Jornal Filiado à
Santos - Ano 19 - julho/2014
Reação Química
www.facebook.com/quimicos.dabaixadasantista
Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas, Farmacêuticas e de Fertilizantes de Cubatão, Santos, São Vicente, Guarujá, Praia Grande, Bertioga, Mongaguá e Itanhaém
8º Congresso Fequimfar Acompanhe as negociações que estão em curso
página 5
Negociação extra turno Dow, Styron e CBE Guarujá
página 8
Grande avanço no acordo de turno da Vale Fertilizantes
página 9
Presença de Alckimin, Lula, ministros, dirigentes da Força e da Cut mostrou o peso político da nossa categoria no cenário político, social e sindical do país. PÁG. 7
Rede Linde em busca da equiparação
Entrega de agasalhos para o Fundo Social
Leia mais na PÁGINA 12
Leia mais na PÁGINA 2
2
Jornal Reação Química www.facebook.com/quimicos.dabaixadasantista
Santos - Ano 19 - Julho • 2014
Editorial
Ganhando e perdendo Não há dúvidas que as ações sindicais têm conseguido melhorar a renda dos trabalhadores do nosso pólo, e não são só açõe da diretoria, mas principalmente o apoio dos trabalhadores a estas ações. Essa fase de embates teve início no ano passado com uma negociação muito difícil que levou o sindicato à porta da fábrica, evitando a colocação de teto nos reajustes e permitindo avanços aos quais as empresas estavam resistindo. Um apoio dos companheiros da Braskem, por exemplo, além de conseguir um retroativo não esperado em torno de 2 salários brutos também proporcionou no início do ano um aumento real aproximado de 4% na remuneração mensal. O mesmo está acontecendo
com os trabalhadores de turno da Vale Fertilizantes, a partir deste mês, e agora estamos nas tratativas destes procedimentos com a Dow, a CBE Guarujá e a Styron. São aumentos reais acima da inflação e ainda vamos discutir a reposição e o aumento real na data base como fazemos todo ano. Mas não podemos deixar de lembrar que isto é possível quando os trabalhadores comparecem à assembleia e assinam lista de presença. Sem isso é impossível fazer alguma coisa. Falo isso porque já vimos alguns se negarem a assinar a presença, o que nunca compromete pois as decisões nunca são por unanimidade, inviabilizando que a empresa saiba pelo que o trabalhador optou. Mas
tudo isto foram ganhos. As perdas continuadas se referem às condições de trabalho, cada vez mais inseguras, causando acidentes cada dia mais graves, o que pode parecer tétrico, mas a contabilidade é crescente: primeiro um dedo, depois um braço depois um pescoço. E o pior é que vimos isto acontecer ao contrário com a diminuição dos acidentes, gravidades e ocorrências quase a zero. Cabe a cada um de nós evitar que isso aumente. Sabemos que a responsabilidade é das empresas, mas se não denunciarmos antes, não serve de muita coisa denunciar depois que alguém se machucou. Entre nesta briga e denuncie! Não precisa se identificar. A apuração da veracidade é nossa.
Herbert Passos, presidente do sindicato
Entrega de agasalhos do Fundo Social O Sindicato entregou ao Fundo Social de Solidariedade uma montanha de agasalhos doada pela comunidade e associados, na foto diretores junto com representantes da Prefeitura municipal de Santos. É importante esta ação social logo no início do inverno quando a situação começa a complicar para as pessoas necessitadas. Não se poderia deixar de lembrar que a cada ano melhoram as peças doadas, mostrando que campanha não é descarte de lixo e sim uma conscientização de que ninguém é mais forte do que todos nós juntos. Parabéns a sociedade e aos companheiros que participaram desta ação, estendendo aos escoteiros que sempre estão conosco, aos grupos de motociclistas incansáveis, ao supermercado Bom Gosto que sempre nos apoia e a Polícia Militar de SP que junto com os agentes da CET, garante mais uma vez o sucesso da empreitada. expediente - www.sindquim.org.br - jornal@sindquim.org.br O Jornal Reação Química é uma publicação do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas, Farmacêuticas e de Fertilizantes de Cubatão, Santos, São Vicente, Guarujá, Praia Grande, Bertioga, Mongaguá e Itanhaém. Sede Social - Avenida Pinheiro Machado, 77, Santos, SP - Cep: 11075-001 - Fone: 13-3221-3435 - Fax: 13-3221-1089. Rua Assembleia de Deus, 39, 2º andar, conjunto 202, Cubatão, SP - Cep: 11500-040 - Fone: 13-3361-1149. Presidente: Herbert Passos Filho - Diretor Responsável: Jairo Albrecht - stiqff@gmail.com - Jornalista Responsável: Herbert Passos Neto - Mtb 39.204 - Fotos: Márcio Pires Ribeiro. Diagramação: www.cassiobueno.com.br - 13. 3385-9777 - Gráfica Diário do Litoral - 13-3226-2051 - 6 mil exemplares
Jornal Reação Química
Santos - Ano 19 - Julho • 2014
www.facebook.com/quimicos.dabaixadasantista
3
Fonte: CAGED/RAIS. MTE. Elaboração: DIEESE
CAGED Maio 2013 / Maio 2014
Tabela 3 Movimentação de trabalhadores formais na Indústria Química, segundo salário mensal médio – Brasil, Maio 2014/2013
