Ôxente, foi Danado de Bom!
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Edição Especial Cubatão Danado de Bom
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Durante cinco dias, Cubatão pulsou cultura nordestina. Foram shows, oficinas, teatro, artesanato, comidas do nordeste do país. O evento foi uma homenagem à própria cidade que tem mais de 60% de sua população descendentes ou nordestinos. A chuva não atrapalhou e no fim, o público decretou: Foi simplesmente Danado de Bom!
Fotos: Ademir Orfei
Sexta-feira 18/11/11 Edição 6 Ano 1
Sexta-feira 18/11/11 • Edição 6 • Ano 1
Edição especial Cubatão Danado de Bom • Página 2
O orgulho de ter a alma nordestina
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A Cidade foi buscar no Nordeste manifestações e atividades, porém, acabou se vendo refletida nesta mesma cultura portância dessas pessoas e homenageou alguns dos nordestinos que ajudaram a construir a história da cidade. Os cinco escolhidos representaram os migrantes que começaram a chegar ao município na década de 1940 para as obras da Via Anchieta, permaneceram na região por conta da instalação do Polo Petroquímico e posteriormente pelo surgimento da Rodovia dos Imigrantes. Os homenageados foram o sergipano Alfredo Vieira dos Santos, o Agulhão do Mar; o pernambucano José Ronaldo de Andrade, conhecido como Seu Camarão; Manoel Raimun-
do de Oliveira, cearense; o pernambucano, Albino Barbosa da Silva, o Chapéu de Couro e o também pernambucano Claudelício Mota Cavalcante. A grande homenagem Chico Anysio, o grande homenageado do Festival, está em tratamento médico e ficou impossibilitado de viajar até a cidade. André Lucas, filho do humorista, veio no lugar do artista. “Vou passar para o meu pai o carinho de todo mundo aqui. Ele saiu de uma internação de 110 dias, foi novamente para o hospital e na última segunda-feira recebeu alta, mas
ainda assim não pôde vir. Chico é nordestino, enverga, mas não quebra”, brincou. André Lucas recebeu da prefeita Marcia Rosa e do Secretário de Cultura, Welington Borges, uma placa homenageando Chico Anysio, momento em que aproveitou para ler uma mensagem enviada pelo pai. O recado de Chico dizia: “Estou muito triste por não poder comparecer. Essa é a maior homenagem da minha vida. Obrigada a todo povo dessa bela cidade que é Cubatão”. A prefeita ficou profundamente feliz com a declaração: “Chico Anysio levou o nome
Fotos: Ademir Orfei
o dia 11 ao dia 15 de novembro Cubatão abriu os braços para as suas próprias raízes. Foram cinco dias de festa, mas além disso, foram dias de celebração. Uma forma de homenagear o povo que de certa forma fincou os pilares da cidade. Foi a maior festa nordestina fora do Nordeste. Durante o Danado de Bom, a Cidade foi buscar no Nordeste manifestações e atividades, porém, acabou se vendo refletida nesta mesma cultura. Afinal, mais de 60% dos cubatenses são ou tem ligações com nordestinos. O evento reconheceu a im-
E XPED IEN T E Fone: 13. 3385-9777 e-mail: odialeto@cassiobueno.com.br www.cassiobueno.com.br/odialeto O Jornal O Dialeto é uma publicação da Cassio & Bueno Editora Ltda - CNPJ: 13. 342.109/0001-59 - Avenida Conselheiro Nébias, 707 - sala 01 - CEP: 11.045- 003 Boqueirão - Santos - SP Jornalista responsável: mtb: 46737/SP Projeto Gráfico: Cassio & Bueno Design Gráfico Circulação: Cubatão, Praia Grande, São Vicente e Vicente de Carvalho As matérias assinadas são de responsabilidade de seus autores.
dos nordestinos pelo Brasil afora. Em nome do povo de Cubatão, que é acolhedor, alegre, feliz e tem muito orgulho de sua origem nordestina, muito obrigada”. Durante os cinco dias, os visitantes puderam conferir uma exposição inédita sobre a vida e obra do humorista. Pela primeira vez, Chico Anysio cedeu dez figurinos de seu acervo, usados para dar vida aos seus geniais personagens. Paineis gigantes traziam um pouco da história desse múltiplo artista, com muitas fotos. Havia, também livros, LPs e quadros, tudo criação de Chico Anysio.
