JULHO/AGOSTO 2016 Número 142 Ano XII Tiragem 3.000 exemplares
www.jornalmartimpescador.com.br www. jornalmartimpescador.com.br
São Pedro Pescador A criançada arrasou na Festa Julina de Ilha Diana. Pág. 8
Aprenda a re ceita do delic ioso bolinho caiç ara com Pris cila Pessanha. Pá g. 7 ente presid . o d s 5 ão gs. 4 e nas m anzol Guarujá. Pá a o ç en o, rdi ab arvalh Guizza ente de C io íl v Ro Vic Padre nia Z-3 de lô o C da
rsiste nas A fé em São Pedro pe s. Págs. 4 e 5 ore ad colônias de pesc
Procissão com a pa rticipação da Capa tazia de Pescadores da Z-1, na Vila dos Pe scadores em Cubatão . Págs 4 e 5.
Colônia de Pescadores Z-23 realiza Festa do Camarão na Moranga em Bertioga de 5 de agosto a 4 de setembro. Pág. 6
2
Julho/Agosto 2016
Câmara de Pesca discute laudo para pesca de emalhe Um laudo técnico da pesca de emalhe foi o principal assunto discutido na Câmara Temática de Pesca da APA Marinha Litoral Centro-APAMLC dia 4 de agosto. O documento tem o intuito de embasar a solicitação de uma regulamentação diferenciada da INI no 12 para a APAMLC. O documento deverá ser encaminhado para o Ministério do Meio Ambiente-MMA e para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento-MAPA. A Instrução Normativa Interministerial nº12, de 22/08/2012, dispõe sobre critérios e padrões para o ordenamento da pesca praticada com o emprego de redes de emalhe nas águas jurisdicionais brasileiras das regiões Sudeste e Sul. Em seu parágrafo 6º foi proibida a
pesca de emalhe com embarcações motorizadas a partir da distância de 1ª milha náutica a partir da costa. Considerando-se que a APAMLC já estava discutindo a regulamentação do emalhe antes da publicação da INI nº 12 e a demanda dos pescadores artesanais que manifestaram a inviabilidade da pesca por eles, visto que suas embarcações são motorizadas e a principal área de pesca é justamente na 1a milha náutica, a APAMLC continuou a discussão propondo definir distâncias a partir de costões rochosos, praias arenosas e desembocaduras de rios para colocação das redes de emalhe que permitiria a continuidade da atividade por pescadores artesanais e ainda garantiria a proteção dessas áreas sensíveis
e importantes para a fauna marinha. Depois de finalizado, o laudo será enviado para aprovação no conselho gestor, seguindo depois para Secretaria de Pesca inserida no Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento-MAPA e para o Ministério do Meio Ambiente. Os pescadores artesanais alegam várias dificuldades em trabalhar com seus barcos a partir de uma milha náutica, além de afirmarem que os peixes mais valiosos, como robalos e pescadas, estão dentro deste limite. A gestora da APAMLC, Ana Garcia, deixou claro que a construção do laudo técnico deve ocorrer de forma conjunta com os representantes da CT Pesca, pesquisadores e pescadores de emalhe na APAMLC.
