Maio 2014 Número 125 Ano X Tiragem 3.000 exemplares
www.jornalmartimpescador.com.br www. jornalmartimpescador.com.br O pescador Arara e o diretor da Colônia Z-4, de Cabo Frio-RJ , Ideraldo Rodrigues, falam das dificuldades da pesca. Pág. 8
Mar da Ciência arquivo projeto albatroz
O biólogo Thierry Salmon fala sobre cruzeiro de pesquisa no barco atuneiro Marbella I. Págs 4 e 5
Grupo Percutindo Mundos apresenta o espetáculo O Ovo de Smetak no Teatro Guarany em Santos. Pág. 8
A presidente da Colônia de Pescadores de São Vicente, Maria Aparecida Nobre, fala sobre a tradição da pesca vicentina. Pág. 2
Projeto 'Albatroz na Escola' abre inscrições. Pág. 6
Uma deliciosa receita de nhoque feita com bananada-terra. Pág. 7
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A tradição da pesca em São Vicente São Vicente, a primeira cidade fundada pelos portugueses no Brasil, em 22 de janeiro de 1532, tem sua história marcada pela pesca. Registros mantidos pela Colônia de Pescadores Z-4 André Rebouças, mostram que em 1921 a entidade já estava em funcionamento, como provam documentos zelosamente guardados pela presidente da entidade, Maria Aparecida Nobre da Silva, a Nenê. O documento mais antigo é a carteira de pescador do bisavô materno de Nenê, Firmino Gonçalves dos Santos, emitida em 21 de julho de 1921. A carteira foi assinada pelo comandante Frederico Villar, durante sua missão no Cruzador da Marinha José Bonifácio, para a implantação do Programa Nacional de Pesca e Saneamento do Litoral desenvolvida de 1919 a 1924. O avô Claudemiro Ferreira Nobre também seguiu a tradição da pescador e construtor de canoas. Além de praticar a pesca ensinou muitos jovens do bairro essa tradicional arte. Na década de 40, período da II Guerra Mundial, as atividades da Z-4 ficaram suspensas. Em
1950, as atividades foram retomadas, com a eleição de Osvaldo Santos para a presidência. Nenê recorda que na época, a sede da Colônia era na rua Guamium, 60, chamada hoje de Rua Japão. Nesse local a colônia loteou terreno da Marinha com 200 metros de frente por 33 metros de fundo com área de 6.600 m2, com permissão do Serviço de Patrimônio da União, para os seus associados construírem suas residências mediante permissão concedida pela Colônia. Hoje esta área encontrase totalmente ocupada pelas famílias de pescadores. Em 1952, a Colônia inaugurou um posto de venda de pescados para os associados da colônia na rua Newton Prado, 503, em terreno da marinha de 23 metros de frente, após requerer ocupação ao serviço de Patrimônio da União. Em 1956, por problemas econômicos, a Diretoria resolveu desativar o Posto de Venda de Pescados, reformá-lo, utilizá-lo com sede social e na área destinada a descargas e venda de pescados, instalar uma escola primária para atender os filhos dos seus associados e as crianças pobres do bair-
Firmino Gonçalves dos Santos (à direita) recebeu a carteira de pescador em 1921 em São Vicente
Sede da Colônia de Pescadores Z-4 em São Vicente
Nenê, a mãe Alzira e a irmã Márcia fazem parte da história da pesca vicentina
ro. A escola foi batizada com o nome de Rachel de Castro Ferreira, em homenagem póstuma à mãe do então prefeito de São Vicente Luiz B. Ferreira. Atualmente a
dr. Roberto Andraus. A sede social da Colônia Z-4 André Rebouças continua hoje em funcionamento na rua Newton Prado, no Parque Bitaru, em São Vi-
escola é administrada pela secretaria de Educação de São Vicente, conforme convênio tratado em 25/01/61 com o prefeito Municipal de São Vicente na ocasião,
cente, sob a presidência de Maria Aparecida Nobre da Silva, atendendo pescadores artesanais de São Vicente, Praia Grande e outras localidades da Baixada Santista.
