Revista trimestral. Exemplar de beneficiário. Venda proibida.
Ano 5 • Março 2015 • Edição 15
PARTO NORMAL
Mulheres e especialistas comentam por que esta pode ser a melhor forma para o bebê vir ao mundo 26 Entrevista
Presidente Ricardo Ayache comemora as realizações aos 14 anos da Caixa dos Servidores 36
INFORMATIVO
Hospital Cassems: referência arquitetônica para Mato Grosso do Sul 44
Orgulho Cassems
Gilson Espíndola: membro da família que é símbolo da música pantaneira planeja o lançamento do terceiro álbum. 70 CASSEMS CAIXA POSTAL 6520 79.010-970 - CAMPO GRANDE
2
Responsabilidade e orgulho
Editorial
Cassems completa 14 anos cuidando da saúde do servidor público
A
nalisando o ano que passou, os desafios, as conquistas, dificuldades e superações, nos vem a certeza de que mais uma etapa foi bem cumprida nesta jornada gratificante, que é fazer parte da construção e da condução de um dos maiores planos de saúde de autogestão do país. Hoje, a Caixa dos Servidores tem a responsabilidade e o orgulho de cuidar de quase 200 mil vidas e, para isso, busca sempre o que há de melhor e mais moderno na atenção à saúde, primando pela prevenção e pela inovação no modelo de atendimento. Em 2014, adquirimos, na totalidade, o Hospital de Três Lagoas, que, agora, é 100% Cassems. Além de atender a população do município, esse Hospital se transformou em um centro hospitalar de referência na região do bolsão. Em Naviraí, ampliamos e realizamos uma grande reforma completa do nosso Hospital. Em Ponta Porã, inauguramos os serviços de litotripsia e ortotripsia. Também implantamos o Centro de Diagnóstico e o serviço de hemodiálise no Hospital Cassems de Dourados, tudo com equipamentos de última geração, além do Centro de Prevenção em Nova Andradina. Finalizamos 2014 com a certeza de que a Rede Própria da Caixa dos Servidores cresce a cada ano, não apenas em sua quantidade, mas, principalmente, em qualidade e excelência de atendimento. Um grande avanço rumo a um futuro ainda mais promissor e seguro, que marcará a história da nossa Caixa dos Servidores, foi o início das obras do Hospital Cassems de Campo Grande. Mais do que um hospital, a unidade será referência em Medicina para Mato Grosso do Sul, com capacidade para realizar procedimentos de alta complexidade e atender mais de 1.500 pacientes por dia, entre exames, consultas e pronto-socorro para adultos e crianças. Serão 107 leitos de internação, centros cirúrgicos e de diagnósticos, além de UTIs completamente equipadas. A interiorização do atendimento especializado foi fortalecida em 2014, com a ampliação do programa de assistência à saúde Cassems Itinerante e do programa de prevenção Ônibus da Saúde. Em três anos de funcionamento, a maior estrutura itinerante de prevenção ao câncer do país já atendeu mais de 10 mil pacientes e realizou 80 viagens, contemplando 72 municípios de Mato Grosso do Sul. E, para 2015, a previsão é triplicar a capacidade de atendimento com a chegada de uma nova unidade móvel. O ano que passou foi de grandes desafios, e o maior deles continua sendo a forte regulamentação imposta pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e, sobretudo, o aumento do fundo de reserva exigido pela Agência, que a Cassems continua ampliando, de forma gradativa, até alcançar o valor exigido pela ANS. Mais que uma mera exigência legal, o fundo é um fator de equilíbrio e segurança para beneficiários, prestadores de serviços e gestores do plano. Deste modo, constitui uma chave importante para a credibilidade e a solidez da Cassems. Mesmo neste cenário adverso, a Cassems segue a sua política de austeridade e sempre primando pela transparência. Ao completar 14 anos de existência, a Caixa dos Servidores comemora mais do que o sucesso de há seis anos figurar entre as melhores e maiores empresas do setor no país: nós comemoramos com você a alegria de construir, juntos, uma vida melhor para o servidor público de Mato Grosso do Sul. Ricardo Ayache Presidente da Cassems
Leitor
A seção Leitor é um espaço para o diálogo entre a equipe da revista Viver Cassems, beneficiários e os leitores. Para esclarecer dúvidas, fazer elogios ou reclamações, mande e-mail para comunicacao@cassems.com.br ou fale com Ricardo Ayache, em ricardoayacheresponde@ gmail.com “Em março, faz dois anos que eu e meu marido estamos fazendo hidroginástica no Centro de Prevenção. Para nós está sendo muito benéfico, principalmente para mim, que sofri um AVC. Os exercícios dentro da piscina me fazem tão bem que eu não necessito mais fazer fisioterapia. Além da atividade física, o que mais me beneficiou foram as amizades que fizemos, porque nos sentimos alegres, conversamos, brincamos, enfim, somos muito bem atendidos por todos os funcionários” Depoimento de Nair de Oliveira Abrão, em nosso site.
3
4
5
Capa
Viagem
comentam por que o parto normal pode ser a melhor forma para o bebê vir ao mundo 26
Índice
Atrativos próximos da Capital oferecem ecoturismo para toda a família 22
Mulheres e especialistas
6
Nesta Edição Em Movimento Zumba: ritmo de origem colombiana ajuda 8 a eliminar peso com diversão BEM-ESTAR Terapias na água ajudam na recuperação de doenças ortopédicas e neurológicas 10 Sabores da Mesa Saboroso outono – temporada menos chuvosa pede mais hidratação do organismo 12 Simples Assim Mudar de residência exige planejamento e organização para reduzir transtornos 14 Vida Sustentável Artesanato aliado da natureza: exemplos de quem dá vida nova a materiais de descarte 16 Saúde em casa Um roteiro de ações para proteger o seu lar do mosquito transmissor da dengue e da febre chikungunya 20 Os anúncios da revista Viver Cassems independem da rede credenciada.
Sempre na Viver Cassems Entrevista
Presidente Ricardo Ayache comemora as realizações aos 14 anos da Caixa dos Servidores 38
Saúde Cassems
Problemas distintos pedem diferentes cuidados no consumo de lactose 46
Informativo
Hospital Cassems: referência arquitetônica para Mato Grosso do Sul 52
Eventos
Cassems inaugura serviço de ressonância magnética em Paranaíba 68
GESTÃO PARTICIPATIVA
Vice-presidenta da Fetems, Sueli Veiga Melo, conta um pouco da sua trajetória e destaca a criação da Caixa dos Servidores 74
Orgulho Cassems
Gilson Espíndola: membro da família que é referência musical no Estado planeja o lançamento do terceiro álbum 78
7
Ritmo de origem colombiana ajuda a eliminar peso com diversão Texto Stephanie Ribas
Por ser uma das atividades aeróbicas que mais estimula a perda calórica, o ritmo do momento conquistou rapidamente o público feminino em academias e áreas livres. Criada pelo coreógrafo colombiano Beto Perez, a Zumba, que se transformou em um empreendimento, já é praticada em mais de 150 países e pode fazer uma pessoa gastar até mil calorias em hora de atividade. A prática resulta em fortalecimento muscular, equilíbrio, coordenação, estímulo da memória e atenção, aumenta o condicionamento físico e a queima de gordura. A perda de peso e a melhora da autoestima são consequências. A instrutora Priscila Roberta Lemos, educadora física e pós-graduanda em Dança e Expressão Corporal pelo Instituto Torres, conta que se interessou pela Zumba desde o primeiro contato. “Vi um comercial de TV e logo fui pesquisar, então vi que Zumba é uma marca registrada, que tem capacitação para instrutores”, explica. Atualmente ela atende cinco turmas, em espaços diferentes. “Meus alunos já relataram que emagreceram de dois a 15 kg depois que começaram a praticar”, conta Priscila, que eliminou onze quilos desde que se tornou instrutora. A educadora física Keyller Cavalcante começou a dar aulas logo que se formou e acredita que a adesão é consequência da diversão que o ritmo proporciona. “Trabalhei a Zumba com seis turmas em 2013, com alunos de escolas municipais e moradores das comunidades vizinhas e as vagas eram disputadas”, relata. Segundo as profissionais, a maior parte do público é composta de mulheres, da adolescência à terceira idade. “A ala masculina ainda é resistente, mas aos poucos alguns vão aderindo”, afirma Priscila. Além de se divertirem, os alunos dizem que sentem mais disposição para as atividades cotidianas. Keyller destaca que muitas pessoas também fazem amizades durante a prática. “Em 2014, tive duas turmas fixas em academias e percebi que a zumba colaborava também para a socialização entre as pessoas”. A educadora física diz ainda que o ritmo estimula o desenvolvimento afetivo, cognitivo e motor.
Foto Shutterstock
Em Movimento 8
Zumba
A Zumba disponibiliza diversos vídeos no canal oficial do YouTube: youtube.com/zumba
O website da marca Zumba oferece vários recursos para instrutores e alunos. Cursos, vídeos e kits exclusivos são enviados para quem fizer a assinatura do conteúdo no zumba.com/pt-BR. No endereço também é possível encontrar academias com instrutores habilitados pela empresa e também visualizar o perfil de cada um. A loja do site oferece DVDs, jogos e roupas adequadas para a prática.
9
Recurso hídrico ajuda na recuperação de doenças ortopédicas e neurológicas Texto Stephanie Ribas
Os benefícios da água vão muito além dAqueles que estamos acostumados a ouvir. Mais que matar a sede e hidratar o corpo, para muita gente ela é fonte de cura e alívio para dores. Os tratamentos que utilizam água como ferramenta alcançam pacientes de todas as idades e podem apresentar resultados surpreendentes. O técnico responsável pelo Fisiocentro, Álvaro Borges, conta que a hidroterapia atende com mais frequência casos de traumas ortopédicos, lesões neurológicas, reumáticas e vasculares. “O paciente começa a sentir os benefícios na primeira sessão e, em alguns casos, faz da hidroterapia uma atividade habitual, promovendo a saúde física e mental”, relata o especialista em reabilitação traumato-ortopédica. A fisioterapeuta Lais Dutra, que atua na clínica Reabilitare, explica que a hidroterapia é realizada em uma piscina com água aquecida em torno de 34° C. “A temperatura melhora a circulação sanguínea, além de provocar relaxamento muscular, diminuição da dor e do estresse”, afirma. Gestantes e idosos também são adeptos da técnica, que, além de curar, previne problemas de circulação.
Watsu O fisioterapeuta especialista em hidrocinesioterapiaTiago Augusto realiza sessões de watsu há dez anos. Ele garante que durante uma sessão é possível alcançar um relaxamento mental ao nível subconsciente. “Com esta
Caminhadas em imersão podem ajudar a reduzir inchaços nos membros inferiores. Consulte um profissional antes de praticar
técnica, as pessoas experimentam sensações como a segurança e proteção do retorno ao útero materno, como um pássaro voando ou como se o seu corpo fizesse parte da água”, exemplifica. A técnica é aplicada em piscina aquecida a 34° ou 35° C, em ambiente silencioso ou com música relaxante, e é utilizada para aliviar dores corporais, traumas emocionais ou simplesmente para o relaxamento físico e mental. A sessão dura cerca de uma hora, “com movimentos passivos, gentis e agradáveis”, revela o fisioterapeuta. Segundo Tiago, o watsu promove redução da frequência cardíaca e respiratória, relaxa os músculos, promove maior liberdade de movimento das articulações corporais, atua no alívio de dores corporais e permite que as articulações tenham alívio nas compressões sofridas no dia a dia.
Benefícios da Imersão na Água Alívio da dor; Fortalecimento muscular; Normalização do tônus muscular; Relaxamento e alívio do stress; Maior amplitude de movimento; Redução da descarga de peso corporal; Melhora do equilíbrio (estático e dinâmico): oferece estímulos sensoriais, táteis e proprioceptivos; Melhora do sistema circulatório e respiratório.
Foto Shutterstock
Bem-estar 10
TERAPIAS NA ÁGUA
Temporada menos chuvosa pede mais hidratação do organismo
preciso aumentar a
hidratação do nosso corpo para evitar fadiga
Texto Stephanie Ribas
Com a chegada do outono vem, também, uma temporada de chuvas menos recorrentes. Com a baixa umidade do ar, é preciso aumentar a hidratação do nosso corpo para evitar fadiga, dores de cabeça e até problemas gastrointestinais.
As frutas podem ser uma saborosa alternativa para aumentar a hidratação e consumir outros importantes nutrientes. A nutricionista Eliana Aguiar Dias revelou os benefícios de algumas frutas que podem ser incluídas no lanche, na salada ou no suco.