A gestora Ana Garcia coordena a CT Pesca
Portaria 445 está em vigor
A Portaria n 445 de 17/12/2014 do Ministério do Meio Ambiente-MMA referente a Lista Nacional de Fauna Ameaçada entrou em vigor dia 22 de junho de 2016. A medida determina a proibição da captura, transporte, desembarque, armazenamento e comercialização de peixes e invertebrados que constam na lista e estão categorizadas em: extintas (EW), criticamente em perigo (CR), em perigo (EN) e vulneráveis (VU). Apesar da ação pedindo a anulação da medida, a juíza Liviane Vasconcelos julgou o pedido improcedente. Os autores da ação foram a Confederação Nacional dos Pescadores, Conselho Nacional de Pesca e Aquicultura e Federação Nacional dos Engenheiros de Pesca do Brasil. Estes órgãos alegaram que a medida foi editada sem a participação do Ministério da Pesca e Agricultura o
EXPEDIENTE www.jornalmartimpescador.com.br
em sua elaboração. Solicitaram também urgência na decisão, pois cerca de 3,5 milhões de empregos direitos e indiretos estariam na iminência de serem afetados negativamente, prejudicando muitas família que dependem da pesca, seja industrial ou artesanal. A juíza argumentou que constatada pelo MMA a impossibilidade de exploração de uma espécie, é desnecessária a participação do Ministério da Pesca e Agricultura, uma vez que, nesta hipótese, não há que se falar em uso sustentável até que haja mudança no grau de conservação destas espécies. Desta maneira, mais de 600 espécies de peixes e invertebrados aquáticos da fauna brasileira ameaçadas de extinção tem sua captura proibida. Dentre os peixes cartilaginosos, há 30 espécies de tubarões proibidas, entre elas, seis espécies de tubarão-martelo, três espécies
Órgão Oficial da Federação de Pescadores do Estado de São Paulo Presidente Tsuneo Okida
de cação-anjo, tubarão-raposa (Alopias superciliosus e Alopias vulpinus) e tubarão-mangona (Carcharias taurus), entre outros. Dos peixes ósseos, podemos citar, entre outros, badejo-amarelo (Mycteroperca intertitialis), garoupa- -verdadeira (Epinephelus marginata), miragaia (Pogonias cromis), cherne-poveiro (Polyprion americanus). (Veja a lista completa em www. jornalmartimpescador.com.br). Pescadores artesanais observaram após a implementação da lei, muitos peixes proibidos, como o tubarão-martelo, descartados à deriva no mar. Como os aparelhos de pesca, em geral, não são seletivos, muitos peixes com captura proibida vem como captura acidental, o que faz o pescador devolver o animal morto ao mar. Outra dificuldade prevista é distinguir peixes muito semeAv. Dino Bueno, 114 Santos - SP CEP: 11030-350 Fone: (013) 3261-2992
lhantes, como o caso de duas espécies de raia-viola, a Rhinobatus horkelli e a Rhinobatus percellens. No caso, apenas a primeira espécie está proibida. Segundo os especialistas as diferenças são sutis, a R. horkelli (proibida) se difere da R. percellens (permitida) pela presença de tubérculos dorsais proeminentes, com intervalos. Na R. percellens os tubérculos são baixos e contínuos, porém ausentes entre a segunda nadadeira dorsal e a caudal. Segunda a gestora da APA Marinha do Litoral Centro, Ana Garcia, a entidade está produzindo um informativo para realizar uma campanha de esclarecimento sobre a portaria para os pescadores. A gestora alerta que a Portaria no 445 já está em vigor, assim os pescadores que forem pegos capturando animais constantes na lista serão autuados.
Defesos
Sardinha (Sardinella brasiliensis) 15/06/16 a 31/07/16 e 1/11/16 a 15/02/16 (tamanho mínimo de captura 17 cm) Tainha (Mugil platanus e Mugil liza) 15/03/16 a 15/08/16 (proibida em todas as desembocaduras estuarino-lagunares do litoral das Regiões Sudeste e Sul). A partir de 15 de maio, a temporada anual da pesca da tainha será aberta somente no litoral, permanecendo fechada até 15 de agosto nas desembocaduras estuarino-lagunares. (veja Instrução Normativa 171 9/5/2008 em www.jornalmartimpescador.com.br/legislação)
Moratórias
Cherne-poveiro (Polyprion americanus) 06/10/2015 a 6/10/2023 (Portaria Interministerial no 14) Mero (Epinephelus itajara) 06/10/15 a 06/10/23 (Portaria Interministerial no 13) Tubarão-raposa (Alopias superciliosus)- tempo indeterminado Tubarão galha-branca (Carcharinus longimanus)-tempo indeterminado Raia manta (família Mobulidae) - tempo indeterminado Marlim-azul ou agulhão-negro (Makaira nigricans)comercialização proibida Marlim-branco ou agulhão-branco (Tetrapturus albidus) – comercialização proibida Saiba mais sobre a legislação de pesca em: www.jornalmartimpescador.com.br (legislação)