História das Colonias de Pescadores Hoje as colônias de pescadores artesanais estão equiparadas a sindicatos rurais, tornando-se assim legítimas representantes da classe. Após muitos anos de espera, o Governo Federal sancionou em 3/5/2008 o decreto lei no 11.699, que transformou as colônias de pescadores em sindicatos rurais, conforme parágrafo único do artigo 8o da Constituição Federal. A decisão fortaleceu essas entidades de forma legal, dando-lhes maior representatividade, e permite também EXPEDIENTE www.jornalmartimpescador.com.br
a cobrança de contribuição sindical, equiparando-as aos sindicatos de outras categorias profissionais. Esse trabalho é o reconhecimento, ainda que tardio, dessa profissão tão antiga. A história das colônias de pescadores no Brasil teve início no século 19. A primeira delas, chamada de Nova Ericeia, foi fundada em 1818 na Enseada das Garoupas no Estado de Santa Catarina, administrada pela Marinha Portuguesa. Na época o Brasil era Reino Unido de Portugal, Órgão Oficial da Federação de Pescadores do Estado de São Paulo Presidente Tsuneo Okida
sob o comando de D. João VI. Cerca de cem anos após a fundação da primeira colônia, o cruzador José Bonifácio, sob o comando do oficial da Marinha de Guerra, comandante Frederico Villar, executou a primeira ação efetiva de gestão pesqueira no país. De 1919 a 1924, o cruzador da Marinha realizou viagem pela costa do Brasil e em cada local que aportava a tripulação, composta inclusive de médicos e dentistas, atendia a população litorânea e promovia registro e criação de Av. Dino Bueno, 114 Santos - SP CEP: 11030-350 Fone: (013) 3261-2992
Colônias de Pescadores com a finalidade de representar e defender direitos e interesses de seus associados. A missão do comandante Villar era a implantação do Programa Nacional de Pesca e Saneamento do Litoral que tinha as seguintes preocupações básicas: acabar com as doenças que afligiam a população caiçara, o analfabetismo, a formação dos quadros do pessoal da Marinha de Guerra, a eliminação da exploração dos pescadores em decorrência da ação intermediária e servir de
ponto de apoio para as ações do governo junto aos pescadores. Fruto da missão do comandante Frederico Villar hoje existem mais de mil colônias de pescadores, 27 Federações Estaduais e uma Confederação Nacional de Pescadores e Aquicultores, representando cerca de 1 milhão de pescadores artesanais. As suas atividades foram regulamentadas através das Portarias no 471 de 26/12/1973 e Portaria no 323 de 3/6/1975, ambas do Ministério da Agricultura e Abaste-
cimento. Hoje, a Federação dos Pescadores do Estado de São Paulo –FEPESP abrange 22 colônias de pescadores, 12 no litoral e 10 em águas continentais, algumas com mais de 90 anos de existência, representando mais de 30 mil pescadores artesanais. É de sua competência representar e defender direitos e interesses dos pescadores artesanais, assim como requerer licenças de pesca, registros de embarcações, aposentadorias rurais, auxílio-natalidade, entre outras atribuições.
Jornalista responsável: Christina Amorim MTb: 10.678/SP christinamorim@gmail.com Fotos e ilustração: Christina Amorim; Diagramação: cassiobueno.com.br; Projeto gráfico: Isabela Carrari - belacarrari@hotmail.com Impressão: Impressão:Diário Diáriodo do Litoral: Litoral Fone.: Fone.:(013) (013)3226-2051 3226-2051 Os artigos e reportagens assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal ou da colônia
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Audiência pública discute pré-sal Dia 8 de maio aconteceu audiência pública para debater o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) da atividade de produção e escoamento de petróleo e gás natural no Polo Pré-Sal (Etapa 2) desenvolvida pela Petrobras na Bacia de Santos. O evento aconteceu no auditório do Mendes Convention Center, em Santos e teve início com a apresentação do empreendimento por Carlos Pinto, representante da Petrobras. O projeto prevê acréscimo de produção de 742 mil barris de petróleo por dia e 36 milhões de metros cúbicos de gás natural. Após a apresentação aconteceram os debates, com vários questionamentos abrangendo diferentes assuntos, como possíveis ações para emergências em situações de vazamento de petróleo e gás, impactos socioeconômicos gerados pela atividade como especulação imobiliária, áreas de influência e a distribuição de royalties nos municípios afetados e impactos em comunidades de pescadores, entre outros. O presidente da Colônia de Pescadores Z-3 de Vicente de Carvalho, Edson dos Santos Cláudio, reclamou mais atenção para esta classe de trabalhadores e falou sobre os impactos da
atividade de extração de gás e petróleo no meio marinho. “Pouco se falou dos pescadores, esses homens valorosos do mar. Não estão nem sendo lembrados e ninguém dessa assessoria chega nas comunidades pesqueiras. Não queremos dinheiro, queremos ser reconhecidos, considerados. Quero lembrar a vocês, que mesmo que pouca coisa se faça, tem que fazer”, afirmou. O representante da Petrobras afirmou que existe uma equipe que está construindo esse relacionamento da empresa com os pescadores, tentando caracterizar a comunidade pesqueira e saber como estes impactos estão atingindo estas atividades. Acrescentou que outros projetos futuros poderão ser implementados, não esclarecendo, no entanto, se ficarão apenas realizando monitoramento pesqueiro ou se haverá algum projeto para compensar a classe por possíveis danos. Em relação à dúvida de alguns participantes sobre distribuição dos royalties nos municípios afetados explicou que o critério foi estabelecido pelo Ibama, considerando-se entre outros fatores a posição geográfica do município na costa se é confrontante com os campos de produção, e se o município é afetado por operações nas instalações de
embarque e desembarque de petróleo e gás natural.