Abacate Rico em vitamina E, protege o corpo e o coração contra doenças, além de ter gorduras monoinsaturadas e sais minerais, que ajudam a reparar cabelos quebrados. Goiaba vermelha Possui alto teor de licopeno, que previne câncer de próstata. Rica em cálcio, fósforo, ferro e potássio, reduz riscos de derrame e ataque cardíaco. Uva As vitaminas da uva beneficiam o sistema nervoso e muscular e protegem os vasos sanguíneos. “O resveratrol encontrado nas uvas pode ajudar no retardamento do processo de danos em células do cérebro, atrasando o surgimento da doença de Alzheimer”, explica Eliana. Melancia Líder em licopeno, rica em potássio e vitaminas A e C, “atua como protetor solar e protege dos raios solares nocivos”, destaca a nutricionista. Estimula a produção de anticorpos por ter vitamina B6. A quantidade de líquido contido na fruta ajuda na hidratação e evita tonturas, principalmente em dias quentes e secos. Mamão É uma grande fonte de vitaminas C e E, antioxidantes e betacaroteno, que é benéfico para a visão e aumenta
Foto Shutterstock
Sabores da Mesa 12
Saboroso outono
Com a baixa
umidade do ar, é
a imunidade. Previne envelhecimento e é boa fonte de fibras. Manga Quando madura, é rica em vitamina A, que atua na prevenção do câncer. O alto teor de fibras colabora com a normalização do sistema intestinal. “As fibras da manga também ajudam a reduzir o colesterol ruim, e por ser uma fruta muito refrescante, ajuda a diminuir a sensação de calor”, diz Eliana. Limão Caracteriza-se pelo alto teor de vitamina C, além de cálcio, ferro e minerais. Tem um leve efeito laxativo, que facilita a digestão. Maçã Boa fonte de vitaminas A e C, fibras e pectina, que previne o mau colesterol (LDL), ajudando a controlar a glicemia. Também reduz os riscos de uma pessoa ter derrame. Em jantares ou comemorações, acrescente um toque charmoso nos sucos ou drinks, lavando bem as frutas e cortando-as em cubos para congelar e usá-las como gelo. Você pode, também, colocá-las na forminha.
13
Mudar de residência exige planejamento e organização para reduzir transtornos Texto Cidiana Pellegrin
14
Mudar de casa é quase sempre renovar a vidA. Mas acompanhando a nova fase está o corre-corre para entregar o antigo imóvel e muito trabalho para encaixotar os pertences. Alguns procedimentos auxiliam a reduzir o estresse e a bagunça dessa transição. A personal organizer Rosana Alexandre explica que o primeiro passo é o planejamento, começando pela lista de tarefas relacionadas à mudança. “É uma forma de acalmar a preocupação, não será preciso pensar a todo momento no que deve ser feito. Tudo estará registrado”, explica. Depois de definir as prioridades é hora de colocá-las em prática dentro de um cronograma. Entre os processos, o empacotamento pode ser o mais trabalhoso. Por isso, comece fazendo uma triagem, escolhendo o que deve ser levado à nova casa, o que deve ser descartado e o que pode ser doado. Leve em conta o espaço disponível no novo imóvel e não se esqueça que itens sem uso há alguns anos tendem a não ser aproveitados. Muitas caixas de papelão, ou de plástico, pincel atômico, plástico bolha, jornais e fitas adesivas são itens básicos para começar a embalar. Organize um pouco por dia, começando pelos menos usados. Nada de misturar
Orçar o frete e verificar a disponibilidade de data com a empresa transportadora são as primeiras atitudes de quem vai se mudar
Foto Shutterstock
Simples Assim
CASA NOVA alimentos com itens de limpeza ou higiene na mesma caixa; nessa etapa, a velha regra doméstica de não armazenar itens de grupos diferentes permanece. Um erro comum é escolher caixas grandes para objetos pesados. No caso do papelão, isso não é indicado, pois há riscos de o material se romper. Assim dê, preferência para caixas médias e pequenas. Para cristais e porcelanas, Rosana ensina a embrulhar individualmente, usando plástico bolha. Nesse caso, identifique como "frágil" e sinalize com setas para cima, ou para o lado, o modo de posicionamento da caixa na hora do transporte, isso evitará que itens sejam conduzidos de cabeça para baixo. Escreva, também, quais objetos foram embrulhados e o cômodo em que deverão ficar. No caso de eletrodomésticos e eletrônicos, use mantas e cobertores velhos para envolvê-los. E outra dica importante é sobre itens valiosos, como as joias. Eles devem ficar com o morador no momento do transporte. Na semana da mudança lembre-se, também, de reduzir o consumo de alimentos perecíveis para não haver desperdícios. E no dia D verifique cada cômodo e armários se nada ficou para trás. Sem bagunça, com tudo empacotado e organizado, não vai demorar a chamar a nova casa de lar, doce lar.
15
Diante da criatividade, materiais de descarte tornam-se matériasprimas para artesãs sul-mato-grossenses
Exemplos de quem dá vida nova a materiais de descarte Texto Stephanie Ribas
Chifre bovino lapidado, fios de couro, forminhas de doces, CDs e espelhos inutilizados, garrafa pet e sementes de plantas, são itens que parecem não ter nada em comum, mas diante da criatividade tornam-se matérias-primas para talentosas artesãs sul-mato-grossenses. Inspiradas em outras peças criadas a partir do chifre bovino, as sócias Isabel Muxfeldt e Verhuska Pereira decidiram se dedicar, em 2002, ao artesanato sustentável, dando origem às Joias do Pantanal. Atualmente, a empresa oferece grande variedade de produtos oriundos de outras matérias-primas pantaneiras, como rede de pesca, fios de couro e de algodão. Isabel já fazia peças com chifre bovino desde 2000. “Sempre gostei do artesanato e de acessórios, mas queria trabalhar com um material regional, por isso optei pelo chifre lapidado. À medida que o trabalho foi evoluindo, passamos a adaptar as peças com as tendências da moda e a aceitação foi progressivamente subindo”, conta. Os conhecimentos práticos, os conceitos de educação ambiental e o desejo de estimular outras pessoas a criarem Isabel compartilhou com 28 jovens participantes do curso Artesão de Biojoias, um projeto executado pelo Instituto Ressoarte, de Anastácio (MS). As peças produzidas deram origem à exposição Metamorfose de Ideias, que aconteceu no Sebrae de Campo Grande, em novembro de 2014. “Utilizamos redes de pesca, garrafas pet, sacos de ráfia para carregar fruta, lacres de lata de refrigerante e escolhemos a cultura regional como tema para a coleção”, relata Isabel.
Foto Alline Areco
Vida Sustentável 16
Artesanato aliado da natureza
17
Foto Marcus Moriyama
Vida Sustentável
Foto Alline Areco Foto Arquivo Pessoal
18
De hobby à profissão Pós-graduada na área de Direito, Mariana Simões começou a produzir mandalas em 2009, quando fez um curso básico. “Desde quando produzi a primeira peça, busco usar materiais reutilizáveis. O envolvimento com a arte faz com que tenhamos esse lado de aproveitar as coisas”, explica Mary. As Mandalas Cores de Luz já foram feitas com CDs, sementes de plantas, sobras de madeira, embalagens de docinhos e pedras naturais para harmonizar ambientes. Mariana encontrou sua paixão profissional no artesanato. “Não foi fácil deixar de estudar para concursos, mas sempre amei artesanato e me sinto completa exercendo esta atividade, porque quando criamos expandimos nosso horizonte e nossa consciência. E nada melhor do que dar nova forma àquilo que seria jogado fora”, completa. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o país perde oito bilhões de reais por ano em consequência do descarte incorreto de materiais que poderiam ser reciclados. Já o faturamento com esta atividade gera cerca de R$ 12 bilhões. “Sustentabilidade é a bola da vez. Busque o conhecimento, seja criativo e ouse”, incentiva Isabel. Na internet, é possível encontrar orientações de hábitos que podem ser mudados no cotidiano para desenvolver a sustentabilidade em casa. Alguns oferecem, também, alternativas de reúso de materiais que podem facilitar o dia a dia, como, por exemplo, fazer uma pá com embalagens de amaciantes ou desinfetantes. Inspire-se! www.ecycle.com.br www.planetasustentavel.abril.com.br www.artesanatoereciclagem.com.br
19
SEM MOSQUITO
Um roteiro de ações para proteger seu lar da dengue e da febre chikungunya Texto Cidiana Pellegrin
O Brasil somou 3,2 milhões de casos de Dengue nos últimos cinco anos e, em 2015, Mato Grosso do Sul já ocupa o oitavo lugar no ranking dos casos de doença no país, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Foram 2.370 notificações até a segunda semana de fevereiro, conforme divulgou a Secretaria Estadual de Saúde (SES). Se não bastassem tais números alarmantes, os brasileiros ganharam outra preocupação em 2013: a febre chikungunya, que surgiu na África e é transmitida pelo mesmo mosquito da dengue, o Aedes aegypti. Os sintomas das duas doenças são semelhantes segundo a SES: febre alta, dor muscular, dor de cabeça e vômito. Mas o vírus da chikungunya (CHIKV) provoca diferentes graus de dores nas articulações que podem durar anos e causar lesões irreversíveis. Conforme o Instituto Osvaldo Cruz (IOC/Fiocruz), que desenvolve estudos na área da saúde, o ciclo de vida do Aedes aegypti é de 7 a 10 dias, contabilizando os estágios entre o ovo eclodir e o mosquito tornar-se adulto. Foto Shutterstock
Saúde em Casa 20
Faça uma vistoria semanal.Um guia completo dos locais de reprodução do Aedes Aegypti pode ser baixado no site www.ioc.fiocruz.br.
Formas de prevenção
Para não dar chance ao Aedes aegypti, o Instituto Osvaldo Cruz elaborou um guia de medidas para a população. Dedicando apenas dez minutos por semana, é possível manter o mosquito longe de casa. Confira os principais pontos de vistoria:
Veja se a caixa-d’água está totalmente vedada, isso impede que mosquitos entrem ou saiam.
Examine as bandejas do ar-condicionado e da geladeira. Descarte a água e higienize-as.
Coloque terra ou areia nos pratos de vasinhos de plantas. E não se esqueça de vistoriar também as vegetações. Alguns tipos, como a espada-de-são-jorge e a bromélia, acumulam água entre as folhas e pétalas
Verifique se há sujeira nas calhas, pois folhas e plásticos podem acumular milímetros de água.
Certifique-se de que tonéis, galões, poços ou latões estejam bem fechados.
No caso de piscinas e fontes, faça o tratamento da água com produtos químicos específicos.
Mantenha os ralos limpos. No caso dos que são pouco usados, é ideal proteger com tela para evitar surgimento de criadouros.
Pneus devem ser mantidos em locais cobertos.
Garrafas e baldes precisam estar sempre de cabeça para baixo.
Fique de olho nos vasos sanitários que não são usados periodicamente. Eles devem ficar tampados e ser limpos toda semana.
21
Viagem 22
LAZER RURAL
Atrativos próximos à Capital oferecem ecoturismo para toda a família
Imagem Ilustrativa Foto Shutterstock
Texto Stephanie Ribas
Fazendas oferecem day use ou pacotes para o fim de semana a preços acessíveis.
A poucos quilômetros de distância da capital, é possível encontrar diferentes atrativos para descansar no fim de semana ou se divertir mais perto da natureza. Com tarifas que variam entre 35 e 150 reais, as opções de turismo rural são oportunidades para desfrutar mais intensamente a beleza do Mato Grosso do Sul.
FAZENDA PARAÍSO TROPICAL
A 46 km de Campo Grande, o caminho para a fazenda já começa a valer o passeio, proporcionando belas paisagens das Furnas do Dionísio e do Pantanal de Aquidauana. Na chegada, é possível identificar o visual mineiro da fazenda, com um carro de boi e uma carroça do ano 1920 compondo o ambiente. O lazer é garantido pelo moderno parque aquático com toboágua, bar molhado, pela quadra de biribol, pelo lago com pedalinho, caiaque e pela tirolesa, além da hidromassagem nas águas do Córrego Angico. O destaque do cardápio fica por conta do leitão frito no tacho, frango com quiabo e arroz com suã de porco.
ESTÂNCIA Vovô Dedê Com ambiente mais aconchegante, a estância já recebeu confraternizações de empresas, retiros, festas de aniversário e casamento. Os quartos acomodam até 10 pessoas e são identificados com os nomes dos membros mais antigos da família. A culinária regional e os doces são feitos com as receitas da vovó Iza, devidamente cozidas no forno a lenha. A estância fica a 23 km da Capital.
FA ZE N
DA A AN PI
Próxima a Sidrolândia, a Piana tem estrutura para quem gosta de aproveitar o tempo livre com sua moto ou 4x4, a apenas 40 km de Campo Grande, na região de Sidrolândia. A tirolesa, a casa do tarzan, o bar molhado e os apartamentos no estilo oca e chalé dão um ar mais selvagem à fazenda. O espaço também dispõe de campo de futebol e lagoa.
23
Toca do Ouriço Na região de Jaraguari, a 33 km de Campo Grande, a Toca do Ouriço atende às expectativas do público que gosta de esportes radicais como bicicross, rapel, escalada, cascading, boia cross e arvorismo. Para quem prefere algo mais tranquilo, as opções são cavalgada, hidromassagem no rio e observação de pássaros. A localização privilegiada é composta de cachoeira, corredeiras e mata nativa com espécies vegetais de grande porte. Para o público infantil, a Toca tem o espaço de minifazenda, com minivaca, minibezerro, minipôneis, minigalinhas e minicharrete para passeio.
Fazenda Haras Cachoeira 24
Distante 13 km da Capital, o espaço é o cenário ideal para entreter as crianças com o day-use educativo. Os programas educacional e ambiental oferecem visita ao pomar orgânico, miniaulas de adubação, alimentação natural dos animais e cura de doenças com de ervas medicinais. A trilha na mata ciliar, a visita à Fábrica de Doces e o banho no Ribeirão Cachoeira também fazem parte da programação.
