Revista Viver Cassems

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ANO 6 • JUNHO 2016 • EDIÇÃO 20

SAÚDE

MENTAL

Preocupação com sofrimento psíquico dos servidores resulta em novo centro, com profissionais especializados da Cassems 32

ENTREVISTA

Há cinco meses à frente da diretoria jurídica da Cassems, Cleber Tejada de Almeida fala do novo desafio e da importância do setor para a instituição 40

Revista trimestral. Exemplar de beneficiário. Venda proibida.

EVENTOS

O Hospital Cassems de Corumbá será construído em área de 5,5 mil m² e se tornará referência para a região do Pantanal 64

ORGULHO CASSEMS

Artista multifacetada, Miska Thomé acredita nas tradições culturais e na família 82

CASSEMS • CAIXA POSTAL 6520 • CEP 79.010-970 • CAMPO GRANDE • MS


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Editorial

10 ANOS EM CINCO Iniciar novo mandato (2016-2019) à frente da Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul (Cassems) é um grande desafio, que exige uma análise dos últimos cinco anos que estivemos na presidência da Caixa. Em meados de 2010, a Cassems já era uma empresa que crescia no sentido de verticalizar o atendimento aos seus beneficiários. Possuía cinco hospitais em sua Rede Própria: Aquidauana, Paranaíba, Dourados e Nova Andradina (prédio alugado), 12 Centros Odontológicos e três Centros de Diagnósticos, conduzidos por 686 colaboradores. Como crescer e se desenvolver ainda mais diante do cenário da saúde brasileira? Nosso modelo de atendimento é caro e ineficiente (hospitalocêntrico), pouco preocupado com a promoção à saúde e incorpora acriticamente novas tecnologias. O número de médicos no interior do País é insuficiente, a saúde está cada vez mais judicializada e regulamentada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Como como consequência temos a elevação assustadora dos custos assistenciais e sinistralidade paralisante.

Radicalizamos na transparência e profissionalização da gestão, buscando uma participação cada vez maior dos associados e das entidades sindicais. Assim, conseguimos formar um pensamento único, que permitiu ousar mais, crescer mais, empreender mais e humanizar mais o nosso atendimento. Crescemos e passamos de 105.561 milhões do total de ativos, em 2010, para 266.968 milhões, em 2015. Nosso patrimônio social também obteve uma evolução significativa nesses cinco anos, passou de 44.141 milhões, em 2010, para 113.626, em 2015. Porém, mais importante do que construir dez anos em cinco é saber que fomos capazes de melhorar a qualidade da saúde que oferecemos aos nossos 202 mil beneficiários, como comprova o Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS), que, em 2010, era de 0,49 e, em 2015, atingiu 0,7. O que construímos nos orgulha muito, mas, mais que isso, nos impulsiona a romper com os desafios cada vez maiores, para proporcionar qualidade de vida aos servidores públicos. Assim, cabe-nos prosseguir olhando para o futuro, na certeza de que o construímos hoje.

LEITOR A seção Leitor é um espaço para o diálogo entre a equipe da revista Viver Cassems, os beneficiários e os leitores. Para esclarecer dúvidas, fazer elogios ou reclamações, mande um e-mail para comunicacao@cassems.com.br ou fale com Ricardo Ayache, em ricardoayacheresponde@gmail.com. Gostaria de fazer uma referência elogiosa para à senhora Zenira, que me atendeu no guichê para a aprovação de um exame para minha esposa, que é titular beneficiária. Sempre fui bem atendido quando estive na CASSEMS, porém, hoje me senti tocado a elogiar a eficiência e o comprometimento por parte da senhora Zenira. Ela se mostrou uma pessoa muito dedicada, foi muito gentil comigo e merece ser reconhecida. Obrigado à equipe da CASSEMS, obrigado à senhora Zenira. Anderson Wladis Borges Ferreira

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Índice

NESTA MAIS EDIÇÃO SAÚDE CAPA

Preocupação com sofrimento psíquico dos servidores resulta em novo centro, com profissionais especializados da Cassems

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EM MOVIMENTO Dança de rua melhora o físico e colabora com a saúde

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VIDA SUSTENTÁVEL Upcycling: uma técnica que transforma produtos descartáveis em móveis e utilidades

Saúde Cassems O endocrinologista e cirurgião Francisco Gomes faz um alerta sobre os índices de obesidade 46 Informativo Ricardo Ayache foi eleito presidente

PARA A

MENTE

BEM-ESTAR Crie um ritual de atividades relaxantes sem sair de casa

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SABORES À MESA Mandioca: raiz é abundante em carboidratos e fibras

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SAÚDE EM CASA Umidificador pode evitar complicações respiratórias nos períodos de estiagem

VIAGEM Piraputanga e suas belezas naturais

da Cassems com 97,9% dos votos 50

Gestão Participativa O presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul, Giancarlo Miranda, conta sua trajetória no funcionalismo público 78

Eventos O Hospital Cassems de Corumbá será construído em área de 5,5 mil m² e se tornará referência para a região do Pantanal 64

MUNDO FIT Descubra por que a dieta pode não estar funcionando

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ENTREVISTA À frente da diretoria jurídica da Cassems, Cleber Tejada de Almeida fala do novo desafio e da importância do setor para a instituição Orgulho Cassems Artista multifacetada, Miska Thomé acredita nas tradições culturais e na família 82

Os anúncios da revista Viver Cassems independem da rede credenciada.

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Em Movimento

Dançar aumenta a consciência corporal e a flexibilidade, melhora o tônus e combate a tensão e o estresse

DIVERSÃO

URBANA Foto: Shutterstock

Saiba como a dança de rua pode melhorar seu físico e colaborar com a saúde Texto Daiane Libero

Que a dança de rua, ou street dance, já se consolidou entre milhares de jovens do Brasil não é nenhuma novidade. As danças urbanas possuem um papel totalmente artístico e sócioeducativo, principalmente, para os que se identificam com o estilo de vida livre e cosmopolita. Além disso, a modalidade pode trazer inúmeros benefícios até para quem não a conhece. É o que diz o professor de danças urbanas Marcos Mattos, que coordena vários grupos, como a Cia. Dançurbana. “A dança de rua colabora com a questão de rítmica que o aluno aprende, a métrica musical, uma noção maior do próprio corpo, da lateralidade e do equilíbrio. Você vai praticando e aprimorando tudo isso”, explica Marcos. Outro ponto interessante é que ela pode ser praticada em qualquer lugar, de academias até a rua, literalmente. Com movimentos simples e passos que vão sendo aplicados conforme a experiência do aluno, Marcos acredita que mesmo uma pessoa completamente leiga, que nunca dançou o street, aprenderá muito rápido. “O aluno entra em uma turma iniciante, mas não há nada tão complexo”, acrescenta. A adaptação leva de duas semanas a um mês. Outro ganho que Marcos enfatiza é o preparo físico. “Existe a questão cardiovascular, dependendo da

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aula e da técnica que está sendo utilizada, temos muita movimentação”. Apesar de a procura ser maior entre o público jovem, a dança de rua também conquista os adultos. “Há pessoas que não se adaptam à academia, por exemplo, e procuram a dança urbana como uma alternativa de exercício. Em uma aula, você tem alongamento, aquecimento, técnicas de dança e várias outras coisas. Só de você realizar uma atividade já é algo extremamente positivo”, afirma. A música, geralmente o hip-hop, também contribui para a modalidade se tornar cada vez mais popular.

A dança de rua surgiu nos Estados Unidos nos anos de 1960 e hoje é extremamente conhecida no mundo. Existem até competições de danças urbanas, em que o asfalto é o palco e b-boys (dançarinos) se encontram nas arenas. Além disso, uma das vantagens dessa modalidade é oportunizar o convívio social e a socialização de jovens em situações de risco em periferias ao redor do mundo.


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Foto: Shutterstock

Em Movimento

Atividade trabalha a musculatura, a coordena-

APRENDENDO A

NADAR

ção motora e outras habilidades psicomotoras

Acostumado com a vida uterina, o bebê tem facilidade em realizar atividades na água Texto Evllyn Rabelo

Não é novidade para ninguém que a prática de atividade física proporciona benefícios essenciais para um crescimento físico e mental saudável, especialmente, se iniciada na primeira infância. Recomendada pela Sociedade Brasileira de Pediatria, a natação pode ser instruída a partir dos seis meses completos de vida, pois o ouvido é desenvolvido o suficiente para dificultar a entrada de água. A atividade também aumenta a resistência do organismo, auxilia na maturação do bebê, trabalha a musculatura, a coordenação motora e outras habilidades psicomotoras, facilitando o desenvolvimento dos órgãos sensoriais. "A natação previne doenças, principalmente as respiratórias, estimula o apetite, facilita o engatinhar, sentar e andar e contribui com um sono mais tranquilo", explica a coordenadora de Educação Física do Centro Médico de Prevenção da Cassems, Patrícia de Matos Cordeiro. Um fato interessante é que, durante o período de gestação, a criança se adapta ao meio líquido, o que facilita realizar movimentos natatórios, no entanto, ela só vai aperfeiçoar e melhorar a habilidade de nadar sozinha a partir de cinco anos de idade, na maioria dos casos. "O contato com a água, nos primeiros meses de vida, remete o bebê à sua vida uterina, proporcionando momentos de descobertas, e

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o contato com a mãe durante as aulas de natação estimula laços de afeto e de confiança", diz Patrícia. Apesar de ser uma atividade física, a natação para bebês deve ter cunho mais lúdico. “O ideal é que brinquedos e músicas façam parte das aulas, tornando-as mais alegres e divertidas, de modo a estimular a criança a aprender a nadar brincando", ressalta Evelyn de Matos B. Reis, educadora física, especialista em saúde e reabilitação cardíaca e em avaliação e prescrição de exercícios físicos. Cuidados Antes de matricular o bebê na aula de natação, é preciso que ele esteja com as vacinas em dia. Isso aumentará sua imunidade. “É importante observar também a higiene e a temperatura da piscina. A água deve ser tratada, preferencialmente, com ozônio ou sal, com o mínimo de cloro possível para evitar alergias. A temperatura ideal da água deve variar entre 28°C e 32°C e o bebê deve ser alimentado até uma hora antes de iniciar a atividade”, alerta Patrícia de Matos. É bom destacar que qualquer atividade física deve ser ministrada por um profissional habilitado na área e, em se tratando de um bebê, os cuidados devem ser redobrados.


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Bem-estar

No site panelinha.ig. com.br é possível acessar 14 receitas de bem-estar feitas exclusivamente com ingredientes naturais Foto: Shutterstock

MOMENTO

SPA Crie um ritual de atividades relaxantes sem sair de casa Texto Cidiana Pellegrin

Separar algumas horas para relaxar ajuda a recompor as energias do corpo e equilibrar a mente para enfrentar a rotina intensa de trabalho com mais qualidade. Para se revigorar, que tal se presentear com um dia de cuidados? Uma alternativa simples e econômica é organizar, na própria residência, um minispa, preparando um ritual de beleza e terapias de relaxamento que devem incluir alimentação natural e leve, música suave, atividades na água e automassagens. Derivada do latim, a palavra spa significa saúde pela água, segundo a autora do livro "SPA em Casa", Márcia Regina Dal Medico. “O banho sempre foi praticado, no decorrer da história, por motivos higiênicos, religiosos, por prazer e também com finalidades terapêuticas. As terapias nas termas e balneários eram acompanhadas de massagens e dietas”, escreveu. Transportar esse universo para o lar pode ser um desafio, mas é possível curtir um dia de bem-estar. O caderno "SPA em Casa", produzido pela equipe do site Panelinha, traz algumas sugestões: Café da manhã Nada de começar o dia com o tradicional pão francês. Quebre o jejum bebendo um suco desintoxicante feito com duas maçãs descascadas, um talo de salsão, cinco folhas de agrião, suco de ½ limão e um copo (americano) de água.

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Cuidados com os pés Em uma bacia, misture um punhado de sal grosso, cinco ramos de lavanda seca e água fervente. Adicione água fria até atingir a temperatura ideal para os seus pés, que devem ficar cerca de 20 minutos imersos. Depois faça um esfoliante misturando ½ xícara (chá) de fubá de flocos finos, com ¼ xícara (chá) de azeite. Com a pasta pronta, massageie os pés em movimento circulares, é um bom momento para uma automassagem. Fios hidratados Para deixar os cabelos macios e brilhantes, basta apenas 1 folha de babosa. Corte as laterais da do vegetal e depois ao meio, no sentido do comprimento. Raspe a polpa com uma colher e passe a babosa nos fios. Prenda em um coque e deixe agir por 1 hora. Banho cheio de energia Para trazer mais vitalidade, aposte em um banho com especiarias. Aqueça um recipiente grande com água e acrescente um punhado de anis-estrelado, 10 paus de canela, cascas de duas maçãs e duas colheres (sopa) de água de flor de laranjeira. Quando atingir uma temperatura suportável para a pele, leve a panela para o banheiro e despeje a água sobre o corpo. Além de energizante, o banho é perfumado.


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Colabora para a prevenção e o tratamento da depressão,ajuda a desenvolver novas habilidades e características como a empatia

VOLUNTARIADO Atividade é tão gratificante para quem realiza quanto para quem recebe Texto Stephanie Ribas

Você deseja contribuir para solucionar algum problema da sociedade? Quase sempre isso está ao nosso alcance por meio do trabalho voluntário e pode trazer muitos ganhos para a saúde. Um estudo realizado na Universidade de Michigan (EUA) concluiu que as pessoas que atuam como voluntárias, motivadas por algo que gostam, têm uma perspectiva de vida, em média, de quatro anos a mais. De acordo com dados da pesquisa encomendada pela Fundação Itaú Social, 16,4 milhões de brasileiros realizam alguma atividade voluntária. No mundo, esse número chega a 1 bilhão, segundo a Organização das Nações Unidas. Para a psicóloga Evelyn Gaspar, a principal motivação está relacionada ao desejo de melhorar a comunidade e de auxiliar o próximo sem necessitar conhecê-lo, além de fazer diferença construindo um futuro que atenda à visão pessoal. “O voluntariado ajuda a desenvolver mais do que as habilidades e os talentos, mas características pessoais, como a empatia”, acrescenta. A psicóloga explica que o voluntariado contribui, também, para gerar identificação pessoal, satisfação em ser útil e fazer parte de um grupo, características que podem

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prevenir ou ajudar no tratamento da depressão. “Essa atividade propicia uma melhora na avaliação subjetiva que a pessoa faz de si mesma, aprimorando expressões do comportamento, como relacionamento interpessoal e a sensação de bem-estar”. Evelyn esclarece que é comum os depressivos sentirem desânimo, se afastarem da sua própria vida e abandonarem suas responsabilidades. “Estar envolvido com algum projeto e ter compromissos diários nesse momento ajudam, e muito, pois contribuem para a autorrealização”. Outros motivos que levam ao voluntariado são o desejo de se doar a uma causa justa e a motivação humanitária, reconhecendo o outro como semelhante, avalia a psicóloga. Antes de começar, a dica é conhecer pessoalmente as organizações e conversar com pessoas que já atuem como voluntárias. “Assim, a escolha será de uma atividade que corresponda com seus interesses e lhe dê prazer, pois gostar do que faz é essencial”. Evelyn destaca que também é importante planejar o tempo que será dedicado e a frequência da participação, para assumir o trabalho com responsabilidade.