Jornalista responsável: Christina Amorim MTb: 10.678/SP christinamorim@gmail.com Fotos Fotos e ilustração: e ilustração: Christina Christina Amorim; Amorim; Diagramação: Diagramação: cassiobueno.com.br; cassiobueno.com.br; Projeto Projeto gráfico: gráfico: Isabela Isabela Carrari Carrari - belacarrari@hotmail.com - icarrari@gmail.com Impressão: Impressão:Diário Diáriodo do Litoral: Litoral Fone.: Fone.:(013) (013)3226-2051 3226-2051 Os artigos e reportagens assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal ou da colônia
Julho/Agosto 2016
3
Primeira cidade do Brasil é sede de pioneira colônia de Pescadores do Estado Um precioso documento do antigo pescador, Firmino Gonçalves dos Santos (18481951), datado de 1921 prova a existência da Colônia de Pescadores de São Vicente desde tão antiga data. A presidente da Colônia Z-4, Maria Aparecida Nobre, a Nenê, bisneta de Firmino, guarda a relíquia com muito zelo. Afinal, a preciosa carteira é usada como prova para a data de fundação da Colônia Z-4 André Rebouças, de São Vicente. Nenê explica que o registro foi feito há 95 anos, durante a passagem do cruzador José Bonifácio, sob o comando do oficial da Marinha de Guerra Comandante Frederico Villar, que fez a primeira ação efetiva de gestão pesqueira criando colônias de pescadores por onde passava. Hoje existem mais de mil colônias de pescadores no Brasil, 27 Federações Estaduais e uma Confederação Nacional de Pescadores. A Federação de Pescadores do Estado de São Paulo abrange 22 colônias de pescadores, 12 no litoral e 10
A presidente da Z-4, Nenê, sua mãe Alzira e irmã Márcia
em águas continentais. A passagem do cruzador José Bonifácio ficou registrada na história, pois legalizou a situação de tradicionais pescadores, como Firmino, em toda a costa brasileira. Deste antigo pescador, a bisneta Nenê tem boas histórias para contar. Numa visita do imperador Dom Pedro II e sua esposa Teresa Cristina a São Vicente o pescador se apresentou ao monarca, o que rendeu uma boa prosa. Ao final da conver-
sa, a imperatriz deu a Firmino uma moeda de prata como recordação. Embora a família não tenha guardado a relíquia, a lembrança do encontro ficou para sempre. Nenê diz que o bisavô contava da grande festa com muita música que foi feita para recepcionar o casal real. Ainda na década de 40, Firmino concedeu uma entrevista ao jornal A Tribuna de Santos, descrevendo o imperador como um homem forte, esbelto, simpático, que
Firmino (à direita) foi registrado como pescador em 1921 em São Vicente
com produtos da época. Firmino, assim como o avô de Nenê, Claudemiro Ferreira Nobre (1897-1983), compunham uma geração de pescadores “completos”. Faziam suas próprias canoas e remos, com a ajuda de ferramentas como enxó e formões, fabricavam suas redes com fibras de tucum, uma espécie de palmeira, depois as tingiam com uma infusão feita com casca de árvores do mangue. Segundo Nenê, todos tinham uma filosofia preservacionista. “Nunca pegavam fêmeas de caranguejos ovadas, e sempre devolviam os peixes pequenos ao mar”, explica. Tonico Lancha, pescador da velha geração
irradiava inteligência nos olhos e nos gestos. A boa memória, os cuidados com a aparência e a lucidez o velho pescador manteve até morrer. “Meu bisavó morreu aos 103 anos de uma simples gripe”, lamenta Nenê. Até o final de seus dias manteve os cabelos e bigodes pretos, tingidos com cuidado,
que faleceu em São Vicente em 2012 aos 98 anos, repetia os ensinamentos do pai, ”Nunca pesque mais do que possa comer ou guardar”. Guardar naquela época significava salgar em pequena quantidade, pois até a década de 60 muitas comunidades pesqueiras não possuíam geladeiras. Hoje, parte das tradições se perderam, mas a Colônia ainda possui muitos associados. Embora muitos dos antigos pescadores não tenham ensinado a profissão aos filhos e netos, há uma constante entrada de pessoas novas que procuram na pesca uma nova opção de trabalho, um complemento de renda ou um meio de trazer mais comida à mesa.