Pontal das Águas Tem como característica o turismo rural familiar, no qual os visitantes podem apreciar o típico café colonial sul-mato-grossense acompanhado do bolo de coalhada e o bolinho de Sousa, além de outras receitas de pães e bolos. Uma breve caminhada dá acesso a uma cachoeira com aproximadamente 8 metros de queda, resultado da junção dos córregos Bernardo e Pontal. A 12 km da Capital, o boia cross é uma das opções de diversão. No cardápio do almoço, o frango barreado no tacho é o diferencial. No cardápio do almoço, o arroz-carreteiro não falta. O atendimento é feito com reserva.
Reserva Canindé Ocupa uma área de 180 hectares, 80% preservada ou em processo de recuperação natural, sua flora é composta de diversas espécies do cerrado. A 27 km do aeroporto internacional de Campo Grande, o nome foi inspirado pela presença constante das araras-canindés. As piscinas de diferentes profundidades e a pescaria livre na represa garantem momentos de descontração.
Serviço: reservas e mais informações podem ser obtidas pelo e-mail turismocampograndems@gmail.com ou site www.turismocampograndems.com.br
25
26
Capa
Momento SUBLIME
Mulheres e especialistas comentam por que o parto normal pode ser um jeito melhor para o bebê vir ao mundo Texto Stephanie Ribas Foto Raquel Ovelar Gondim
Em diferentes momentos da vida, a mulher toma decisões determinantes para seu futuro em vários aspectos: qual carreira seguir, com quem vai se casar e quantos filhos terá são apenas algumas situações. Um dos momentos mais delicados é a escolha do tipo de parto, quando muitas mulheres se encontram em ambientes que podem influenciar na decisão de como seu filho virá ao mundo. Há algumas décadas, o parto normal era o procedimento mais comum, em consequência de vários fatores culturais, incluindo incentivos de outras mulheres da família e o apoio de ‘parteiras’. Aos poucos,
a cesariana tornou-se primeira opção, e hoje o Brasil é o país líder na realização do procedimento. “Estamos vivendo uma epidemia de cesarianas”, exclama o ministro da saúde, Arthur Chioro. De acordo com o Ministério da Saúde, atualmente o porcentual de partos normais corresponde a apenas 16% na saúde suplementar do Brasil. Na rede pública, esse número atinge 60% dos partos. A Secretaria de Saúde calculou que, durante 2013, somente 39% dos partos realizados em Mato Grosso do Sul foram naturais, menos da metade do indicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de 85%.
27
28
Capa
"Nada mais natural do que esperar o bebê estar pronto para o nascimento, assim, você mostra que seu o corpo também está pronto para a chegada dele", Lia Rodrigues
O ministro alerta para os principais riscos que a cesariana sem indicação médica pode ocasionar para saúde da mulher e do bebê: a mortalidade infantil neonatal precoce (nos primeiros sete dias de vida) é 24% maior nas cesáreas do que no parto normal, e a probabilidade de problemas respiratórios para o recém-nascido aumenta em 120%. Para possibilitar às mulheres uma decisão mais segura, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) publicou uma resolução com várias medidas para incentivar a escolha pelo parto normal na rede privada e reduzir cesarianas em que os nascimentos acontecem precocemente, gerando problemas para a saúde da mãe e do bebê. Depois de pesquisar sobre a cesárea e o parto normal, a estudante de psicologia Mayara Crespo engravidou certa de que iria aguardar o momento em que a filha quisesse nascer. “Fiquei um pouco ansiosa porque passou da 39ª semana, mas meu médico me tranquilizou, dizendo que eu podia esperar, porque não havia nada de errado”, relata. Mayara se preparou contratando uma doula para aprender exercícios físicos e respiratórios que a ajudassem na hora do parto. “Eu pensava: se a minha avó e a minha mãe conseguiram, eu também consigo!”, conta a mãe da Maria Eduarda, hoje com seis meses. O trabalho de parto dura em média 15 horas, mas o tempo varia de mulher para mulher. Na 28ª semana de gravidez, a psicóloga Lia Rodrigues participa de um grupo de hidroginástica para gestantes e também do Projeto Casal Grávido, da Cassems. Lia acredita que todas as mulheres desejam que o parto seja um momento saudável e tranquilo. “Nada mais natural do que esperar o bebê estar pronto para o nascimento, assim, você mostra que seu o corpo também está pronto para a chegada dele”, considera.
29
Capa
Benefícios e consequências
30
O ginecologista obstetra Bruno Veit explica que a via de parto deverá ser definida após um conjunto de situações, almejando o bem-estar materno e fetal. Segundo Veit, não existe uma regra para a escolha, e a intervenção com cesárea pode ser indicada durante o pré-natal ou durante o trabalho de parto. A cirurgiã geral Aurelly Fabiana conta que já ouviu mulheres dizerem que escolheram a cesárea porque acreditam que tem menos riscos. “Sabemos que tem tantos riscos ou mais que parto normal, principalmente por se tratar de um procedimento cirúrgico, em que complicações podem acontecer”, frisa a médica. Cerca de 1/3 do cérebro do bebê é formado nas últimas quatro semanas de gestação, segundo dr. Wilson Ayach, especialista em partos de risco. Quando a mulher opta por agendar uma cesariana, provavelmente está impedindo que este processo seja concluído como deveria. “Se esta perda no crescimento do cérebro é recuperada? Acreditamos que sim”, indaga o especialista. Dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) apontam que 25% das mortes neonatais acontecem por consequência da prematuridade. Este é um dos motivos que faz com que o trabalho de parto seja tão importante, pois quando chega esse momento significa que o bebê está pronto para nascer. “A gravidez é um processo fisiológico, uma etapa da vida do casal, e também deveria terminar de maneira fisiológica”, defende Ayach. O médico explica também que o fator fisiológico faz com que a mãe que realiza o parto normal tenha mais facilidade para amamentar, e a que decide pela cesárea acaba aderindo à mamadeira mais rapidamente. “Não é uma regra, mas são acontecimentos diretamente relacionados”, revela. O hormônio oxitocina, conhecido como "hormônio do amor", é produzido pela mãe durante o parto normal, estreitando o vínculo afetivo entre mãe e filho. A prolactina, que estimula a produção de leite, também começa a ser produzida durante o parto.
"A via de parto deverá ser definida após um conjunto de situações, almejando o bem-estar materno e fetal", explica Bruno Veit
31
As pessoas mais próximas, mesmo que indiretamente, podem influenciar a decisão das gestantes. Lia afirma que o marido e os familiares apoiam a decisão dela em fazer o parto natural. “Se na hora do parto tudo corroborar para que aconteça o parto normal, não tem justificativa para ocorrer a cesárea”, diz a psicóloga. Mayara entrou em trabalho de parto quando a gravidez completou 42 semanas e reiterou a importância do apoio do marido. “Ele apoiou a minha escolha pelo parto normal e esteve comigo em todos os momentos, além de me ajudar a cuidar da Maria Eduarda”, diz. A estudante retomou as atividades físicas um mês depois do parto. Dr. Ayach afirma que são inquestionáveis algumas vantagens que a cesárea apresenta, levando em conta que existem também mulheres que não têm condições físicas ou psicológicas para fazer o parto normal. “O médico, a família, o marido e a sociedade como um todo têm uma parcela de responsabilidade na decisão que cada mulher toma”, analisa.
"Meu marido apoiou a minha escolha pelo parto normal e esteve comigo em todos os momentos", Mayara Crespo
Capa
Cesárea: via alternativa
32
Por existir a possibilidade de agendar um horário para o bebê nascer, a cesárea se encaixa melhor no mundo moderno, avalia dr. Ayach. O médico diz que é importante não colocar os tipos de parto como antagônicos. “A cesárea não está em oposição ao parto normal, é um procedimento complementar, uma via de parto alternativa”. Segundo Ayach, o que tem acontecido ao longo do tempo é que a cesárea vem sendo realizada sem uma indicação formal. Certamente, há casos em que a cesariana precisa ser feita", explica o dr. Bruno Veit. Sofrimento fetal, descolamento de placenta, prolapso de cordão umbilical, placenta prévia total (quando a placenta bloqueia a saída do bebê), ou ainda, no caso das pacientes que já tenham sido submetidas a mais de uma cesárea, pelo risco de rotura uterina. Aurelly reforça que a cesárea é um ótimo recurso para salvar vidas, quando é bem indicada. “A cesárea permite que muitas mulheres que têm riscos, em razão de algumas condições de saúde, tenham seus filhos de forma mais segura”, diz a médica. Já a psicóloga avalia que um conjunto de fatores leva as mulheres a terem preferência pela cesárea. “O temor em não conseguir ter o parto com o médico que acompanhou o pré-natal ou não ter sala disponível no hospital escolhido gera muita tensão”, considera Lia.
Não se trata de condenar a cesariana, diz o ministro Arthur Chioro. “Quando bem indicada, salva vidas; é um recurso que veio para ficar, uma conquista da medicina, mas, se mal indicada, faz mal à saúde”. E, em segundo lugar, não se trata de interferir no direito da mulher, mas de garantir a ela o empoderamento no sentido de ter informações e poder analisar sua escolha de maneira mais livre, mais soberana e mais adequada. Chioro frisa ainda que não dá para admitir que o número de mortalidade materna tenha triplicado e as mulheres brasileiras não saibam disso. Quanto ao pós-parto, Ayach resume: “o parto normal não exige tantos cuidados quanto a cesárea, porque não é uma cirurgia”. Dr. Wilson Ayach considera que a história da assistência à mulher no trabalho de parto não é isenta de maus tratos, isso gera uma cultura de que o parto normal é complicado. Os profissionais destacam que o diálogo entre a paciente e o médico é fundamental para que a gestante fique segura com a decisão. Depois de ter concedido entrevista à Viver Cassems, Aurelly Fabiana teve uma pré-eclâmpsia por causa à hipertensão, na 36ª semana de gestação. No dia 12 de fevereiro, Miguel nasceu por meio de cesárea. A pré-eclâmpsia pode surgir a partir da 20ª semana e deve ser tratada para que não evolua para a eclâmpsia, forma mais grave que coloca em risco a vida da mãe e do bebê.
"A cesárea não está em oposição ao parto normal, é um procedimento complementar, uma via de parto alternativa", diz Arthur Chioro
33
34
Para disseminar as novas regras da ANS em Mato Grosso do Sul, a Cassems aplicará as recomendações ao Programa Casal Grávido, que é realizado em Campo Grande há mais de três anos, desenvolvendo atividades multidisciplinares com casais que já iniciaram o pré-natal. A diretora de Assistência à Saúde da Cassems, Maria Auxiliadora Budib, frisa que o Programa Casal Grávido nasceu para fomentar o cuidado pré-natal entre os casais e, também, o retorno da mulher ao protagonismo do parto. “Nestes três anos e meio, o curso trouxe uma dinâmica ativa, com estações de cuidados ao recém-nascido e equipe multiprofissional, que faz esclarecimento e debate as principais dúvidas dos participantes”, relata. A gestante Lia Rodrigues revela que a participação no curso a faz se sentir mais preparada para a experiência da maternidade. “Participar de cursos, palestras e ler livros sobre a gestação fazem com que a ansiedade diminua e os temores que envolvem a gravidez se dissipem”, explica. Dra. Budib, médica que idealizou o programa, destaca que em todas as edições o curso traz informações atualizadas, e com a resolução da ANS não será diferente. “Faremos as explicações e daremos o apoio necessário aos casais em suas dúvidas e expectativas”, diz. Segundo ela, desde o início do pré-natal o obstetra deve orientar a gestante sobre a normativa e estimular ao protagonismo.
Entre as principais alterações no que se refere à consulta pública, a ANS propõe: • Divulgação de informações mais detalhadas pelas operadoras; • Obrigatoriedade de divulgação dos porcentuais de cesarianas; • Ausência do Cartão da Gestante não impede atendimentos; • Partograma deve conter os dados indicados pela OMS; • Estímulo à habilitação de hospitais privados à iniciativa Hospital Amigo da Criança e da Mulher.
FOTO
Foto Arquivo Cassems
Capa
Projeto Casal Grávido
Hospital Amigo da Criança e da Mulher • No momento do parto, oferecer métodos que aliviem a dor, como massagens e banheira; • Evitar situações como episiotomias (corte do períneo), indução do parto e parto cesariano; • Garantir o acesso dos pais ao recém-nascido, estando o bebê na UTI neonatal ou não; • Permitir o acompanhamento da doula durante o parto; • Incentivar a mulher para que escolha a posição para dar à luz. Fonte: Ministério da Saúde/ANS
35
36
37
38
Entrevista
Ricardo AYACHE
Presidente comemora os 14 anos da Caixa dos Servidores destaca a importância do trabalho realizado para a saúde de MS Texto Gustavo de Deus | Foto Alexis Prappas
Ricardo Ayache nasceu em Aquidauana, formou-se em Medicina em 1993, pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) especializou-se em cardiologia, pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), e tem MBA em gestão de Cooperativas de Saúde pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Servidor público do Hospital Regional de MS, assumiu a direção de Assistência à Saúde Cassems em março de 2001, sendo o responsável pela implantação de todo modelo assistencial da instituição, colocando-o frente a frente com os beneficiários e suas necessidades. Em junho de 2010, Ricardo assumiu a presidência da Cassems com o desafio de dar continuidade ao trabalho sólido desenvolvido pela gestão anterior. Em sua gestão, Ricardo adquiriu o hospital de Naviraí e de Três Lagoas, ampliou o hospital em Dourados, construiu Centros Odontológicos em Glória de Dourados, Fátima do Sul, Paranaíba, Sete Quedas, Maracaju e Itaporã, ampliou o Hospital Cassems em Ponta Porã
e, preocupado com a saúde dos servidores públicos de MS, inovou a gestão administrativa criando os Centros de Prevenção em Campo Grande, Aquidauana e Nova Andradina. Em 2013, Ricardo foi reeleito para o triênio 2013-2016 e, na sua segunda gestão, foi lançado o Portal da Transparência, com o objetivo de democratizar as informações junto aos seus beneficiários. Adotou, também, diversos programas de prevenção, como o "Ônibus da Saúde", investiu em programas de assistência à saúde, como o "Cassems Itinerante", que visam melhorar, cada vez mais, a qualidade de vida dos beneficiários da Caixa dos Servidores. Foi também em 2013 que aconteceu o maior sonho da diretoria e dos beneficiários Cassems: o hospital próprio em Campo Grande. Ainda este ano, será inaugurado o Centro Médico e de Diagnóstico Avançado, mais um investimento com o objetivo de melhorar, ainda mais, o atendimento às quase 200 mil vidas acolhidas pela Caixa dos Servidores.
