periódicas dos elementos químicos, sendo o seguinte o seu modo de variação ao longo da Tabela Periódica: Primeira energia de ionização (I1) Para os elementos representativos, o valor diminui à medida que se desce ao longo dos grupos, o que se explica pelo aumento do nº quântico n dos eletrões mais externos, que por isso sentem cada vez menos a ação atrativa dos núcleos. No caso dos elementos de transição, há outros fatores (não abordados a este nível) que ocultam esta influência. Por outro lado, à medida que se avança num determinado período, da esquerda para a direita, existe tendência para o aumento do valor de I1, o que se explica pelo facto de, pertencendo os eletrões mais externos ao mesmo nível de energia, haver um aumento gradual da carga nuclear (Z) e, portanto, da força atrativa sobre os eletrões. Há, contudo, algumas exceções a este aumento da energia da ionização, destacando-se os valores anormalmente elevados dos elementos dos grupos 2 (metais alcalinoterrosos), 12, 15 e 18 (gases nobres), que acarretam algumas inversões na tendência dominante. Nesses casos, trata-se de elementos cujas configurações eletrónicas de valência são particularmente estáveis, pois apresentam subníveis s, d e p totalmente preenchidos (s2, d10 e p6) ou o subnível p semipreenchido (p3). Afinidade eletrónica (AE) Em traços gerais, para os elementos representativos, o seu modo de variação é semelhante ao da primeira energia de ionização, sendo da mesma natureza as causas dessa variação: a afinidade eletrónica mede a capacidade de um átomo em receber um eletrão adicional, sendo essa capacidade tanto maior quando mais intensa for a influência do núcleo sobre os eletrões mais externos, isto é, quanto menor for n (ao longo do mesmo grupo) e maior for Z (ao longo do mesmo período). Registe-se, no entanto, a existência de um certo número de elementos que apresentam afinidades eletrónicas muito baixas ou mesmo nulas, o que significa que esses elementos não têm qualquer tendência a captar eletrões. Mais uma vez, trata-se fundamentalmente dos elementos dos grupos 2 (metais alcalinoterrosos), 12 e 18 (gases nobres), com configurações eletrónicas estáveis e que, por esse motivo, em nada “beneficiariam” com a aquisição de um eletrão adicional. Ana Paula da Silva Correia e José Rodrigues Ribeiro Escola Secundária c/ 3º ciclo de Henrique Medina, Esposende Setembro 2010 BIBLIOGRAFIA:
http://www.webelements.com http://en.wikipedia.org/wiki/Electron_affinity_(data_page) http://www.rsc.org/chemsoc/visualelements/