De acordo com o CAGED-MTE, em maio de 2014, a indústria química brasileira fechou 1.540 postos de trabalho formais. Em maio de 2013, o setor obteve saldo positivo, caracterizado pela abertura de 10.708 postos de trabalho formais. Cabe destacar que apenas os segmentos sucroalcooleiro e plástico apresentaram saldo negativo (Tabela 3). Para maio de 2014 temos que o salário mensal médio de um trabalhador formal admitido na indústria química no Brasil foi 3,7% menor que o salário mensal médio de um trabalhador formal demitido no mesmo setor e período. Movimentação de trabalhadores formais na Indústria Química, segundo salário mensal médio – Brasil, Maio 2014/2013 A indústria química do estado de São Paulo, no mês de maio de 2014, gerou 1.689 postos de trabalho formais. Em maio de 2013, o setor também apresentou saldo positivo, sendo abertos 3.159 postos de trabalho formais. Em maio de 2014, o salário mensal médio de um trabalhador formal admitido na indústria química em São Paulo foi 12,5% menor que o salário mensal médio de um trabalhador formal demitido no mesmo setor. Movimentação de trabalhadores formais na Indústria Química, segundo salário mensal médio – São Paulo, Maio 2014/2013
A indústria química do estado de São Paulo, no mês de maio de 2014, gerou 1.689
postos de trabalho formais. Em maio de 2013, o setor também apresentou saldo positivo, sendo abertos 3.159 postos de trabalho formais. Em maio de 2014, o salário mensal médio de um trabalhador formal admitido na indústria química em São Paulo foi 12,5% menor que o salário mensal médio de um trabalhador formal demitido no mesmo setor (Tabela 4).
Fonte: CAGED/RAIS. MTE. Elaboração: DIEESE
Tabela 4 Movimentação de trabalhadores formais na Indústria Química, segundo salário mensal médio – São (Janeiro Paulo, Maio 2014/2013 3. CAGED – Acumulado de 2014 - Maio de 2014)
No acumulado de 2014, a indústria química fechou 6.933 postos de trabalho formais, de
A indústria química do estado de São Paulo, no mês de maio de 2014, gerou 1.689
acordo com o CAGED-TEM. Destaca-se o saldo negativo do segmento sucroalcooleiro
postos de (Tabela 5). trabalho
formais. Em maio de 2013, o setor também apresentou saldo positivo,
Nesse mesmo período, mensal médio sendo abertos 3.159 postosodesalário trabalho formais.
de um trabalhador formal admitido na
indústria química no Brasil foi 5,9% menor que o salário mensal médio de um trabalhador
Emdemitido maio deno2014, salário mensal formal mesmoo setor (Tabela 5).
médio de um trabalhador formal admitido na
indústria química em São Paulo foi 12,5% menor que o salário mensal médio de um trabalhador formal (Tabela 4). Tabela 5 Fonte: CAGED/RAIS. MTE.demitido no mesmo setor Elaboração: DIEESE
Movimentação de trabalhadores formais na Indústria Química, segundo salário mensal médio – Brasil, 2014
Acumulado de 2014 – Janeiro a Maio No acumulado de 2014, a indústria química fechou 6.933 postos de trabalho formais, de acordo com o CAGED-TEM. Destaca-se o saldo negativo do segmento sucroalcooleiro (Tabela 3). Nesse mesmo período, o salário mensal médio de um trabalhador formal admitido na indústria química no Brasil foi 5,9% menor que o salário mensal médio de um trabalhador formal demitido no mesmo setor . Movimentação de trabalhadores formais na Indústria Química, segundo salário mensal médio – Brasil, 2014
Tabela 4 5 Movimentação de trabalhadores formais na Indústria Química, segundo salário mensal médio – São Paulo, Maio 2014/2013
Fonte: CAGED/RAIS. MTE. Elaboração: DIEESE
Tabela 6
Movimentação de trabalhadores formais na Indústria Química, segundo salário mensal médio – São Paulo, 2014
Na indústria química do estado de São Paulo, foram gerados 25.402 postos de trabalho formais no acumulado de 2014. Nesse mesmo período, o salário mensal médio de um trabalhador formal admitido na indústria química de São Paulo foi 21,6% menor que o salário mensal médio de um trabalhador formal demitido no mesmo setor. Movimentação de trabalhadores formais na Indústria Química, segundo salário mensal médio – São Paulo, 2014
DIEESE A) Valor da cesta básica recua em 10 capitais Em junho, os preços do conjunto de bens alimentícios essenciais diminuíram em 10 das 18 capitais onde o DIEESE realiza mensalmente a Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos. As maiores quedas foram registradas em Belo Horizonte (-7,33%), Campo Grande (-4,55%), Porto Alegre (-4,00%) e São Paulo (-3,25%). As altas mais expressivas foram observadas no Norte e Nordeste: Manaus (6,08%), João Pessoa (3,43%), Aracaju (2,45%) e Recife (1,53%). O maior valor da cesta básica foi apurado em São Paulo (R$ 354,63), que apresentou a quarta maior
Na indústria química do estado de São Paulo, foram gerados 25.402 postos de trabalho formais no acumulado de 2014. Nesse mesmo período, o salário mensal médio de um Fonte: CAGED/RAIS. MTE. Elaboração: DIEESE
trabalhador formal admitido na indústria química de São Paulo foi 21,6% menor que o salário mensal médio de um trabalhador formal demitido no mesmo setor (Tabela 6).