39
Entrevista 40
1) Nestes seus 15 anos de Assistência à Saúde, quais são as suas percepções sobre a evolução da Saúde em Mato Grosso do Sul? Primeiramente, todos esses anos vivenciando a Saúde me deram uma visão ampla das dificuldades que a população de Mato Grosso do Sul encontra para ter acesso a um atendimento digno. Por outro lado, percebi também o quanto esse quadro mudou nos últimos anos. O principal problema encontrado pela população do nosso Estado é o mesmo do resto do país: a escassez e a má distribuição de médicos bem como a estrutura deficitária, principalmente, no interior. Vemos todos os dias, nos veículos de comunicação que o maior problema do Brasil é a Saúde. Além da falta de médico e de estrutura, o envelhecimento da população e a escalada dos custos no segmento da Saúde Suplementar são outros fatores que quase inviabilizam fazer Saúde. O Brasil é o oitavo maior mercado em Saúde do mundo, mas o gasto per capita ainda é baixo e, consequentemente, a rentabilidade também. O grande vilão dos gestores da Saúde é a Variação dos Custos Médico-Hospitalares (VCMH), índice mais conhecido como “inflação médica”, que é composto pelos custos de consultas e exames e da frequência de utilização dos serviços pelos usuários. Segundo cálculos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), em 2013, a inflação médica ficou três vezes maior do que o índice oficial de inflação do país. Então, gerir um plano de saúde, fazer Saúde no Brasil é um grande desafio, porém, é com imenso prazer que a Cassems enfrenta essas adversidades, com muita coragem e empenho.
"A Cassems contribuiu, significativamente, nesses 14 anos de sua existência, não só para a Saúde, mas também para o setor econômico e, principalmente, para vida dos servidores do Estado", Ayache
2) Qual é o papel da Cassems nesta evolução? A sua Rede Própria, principalmente no interior do Estado, ajudou a melhorar a qualidade da saúde em MS? A Cassems tem um papel fundamental para que a saúde do Estado tenha melhorado de forma significativa nos últimos anos. Primeiro, nós cuidamos de quase 200 mil vidas espalhadas por Mato Grosso do Sul. Além do investimento na nossa rede de atendimento, que hoje soma oito hospitais próprios, oito Centros Médicos, 76 Unidades Locais, 11 Unidades Regionais e 18 Centros Odontológicos, nós desenvolvemos alguns programas com o objetivo de levar atendimento de determinadas especialidades, principalmente as mais escassas, à população do interior do Estado, que tem pouco ou nenhum acesso a este tipo de procedimento. O “Ônibus da Saúde”, programa de prevenção que entra no seu quarto ano de atuação, levando atendimento especializado no combate ao câncer para o interior, já percorreu 72 municípios. Já o “Cassems Itinerante” é um programa de assistência à saúde que leva alguns especialistas, como neurologista, geriata, cirurgião vascular, reumatologista e psiquiatra a algumas cidades. Tantos esses dois programas, como os outros desenvolvidos pela Caixa dos Servidores, são criados após minucioso estudo, depois de análise das necessidades de cada região. A Cassems contribuiu, significativamente, nesses 14 anos de sua existência, não só para a Saúde, mas também para o setor econômico e, principalmente, para vida dos servidores do Estado. Por esses exemplos e por tantas outras ações é que eu posso dizer, com absoluta convicção, que a Cassems é de suma importância para a Saúde de Mato Grosso do Sul.
41
Entrevista 42
3) Nos primeiros anos de existência, a Cassems cuidou da saúde dos seus beneficiários; ultimamente, está incentivando a prevenção. Em qual momento a diretoria da Caixa dos Servidores percebeu a importância de investir mais na medicina preventiva do que na medicina curativa? A Cassems nasceu numa época na qual a assistência à saúde aos servidores públicos estava precária, então, neste primeiro momento, o nosso objetivo foi cuidar da saúde do servidor e dos seus familiares, o que a gente fez com muito êxito. Com o tempo, após a Caixa dos Servidores garantir uma assistência de qualidade à saúde do servidor, nós percebemos que era a hora de partir para um segundo momento, que é a prevenção. Investir em prevenção vai além de prevenir o aparecimento de doenças em nossos beneficiários dessa forma, nós também cuidamos da saúde financeira da empresa. Por exemplo, um câncer descoberto no início, tem um custo de tratamento infinitamente menor do que em estágio adiantado. Então, além de cuidar da saúde dos nossos beneficiários e diminuir os números de casos de câncer, quando a gente investe em medicina preventiva, investimos também no nosso plano de saúde. Foi partindo desse princípio que nós investimos na nossa Rede Própria e nos nossos programas de prevenção. Outro aspecto importante é o envelhecimento populacional crescente. Assim, a prevenção e a promoção da saúde são fundamentais para garantir a qualidade de vida da população.
4) Entre os vários programas de cuidado à saúde criados pela Cassems, dois se destacam por levar atendimento de qualidade ao interior: o "Ônibus da Saúde" e o "Cassems Itinerante". Fale um pouco sobre a importância desses dois programas para a população do interior de MS. Como já disse anteriormente, esses dois programas ajudaram a melhorar a vida dos beneficiários Cassems e de toda a população do Estado. O “Ônibus da Saúde” foi criado após um estudo da nossa diretoria de Assistência à Saúde, a qual verificou que a maioria absoluta das mulheres beneficiárias da Caixa dos Servidores, principalmente as que moram no interior, estavam com seus exames preventivos em atraso, e o maior motivo para isso acontecer era a dificuldade de se locomover até os grandes centros, onde esses procedimentos são disponíveis. Por isso, a Cassems, em parceria com o Hospital Alfredo Abrão, idealizou essa unidade móvel, que, equipada com sala de exames ginecológicos, sala de mamografia, consultório médico e centro para pequenas cirurgias, além de uma experiente equipe de médicos já realizou mais de 18 mil atendimentos. Para ter ideia da importância desse programa, após o primeiro ano de atendimento, em 2012, o número de pacientes atendidos pelo Hospital Alfredo Abrão, com câncer nas fases 3 e 4, os estágios mais avançados, caiu de 65% para 19%. Em 2013, esse número caiu para 17%, e em 2014, para 16%. O "Cassems itinerante"
foi idealizado pela nossa diretoria de Assistência à Saúde com um único objetivo: levar profissionais de certas especialidades em locais onde esses atendimentos são escassos. Mapeamos as cidades em que essa dificuldade é maior e levamos até elas essas especialidades. Até o momento, o programa já visitou Coxim, Naviraí, Aquidauana Corumbá, Três Lagoas e Dourados, mas o nosso objetivo é estendê-lo para outros municípios. Foi também pensando na prevenção que nós criamos os nossos Centros de Prevenção. O primeiro foi o de Campo Grande, no qual disponibilizamos uma academia completa, hidroginástica, fisioterapia e pilates, além da cozinha experimental, que ensina refeições saborosas e saudáveis. Depois, inauguramos o de Aquidauana, em parceria com o Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação) e, ano passado, abrimos o de Nova Andradina. Enfim, todos esses esforços em prevenção têm dado resultados mais do que satisfatórios, porque, além de cuidar da saúde dos nossos beneficiários, nós também ajudamos a mudar a vida dessas pessoas. Uma pessoa que tem atitudes saudáveis, que não é sedentária, tem uma qualidade de vida tão, melhor que isso se reflete em toda a sua vivência. No Centro de Prevenção de Campo Grande, por exemplo, nós ouvimos muitos depoimentos de frequentadores agradecendo que, lá eles, além de praticar atividades físicas, se relacionam, convivem em grupo, e isso também melhora a qualidade de vida.
"A prevenção e a promoção da saúde são fundamentais para garantir a qualidade de vida da população", afirma Ayache
43
Entrevista 44
5) Um dos maiores sonhos da diretoria e dos beneficiários é a construção do Hospital Cassems em Campo Grande. Em que pé estão as obras? O hospital será concluído no prazo estimado? Realmente, o Hospital Cassems em Campo Grande é um grande sonho, não só da diretoria, mas também, dos nossos beneficiários, e estamos prestes a realizá-lo. O nosso hospital na Capital será referência em atendimento e em modernidade. Em atendimento porque, quando pronto, ele será capaz de realizar procedimentos de alta complexidade e terá capacidade para atender em torno de mil pacientes por dia, entre a realização de exames, consultas e pronto atendimento adulto e infantil. A unidade hospitalar funcionará 24 horas, com 107 leitos de internação, centros cirúrgicos, de diagnósticos e de quimioterapia, UTI para adulto e neonatal, tudo isso em área total construída de 13.245 m2. Tudo isso para dar todo o suporte necessário para os nossos beneficiários. Já estamos iniciando o fechamento externo do hospital, a construção da área de utilidades e a pavimentação externa. Este é o primeiro prédio de Campo Grande com estrutura metálica, e os grandes benefícios desta escolha são o tempo de execução da obra, que é reduzido em até 40%, e a redução do impacto ambiental, pois é uma obra “limpa”, com poucos resíduos gerados. O fechamento externo do hospital será em painel de vidro e ACM, que é um tipo de revestimento em alumínio de alta resistência, e a vantagem de usar esse material é a sua extrema rigidez, leveza, acabamento perfeito, o que facilita a limpeza e a conservação. O valor total do investimento é de R$ 60,4 milhões, dos quais que R$ 39,5 milhões são oriundos do convênio do Fundo de Desenvolvimento do Centro-Oeste (FCO). A conclusão total das obras está prevista para 2016.
6) Após 15 anos de Assistência à Saúde, desses, 14 na Cassems, o que você projeta para o futuro, não só da Caixa dos Servidores, mas também do Estado? O objetivo da Cassems é continuar não medindo esforços nesta luta pelo direito a uma Saúde mais justa, humana e igualitária aos seus beneficiários. Temos certeza de que todas as nossas conquistas nesses anos são reflexo de um trabalho desenvolvido por pessoas que acreditaram em um ideal e fizeram com que a Caixa dos Servidores se tornasse referência nacional de autogestão, que significa um sistema sem fins lucrativos, gerido democraticamente por nós, servidores públicos de Mato Grosso do Sul. Dessa forma, quando projetamos o futuro, tornamos realidade alguns sonhos, como a implantação do nosso hospital em Campo Grande, a inauguração do nosso Centro Médico e de Diagnóstico Avançado, a ampliação da interiorização do atendimento, aumentar a abrangência dos programas de prevenção, continuar apostando em uma gestão cada vez mais participativa, transparente e profissionalizada. Tudo que a Cassems construiu nesses 14 anos de existência é fruto da união de todos, da diretoria, dos conselheiros, colaboradores e beneficiários. A experiência de desenvolver a Cassems nos mostrou que somente unidos conseguimos alcançar os nossos objetivos e fortalecer a nossa Caixa dos Servidores. Definitivamente, é desafiador gerir um plano de saúde como a Cassems, mas, agora, já vislumbrando não só o futuro da nossa Caixa dos Servidores, mas também a Saúde como um todo. Acredito na mudança do olhar sobre a gestão de Saúde, tornando-a mais humana e percebendo que ações voltadas às necessidades do ser humano podem melhorar, e muito, a nossa qualidade de vida. Fazer parte desta diretoria que colocou a Cassems entre os melhores planos de saúde do país é um desafio apaixonante, que se renova a cada dia.
"Fazer parte desta diretoria que colocou a Cassems entre os melhores planos de saúde do país é um desafio apaixonante, que se renova a cada dia", diz Ayache
45
Saúde Cassems
Problemas distintos pedem diferentes cuidados no consumo do carboidrato Texto Stephanie Ribas
46
Você Sabia?
O contato com qualquer produto que contém leite na composição também pode provocar reações alérgicas
Identificados em diferentes momentos
O gastroenterologista Justiniano Barbosa Vavas,
da vida, intolerância e alergia à lactose exigem
diretor-presidente da Funsau-MS (Fundação de Servi-
adaptações na alimentação, principalmente em rela-
ços de Saúde do Mato Grosso do Sul) e presidente da
ção a outras fontes de cálcio, já que o consumo de
Sociedade Sul-mato-grossense de Gastroenterologia,
leite, principal fonte do nutriente, ficará limitado.
esclarece que a intolerância à lactose é uma deficiên-
A alergia trata-se de um processo de hipersensibi-
cia na produção da enzima lactase, que tem a função
lidade do organismo a qualquer tipo de substância,
de "quebrar", ou seja, metabolizar a lactose, que é o
como alimentos, produtos químicos e micro-organis-
açúcar do leite e seus derivados.
mos. No caso do leite, a reação imunológica ocorre
Como consequência, a substância se acumula no in-
no contato do organismo com as proteínas da bebida,
testino grosso, provocando o aparecimento dos sintomas,
podendo causar alterações intestinais na pele e no sis-
que são apresentados de forma mais agressiva quando
tema respiratório.
são ingeridas altas quantidades de leite e derivados.