A discussão e análise do EIA-Rima da Atividade de Produção e Escoamento de Petróleo e Gás Natural do Polo Pré-sal da Bacia de Santos-Etapa 2 foi feita durante a 9a Reunião Extraordinária do Conselho Gestor da Apa Marinha Litoral Centro-APAMLC, dia 13 de maio no campus da Unifesp da Ponta da Praia.
O gestor da APAMLC, André Caetano, coordenou a reunião, onde foi analisada a proposta da Câmara Técnica de Planejamento e Pesquisa da APAMLC sobre o tema. Algumas das sugestões incluem a alteração da duração de projetos ambientais para todo o período do desenvolvimento do empreendimento, e não somente por
três anos, solicitar à Petrobras a realização das condicionantes não atendidas na etapa 1 do projeto e possibilidade de criação de projetos futuros com as comunidades de pesca, entre outros. O relatório técnico geral das Apas Marinhas sobre o assunto será encaminhado à Fundação Florestal e em seguida ao Ibama.
Quem ganha royalties? Royalties são uma compensação financeira devida ao Estado Brasileiro pelas empresas que produzem petróleo e gás natural no território brasileiro: uma remuneração à sociedade pela exploração desses recursos não-renováveis. Para os municípios confrontantes com os campos de explorações, os valores recebidos podem variar, dependendo, por exemplo, como o local é afetado por operações nas instalações de embarque e desembarque de petróleo e gás natural. Os valores são recebidos mensalmente. No mês de maio, como exemplo, os valores recebidos correspondentes à produção de abril, para alguns municípios, foram: R$ 63.686,68 (Santos), R$ 49.357,17 (Mongaguá), R$752.033,62 (São Vicente). Para saber mais detalhes, consulte o site: www.anp. gov. br (entrar em Participações Governamentais e de Terceiros- Royalties). Canal direto para informações, dúvidas, sugestões sobre o Projeto Pré-Sal: Fale com a Petrobras 08007700112comunica.uobs@petrobras. com.br/ Fale com o Ibama (21) 3077.4266/cgpeg.chefia. rj@ibama.gov.br
Pescadores de Itanhaém estiveram presentes
Raimundo da Silva, de Guarujá, também defendeu os pescadores
O presidente da Colônia de Pescadores Z-3, Edson dos Santos Cláudio
Apa Marinha debate Pré-sal
Defesos
Bagre rosado (Genidens genidens, Genidens barbus, Cathorops agassizii) 01/01/14 a 31/03/14 Camarão-rosa (Farfantepenaeus paulensis), camarão-branco (Litopenaeus schmitti), camarão-sete-barbas (Xiphopenaeus Kroyeri), camarão-santana ou vermelho (Pleoticus muelleri), camarão-barba-ruça (Artemesia longinaris)1/03/14 a 31/05/14 Caranguejo guaiamum (Cardisoma guanhumi) 01/10/13 a 31/03/14 Lagosta vermelha (Panulirus argus) e lagosta verde (P. laevicauda) 01/12/13 a 31/05/14 Tainha (Mugil platanus e Mugil liza) 15/03/14 a 15/08/14 (proibida em todas as desembocaduras estuarino-lagunares do litoral das Regiões Sudeste e Sul) A partir de 15 de maio, a temporada anual da pesca da tainha será aberta somente no
O gestor da APAMLC, André Caetano, coordenou a reunião do conselho litoral, permanecendo fechada até 15 de agosto nas desembocaduras estuarino-lagunares. (veja Instrução Normativa 171 9/5/2008 em www.jornalmartimpescador.com.br (legislação) Pargo (Lutjanus purpureus) 15/12/2013 a 30/04/2014 Emalhe de fundo >20 AB –Parada da frota de 15/05 a 15/06
Moratórias
Cherne-poveiro (Polyprion americanus) 06/10/2005 a 6/10/2015 Mero (Epinephelus itajara) 17/10/2012 a 17/10/2015 Tubarão-raposa (Alopias superciliosus)- tempo indeterminado Tubarão galha-branca (Carcharinus longimanus)-tempo indeterminado Raia Manta (família Mobulidae) - tempo indeterminado Marlim-azul (agulhão-negro) – Makaira nigricans- comercialização proibida Marlim-branco (agulhão-branco) - Tetrapturus albidus –comercialização proibida
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Coluna Embraport promove arrecadação de leite em pó para instituições de caridade da região Conciliar a prática de exercícios físicos com uma ação de solidariedade é meta constante da Embraport. Em sua terceira participação na prova 10 KM Tribuna FM, que ocorrerá em Santos neste mês de maio, e como parte do recém-criado Programa de Voluntariado, cada um dos integrantes inscritos para participar da corrida de rua doou uma lata de leite em pó. Duas instituições foram beneficiadas pela ação, que totaliza mais de mil litros de leite doados. A Casa da Vó Benedita, em Santos, e a Alma, no Guarujá, receberam representantes da empresa que fizeram a entrega das latas de leite. Além da doação, os participantes do Programa de Voluntariado também puderam conhecer as crianças atendidas e oferecer carinho e calor humano a quem mais precisa. “Vimos na corrida uma oportunidade de também ajudar ao próximo. O objetivo do Programa é identificar oportunidades e incentivar a participação dos integrantes em ações de caráter social”, comenta Miucha Andrade, coordenadora de Comunicação Corporativa da Embraport. Este ano, em sua terceira participação na prova, a Embraport já conta com o quarto maior pelotão de atletas, com 352 inscritos. Para orientar os treinos dos participantes, a empresa contratou uma assessoria esportiva especializada em corrida, a Gama,que acompanha os treinamentos do pelotão no Guarujá e em Santos.