Secretário de Cultura Wellington Ribeiro Borges (secretário de cultura)
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Fotos: Ademir Orfei
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maior festival nordestino fora do Nordeste reuniu inúmeras atrações, apresentações, oficinas, comida, muita, mas muita gente mesmo que estava bem ansiosa pelo grande momento da noite. O show principal. A programação foi bem variada e a agitação no primeiro dia ficou a cargo dos Cavaleiros do Forró. Uma grande queima de fogos anunciava o começo do evento. No primeiro, dia mais de 15 mil pessoas circularam pelo espaço. Oficialmente os portões foram abertos às 20h, mas já tinha gente passeando por lá desde o fim da tarde, horário em que a sala de cinema já estava ativa e apresentava o filme o Palhaço. A cidade cenográfica e o espaço intitulado Chico City foram atracões muito procuradas pelo público, enquanto o espetáculo principal não começava. Antes de os Cavaleiros do Forró subirem ao palco, foram vistos grupos teatrais animando as pessoas, shows musicais no palco alternativo, versos de cordel, ritmos nordestinos variados axé, forró pé-de-serra - e por fim uma plateia ansiosa esperava o grande momento. Jailson, o vocalista da banda Cavaleiros do Forró se surpreenderu ao ver a empolgação das pessoas e comentou “Eu sou paraibano, estou muito longe da minha terra, mas hoje me sinto em casa".
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Uma grande queima de fogos anunciava o começo do evento. No primeiro, dia mais de 15 mil pessoas circularam pelo espaço
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abrem festa com animação
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Cavaleiros do Forró
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“Sou mineiro, mas durante 5 dias virei nordestino”
“O Danado de Bom, acima de tudo, veio para despertar a necessidade de nós nos apropriarmos da cultura. Ainda existe muito preconceito em relação à cultura nordestina, mas isso que estamos fazendo é valorizar o que também é nosso. Nós falamos muito de cultura nordestina, mas na verdade estamos falando de 9 estados e temos que identificar os traços culturais de cada região e o festival está colaborando com isso. Sou mineiro, mas durante cinco dias, virei nordestino”, declarou o secretário de Cultura de Cubatão, Wellington Ribeiro Borges
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Zé Ramalho Artista abriu o show homenageando o ícone Gozaguinha e encantou o povo com sucesso de sua carreira
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Novembro Arretado
O nordeste nas mãos de Valdeck de Garanhuns
Fotos: Ademir Orfei
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Pernambucano de Garanhuns, Valdeck esteve no Festival levando toda sua polivalência. Ele é poeta, artista plástico, arte-educador, ator, compositor, contador de estórias e mestre em Teatro de Mamulengo. Em uma das casas da cidade cenográfica do Danado de Bom, Valdeck apresentou seus trabalhos de xilogravura, técnica que utiliza moldes talhados na madeira para imprimir desenhos, típicos do nordeste brasileiro. “Faço isso há 30 anos, desde menino me interesso pela xilogravura”, diz. Os temas são os mais variados: Lendas, mitos, dia-a-dia. Encantado, no meio das obras de Valdeck, a reportagem do Dialeto encontrou Renato Zamarrenho, que veio de Santos para prestigiar a festa. “Eu adoro a cultura nordestina. Incrível como ninguém nunca pensou em realizar uma festa como esta antes”, afirmou.