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Bem-estar


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Sabores à Mesa

RAIZ

PODEROSA Explore a riqueza da mandioca, abundante em carboidratos e fibras Texto Stephanie Ribas

Um ingrediente que sempre está na mesa dos brasileiros, especialmente a dos sul-mato-grossenses, tem grande importância nutricional para as refeições. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Brasil produz, anualmente, de 20 a 25 milhões de toneladas da raiz chamada de mandioca, aipim ou macaxeira, dependendo da região. E além da forma natural, seus derivados, como o polvilho e as farinhas, têm espaço garantido nas dietas. A tapioca — feita da fécula da mandioca — por exemplo, é uma boa substituta para o pãozinho matinal e pode ser recheada, indica o pesquisador e chef sul-mato-grossense Paulo Machado. A nutricionista Juliana Rodrigues destaca que a mandioca é uma ótima fonte de energia para os praticantes de atividade física. “A raiz contém dois tipos de carboidrato, a amilopectina e a amilose, que, juntas, liberam a glicose mais lentamente para o corpo. Isso facilita a digestão, evi-

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ta picos de açúcar no sangue e dá mais energia”, afirma. Juliana revela que o alimento também aumenta os níveis de serotonina, um neurotransmissor que age nas regiões do cérebro responsáveis pela sensação de bem-estar. Quanto ao consumo, Juliana explica que não existe uma média, o ideal é que cada pessoa converse com seu nutricionista para receber a indicação. “Uma porção de aproximadamente 100 g tem 160 kcal, quase três vezes mais que a mesma quantidade de batata, porém possui mais vitaminas A, B1, B2 e C”, complementa. Integrante do mesmo grupo de carboidratos que o arroz, o pão, a batata e o macarrão, a mandioca deve entrar no cardápio como substituta desse alimentos e jamais em conjunto. O alerta da nutricionista inclui também a mandioca frita, popular nos bares e restaurantes. “Todo e qualquer alimento frito, consumido em excesso, é prejudicial à saúde”, ressalta.


A tapioca, feita da fécula da mandioca, é uma boa substituta para o pãozinho matinal

Valor cultural Mais que riqueza nutricional, a mandioca carrega uma identidade cultural para os trabalhadores do Pantanal e povos indígenas. “O pantaneiro usa a farinha de mandioca pilada com carne de sol, dando origem à paçoca, que carrega aonde for. E assim como o milho, a mandioca também é ingrediente fundamental para as etnias indígenas da região”, conta o chef.

BOLO DE MANDIOCA RÁPIDO

INGREDIENTES • 3 xícaras de mandioca crua ralada (no ralo fino) • 3 ovos • 3 colheres (sopa) de manteiga ou margarina • 1 e 1/2 xícara de açúcar MODO DE PREPARO Bata bem os ovos com o açúcar e a manteiga ou margarina. Junte a mandioca, misture bem e coloque em forma untada. Asse a 200ºC por 40 minutos ou até ficar dourado. Como não tem fermento, leite nem farinha, é uma boa opção para quem não pode ingerir glúten ou lactose.

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Mundo Fit

POR QUE A DIETA NÃO ESTÁ

Ficar sem comer por longos períodos e ingerir apenas líquidos por vários dias estão na lista dos principais erros

Foto: Shutterstock

FUNCIO NANDO? Nutricionista e educadora física dão dicas para entrar em forma Texto Cleidi Hennes

A última pesquisa do Ministério da Saúde, divulgada em 2015, revelou que o excesso de peso já atinge 52,5% dos brasileiros e quem já tentou ou está tentando emagrecer sabe que não é fácil eliminar os quilinhos extras. As dietas “milagrosas”, que surgem no bate-papo com um amigo, em uma pesquisa na internet ou estampadas nas capas de revistas, são uma aposta frustrada para quem busca o peso ideal, mas acaba refém do efeito sanfona. A coordenadora de Nutrição da Cassems, Eliana Aguiar Dias, define os erros mais frequentes por quem não consegue emagrecer: ficar sem comer por longos períodos e passar fome; ingerir apenas líquidos por vários dias, como sucos, sopas e água; traçar metas exageradas como querer perder 10 kg em um mês; e deixar de comer algum nutriente, como carboidrato ou proteína. A profissional ainda explica que a primeira atitude de quem deseja emagrecer deve ser “procurar um nutricionista, que vai orientar individualmente quanto à alimentação correta, considerando o perfil e os hábitos do paciente”. Não há milagre, “a reeducação alimentar é um processo lento, porém duradouro. Persistência e paciência são fundamentais para o sucesso”, complementa. Além de alimentação adequada, exercícios físicos regulares e hábitos de vida saudáveis — como dormir pelo menos 8 horas diárias e ininterruptas e realizar exames

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de sangue periódicos — são indispensáveis para auxiliar no emagrecimento com saúde. Ainda assim, pode haver uma parcela da população que não conseguirá perder peso. “Nesses casos, é necessário encaminhar o paciente a um médico endocrinologista para investigar as taxas hormonais, que podem influenciar no ganho ou na perda de peso”, explica. Movimente-se A coordenadora de Educação Física do Centro de Prevenção da Cassems, Patrícia de Matos Cordeiro, ensina que, além de auxiliar no emagrecimento, a atividade física contribui para um estilo de vida saudável. “Exercícios aeróbicos, como caminhada, ginástica e andar de bicicleta, trazem mais benefícios na perda de peso e, aliados à alimentação saudável, são a combinação perfeita para quem precisa emagrecer”. Quando praticados de forma regular, os exercícios ativam o metabolismo, favorecendo a queima de gordura. Mas atenção a alguns cuidados: “Em caso de problema de saúde, é necessário consultar um médico, que indicará a atividade mais adequada”, alerta Patrícia. Contar com o acompanhamento de um bom educador físico também evita lesões e garante que um emagrecimento mais rápido.


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Mundo Fit

Nutricionista indica substituir o leite condensado por uma base de aveia e o cacau em pó em vez do achocolatado

BRIGADEIRO

SAUDÁVEL Foto: Shutterstock

Confira uma versão menos calórica e nutritiva do docinho que é considerado paixão nacional Texto Daiane Libero

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A mistura parece até mágica: uma latinha de leite condensado, duas colheres de achocolatado em pó e uma colher de manteiga sem sal. No fogo médio, os ingredientes são mexidos até se transformarem em uma pasta de sabor incrível — e calórica. O tradicional brigadeiro é mesmo uma paixão nacional, mas está longe de ser um bom alimento para quem procura uma vida mais saudável. “Já faz algum tempo que considero mais as qualidades do alimento do que suas calorias. E no brigadeiro, o leite condensado e o achocolatado são alimentos com índice glicêmico alto, o que não nos favorece”, explica a nutricionista da Cassems, Fernanda Molina Tosi. Mas nem tudo está perdido. Felizmente não há nada em nossa alimentação que não possa ser melhorado, valorizado e substituído de forma inteligente.

pode ser um sofrimento. E é aí que entram essas substituições inteligentes. No caso dos diabéticos, por exemplo, Fernanda indica uma receita especial rica em ingredientes nutritivos e que qualquer pessoa pode consumir. O brigadeiro também agrada os adeptos da culinária vegana, que é isenta de produtos de origem animal. “Para os diabéticos, ele deve ser consumido logo após o almoço ou depois de uma atividade física”, explica a nutricionista.

Troca de ingredientes A textura cremosa que o leite condensado proporciona pode ser adquirida com outros alimentos. “Você pode optar por uma base de aveia, que tem o sabor e a textura bem próximos, e o cacau em pó em vez do achocolatado”, indica a nutricionista. Seja para quem está de regime, ou possui algum tipo de restrição alimentar, não poder comer esse docinho

Modo de preparo: Coloque o açúcar, a aveia e o amido no liquidificador, acrescente a água fervente e bata até engrossar. Coloque a mistura em uma panela junto do cacau e leve ao fogo baixo, mexendo sempre, até desgrudar. Esfrie o brigadeiro em prato untado com pouquinho de óleo. Para modelar, unte as mãos com óleo e passe no granulado de sua preferência.

Receita Ingredientes: 1 xícara (chá) de açúcar (demerara) 1 xícara (chá) de água fervente 1 xícara (chá) de aveia em flocos 8 colheres (sopa) de amido de milho 3 colheres (sopa) de cacau em pó


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Vida Sustentável

A intenção é reduzir o desperdício de materiais e o descarte de produtos no meio ambiente

A REINVENÇÃO DO

LIXO Conheça a técnica upcycling, que transforma produtos descartáveis em móveis e utilidades Texto Daiane Libero Foto Brava/Divulgação

Em um mundo onde a produção de lixo é desenfreada e sem armazenamento ideal, não acumular tantos resíduos é questão de sobrevivência, bem-estar e uma dívida com o meio ambiente. No conceito de vida sustentável, em que o lixo tem um papel fundamental na conscientização ambiental (e por que não social), está o processo upcycling —ou upcycle —, que transforma resíduos ou produtos inúteis e descartáveis em novos materiais de maior valor, uso ou qualidade. “Hoje, a crescente quantidade de lixo é muito discutida, assim como as formas que podemos diminuir, reaproveitar e reutilizar (o que é descartado). O upcycling vem exatamente dessa ideia”, explica o designer de móveis Kenzo Minata, que foi pioneiro em trabalhar a técnica em Mato Grosso do Sul. Em um primeiro momento, o trabalho pode ser confundido com a reciclagem, mas o profissional explica que são sistemas diferentes. “O upcycling tem um processo muito mais limpo, pois não transformamos a matéria primária do material reutilizado, só damos um up”. Isso quer dizer que a técnica usa energia para remodelar e dar novo uso ao lixo e não destruir para criar algo diferente.

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No upcycling, a história daquele material, que, antes de virar lixo, teve uma utilidade social, continua sendo mostrada, mas de forma completamente nova. “Todo material que é reaproveitado nas minhas criações acaba sendo um descarte a menos, de forma que conseguimos reduzir um pouco dessa enorme quantidade de lixo que geramos todos os dias”, explica Kenzo. Do lixo para poltronas de tambores, mesas de paletes e outros produtos, a criatividade pode ser infinita. “Eu via muita coisa legal na internet com o conceito do upcycling e do reaproveitamento, mas não tinha referência nenhuma de onde encontrar para comprar. Resolvi fazer alguns protótipos de desenhos e fui descobrindo uma paixão. Os desenhos foram aumentando e a procura por materiais descartados a serem utilizados também”, relata Kenzo.

Origem O primeiro registro da técnica de upcycling com esse termo foi feito pelo designer alemão Reine Pilz da Pilz GmbH, em 1994, que descreveu ser preciso dar mais valor aos produtos antigos. Mais tarde, em 2002, os designers William McDonough e Michael Braungart trouxeram o tema no livro “Berço a berço: Refazendo a maneira como fazemos as coisas” e afirmam que “o objetivo do upcycling é evitar desperdício de materiais potencialmente úteis, fazendo uso dos já existentes. Isso reduz o consumo de novas matérias-primas durante a criação de novos produtos e pode resultar em uma diminuição do consumo de energia, poluição do ar, poluição da água e até as emissões de gases de efeito estufa”. E é esse trabalho que Kenzo tem realizado em Campo Grande. “A abertura de aplicação de diferentes materiais e ideias faz com que praticamente qualquer móvel - do tapete até o sofá - possa ser criado e produzido no conceito do upcycling, só depende da criatividade do designer”, revela.

Criações Para criar poltronas, mesinhas de centro e de cabeceira e até estantes sob medida, Kenzo utiliza tonéis de óleo, paletes, caixas de madeira, garrafas de vidro e até mesmo equipamentos eletrônicos. Nesse portfólio, sua peça preferida é a poltrona tambor. “O apego é grande pelo suor que foi dedicado para se alcançar o padrão produtivo e de qualidade a que cheguei e pelo reconhecimento das pessoas como um móvel bacana”, revela. Atualmente, o designer também está focado no desenvolvimento de uma nova linha de mobília upcycle. “O trabalho acontece em parceria com meus sócios, Thiemy Shinzato e Lucas Caneca. Lançaremos os produtos feitos com materiais adquiridos no ferro-velho”, revela. As peças continuarão a ser produzidas em processos artesanais, o que agrega um conceito de exclusividade aos móveis. E em meio ao processo criativo, um velho tambor ainda pode ter muita história para contar, basta um novo olhar do designer.

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Foto: Shutterstock

Saúde em Casa

Especialista recomenda que o umidificador seja usado permanentemente nos dias mais secos e que esteja posicionado no chão

UMIDIFICADOR DE O uso do aparelho pode evitar complicações respiratórias nos períodos de estiagem

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Texto Stephanie Ribas

Ao acompanharmos a previsão do tempo, sempre ouvimos falar da umidade relativa do ar, que é a quantidade de vapor existente na atmosfera em relação ao máximo que poderia ser atingido naquela temperatura. Esse alerta serve para tomarmos atitudes que podem evitar que nosso corpo sinta o efeito da baixa umidade e resgatar o umidificador de ar está entre as opções. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o nível ideal da umidade relativa do ar varia entre 40% e 70%. Na faixa de 20% a 30%, é considerado o estado de atenção, quando já é necessário aumentar a ingestão de líquidos. Já o estado de alerta é caracterizado pela umidade relativa entre 12% e 20% e, nessas condições, recomenda-se evitar aglomerações e ambientes fechados. Benefícios O fim do inverno e início da primavera é um período em que o clima é marcado pela baixa umidade do ar. O uso do aparelho pode evitar crises alérgicas, sangramento do nariz, ressecamento da pele e irritação nos olhos. O pneumologista e alergista Roni Marques explica os efeitos da estiagem à saúde. “A mucosa respiratória é revestida por

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uma película úmida, produzida pelas células do epitélio mucoso. O ar seco retira essa umidade, favorecendo a lesão dessas células e permitindo sua agressão por micro-organismos diversos (vírus, bactérias, fungos)”. Nos casos de doenças respiratórias, como a rinite, asma ou bronquite, a exposição das células epiteliais permite também o desencadeamento de crises. “Essa preocupação deve ser redobrada nos extremos etários”, alerta. O especialista recomenda que nos dias mais secos o umidificador fique ligado permanentemente e sempre colocado rente ao chão. Para as famílias que não possuem o aparelho, o pneumologista indica o uso de bacias d’água ou toalhas molhadas. “Em cômodos pequenos, a eficácia é semelhante”, explica. Segundo Roni, o uso do umidificador deve ser considerado principalmente nos cômodos onde o ar-condicionado é utilizado, já que ele reduz ainda mais a umidade. Regar as plantas ,se tiver jardim, e usar soro fisiológico nos olhos e narinas também são opções para evitar os efeitos do ar seco. Mas atenção para o excesso de umidade, que pode produzir fungos. Caso o aparelho permaneça ligado durante a noite, a porta do ambiente deve ficar aberta.


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Viagem

Há 125 km de Campo Grande, distrito é opção de viagem para quem busca um refúgio na natureza

PIRAPUTANGA Conheça algumas das atrações desse belo destino de Mato Grosso do Sul Texto Daiane Libero Foto Rudi Aquino

A música da banda regional Solosolar, de Altair dos Santos, já enaltecia: “Piraputanga; os anjos ti cantam alvorada, brilha cascata em tua camisa; chalana de prata é quem comanda”. E não é à toa. Das tantas belezas que nosso Mato Grosso do Sul guarda, a cidade de Piraputanga – situada na região de Aquidauana, a 125 km de Campo Grande-, é um dos destinos de ecoturismo mais interessantes que qualquer viajante tem a sorte de encontrar. O Cerrado a perder de vista é só mais um encanto da região e por ela passa a Serra de Maracaju. Às margens do Rio Aquidauana, o clima é tropical e totalmente propício ao lazer e turismo. Mas não é só isso. Piraputanga agrega, também, muita história. Antes de receber o nome que homenageia um peixe do Pantanal, por ali foi construída, em 1922, uma estação ferroviária, que guarda episódios do passado e simboliza a importância da Estrada

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de Ferro Noroeste Brasileira (NOB) para a formação do povo sul-mato-grossense. Os anos se passaram, mas a identidade bucólica permanece. A região segue cercada por morros e montanhas, com o Rio Aquidauana traçando a paisagem e possibilitando atividades como a pesca esportiva, o mergulho em cachoeiras e os banhos de rio. “É sensacional. Trata-se de um lugar totalmente preservado e que permite ao visitante ficar à vontade para se divertir e descansar”, explica o guia turístico Heitor de Campos. Em Piraputanga, há muito mais para se ver do que apenas o rio. Estudos arqueológicos e pinturas rupestres de extrema importância para a humanidade fazem parte dos atrativos, além disso, a festa Piraquilombo aproxima os turistas do folclore e da cultura local. Confira algumas das opções de estadia, eventos e passeios que esse distrito oferece.