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Mar da C
O biólogo Thierry Salmon, sai numa atuneiro para coletar amostras p mestrado e conhece a rotina d
Um dourado de mar
A meca, aprec culinária santis que pode che
O peixe prego liso é usado para fazer o sashimi
Lançando o espinhel ao mar....
A parceria entre a pesca comercial e a pesquisa científica é antiga. Estudiosos costumam acompanhar viagens de barcos comerciais onde realizam coletas para seus trabalhos científicos. Como quase todos os peixes são eviscerados no mar para melhor conservação, chegam em terra sem cabeça, guelras e seus órgãos vitais, que são materiais necessários para o desenvolvimento de diversas pesquisas. Para obter essas amostras só mesmo indo ao mar. O biólogo Thierry Salmon, 31 anos, dá continuidade a essa tradicional parceria de cruzeiros científicos em barcos de pesca. Ele estuda em seu mestrado a presença de uma proteína típica de mamíferos na placenta do tubarão-azul, responsável pela tolerância materno-fetal. “A proteína Indoleamina 2,3-Dioxigenase (IDO) é uma substância que protege a gestação dos filhotes, e se encontra típicamente nos mamíferos, e agora estamos averiguando se existe nos tubarões”, explica Thierry. O mestrado iniciado em fevereiro de 2013, com dois anos de duração, é orientado pelo professor José Roberto Kfoury Junior da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia-FMVZ da Universidade de São Paulo e co-orientado pelo professor Alberto Amorim do Instituto de Pesca-IP da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. A viagem de um barco atuneiro pode durar mais de 20 dias, navegando distâncias de cerca de 200 milhas da costa. Um local
Ciência
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40 anos de pesquisas
Thierry a bordo do atuneiro Marbella I
a viagem ao mar em barco para sua dissertação de de um barco de pesca
Primeira viagem do pesquisador Alberto Amorim no barco Kaiko Maru 16
ciada na sta, é um peixe egar a 300 quilos
O mestre Eriberto traça as rotas para os pesqueiros
Pescadores recolhendo o espinhel
O cozinheiro prepara a comida no capricho
Os geladores conservam os peixes no porão
.. e recolhendo os peixes
Coleta de dados auxilia vários projetos Thierry Salmon, sob orientação do professor José Roberto Kfoury Júnior (USP) e co-orientação do professor Alberto Amorim (Instituto de Pesca) em seu cruzeiro de pesquisa no Marbella I, além da coleta de material e informação de sua dissertação contribui com o doutorado de Eduardo Bruno, iniciação científica de Bianca Rangel, Juliana Marinho, Augusta Melo e Aline Poscai, estagiárias do Departamento de Anatomia da Faculdade de Medicina Veterinária e ZootecniaUSP, com a participação da professora Rose Eli Rici e sob a coordenação da professora Maria Angélica Miglino.