Documento histórico que prova a existência da Z-4 em 1921
A importância da inclusão de pescado na alimentação escolar O Programa Nacional de Alimentação Escolar, implantado em 1955, contribuiu para o crescimento, o desenvolvimento, a aprendizagem, o rendimento escolar dos estudantes e a formação de hábito alimentar saudável, por meio da oferta da alimentação escolar e de ações de educação alimentar e nutricional. O nome dessa campanha foi se modificando até que, em 1979, foi denominado Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), conhecido popularmente por “merenda escolar”. A inclusão do pescado na merenda escolar é defendida principalmente pela qualidade nutricional do produto, já que a quantidade de proteína encontrada na carne de peixe é semelhante à da carne bovina e de frango e possui fácil digestão. Os valores encontrados para vitaminas, cálcio e fósforo são superiores na carne de peixe, quando comparados com a
bovina ou de frango. Além de ofertar uma alimentação de maior qualidade aos alunos, a inclusão de pescado no cardápio da alimentação escolar criaria o hábito de consumir peixe. Outra vantagem deste processo seria a organização do setor de produção e industrialização do pescado, além de criar mecanismos para ampliar o consumo do produto. Em 2013, a Coordenação Geral do Programa de Alimentação Escolar do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação– CGPAE/FNDE, estabeleceu uma Nota Técnica de nº 004, que determinou a inclusão de pescado na alimentação escolar, visando à garantia da segurança alimentar, o fortalecimento da agricultura familiar no âmbito do PNAE e na conformidade da Lei nº 11.947/2009, bem como o caráter pedagógico do alimento no ambiente escolar.
Augusto Pérez Montano Médico Veterinário, membro da Comissão de Aquicultura do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo
A inclusão do pescado nas escolas permite a criação de uma demanda por alimentos com forte estímulo ao desenvolvimento socioeconômico local, vai ao encontro das diretrizes do PNAE, como o em-
prego da alimentação saudável e adequada, que compreende o uso de alimentos variados, seguros e que respeitem a cultura e as tradições alimentares, contribuindo para o desenvolvimento do aluno em conformidade com a faixa etária, sexo, atividade física e o estado de saúde dos escolares. Em 2012, o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), apresentou os dados da pesquisa feita em parceria com o FNDE, sobre a inclusão do pescado na alimentação escolar e, obtiveram os seguintes resultados destacados a seguir: •Dos 1884 municípios estudados, 638 afirmaram que houve inclusão do pescado na alimentação escolar, enquanto 1246 alegaram não ter incluído o pescado nos cardápios em 2011. As dificuldades apontadas foram a baixa aceitação, falta de hábitos pelos alunos e o custo elevado do produto, seguidos pelo risco de espinhas,
dificuldade de acesso e falta de fornecedores/ausência de produtos no mercado. O produto com maior representatividade foi o filé de peixe, com 56,1%, seguido pelo enlatado (37%). Por outro lado, o pescado inteiro e eviscerado, assim como os moluscos e crustáceos foram pouco frequentes na alimentação escolar. Em relação à média do consumo do pescado na alimentação escolar, obteve-se o consumo per capita de 41,4g/aluno/refeição, valor considerado insuficiente quando comparado à recomendação de 12 kg/habitante/ano da Organização Mundial de Saúde – OMS. A forma de preparo predominante do pescado servido para os alunos foi o cozido e/ ou ao molho. Ademais, observou-se que a forma frita e a empanada, menos saudáveis, também estiveram presentes. Na perspectiva de aumentar a inserção do pescado de
qualidade oriundo da produção familiar, destaca-se a importância da interação entre todos os atores envolvidos, como os produtores familiares, os gestores públicos e autoridades sanitárias. O pescado pode ser inserido na alimentação escolar de diversas formas, tais como: assado, grelhado, ao molho, entre outros. Mas além da forma tradicional o pescado pode ser oferecido como principal ingrediente, tais como: pão de peixe, hambúrguer de peixe, almôndega de peixe, entre outros. Muitas iniciativas nesse sentido já foram tentadas e com algum sucesso, como por exemplo o aproveitamento de carne mecanicamente separada que devidamente preparada pode ser transformada em produtos de fácil aceitação pelos escolares, como fishburguer, almôndegas e empanados, linguiça, quibe, entre outros.