47
A alergia pode ser descoberta assim que o bebê deixa de tomar o leite materno e passa a consumir outras bebidas lácteas. O contato com qualquer produto que contém leite na composição também pode provocar reações alérgicas, como bolinhas vermelhas na pele, coceira, inchaço, falta de ar e tosse. No caso da intolerância, o consumo de lactose pode resultar em cólicas, excesso de gases, náuseas ou diarreia, dependendo da quantidade ingerida. Com o tratamento, é possível identificar a quantidade de lactose que o organismo é capaz de suportar sem apresentar os sintomas. Isso acontece quando o paciente segue uma dieta e toma os medicamentos indicados por uma especialista. Dr. Vavas destaca a importância da reposição do cálcio no organismo. “A ausência de leite e derivados a médio e longo prazo pode reduzir o nosso aporte de cálcio, que tem a função de formar nossos ossos e dentes, além de evitar problemas ósseos”, afirma. O gastroenterologista reitera que o cálcio também participa de importantes reações químicas que ocorrem no corpo humano, como a coagulação sanguínea, a contração e o relaxamento muscular, a transmissão nervosa do cérebro e a regulação dos batimentos cardíacos. O médico revela que não existe necessidade de um consumo mínimo diário de lactose. “Ela é um carboidrato, ou seja, uma fonte de glicose que pode ser substituída por vários outros tipos de carboidratos”. Alguns exemplos são a sacarose (o açúcar da cana de açúcar), a frutose (açúcar das frutas) e o amido (açúcar do arroz, do trigo, da mandioca e da batata). Ao escolher alimentos no supermercado para os alérgicos ou intolerantes à lactose, as informações contidas nas embalagens devem ser observadas com atenção, pois devem indicar exatamente quais substâncias fazem parte do produto. “Habitualmente, a indústria de alimentos têm anunciado que os produtos colocados à venda para esse fim são ‘isentos de lactose’, portanto não podem e não devem ter leite em seu preparo”, alerta dr. Vavas.
Tipos de Intolerância
Deficiência primária – É a mais comum, quando a produção de lactase diminui progressivamente a partir da adolescência e até o fim da vida; Deficiência secundária – Pode ser temporária, já que é desenvolvida a partir de outras doenças intestinais, como diarreias, síndrome do intestino irritável ou alergia à proteína do leite. Assim, a produção de lactase pode ser normalizada quando a doença principal é controlada; Deficiência congênita – Neste caso, que é mais raro, a criança já nasce sem conseguir produzir lactase, por um problema genético.
Foto Shutterstock
Saúde Cassems 48
Diagnóstico
49
50
51
Informativo
Cassems realiza o primeiro Conselho de Entidades de 2015
52
A Cassems realizou, no dia 12 de fevereiro, a primeira reunião de 2015 do Conselho de Entidades. O encontro aconteceu na sede da Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems) e reuniu sindicatos que representam servidores públicos do Estado. Durante a reunião, o presidente da Caixa dos Servidores, Ricardo Ayache, discorreu sobre as ações realizadas pela Cassems em 2014 e os principais desafios para 2015. O Conselho de Entidades é de caráter consultivo e foi criado com a finalidade de ser amplo e envolver o maior número de entidades possível. Este conselho fornece subsídio para desenvolver a Cassems de uma maneira mais diversificada, além de refletir sobre pontos positivos e negativos da Caixa dos Servidores e, por meio dessa análise, traça novos rumos na certeza de fazer o melhor possível e com a aprovação da maioria. Para Ayache, a realização do Conselho Consultivo é muito importante não só para os beneficiários, mas também para a coletividade da
instituição. “Nós temos o Conselho de Administração, o Conselho Fiscal, temos as diretorias, mas de nada vale se nós não virmos aqui ouvir vocês que estão vivenciando as necessidades de perto. O conselho é um gesto democrático e de transparência, que mostra que a gente deve agir sempre em conjunto, para tomarmos as melhores decisões para todos nós”, pontuou. De acordo com Ênio Ribeiro dos Santos, professor em Dourados, o conselho dá ao beneficiário a oportunidade de, efetivamente, participar da gestão do seu plano. “Reuniões como esta são excelentes, porque permite ao beneficiário a apropriação de gerir o seu próprio plano. Isto é um avanço para a democracia participativa, o que resulta em um atendimento mais qualificativo”, salienta Ribeiro. Já a professora aposentada Maria Ideonor acredita que a qualidade do atendimento aos beneficiários da Caixa dos Servidores acontece por causa de encontros como o desta tarde. “A Cassems cuida da nossa saúde, ela é nossa e nós somos os fiscais. Temos de zelar e cuidar do nosso plano
de saúde, e reuniões como essa são muito importantes para sempre estar aperfeiçoando. Eu não tenho nada a reclamar, estou satisfeita com o atendimento e com os serviços prestados”. O vice-presidente da Cassems, Ademir Cerri, salienta que o Conselho de Entidades direciona as decisões da diretoria da Caixa dos Servidores. “O Conselho é importante porque ele norteia algumas decisões, seja por serem conflituosas ou pelo fato de ser difícil chegar a um resultado final. Então, uma vez consultado, ele dá a sua opinião e faz com que os dirigentes e os administradores da Caixa dos Servidores tomem algumas decisões com mais certeza. A reunião de hoje foi muito boa, esclarecedora e contou com a participação de várias entidades”. Participaram do Conselho Consultivo vários membros da diretoria da Cassems, como o vice-presidente ,Ademir Cerri, o 2º vice-presidente, Alexandre Junior Costa, os conselheiros de Administração, Geraldo Alves Gonçalves, Alexandre Barbosa da Silva, Lilian Olivia Fernandes e Lauro Davi, a presidente do Conselho Fiscal, Maria das Graças Freitas, os conselheiros Fiscais, Noestor Jesus Ferreira Leite e Claudio Mario Salvador, os conselheiros fiscais suplentes, Ricardo Corrêa Bueno e Wilds Ovando, e os conselheiros de Administração suplentes, Darlene Pereira Mendes, Thiago Monaco Marques e José Remijo Perecin. Também participaram do conselho representantes de diversas categorias sindicais e outros diretores da Caixa dos Servidores.
Informativo
‘Cassems Itinerante’ leva atendimento especializado ao interior do Estado
54
O programa “Cassems Itinerante” visita municípios do interior de Mato Grosso do Sul desde o início de 2013. O programa é uma iniciativa da Caixa dos Servidores e busca amenizar as dificuldades da população do interior do Estado no acesso à medicina especializada. O atendimento acontece das 8h às 18h, no Hospital Cassems do município visitado. As cidades de Três Lagoas, Coxim, Dourados, Navi-
raí, Aquidauana e Corumbá já receberam atendimento do programa. A diretora de Assistência à Saúde da Caixa dos Servidores, Maria Auxiliadora Budib, destaca a importância da iniciativa e, para ela, o sucesso desse projeto depende muito da parceria com os profissionais de saúde que aceitam o deslocamento, durante os fins de semana, para realizar os atendimentos. A diretora conta, ainda, que está sendo feito um levantamento sobre a demanda de cada Unidade Regional Cassems. “Ao recebermos as necessidades locais, faremos um
cronograma, analisando sempre a viabilidade administrativa e também do profissional, e formataremos um calendário que será divulgado com antecedência para os nossos beneficiários”, disse. O presidente da Cassems, Ricardo Ayache, frisa que a Caixa dos Servidores busca oferecer o melhor atendimento aos beneficiários do interior do Estado, por sofrerem com a falta de profissionais em algumas áreas. “Temos conhecimento de como o interior de Mato Grosso do Sul necessita de profissionais em áreas específicas da saúde. Por isso, nossos programas são desenvolvidos visando o melhor atendimento para todos e amenizando os problemas que existem nos locais onde há a carência de determinadas especialidades”, explica.
Com o Prontomed em reforma, saiba onde buscar atendimento de emergência Em virtude da interrupção do atendimento do Prontomed para reforma da Associação Beneficente de Campo Grande - Santa Casa, os beneficiários que necessitarem do serviço de pronto atendimento devem procurar a Rede Credenciada Cassems: Hospital El Kadri, Hospital Adventista do Pênfigo, Pape (Pronto Atendimento Pediátrico do IMPCG – Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande) e o Hospital Infantil São Lucas. As obras de reforma e adequação do Prontomed iniciam-se em janeiro e devem ser finalizadas em até 120 dias. Para mais informações entrar em contato com a Central de Atendimento Cassems 24 horas, pelo telefone: (67) 3314-1010.
55
Informativo
Hospital Cassems Campo Grande: Referência arquitetônica para Mato Grosso do Sul
56 Modernidade, inovação e vanguarda são sinônimos que traduzem a obra do Hospital Cassems de Campo Grande, que, mesmo na etapa inicial, já demonstra grande expressão arquitetônica. A obra, que terá área total construída de 13.245 m², já passou pela etapa de fundação profunda, rasa e, agora, finaliza a fase de fechamento externo e construção da área de utilidade e pavimentação externa. Passo a passo, o sonho do servidor público de Mato Grosso do Sul está se concretizando. Este será o primeiro prédio de Campo Grande com estrutura metálica. De acordo com o presidente da Caixa dos Servidores, Ricardo Ayache, o grande benefício desta escolha é o tempo de execução da obra, redução do impacto ambiental (obra “limpa” e com poucos resíduos gerados) e redução no quadro de funcionários, utilizando mão de obra especializada.“Na construção em
estrutura metálica pode-se ter redução de até 40% no tempo da obra, quando comparado aos processos convencionais, já que a fabricação da estrutura é feita em paralelo às fundações, permitindo o trabalho em diversas frentes de serviços simultaneamente”, explica Ayache. Ainda, segundo Ayache, a estrutura tem prazo de montagem de quatro meses e um mês para ajustes (solda e nivelamento). Para o vice-presidente da Caixa dos Servidores, Ademir Cerri, este método de construção garante a precisão de medidas, evitando-se, assim, desperdícios. “O tempo economizado permite a redução de custos para a nossa Caixa. A construção deste hospital tem sido, para todos nós, um desafio apaixonante”, pontuou. O fechamento externo do hospital está sendo feito com painel de vidro e ACM, que é um tipo de
revestimento em alumínio de alta resistência. “As vantagens de utilizar esse material são a extrema rigidez, leveza, acabamento perfeito, facilidade na limpeza e conservação”, explicou o presidente, salientando que o material também garante proteção contra as frequentes mudanças climáticas. A presidente do Conselho Fiscal da Cassems, Maria das Graças Freitas, conta que, antes da escolha deste método de construção, foi realizada uma visita técnica para conhecer um pouco mais o método e os fabricantes. “Concluímos que era a melhor opção. Além de econômico, é um processo rápido e seguro. Como conselheira, tenho certeza que fizemos a escolha certa. Como servidora, é satisfatório saber que fazemos parte da construção deste sonho, que é melhorar ainda mais a qualidade da assistência à saúde dos nossos beneficiários”, destacou.
57
Informativo
Colaboradores e beneficiários Cassems poderão utilizar nome social
58
O Conselho de Administração da Cassems deliberou, por unanimidade, em reunião realizada no dia 28 de janeiro, uma resolução normativa que assegura aos colaboradores e beneficiários da Caixa dos Servidores o uso do nome social adotado por travestis e transexuais, para fins de registros e cadastro na Cassems bem como hospitais da Rede Própria. O nome social, identidade escolhida pelos indivíduos que não se sentem à vontade com o nome e o gênero registrados no nascimento, vai acompanhar o nome civil em todos os registros internos da Caixa dos Servidores, mas será priorizado no tratamento interpessoal. “Isso mostra que nós estamos atentos às transformações da sociedade, o que torna a Cassems cada vez mais próxima dos nossos beneficiários”, pontuou o presidente da Caixa dos Servidores, Ricardo Ayache. Felizes com a decisão do Conselho e o posicionamento da Caixa dos
Servidores, os beneficiários Brandon Boris Lav e Isabelle Ferreira Abrego receberam das mãos do presidente da Cassems, no dia 29 de janeiro, os cartões com seus nomes sociais. Brandon comemorou o posicionamento do plano. Para ele, a Caixa dos Servidores está caminhando lado a lado com a evolução dos direitos sociais. “Considero esta decisão uma conquista e sei que servirá de incentivo para que outras pessoas também busquem seus direitos”, avaliou. Já Isabelle salientou a importância dessa conquista, principalmente na data em questão (29), “Dia da Visibilidade Trans”. De acordo com ela, apesar das dificuldades encontradas no dia a dia, uma notícia como essa traz conforto e ânimo para continuar lutando pelos seus direitos. “É difícil o reconhecimento de forma ampla e, felizmente, a Cassems entendeu a importância disso para nós. Ninguém pode definir uma pessoa, a não ser ela mesma”, destacou.