O atum-branco é também usado na culinária japonesa
onde não se vê terra, e todo o horizonte é água, desperta diferentes emoções. “A sensação é de grande isolamento, mas o contato com o oceano é intenso e traz experiências incríveis, como ver animais que não se vêm normalmente, bem como o respeito durante uma tempestade”, comenta Thierry. Distante do burburinho da cidade, o clima de amizade e companheirismo no barco é grande. “Os pescadores foram muito gentis e receptivos, além de se interessarem pelo meu trabalho, bem como eu me interessei pelo deles”, explica o biólogo. Thierry partiu de Itajaí, Santa Catarina, dia 11 de março, a bordo da embarcação Marbella I da empresa Comércio e Indústria de Pescados Kowalsky e retornou dia 4 de abril. Os pescadores saem em busca de peixes cobiçados na culinária japonesa, como atuns e meca, também conhecida como espadarte ou swordfish. Trazem ainda o peixe prego, também usado para preparar o sashimi (servido em fatias cruas), cação azul, cação anequim, dourado entre outros. “A viagem durou 23 dias, dos quais 15 foram de pesca”, explica Thierry, pois também gasta-se tempo na navegação de longas distâncias até o pesqueiro,
O atum-amarelo é um dos melhores para o sashimi
além dos dias em que não há pesca devido ao tempo muito ruim. A pesca de espinhel consiste numa linha de 100 quilômetros com cerca de 1.500 anzóis, que são lançados e recolhidos quase que diariamente. Há 10 tripulantes no barco, o mestre Eriberto, o contramestre Severino, o cozinheiro Barriga, os geladores Carlos e Ramos, os motoristas (que cuidam do motor) Márcio e Aurélio, e os pescadores de convés Massa Bruta, Lázaro e Miro. O trabalho é intenso, a maioria dos peixes depois de recolhidos são eviscerados e guardados pelos geladores nos porões com gelo. Ao final da viagem o barco fica cerca de quatro dias em terra para descarregar os peixes e se preparar para uma nova empreitada. O biólogo não dá “adeus” aos amigos pescadores, e sim “até logo”. “A viagem foi muito proveitosa, o material foi coletado com sucesso, mas ainda faltam alguns estágios embrionários para completarmos o ciclo”, comenta Thierry. Enquanto o barco parte novamente ao mar, Thierry começa a processar suas amostras no laboratório e planejar um novo cruzeiro de pesquisa para elucidar mais a fundo os mistérios da vida marinha.
Em janeiro de 1974 o pesquisador científico Alberto Amorim, aos 25 anos, fazia seu primeiro cruzeiro em alto-mar para estudar os peixes-de-bico. A viagem no Kaiko Maru 16, barco atuneiro da companhia Imaipesca, primeira de muitas, foi uma experiência que o ajudou em toda a sua carreira. A primeira noite deitado no beliche da embarcação foi uma prova de resistência para o marinheiro de primeira viagem. O balanço das ondas em alto-mar causavam tontura e enjoo, que perduraram ao acordar. “Ao final do primeiro dia já estava se acostumando, e passei a me sentir bem até o final da viagem”, diz. Os 20 dias no mar começaram a passar rápido quando os enormes peixes de oceano começaram a ser embarcados. Os marlins-azuis e os tubarões chegavam a mais de 200 quilos. E outros peixes como o dourado e o peixe-lua fascinavam por suas fortes cores. “Cada dia era uma emoção diferente”, lembra-se. O então jovem engenheiro agrônomo optara pela carreira na biologia marinha, e aprovado em concurso público começara sua longa carreira em dezembro de 1973 no Instituto de Pesca de Santos, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Hoje, orientando seus alunos para o mestrado, revive as emoções de muitas viagens ao mar com as novas fotos e relatos.
Os pesquisadores do IP Alberto Amorim e Carlos Arfelli estudam um espadarte
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“Albatroz na Escola” abre inscrições
arquivo projeto albatroz
Conhecer albatrozes e petréis e entender a importância de cuidar dos oceanos e da biodiversidade marinha são os objetivos do Programa “Albatroz na Escola” criado pelo Projeto Albatroz com o patrocínio da Petrobras. Cynthia Ranieri, Coordenadora de Educação Ambiental do Projeto afirma que nos últimos três anos foram atingidos cerca de cinco mil alunos e mais de duzentos professores do Ensino Fundamental I, das redes pública e particular de Santos. Hoje, as atividades se expandiram para São Vicente, Guarujá e Praia Grande. “Ir para outras cidades significa mais crianças e mais professores entendendo a importância dos albatrozes e petréis para a ecologia do mar”, acrescenta. O programa oferece aos professores relevante capacitação técnica por meio
de palestra e material didático, como as Cartilhas de Educação Ambiental - Livro do Professor e do Aluno - distribuídos gratuitamente. Além do material de apoio para atividades em sala de aula, os alunos participam de dinâmicas durante o horário escolar,
O Senado aprovou dia 22 de abril substitutivo que garante aos pescadores e trabalhadores afins a aposentadoria especial depois de 25 anos de contribuição. A proposta segue agora para a Câmara dos Deputados. “Essa mudança vem em boa hora e deve contribuir em muito com a melhoria da qualidade de vida do pescador, que muitas vezes tem dificuldades para se aposentar, para comprovar o tempo de serviço e o exercício de sua atividade”, destacou o ministro da Pesca e Aquicul-
tura Eduardo Lopes. O texto aprovado no Senado é substitutivo do senador Benedito de Lira (PP-AL) aos Projetos de Lei de Senado (PLS) 150/13 e 152/13 propostos pelo senador Paulo Paim (PR-RS). O texto aprovado assegura a contagem do tempo de contribuição no período de defeso, quando a pesca fica suspensa para garantir a reprodução das espécies. Outro ponto do projeto estabelece que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) averbará como tempo de contribuição o período de defeso decorrente
Treinamento de voluntários na sede do Projeto Albatroz
como a palestra lúdica ‘Projeto Albatroz e a Conservação da Biodiversidade Marinha’. São também recebidos no Espaço Albatroz, montado no pátio da própria escola, com jogos e brincadeiras que testarão o conhecimento aprendido em sala de aula. Para inscrições
basta que as escolas telefonem para a sede do Projeto Albatroz e agendem a programação. As vagas são limitadas e o agendamento pode ser feito mediante inscrição por e-mail (estange@ projetoalbatroz.org.br) ou pelos telefones (13) 3324-6009/ 99143-5516.