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segundo dia começou cedo na arena. Das 11 horas da manhã até às 18 horas, inúmeras atrações divertiram o povo. Teatro, dança e música, separados ou em conjunto, em diversos ritmos eles divertiram as pessoas das mais diversas idades. Algumas das atrações como a Quadrilha da 3ªidade, o teatro Mamulengo (aquele em que bonequinhos, em cima de uma caixa, controlados pela mão do artista e de voz projetada contam histórias), o Xaxado e o Cordel percursivo encantaram o público. As pessoas já se preparavam para, talvez, a principal atração musical dos cinco dias de festa, Zé Ramalho. O filho do homenageado Chico Anísio, André Lucas, compareceu ao evento e se apresentou neste dia. Ele presenteou o público com seu novo stand up ‘A mesma coisa, diferente’ além de relembrar bordões de seu personagem, Seu Aranha, na Escolinha do Professor Raimundo, estrelada pelo seu pai. O engraçadíssimo “deixa Dilso, que que é ilso, pára com ilso”, deu o tom de alegria à presentação. Uma grande queima de fogos projetou sua chegada: Enfim Zé Ramalho já se encontrava na arena do Danado de Bom. Zé Ramalho relembrou mais um ícone da cultura musical Nordestina, Gonzaguinha e abriu o seu show com a canção ‘Eterno Aprendiz’ e fez o público se emocionar. Em seguida ele emplacou sucessos como, ‘Avôhai’, ‘Taxi Lunar’, a emocionante ‘Admirável Gado Novo’ e finalmente encantou e fez a plateia chorar com o sucesso ‘Chão de Giz’. A banda de forró Camarão de Bonito encerrou a noite no palco alternativo.
canta Gonzaguinha e emociona
2º DIA
Pernambucano de Garanhuns, Valdeck
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3º DIA
Novembro De Praia Grande
O repente de Jackson da Viola
Fotos: Ademir Orfei
terceiro dia tinha duas super atrações, fora todas as outras apresentações, que não eram poucas. Novamente o dia começou cedo na cidade cenográfica do Danado de Bom. Às 11h o grupo ‘Auto Reverse’ trouxe o estilo MPB cancioneiro nordestino para Cubatão e tocou até às 15h. Entre uma atração e outra, uma roda de capoeira agitou o local, mais Xaxado, teatro e danças anunciavam o que estava por vir. Mais de 20.000 pessoas, embaixo de chuva, se aglomerariam para acompanhar os shows de Frank Aguiar e Calcinha Preta. O primeiro a invadir o palco principal foi Frank Aguiar. O Cãozinhos dos Teclados não poupou, seus tradicionais, gritinhos e muito menos tecnologia e troca de figurinos. A iluminação foi um dos pontos fortes, junto a equipe de bailarinos que deu um show a parte. Frank tocou vários sucessos, como ‘Mulher Madura’, ‘Morango do Nordeste’, mais uma homenagem a Luis Gonzaga, com o ‘Xote das Meninas’ e o ‘Carimbó do Macaco’. A ultima música contou com a participação de um morador da Cota 200. Ao ser chamado no palco, Frank ofereceu R$ 50,00 ao participante caso ele conseguisse cantar um trava línguas que serve de refrão da música ‘Carimbó do Macaco’ sem errar. E o rapaz deu show, cantou e dançou, levantou o público e quem rebolou mesmo foi o Cãozinho dos Teclados na tentativa de retomar o microfone do folião. Em seguida debaixo de uma forte chuva, o Calcinha Preta começou a passar o som, e aproximadamente 20.000 pessoas procuravam um espaço para melhor ver os seus ídolos. O forró eletrônico da banda incendiou o público que dançava sem se importar com a chuva que não deu trégua. Bell Oliver, vocalista, anunciava que em breve chamaria ao palco o cantor Frank Aguiar. E no ponto alto do show, o Cãozinho dos Teclados cantou em parceria com Oliver e Silvânia, o cantor interpretou ‘Você não vale nada, mas eu gosto de você’, sucesso do Calcinha Preta que foi tema da fogosa Norminha, Dira Paes, esposa do guarda de trânsito Abel, interpretado por Anderson Müller em Caminho das Índias.
