Jornal Sintercub - Ano V / Nº 17

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Cubatão e Baixada Santista, Ano V – Nº 17 12 abril 2016

Data-base mudou de abril para junho

Assembleia definirá as reivindicações de junho A 19 • abril

Reajuste pela inflação, aumento real, vale-refeição, ‘plr’ e convênio médico de qualidade estarão na pauta faziam seus movimentos de data-base com agendas diferenciadas. Embora as negociações com o sindicato das empresas (Sinderc) fossem unificadas, as diferentes datas de convenções coletivas atrapalhavam a mobilização. Desde 2012, nossos sindicatos debatiam a conveniência de agregar as campanhas salariais na mesma data-base. Finalmente, conseguimos isso agora em

2016, quando esperamos resultados positivos, uma boa convenção coletiva de trabalho e bons acordos. Agora ficou mais fácil negociar com os patrões e mobilizar os trabalhadores em todo o estado paulista. Se for preciso reagir contra a rigidez das empresas, a reação será conjunta, de milhares de trabalhadores, todos com a mesma data-base.

Lute!

3ª-feira • 18 horas Sede do Sintercub

Rua Bernardino de Pinho Gomes, 741- Jardim São Francisco - Cubatão

Financeiramente

Lotar os sindicatos

Maioria em nossa profissão, as mulheres costumam prestigiar as lutas do sindicato por melhores condições de vida e trabalho

Empresas têm condições As empresas já se adequaram à redução de trabalho nas indústrias e nos demais tomadores de serviços. Demitiram até quem não precisava demitir e estão enxutas. Podem muito bem atender as reivindicações que aprovaremos nas assembleias.

Para reagir, em todas as cidades, a categoria tem que lotar as assembleias, propor itens da pauta reivindicatória e votar. Em Cubatão, baixada santista e litoral, faremos isso. Caso contrário, teremos uma das mais difíceis negociações de todos os tempos.

Se o patrão vive chorando, quer agora aproveitar a chamada crise econômica para chorar mais ainda. E se alguém tem que chorar, nesta história, somos nós, trabalhadores, pois a corda acaba rebentando sempre do lado do mais fraco.

Paulo Passos

mudança da data-base de abril para junho, decidida pelos 15 sindicatos filiados à Federação dos Trabalhadores nas Empresas de Refeições Coletivas do Estado de São Paulo (Fetercesp), dará maior vigor à primeira campanha salarial realmente unificada da categoria. Até agora, apesar de organizados na Fetercesp, os sindicatos

Abenésio Santos, presidente do nosso Sintercub: ‘Patrões já demitiram e podem pagar melhor aos que ficaram’

Prêmios • Leia na página 4 Na assembleia, sorteio de duas tevês


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Sua

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Moral

Sede quase pronta para inauguração

Justiça é o local de reparação do assédio

Dois andares para receber trabalhadores, trabalhadoras e dependentes com qualidade e conforto banheiros e salas da presidência, tesouraria, secretaria e jurídica. No terceiro andar, será o salão de festas. A categoria ganha pouco, mas gosta de festas, certo? Agora será mais fácil você organizar as suas, mediante agendamento e pagamento de pequena taxa.

Arquivo Sintercub

A nova sede do sindicato está quase pronta, algo em torno de 95%. A inauguração será em breve, para que os trabalhadores se orgulhem do sindicato. A estrutura é muito boa. São dois andares, além do salão térreo de assembleias. A recepção será no primeiro andar, com

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Em breve, teremos uma casa de lutas e atendimento social do jeito que a categoria merece

Advogados

Por Ryan Carlos Baggio Guersoni* Muitos trabalhadores sentem-se continuamente humilhados e menosprezados pelos seus superiores. Esta atitude é conhecida por assédio moral. O assédio moral é uma forma de violência prolongada e repetitiva no trabalho. Consiste na exposição dos trabalhadores a situações vexatórias, constrangedoras e humilhantes, praticadas por uma ou mais pessoas. A violência objetiva ofender, ridicularizar, diminuir, amedrontar, punir ou desestabilizar emocionalmente o trabalhador. Coloca em risco a saúde física e psicológica. Afeta o desempenho e o ambiente de trabalho. O assédio pode se configurar através de acusações, insultos, gritos, humilhações públicas, propagação de boatos, isolamento, fofocas e ex-

clusão do trabalhador do convívio com seus colegas. Para que seja caracterizado o assédio moral, as ações devem ser prolongadas no tempo, não se configurando o assédio moral nos casos de episódios isolados. É muito comum a ocorrência do assédio moral do chefe sobre seu subordinado e entre os colegas de trabalho. A finalidade é prejudicar ou eliminar o trabalhador daquele setor ou empresa. Em alguns casos, o assédio moral ocorre com o objetivo de forçar o trabalhador indesejável a pedir demissão, o que evita custos ao empregador. O trabalhador vítima de assédio moral pode buscar junto ao poder judiciário indenização pelos danos morais decorrentes das humilhações e situação vexatórias a que foi exposto dentro da empresa. * Advogado do Sintercub

IR

Um jurídico a seu dispor

Declaração de imposto

O trabalhador que se sentir lesado nas relações de trabalho ou na rescisão contratual deve procurar os advogados do sindicato Ryan Carlos Baggio Guersoni, Fabrício Augusto Baggio Guersoni, Lucas Augusto Praça Carvalho e Angélica Bianca Jovani de Carvalho.