5 Fonte: CAGED/RAIS. MTE. Elaboração: DIEESE
variação negativa (-3,25%) em relação a maio. A segunda cesta mais cara foi observada em Florianópolis (R$ 353,76), seguida por Porto Alegre (R$ 351,36). Os menores valores médios da cesta foram verificados em Aracaju (R$ 247,64), Salvador (R$ 278,97) e João Pessoa (R$ 281,70). Com base no custo apurado para a cesta de São Paulo e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, em maio, o salário necessário para a família deveria ser de R$ 2.979,25, ou seja, 4,11 vezes o mínimo em vigor, de R$ 724,00. O valor do salário mínimo
6 necessário é estimado mensalmente pelo DIEESE. Em junho de 2013, o valor necessário para atender às despesas de uma família chegava a R$ 2.860,21, o que representava 4,22 vezes o mínimo da época (R$ 678,00).
B) Custo e vida não se altera em junho Em junho, o custo de vida na cidade de São Paulo não variou em relação a maio. Os grupos Habitação (0,44%) e Despesas Pessoais (0,39%) apresentaram contribuição conjunta de 0,12 ponto percentual (p.p.). Outros dois grupos: Alimentação (-0,27%) e Transporte (-0,27%) – contribuíram juntos com -0,12 p.p., o que manteve o Índice de Custo de Vida (ICV) inalterado. 7
4
Jornal Reação Química
Santos - Ano 19 - Julho • 2014
www.facebook.com/quimicos.dabaixadasantista
Matérias legislativas Proposta obriga empresa a reduzir causa de insalubridade no trabalho Se a redução do risco for comprovada o empresário poderá até deixar de pagar o adicional de insalubridade. A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei 6193/13, do deputado Carlos Bezerra (PMDB-MT), que obriga as empresas a aplicar e atualizar todas as tecnologias disponíveis no mercado para reduzir ou eliminar a periculosidade e a insalubridade no trabalho. “O verdadeiro objetivo do Direito do Trabalho não é, e nem poderia ser, o de indeni-
zar a saúde arruinada”, diz Bezerra. A proposta inclui a obrigação nas competências da empresa sobre segurança do trabalho, previstas na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT, aprovada pelo Decreto-lei 5.425/43). Atualmente, cabe à empresa cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho; instruir os empregados para evitar acidentes ou doenças ocupacionais; e não impedir a fiscalização do trabalho. O deputado afirmou que os adicionais no salário não
podem ser um substituto à busca de redução ou eliminação da insalubridade e da periculosidade. “É um instrumento de compensação de danos, de caráter provisório”, afirmou Bezerra. Para o deputado, a proposta também interessa às empresas que podem deixar de pagar o adicional de insalubridade se comprovarem a eliminação do risco ou mantê-lo sob o limite de tolerância. A medida geraria uma redução de custos para o empreendimento.
CCJ aprova proposta que garante estabilidade no emprego à mãe adotante A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou, nesta terçafeira (15), a admissibilidade da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 146/12, do deputado Benjamin Maranhão (SD-PB), que estende a estabilidade provisória no emprego à mãe que adotar um filho. Pela PEC, a adotante não po-
derá perder o emprego por dispensa arbitrária ou sem justa causa nos cinco meses subsequentes à adoção ou à obtenção da guarda judicial para fins de adoção. Atualmente, essa estabilidade é assegurada pela Constituição Federal à gestante desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto. Para Maranhão, é essencial a garantia do
emprego também à mãe adotante como forma de assegurar a proteção e o bem-estar da criança durante sua adaptação ao novo lar. O relator na CCJ, deputado João Paulo Lima (PT-PE), concordou com a equiparação de direitos entre mães naturais e adotantes. Seu voto foi pela conformidade do texto, que foi considerado apto a tramitar na Câmara.