PASSEIOS RUPESTRES A arqueologia da região de Aquidauana – com Piraputanga inclusa – começou em 1987, por uma equipe da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Os sítios arqueológicos começaram a ser estudados e indicaram que houve uma expressiva ocupação humana nas eras pré-coloniais. A marca foi deixada por meio de sociedades indígenas, que antecederam os povos que hoje vivem no local. Os grafismos e as pinturas rupestres mostram um pouco dessa história que pode ser apreciada em visitações gratuitas.

PARA MANTER A PRESERVAÇÃO, A ASSOCIAÇÃO DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO ESTRADA PARQUE DE PIRAPUTANGA (ATUPARK) FOI CRIADA EM 2013.

ESTRADA PARQUE DE PIRAPUTANGA Marcada pelas belezas do Cerrado e do Pantanal, a Estrada Parque de Piraputanga é considerada um dos principais atrativos da região, que contempla também os distritos de Palmeiras e Camisão. Emoldurado por paredões de arenito da Serra de Maracaju e pelo Rio Aquidauana, o caminho mantém a vegetação preservada e os animais nativos, tornando-se mais um ponto perfeito para quem ama a natureza. E quem busca conforto pode aproveitar as pousadas e ou day use nos pesqueiros situados em sua extensão.

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Viagem MORRO DO PAXIXI Entre os distritos de Piraputanga e Camisão, na Estrada Parque de Piraputanga, o Morro do Paxixi merece uma atenção especial. O ponto é famoso pela paisagem de tirar o fôlego e sua vista inclui as araras e o Morro do Macaco. Além disso, agrega diversas quedas d’água cristalina e vegetação impressionante. Vale uma visita.

ESPORTES DE AVENTURA Os aventureiros não se arrependerão de visitar Piraputanga. Quem gosta de trekking, escalada, montanhismo, boia cross, canoagem e stand uppaddle pode aproveitar os passeios com preços que variam de R$ 50 a R$ 300, incluindo aluguel de equipamentos e as instruções. O ciclismo na modalidade da mountain bike também é popular no distrito, tanto que, em abril, o local sediou o 2º Desafio Piraputanga de Mountain Bike, com mais de 700 atletas de todo o Brasil e também do Paraguai.

FESTIVIDADES Em 2015, o evento Piraquilombo reuniu inúmeros turistas e admiradores da cultura brasileira. A festa é uma articulação de folguedos populares, a Folia de Reis e o Boi-bumbá. Com inserções do folclore brasileiro trazidas por alguns imigrantes nordestinos que ocuparam a região no começo do século, a Festa de Folia de Reis acontecia de forma tradicional — comandada pela família da moradora Dona Chica Baiana — com cortejos que começavam em 25 de dezembro e iam até o Dia de Reis, celebrado em 6 de janeiro. Após um recesso desde 2008, jovens da comunidade retomaram a tradição e a folia ano passado, incluindo várias atividades culturais em prol da história de Piraputanga e seus imigrantes. Vale uma visita!

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SAÚDE PARA A MENTE Preocupação com sofrimento psíquico dos servidores resulta em novo centro, com profissionais especializados da Cassems Texto Stephanie Ribas Foto Ernesto Franco

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Foto: Shutterstock


Capa Os esforços para ter um corpo saudável estão em alta e os resultados são estímulo para a geração atual, que está sempre em busca de um bom desempenho quando se trata de resistência física. Mas um problema de escala global chama a atenção de órgãos humanitários: a saúde mental está cada vez mais afetada. Com diferentes causas e manifestações, as doenças mentais atingem uma a cada dez pessoas – aproximadamente 700 milhões –, de acordo com o Atlas da Saúde Mental divulgado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2014. O acesso aos tratamentos também é uma preocupação da Organização, que estima que quase metade da população global viva em países com menos de um psiquiatra para cada 100 mil habitantes. Há dois anos, foi divulgada a primeira Pesquisa Nacional de Saúde, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Ministério da Saúde, revelando que 11 milhões de brasileiros têm depressão. Em 2015, o ministério destinou R$ 36,4 milhões para a ampliação da Rede de Atenção Psicossocial (Raps) em 20 Estados. Atualmente, existem 18 Centros de Atenção Psicossocial que realizam atendimento pelo SUS em 13 municípios de Mato Grosso do Sul. A Cassems identificou, por meio de uma pesquisa ativa, que a cada 100 consultas, 30 eram encaminhadas para tratamentos de saúde mental. “Vimos que aumentou muito o número de consultas da psiquiatria e começamos a colocar psiquiatras nas duas unidades em Campo Grande, e quanto mais estes profissionais atendiam, mais aumentava a demanda”, conta a diretora de Assistência à Saúde da Cassems, Maria Auxiliadora Budib. Servidores da educação, da segurança pública e da saúde são os que mais sofrem de saúde mental, segundo os dados colhidos no levantamento. A partir deste ponto, o cuidado com estes servidores foi crescendo até ser criado o projeto do Centro Integrado de Atenção Psicossocial (Ciaps), inaugurado em abril, em Campo Grande, o Ciaps traz a proposta de integrar diferentes profissionais, proporcionando mais conforto, praticidade e eficiência nos tratamentos. “A proposta era ter um centro, de fato, onde o atendimento fosse holístico à pessoa. Precisávamos repensar o tratamento psiquiátrico porque o paciente é estigmatizado”, afirma a diretora. A coordenadora do Ciaps, Mirian Cangussu, afirma que acontecem mensalmente cerca de 1.500 atendimentos na psiquiatria da Cassems. “A saúde mental é tudo, porque, se você estiver bem, você supera uma série de outras coisas, mas quando é desenvolvida uma doença mental, seu organismo todo é afetado”. Inicialmente, o Ciaps oferece pronto-atendimento psicológico, atendimento psicoterapêutico grupal e oficinas de terapia ocupacional aos beneficiários que buscam apoio psicológico e psiquiátrico, bem como o estímulo para a integração social e familiar.

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O CIAPS OFERECE:

PRONTO-ATENDIMENTO PSICOLÓGICO ATENDIMENTO PSICOTERAPÊUTICO EM GRUPO OFICINAS DE TERAPIA OCUPACIONAL


CAUSAS As preocupações cotidianas e o aumento de responsabilidades podem ser determinantes para a manifestação de uma doença mental. Dificuldades financeiras, familiares com doenças graves e conflitos em relações interpessoais são algumas causas que afetam a saúde mental. O psiquiatra Gilberto Nunes, que realiza atendimentos na Cassems há dez anos, explica que o tratamento é basicamente medicamentoso, e em alguns casos, psicoterapêutico também. “Algumas doenças ocorrem como reação a problemas externos. Se os problemas são únicos, a pessoa fica bem quando estes são resolvidos e não depende mais de remédios”. O profissional da psiquiatria faz o tratamento clínico: diagnóstico, medicação e orientação. Quando o paciente tem predisposição genética, o fator externo desencadeia a doença e, caso ele seja afastado do trabalho, pode voltar a

"OS PROBLEMAS PSICOLÓGICOS MAIS FREQUENTES ENTRE OS SERVIDORES SÃO A DEPRESSÃO, OS TRANSTORNOS DE ANSIEDADE GENERALIZADA E O ESTRESSE", relata a psicóloga Ana Márcia Cobo

apresentar os sintomas quando retornar. O psiquiatra afirma que, no geral, a adesão ao tratamento é boa. “No caso dos sintomas inerentes à questão genética, por exemplo, o paciente terá uma resposta muito boa à medicação porque a doença base está sendo tratada”. Gilberto revela que, enquanto os fatores estressantes não são removidos, a melhora é parcial e a resposta mais duradoura ocorre quando os sintomas podem ser melhorados com a medicação. Maria Auxiliadora frisa que o objetivo é acompanhar os casos. “São doenças crônicas, como a diabetes, que exigem um acompanhamento com mais rotina. Então, estamos mostrando para o paciente da saúde mental que ele pode melhorar, mas que vai depender dele seguir um tratamento adequado”. O período que o paciente ficará em tratamento é indeterminado, considerando que doenças genéticas, como a depressão, exigem cuidado permanente. Segundo o psiquiatra, a maioria das pessoas que param de tomar a medicação apresenta novamente os sintomas. “Depressão é uma doença de causa hereditária como outra qualquer. A hipertensão, a diabetes e muitas outras doenças que não têm tratamento definitivo são idênticas à depressão”, diz Gilberto. O psiquiatra também exemplifica casos em que a psicoterapia ajuda a obter avanços no tratamento, como casos de conflito (existenciais, conjugais, traumas), transtorno obsessivo compulsivo e crise de pânico. “São doenças que a psicoterapia proporciona um treinamento cognitivo-comportamental, que ajuda o paciente a administrar o quadro quando acontece a crise, muitas vezes, sem ter de procurar pronto-atendimento”. A internação é um recurso utilizado apenas quando o paciente apresenta quadros mais graves de depressão, com risco de suicídio ou dependência de álcool e drogas, garantindo uma observação mais próxima e a medicação intensiva. A coordenadora do setor de psicologia da Cassems, Ana Márcia Cobo, relata que os problemas psicológicos mais frequentes entre os servidores são a depressão, os transtornos de ansiedade generalizada e o estresse. “Os beneficiários também apresentam outros transtornos com menor frequência, como distúrbios alimentares, distúrbios do sono, dependência de álcool e outras substâncias, transtornos do humor e fobias”.

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Ambiente de trabalho A psicóloga reforça que entre as principais causas está o aumento de tarefas, a diminuição do tempo para executá-las, a falta de recursos motivacionais no ambiente de trabalho, a desvalorização da mão de obra e a consequente baixa da qualidade de vida. O presidente da Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems), Roberto Botareli Cesar, considera preocupantes os índices de doenças mentais entre profissionais da educação de todo o País. “Os fatores que mais interferem são que a maioria das escolas não oferece condições suficientes para as práticas educacionais, tanto em termos de materiais didáticos quanto de recursos audiovisuais, e ainda de ambiente físico”. Nestas condições, os professores e administrativos em educação acabam utilizando o tempo livre para buscar recursos próprios e elaborar os materiais necessários. Outro fator destacado por Roberto é a sobrecarga de trabalho assumida por muitos profissionais diante da desvalorização, que faz com que os mesmos busquem outras fontes de renda assumindo jornadas triplas.

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As exigências sofridas dentro e fora do ambiente de trabalho também são causadoras de estresse. “A categoria docente enfrenta transformações da sociedade que interferem no trabalho, mudanças na relação com alunos, um ambiente escolar desafiador com baixos salários, desprestígio, exigência no compromisso com a transmissão de conhecimento na sua profissão em preparar novos cidadãos”, afirma o representante da Fetems. Maria Auxiliadora considera que atualmente, os profissionais estão atuando em uma estrutura que não os valoriza, e não apenas na questão salarial, mas de virtudes. “Antigamente, um professor poderia até ter um salário menor do que agora, mas tinha uma imagem de herói, o aluno queria ter um comportamento que orgulhasse o professor”. O psiquiatra Gilberto Nunes acredita que, uma alternativa para preservar a saúde mental dos professores seria a redução da vida útil. “Se fizermos uma média em uma escola entre todos os professores que estão em sala de aula e os que estão readaptados, a maioria, depois de 15 anos em sala de aula, não tem mais condições psíquicas de continuar lecionando”, avalia.


E reconhece que há uma resistência governamental por conta do impacto financeiro que isso poderia provocar. Um estudo da agência das Nações Unidas para a saúde publicado este ano apontou que a depressão e ansiedade custam 1 trilhão de dólares à economia mundial todo ano, e cada dólar aplicado em tratamentos traz um retorno de quatro dólares em relação a melhorias da saúde e capacidade dos trabalhadores. Ainda assim, os investimentos em saúde mental são equivalentes a 3% do orçamento dos governos. Roberto considera que os trabalhadores em educação têm uma função complexa a cumprir, porque cada aluno possui características e necessidades diferentes, e sugere projetos de educação continuada que capacitem os professores para esta nova realidade educacional. “Para que este quadro se altere, precisamos trabalhar a falta de preparo dos professores para o processo de inclusão que tem elevado o número de alunos por turmas; a falta de trabalhos pedagógicos em equipe; o desinteresse da família em acompanhar a trajetória escolar de seus filhos; e o envolvimento da comunidade escolar como um todo”.

"A SAÚDE MENTAL É TUDO, PORQUE, SE VOCÊ ESTIVER BEM, VOCÊ SUPERA UMA SÉRIE DE OUTRAS COISAS", diz a coordenadora do Ciaps, Mirian Canguss

Inaugurado em abril, em Campo Grande, com a proposta de integrar diferentes profissionais, proporcionando mais conforto, praticidade e eficiência nos tratamentos

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A importância da família O apoio dos cônjuges e familiares é mais um fator que pode fazer diferença para os pacientes de saúde mental. Considerando este aspecto, o Ciaps contará com uma profissional de serviço social que poderá auxiliar a família a encontrar um equilíbrio entre a razão e a afetividade. “O acolhimento da família é necessário porque, a partir do momento que eu entendo o outro, eu também melhoro o meu comportamento”, diz Maria Auxiliadora. Gilberto Nunes recomenda que as pessoas próximas do paciente obtenham o máximo de informações científicas para compreender que é uma doença, não uma alteração de caráter, nem fraqueza. O psiquiatra considera que, em alguns casos, é necessário agir pela razão. “Pacientes com transtornos de humor podem apresentar quadros de euforia, exaltação, delírios, e é difícil entender ou aceitar. Se o familiar se deixar influenciar pela afetividade, não consegue ajudar”. Tratamento integrado Nos casos em que for necessário acompanhamento de nutricionista, fonoaudióloga, assistente social e neurologista, este atendimento também será realizado no Ciaps. A nutricionista Eliana Dias explica que os efeitos colaterais de alguns medicamentos podem interferir na saúde física, provocando ganho de peso ou inchaço. “Vivemos em uma era de epidemia de doenças mentais e físicas, em grande parte agravadas pelo sedentarismo, uso de álcool e drogas, consumo de cigarros e dieta pobre em nutrientes”. Eliana destaca também que distúrbios alimentares ocorrem paralelamente a doenças mentais como a depressão, o abuso de substâncias, ou ansiedade. A fonoaudióloga Keilla Pereira conta que pacientes com diagnóstico de gagueira ou bloqueio na fala sempre precisam de tratamento psiquiátrico ou psicológico. “A parte emocional está muito associada, então o paciente precisa aprender a trabalhar isso”. Vítimas de Acidente Vascular Cerebral (AVC) que ficam com a fala comprometida e têm consciência das sequelas também necessitam de acompanhamento.

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DICAS PARA MANTER A

SAÚDE PSICOLÓGICA A psicóloga Ana Márcia Cobo deixa algumas dicas para manter a saúde psicológica:

TIRAR PELO MENOS 5 MINUTOS POR DIA PARA CUIDAR DE SI MESMO; ESVAZIAR A MENTE PARA SE LIVRAR DOS PENSAMENTOS NEGATIVOS; PROCURAR DORMIR BEM; ESTABELECER MOMENTOS DE BREVE RELAXAMENTO, INSPIRANDO E EXPIRANDO PROFUNDAMENTE; PRATICAR ATIVIDADES QUE DEEM PRAZER; CULTIVAR BONS RELACIONAMENTOS; LIVRAR-SE DOS SENTIMENTOS NEGATIVOS; PRATICAR A PAZ INTERIOR.

Serviço: O agendamento das consultas do Cips (psicologia e psiquiatria) é feito pela Central de Atendimento 24 horas, pelo telefone (67) 3314-1010. Informações de psicologia: (67) 3325-9610. Informações de psiquiatria: (67) 3384-6344.