4
Julho/Agosto 2016
Coluna
Embraport promove evento de férias para filhos de integrantes
Home
Missas e procissões marc
Procissão na Vila dos Pescadores
Moradores da Vila dos Pescadores comemoraram o dia do santo padroeiro, São Pedro, dia 3 de julho com procissão e missa na Igreja de São Pedro e São Paulo. Na sede da capatazia da Colônia Z-1, foi realizado churrasco, acompanhado de maionese, arroz, farofa e salada. Tudo preparado com muito amor e carinho pela moradora Antonia Correia da Silva, irmã do pescador Sebastião Correia da Silva. Para completar a alegria da criançada, Antonia preparou um enorme bolo, que garantiu o sucesso da festa. Sebastião e Antonia Correia da Silva ajudaram nos preparativos da festa na Vila dos Pescadores
A Embraport, realizou pelo terceiro ano consecutivo, nos dias 07, 13, 14, 20 e 29 de julho, o evento Férias na Embraport, voltado aos filhos dos integrantes na faixa de 6 a 12 anos. A ação busca ampliar a percepção dos filhos sobre a importância da profissão dos pais e aproximar os familiares dos funcionários da empresa. Como parte da programação, os pequenos foram recepcionados com um café da manhã e, logo depois, assistiram a uma apresentação sobre a empresa. Enquanto os pais trabalhavam, eles participaram de um concurso de desenho e depois fizeram um tour de ônibus para conhecer as instalações e toda a infraestrutura do terminal, além dos equipamentos utilizados nas áreas operacionais, como empilhadeiras, transtêineres e portêineres. Na sequência, as crianças embarcaram no Catamarã (transporte marítimo utilizado pelos funcionários da empresa) para uma aula de historia sobre o maior Porto da América Latina e conheceram um pouco da fauna, flora e os manguezais que compõem o ecossistema da região.
Por mais um ano, os pequenos puderam ainda interagir com o moderno simulador de portêiner e RTG e vivenciar um pouco da experiência de operar um equipamento para a movimentação de contêiner. A hora do almoço é uma das mais esperadas, já que o cardápio foi especialmente preparado para as crianças com diversas opções, como batata frita, hambúrguer, almôndega e sorvete. Além disso, cada um teve a oportunidade de fazer a refeição na companhia do pai ou da mãe. No período da tarde, a turma foi levada para a área de lazer da Embraport, onde participaram de jogos e oficinas. No total, mais de 100 crianças passaram pelo terminal durante os cinco dias de evento. Ernst Schulze, Diretor-Presidente da Embraport, explica que o objetivo da iniciativa é promover a integração das crianças no ambiente dos pais. “Receber as crianças no Terminal é uma forma de contribuir na formação dos filhos de nossos integrantes e, com isso, aproximá-las da empresa, atraindo futuros profissionais”, comenta.
OUVIDORIA EMBRAPORT: 0800 779-1000 faleconosco@embraport.com www.embraport.com
São Pedro é homenageado na Z-3 Pescadores da Colônia Z-3, em Vicente de Carvalho, homenagearam São Pedro em missa campal em sua sede, celebrada pelo padre Rovílio Guizzardi. A comemoração aconteceu dia 29 de junho, e foi seguida por um churrasco de confraternização. A nova diretoria da colônia, empossada em fevereiro, esteve presente. Segundo o presidente Fabio Nascimento, a nova administração já fez várias reformas, como reparo dos muros, galpão, construção de estaleiro para 30 embarcações. Os projetos futuros incluem a construção de uma cozinha e plataforma para limpeza de peixe.