Inclusão de tempo sem registro gera polêmica Questão controversa, a possibilidade de incluir período de trabalho em empresa sem o registro em carteira, na contagem de tempo – para efeito de aposentadoria –, é considerada difícil de ser aceita, e necessita que a pessoa recorra à Justiça, segundo especialistas. Isso é o que pretende fazer o aposentado José Roberto Niero, 59 anos, de São Caetano, que se aposentou em 2011, e quer a revisão do benefício para incluir período em que trabalhou em empresa sem ser registrado. Durante três anos (de janeiro de 1971 a dezembro 1973) ele atuou em escritório de contabilidade que o manteve como trabalhador informal – e, portanto, sem contribuir à Previdência Social. Niero disse que somente no início de 1974 conseguiu fazer com que a firma formalizasse seu vínculo, com a anotação na carteira profissional, de que ele fazia parte de seu quadro de funcio-
nários. Antes de entrar com o pedido para o benefício, Niero tentou demonstrar ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) o vínculo nos três anos como informal, por meio de documentos, como o certificado de alistamento e o título de eleitor da época – em que constavam, em ambos, que ele era auxiliar de escritório –, e ainda livros fiscais com sua caligrafia, por exemplo. Segundo o aposentado, o órgão sequer quis protocolar sua solicitação, alegando que a documentação não tinha relação direta com a empresa. O advogado previdenciário Thiago Luchin, do escritório Aith, Badari e Luchin Sociedade de Advogados, disse que o caminho para a revisão do benefício tem de ser mesmo pela via judicial, por que administrativamente a pessoa não terá êxito. E, embora já faça mais de 30 anos que ele tenha trabalhado informalmente, ainda há condições de recor-
rer à Justiça, já que são dez anos de prazo para a revisão do benefício. Mesmo pelo Judiciário, é difícil conseguir a inclusão do tempo informal de serviço. “Há juízes que entendem que o trabalhador é hipossuficiente (ou seja, é a parte mais vulnerável)”, disse. No entanto, é preciso juntar documentos como hollerite, recibo de pagamento e testemunhas. Dependendo da interpretação do juiz, mesmo nesses casos, a decisão pode ser desfavorável. É o que avalia o advogado Jairo Guimarães, do escritório Leite e Guimarães. “Se ele tinha carteira profissional na época e aceitou trabalhar sem registro, o INSS não é obrigado a reconhecer, porque ele concordou com essa situação”, disse. Por sua vez, Patrick Villar, do escritório Villar Advocacia, diz que há entendimento de que o tempo de serviço deve ser considerado, mesmo sem a contribuição no período, quando for comprovada a atividade.
Audiência debaterá impactos dos acidentes de trabalho na Previdência e no SUS A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados realizará audiência pública na próxima quinta-feira (3), às 9h30, para discutir os impactos que vêm sendo causados pelos acidentes de trabalho no
Brasil e na Bahia sobre a folha da Previdência Social e sobre as despesas do Sistema Único de Saúde (SUS). O debate foi solicitado pelo deputado Amauri Teixeira (PT-BA), diante de um cenário de cerca de 700 mil casos
de acidentes de trabalho registrados em média no Brasil todos os anos, sem contar os casos não notificados oficialmente, de acordo com os ministérios da Previdência Social e da Saúde. A utilização de maquinário velho e
desprotegido, de tecnologia ultrapassada e de mobiliário inadequado aparece entre as principais causas desses acidentes, ao lado do ritmo acelerado, assédio moral, cobrança exagerada e desrespeito a diversos direitos.
Fraturas, luxações, amputações e outros ferimentos, e até mesmo a morte do trabalhador, são as consequências dos acidentes mais frequentes. Em seguida, vêm lesões por esforço repetitivo e Distúrbios Osteomusculares Re-
Sindicalize-se ! www.sindquim.org.br
lacionados ao Trabalho (LER/Dort), e depois os transtornos mentais e comportamentais, como episódios depressivos, estresse e ansiedade. Anualmente, o País gasta em torno de R$ 70 bilhões por causa dos acidentes de trabalho.
Santos - Ano 19 - Julho • 2014
Jornal Reação Química
www.facebook.com/quimicos.dabaixadasantista
5
Reunião Força Sindical Baixada Santista
Presença representativa de 43 entidades filiadas
Mais uma reunião dos sindicatos filiados a Força Sindical na Baixada Santista, onde sempre são discutidas as campanhas salariais, as-
pectos políticos e jurídicos que impactam a vida dos trabalhadores da região. Com a maioria dos trabalhadores e aposentados daqui
PLR Braskem As novas negociações do PLR da Braskem, tiveram início e o Sindicato está preocupado com os resultados do negócio, que pode impactar a premiação, as ocorrências recentes estão levando a uma baixa produção do “site” e logo
entraremos em uma parada de manutenção. A ideia do Sindicato é focar mais as metas nos resultados corporativos do que nos locais, assim o comprometimento dos trabalhadores não seria afetado diretamente pela questão local.
Acidente de trabalho aumentam na região Está cada vez pior! É um acidente atrás do outro. Agora a campeã é a Yara Fertilizantes, tanto na antiga fábrica da Trevo (que já devia ter fechado há muito tempo), como também na fábrica da antiga Manah. Primeiro foi um trabalhador que perdeu um dedo numa operação que devia ter parâmetros que impedissem esse tipo de ocorrência, depois outro
que foi atingido pela queda de uma estrutura metálica e está internado. Já na Heringer quase tivemos a perda de um membro superior, pois um trabalhador que não era do serviço foi ajudar outro a fazer uma operação que não tinha as proteções definidas na NR10 e 12, portanto também condição insegura, além de gritante falta de cadeia de comando.
sendo representados por estas entidades, é normal que as tratativas discutidas tenham sempre interesses e estratégias definidas, como
a necessidade de termos a instalação de um observatório social, pois atualmente as formas de identificação social só são feitas por inte-
resses patronais, que na nossa ótica não são confiáveis. Em breve poderemos ter mais esta ferramenta a serviço dos trabalhadores.