Aposentadoria especial para o pescador de ato ou norma da União, bastando para isso um simples requerimento e que o segurado comprove sua inscrição no Registro Geral da Pesca (RGP). O substitutivo não fixa diretamente o prazo de contribuição para o pescador ter direito à aposentadoria especial em 25 anos. De forma indireta, porém, dispensa a categoria de comprovar, ao reivindicar esse benefício no INSS, o tempo de trabalho permanente, não ocasional nem intermitente, em condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade
física. Pelo texto, durante o período de suspensão da pesca, esses trabalhadores ainda deverão receber o segurodefeso, no valor do piso salarial da categoria. A fonte de custeio será o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), conforme emenda proposta pelo relator. O seguro-defeso é, atualmente, o substituto do seguro-desemprego pago quando ocorre a paralisação ou suspensão das atividades de pesca em decorrência de ato do Executivo Federal e de período de defeso das espécies.
Conheça a Baixada Santista A Caiçara Expedições tem um roteiro especial em maio para diferentes passeios na Baixada Santista. Dia 18 de maio (domingo) haverá caminhada
na trilha Cabuçu, na área continental de Santos. As trilhas do Votoruá, em São Vicente, são uma boa pedida dia 31 de maio (sábado). Dia 1 de junho (do-
mingo) o mês tem início com um Bike Tour Noturno em Santos. Saiba mais em www.caicaraexpedicoes.com ou pelo fone: (13) 3466.6905/98142.0151.
A importância da sardinha na alimentação- Parte I A sardinha é um alimento popular, barato e de alto valor nutritivo, constituído de proteínas, ácidos graxos essenciais (ômega-3), vitaminas (B12 e D) e minerais (fósforo, cálcio e selênio), com baixo valor calórico. O ômega-3 é conhecido como gordura do bem, por ajudar a controlar a pressão, o nível de colesterol e triglicerídeos, prevenindo doenças cardiovasculares. A sardinha apresenta muitas vantagens por conter EDA (ácido eicosapentaenóico) e DHA (ácido docosahexaenóico), que são responsáveis por minimizar os processos inflamatórios que ocorrem no coração, intestino e nas articulações. Esses ácidos, por serem gordura saudável, encapam os neurônios e aumentam a atividade cerebral. O consumo de pescado é importante para a saúde, porém são necessários alguns cuidados. Enquanto, a sardinha contém ômega-3, o salmão de cativeiro, ao contrário do selvagem (que cresce livre na natureza), por ter sua dieta baseada em ração à base de vegetais, apresenta ômega-6. Este ácido graxo já é ingerido pelo consumidor durante o dia em muitos tipos de gordura vegetal que não tem efeitos anti-inflamatórios. Portanto, a ingestão de sardinha é mais saudável. Os peixes que possem ômega-3 são: cavala, arenque, sardinha, salmão selvagem, atum e bacalhau. A sardinha verdadeira é a Sardinella brasiliensis, que é um peixe costeiro que habita o litoral do Bra-
sil e ainda encontrado no Atlântico Norte e no mar Mediterrâneo. Apresenta como características o corpo alongado e boca pequena, mede entre 9 e 27 cm de comprimento. O tamanho mínimo para a sua captura é de 15 cm. Com o nome de sardinha existem outras espécies: sardinha da laje (Opisthonema oglinum), maromba (Sardinella aurita), sardinha cascuda (Herengula clupeola). O nome sardinha é devido à ilha de Sardenha, no Mediterrâneo, local onde está espécie abundava. É um alimento popular à semelhança do Brasil, no sul da Itália, Grécia e Portugal. A sardinha é considerada um pescado tão importante e o primeiro a obter da União Europeia e da Península Ibérica o rótulo azul com certificação de sustentabilidade e boa gestão dos recursos pesqueiros. Para a preservação da espécie se faz uso do defeso (período de proibição de pesca) através da Instrução Normativa Ibama no 15 de 21/05/2009. Essa proibição para as traineiras de Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina obedece duas fases: de 1 de novembro a 15 de fevereiro para proteger a desova e de 15 de junho a 31 de julho para proteger o recrutamento, ou seja, os indivíduos jovens que podem ser pegos pela pesca. Na próxima edição do jornal MartimPescador continuaremos abordando a importância da sardinha na alimentação e os melhores métodos para sua conservação.