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Entrevista

CLEBER

TEJADA DE ALMEIDA Há cinco meses à frente da diretoria jurídica da Cassems, o advogado Cleber Tejada fala do novo desafio e da importância do setor para a instituição Texto Evllyn Rabello Foto Ernesto Franco

Natural de Aquidauana, Cleber Tejada de Almeida formou-se em Direito pela Universidade Católica Dom Bosco, em 2001, e é especialista em Direito de Saúde Suplementar. Há dez anos faz parte do corpo jurídico da Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul (Cassems). Durante esse período, atuou como advogado da instituição, foi coordenador jurídico e há cinco meses assumiu a diretoria jurídica, sendo responsável pela criação do núcleo regulatório, que tem como objeti-

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vo agregar todos os setores da entidade e discutir as novas regras da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Doutor Cleber é, também, vice-presidente da Comissão de Direito Médico, Sanitário e Defesa da Saúde da Ordem dos Advogados Seccional Mato Grosso do Sul (OAB/MS), além de ser diretor de Integração Estadual da União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde (Unidas), que atualmente integra mais de 130 planos de saúde em todo o País.


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Entrevista

Qual o papel do setor jurídico dentro da Cassems e qual sua importância para os beneficiários? Nosso trabalho começa na defesa dos interesses da instituição em processos administrativos e judiciais, passando pela relação que a Cassems possui com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), órgãos de defesa do consumidor, órgãos públicos e conselhos de classe. Fazemos também análise e cumprimento de toda a parte regulamentar e dos instrumentos jurídicos que a instituição firma com a sua rede credenciada (clínicas, hospitais, profissionais de saúde, etc.) como demais prestadores de serviço. Tudo isso é avaliado, construído e validado pelo departamento jurídico. Temos também o papel de interação com as demais diretorias, na parte consultiva. À medida que algum atendimento gera uma reclamação, por exemplo, o jurídico é acionado para opinar, posicionar-se e emitir um parecer. O que a diretoria jurídica tem feito para tornar o setor ainda mais eficiente? Nós criamos, a partir de uma resolução normativa da Cassems, o Núcleo Regulatório, que tem como papel específico debater com todos os setores as regras estabelecidas pela ANS. Com isso, temos a oportunidade de encontrar soluções internas para as adequações e implementações exigidas, proporcionando uma troca de experiências enriquecedora. Este é o marco do jurídico para 2016. Um diferencial da Cassems em relação a outros planos de saúde é o atendimento humanizado. Como o setor consegue cultivar esse atendimento? A Cassems preza muito pelo atendimento oferecido ao nosso beneficiário. Além da rede credenciada, temos hoje a rede própria, composta por centros médicos, odontológicos e hospitais distribuídos pelo interior do Estado e na Capital, este último está em fase de conclusão. Isso demonstra a preocupação que o Conselho de Administração tem em assistir toda a coletividade. O jurídico, por sua vez, acompanha estas unidades nas relações de trabalho, nos contratos e convênios firmados, vivenciando não somente as questões assistenciais da localidade como as sociais também. O fato de ter um setor jurídico interno possibilita isso, ter mais sensibilidade, em razão da proximidade que temos com o beneficiário, com as carências e as evoluções de cada ponto de atendimento.

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“SE INVESTIRMOS NA QUALIDADE DE VIDA E NO CONTROLE DA SAÚDE DO BENEFICIÁRIO, A PROBABILIDADE DE ELE ADOECER DIMINUI E, CONSEQUENTEMENTE, OS CONFLITOS JUDICIAIS TAMBÉM”


Embora seja considerado pela ANS o melhor plano de saúde do Brasil na categoria de autogestão, a Cassems enfrenta a judicialização da saúde, que é quando ocorre uma intervenção judicial, autorizando um procedimento fora do Rol da ANS e, portanto, não custeado pelo plano de saúde. Como a Cassems consegue driblar os impactos financeiros causados por esta intervenção? A judicialização da saúde tornou-se um fenômeno no País, em que a parte afetada transfere para o judiciário a responsabilidade de resolver questões administrativas aparentemente sem solução. O judiciário, por sua vez, vem e modifica, por exemplo, um limite assistencial, obrigando o plano a custear um tratamento que não estava previsto na modalidade de plano escolhida e, por consequência, no orçamento da operadora. Isso implica em aumento dos custos e dos riscos. Apesar disso, eu diria que a quantidade de demandas propostas contra a Cassems é baixa, se comparada ao número de beneficiários (cerca de 200 mil). Conseguimos demonstrar ao Poder Judiciário que somos um plano de autogestão, sem finalidade lucrativa, coparticipativo, cujas regras são estabelecidas pelos próprios associados e, por esta razão, não podemos ser comparados a um plano comercializado. Toda a arrecadação é utilizada, obrigatoriamente, para melhorar cada vez mais a qualidade do atendimento ao beneficiário e aos seus dependentes. Na Cassems, o dono do plano é o beneficiário e, uma vez que ele ingressa com uma ação, está prejudicando a si

próprio. Eu acredito que essa consciência dos associados e a eficiência na solução de conflitos pela via administrativa fazem com que tenhamos um número reduzido de ações. O que o senhor acredita que pode ser feito para diminuir ainda mais estas ações? Se nós investirmos na qualidade de vida e no controle da saúde do nosso beneficiário, a probabilidade de ele adoecer diminui e, consequentemente, os conflitos judiciais também. E a Cassems tem feito isso por meio de programas de prevenção, como Ônibus da Saúde, que leva exames de mamografia, punção e preventivo aos beneficiários de localidades mais distantes. É uma medida de prevenção reflexa. Ano passado, a Cassems participou da II Jornada Nacional da Saúde, promovida pelo Conselho Nacional de Justiça. Que contribuição este encontro traz para a realidade do plano? A Cassems tem total interesse em participar de movimentos desta natureza, especialmente daqueles que tenham aproximação com o Poder Judiciário. Desta forma, fazemos com que o nosso modelo de autogestão se torne conhecido e que a Cassems não seja confundida com planos de saúde de natureza diversa, mas que seja vista da maneira como ela foi constituída, pelo próprio servidor público. Além disso, temos a oportunidade de acompanhar o cenário nacional da saúde complementar e, com isso, aprimorar nossa forma de solucionar conflitos.

“TER UM SETOR JURÍDICO INTERNO POSSIBILITA TER MAIS SENSIBILIDADE, EM RAZÃO DA PROXIMIDADE QUE TEMOS COM O BENEFICIÁRIO, COM AS CARÊNCIAS E AS EVOLUÇÕES DE CADA PONTO DE ATENDIMENTO”

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Entrevista Que leitura o senhor faz da Lei Federal 13.003/14, que entrou em vigor no fim do ano passado? Esta lei tem como característica fundamental a relação da operadora de plano de saúde com seus prestadores de serviço. Traz como objetivo a tentativa de sanar problemas de contratualização e reajustes, cuja premissa é a livre negociação. A lei estabelece critérios formais obrigatórios para os contratos firmados com profissionais e estabelecimentos de saúde integrantes da rede credenciada. Paralelamente, a ANS publicou duas resoluções normativas que tratam do mesmo tema, mencionando, ainda, a aplicação de um fator de qualidade para serviços hospitalares, regulamentado por instrução normativa. Neste quesito ao hospitais considerados acreditados terão ganho porcentual no reajuste, o que estimula a concorrência. Embora isso possa gerar um custo a mais para a Caixa dos Servidores, eu vejo esta “interferência” da ANS com bons olhos, porque cria mais critérios de qualidade e quem ganha com isso é o beneficiário Cassems.

“NA CASSEMS, O DONO DO PLANO É O BENEFICIÁRIO E, UMA VEZ QUE ELE INGRESSA COM UMA AÇÃO, ESTÁ PREJUDICANDO A SI PRÓPRIO. ESSA CONSCIÊNCIA DOS ASSOCIADOS E A EFICIÊNCIA NA SOLUÇÃO DE CONFLITOS PELA VIA ADMINISTRATIVA FAZEM COM QUE TENHAMOS UM NÚMERO REDUZIDO DE AÇÕES”

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Há cinco meses à frente da diretoria jurídica, qual o maior desafio enfrentado até agora? Este ano entrou em vigor o novo Código de Processo Civil, que traz como mensagem principal a conciliação. O maior desafio que vejo é o de encontrar novos meios de composição. A natureza do serviço prestado pela Cassems é a assistência à saúde, então você tem, de um lado, uma pessoa que está passando por uma dificuldade iminente, e, do outro, regras internas a serem cumpridas. Conscientizar aquele que ingressou com uma demanda acerca da necessidade de guardar tais regras para a manutenção do plano é um grande desafio. Requer de nós, enquanto advogados da instituição, uma habilidade ainda maior, em decorrência da necessidade de respeitarmos o momento que o beneficiário está vivenciando, sem perder de vista os limites contratualmente estabelecidos. Quais os projetos da diretoria jurídica para os próximos anos? Com o objetivo de modernizar e adequar a nossa realidade ao que foi estabelecido há 15 anos, sentimos a necessidade de revisar toda a parte de regramentos da instituição: estatuto, regulamento do plano e instrumentos contratuais, e nós já começamos a fazer isso. Recentemente, tivemos uma série de reuniões com os demais diretores nas quais discutimos o nosso regulamento interno, que em breve será submetido ao Conselho de Administração para sua apreciação. Este trabalho de análise, revisão e adaptações será implementado também no nosso estatuto, em um futuro próximo. Este é um projeto de relevância. Muita coisa mudou desde a criação da Cassems, então precisamos tratar destas questões abordando aquilo que já não faz mais parte da realidade atual, implementando o necessário para manter a segurança jurídica da instituição.


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Saúde Cassems

Sedentarismo, alimentação muito facilitada, o famoso fast-food, é o que tem provocado um grande aumento na quantidade de obesos.

OBESIDADE Há 15 anos atuando no tratamento contra a obesidade, o cirurgião bariátrico Francisco Gomes faz um alerta sobre o problema, que não para de crescer Texto Mayara Sá | Foto Ernesto Franco

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O Brasil tem aumentado gradativamente o número de pessoas com sobrepeso. Atualmente, 52,5% da população está com excesso de peso, número que aumentou 23% nos últimos nove anos, quando a taxa era de 43%. Segundo o Ministério da Saúde, a parcela obesa vem aumentando em número menor, mas não deixa de ser preocupante. O número de obesos em 2012 era de 17,4%, passou para 17,5% em 2013 e chegou a 17,9% em 2014. A obesidade entre os homens (18,2%) é levemente maior que entre as mulheres (17,6%). Já na população com sobrepeso, os brasileiros são maioria, com 56,5% do total, enquanto as brasileiras representam 49,1%. Trabalhando há mais de 15 anos no tratamento contra a obesidade, o cirurgião bariátrico Francisco Gomes já ajudou muita gente a chegar ao peso ideal. A seguir, ele reforça que manter o Índice de Massa Corpórea (IMC) em dia não é questão de mágica, e sim de muita disciplina. Há quanto tempo o senhor trabalha com tratamento contra a obesidade? E o que a medicina tem a dizer sobre essa doença? Desde 2000 eu venho desenvolvendo um trabalho em Campo Grande. De lá para cá, muita coisa mudou em relação aos tratamentos e, principalmente, aos índices de obesos no País. Hoje, a obesidade é estudada como uma doença crônica, inflamatória, que atinge o mundo inteiro e que tem crescido de forma alarmante. No Brasil, os números da obesidade são preocupantes? Muito, a cada ano há aumento da obesidade. Hoje, praticamente metade da população está acima do peso. E isso é preocupante, porque essas pessoas podem se tornar obesas. Campo Grande, por exemplo, é uma das capitais com o maior número de pessoas com sobrepeso do País. Quais os fatores que causam a obesidade? E por que tem crescido tanto? A obesidade tem fatores ambientais e genéticos. Os fatores genéticos são, principalmente, filhos de pais obesos. Mas o fator mais importante em relação ao aumento da obesidade é ambiental. Sedentarismo, alimentação muito facilitada, o chamado fast food, é o que tem provocado um grande aumento de obesos. Esses alimentos têm uma gran-

de quantidade de açúcar, gorduras, e isso associado ao sedentarismo tem feito esses números crescerem. Sem dizer as facilidades do dia a dia, as pessoas não se levantam nem para trocar o canal da tevê. Ninguém caminha mais. Para ir ao supermercado, o meio de locomoção é o automóvel. Então, a obesidade está relacionada aos maus hábitos do mundo contemporâneo? Com certeza. Os maus hábitos são o que mais desencadeiam a obesidade. Se parar para observar, na África, por exemplo, em virtude dos aos treinamentos, do modo de vida e da alimentação mais saudável, não tem o número de obesos que temos aqui. É só ver os corredores que vêm para o Brasil. São pessoas extremamente magras. Quais os tratamentos que existem para a obesidade? E qual o mais eficaz? Os tratamentos de obesidade são divididos em clínicos e cirúrgicos. A primeira opção que tem de dar ao paciente obeso é o clínico. Reeducação alimentar, acompanhamento nutricional e psicólogo. A primeira opção é sempre a prevenção. Se não funcionar, tem a possibilidade do tratamento medicamentoso e, por último, o cirúrgico. O medicamentoso tem de ser orientado por profissional. Não pode chegar em qualquer lugar e tomar remédio porque a amiga tomou. O cirúrgico só deve ser considerado se há falha no clínico, ou seja, com alimentação adequada, atividade física, acompanhamento psicológico, e não chega a resultado satisfatório.

"METADE DA POPULAÇÃO ESTÁ ACIMA DO PESO. CAMPO GRANDE, POR EXEMPLO, É UMA DAS CAPITAIS COM O MAIOR NÚMERO DE PESSOAS COM SOBREPESO DO PAÍS"

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Saúde Cassems O tratamento medicamentoso pode causar riscos ao paciente? Sim, o tratamento medicamentoso só pode ser prescrito por médico. E, de preferência, um especialista, o endocrinologista. Ele fará vários exames para ver a saúde deste paciente. Desde que ele não tenha nenhuma contraindicação, o medicamento pode ser usado de maneira cautelosa, mas não é isento de complicações. Quais os tipos de cirurgias existentes? São várias: pode ser com balão, laparoscopia, que faz um desvio e diminui o tamanho do estômago. Tem ainda a cirurgia de sleeve, que faz uma restrição no estômago do paciente e ele vai ter uma perda ponderal importante.

"A SELEÇÃO DA CIRURGIA É FEITA DE ACORDO COM O GRAU DE OBESIDADE DE CADA PACIENTE. TEM A OBESIDADE GRAU 1, 2 E 3"

Se a pessoa passou por todas as tentativas e nada deu certo, deve decidir pela cirurgia? A seleção da cirurgia é feita de acordo com o grau de obesidade de cada paciente. Tem a obesidade grau 1, 2 e 3. Grau 1 não existe indicação de cirurgia, é tratamento clínico. Grau 2 é preciso ter algumas doenças associadas, como diabetes, hipertensão, problemas articulares, para a cirurgia ser indicada. Já quando o paciente tem acima de 40, que é o grau 3, fez várias dietas e não conseguiu sucesso, é indicado o tratamento cirúrgico. Mas isso é uma opção do paciente. Por que muitos pacientes voltam a engordar? O reganho de peso é algo muito estudado. Precisa ter disciplina. Não pode achar que perdeu peso e acabou. Se começa a se exceder na alimentação, a comer doce, a tomar bebida alcoólica, não praticar mais esporte, vai engordar. O paciente tem de entender que é predisposto a desenvolver a obesidade, principalmente quando tem fator hereditário, e se cuidar para não entrar no efeito sanfona. No caso de paciente operado, o ganho acontece porque muitos somem do consultório. Precisa manter o acompanhamento junto da equipe multidisciplinar. A obesidade pode causar depressão? Sem dúvida. A depressão é um fator muito associado à obesidade. Muita gente desenvolve a doença após sofrer uma perda muito grande, após ficar viúva, perder um pai, uma desilusão amorosa. São fatores que desencadeiam a obesidade. A obesidade é vista de forma preconceituosa? Sim. Ninguém quer ser obeso, até porque a obesidade é uma doença. A discriminação com os pacientes obesos se deve à falta de conhecimento. As pessoas têm de entender que obesidade é doença. Tem de esclarecer.