PLR Petrocoque Recebemos o plano de PLR da Petrocoque, que na verdade é a repetição do plano que realizamos no ano passado. O Sindicato entende que realmente o plano melhorou, inclusive foi a melhor distribuição de prêmios que tivemos até hoje. Mas com as condições
econômicas atuais, estamos querendo “blindar” os efeitos da crise, que podem (e devem) prejudicar as metas financeiras pretendidas. Com isto levamos a direção da empresa a ideia de expandir a “régua” com o objetivo de garantir pelo menos um valor em função
do esforço de todos. Situações como a baixa do dólar e a postergação das atividades no Paraná são prejudiciais e fogem das expectativas anteriores, mas a dedicação dos trabalhadores até aumentou, principalmente agora com a cogeração entrando em operação.
VLI Turno e PR Agora que conseguimos terminar a novela dos turnos da Vale fertilizantes, vamos poder começar as discussões do turno da VLI e o “PR”, pois agora com a nova conformação acionária as tratativas diferem da Vale S.A e da Vale Fertilizan-
tes, com metas econômicas e departamentais ligadas diretamente ao negócio. A expectativa para os próximos anos, com os atuais investimentos, é que se transforme na empresa mais economicamente viável do polo industrial, inclusive
www.
deverá proporcionar o desenvolvimento das outras, que poderão se valer da logística proporcionada por ela. Acreditamos que para a primeira quinzena de agosto, já tenhamos posições a serem colocadas em votação para os trabalhadores.
facebook.com/quimicos.dabaixadasantista
6
Jornal Reação Química www.facebook.com/quimicos.dabaixadasantista
Sindicato recebe homenagem na Câmera de Santos pelos 55 anos A Câmara de vereadores de Santos votou e aprovou por unanimidade um voto de louvor, proposto pelo vereador “Cacá”, para a nossa entidade pelo aniversário de 55 anos. É muito bom que a nossa entidade seja reconhecida pelo seu trabalho tanto na defesa da categoria, quanto na promoção da cidadania. O importante é que o
NRs
Reiniciando auditorias de NRs nas empresas começamos pela Anglo Americam, onde o resultado não foi nada bom. É certo que com a nova NR13 existem adequações a serem feitas e eles tem prazo para tal, mas em condições já antigas como disposição de armazenagem, NR 10, equipamentos coleti-
reconhecimento neste caso não é para alguém ou uma diretoria, é para uma categoria que sempre esteve unida, sabendo distinguir as atitudes corretas e mais importantes a serem tomadas. Portanto, parabéns aos companheiros associados na ativa e principalmente aos aposentados que construíram a moral de nosso Sindicato.
vos e condições higiênicas na área as situações ainda estão bem comprometedoras. A Anglo American acertou com o Sindicato uma reunião para em conjunto montarmos um plano para que as condições em geral atendam as conformidades exigíveis para uma empresa deste porte.
Santos - Ano 19 - Julho • 2014
Doação de camisetas aos indígenas da Praia das Vacas
Apipe e Valadares representaram o sindicato
Dando prosseguimento às atividades sociais, o Sindicato doou 100 camisetas comemorativas dos 55 anos da nossa entidade aos indígenas da praia de
Paranapuã, mais conhecida como praia das Vacas. Este agrupamento é bem organizado, mas muito carente, principalmente as crianças que tem sido alvo de diver-
sas ações sociais. Para dar condições dignas a elas, o nosso Sindicato tem participado de algumas e a diretoria está sempre atenta para colaborar.
Matérias jurídicas Empresa não pode demitir funcionário doente apto a trabalhar A função social de uma companhia impede a dispensa de trabalhadores que, embora aptos ao trabalho, estejam doentes. Com esse entendimento, o juiz Leopoldo Antunes de Oliveira Figueiredo, do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (SP), determinou que uma funcionária do Banif demitida sem justa causa fosse reintegrada ao quadro da
instituição. Antes da dispensa, ela havia sido diagnosticada com câncer. “Não é possível que o trabalhador seja tratado como peça descartável, em benefício do lucro e desempenho da atividade empresarial, nunca deve ser deixada de lado a condição de ser humano e a necessidade de ser tratado de forma digna”, escreveu Figueiredo em sua decisão. A sen-
tença foi proferida em pedido de tutela antecipada. O juiz afirmou ser evidente, no caso, o perigo de demora em decidir, pois “caso o reclamante tenha que esperar a prolação da sentença de mérito para que seja reintegrada ficará sem sua principal fonte de sustento, necessária, inclusive, para seu tratamento médico”. A tese foi defendida pelo advogado
Eli Alves da Silva. Figueiredo afirma ainda que a morosidade da Justiça favorece aquele que pode esperar, ou seja, a empresa, transformando-se numa forma de pressão sobre o mais fraco, “pois muitas vezes vemos na Justiça do Trabalho o reclamante abrir mão de muitos de seus direitos por estado de necessidade, pois geralmente discutem-se ver-
bas de natureza alimentar, da qual retira o sustento de sua família, resumindo-se esta situação na frase: "Quem tem fome, tem pressa”. Em conclusão, o juiz sustenta que mesmo que a empresa possa comprovar posteriormente que tenha cumprido com suas obrigações contratuais, há fortes motivos para crer na veracidade das alegações da funcionária.