Julho/Agosto 2016
menagens a São Pedro
arcaram as homenagens ao Dia de São Pedro nas colônias de pescadores A coordenadora da capatazia da Z-1, Santina de Barros no comando da festa
Sebastião e Carlos puseram a mão na massa para carregar os panelões para a festa
5
6
Julho/Agosto 2016
Festa do Camarão na Moranga
Há 22 anos Bertioga comemora a partir de agosto a Festa do Camarão na Moranga criada pela Colônia de Pescadores Z-23. O presidente da Colônia, João do Espírito Santo, explica que um dos segredos do prato é a escolha do camarão que é comprado direto de pescadores de Bertioga, Santos e Guarujá. O fluxo de turistas é grande. Em 2015 passaram pela festa em média 7500 pessoas, vindo de todo litoral, do interior, da grande São Paulo e de outros estados. O prato consiste na moranga recheada com um delicioso molho de camarão-sete-barbas, com tomate e catupiry. A moranga pode ser simples ou enfeitada com camarões-rosa, acompanhada de arroz á vontade e farofa com sementes de abóbora. Um prato serve quatro pessoas. Também são servidas porções variadas
O presidente da Colônia Z-23, João do Espírito Santo e o filho Rodrigo durante a Festa do camarão na Moranga em 2015
como peixes, lula, mandioca, batata, entre outros. Neste ano a festa acontece de 5 de agosto a 4 de setembro, nos fins de semana de sexta a domingo. O evento
será realizado na praça de eventos, na Avenida Thomé de Souza, na Praia da Enseada (Centro). A 22ª Festa do Camarão na Moranga é realizada pela
Colônia de Pescadores Z-23, com o apoio da Prefeitura Municipal de Bertioga. Mais informações no telefone (13) 3317-7836. Email: z23colonia@hotmail.com
Projeto limpa o mar
Craque de peixes e motores O pescador José Edinaldo Pinheiro da Silva, da Vila dos Pescadores em Cubatão, consegue hoje resolver todos os problemas com o motor de seu barco e de amigos! Desde que fez o curso para manutenção de motores do Senai, dentro do Programa de Apoio à Pesca, desenvolveu esta difícil habilidade que muito tem ajudado a comunidade. “Já consertei mais de 20 motores”, comemora Edinaldo. No dia da Festa de São Pedro na Vila, Edinaldo entregou mais um motor consertado para o pescador José Alberto de Oliveira. O amigo saiu feliz da vida com o motor
Edinaldo entrega o motor consertado para o pescador José Alberto de Oliveira
funcionando de volta para sua embarcação para pescar muitos paratis, tainhas e robalos. Parabéns, Edinaldo!!!
Bertioga se reúne para discutir pesca e aqüicultura
José Edmilson de Araujo (PEMLS) retira petrecho de pesca no mar Representantes do Conselho se reúnem em Bertioga
Um cabo de espinhel perdido com 1.125 m de comprimento, pesando 6 quilos, foi retirado do mar no final de abril. O petrecho fantasma foi encontrado próximo ao limite norte do Parque Estadual Marinho da Laje de Santos (PEMLS). As equipes do PEMLS e Parque Estadual Xixová Japui estavam a bordo da embarcação Manta birostris trabalhando para o
Projeto Petrechos de Pesca Perdidos no Mar, que conta também com o apoio da APA Marinha Litoral Centro. O Projeto Petrechos de Pesca Perdidos no Mar – Blue Line System é uma parceria realizada entre o Instituto de Pesca e a Fundação para a Conservação e a Produção Florestal, sendo inédito no Brasil. O Instituto de Pesca é um órgão da Agência
Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, e a Fundação Florestal, ligada à Secretaria do Meio Ambiente, ambas vinculadas ao governo paulista. O estudo é feito através do recolhimento de petrechos de pesca abandonados, perdidos ou descartados (PP-APD) no mar. Esse material provoca
graves impactos no ambiente marinho. Um caso grave é causado por cabos com anzóis, ou redes à deriva que continuam a prender animais, praticando a chamada pesca fantasma. O objetivo do projeto é mapear e detectar Petrechos de Pesca Perdidos, Abandonados ou Descartados (PP-APD) nos oceanos e removê-los. Saiba mais em www.bluelinesystem. blogspot.com
Desde 2011, Bertioga possui um Conselho Municipal de Desenvolvimento da Pesca, Aquicultura, Piscicultura e Agrícola. As principais preocupações do Conselho são: intensificar a fiscalização para coibir a pesca ilegal, desenvolver estudos e monitoramento dos estuário e rios do município, criar regramentos e controles nas áreas de procriação, desenvolver e incentivar a pesca consciente, criar cursos para pescadores artesanais e esportivos e buscar projetos e
estruturas para os pescadores artesanais e familiares. O Conselho é composto pelo presidente Rodrigo do Espírito Santo, vice-presidente João do Espírito Santo, secretário Thomas Schimidt, e pelos conselheiros Ian Ernest Von Der Heide, Alberto Amorim, Bolivar Barbanti e Ubirajara Gonçalves de Lima. Uma das ações do conselho foi a criação do Projeto Peixe Legal, com o objetivo de orientar e educar os pescadores esportivos quanto as legislações e normas que regem a pesca .