Membro do Conselho de Administração, Cristiane Louzada Ferreira de Oliveira disse que o Conselho reconheceu a importância da pauta desde o início. “Assim que o assunto foi apresentado aos conselheiros, entendemos, de imediato, a necessidade dessa decisão”, explicou. O vice-presidente da Caixa dos Servidores, Ademir Cerri, disse que a Cassems está sempre atenta às necessidades de seus beneficiários. “Em 2009, a Caixa dos Servidores modificou o seu estatuto para autorizar inclusão de dependente natural ao associado titular, incluindo companheiro do mesmo sexo”, ressaltou Cerri. A diretora de Clientes da Cassems, Jucli Stefanello Peruzo, parabenizou os beneficiários pela conquista e se colocou à disposição. “Ao procurar a Cassems, todos os beneficiários, sem distinção, recebem atendimento eficiente e acolhedor”, garantiu a diretora.
Pelo terceiro ano consecutivo, Cassems realiza campanha de vacinação antigripe Com o objetivo de reduzir as complicações e internações que ocorrem em consequência das infecções causadas pelo vírus influenza nos servidores públicos e seus familiares, a Cassems realiza, pelo terceiro ano consecutivo, a Campanha de Vacinação Antigripe. Por meio da Central de Atendimento, a Caixa dos Servidores agendou a vacinação dos seus beneficiários a fim de ter o número exato de doses adequadas à demanda. De acordo com a diretora de Assistência à Saúde da Cassems, Maria Auxiliadora Budib, em 2014, a Caixa dos Servidores adquiriu 3 mil
doses da vacina e, ao fim da campanha e das doses, muitos beneficiários solicitaram mais, porém, a Cassems não conseguiu atender à demanda, pois não havia no mercado para aquisição. “As vacinas são importadas e os laboratórios fecham os lotes de compra em março. Portanto, nós precisamos da definição prévia da quantidade de agendamentos para comprarmos o número de doses adequadas às reservas solicitadas”, explica a diretora. O Sistema Único de Saúde (SUS) distribui a vacina apenas para crianças menores de dois anos, gestan-
tes e idosos acima de 60 anos, considerados grupos de risco. Dessa forma, uma grande parcela da população fica vulnerável ao vírus e a suas consequências no período de inverno.
55 9 9
Informativo
Naviraí recebe primeira viagem do ‘Ônibus da Saúde’ em 2015
60
No dia 7 de fevereiro, o programa de prevenção “Ônibus da Saúde” realizou a primeira viagem de 2015, e o início dos atendimentos começou no município de Naviraí. A maior estrutura itinerante de prevenção ao câncer do país foi criada em 2011, com o objetivo de levar procedimentos até localidades órfãs desse tipo de atendimento especializado. A novidade deste ano é que um novo ônibus pegará a estrada juntamente ao antigo, e a capacidade de atendimento será triplicada. Prestigiaram a abertura da temporada do “Ônibus da Saúde”, o vice-presidente da Caixa dos Servidores, Ademir Cerri, o prefeito do município, Léo Matos, o deputado estadual Paulo Corrêa, além de diversas autoridades e vereadores. Além de aumentar consideravelmente o número de atendimentos, o
novo ônibus apresenta uma novidade vai acrescentar o homem no programa de prevenção. A estrutura é equipada para realizar o PSA (Antígeno Prostático Específico, em português), um exame de sangue capaz de detectar alterações na próstata e, dessa forma, diagnosticar precocemente o câncer de próstata. O coordenador do programa e responsável pelo “Ônibus da Saúde”, Fabrício Colacino, destaca o ganho que a nova estrutura vai trazer ao programa. “Hoje a gente começa um trabalho maior ainda do que já fizemos até agora. Nesta primeira viagem do ano, aqui em Naviraí, nós inauguramos uma nova fase do programa. Se com a estrutura original nós fazíamos 200 atendimentos, com o segundo ônibus esse número salta para 500. Outra novidade é que, com a nova es-
trutura, nós começamos a cuidar da saúde do homem, com o exame de PSA. Tudo isso para levar até o interior um atendimento oncológico decente e humanizado”, explica Colacino. Já o vice-presidente da Cassems, Ademir Cerri, salientou a missão da Caixa dos Servidores em cuidar da saúde da população no interior do Estado. “A Cassems está empenhada em vários projetos por todo o Estado. Nós temos oito hospitais, temos o ‘Cassems Itinerante’, além do ‘Ônibus da Saúde’. Hoje é a nossa primeira viagem com dois ônibus, e o objetivo é zerar o deficit de mamografias em Naviraí. É também o primeiro atendimento para a saúde masculina, com a realização do PSA, então, toda a diretoria da Cassems fica muito feliz em começar essa nova fase do programa aqui, em Naviraí”, finaliza Cerri.
61
Informativo
Ayache realiza reunião com diretores e coordenadores da Cassems para fazer balanço e planejamento
62
Visando sempre um atendimento eficiente e humanizado, o presidente da Cassems, Ricardo Ayache, realizou, no dia 19 de janeiro, reunião com os diretores e coordenadores para avaliar o ano que passou e traçar novas metas para 2015. “Apesar do tensionamento da saúde brasileira, da forte regulamentação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a judicialização do setor e crescente custo assistencial, entre outros desafios, conseguimos realizar ações que aceleram conquistas e inovações para as quase 200 mil vidas que a Cassems tem orgulho de cuidar”, disse o presidente, no início da reunião. Entre as conquistas, Ayache men-
cionou a aquisição da totalidade do Hospital de Três Lagoas, a ampliação e reforma do Hospital de Naviraí, a implantação do serviço de hemodiálise e moderno Centro de Diagnósticos em Dourados. “A Rede Própria da Cassems cresce não só em quantidade, mas também em qualidade”, pontuou. O vice-presidente da Cassems, Ademir Cerri, salientou que todas essas conquistas são resultado de muito trabalho e dedicação, tanto da diretoria executiva quanto dos conselheiros e colaboradores. “Nesses 14 anos, a Cassems cresceu, modernizou-se, e nunca perdemos o foco no atendimento humanizado. É este caminho que queremos continuar trilhando”,
destacou. Os desafios para 2015 não são poucos: conclusão da primeira fase da obra do Hospital Cassems de Campo Grande, conclusão da obra do Centro de Diagnóstico, aumento do fundo de reserva exigido pela ANS. Ayache afirmou que, com trabalho e planejamento, todos os desafios serão superados. “Por isso, reuniões como essas são importantíssimas para analisarmos aquilo que fizemos e o que precisamos fazer, projetar metas para que todos os setores funcionem cada vez melhor, dessa forma, obtendo resultados positivos e oferecendo o suporte necessário para melhor atender nossos beneficiários em cada cidade do Estado”.
Conselho de Administração da Cassems realiza primeira reunião de 2015
No dia 28 de janeiro, o presidente da Cassems, Ricardo Ayache, reuniu-se com membros do Conselho de Administração para a primeira reunião de 2015. O encontro
foi realizado na Sede da Cassems, em Campo Grande, e contou com a presença dos seguintes conselheiros: Ademir Cerri, Alexandre Junior Costa, Alexandre Barbosa da Silva, Cris-
tiane Louzada Ferreira de Oliveira, Félix Nazário Portela, Geraldo Alves Gonçalves, Lauro Sérgio Davi, Lilian Olívia, Aparecida Fernandes e Robelsi Pereira. Durante a reunião, discutiram estratégias para que a Cassems continue prestando assistência de qualidade aos seus beneficiários e tomadas de ações imediatas, além de pauta de trabalho comum ao Conselho. As reuniões do Conselho de Administração da Cassems acontecem mensalmente. “É muito importante compartilhar e escolhermos juntos os melhores caminhos para a consolidação da Cassems como um dos melhores planos de saúde do Brasil”, ressaltou o presidente.
63
Informativo
Tire suas dúvidas sobre a Resolução Normativa 279/2011
64
Para quais tipos de planos valem as regras?
Para todos os planos contratados a partir de janeiro de 1999 ou adaptados à Lei 9656/98. Há alguma condição para a manutenção do plano?
Sim, o ex-servidor deverá ter contribuído no pagamento e assumir a mensalidade do plano, após o desligamento, de acordo com a tabela vigente. Por quanto tempo o aposentado poderá ficar no plano?
Beneficiários da Cassems desligados do serviço público por aposentadoria ou exoneração poderão permanecer vinculados ao plano de saúde. Para que isso ocorra, é necessário respeitar a Resolução Normativa 279/2011 da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que determina como os planos de saúde devem conduzir a situação. A resolução regulamenta os artigos 30 e 31 da Lei dos Planos de Saúde (9656/98), os quais asseguram o direito de demitidos sem justa causa e aposentados manterem o plano de saúde coletivo empresarial. Funcionários aposentados, pelo INSS, que contribuíram por 10 anos ou mais, têm o direito de permanecer como beneficiário Cassems vitalício, ou seja, por tempo indeterminado. O aposentado pode ou não continuar no plano pelo prazo que ele optar. Aqueles com menos de 10 anos de participação podem permanecer ligados ao plano por 12 meses, a cada 12 meses de contribuição. O mesmo serve para o trabalhador
exonerado do cargo e que não é servidor público concursado, entretanto, o prazo de permanência no plano se dará por um período equivalente a um terço do tempo de contribuição, sendo o mínimo de 6 (seis) meses e o máximo de 24 (vinte e quatro) meses para sua permanência. Os beneficiários que optarem manter o plano devem procurar uma unidade da Cassems em seu município e solicitar a continuidade do serviço até 30 dias após o desligamento. “Manter o cadastro atualizado é fundamental para que possamos entrar em contato com os servidores e, assim, repassarmos tudo o que a Cassems oferece”, destaca a diretora de Clientes da Cassems, Jucli Stefanello Peruzo. Tire suas dúvidas sobre a resolução: Quem tem direito a manter o plano de saúde?
Aposentados que tenham contribuído com o plano e funcionários exonerados sem justa causa.
Os que contribuíram por mais de dez anos podem manter o plano pelo tempo que desejarem. Quando o período contribuído for inferior aos 10 (dez) anos, cada ano de contribuição dá direito em mantê-lo por um ano. E os exonerados?
Eles poderão permanecer por um período equivalente a um terço do tempo em que contribuíram com o plano, respeitando o limite mínimo, de seis meses e máximo, de dois anos. A manutenção do plano se estende também aos dependentes?
A norma garante que o aposentado ou exonerado, sem justa causa, tem o direito de manter a condição de beneficiário dos dependentes que já faziam parte do plano. Serviço: Para solicitar a continuidade do plano, vá até o atendimento Cassems mais próximo. Mais informações, entrar em contato com a Central de Atendimento Cassems 24 horas, pelo telefone: (67) 3314-1010.
Lei que beneficia a CassemS é aprovada por deputados
Em sessão extraordinária da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, no dia 18 de dezembro
de 2014, foi aprovado, por unanimidade, o projeto de lei do Poder Executivo que garante a doação de
dois terrenos para a Cassems, referente à quitação de uma dívida que o governo do Estado tem com a Caixa. A participação do Fórum dos Servidores Públicos do Estado foi de suma importância para esta aprovação, visto que a quitação da dívida é uma das reivindicações desde a formação do fórum, em setembro de 2013. “A união dos servidores públicos por meio do Fórum foi um fator muito importante, desde a negociação com o Governo do Estado até a conscientização, junto aos deputados, sobre o papel que a Cassems tem na saúde de Mato Grosso do Sul”, destacou o presidente da Cassems, Ricardo Ayache.
65
Informativo
Cozinha Experimental: Três anos cuidando da alimentação dos beneficiários Cassems
66
Criado em 2012, o curso “Cozinha Experimental” integra o programa de prevenção da Cassems, Pronutri, e, além de proporcionar a aquisição de conhecimentos e habilidades na preparação de guarnições, o participante aprende que uma alimentação saudável e equilibrada corresponde a uma alimentação variada. Os cursos acontecem no Centro de Prevenção em Saúde Cássio Pereira do Nascimento. Informações pelo telefone (67) 3321-0363.
Março
Maio
17/03 - Almoço de Páscoa
19/05 - Cozinha para Hipertensos
Abril
Junho
03/03 – Nutrição Esportiva
07/04 – Cozinha Vegetariana
05/05 – Preparação com Frango
02/06 – Cozinha para Gestantes
16/06 – Festa de Sopas e Caldos
67
Cassems realiza sétima edição da Sipat
Eventos
Aconteceu, em novembro de 2014, a sétima edição da Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (Sipat) da Cassems. A Caixa dos Servidores realiza o evento anualmente, com o intuito de levar assuntos pertinentes ao cotidiano dos colaboradores e informações que possam contribuir para a vida e saúde de todos. A ação também busca orientar e conscientizar os funcionários sobre a importância da prevenção de acidentes e doenças no ambiente de trabalho, e visa melhor qualidade de vida para os colaboradores da Cassems, além de resgatar valores esquecidos pela rotina atribulada de todos.
68
Diretora de Clientes apresenta a Cassems aos novos policiais A diretora de Clientes da Cassems, Jucli Stefanello Peruzo, esteve, em dezembro de 2014, na Academia de Polícia Civil de Mato Grosso do Sul (Acadepol) para apresentar a Caixa dos Servidores aos novos policiais. São 156 novos policiais que seguem em curso até março de 2015 e, durante o período na academia, têm diversas aulas e palestras de formação para o pleno exercício da profissão. Após a aprovação do concurso público, feita a matrícula e com o início do curso de formação, eles se tornam funcionários efetivos do Estado e têm o direito de optarem pela Cassems.