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Frank Aguiar e Calcinha Preta incendiaram o público que nem ligou para a chuva
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3º dia pegou fogo
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Que chuva que nada.
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Ele deixou a Paraíba com 26 anos, fugindo da seca. “Ela (a seca) me botou para fora”, afirmou. Ele deixou as amarguras para trás e veio para a cidade grande querendo enriquecer. Não ficou rico, mas, durante alguns dias do Danado de Bom, Jackson da Viola divertiu os visitantes com a língua afiada e a agilidade nos repentes. “Eu tinha um vizinho que fazia repente e eu achava lindo e falei para mim mesmo: É isso que eu quero fazer”.
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Mistura eclética dá o tom da festa ÇA AN BR
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m uma mistura bem eclética a Sinfônica de Cubatão dividiu o palco, pela segunda vez, com Osvaldinho do Arcodeon. Ambos tocaram juntos e preparam uma bela homenagem ao Rei do Baião, Luis Gonzaga. Fizeram parte do repertório músicas que vivem no coração do nordestino como ‘Que nem jiló’ e ‘Vida de Viajante’, ícone musical do retirante que veio em busca de uma vida melhor no Sudeste. O quarto dia novamente foi marcado pela agitação e a tentativa, frustrada, da chuva de atrapalhar o evento. Ficou por conta da Bamdamel o principal show da noite. O vocalista se animou ao ver que mesmo com a chuva o público estava lá para prestigiar os músicos: “Obrigado povo de Cubatão. Mesmo com toda essa chuva, vamos fazer com que esta seja a melhor festa do mundo”. A banda tem mais de 19 anos de estrada, e cantou alguns de seus sucessos, como ‘Baianidade Nagô’, ‘ Beijar na Boca’ e Prefixo de Verão’. Após a Bamdamel se apresentar a festa não parou, a Banda Pífanos de Caruaru agitou a madrugada do Danado de Bom. Formada em 1924 pelos irmãos Benedito e João Biano no sertão de Alagoas a Banda alegra pessoas há mais 85 anos e passou por algumas formações. Hoje é composta apenas por familiares, o mais velho, Sebastião Biano tem 93 anos. Os ritmos juninos são embalados ao som de pífanos e percussão.
Carne de sol, manteiga de garrafa e uma deliciosa combinação de manga, coco fresco e camarão. Uma receita cheia de sabor, batizada de Carne de sol ao Toque Litoral Nordestino, elaborada pelo Restaurante Tradição, foi a vencedora do Festival Gastronômico Danado de Bom de Cubatão. Onze estabelecimentos comerciais se inscreveram com receitas originais, inspiradas na culinária nordestina. O Festival Gastronômico fez tanto sucesso entre os clientes, que todos os restaurantes decidiram incluir as receitas participantes no cardápio. “Estou muito emocionado”, definiu rapidamente o proprietário do Tradição, Gustavo Jorge. “Eu fui pesquisar e fiz uma mistura en-
Fotos: Ademir Orfei
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Pra lá de delicioso e com um toque da terrinha
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Supimpa
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O quarto dia novamente foi marcado pela agitação e a tentativa, frustrada, da chuva de atrapalhar o evento
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4º DIA
tre a parte Central e o Litoral do Nordeste”, explicou o chef André Passos, que criou a receita. O editor do Jornal O Dialeto, Alexandre Bueno, foi um dos jurados. Estou muito emocionada com essa premiação. O prêmio será dividido entre os 12 funcionários que ajudaram a criar a receita”, afirmou dona Ruth Rossi, gerente do Restaurante Tempero Manero, 2º lugar com a receita Escondidinho de mandioca com carne seca e catupiry. O espaço faz parte de uma rede
de restaurantes e o prêmio deve valorizar a filial de Cubatão, inclusive, com investimentos. O 3º lugar ficou com Carne seca gratinada do Projeto 10 e em 1, mas o restaurante não enviou representante ao anúncio.