Turma afasta incidência de imposto de renda sobre férias indenizadas Por terem natureza indenizatória, as verbas referentes a férias que não forem pagas durante o contrato de trabalho não constituem a base de cálculo do imposto de renda, uma vez que não representam acréscimo patrimonial. Este foi o entendimento da Oitava Turma do Tribunal Superior do trabalho (TST) ao julgar recurso de uma economista da Procter & Gamble do Brasil S. A. A empresa
terá, agora, de restituir os valores indevidamente descontados. O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (SP), ao examinar o caso, considerou que a empresa agiu de maneira correta ao obedecer à Instrução Normativa 15/2001 da Receita Federal, que estabelece, em seu artigo 11, que as férias indenizadas integram a base de cálculo do imposto de renda. Para o Regional, eventual discussão
sobre o cabimento ou não da instrução normativa em face das normas legais e constitucionais sobre a matéria deve se dar "por meio de ação própria proposta junto ao juízo competente". Em recurso de revista ao TST, no entanto, a economista defendeu que a Justiça do Trabalho seria competente para dirimir a controvérsia, uma vez que esta decorre da relação de trabalho. Argumentou ainda
que a parcela em debate tem por objetivo reparar o direito ao gozo das férias não concedidas ao trabalhador, e, portanto, possui natureza indenizatória, enquanto o imposto de renda deve ser calculado apenas sobre renda ou proventos que gerem acréscimo patrimonial. A relatora do processo no TST, ministra Dora Maria da Costa, observou que o Código Tributário Nacional estabelece, em seu
artigo 43, que "o imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer natureza tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica". Dessa forma, como as verbas indenizatórias têm por finalidade a reconstituição, e não acréscimo, do patrimônio do trabalhador, não haveria de ser contabilizada na base de cálculo do imposto de renda. A decisão foi unânime.
Jornal Reação Química
Santos - Ano 19 - Julho • 2014
www.facebook.com/quimicos.dabaixadasantista
7
8º Congresso da FEQUIMFAR
Abertura teve presença de autoridades dos cenário político e sindical da País
Passos falou pela Secretaria Nacional dos Químicos da Força
Paulinho da Forca esteve presente
Miguel Torres, presidente da Força Sindical
O melhor congresso sindical dos últimos tempos. O nosso presidente da Fequimfar, Sérgio Leite, está de parabéns. Mostrou a capacidade, a organização e o peso
Manuel Dias, Ministro do Trabalho
político da nossa categoria. Com a ótima coordenação do companheiro Edson Bicalho, que comandou a assessoria, muito capacitada por sinal, realizamos um
fato que ficará marcado na história do sindicalismo. Tivemos a presença do presidente da nossa Central, Miguel Torres; do Governador do estado, Geraldo Alckmin;
Governador Geraldo Alckmin
Lucineide representou a Confederação Nacional dos Químicos da CUT
de representações estaduais e nacionais da Força sindical, inclusive o companheiro deputado federal Paulinho da Força. Todos destacaram a caminhada de nossa cate-
goria nos avanços nacionais, até porque a presença dos companheiros da CNQ CUT e Fetiquim (CUT) ali conosco mostrava que a união é a nossa realidade.
Palestras importantes e presença dos prefeitos da região
Serginho, presidente da Federação
João Guilherme, da assessoria política da Força Sindical
Passos é o 1º vice-presidente da federação
Juruna, Secretário Geral da Força Sindical
No 2º dia também foi importante, pois tivemos palestras com assessoria do Dieese e da assessoria política sindical da Força, culminando com a palestra do ex-presidente Lula. As presenças também fo-
ram marcantes como das prefeitas Márcia Rosa (Cubatão), Antonieta (Guarujá), Ana Preto (Peruíbe), dos prefeitos Billy (S. Vicente), Luiz Marinho (S. Bernardo do Campo) das deputadas federal Maria Lucia Prandi
e estadual Telma de Souza. Mas todos com conteúdo e demonstrando que a Federação dos Químicos de São Paulo é eclética e respeita a diversidade política e ideológica. Neste dia também tivemos o compa-
Ex-presidente Lula
Airton do DIEESE
nheiro Wagner, presidente nacional da CUT e do secretário geral da Força Sindical Juruna. Com tantas informações, os delegados do congresso se debruçaram sobre os cadernos de temas, realizaram
muitas análises e depois de muitas discussões aprovaram no 3º dia um programa de ações em prol da categoria, que divulgaremos assim que possamos encadernar as matérias.
8
Jornal Reação Química www.facebook.com/quimicos.dabaixadasantista
Santos - Ano 19 - Julho • 2014
Negociação extra turno (OJ) Dow, Styron e CBE Guarujá Estão bem adiantadas as negociações com estas empresas, já foram propostos números tanto para indenização do passivo, como para a prática
do futuro. Mas não foi possível chegar a um consenso sobre os valores para serem apresentados e aceitos pela direção das empresas e posteriormente
pelos coletivos de trabalhadores, em assembleias, para que tenham a decisão final. A negociação além de valores, também versa sobre a forma de
operação futura e os prazos de pagamentos, visto estarem fora de orçamentos prévios e mais alguns procedimentos, pois se ali é um condomínio, estes
procedimentos na entrada e saída, deverão ser iguais, mas sempre respeitando a qualidade e a segurança das trocas de turno.