Augusto Pérez Montano - Médico Veterinário, membro da Comissão de Aquicultura do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo
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Empadinha da vovó Se tem uma receita que a família de Lúcia Luciara Cerqueira Cláudio, 49 anos, gosta é a empadinha. Não é para menos, o modo de preparo é passado de mãe para filha há três gerações. Lúcia explica que todos gostam do recheio de camarão, mas também ela costuma variar com carne seca, palmito, frango e calabresa com catupiry. O marido Wagner, os filhos Denis e Juliana e os netos Kauê e Cawin gostam mais dos pratos com peixes e camarão. “Aqui em casa todos adoramos frutos do mar”, conta Lúcia. O prato preferido é o filé à delicia, feito com linguado enrolado com mussarela e molho de
O neto Kauê é fã das empadinhas da avó Lúcia
camarão com creme de leite. Outra boa pedida é o marisco a vinagrete que é imbatível. “Gostamos bastante de ir aos restaurantes da praia do Pere-
quê, em Guarujá, pois sem duvida lá tem os melhores pratos de frutos do mar em especial a feijoada marinha, que é nosso preferido”, confessa.
Receita de Empadinha
Nhoque de banana-da-terra
Estudioso da vida marinha dá receita com banana-da-terra e frutos do mar O biólogo paranaense Hugo Bornatowski, 29 anos, doutor em Zoologia, não esconde seu amor pela vida marinha. Especialista em Ecologia e Biologia de Tubarões e Raias está iniciando seus estudos para um pós-doutorado. Além da pesquisa marinha, o biólogo nutre um grande interesse pela
culinária, distração em suas horas de lazer. Aqui vai uma receita muito especial que aproveita a massa da banana-da-terra para a confecção do nhoque. Os molhos podem ser variados, mas este é o predileto de Hugo, que garante combinar bem com frutos do mar. Experimente, vale a pena!
Nhoque de banana-da-terra
Deliciosas empadinhas de camarão
Ingredientes da massa: 500g de banha hidrogenada 1kg de farinha de trigo 1 copo de guaraná 1 ovo 1 gema misturada com um pouco de café para dourar a empadinha Preparo: Juntar num recipiente todos os ingredientes até formar uma massa homogênea, e com ela forrar forminhas de alumínio. Colocar recheio a gosto e fazer tampinhas com a massa para cobri-la. Espalhar a gema dissolvida no café para dourar a superfície da empadinha. Levar ao forno.
Ingredientes do recheio de camarão 1 ½ kg de camarão-sete-barbas limpo 1/2 pimentao verde picado 1 cebola e 1 dente de alho picados Azeitonas pretas a gosto Suco de 1 limão Pimenta-do-reino 1 colher (chá) de extrato de tomate Salsinha e coentro picados a gosto Sal Preparo: Deixar o camarão temperado no sal, cebola, pimenta-do-reino, alho e limão. Refogar por 10 minutos e acrescentar a massa de tomate. Deixar por mais alguns minutos e ao final acrescentar a azeitona, salsinha e coentro. Rendimento: cerca de 40 empadas.
Ingredientes da massa: 5 bananas-da-terra bem maduras Cerca de 1 xícara (chá) de farinha de trigo (suficiente para dar ponto certo na massa) 1 colher (sopa) de manteiga 1 ovo inteiro Preparo: Assar bem as bananas ao forno, com a casca. Deixá-las bem assadas, com a casca totalmente escura. Depois, retirar a casca e amassá-las. Acrescentar trigo, ovo e manteiga. A mistura ficará bem mole, mas não é necessário adicionar mais trigo. Depois, trabalhar em uma tábua com bastante farinha de trigo e fazer os rolinhos, cortar e enrolar em formato de bolinhas. Se preferir, faça um teste antes com água quente e uma primeira bolinha para verificar sua consistência. Como a banana-da-terra tem uma liga forte, assim que entra em cozimento ela se solidifica bastante. Por isso não é necessário colocar mais trigo. Cozinhar em água abundante e reservar.