Julho/Agosto 2016
Hélio e Terezinha Bar e Lanchonete da Ilha Diana oferece comida caiçara
7
Priscila e a tradição caiçara Bolinho Caiçara Tradicional
Restaurante da Ilha fica na rua principal de Ilha Diana
Priscila Pessanha ensina o preparo dos bolinhos
Hélio e Terezinha no Restaurante da Ilha
O cardápio do restaurante da Ilha, em Ilha Diana, na área continental de Santos, é variado. Ali pode-se provar peixe azul-marinho, lambe-lambe, marisco a vinagrete, tainha assada na brasa; moqueca de peixe, risoto de frutos do mar, risoto de camarão, bolinho de bacalhau, camarão na
moranga, caipirinha de limão, abacaxi, morango, bebidas, refrigerantes, sucos naturais. Agende com antecedência: (13) 3019.5418, 98122.0681 99156.6719. Lanchas para a Ilha saem próximo à Praça da Alfândega no centro de Santos (consulte horários em: www. cetsantos.com.br).
Campanha de arrecadação de lixo eletrônico Não jogue seu equipamento velho ou quebrado no lixo Entregue ao Centro de Reciclagem de Lixo Eletrônico mantido pela Fundação Settaport na Av. Conselheiro Nébias, 85, Paquetá-Santos-SP. A entidade recolhe peças quebradas ou em desuso de computadores, impressoras, monitores, teclados, mouses, estabilizadores,
HDs, placas, cabos, processadores, aparelhos de som, DVDs, telefones celulares, entre outros. Não recebem lâmpadas, pilhas, bateria de celular e toner. Horário de funcionamento, de segunda a sexta: 8h30 às 12h30 e das 13h30às 17h30. Telefone (13)3221.2546. email: lixoeletronico.adm@settaport. com.br.
Morando na Reserva Ecológica da Serra do Itatins, em Guarau, Peruíbe, Priscila Pinheiro Pessanha vive em contato direto com a cultura caiçara. Apaixonada pela culinária, tem aprendido muitas receitas tradicionais com os pescadores locais. Além de dirigir o hostel Junglez, em Guarau, é produtora rural e planta palmito pupunha na Fazenda Figueira Grande em Juquiá. “Eu amo fazer pratos com palmito, receitas novas, geleias diferentes, molhos de pimenta, relishes”, afirma Priscila que criou a marca Viva Joana de produtos como molhos, conservas, geleias e relishes (facebook.com.br/vivajoana). “Participamos em julho do Festival de Inverno Quente do Guaraú”, conta. “É uma festa que tem se mostrado animada, repleta de propostas próprias da comunidade, do povo caiçara, de amigos novos que trouxeram suas experiências de outros lugares, apresentando uma culinária diferente”, acrescenta. A geleia de jaca com cachaça de acerola foi uma novidade que deu certo, e vendeu tanto durante a
feira que acabou o estoque. “Inventar novidades é comigo mesmo”, acrescenta. Foi assim que surgiu a ideia de reinventar o bolinho caiçara feito pelos moradores de Guarau, preparado tradicionalmente com camarão, marisco branco e farinha de mandioca. Priscila substituiu alguns ingredientes, e acrescentou a pupunha criada em sua fazenda. “É típico do caiçara se alimentar de palmito, em nosso caso, incluímos um palmito cultivado, sustentável, portanto, correto ecologicamente, visto que não é advindo de extrativismo e sim do cultivo”, justifica. Segundo Priscila, é possível ainda variar a receita com camarão, siri, queijo, calabresa, espinafre, vongole ou marisco. “O sucesso do produto está sendo tanto, que estamos lançando a marca Bolinho Caiçara, e em breve, estaremos comercializando congelados para serem saboreados com as nossas pimentas e relishes”, comemora Priscila. Aqui ela divide conosco as duas receitas de bolinho, o tradicional e a nova receita de sua autoria. Experimente!