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O incentivo do governo com instalação de academias ao ar livre ajuda a reduzir a obesidade? Sim, mas, acima disso, o governo tem de cada vez mais divulgar, fazer seminários, palestras em escolas. A obesidade começa de pequeno. Começa dentro de casa. As academias ao ar livre, os parques e a caminhada são muito importantes, mas tem de divulgar mais. Como deve ser essa divulgação? O governo deveria investir mais em campanha. Eu vejo muito pouco, principalmente o por parte do Ministério da Saúde. Eu trabalho na rede pública, atendo Campo Grande e todo o Estado, e é uma dificuldade muito grande. Vejo que as pessoas não sabem o que é uma alimentação saudável. Nos EUA, por exemplo, por ter um grande volume de pacientes obesos, estão fazendo campanhas de conscientização de alimentos saudáveis, diminuições nas escolas de alimentos ricos em gordura, açúcar, sal. Estão diminuindo, e isso é uma meta do governo.


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Informativo

Ricardo Ayache, que encabeça a Chapa 01 – Cassems Cada Vez Melhor, foi eleito como presidente da Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul (Cassems) com 97,9% dos 12.806 votos válidos. O resultado oficial do processo eleitoral foi divulgado no dia 8 de março, pela Comissão Eleitoral, já que a contabilização dos votos é manual e as urnas precisaram ser transportadas para Campo Grande. Para a Cassems, o resultado é a ratificação do trabalho sério, transparente e democrático. Os números da eleição estão dentro das expectativas e contribuem para o fortalecimento dos projetos da Caixa dos Servidores. “Estou muito satisfeito com o resultado da eleição e quero agradecer aos servidores, que atenderam ao nosso chamado e foram até as sedes da nossa Cassems no dia 4 de março”, destacou Ayache. Foram eleitos, ainda, 25 conselheiros do plano de saúde para os próximos três anos. O maior desafio para a próxima gestão, na opinião de Ayache, é o crescimento exponencial dos custos assistenciais e a má distribuição dos médicos. Entre os principais projetos: estão a entrega do Hospital Cassems de Campo Grande, o início da obra do Hopistal Cassems de Corumbá, a ampliação dos programas de prevenção e a criação de uma Universidade Corporativa.

Fotos: Ernesto Franco

RICARDO AYACHE FOI ELEITO PRESIDENTE DA CASSEMS COM 97,9% DOS VOTOS

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Presidente – Ricardo Ayache Ademir Cerri (1º vice-presidente) Alexandre J. Costa (2º vice-presidente) Membros Titulares Alexandre Barbosa da Silva Lilian Olivia Aparecida Fernandes Robelsi Pereira Roberto Magno Botareli Cesar Edmar Soares da Silva Priscila Lemos Wormsbecher Lauro Sérgio Davi Membros Suplentes Giancarlo Corrêa Miranda Thiago Monaco Marques Darlene Pereira Mendes Elcio Oliveira Bastos José Remijo Perecin

CONSELHO FISCAL Membros Titulares Lucílio Souza Nobre Cláudio Mario Salvador M. de Souza Geraldo Celestino de Carvalho Fabiano Reis de Oliveira Wilson Xavier Paiva Angelo Montanher Neto Membros Suplentes Andre Luiz Garcia Santiago Wilds Ovando Pereira Diego Fernando de Arruda Soares Ricardo Alexandre Correa Bueno

CASSEMS ITINERANTE REALIZA 2.397 ATENDIMENTOS EM 2016 O programa de assistência à saúde Cassems Itinerante, que foi criado para driblar as dificuldades da população do interior do Estado em ter acesso à medicina especializada, realizou 2.397 atendimentos, de janeiro a 13 deste mês. Desde 2014,

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os atendimentos do programa acontecem sempre uma vez ao mês, nas cidades de Três Lagoas, Coxim, Dourados, Naviraí, Aquidauana e Corumbá com as especialidades reumatologia, neurologia, psiquiatria, geriatria, dermatologia.

Em dois anos de funcionamento, foram realizados 12.843 atendimentos. O sucesso deste projeto depende muito da parceria dos profissionais de saúde em aceitar o deslocamento, inclusive aos fins de semana, para realizarem os atendimentos no interior.


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Informativo

Foto: Shutterstock

CASSEMS DIVULGA BALANÇO FINANCEIRO POSITIVO EM 2015

A Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul (Cassems) apresentou um superavit líquido no valor de R$ 21 milhões e encerrou o ano de 2015 com um patrimônio líquido de R$ 113 milhões, conforme dados divulgados no dia 21 de março, no Diário Oficial do Estado e no Portal da Transparência da instituição. A cifra representa crescimento de aproximadamente 22% em relação ao ano anterior e um Ebitida de 6,49%, que representa quanto uma empresa gera de recursos com suas atividades operacionais, sem contar impostos e outros efeitos financeiros. Ainda de acordo com o balanço, a Caixa dos Servidores apresentou

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um índice de liquidez corrente, mais conhecido como capital circulante líquido, de 1,3. Este resultado é considerado confortável para a entidade, uma vez que a cada um real de dívida a Cassems apresenta um real e trinta centavos para sanar suas dívidas a curto prazo. Já o índice de solvência geral é de 1,7, ou seja, a entidade possui um real e setenta centavos para cada um real de dívidas com terceiros. O levantamento, que traz uma grande retrospectiva do ano passado, com números que traduzem a importância da Caixa dos Servidores para o Estado, concluiu que a Cassems finalizou o ano de 2015 com cerca de aproximadamente 200 mil

vidas e faturamento bruto de aproximadamente 390 milhões. Segundo o presidente da Caixa dos Servidores, Ricardo Ayache, esses resultados demonstram a saúde financeira da Cassems, que possui um modelo de autogestão que é referência para o Brasil e a coloca entre os principais planos de autogestão do País. “Mesmo diante do tenso cenário da saúde suplementar, conseguimos controlar o crescimento das despesas e alcançamos uma boa remuneração nas operações. Estamos trabalhando com indicadores bastante positivos”, destacou o presidente. Ayache explica ainda que, ao levar em consideração o crescimento


da receita e o equilíbrio dos custos assistenciais, de sinistralidade de 2015 aproximou-se a 83%. Em 2014, considerando a mesma análise, a sinistralidade era de 86%, ou seja, houve uma redução de 3%. Para ele, tal conquista permitiu que a Cassems cumprisse na íntegra todas as exigências quanto aos fundos garantidores da Agência Nacional da Saúde Suplementar (ANS), que passaram de 18 para 32 milhões, mantendo assim total suficiência das exigências da agência reguladora. Outro fator que merece destaque, na opinião de Ayache, é que, em 2014, as despesas administrativas representavam 8,76% e, em 2015, houve diminuição dos gastos para 7.77%. “Em 2015, mantivemos o foco em medidas estratégicas para minimizar o crescimento das despesas assistenciais que, no ano anterior, estavam muito acima das projeções. Tais medidas exigiram maior capacidade de administração dos nossos gestores. Como pôde ser observado, mesmo com a alta dos custos assistenciais no mercado global, conseguimos equilibrar o crescimento dos nossos custos em 7,42%, enquanto que a inflação na saúde registrada neste mesmo período foi de 9,64% (INPC- Serviços de Saúde)”, explicou. Fazer grandes investimentos e, ainda, reduzir custos são uma das principais características da Caixa dos Servidores. Entre os principais investimentos feitos em 2015 estão: a aquisição e modernização de no-

"A CASSEMS APRESENTOU UM SUPERAVIT LÍQUIDO NO VALOR DE R$ 21 MILHÕES E ENCERROU O ANO DE 2015 COM UM PATRIMÔNIO LÍQUIDO DE R$ 113 MILHÕES"

vos equipamentos médico-hospitalares e mobiliários para as unidades hospitalares, ampliação do atendimento com a criação do ambulatório médico de neurologia e angiologia na unidade hospitalar de Três Lagoas, inauguração do CTI Adulto e Neonatal em Três Lagoas, treinamentos dos colaboradores, reformas de Unidades e Regionais, inauguração de mais quatro novos Centros Odontológicos, investimentos em programas de prevenção como o “Eu me amo, eu me cuido” e o Hospital Cassems de Campo Grande. Em 2016, os desafios continuam e a administração da Caixa dos Servidores seguirá sempre pautada pela austeridade, transparência de informações e ousadia para construir o futuro. “Estamos trabalhando incansavelmente para a inauguração do Hospital de Campo Grande, prevista para o próximo mês, e continuaremos levando nosso atendimento a todo o Estado. Iniciaremos a construção do Hospital Cassems na cidade de Corumbá, com isso, estamos interiorizando ainda mais os atendimentos aos usuários”, pontuou o presidente. Para obter maior controles sobre as operações, visando à redução dos custos, o investimento em tecnologia também é prioridade. Em outubro de 2016, será concluída a implantação do sistema assistencial e a implantação do faturamento eletrônico. “Manteremos o foco no trabalho de redução de nossa sinistralidade total, nossa meta para 2016 é reduzir para 75%”, finalizou.

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Informativo OBRA DO HOSPITAL CASSEMS ESTÁ NA RETA FINAL

"É EMPOLGANTE VER O PROJETO FINALMENTE TOMANDO FORMA, NO ENTANTO, SÃO MUITOS OS DETALHES E QUEREMOS QUE TUDO ESTEJA PERFEITO, À

Fotos: Ernesto Franco

ALTURA DE NÓS, SERVIDORES PÚBLICOS"

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As obras do Hospital Cassems de Campo Grande entram na fase final, de acabamento, e a todo vapor. Segundo o diretor de Unidades Hospitalares da Cassems, Flávio Stival, a parte externa, de paisagismo, foi finalizada. Já na parte interna, a equipe já está instalando os equipamentos e o mobiliário, além da instalação do revestimento e da sinalização interna. “A fase de acabamento em uma obra é uma das mais importantes e requer muito cuidado”, disse Stival. O hospital da Cassems será referência no Estado, vai realizar procedimentos de alta complexidade e terá capacidade para atender em torno de mil pacientes por dia, entre a realização de exames, consultas e pronto-atendimento adulto e infantil. Serão 107 leitos de internação, centros cirúrgicos, de diagnósticos e de quimioterapia, UTI para adulto e neonatal. A unidade terá área total construída de 13.245 m2 com funcionamento 24 horas e será capaz de dar todo o suporte necessário para os seus beneficiários. “É empolgante ver o projeto finalmente tomando forma, no entanto, são muitos os detalhes e queremos que tudo esteja perfeito, à altura de nós, servidores públicos”, pontuou o presidente da Cassems, Ricardo Ayache. Ainda de acordo com Ayache, a construção do hospital em Campo Grande constitui um avanço na qualidade da saúde de todo o Estado. “É a realização de um sonho e um avanço significativo da qualidade dos serviços prestados pela Caixa dos Servidores, não só em Campo Grande, como em todo o MS”.


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Informativo

Fotos: Ernesto Franco

CASSEMS INAUGURA SEU 23º CENTRO ODONTOLÓGICO, EM PONTA PORÃ

Ponta Porã, município distante 324 km da Capital, recebeu a 23ª Unidade Odontológica da Rede Própria Cassems no dia 23 de fevereiro. Além de Ponta Porã, essa unidade odontológica vai beneficiar usuários de Antônio João, Aral Moreira, Amambai e Coronel Sapucaia. São dois consultórios que vão funcionar em três turnos com seis profissionais que irão aten-

der os mais de sete mil beneficiários de toda a região, explica a diretora. De acordo com Denise Garcia Sakae, diretora de Assistência Odontológica da Cassems, ampliar o atendimento odontológico permite promover a saúde bucal e despertar nos beneficiários a importância de visitar regularmente o dentista. "Com esse centro, a gente es-

táampliando a Rede Própria Cassems, também ampliamos o acesso aos beneficiários do interior à assistência odontológica e, com isso, a gente atinge o nosso objetivo que é a promoção da saúde bucal. Nos nossos centros, nós temos as especialidades em clínica geral e odontopediatria e iremos trabalhar procedimentos de prevenção e também tratamentos".

Fotos: Ernesto Franco

CASSEMS FIRMA PARCERIA COM FUNLEC

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A Cassems incentiva a profissionalização dos seus colaboradores e, pensando nisso, firmou uma parceria com o Instituto de Educação da Funlec (Iesf) para cursos de graduação, pós-graduação e MBA. Cerca de 40 colaboradores estão matriculados no curso de pós-graduação "Gestão em saúde, com ênfase em Administração Hospitalar". De acordo com os conselheiros

e diretores da Caixa dos Servidores, investir em uma gestão profissionalizada é garantir mais qualidade de atendimento ao beneficiário. Precisamos formar profissionais que tenham esse desejo de fazer avançar, essa fome de crescer profissionalmente e de entregar o seu melhor aos beneficiários. E é nesse sentido que firmamos essa parceria com a Funlec.


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Informativo

Fotos: Ernesto Franco

CAARAPÓ RECEBE O 24º CENTRO ODONTOLÓGICO DA REDE PRÓPRIA CASSEMS

A Cassems inaugurou no dia 8 de abril o 24º Centro Odontológico da sua Rede Própria, em Caarapó. Essa unidade odontológica vai beneficiar mais de 2 mil beneficiários do município. De acordo com a assessora do Interior da Cassems, Sonilza Lima, o Centro Odontológico de Caarapó vai desafogar o atendimento no centro

de Dourados. “A Cassems sempre trabalha em busca do melhor atendimento, de um atendimento humanizado. Hoje estamos inaugurando o centro aqui em Caarapó e essa unidade vai ajudar a desafogar o atendimento em Dourados”, aponta Sonilza. Segundo a diretora Odontológica da Cassems, Denise Garcia Sakae, o principal objetivo em levar os cen-

tros odontológicos ao interior é facilitar o acesso dos beneficiários ao atendimento. “Inauguramos, hoje, o 24º centro odontológico da nossa Rede Própria e o nosso trabalho é este: melhorar o acesso do beneficiário ao atendimento odontológico. Em todos os nossos centros, nós trabalhamos bastante a prevenção, para que cada vez menos o nosso beneficiário precise de tratamento dentário”, explica Denise. Para o presidente da Cassems, Ricardo Ayache, ao inaugurar mais um Centro Odontológico, a Cassems mantém a preocupação de levar mais conforto à população do interior. “Este é o nosso 24º centro odontológico, o que demonstra a nossa preocupação em investir na odontologia e, mais do que isso, demonstra a nossa preocupação em interiorizar o atendimento. Nós precisamos investir para melhorar o atendimento nas cidades menores do Estado e, assim, trazer maior conforto e comodidade aos moradores de municípios como Caarapó”, finaliza Ayache.

CASSEMS REALIZOU CAMPANHA CONTRA H1N1 Entre os dias 4 e 20 de abril a Cassems realizou a campanha de imunização contra a gripe H1N1 de 2016. Tiveram direito a vacina os beneficiários que realizaram o pré-agendamento para essa campanha entre os dias 15 de dezembro do ano passado e 28 de março deste ano. Há quatro anos a Cassems realiza a campanha de vacinação contra a H1N1, com o objetivo de reduzir as complicações e as internações que ocorrem

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em consequência das infecções causadas pelo vírus da influenza nos servidores públicos e seus familiares. Em Campo Grande, a imunização aconteceu no Centro de Prevenção já no interior, a vacinação foi feita nos hospitais da Cassems, exceto em Corumbá e Jardim, onde uma equipe de enfermagem foi até os municípios para realizar a vacinação. Este ano, a vacina custou R$ 50,00.