Churrasco de confraternização Café da Manhã tem data marcada! Está marcado nosso churrasco para a categoria, será como sempre em setembro, dia 27 a partir
do meio dia, no educandário santista, Av. Conselheiro Nébias, 680 - Santos. Ligue para nós e confirme
presença para que possamos fazer aquela festa como sempre fizemos, pois você merece.
www.facebook.com/ quimicos.dabaixadasantista
Marque esta data e confirme: dia 06 de agosto próximo faremos nosso café da manhã com os associados. Como sempre, será das 9h até no máximo 11h da manhã. É importante
que você ligue confirmando a presença para podermos prever o número de participantes. Será na sede social do Sindicato, na Avenida Pinheiro Machado (Canal 1), 77, em Santos.
Jornal Reação Química
Santos - Ano 19 - Julho • 2014
www.facebook.com/quimicos.dabaixadasantista
9
Vale Fertilizantes Reunião dos Sindicatos da Vale Fertilizantes Com tanta briga e ataques o nosso Sindicato resolveu forçar a abertura de negociações de forma que beneficiando outros sindicatos, recebesse também o apoio deles para as nossas reivindicações, por isso fizemos uma reunião em Uberlandia, no começo de julho, onde por consenso foi produzida uma pauta e apresentada a Vale Fertilizantes, que ficou de apreciar e responder logo a seguir. A pauta abria a negociação do “PR” da Vale Fertilizantes
inovando um multiplicador para os trabalhadores de turno, recuperando, pelo menos parcialmente, as perdas quando da instalação do “PR” da Vale. Mas não podíamos admitir que os trabalhadores administrativos perdessem, pois não é para tirar de um para o outro. Com todas estas notícias de vendas totais ou parciais precisávamos também blindar os acordos, então propusemos vigência de 02 anos e antecipação já para o final do mês.
Dirigentes sindicais se reuniram com a Vale
Reunião Vale em Uberlândia
Dirigentes sindicais
Já no meio do mês a Vale Fertilizantes informou estar pronta para responder, então novamente realizamos reunião com todos os sindicatos, onde foi mantido o consenso, e nos reunimos
com a empresa. Por problemas de “grades” nos voos tivemos de nos retirar antecipadamente da reunião mas não sem antes reforçar nosso apoio a proposta consenso, como relatada
Reunião com a empresa
anteriormente. Afinal sempre prezamos a questão de consenso. Para a nossa surpresa e indignação a companheira de Uberaba, sem autorização de ninguém do grupo, se levanta após nós
termos nos retirado e informa a Vale Fertilizantes que os trabalhadores haviam mudado a proposta, retirando o multiplicador do turno e pedindo aumento do teto. A empresa já havia in-
formado que para aumentar o teto teria que usar como indicador o ebitida e fluxo de caixa da Vale Fertilizantes, o que é um risco certo e não aceitávamos, e ficou criado o impasse.
Acordos de turno e de PR Para nós foi uma situação absurda pois não adianta subir o teto quando se fica sem chão, no dia seguinte diversos sindicatos entraram em contato com a empresa mantendo sua posição ori-
ginal e que se mantida seria levada a assembleias e votações, como assim aconteceu, sendo aprovada em 08 sindicatos e reprovada em Uberaba, Portanto os companheiros da Vale Recebem
no final deste mês metade do 13º salário (quem ainda não pegou), um salário base com periculosidade ou insalubridade a titulo de adiantamento do “PR”, os do turno por ser um pacote efetuado
pela renovação recebem retroativamente 7,63% desde 31 de janeiro, mantido como adicional do período de troca de turno de agora em diante. No ano que vem a antecipação do “PR” será em fevereiro
e o multiplicador do turno incidirá sobre todo o resultado (teto de 06 salários), inclusive sobre o já pago neste ano como antecipação. Temos a lamentar somente o tamanho da mordida do ‘leão”.
10
Jornal Reação Química www.facebook.com/quimicos.dabaixadasantista
Santos - Ano 19 - Julho • 2014
Matérias Gerais Custos seguram investimentos na indústria química
US$ 10 BILHÕES/ANO Os altos custos da matéria-prima e da energia e a falta de medidas de apoio à indústria química estão retirando cerca de US$10 bilhões de investimentos anuais no Brasil. O cálculo feito pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) considera apenas projetos do setor e não abrange uma potencial redução decorrente do impasse entre Petrobras e Braskem a respeito do fornecimento de nafta. "Temos um estudo que mostra que poderíamos investir US$167 bilhões entre 2010 e2020.Ou seja, há um investimento potencial de US$ 15 bilhões a US$ 16 bilhões por ano. Mas investimos algo entre US$ 4 bilhões e US$ 5 bilhões /ano", revela o presidente da Abiquim, Fernando Figueiredo. O valor dos aportes pode encolher ainda mais, alerta ele, caso as negociações entre Petrobras e Braskem não evoluam para garantir preços competitivos à cadeia. Tais negociações estão em um impasse, já que a Petrobras tenta repassar à Braskem gasto adicional de 5% decorrente da importação do insumo.