Cassems inaugura serviço de ressonância magnética em Paranaíba
Eventos
A
70
Cassems mais uma vez amplia seus serviços de atendimento aos seus beneficiários. Em dezembro de 2014, a Caixa dos Servidores inaugurou a Unidade de Ressonância Magnética, em seu hospital próprio em Paranaíba. Com a inauguração deste serviço, cerca de 7 mil vidas, distribuídas nos municípios de Paranaíba, Inocência, Aparecida do Taboado, Costa Rica e Chapadão do Sul, serão beneficiadas com a nova tecnologia, que proporcionará maior qualidade de vida à população dessa região.
Campanha de doação de sangue realizada pela Cassems arrecada 55 bolsas Com a proximidade do Carnaval, os principais hemocentros do país sofrem com a falta de estoque de sangue, e foi pensando nisso que a Cassems realizou, na manhã do dia 12 de fevereiro, uma campanha de doação de sangue chamada “Não vai faltar gente do seu tipo neste Carnaval”. Em parceria com o Hemosul, que disponibilizou a sua unidade móvel, todos os colaboradores e beneficiários que estavam na sede da Caixa dos Servidores foram convidados a participar da campanha. A ação contou com a colaboração de 85 doadores e arrecadou 55 bolsas de sangue, além de 22 amostras para doação de medula óssea.
Eventos
‘Cassems Amiga’ realiza sonho de crianças
72
Colaboradores da Cassems de Campo Grande realizaram, no dia 20 de dezembro de 2014, a entrega dos presentes do projeto “Cassems
Amiga”. Crianças atendidas por três instituições receberam os presentes arrecadados pela Cassems: Associação Beneficente dos Renais Crônicos de
Mato Grosso do Sul (Abrec), Cotolengo Sul-Mato-Grossensse e Associação Campo-Grandense da Pessoa com Deficiência (ACPD).
Primeiro curso ‘Casal Grávido’ do ano’ tem a participação de 27 casais Na manhã do dia 28 de fevereiro, aconteceu o primeiro curso do programa de prevenção “Casal Grávido” de 2015. O programa nasceu com o objetivo de prevenir os principais problemas que possam aparecer durante a gestação e proporcionar atenção, esclarecimentos e instruções à gestante para o desenvolvimento saudável do bebê desde o útero materno. O curso apresenta palestras e aulas práticas com todas as áreas relacionadas à saúde do bebê, como Pediatria, Anestesiologia, Obstetrícia, Enfermagem e a novidade para este ano é o acompanhamento nutricional. O curso acontece de dois em dois meses e, para participar, os interessados devem ligar no telefone (67) 3314-1010.
73
Gestão participativa
A VIDA, O TRABALHO E A SAÚDE
MOTIVAM O BEM VIVER
Desde a sua criação, em 2001, os conselhos têm a oportunidade de participar da administração do plano. Desta forma, a Caixa dos Servidores prioriza o compartilhamento de ideias e planos para a Cassems. Nesta edição, Vice-presidenta da Fetems, Sueli Veiga Melo, conta um pouco da sua trajetória e participação na administração da Caixa dos Servidores.
Foto: Raquel Ovelar Gondim
Foto: Priscila Mota
74
Nascida em Bataguassu, Sueli Veiga Melo mudou-se para Taquarussu ainda criança, onde começou a estudar para, depois, tornar-se professora. Ela morava em um sítio e tinha dificuldades para estudar, mas, com muito esforço dos seus pais, completou o 1º. Grau – Ensino Fundamental –, o 2º. Grau – Magistério – e logo começou a lecionar numa escola do campo, aos 16 anos. Em 1985, passou no concurso para a Rede Estadual, em que está até hoje, completando 30 anos de trabalho. Desde o início, é filiada ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação e sempre foi muito participativa e militante. Mais tarde, foi para o movimento sindical da educação, ocupando um cargo na direção da Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems), na qual, hoje, é vice-presidenta. Durante estes anos como professora e como sindicalista, Sueli passou por inúmeras vivências e experiências que fortaleceram a sua ação e atuação profissional e sindical. Como trabalha no Estado há 30 anos, acompanhou quase tudo que aconteceu na educação pública e na vida dos trabalhadores da educação de Mato Grosso do Sul, e uma dessas experiências foi a criação da Cassems. “Sou ainda do tempo do Previsul, cuja finalidade era proporcionar aos servidores a previdência social e os serviços de assistência à saúde. Eu me recordo que os problemas e as reclamações eram muitos: não se conseguia fazer consultas, exames ou quaisquer atendimentos, por mais simples que fossem, as aposentadorias não saíam. Com a Emenda Constitucional nº 20/98, que alterou as regras do Sistema Previdenciário do país, o Previsul foi extinto e foi instituído o Regime de Previdência Social de Mato Grosso do Sul (MS/PREV), exclusivo para a previdência. Os servidores ficaram com previdência, mas sem assistência à saúde”, afirma. Foi neste contexto que nasceu a ideia de se constituir uma Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul, a qual fosse um plano de saúde específico para os servidores públicos, que atendesse a todas as categorias, de forma solidária, custeado e administrado pelos próprios servidores. “O início foi polêmico, alguns setores dos servidores não aceitaram, porque não queriam no mesmo plano servidores que ganham mais e os que ganhavam menos. Mas a maioria decidiu e foi criada a Cassems. Hoje, temos um plano de saúde que, se não é o melhor, está entre os melhores planos de saúde do Brasil. Cada servidor e servidora contribui financeiramente para manter a Caixa dos Servidores, toma as decisões em assembleias gerais, vota para eleger seus administradores, acompanha seu trabalho e usufrui do bom atendimento em todo o Estado ou mesmo fora dele. Sabemos que nenhum plano é perfeito, mas, aquilo que não é perfeito na nossa Cassems, nós podemos aperfeiçoar, sugerir e propor mudanças para continuarmos tendo um ótimo atendimento à nossa saúde. A certeza do acesso a um bom e eficiente plano dá a nós, e aos nossos dependentes, tranquilidade para trabalhar e viver, sabendo que, se necessário, teremos atendimento garantido”.
75
Conselho de Administração Presidente Ricardo Ayache Vice-presidente Ademir Cerri Alexandre Barbosa da Silva, Cristiane Louzada Ferreira de Oliveira, Felix Nazario Portela, Geraldo Alves Gonçalves, Lilian Olivia Aparecida Fernandes, Robelsi Pereira Suplentes Thiago Monaco Marques, Darlene Pereira Mendes, Elcio Oliveira Bastos, José Remijo Perecin, Maria Naici Caceres da Silva Conselho Fiscal Maria das Graças Freitas, Claudio Mario Salvador Menezes, Geraldo Celestino de Carvalho, Jurandir Rodrigues de Carvalho, Noestor Jesus Ferreira Leite, Roberto Magno Botareli Cesar, Flavio Humberto Bernardini Suplentes Fernando Ferreira de Anunciação, Ricardo Alexandre Correa Bueno, Wilds Ovando Pereira, Adriana Oliveira Araújo, Wilson Xavier Paiva
76
Gestão Executiva Presidente Ricardo Ayache Diretoria de Assistência à Saúde Maria Auxiliadora Budib Diretoria de Unidades Hospitalares Flávio Stival Diretoria de Assistência Odontológica Denise Garcia Sakae Diretoria de Finanças Maria Antônia Rodrigues Diretoria de Clientes Jucli T. Stefanello Peruzo Diretoria Jurídica Flávia Cristina Robert Proença Diretoria de Tecnologia e Informação Celciliana Barros de Moura Ouvidoria Cecília D. Jeronymo Serra Gerências Regionais Aquidauana Ana Maria Mendes Machado Campo Grande Sonilza de S. Lima Corumbá Rosana Lídia da S. Pereira Coxim Edson Silva Dourados Vera Lúcia de Lima Jardim José Aníbal Acosta Zanelatto Naviraí João Inácio de Farias Nova Andradina Ivone Ramos Pereira Paranaíba Soraya Rita E. de Lima Ponta Porã Aline Davi Sanches Três Lagoas Aelton Manoel A. de Oliveira Gerências Hospitalares Aquidauana Júlio Antônio Rossi Dourados Jean Davi Rodrigues Coxim Paulo Souza Naviraí Maria Inês Vidotto Nova Andradina Marllon Nunes Paranaíba Arnaldo F. Oliveira Ponta Porã Sônia Cintas Assessorias Presidência Tatiane Alves de Andrade Comunicação Iris Comunicação Integrada Interior Sonilza S. de Lima RH Juliana Cunha Inácio Contabilidade AT Contábil Assessoria em Contabilidade Auditoria Independente Ascoplan TI Oxxy / Strategy
Conselho Editorial Presidente Ricardo Ayache Representante da Saúde Maria Auxiliadora Budib Representante do Conselho de Administração Felix Nazário Portela Representante do Conselho Fiscal Cláudio M. Salvador M. de Souza Representante de Comunicação Ariane Martins Coordenação-Geral da Revista Viver Cassems Ariane Martins Projeto Gráfico Diniz Ação em Marketing Fotos Assessoria CASSEMS, Raquel Ovelar Gondim, Alline Areco, Marcus Moriyama e Divulgação Fazendas Jornalistas Gustavo de Deus (MTB/MS 898) e Ariane Martins (MTB/MS 513) Colaborou Gustavo de Deus, Ariane Martins, Cidiana Pellegrin e Stephanie Ribas. Revisão Dáfini Lisboa, Ana Heck e Amanda Denise de Lima E-mail comunicacao@cassems.com.br Telefone da Redação (67) 3314-1065 Tiragem 70.000 exemplares
77
78
Orgulho Cassems
79
ESpÍndola
Membro da família que é referência para a música de Mato Grosso do Sul, Gilson Espíndola nasceu em Aquidauana, mas foi em Campo Grande onde ele cresceu, casou e ingressou na carreira musical. Com dois discos lançados e planejando o terceiro, Gilson também é diretor musical da Rádio MS 104 FM. Texto Gustavo de Deus | Fotos Raquel Ovelar Gondim
Orgulho Cassems 80
Gilson Pereira Espíndola nasceu em Aquidauana, no dia 19 de agosto de 1963, e, aos dois anos, mudou-se para Campo Grande. Seu pai, Elpídio Espíndola, é irmão caçula de Francisco Espíndola, pai de Tetê, Geraldo, Humberto e dos outros irmãos que colocaram a música do Estado no cenário nacional. E, como não podia ser diferente, foi por intermédio de seu pai que Gilson se encantou pelo violão. “Assim que cheguei a Campo Grande, fui morar no bairro Amambaí e estudei na Escola Perpétuo Socorro, onde comecei a me envolver com a música. O meu pai é irmão caçula do seu Chico, e o mais engraçado é que o músico da família é o meu pai. Ele tocava violão, bandolim, além de cantar. Eu nunca fiz aula de violão, aprendi a tocar com ele. Cresci ouvindo o meu pai cantar guarânia, chamamé, polcas e boleros.” Na adolescência, ao mesmo tempo em que descobria a música mineira, Gilson começou a ouvir o trabalho que era produzido aqui no Estado, principalmente, Tetê e o Lírio Selvagem, grupo formado pelos primos Tetê, Alzira, Geraldo e Celito. “Quando eu tinha uns 17 ou 18 anos, comecei a ouvir Milton Nascimento, Boca Livre, Beto Guedes e Lô Borges. A música mineira é muito parecida com a nossa, principalmente, na harmonia. Foi também nessa época que eu comecei a conhecer a música feita aqui, sobretudo, Tetê e o Lírio Selvagem, que àquela altura já estava em São Paulo.” Logo após aprender o violão, Gilson já estava tocando em um grupo, ao lado de outros grandes músicos de Mato Grosso do Sul. O Bem Virá durou pouco tempo, po-
rém, o suficiente para deixar o nome da banda e de seus integrantes na história da música do Estado. “O Bem Virá foi criado pelo Reinaldo Espíndola e pelo Paulo Gê. Quando eu toquei no grupo, além de mim, havia o Pedro Ortale, o Marcos Mendes e o Toninho Porto. O legal do Bem Virá é que a proposta era fazer uma coisa bem diferente do que se fazia na época. As outras bandas gostavam de falar da natureza, do Pantanal, e a gente era diferente. A gente tocava chorinho, samba, forró; mas, quando o Toninho foi para a Europa e o Marcos e o Pedro para São Paulo, o grupo acabou.” Posterior ao fim do Bem Virá, Gilson tocou por pouco tempo no Grupo Therra, contudo, abandonou a música para cursar uma faculdade. “Depois do Bem Virá, eu tive uma breve passagem pelo Grupo Therra. Quando o João Fígar saiu do grupo, eu entrei no lugar dele, mas foi muito rápido e logo saí. Após essa experiência com o Therra, eu larguei a música e fui fazer faculdade de Educação Física. Fiquei dez anos longe da música, tocava só em casa, então, comecei a ficar depressivo. Eu ia aos shows e me dava uma coisa estranha, um nó na garganta e eu ia embora.” Mesmo longe dos palcos, Gilson nunca se afastou completamente da música e, nesses dez anos, continuou compondo. Em 1994, foi convidado para participar de um projeto que despertou novamente o prazer de tocar, e a Educação Física ficou em segundo plano. “Eu voltei pra música quando fui convidado pra gravar o 'Mato Grosso do Som' – coletânea com três CDs que mapeia a música sul-mato-grossense – , em 1994, já como cantor solo" conta.
