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Contrapontos na Codificação
Contrapontos na Codificação
Visto que sim, é possível nos relacionarmos com Espíritos de animais desencarnados, muitos incrédulos usam duas questões da Codificação para questionar essa possibilidade. Por isso, vamos examiná-las com atenção.
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Questão 600 do Livro dos Espíritos. A alma do animal, sobrevivendo ao corpo, fica num estado errante como a do homem após a morte? Resposta: Fica numa espécie de erraticidade, pois não está unida a um corpo. Mas não é um Espírito errante. O Espírito errante é um ser que pensa e age por sua livre vontade; o dos animais não tem a mesma faculdade. É a consciência de si mesmo que constitui o atributo principal do Espírito. O Espírito do animal é classificado, após a morte, pelos Espíritos incumbidos disso e utilizado quase imediatamente; não dispõe de tempo para se pôr em relação com outras criaturas.
A ideia de “utilizado quase imediatamente” é tratada de forma generalista quando pensamos na complexidade da biodiversidade. De forma que em obras espíritas posteriores, como em Nosso Lar, nos relatam diversos casos de animais vivendo e trabalhando no Plano Espiritual. De fato, como afirma Dra. Irvênia Prada em “A Questão Espiritual dos Animais” , há animais com menor desenvolvimento neural – condição para definir seu grau evolutivo – que certamente são utilizados quase que imediatamente, nem se quer chegando a ser relacionar com Espíritos humanos. Veja também que o termo “utilizado quase imediatamente” não significa reencarnado. Há várias atribuições que podem ser delegadas a esses Espíritos no Plano Espiritual, conforme os desígnios de Deus, que muito longe estamos de compreender na sua plenitude. Na resposta dos Espíritos a Kardec, ainda nessa questão, vale destacar dois outros conceitos.
Erraticidade deve ser compreendida como “estar no Plano Espiritual, livre do corpo físico” , enquanto Errante significa “vagando ao acaso, sem rumo, perdido, dono do seu livre-arbítrio” .
De fato os Espíritos de animais vivem na erraticidade do Plano Espiritual em maior ou menor tempo, porém, não são Espíritos errantes, haja vista a ausência de liberdade para agir livremente sem a tutela de um mentor. Isso aconteceria até mesmo com Espíritos humanos em determinadas e graves condições de alienação mental, como é o caso dos ovóides, a exemplo do que se refere André Luiz no livro “Libertação” .
Na Questão 283 do Livro dos Médiuns, Capítulo XXV, consta: "Pode-se evocar o espírito de um animal? Resposta: O princípio inteligente, que animava um animal, fica em estado latente após a sua morte. Os espíritos encarregados deste trabalho, imediatamente o utilizam para animar outros seres, através dos quais continuará o processo de sua elaboração. Assim, no mundo dos espíritos, não há espíritos errantes de animais, mas somente espíritos humanos.
Podemos compreender que latente (v.lat. latēre = estar escondido) significa falta de atividade, aquilo que não se manifesta (segundo o dicionário) e, de fato, por não estarem – como regra – junto dos Espíritos humanos nas Colônias, os Espíritos de animais são usados para animar outros seres, isto é, motivar, inspirar, tornar