Se você é sócio do sindicato e tem dificuldades para preencher a declaração do imposto de renda, passe na sede e aproveite esse serviço, gratuitamente.

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Toda quarta-feira, das 9 às 17 horas, na sede do sindicato, eles estão disponíveis, nas áreas trabalhista e cível, gratuitamente, para todos os trabalhadores. Quando aumentar a demanda em São Sebastião, haverá plantão por lá também.

Expediente TIRAGEM 3 MIL

Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Refeições Coletivas de Cubatão e Região (Sintercub). Rua Bernardino de Pinho Gomes, 741- Jardim São Francisco - Cubatão (SP) Cep 11500-150, fone fax 3375-3092. Presidente: Abenésio dos Santos. Redação e edição: Paulo Passos. Diagramação: www.cassiobueno.com.br - Impressão: Diário do Litoral 3226-2051 Base territorial: Cubatão, Santos, São Vicente, Guarujá, Bertioga, Barra do Turvo, Cajati, Cananéia, Caraguatatuba, Eldorado, Iguape, Ilha Comprida, Ilhabela, Itanhaém, Itariri, Jacupiranga, Juquiá, Miracatu, Mongaguá, Pariquera Açu, Pedro de Toledo, Peruíbe, Praia Grande, Registro, Rio Grande da Serra, São Sebastião e Ubatuba.


Auditor fiscal do MTE marcou presença na assembleia de São Sebastião

Municípios respondem por ‘picaretas’ Há muito tempo, o sindicato vinha denunciando que empresa ERJ ia quebrar. Não deu outra. Quebrou. Os trabalhadores de São Sebastião, Bertioga e Guarujá só não ficaram sem receber os direitos das rescisões porque o sindicato e seu jurídico se empenharam em chamar as prefeituras e secretarias de educação para reuniões. Deu resultado.

As prefeituras pagaram as rescisões e encargos como fundo de garantia por tempo de serviço (fgts), INSS, e descontaram das faturas a receber pelas empresas. A medida é prevista na responsabilidade solidária súmula 331 do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Ao contrário do que pensa a empresa, lei existe para ser

Qualitécnica

Empresa no MTE Tem uma empresa, em Rio Grande da Serra, a Qualitécnica, merendeira nas escolas estaduais, que há dois anos vem desrespeitando a convenção coletiva. Sequer responde às reclamações do sindicato, que requereu e conseguiu marcar mesa-redonda no Ministério do Trabalho (MTE) de Santo André. “Tanto o estado quanto os municípios são responsáveis por essas empresas picaretas”, diz o presidente do Sintercub, Abenésio Santos. A Qualitécnica tem 40 empregados.

Secretaria municipal de Educação do Guarujá, Priscilla Bonini, garantiu que trabalhadoras não ficariam sem seus direitos

Fotos: Paulo Passos

Sindicato e prefeituras garantem direitos trabalhistas

Arquivo Sintercub

Merenda

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cumprida. Em São Sebastião, a maioria dos 150 trabalhadoras foi absorvida pela empresa Angar. Em Ber tioga, outros 100 foram reaproveitados pela mesma empresa. No Guarujá, foram 150 empregados, reutilizados nas escolas conveniadas com a prefeitura pela empresa Provac.

Sempre

Acidente tem ‘cat’ O sindicato sempre chama a atenção dos trabalhadores para exigirem a comunicação de acidente de trabalho (cat) em qualquer circunstância. Se as empresas puderem, elas enrolam mesmo, sem dó nem piedade. O desleixo patronal com os acidentes é tanto que, mesmo exigindo a utilização dos equipamentos de proteção individual (epi), as empresas muitas vezes não os disponibilizam.

Abenésio Santos, presidente do Sintercub: ‘Se dependesse da empresa, trabalhadoras ficariam a ver navios’

De olho

Na merenda, só problemas A diretoria do sindicato continua na cola das empresas fornecedoras de merenda escolar. Algumas vivem tentado dar chapéu em trabalhador e descumprem até a convenção coletiva. A cesta básica, por exemplo, tem que ser distribuída até o dia 15. Mas tem patrão que a entrega até os dias 30 e 31, com produtos de baixa qualidade. Arroz e feijão que nem o cachorro come.