Pupunha plantada na Fazenda Figueira Grande
Os bolinhos são de dar água na boca!
Ingredientes: 1 kg de camarão-sete-barbas limpo e sem casca Tempero a gosto (cebola, alho, pimenta, tomate, etc) Farinha de mandioca para dar o ponto. Óleo quente para fritar Preparo: Refogar o camarão nos temperos como se fosse um molho. Dar o ponto com farinha de mandioca para enrolar os bolinhos. Fritar direto no óleo quente.
Bolinho Caiçara (receita da Priscila)
Ingredientes: 1 kg de coração de palmito pupunha 1 kg de camarão Leite suficiente para cobrir o palmito 1 lata de creme de leite Pão de forma (sem casca) triturado pra dar o ponto Preparo: Passar o coração de palmito pupunha in natura no processador de alimentos, cozinhar com uma lata de creme de leite e leite suficiente para cobrir o palmito. Se for usar palmito em conserva, retirar a parte externa mais dura e deixar apenas o coração. Deixar amolecer e apurar bem. Em outra panela, cozinhar o camarão com tempero da preferência, triturar o camarão no processador levemente. Misturar ao palmito. Para 1 kg de palmito utilizar 20 fatias de pão triturado. Dar o ponto. Enrolar, passar na farinha de trigo, passar no ovo batido, passar na farinha de rosca, fritar em óleo bem quente. Rende 80 bolinhos.
8
Julho/Agosto 2016
Festa Julina
As crianças da Ilha Diana, na área continental de Santos, mostraram seus talentos de dançarinos na Festa Julina que aconteceu dia 9 de julho. Quem esteve lá pode provar muitas guloseimas e se encantar com as danças ensaiadas com carinho pelas professoras da UME Rural Ilha Diana. As delícias culinárias foram feitas no capricho pelas moradoras. A Jessica nos passou a receita de seu delicioso bolo de mandioca, que vale a pena provar! (veja receita ao lado)
Bolo de mandioca, sucesso da festa! O bolo de mandioca preparado pela Jessica Flávia Inácio fez sucesso na festa julina da Ilha Diana, na área continental de Santos. A comemoração aconteceu dia 9 de julho animada pelas danças de quadrilha e com direito a muitas guloseimas típicas preparadas pelas moradoras da Ilha. Jessica explica que o bolo é também muito apreciado pelo marido Thiago e a filhinha Lívia. Bolo de mandioca Ingredientes: 1 kg de mandioca crua ralada 500 ml de leite de coco 2 ovos 2 xícaras (chá) de açúcar 2 pacotes de coco ralado ou 1 coco fresco ralado 2 colheres (sopa) de manteiga Preparo: Ralar a mandioca em ralador grosso e reservar. Bater no liquidificador todos os ingredientes, exceto a mandioca. Jogar a massa numa travessa, e jogar a mandioca ralada aos poucos, mexendo bem com a mão. Untar uma forma com margarina e farinha de trigo, espalhar a massa e assar por cerca de uma hora ou mais.
Jessica, o marido Thiago e a filha Lívia
O bolo fez sucesso na festa julina da Ilha Diana
Festa Julina com os alunos da Escola Total em Ilha Diana