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Informativo

Fotos: Ernesto Franco

CONSELHO FISCAL DA CASSEMS REALIZA PRIMEIRA REUNIÃO DA NOVA GESTÃO

Foi realizada, no dia 23 de maio, a primeira reunião do Conselho Fiscal da nova gestão da Caixa dos Servidores. A Cassems é um plano de autogestão e, nesse modelo no qual os beneficiários são clientes e donos do plano de saúde, a existência do conselho Fiscal é de suma importância. Os membros do Conselho têm reuniões ordinárias uma vez por mês, na sede da entidade, para analisar diversos documentos. Conselho Fiscal O Conselho Fiscal da Caixa dos Servidores, que é composto de sete membros efetivos e cinco suplentes, com mandato de três anos, se reúne mensalmente mediante convocação do seu presidente. Dos 12 membros do conselho, 10 são escolhidos entre

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os associados titulares e cabe ao governo do Estado indicar um membro efetivo e um suplente, sem a necessidade de eleição. As ações que competem ao Conselho Fiscal são: fiscalizar os atos financeiros do Conselho de Administração; requisitar informações, livros, documentos; examinar os documentos financeiros, a escrituração e a contabilidade; verificar a situação das contas e aplicação das verbas; examinar a legalidade das despesas; aprovar, mensalmente, o balancete; deliberar conjuntamente com o Conselho de Administração acerca de alienação de imóveis e novos planos de investimentos; emitir parecer, anualmente, sobre o relatório e prestação de contas do Conselho de Administração e o balanço geral.

Confira o Conselho Fiscal da Cassems para a gestão 2016-2019: Membros titulares: Ângelo M. Neto; Cláudio Mário Souza; Fabiano R. de Oliveira; Geraldo Celestino; Lucílio Souza Nobre; Wilson Xavier Paiva; Marcus Vinícius Freitas Moraes (Representante do governo MS).

Membros suplentes: Andre Luiz Santiago; Diego Fernando; Ricardo Bueno; Wilds Ovando Pereira.


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Informativo UNIDADE CASSEMS CARANDÁ: MAIS UMA OPÇÃO DE ATENDIMENTO PARA O BENEFICIÁRIO

Fotos: Ernesto Franco

A UNIDADE OFERECE 11 MÉDICOS, DIVIDIDOS EM 7 ESPECIALIDADES, E OITO DENTISTAS

A Cassems oferece mais uma unidade de atendimento aos seus beneficiários. A Unidade Cassems Carandá dispõe de 11 médicos, divididos em 7 especialidades: clínica geral, ortopedia, pediatria, ginecologia, fonoaudiologia, psicologia e nutrição. Além de atendimento médico, a Unidade oferece 8 dentistas (clínica geral, idontopediatria e endodontia). A Unidade Cassems Carandá fica na Rua Boipeva, 184, Carandá Bosque I. Desde janeiro deste ano, a Unidade Cassems Carandá já realizou mais de 1.500 atendimentos. A unidade funciona de segunda a sexta no período matutino, das 7h às 11h, e no período vespertino, das 13h às 17h. Para agendar sua consulta, o beneficiário deve ligar nos seguintes telefones: consulta médica 33122101, consulta odontológica 33122104 e para a triagem de psicologia 3325-9610. A Unidade Carandá não realiza pronto-atendimento, apenas

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atendimento ambulatorial. O supervisor administrativo da Unidade Cassems Carandá, Thiago Alves da Silva, afirma que uma das vantagens do novo centro é a facilidade para marcar consultas e flexibilidade de horário. “A Unidade Cassems funciona de segunda a sexta-feira, num horário bastante maleável. Temos 11 médicos em sete especialidades, além dos consultórios odontológicos, com oito dentistas, nos períodos matutino e vespertino. Atendemos cerca de 100 pessoas por semana e temos uma agenda bem flexível, até para o atendimento odontológico, do qual a fila de espera é de três, cinco dias. Então, esta é mais uma opção que a Cassems oferece aos seus beneficiários”, explica Alves. De acordo com o coordenador da Unidade Carandá, Lauro Davi, ao oferecer mais um espaço para atender seus beneficiários, a Caixa dos Servidores segue o seu objetivo.

“A inauguração dessa unidade segue um objetivo que a Cassems tem desde o começo, que é buscar maneiras para que o nosso beneficiário tenha acesso ao atendimento, à assistência a saúde. Essa unidade funciona como os outros centros médicos da Cassems. O beneficiário escolhe a sua especialidade, liga e agenda. Se por acaso a especialidade que o beneficiário necessita não tiver aqui, nós encontramos uma vaga em algum dos nossos centros e encaixamos esse beneficiário”, explica Davi. Serviço: A Unidade Cassems Carandá fica na Rua Boipeva, 184, Carandá Bosque I. Para agendar consulta, o beneficiário deve ligar nos seguintes telefones: consulta médica 3312-2101, consulta odontológica 3312-2104 e para a triagem de psicologia 33259610.


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Eventos

Foto: Ernesto Franco

HOSPITAL CASSEMS DE CORUMBÁ SERÁ CONSTRUÍDO EM ÁREA DE 5,5 MIL M² E SE TORNARÁ REFERÊNCIA PARA A REGIÃO DO PANTANAL

A Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul (Cassems) realizou, no dia 30 de março, o lançamento da pedra fundamental do seu hospital próprio em Corumbá. A cerimônia marcou a colocação da primeira pedra em cima da fundação da construção e foi realizada no campo de obras do hospital, na Rua Monte Castelo, no bairro Popular Velha. Além do lançamento da pedra fundamental, aconteceu o enterramento da cápsula do tempo, em que foram colocados a ata de construção da Cassems, a planta do hospital, jornais e moedas atuais. O Hospital Cassems de Corumbá será referência para a região econstruído numa área de 5,5 mil m², ce-

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dida ao município pela União e repassada, pela prefeitura, à Caixa dos Servidores, que fica numa região de fácil acesso tanto para os moradores da parte alta, como da parte baixa. As obras da construção começam ainda no primeiro semestre de 2016 e, quando pronta, a Unidade Hospitalar Cassems de Corumbá oferecerá aos funcionários da região do Pantanal 20 leitos de internação, sendo 2 masculinos, 2 femininos e 2 infantis, além de um leito de isolamento. No setor de pronto-atendimento, serão mais 6 leitos de observação adultos e infantis e um de isolamento. O hospital terá ainda 3 salas cirúrgicas, Pronto-atendimento 24

horas e um centro de diagnóstico por imagem e laboratório de análises clínicas, além de três recepções, uma para o centro de diagnóstico, outra para o Pronto-atendimento e ainda uma que atenderá o ambulatório médico e a Unidade Regional da Cassems, que será integrada ao prédio com a parte administrativa, 05 consultórios ambulatoriais e 02 consultórios odontológicos. Com um projeto moderno, o hospital contará ainda com área de apoio, incluindo lavanderia, rouparia, farmácia, almoxarifado, cozinha, refeitório, lanchonete, área de limpeza e administrativas, central de gases medicinais e subestação elétrica com sistema de geradores de energia.


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Eventos

A Cassems realizou no dia 15 de abril, no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, a XV Assembleia Geral Ordinária (AGO) de Prestação de Contas, referente ao exercício de 2015. O evento é realizado anualmente e é aberto a todos os servidores estaduais que são beneficiários titulares da Caixa dos Servidores. Os beneficiários que participaram da AGO aprovaram as contas da Cassems por unanimidade. O beneficiário Joaquim Dias de Paula participou de todas as assembleias e veio de Paranaíba para acompanhar a AGO 2016. “Participo da Assembleia Geral da Cassems desde o seu primeiro ano. Sempre procurei estar junto da Cassems, porque é muito importante participar, acompanhar o nosso plano de saúde, saber o que está acontecendo. Quando você vem à assembleia, fica sabendo de tudo que está acontecendo pela própria Cassems, em primeira mão, além de tem a oportunidade de debater. Eu só vejo a evolução da Cassems e ela só ter melhorado, porque todas as vezes que precisei fui bem atendido”, conta de Paula. Já Leonardo Cezar Vaz Prates é de Três Lagoas e participa pela primeira vez da AGO e, para ele, a organização e transparência da Cassems deviam servir de exemplo para outros planos. “Faz dois anos que sou servidor público e é a primeira vez que participo da assembleia de prestação de contas da Cassems. Saí do serviço às seis da manhã, embarquei no ônibus e vim direto para cá. Nunca havia participado de um evento assim. Achei excelente, não sei se com os outros planos são assim, mas isso deveria ser aplicado em todas as áreas. Dá mais transparência e segurança. Como a gente usa o serviço e paga por isso, é importante saber dos investimentos,

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Fotos: Ernesto Franco

ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA APROVA CONTAS DA CASSEMS POR UNANIMIDADE

O EVENTO É REALIZADO ANUALMENTE E É ABERTO A TODOS OS SERVIDORES ESTADUAIS QUE SÃO BENEFICIÁRIOS TITULARES DA CAIXA DOS SERVIDORES

onde o dinheiro está sendo aplicado”, explica Prates. Lenir Antônia Duarte veio de Rio Verde para participar da XV AGO e, para ela, é muito importante acompanhar a Cassems de perto. “Não perco uma assembleia e, a cada ano, vejo a evolução e o fortalecimento da Cassems. Na minha cidade, muitos grupos empresariais e amigos querem ter a Cassems. Isso nos enche de orgulho e reforça a nossa vontade de

cuidar do nosso maior patrimônio. As apresentações que fazem aqui são de fácil entendimento e conseguimos compreender os números e o que eles significam para nós”, destaca Lenir. Eclair Sousa Aguiar, beneficiário de Coxim, destaca a gestão participativa da Caixa dos Servidores. “É um privilégio estar aqui, participar e dar o meu voto. Antes da criação da Cassems, a gente não participava. Hoje, além da assembleia, a gente tem aonde ir, onde ligar e pessoas que podem nos auxiliar e resolver os nossos problemas. Antes, a gente não tinha assistência nenhuma, a Cassems mudou a nossa vida”, conta Aguiar. A contadora responsável pelo balanço contábil da prestação de contas, Vanda Lúcia Weiller de Vasconcelos, ao dar o seu parecer, falou sobre a solidez da Caixa dos Servidores. “A Cassems constrói, a cada dia, um legado de competência, demonstrando capacidade de gestão e organização, mantendo princípios e ética. A Cassems melhorou o seu desempenho no controle de gastos em 2015 e esta


eficiência administrativa reflete num superavit total de R$ 21 milhões. Alguns investimentos realizados melhoraram o ativo da empresa, como a inauguração do Centro Médico e de Diagnósticos Avançados em Campo Grande, a reforma e ampliação do hospital de Nova Andradina e inauguração do serviço de oncologia no hospital de Ponta Porã”, afirma Vanda. O vice-presidente da Cassems, Ademir Cerri, destaca os avanços da Caixa dos Servidores durante o ano que passou. “Encerramos mais um ano de trabalho e, ao fazermos um balanço de 2015, quando a Cassems executou um excelente trabalho de recuperação econômica e investimentos, lembramos que os percalços de 2014 serviram de base para o sucesso deste ano. Estamos hoje iniciando um novo mandato, em que, com certeza, conquistaremos maiores e melhores serviços e benefícios para os nossos usuários, visto que sempre melhoramos de ano a ano”, explica Cerri. O presidente da Cassems, Ricardo Ayache, destaca a participação dos beneficiários para a construção do plano de saúde dos servidores públicos. “Para nós, é muito importante compartilhar e escolher juntos os melhores caminhos para a construção da Caixa dos Servidores, porque a Caixa dos Servidores sempre primou pela transparência, prova disso, é que somos o primeiro plano de saúde a disponibilizar um canal em que qualquer cidadão tem a oportunidade de acompanhar a rotina administrativa da Cassems e, principalmente, entender todos os dados. Os beneficiários são o grande motivo para que a gente continue a trabalhar, para que a Caixa dos Servidores seja um dos melhores planos de saúde do Brasil”, pontua Ayache.

"MESMO DIANTE DO TENSO CENÁRIO DA SAÚDE SUPLEMENTAR, CONSEGUIMOS CONTROLAR O CRESCIMENTO DAS DESPESAS E ALCANÇAMOS UMA BOA REMUNERAÇÃO NAS OPERAÇÕES", explica Ayache Superavit Desde 2013, a diretoria da Cassems tem feito alguns ajustes que levaram a Caixa dos Servidores a ser referência para o Brasil e um dos principais planos de autogestão do País. Aumento de receita, de investimentos, do ativo e do patrimônio líquido, além da redução da sinistralidade são algumas das conquistas da Cassems nos últimos anos. Em março deste ano, a Caixa dos Servidores divulgou seu balanço patrimonial que aponta que a instituição apresentou um superavit líquido no valor de R$ 21 milhões, encerrando o ano de 2015 com um patrimônio líquido de R$ 113 milhões. Esses números mostram um crescimento de aproximadamente 22% em relação ao ano anterior e um Ebitda de 6,49%, que representa quanto uma empresa gera de recursos por meio de suas atividades operacionais, sem contar impostos e outros efeitos financeiros. Ainda de acordo com os dados divulgados, a Cassems apresentou um índice de liquidez corrente, mais conhecido como capital circulante líquido, de 1,3. Esse resultado é considerado confortável para a entidade, uma vez que a cada um real de dívida a Cassems apresenta um real e trinta centavos para saná-la em curto prazo. O índice de solvência geral é de 1,7 ou seja, a entidade possui um real e 70 centavos para cada um real de dívidas. O levantamento traz uma grande

retrospectiva do ano passado e os números traduzem a importância da Caixa dos Servidores para o Estado. A Cassems concluiu o ano de 2015 com cerca de 200 mil vidas e faturamento bruto de aproximadamente 390 milhões. Para o presidente da Caixa dos Servidores, Ricardo Ayache, esses resultados demonstram a saúde financeira da Cassems e a coloca entre os principais planos de autogestão do País. “Mesmo diante do tenso cenário da saúde suplementar, conseguimos controlar o crescimento das despesas e alcançamos uma boa remuneração nas operações. Estamos trabalhando com indicadores bastante positivos”, explica o presidente. Ayache destaca ainda que as despesas administrativas, que em 2014 eram de 8,76% em relação à receita desse mesmo período, foram reduzidas para 7,77%, em relação à receita de 2015. “Em 2015, mantivemos o foco em medidas estratégicas para minimizar o crescimento das despesas assistenciais, que, no ano anterior, estavam muito acima das projeções. Tais medidas exigiram maior capacidade de administração de nossos gestores. Como pode ser observado, mesmo com a alta dos custos assistenciais no mercado global, conseguimos equilibrar o crescimento dos nossos custos em 7,42%, enquanto a inflação saúde registrada nesse mesmo período foi de 9,64% (INPC — Serviços de Saúde)”, finaliza Ayache.