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Música, dança, cultura e alegria.
Fotos: Ademir Orfei
Página 7 • Edição especial Cubatão Danado de Bom
“Moro em Santos e é a primeira vez que venho. Achei bem legal. Sou sergipano e a com a festa deu pra matar um pouquinho da saudade da minha terra. Fiz questão de trazer minha filha pra aproximá-la da minha realidade”, Roque Alves da Conceição
O resumo da festa Última apresentação do festival reuniu tudo o que o Danado de Bom teve de melhor. Daniela Mercury foi show!
O Povo diz que foi Danado de Bom
Talvez não houvesse show melhor para encerrar o Danado de Bom do que o que realmente fechou a festa. A apresentação da cantora Daniela Mercury, além de agitar o público que conferiu o último dia do festival, foi uma síntese da festa cubatense. Alegria, dança, música, diversidade, resgate das raízes culturais do nordeste com um pitada de modernidade. Daniela Mercury, uma das maiores estrelas da nossa música, encerrou o Festival trazendo um show que tem como principal lema o afeto: afeto pela diversidade e riqueza da música brasileira. E sentiu de perto o amor de toda a plateia que, mesmo embaixo de muita chuva, compareceu. A artista demonstrou em cada canção, em cada dança executada com maestria pelos bailarinos, um espetáculo vigoroso e poético. O repertório escolhido especialmente para Cubatão foi eclético e incluiu músicas antigas como “Rapunzel” e até mesmo marchinhas de Carnaval. Daniela também cantou o Brasil de Elis Regina, de Carmem Miranda, de Raul Seixas, de Roberto Carlos, transpirando influências pop e de MPB, além das batidas do candomblé. A artista encerrou o show com “O canto da cidade”, ao lado da cantora Patrícia Alves, da Afrobanda, projeto musical de Cubatão. Uma queima de fogos que durou cerca de vinte minutos coloriu o céu da cidade, marcando o fim do Danado de Bom. Surpresa Ninguém esperava, mas a artista, que já fez shows por praticamente todo o Brasil e até no exterior, surgiu no pequeno palco da Praça de Alimentação do Danado de Bom por volta das 20 horas, dividindo a cena com o Grupo Afrobanda – Percussão e Movimento. Ela fez questão de conhecer o projeto, formado por adolescentes e jovens cubatenses de 12 a 21 anos em situação de vulnerabilidade social. A artista conhece de perto a importância de ações como essa: “É fantástico. Projetos assim fazem com que as crianças sejam mais expressivas e comunicativas para enfrentar esse mundo de hoje, que ninguém foi preparado para enfrentar. Trabalho com a Unicef há mais de 16 anos e sei que o quanto esses trabalhos nos ajudam na luta para que as crianças sejam respeitadas e se tornem protagonistas”.
“A chuva atrapalhou um pouco, mas o evento está bonito. Não sou nordestina, mas adoro a cultura”, Nádia Nóbrega dos Santos
“Sou de Santos e estou adorando a festa. Adoro o nordeste, é uma terra linda”, Rosa Cristina
“Vim todos os dias e no ano passado também. É uma ótima opção para quem mora em Cubatão como eu. Dá orgulho de ser cubatense vendo uma festa assim”, Romildo Miranda da Costa
“Adoro a cultura nordestina e essa é a melhor festa da Baixada Santista. Ainda bem que é em Cubatão”, Judith de Oliveira
“Sou filho de nordestino e uma festa assim é muito bom. São as minhas raízes”, Adeílton Silva da Costa
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Cubatão virou Nordeste de novo! Edição especial Cubatão Danado de Bom • Página 8
Obrigado e até 2012!