Serviço

Convênios ampliados Ampliamos o convênio da Uniodonto para São Sebastião, Caraguatatuba e Ubatuba. É preciso preencher a ficha de sócio para receber o cartão. Informações detalhadas no sindicato, fone 13-3375-3092. A Paulidente continua em Cubatão, Bertioga, Guarujá, Santos, São Vicente, Praia Grande, Mongaguá e Peruíbe. Sindicato estuda como fará atendimento no vale do Ribeira.

Cubatão 3361-9039 e 3372-3144 - Rua Embaixador Pedro de Toledo, 380 Vila Paulista (Castelão) Santos 3235-3001 Avenida Ana Costa, 296, 2 º andar Ao lado do Extra Praia Grande 3473-3633 - 3473-2062 Av. Presidente Costa e Silva, 609, sala 107 Guarujá Rua Dr. Quintino Bocaiúva, 544 Vila Maia - 3329-1236

Bertioga 3317-5142 - Avenida Anchieta, 1352, altos, salas 11 e 12, Jardim Lido Odonto I Em Peruíbe, - novo convênio - Clínica Blue Center Avenida Padre Anchieta, 1025, loja 03 - 3455-2969 Odonto II São Sebastião - tem Odontoprev Funciona no Centro da cidade. www.paulident.com.br


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32 polegadas

Sindicato sorteará duas tevês ‘led’ na assembleia

7 fevereiro 2015

Fotos: Arquivo Sintercub

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Estratégia foi usada em 2015 e mobilizou centenas de companheiros e companheiras As pessoas participam das assembleias de campanhas salariais pelo motivo óbvio de lutar pelo atendimento das reivindicações. Mas há outros fatores que podem ajudar na mobilização da categoria.

Uma delas é o sorteio de prêmios, bastante comum nas lutas das entidades filiadas à central Força Sindical. O nosso Sintercub também já utilizou esse expediente.

Usiminas

Insalubridade

Sindicato espera que Sapore alivie A diretoria do sindicato espera que a empresa Sapore alivie a onda de intransigência com os trabalhadores, evitando, assim, medidas radicais da nossa parte. Esperamos que tudo se resolva em negociações. A empresa simplesmente não está cumprindo a convenção coletiva de trabalho, como se Cubatão fosse terra de ninguém. Ela começou a operar na Usiminas em 23 de Na Usiminas, GRSA tinha 510 funcionários e servia 12 mil refeições por dia. Sapore, hoje, tem 94 empregados e serve 2 mil refeições diárias

No ano passado, por exemplo, tivemos cinco assembleias com sorteios de televisões, o que tornou os eventos um sucesso. Na assembleia deste 19 de abril, sortearemos duas de 32 polegadas, ‘led’.

março e mostrando a que veio. Até o fechamento desta edição, a firma não havia implantado o convênio médico, que está previsto na convenção. O convênio da empresa anterior, a GRSA, era familiar, com o plano da Ana Costa. A Sapore diz que vai implantar, fala que pode ser a Unimed, mas nada. O sindicato apurou que tem havido problemas de interrupção de tratamento e falta de atendimento.

GRSA era trouxa? Não bastassem os problemas com o plano de saúde e a escala, a empresa ainda ameaça a cortar o adicional de insalubridade de 20% do salário mínimo. Ela acha que não há insalubridade em alguns locais e o sindicato pergunta: A GRSA era trouxa por pagar? Claro que não. A Sapore diz que fará laudos. Tudo bem. Mas não pode cortar o adicional antes dos laudos.

Escala

Associados ficam contentes ao receber os prêmios

CLT

Exija recibo ao entregar a ‘ctps’ Sempre que você entregar a carteira de trabalho e previdência social (ctps), em qualquer empresa, peça o recibo, como recomenda a consolidação das leis do trabalho (clt). A maioria dos setores de recursos humanos (rh) convoca os trabalhadores, para entrevistas, e pega toda a documentação, inclusive a ‘ctps’. E demora dias, às vezes meses, para devolvê-la O prazo máximo de retenção dos documentos, estipulado pelo artigo 29 da ‘clt’, é de 48 horas. O trabalhador precisa de sua documentação e não deve aceitar esse abuso patronal.

Administrativa e seis por dois, sim Outro problema é que essa empresa veio com um pacote infame de escala ‘seis por um’. Nunca teve disso na Cosipa e nem depois, na Usiminas. Ela escala é muito ruim para o trabalhador. Há semanas em que a pessoa sete dias para folgar um. Tem semana que trabalha cinco dias para folgar um. Antes, tinha a escala do administrativo, de segunda a sexta, e a de seis por dois, no turno.

Ao exigir o recibo de que deixou a ‘ctps’ na empresa, você tem uma garantia de devolução


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