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Eventos

Fotos: Ernesto Franco

DIRETORIA DA CASSEMS PARA O TRIÊNIO 2016-2019 TOMA POSSE

Após a Assembleia Geral Ordinária (AGO) de Prestação de Contas, a Cassems realizou a posse da nova diretoria para o triênio 2016-2019. Tomaram posse os conselhos de Administração e Fiscal eleitos durante processo eleitoral democrático, realizado no dia 4 de março, ocasião na qual o atual presidente Ricardo Ayache foi reconduzido ao cargo. Um dos novos membros do Conselho Fiscal, Lucílio Souza Nobre, destaca a responsabilidade que é fazer parte da diretoria da Caixa dos Servidores. “É um privilégio a gente poder se juntar para fortalecer ainda mais a Cassems. Nós somos servidores públicos e fazer parte da gestão da instituição, além de um privilégio, é uma responsabilidade muito grande. Com a minha experiência de mais de 20 anos na carreira pública, acredito que posso agregar. É importante destacar que a Caixa dos Servidores está em crescimento e isso aumenta mais a reponsabilidade dessa nova diretoria que está assumindo hoje”, conta Nobre. O vice-presidente da Cassems, Ademir Cerri, faz uma avaliação dos últimos três anos e dos projetos futuros. “Os três últimos anos foram cruciais para o desenvolvimento da

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Cassems, seja por passar por um período de adequações seja por implementações de diversos programas de prevenção, proporcionando assim, atendimento qualificado aos nossos beneficiários. O mandato que assumimos hoje, com certeza será também cheio de conquistas para o interior e para a Capital, como a inauguração do nosso hospital em Campo Grande e a construção do hospital de Corumbá”, explica Cerri. De acordo com a vice-governadora de Mato Grosso do Sul, Rose Modesto, a importância da Cassems para os sul-mato-grossenses. “Assim que a Cassems nasceu, em 2001, eu me tornei servidora e acompanhei a sua evolução, então, eu sei o que ela representou para mim e para a minha família. Por isso, parabenizo a atitude da Cassems em regionalizar o atendimento. São quase 10 hospitais próprios espalhados pelo Estado. Hoje, a Cassems é referência nacional”, afirma a vice-governadora. Segundo o diretor da Unimed do Brasil, Valdinário Rodrigues Júnior, num momento como este no cenário da saúde, a Cassems cumpre o seu papel com grande louvor. “Nossa população necessita cada vez mais de

investimentos na saúde, porque ela é o maior bem de um ser humano. E com muita satisfação que venho aqui participar da posse da nova diretoria deste plano de saúde tão importante. Temos orgulho da gestão moderna, empreendedora e ousada que essa diretoria imprimiu na Cassems. Hoje, a instituição é referência em atendimento e, em meio ao cenário da saúde, ela encontra força para entregar leitos dignos para os servidores de Mato Grosso do Sul”, diz Rodrigues. Ao tomar posse, juntamente da nova diretoria, Ayache enfatiza que os desafios continuam e a administração da Caixa dos Servidores seguirá sempre pautada pela austeridade, transparência de informações e ousadia para construir o futuro. O presidente reconduzido antecipa algumas ações que visam maior controle sobre as operações, a redução e os custos e também os investimentos em tecnologia. “Estamos trabalhando incansavelmente para inauguração do hospital de Campo Grande, interiorizando ainda mais os atendimentos aos usuários. Em outubro deste ano, vamos implantar um novo sistema assistencial e de faturamento eletrônico. Também vamos manter o 75%”, finalizou.


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Eventos

A diretora da Cassems, Jucli Stefanello Peruzo, falou sobre a instituição aos servidores públicos estaduais recém-empossados que realizaram curso de capacitação. O curso é realizado pela Escola de Governo em parceria com a Secretaria de Estado de Administração e de Desburocratização (SAD). De acordo com a diretora de Clientes, é muito importante para a Caixa dos Servidores que os seus futuros beneficiários conheçam o plano de saúde. “A Cassems apro-

Fotos: Ernesto Franco

DIRETORA DE CLIENTES FALA SOBRE A CASSEMS PARA SERVIDORES ESTADUAIS

veita todas oportunidades para levar as informações sobre o funcionamento do plano de saúde. Dessa forma, eles terão consciência dos

seus direitos e a diferença que o plano faz na qualidade de vida dos servidores públicos e seus familiares”, aponta Jucli.

COLABORADORES DA CASSEMS RECEBEM INFORMAÇÕES SOBRE DENGUE, ZIKA E CHIKUNGUNYA

Fotos: Ernesto Franco

Colaboradores da Cassems participaram, no dia 19 de fevereiro, de uma palestra sobre o Aedes aegypti e suas intercorrências. Ministrada pelo infectologista e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Rivaldo Venâncio, a palestra foi transmitida aos colaboradores da Caixa dos Servidores do interior do Estado, em tempo real, via streaming. Ao informar, orientar e capacitar os seus colaboradores

sobre a proliferação das doenças causadas pelo mosquito, a Cassems facilita a orientação aos beneficiários da Caixa dos Servidores, neste momento de incertezas e dúvidas. O palestrante deu uma verdadeira aula sobre a origem e a diferença entre a dengue, o zika e a chikungunya. Rivaldo falou da magnitude do problema que o Brasil e o mundo estão vivendo.

A primeira reunião dos novos conselhos de Administração e Fiscal da gestão 2016-2019 da Cassems aconteceu na sede da Caixa dos Servidores, em Campo Grande, no dia 04 de maio de 2016. O presidente reconduzido ao cargo, Ricardo Ayache, falou aos novos conselheiros sobre as conquistas dos últimos anos e analisou os desafios do próximo triênio.

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“Trabalhamos muito nos últimos anos para que a Cassems ocupe, hoje, uma posição de destaque no cenário da saúde suplementar. Sabemos dos enormes desafios que temos pela frente, mas, com muito trabalho, profissionalismo e transparência, vamos superá-los e garantir um atendimento de qualidade aos nossos beneficiários”, avaliou Ayache.

Fotos: Ernesto Franco

CONSELHOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCAL DA CASSEMS REALIZAM PRIMEIRA REUNIÃO DE 2016


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Eventos

Fotos: Ernesto Franco

ACP É A CAMPEÃ DA 1ª COPA DE FUTEBOL DOS SERVIDORES PÚBLICOS DE MS – CATEGORIA VETERANO

A 1ª Copa de Futebol dos Servidores Públicos de MS – Categoria Veterano, que é uma parceria entre a Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul (Cassems) e o Sindijus/MS-Delegacia Sindical de Campo Grande, foi um sucesso. Foram nove equipes inscritas, quase dois meses de competição, integração e incentivo à prática esportiva. A final da competição aconteceu no dia 07 de maio, no campo do Sindijus/MS-Delegacia Sindical de Campo Grande. Na primeira decisão do dia, a equipe da ASSBMMS bateu o Hospital Regional/SINTSS-MS por 4 a 2 e garantiu o terceiro lugar da competição. Na sequência, a ACP venceu o Sindijus-A, por 2 a 0, sagrando-se campeã da 1ª Copa de Futebol dos Servidores

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FORAM NOVE EQUIPES INSCRITAS, QUASE DOIS MESES DE COMPETIÇÃO, INTEGRAÇÃO E INCENTIVO À PRÁTICA ESPORTIVA

Públicos de MS – Categoria Veterano. De acordo com o coordenador da Copa, Cláudio Souza, o objetivo do campeonato foi alcançado graças à participação do servidor público. “Parabenizo todos os participantes, em especial as três equipes classificadas. Agradeço aos atletas e aos responsáveis pelas equipes pelo empenho e pela dedicação”, destacou. O presidente da Caixa dos Servidores, Ricardo Ayache, afirmou que a prática esportiva proporciona uma melhor qualidade de vida aos servidores. “Ficamos satisfeitos em perceber que o objetivo principal do campeonato, que é incentivar a atividade física e promover uma melhor qualidade de vida por meio da prática esportiva, foi alcançado”, pontua Ayache.


1º Lugar:

ACP

2º Lugar:

SINDIJUS-A 3º Lugar:

ASSBMMS Goleiro menos vazado (1 gol): Antonio Marcos Semeler - ACP Artilheiro (8 gols): Adriano Capellari - Sindijus Coordenador: Cláudio Mário Souza

O CAMPEONATO A 1ª Copa de Futebol dos Servidores Públicos de MS–Categoria Veterano cumpriu com o seu objetivo que era de estimular a medicina preventiva por meio da prática esportiva, além de promover a integração entre os servidores públicos das mais diversas categorias. É uma parceria entre a Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul (Cassems) e o Sindijus/MS-Delegacia Sindical de Campo Grande.

Doação Todo o valor arrecadado, por meio das inscrições do campeonato, foi repassado ao Asilo São João Bosco, que enfrenta dificuldades para atender às necessidades dos idosos, que, em sua maioria, foram desamparados pelas próprias famílias. Atualmente, o asilo atende 84 idosos, conta com voluntários e 149 funcionários. Muitas pessoas e entidades estão se mobilizando para que o asilo não feche e a Cassems não poderia deixar de dar a sua contribuição.

Quem tiver interesse também poderá dar a sua colaboração de várias formas: - Com visitas, proporcionando atenção e carinho; - Programando eventos de recreação, ginástica, caminhadas e trabalhos manuais; - Desenvolvendo trabalho voluntário nas áreas de fisioterapia, terapia ocupacional, psicologia; - Com recursos financeiros e doações de alimentos; - Prioridade: medicamentos, fraldas geriátricas e leite.

Os dados da conta para doação são: Banco do Brasil; agência 2576-3 e conta 119763-0. O depositante deverá encaminhar o comprovante de depósito/transferência para o e-mail df@sas.capital. ms.gov.br, informando nome, CPF, endereço e entidade de destino do recurso financeiro, a fim de receber o comprovante de doação para dedução no Imposto de Renda. Também é possível acessar o sistema de Doações ao Fundo Municipal do Idoso. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 3314-4465.

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Sicoob

VOCÊ GOSTARIA DE SER DONO DE UMA

COOPERATIVA DE CRÉDITO? Ter uma conta em um dos 100 bancos tradicionais que operam no País pode parecer tentador à primeira vista, mas, analisando bem, pode-se perceber que as cooperativas financeiras são alternativas atraentes por vários motivos. Razões estas que levaram o sistema cooperativista de crédito a crescer 27% entre 2012 e 2015 e o Sicoob Central MT/MS, mais de 40%. E um dos diferenciais de uma cooperativa de crédito é oferecer, pelos bancos tradicionais, serviços personalizados aos seus associados. Em Campo Grande, o Sicoob Cocresul atende os servidores públicos sul-mato-grossenses há quase 30 anos, o que significa ter um sistema que entende de fato as necessidades do funcionalismo público. No sistema do Sicoob, cada associado é o dono do negócio, sendo assim, os lucros obtidos durante o ano voltam para os cooperados. Além de ser uma fonte de investimento, as tarifas do Sicoob Cocresul são mais baixas. Enquanto em um banco tradicional os juros do cartão de crédito são de 12% ao mês, em média, no Siccob o associado paga cerca de 9% e pode usufruir dos mesmos benefícios. Mesmo oferecendo produtos exclusivos, na cooperativa de crédito você encontra os mesmos serviços disponibilizados pelos bancos tradicionais, como cartão de crédito, empréstimos, cheque, financiamentos, entre outros. E se o lucro volta para os associados, esse dinheiro também fomenta a economia local, um outro benefício que o sistema cooperativista oferece. E para usufruir de todos esses benefícios, a melhor notícia é o que investimento inicial é de cerca de R$ 100. Fonte: Pau e Prosa Comunicação.

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Foto: Shutterstock

No Sicoob, Concresul você pode!


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Gestão Participativa

QUEBRAR

PARA DIGMAS

Bacharel em Direito e pós-graduado em Gestão em Segurança Pública, Giancarlo Miranda é escrivão da Polícia Civil desde 2004. Já atuou na Delegacia de Repressão aos Crimes de Homicídios, na Delegacia de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo e na Delegacia Especializada de Roubos e Furtos. Por seis anos, foi diretor jurídico do Sindicato dos Policiais Civis do Mato Grosso do Sul (Sinpol-MS) e atualmente é o presidente do órgão para o triênio 2015-2018. Também foi eleito como diretor jurídico da UGT-MS e suplente do Conselho Administrativo da Cassems. A determinação, vocação e o espírito inconformista, o levaram a uma das profissões mais perigosas do mundo, a de policial civil em um estado fronteiriço. Ao vivenciar a dura realidade dos policiais civis nas delegacias, observou que era necessário quebrar paradigmas, mostrando a importância do trabalho do policial civil na sociedade e a necessidade de valorizá-lo.

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Foto: Alexis Prapas

Desde a sua criação, em 2001, os conselhos têm a oportunidade de participar da administração do plano. Desta forma, a Caixa dos Servidores prioriza o compartilhamento de ideias e propostas para a Cassems. Nesta edição, o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul (Sinpol/MS), Giancarlo Miranda, conta um pouco da sua trajetória no sindicalismo.

Para isso, tem desenvolvido um trabalho de conscientização da sociedade por meio da mídias de palestras. À frente do Sinpol-MS há cerca de seis meses, já enfrentou grandes desafios ao lado da diretoria executiva, do conselho fiscal e companheiros, mantendo a credibilidade de 25 anos de história da instituição, como referência no sindicalismo estadual e no segmento de segurança pública. Como representante da categoria no Conselho Administrativo da Cassems, pretende contribuir para melhorias na assistência à saúde dos servidores estaduais e seus familiares, mantendo-a como referência no setor em todo País. "Os serviços prestados pela Cassems são fundamentais e imprescindíveis para a promoção do bemestar e da saúde da minha família, bem como de todos os policiais civis do Mato Grosso do Sul, que recebem um atendimento de excelência em uma rede presente na maioria das cidades", finaliza.


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Expediente

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Presidente Ricardo Ayache Vice-presidente Ademir Cerri Alexandre Barbosa da Silva, Cristiane Louzada Ferreira de Oliveira, Felix Nazario Portela, Geraldo Alves Gonçalves, Lauro Sérgio Davi, Lilian Olivia Aparecida Fernandes e Robelsi Pereira SUPLENTES Thiago Monaco Marques, Darlene Pereira Mendes, Elcio Oliveira Bastos, José Remijo Perecin e Maria Naici Caceres da Silva CONSELHO FISCAL Maria das Graças Freitas, Claudio Mario Salvador Menezes, Geraldo Celestino de Carvalho, Jurandir Rodrigues de Carvalho, Noestor Jesus Ferreira Leite, Roberto Magno Botareli Cesar e Marcus Vinícius Freitas Moraes SUPLENTES Fernando Ferreira de Anunciação, Ricardo Alexandre Correa Bueno, Wilds Ovando Pereira, Adriana Oliveira Araújo e Wilson Xavier Paiva GESTÃO EXECUTIVA Presidente Ricardo Ayache Diretoria de Assistência à Saúde Maria Auxiliadora Budib Diretoria de Unidades Hospitalares Flávio Stival Diretoria de Assistência Odontológica Denise Garcia Sakae Diretoria de Finanças Maria Antônia Rodrigues Diretoria de Clientes Jucli T. Stefanello Peruzo Diretoria Jurídica Cleber Tejada de Almeida Diretoria de Tecnologia e Informação Celciliana Barros de Moura Ouvidoria Cecília D. Jeronymo Serra GERÊNCIAS REGIONAIS Aquidauana Ana Maria Mendes Machado Campo Grande Sonilza de S. Lima Corumbá Rosana Lídia da S. Pereira Coxim Edson Silva Dourados Vera Lúcia de Lima Jardim José Aníbal Acosta Zanelatto Naviraí João Inácio de Farias Nova Andradina Ivone Ramos Pereira Paranaíba Soraya Rita E. de Lima Ponta Porã Aline Davi Sanches Três Lagoas Aelton Manoel A. de Oliveira / Efrain Gomes GERÊNCIAS HOSPITALARES Aquidauana Júlio Antônio Rossi Dourados Jean Davi Rodrigues Coxim Paulo Souza Naviraí Maria Inês Vidotto Nova Andradina Marllon Nunes Paranaíba Danielen Schuhmann Ponta Porã Sônia Cintas Três Lagoas Efrain Gomes ASSESSORIAS Presidência Tatiane Alves de Andrade Comunicação Ariane Martins Interior Sonilza S. de Lima RH Juliana Cunha Inácio Contabilidade AT Contábil Assessoria em Contabilidade Auditoria Independente Ascoplan TI Oxxy / Strategy

CONSELHO EDITORIAL Presidente Ricardo Ayache Representante da Saúde Maria Auxiliadora Budib Representante do Conselho de Administração Felix Nazário Portela Representante do Conselho Fiscal Cláudio M. Salvador M. de Souza Representante de Comunicação Ariane Martins Coordenação-Geral da Revista Viver Cassems Ariane Martins Projeto Gráfico Diniz Ação em Marketing Diagramação e Produção DNZ Editora e Eventos Comercial Gabriela Galante E-mail gabiigalante@gmail.com Telefone Comercial (67) 3304-8505 / 8116-3850 Fotos Assessoria Cassems, Ernesto Franco, Alexis Prappas e Rudi Aquino. Jornalistas Gustavo de Deus (MTB/MS 898) e Ariane Martins (MTB/MS 513) Colaborou Cidiana Pellegrin, Stephanie Ribas, Evllyn Rabelo, Daiane Libero e Mayara Sá Revisão Ana Heck e Amanda Denise de Lima E-mail comunicacao@cassems.com.br Telefone da Redação (67) 3314-1065 Tiragem 70.000 exemplares

Os anúncios da revista Viver Cassems independem da rede credenciada.