(ou meio potinho) Sal a gosto Preparo: Colocar primeiro o leite de coco numa panela ao fogo para dar uma apurada e reduzida, depois acrescentar o creme de leite fresco e o curry. Deixar cozinhar até que o molho tome a consistência correta (para ver isso, pegue uma colher e mergulhe-a no molho. Depois passe o dedo nas costas da colher e veja se faz uma "rua" sem que escorra no meio). Por fim, acrescente o requeijão até que se incorpore no molho e esquente.
Ingredientes do molho: 1 pote de creme de leite fresco (300g) 1 vidro de 200 ml de leite de coco 1 colher (chá) de curry 2 colheres (sopa) bem cheias de requeijão
Montagem do prato: Colocar uma porção de nhoque, depois acrescentar a quantidade de molho de sua preferência e por fim, colocar os camarões dispostos um sobre os outros.
Camarões para guarnição: Pegar em média sete camarões por prato (médios a grandes). Se forem bem grandes, pode reduzir para cinco. De preferência use camarão-branco que é mais consistente e muito mais suculento. Grelhar em manteiga, até que fiquem bem dourados e salteados. Cuidar para não passar do ponto, senão ficam "borrachudos".
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Maio 2014
O Ovo de Smetak
Coletivo Percutindo Mundos descobre a magia da obra de Anton Walter Smetak Mais do que teatro, dança e música. O Ovo de Smetak-seis modos diferentes de se intuir o óbvio, é uma recriação do coletivo Percutindo Mundos que celebra a obra do músico, escritor, escultor e compositor Anton Walter Smetak (1913-1984). O genial artista suiço, nascido em Zurique, chegou ao Brasil em 1937 para revolucionar. Grande influência para Gilberto Gil, Caetano Veloso, Tom Zé e Mutan-
tes, tinha o carinhoso apelido de Tak-Tak o som do relógio suíço ao ritmo do estribilho de seu nome. Smetak criava instrumentos musicais com materiais originais, como tubos de PVC, cabaças, isopor. Peças que eram verdadeiras esculturas. Baseados na filosofia do artista, o grupo Percutindo Mundos, utilizou instrumentos artesanais como quimbau, ovo smetakeano, berimbarco. O ovo é uma peça
onde vários artistas podem tocar ao mesmo tempo. Na apresentação foram usados ainda instrumentos eletrônicos (theremin), percussão corporal e instrumentos convencionais (rabeca, viola erudita, trombone, clarinete, percussão). A apresentação aconteceu dia 18 de abril no Teatro Guarany em Santos. Um espetáculo de sons e cores para o espectador mergulhar com todos os seus sentidos.
Os artistas se apresentam com a projeção do vídeo de Smetak ao fundo
Célia Faustino
O ovo de Smetak-seis modos diferentes de se intuir o óbvio Texto e Direção: Márcio Barreto/ Interpretação do coletivo Percutindo Mundos com Célia Faustino, Marcio Barreto, Robson Peres, Felipe Faustino, Maria Tornatore/Som: Rafael Ska/ Projeção de vídeo: Cristiano Sidoti/ Iluminação: Edvan Monteiro.
Márcio Barreto
Convento Nossa Senhora do Carmo recebe homenagem O Convento Nossa Senhora do Carmo em Santos recebeu justa homenagem por seu aniversário de 425 anos de fundação. O vereador Sandoval Soares concedeu placa comemorativa dia 29 de abril, em louvor à data. “O Conjunto do Carmo em Santos é considerado um dos mais antigos relicários do barroco brasileiro e suas características refletem nossa história. Essa placa é uma forma de reconhecimento à sua importância histórica e ao trabalho das pessoas que fazem do
convento um local de oração e de acolhimento”, afirmou o vereador. Para o Reitor do Santuário e Prior do Convento Nossa Senhora do Carmo, Frei Lino, a homenagem é para a cidade de Santos. O Conjunto do Carmo, do qual faz parte o convento, é considerado como um dos mais antigos relicários do barroco brasileiro, desde 1940 com o título de Patrimônio Nacional. Fazem parte do conjunto as duas igrejas e o convento. Uma delas é a Igreja da Venerável
Ordem Terceira do Carmo, do século XVIII, e a outra é a Igreja dos Freis Carmelitas, do século XVI (1599). A segunda foi tombada pelo CONDEPHAAT em 1981 e pelo CONDEPASA em 1990. A união das duas igrejas é feita por uma torre com campanário e cria uma fachada incomum no barroco, toda revestida de azulejos marianos originais do século XIX. O Convento do Carmo foi criado em 24 de abril de 1589 e fica localizado na Praça Barão do Rio Branco, nº 16, Centro.
O vereador Sandoval Soares entrega a placa comemorativa ao Frei Lino