"Cresci ouvindo o meu pai cantar guarânia, chamamé, polcas e boleros", diz Gilson
81
Orgulho Cassems 82
"Depois que gravei a minha participação, surgiu um comichão, aquela vontade de voltar a tocar de novo. Na época, eu dava aula no Dom Bosco e no Rádio Clube e ganhava 380 mil cruzeiros – moeda vigente na época – por mês. O cachê era de 120 mil cruzeiros novos, então, eu fiz uma conta por cima e pensei que, se eu tocasse três noites eu já cobria o que ganhava na escola trabalhando o mês inteiro. Unindo essas contas com a vontade de tocar, eu falei para minha mulher que queria voltar a tocar, e ela me disse assim: ‘faz dez anos que eu vejo que você é infeliz, vai fundo”. Com a música novamente como parceira, Gilson começou a trabalhar as composições do que seria o seu primeiro disco. Foi também nessa época que a Comunicação cruzou o seu caminho e, logo, estaria no quadro da TVE. “Quando eu voltei a tocar, já estava me envolvendo com a Comunicação, fazendo jingles. Foi também nesse período que eu comecei a pensar no meu primeiro CD, o ‘Tudo Azul’, que eu lancei em 1998. Neste ano eu entrei na TVE, como produtor do programa 'Som do Mato' – depois, fiquei durante um ano como gerente da rádio e hoje sou diretor musical.” Depois de voltar a sentir o gostinho da música e do palco, Gilson não parou mais. Dois anos após lançar o “Tudo Azul”, gravou o segundo album e já está com o terceiro no forno, que deve sair até o fim deste ano. “No ano 2000, eu gravei meu segundo CD, ‘Mosaico’. Diferentemente do primeiro, esse eu fiz pensado, com pré-produção e direção. ‘Tudo Azul’ foi feito de improviso, mesmo com tudo organizado, a base do disco foi gravada de uma vez, ao vivo. Até a voz guia foi a que ficou. Já ‘Mosaico’, que é uma homenagem à família Espíndola, foi bem arranjado, feito com tempo. Eu gostei muito do resultado deste trabalho. Pretendo lançar meu terceiro disco até o fim do ano. Já tenho um repertório legal, com músicas novas. Boa parte dessas músicas foi feita com um parceiro novo que conheci pela internet. Eu estava dando uma olhada no Clube Caiubi – site de compositores – e vi umas músicas de uma cara chamado Gilvandro Filho eu me impressionei com a poesia dele. Entrei em contato e a empatia foi imediata. Ele me mandou duas poesias e, no mesmo dia, fiz duas músicas. Mandei de volta e ele adorou. Desde então, já fizemos oito músicas.”
"Quando eu voltei a tocar, já estava me envolvendo com a Comunicação, fazendo jingles", afirma Gilson
83
Orgulho Cassems 84
Gilson participou de vários festivais importantes em Mato Grosso do Sul, como o ‘Festival de Inverno de Bonito’ e o ‘Festival da América do Sul’, mas foi em um realizado em São Paulo, ao lado de grandes nomes da MPB, que ele brilhou. “Em 2004, eu ganhei um importante festival chamado ‘Quarto Americanta, a Nova MPB’, em Americana, interior de São Paulo. Concorreram 962 canções e, entre os participantes, estavam vários artistas importantes, como o Miltinho do MPB4, e eu fiquei em primeiro lugar com a música 'Eco da Paixão', composição do Jerry Espíndola e do Ciro Pinheiro. O Gabriel Sater e o Jairo Lara tocaram comigo. A gente nem acreditou, porque, antes da nossa apresentação, entrou uma banda de Americana mesmo, superperformática, com naip de metais, e eles levaram uma tremenda vaia. O engraçado é que eu falei para eles: ‘Gente, o cara que ganhar vai ser massacrado’. De repente, os caras me chamaram e eu subi armado, pronto pra dizer a famosa frase do Geraldo Vandré ‘Gente, a vida não se resume a festivais’. Mas acabou sendo
bem legal, a plateia aplaudiu, nós tocamos a música de novo e foi muito emocionante”. A Cassems faz parte da vida de Gilson Espíndola desde a sua criação e, segundo ele, a importância do plano de saúde para a sua família é tamanha, que ele não se imagina sem os benefícios da Caixa dos Servidores. “Eu sou beneficiário Cassems desde o início, e ela é muito importante para mim e para a minha família. Mesmo depois que meus filhos atingiram a maioridade, eles continuaram como agregados, até a minha mãe eu coloquei como agregada. Foram muitas as vezes em que a Cassems cuidou da minha família, mas um caso específico realmente mostra, como somos bem atendidos. Um dos meus filhos estava brincando em uma rede, na varanda da minha casa, e um dos pilares cedeu e caiu em cima da perna dele. Foi um tremendo susto, porém, a Cassems deu todo o atendimento que ele precisou; ele ficou ótimo, se recuperou sem nenhuma sequela. Então, a Cassems é uma mãe para mim e para minha família.”
85
Onde encontrar Atendimento Cassems no Estado Hospitais Cassems
Aquidauana R. José Bonifário, 115 (67) 3241-7429 / 3904-2752 Dourados R. Oliveira Marques, 2771 (67) 3411-9595 / 3410-0000
Guia
Naviraí Av. Dourados, 1425 (67) 3461-2200
86
Nova Andradina R. Walter Hubacher, 748 (67) 3441-2444 Paranaíba R. Coronel Carlos, 1175 (67) 3668-2171 Ponta Porã R. Guia Lopes, 1785 (67) 3431-4907 Três Lagoas R. Bruno Garcia, 2330 (67) 3521-2871
Programas de Prevenção Centro de Prevenção em Saúde (67) 3382-4907 / 8584 Pronutri (67) 3321-0363 Viva Saúde (67) 3352-8024 Odontologia para Bebês (67) 3314-1075 Antitabagismo (67) 3314-1000 Casal Grávido (67) 3314-1034 Ônibus da Saúde (67) 3314-1010 Dia M (67) 3314-1010
Benefícios Cassems Cartão de Benefícios (67) 3314-1033
Benefício Medicamento (67) 3314-2555 / 2556 Benefício Póstumo (67) 3042-2744 / 8127-7532 Central de Atendimento - 24h (67) 3314-1010 Ouvidoria (67) 3314-1080
Regionais A Aquidauana R. Manoel Antônio Paes de Barros, 540, Centro. 79200-000. (67) 3241-3226 C Campo Grande R. Antônio Maria Coelho, 6065. 79002-200. (67) 3314-1062 Corumbá R. Luiz Feitosa Rodrigues, 886, Jd. Aeroporto. 79300-000. (67) 3231-2385 / Fax (67) 32310473 Coxim Av. Gal. Mendes Morais, s/nº. 79400-000. (67) 3291-3853 / Fax (67) 3291-1101 D Dourados Av. Mato Grosso, 1470. 79810-110. (67) 3410-0089 / Fax (67) 3410-0000 J Jardim R. Ten. Hernani de Gusmão, 305. 79240-000. (67) 3251-1811 / Fax (67) 32514107 N Naviraí Av. Dourado, 569. 79950-000. (67) 3461-1405 / Fax (67) 3461-5153 Nova Andradina R. Elizabete Rubiano, s/nº. 79750-000. (67) 3441-1415 P Paranaíba R. Barão do Rio Branco, 1425. 79500-000. (67) 3669-4044 Ponta Porã R. Coronel Camisão, 1785. 79900-000. (67) 3431-4347 T Três Lagoas R. Elmano Soares, 250. 79601-020. (67) 3521-9046
locais A Água Clara R. Idalina Guarini da Silva, 60. 79680-000. (67) 3239-2431 Alcinópolis R. Maria Barbosa Carneiro, 640. 79530-000. (67) 3260-1661 Amambai R. Pedro Manvailer, 3071. 79990-000. (67) 3481-1422 Anastácio R. Padre Patrício, 1520. 79210-000. (67) 3245-1942 Anaurilândia Av. Brasil, 1177. 79770-000. (67) 3445-1629 Angélica R. Antônio Basílio de Lima, 109. 79785-000. (67) 3446-1113 Antonio João R. Vereador Arthur de Oliveira, 325. 79910-000. (67) 3435-1986 Aparecida do Taboado R. Duque de Caxias, 3970. 79570-000. (67) 3565-5190 Aral Moreira R. 31 de Março, 810. 79930-000. (67) 3488-1112 B Bandeirantes R. Francisco Antonio de Souza, 2616. 79430-000. (67) 3261-1600 Bataguassu Av. Coxim, 61. 79780-000. (67) 3541-2362 Batayporã Av. Brasil, 1453. 79760-000. (67) 34431561 Bela Vista R. Duque de Caxias, 1013. 79260-000. (67) 3439-4353 Bodoquena R. Yossio Okaneko, 499. 79390-000. (67) 3268-1581 Bonito R. Senador Filinto Muller, 630. 79290-000. (67) 3255-2134 Brasilândia Av. São José, 457, Centro. 79670-000. (67) 3546-1344 C Caarapó Av. Duque de Caxias, 421, Sala 07. 79940-000. (67) 3453-3323 Camapuã R. Cuiabá, 346. 79420-000. (67) 3286-3640 Cassilândia R. Dr. Manoel Thomaz da Silva, 257. 79540-000. (67) 3596-1516 Chapadão do Sul Av. Oito, 800, Sala 06. 79560-000. (67) 3562-1050 Corguinho R. Marechal Deodoro, 173. 79460-000. (67) 3250-1501 Coronel Sapucaia R. Teixeira de Freitas, 268. 79995-000. (67) 3483-2145 Costa Rica R. José Pereira da Silva, 792. 79550-000. (67) 3247-2205 D Deodápolis R. Paraná, 503, Caixa Postal 190. 79790-000. (67) 3448-2187 Dois Irmãos do Buriti R. Ponta Porã, 304. 79215-000. (67) 3243-1387 Douradina Av. Presidente Dutra, s/nº. 79880-000. (67) 34121028 E Eldorado Av. Brasil, 986. 79970-000. (67) 3473-2587 F Fátima do Sul Rua Celcio Joaquim de Barros, 1456, Centro. 79700-000. (67) 3467-1403 Figueirão Av. Moisés de Araújo Galvão, 1012. 79422-000. (67) 3274-1534 G Glória de Dourados R. Projetada, s/nº. 79730-000. (67) 3466-1177 Guia Lopes da Laguna R. Victor Francisco Bertola, 122. 79230-000. (67) 3269-1600 I Iguatemi Av. Jardelino José Moreira, 2649. 79960-000. (67) 3471-2093 Inocência R. Duca Valadão, 881, Caixa Postal 8. 79580-000. (67) 3574-1377 / 67 3574-2214 Itaporã Av. São José, 693. 79740-000. (67) 3451-2579 Itaquiraí Av. Getúlio Vargas, 636. 79965-000. (67) 3476-1297 Ivinhema Av. Panamá, 389. 79740-000. (67) 3442-1499 J Jaraguari R. José Serafim Ribeiro, 270. 79440-000. (67) 3285-1002 Jateí R. Miguel Lopes Falheiros, 188. 79720-000. (67) 3465-1211 Juti Av. Sérgio Maciel, 1245. 79950-000. (67) 3463-1666 L Laguna Carapã Rua Napoleão Santiago, 556. (67) 9613-6040 M Maracaju Rua Gonçalves Dias, 867, Sala 3, Bairro Paraguai. 79150000. (67) 3454-3476 Miranda R. Barão do Rio Branco, 468. 79380-000. (67) 3242-1777 Mundo Novo Av. Juscelino Kubitschek, 883, Sala 03. 79980-000. (67) 3474-1892 N Nioaque Av. General Klinger, 2649. 79220-000. (67) 3236-2391 Nova Alvorada do Sul R. Manoel Antunes Lopes, 918. 79140-000. (67) 3456-2483 P Paranhos R. Dr. João Ponci de Arruda, 2130. 79925-000. (67) 3480-1794 Pedro Gomes R. Espírito Santo, 611. 79410-000. (67) 3230-1072 Porto Murtinho R. Dr. Costa Marques, 451. 79280-000. (67) 3287-1061 R Ribas do Rio Pardo R. Carlos Anconi, 656. 79180-000. (67) 3238-1122 Rio Brilhante R. Julio Siqueira Maia, 1632. 79130-000. (67) 34527584 Rio Negro R. Massato Matsubara, 710. 79470-000. (67) 3278-1368 Rio Verde de Mato Grosso R. Santos Dumont, 721, Centro. 79480-000. (67) 3292-2189 Rochedo R. Júlio Honostório de Rezende, 520, Centro. 79450-000. (67) 3289-1572 S Santa Rita do Pardo R. Nicanor Gregório Rodrigues, 941. 79690-000. (67) 3591-1590 São Gabriel do Oeste Rua São Paulo, 1419. 79490000. (67) 3295-3413 Selvíria R. 24 de Junho, 560. 79590-000. (67) 3579-1440 Sete Quedas R. Monteiro Lobato, 446. 79935-000. (67) 3479-2221 Sidrolândia R. João Marcio Ferreira Terra, 343, São Bento. 79170-000. (67) 3272-1919 Sonora R. das Seriemas, 250. 79415000. (67) 3254-3280 T Tacuru R. José Carlos de Castro Alexandria, 450. 79975-000. (67) 3478-1086 Taquarussu R. Profª Nair Rodrigues Nogueira, 77. 79765-000. (67) 3444-1405 Terenos R. Ary Coelho de Oliveira, 519. 79190-000. (67) 3246-7481 / Fax (67) 3246-7366 V Vicentina R. Rainha dos Apóstolos, 709. 79710-000. (67) 3468-2104
87
88