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Orgulho Cassems "A importância é fomentar a cultura, já que a arte é transformadora"

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FILHA DA NOSSA TERRA Miska Thomé é artista multifacetada, que acredita nas tradições culturais e na família Texto Daiane Libero | Foto Ernesto Franco

“Você conhece a Miska?” Esta foi a pergunta feita em uma manhã quente, típica de Campo Grande, na Praça Bolívia. E, sem exceção, as pessoas questionadas responderam sorrindo. Ali acontecia uma intensa festa multicultural, na praça localizada no coração do Bairro Cophafé, e a música boliviana da fronteira emoldurava o movimento do público. Todo mundo conhece Miska Thomé, artista plástica, comunicadora, cantora e muitas outras profissões culturais. Ali ela é também uma das fundadoras dos eventos da Praça, que já duram mais de dez anos ocupando um espaço público e necessário. Miska estava sentava ao lado da barraca de um de seus filhos, chef de cozinha que leva seus temperos tailandeses para mesclar no caldeirão cultural da Praça Bolívia. Sorridente, ela fala que sempre o acompanha nas empreitadas gastronômicas. “Tenho quatro filhos

e três netos. Nunca parei de trabalhar (com a cultura) por causa da minha família”, afirma. E ali ela estava não somente prestigiando o evento que ela mesma liderou e realizou por quatro anos, ao lado do grupo Masis Brasil, como também estava fazendo o que mais ama: curtindo sua família. Hoje, para ficar mais próxima da mãe, Miska investe seu tempo na produção de suas mandalas artísticas, peças trabalhadas com as mãos, que levam para as pessoas mais energia e significado em suas vidas. “Eu comecei a fazer as mandalas de forma intuitiva, e faço sob encomenda, como um ‘bolo’ de bem-estar. A pessoa diz que tipo de energia está precisando e eu crio, a partir dos princípios da cromoterapia”, compara. Segundo ela, a mandala é um epicentro de energia, que colabora com a melhoria de uma casa e seus moradores.

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Orgulho Cassems HISTÓRIA NA NOSSA COMUNICAÇÃO Mas, muito antes disso, a artista, nascida em Campo Grande, trabalhou por mais de 20 anos na TV Educativa (TVE) e teve papel fundamental no processo de fortalecimento da TV pública. Hoje continua apenas fazendo um programa colaborativo junto dos parceiros. Aliás, foi a partir da TVE, que ela iniciou sua história com a Cassems. Miska “nem sabe precisar” há quanto tempo é conveniada e usufrui dos serviços, que considera ser de muita qualidade. “Minha nora fez seu parto natural e humanizado por lá e foi um atendimento maravilhoso. Todo mundo sempre é muito bem atendido, meu filho, meu neto, minha nora e eu”, relata. Além da TVE, Miska fez parte da equipe da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS) por dez anos, um período de muita história e arte. No decorrer do tempo, ela teve a oportunidade de trabalhar seu lado musical com os grupos Trovadores do Tempo e Masis Brasil, este mais folclórico. Mas o lado político que se interessa pela cultura e pela oportunidade que o poder público dá aos artistas sempre aflorou, e ela diz ter aprendido muito, todos esses anos. “A arte é a expressão cultural de um povo, e sempre terá altos e baixos, no sentido do apoio público”, acredita. “A importância disso tudo é fomentar a cultura, já que a arte é transformadora. O artista não para de produzir e o Estado tem de oferecer possibilidade a ele, mas o qual não deve depender também somente do poder público”, pontua.

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“EU COMECEI A FAZER AS MANDALAS DE FORMA INTUITIVA, E FAÇO SOB ENCOMENDA. A PESSOA DIZ QUE TIPO DE ENERGIA ESTÁ PRECISANDO E EU CRIO, A PARTIR DOS PRINCÍPIOS DA CROMOTERAPIA”


LADO MUSICAL Na música, Miska também deixou sua marca. No Rio de Janeiro, quando mais jovem, estudou canto lírico e iniciou carreira profissional na música no Madrigal Degl’Amicci. Em 1982, quando voltou para Campo Grande, estudou técnica vocal com Clarice Maciel (Centro de Arte Viva) por mais de 20 anos e com Cristina Passos. Miska teve a oportunidade de cantar ao lado de inúmeros artistas e amigos, como Almir Sater, Paulo Simões e Geraldo Roca. Ela também cantou de forma independente, seguindo seu talento, e lançou o CD solo “Castelo Eletrônico”. Sua produção hoje se concentra também em sua formação acadêmica, já que Miska é formada em Comunicação Visual pela PUC do Rio de Janeiro. Mas ela sempre fez de um “tudo”: canta, dança, realiza eventos, trabalha com rádio e televisão, cuida dos netos e da família. Tudo isso sem deixar de sorrir. Além de tudo o que já contribuiu e ainda contribui com a arte em Mato Grosso do Sul, Miska Thomé é neta de Manoel Secco Thomé, um dos pioneiros de Campo Grande, que chegou por aqui no início do século XX, durante a construção da Ferrovia NOB, que marcaria para sempre a nossa história. A empresa que fez dormentes para a NOB foi a mesma que ajudou a erguer Campo Grande, dando alicerces para monumentos como o Colégio Dom Bosco, o Colégio das Irmãs, o relógio da 14 de Julho e até o Obelisco. Em sua casa, repleta de obras de arte de nomes como Jorapimo e Jonir Figueiredo, ela recebe os amigos e cuida da família, além de trabalhar em seu ateliê. Colecionadora de arte, ela realizou uma série inteira chamada “Pequenos Oratórios de Coisas Desúteis”, em 2008, para a Exposição Individual no Museu de Arte Contemporânea. A mostra contou com trechos de poesias de Manoel de Barros e miudezas colecionadas por Miska durante toda a sua vida.

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Orgulho Cassems

“MINHA NORA FEZ SEU PARTO NATURAL E HUMANIZADO POR LÁ E FOI UM ATENDIMENTO MARAVILHOSO. TODO MUNDO SEMPRE É MUITO BEM ATENDIDO: MEU FILHO, MEU NETO, MINHA NORA E EU”

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A ARTE NUNCA CESSA Desta forma, ela acredita ter seguido o caminho natural para continuar sempre produzindo como artista, tanto que suas mandalas não param e ela continua como apoiadora dos eventos culturais da Praça Bolívia e de muitos outros agitos culturais realizados em Campo Grande. Hoje, Miska deixa a arte guiar sua vida, exatamente como sempre fez desde que se interessou por este segmento. Por isso seu laço com a Cassems é tão importante, já que, para ela, contribui com uma qualidade de vida que a deixa plena para exercer sua essência artística. “Estou muito ansiosa para poder frequentar a nova academia da Cassems, já que tenho sete parafusos em uma perna, decorrente de um acidente, e fiz muita fisioterapia. Acredito que nesta estrutura haverá um atendimento diferenciado, mais voltado para a saúde de quem malha e com mais colaboração médica. Preciso ficar forte, pois só assim para carregar os netos”, sorri Miska.


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ONDE ENCONTRAR ATENDIMENTO CASSEMS NO ESTADO Hospitais Cassems

Regionais

Aquidauana Rua José Bonifário, 115 (67) 3241-7429 / 3904-2752 Coxim Rua Virgínia Ferreira, 2415 (67) 3291-7603 / 3291-3269 Dourados Rua Oliveira Marques, 2771 (67) 3411-9595 / 3410-0000 Naviraí Av. Dourados, 1425 (67) 3461-2200 Nova Andradina Rua Walter Hubacher, 748 (67) 3441-2444 Paranaíba Rua Coronel Carlos, 1175 (67) 3668-2171 Ponta Porã Rua Guia Lopes, 1785 (67) 3431-4907 Três Lagoas Rua Bruno Garcia, 2330 (67) 3521-2871

A Aquidauana R. Manoel Antônio Paes de Barros, 540, Centro. 79200-000. (67) 3241-3226 C Campo Grande R. Antônio Maria Coelho, 6065. 79002-200. (67) 3314-1062 Corumbá R. Luiz Feitosa Rodrigues, 886, Jd. Aeroporto. 79300-000. (67) 3231-2385 / Fax (67) 3231-0473 Coxim Av. Gal. Mendes Morais, s/nº. 79400-000. (67) 3291-3853 / Fax (67) 3291-1101 D Dourados Av. Mato Grosso, 1470. 79810-110. (67) 3410-0089 / Fax (67) 3410-0000 J Jardim R. Ten. Hernani de Gusmão, 305. 79240-000. (67) 3251-1811 / Fax (67) 3251-4107 N Naviraí Av. Dourado, 569. 79950-000. (67) 3461-1405 / Fax (67) 3461-5153 Nova Andradina R. Elizabete Rubiano, s/nº. 79750-000. (67) 3441-1415 P Paranaíba R. Barão do Rio Branco, 1425. 79500-000. (67) 3669-4044 Ponta Porã R. Coronel Camisão, 1785. 79900-000. (67) 34314347 T Três Lagoas R. Elmano Soares, 250. 79601-020. (67) 3521-9046.

Programas de Prevenção Centro de Prevenção em Saúde (67) 3382-4907 / 8584 Pronutri (67) 3321-0363 Viva Saúde (67) 3352-8024 Odontologia para Bebês (67) 3314-1075 Eu me Amo, Eu me Cuido (67) 3314-1010 Casal Grávido (67) 3314-1034 Ônibus da Saúde (67) 3314-1010 Dia M (67) 3314-1010

Benefícios Cassems Cartão de Benefícios (67) 3314-1033 Benefício Medicamento (67) 3314-2555 / 2556 Benefício Póstumo 0800 735 15 85 Central de Atendimento - 24h (67) 3314-1010 Ouvidoria (67) 3314-1080

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Locais A Água Clara R. Idalina Guarini da Silva, 60. 79680-000. (67) 3239-2431 Alcinópolis R. Maria Barbosa Carneiro, 640. 79530-000. (67) 3260-1661 Amambai R. Pedro Manvailer, 3071. 79990-000. (67) 3481-1422 Anastácio R. Padre Patrício, 1520. 79210-000. (67) 3245-1942 Anaurilândia Av. Brasil, 1177. 79770-000. (67) 3445-1629 Angélica R. Antônio Basílio de Lima, 109. 79785-000. (67) 3446-1113 Antonio João R. Vereador Arthur de Oliveira, 325. 79910-000. (67) 3435-1986 Aparecida do Taboado R. Duque de Caxias, 3970. 79570-000. (67) 3565-5190 Aral Moreira R. 31 de Março, 810. 79930-000. (67) 3488-1112 B Bandeirantes R. Francisco Antonio de Souza, 2616. 79430-000. (67) 3261-1600 Bataguassu Av. Coxim, 61. 79780-000. (67) 3541-2362 Batayporã Av. Brasil, 1453. 79760-000. (67) 3443-1561 Bela Vista R. Duque de Caxias, 1013. 79260-000. (67) 3439-4353 Bodoquena R. Yossio Okaneko, 499. 79390-000. (67) 3268-1581 Bonito R. Senador Filinto Muller, 630. 79290-000. (67) 3255-2134 Brasilândia Av. São José, 457, Centro. 79670-000. (67) 3546-1344 C Caarapó Av. Duque de Caxias, 421, Sala 07. 79940-000. (67) 3453-3323 Camapuã R. Cuiabá, 346. 79420-000. (67) 3286-3640 Cassilândia R. Dr. Manoel Thomaz da Silva, 257. 79540-000. (67) 3596-1516 Chapadão do Sul Av. Oito, 800, Sala 06. 79560-000. (67) 35621050 Corguinho R. Marechal Deodoro, 173. 79460-000. (67) 3250-1501 Coronel Sapucaia R. Teixeira de Freitas, 268. 79995-000. (67) 3483-2145 Costa Rica R. José Pereira da Silva, 792. 79550-000. (67) 3247-2205 D Deodápolis R. Paraná, 503, Caixa Postal 190. 79790-000. (67) 3448-2187 Dois Irmãos do Buriti R. Ponta Porã, 304. 79215-000. (67) 3243-1387 Douradina Av. Presidente Dutra, s/nº. 79880-000. (67) 3412-1028 E Eldorado Av. Brasil, 986. 79970-000. (67) 3473-2587 F Fátima do Sul Rua Celcio Joaquim de Barros, 1456, Centro. 79700-000. (67) 3467-1403 Figueirão Av. Moisés de Araújo Galvão, 1012. 79422-000. (67) 3274-1534 G Glória de Dourados R. Projetada, s/nº. 79730-000. (67) 3466-1177 Guia Lopes da Laguna R. Victor Francisco Bertola, 122. 79230-000. (67) 3269-1600 I Iguatemi Av. Jardelino José Moreira, 2649. 79960-000. (67) 3471-2093 Inocência R. Duca Valadão, 881, Caixa Postal 8. 79580000. (67) 3574-1377 / 67 3574-2214 Itaporã Av. São José, 693. 79740-000. (67) 3451-2579 Itaquiraí Av. Getúlio Vargas, 636. 79965-000. (67) 3476-1297 Ivinhema Av. Panamá, 389. 79740-000. (67) 3442-1499 J Jaraguari R. José Serafim Ribeiro, 270. 79440-000. (67) 3285-1002 Jateí R. Miguel Lopes Falheiros, 188. 79720-000. (67) 3465-1211 Juti Av. Sérgio Maciel, 1245. 79950-000. (67) 3463-1666 L Laguna Carapã Rua Napoleão Santiago, 556. (67) 9613-6040 M Maracaju Rua Gonçalves Dias, 867, Sala 3, Bairro Paraguai. 79150-000. (67) 3454-3476 Miranda R. Barão do Rio Branco, 468. 79380-000. (67) 3242-1777 Mundo Novo Av. Juscelino Kubitschek, 883, Sala 03. 79980-000. (67) 3474-1892 N Nioaque Av. General Klinger, 2649. 79220-000. (67) 3236-2391 Nova Alvorada do Sul R. Manoel Antunes Lopes, 918. 79140000. (67) 3456-2483 P Paranhos R. Dr. João Ponci de Arruda, 2130. 79925-000. (67) 3480-1794 Pedro Gomes R. Espírito Santo, 611. 79410-000. (67) 3230-1072 Porto Murtinho R. Dr. Costa Marques, 451. 79280-000. (67) 3287-1061 R Ribas do Rio Pardo R. Carlos Anconi, 656. 79180-000. (67) 3238-1122 Rio Brilhante R. Julio Siqueira Maia, 1632. 79130-000. (67) 3452-7584 Rio Negro R. Massato Matsubara, 710. 79470-000. (67) 3278-1368 Rio Verde de Mato Grosso R. Santos Dumont, 721, Centro. 79480000. (67) 3292-2189 Rochedo R. Júlio Honostório de Rezende, 520, Centro. 79450-000. (67) 3289-1572 S Santa Rita do Pardo R. Nicanor Gregório Rodrigues, 941. 79690-000. (67) 3591-1590 São Gabriel do Oeste Rua São Paulo, 1419. 79490-000. (67) 3295-3413 Selvíria R. 24 de Junho, 560. 79590-000. (67) 3579-1440 Sete Quedas R. Monteiro Lobato, 446. 79935-000. (67) 3479-2221 Sidrolândia R. João Marcio Ferreira Terra, 343, São Bento. 79170-000. (67) 3272-1919 Sonora R. das Seriemas, 250. 79415000. (67) 3254-3280 T Tacuru R. José Carlos de Castro Alexandria, 450. 79975-000. (67) 3478-1086 Taquarussu R. Profª Nair Rodrigues Nogueira, 77. 79765-000. (67) 3444-1405 Terenos R. Ary Coelho de Oliveira, 519. 79190-000. (67) 3246-7481 / Fax (67) 3246-7366 V Vicentina R. Rainha dos Apóstolos, 709. 79710-000. (67) 3468-2104.


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