Importação cai e déficit acumula US$14,2 bilhões
As importações brasileiras de produtos químicos de uso industrial totalizaram US$ 3,69 bilhões em junho, com queda de 3,4% na comparação com o mesmo mês de 2013 e de 11,5% em relação a maio, segundo o Relatório de Estatísticas de Comércio Exterior (Rece), produzido pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). Diante disso, no primeiro semestre, as importações brasileiras totalizaram US$ 21,1 bilhões, com recuo de4%em relação a igual período do ano passado. Em volume, porém, as compras externas chegaram a 18,1 milhões de toneladas de janeiro a junho, recorde para o intervalo e 4,6% acima dos seis primeiros meses de 2013. Segundo o relatório, as exportações de químicos em junho mostraram queda de 2,9% em relação a maio, para US$1,18 bilhão. Na comparação anual, a queda foi de 5,4%. Com esse desempenho, no agregado do primeiro semestre, as vendas externas de químicos totalizaram US$6,8 bilhões 2,9% abaixo do verificado um ano antes. De janeiro a junho, o déficit da balança comercial de químicos atingiu US$14,3 bilhões e, em 12 meses, ficou em US$ 31,3 bilhões, "mantendo a expectativa de pequeno desvio em relação ao recorde de US$ 32 bilhões, em 2013". Na avaliação da diretora de assuntos de comércio exterior da entidade, Denise Naranjo, o caráter permanente e o restabelecimento do Reintegra e outras medidas de estímulo à produção são "importantes" para o setor. "O pacote de estímulos fiscais da Medida Provisória nº 651 é um avanço para a indústria. A reinstauração do Reintegra é fator relevante como estímulo às exportações brasileiras. Porém, é necessário adequar o regime a um patamar que corresponda à realidade dos tributos pagos e não recuperados do processo de industrialização", afirmou Denise, em nota.
Emprego na indústria cai 0,7% em maio, aponta IBGE
Em relação a maio do ano passado, o emprego industrial teve queda de 2,6% em maio deste ano, o 32º resultado negativo consecutivo. RIO - A desaceleração da atividade pela qual passa a economia já afeta os empregos na indústria. Em maio, o total do pessoal ocupado assalariado na indústria recuou 0,7%, segundo a Pesquisa Industrial Mensal: Emprego e Salário divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na leitura anterior, o emprego no setor já tinha encolhido 0,4%. Em relação a maio do ano passado, o emprego industrial teve queda de 2,6% em maio deste ano, o 32º resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto e o mais intenso desde novembro de 2009, quando caiu 3,7%. No acumulado de 2014, o total do pessoal ocupado na indústria já diminuiu 2,2%. Nos últimos 12 meses, o emprego industrial encolheu 1,7%. Horas pagas. O número de horas pagas aos trabalhadores da indústria teve redução de 0,8% em maio ante abril. Na leitura anterior, as horas pagas tinham registrado ligeiro aumento de 0,1%, interrompendo dois meses seguidos de taxas negativas, período em que acumularam perda de 0,5%. Na comparação com maio do ano passado, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria recuou 3,3%, a 12ª taxa negativa consecutiva neste tipo de confronto e a mais intensa desde outubro de 2009 (-5,3%). No acumulado do ano, o número de horas pagas na indústria teve retração de 2,7%.
Trabalhador tem proposta para pô o FAT nos trilhos
De acordo com o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2015, o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) contabilizará rombo de R$ 12 bilhões, em 2014, e de quase R$ 20 bilhões, no ano que vem. Mudanças de nome e alterações estruturais no Fundo, como apregoa o governo federal, no entanto, não vão resolver o problema, a solução depende de ações concretas do governo tomando como base propostas dos trabalhadores, entre as quais a restituição ao Fundo dos recursos destinados a fazer o superávit primário, e dos valores correspondentes à desoneração do PIS/PASEP das empresas. “O déficit do FAT deverá ser suprido por aportes do Tesouro Nacional e por uma espécie de “multa” paga pelas empresas que demitirem muito”, destacou Juruna. Segundo Sérgio Luiz Leite, o Serginho, conselheiro titular do FAT pela Força Sindical, o Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) apresentou uma proposta de projeto de lei que estabelece que o financiamento do seguro-desemprego receberá uma contribuição adicional da empresa cujo índice de rotatividade da mão de obra superar o índice médio da rotatividade de todo o setor.
Rotatividade
Hoje, o resultado das demissões e admissões gira em torno de 46% ao ano, o que contribui para aumentar o dispêndio para atender à demanda do seguro-desemprego. Sérgio Luiz Leite, o Serginho, conselheiro titular do FAT pela Força Sindical e 1º secretário da Força Sindical As fontes de receita do FAT são os recursos do
PIS/PASEP, a contribuição sindical e remuneração decorrente do empréstimo de 40% ao BNDES, além de outros repasses. De acordo com a Constituição, o FAT atende às demandas do seguro-desemprego, do abono salarial e do repasse de 40% para o BNDES. Em relação a emprego e renda, o objetivo é repassar recursos para a intermediação de mão de obra e qualificação profissional.
Propostas
As propostas de acabar com o déficit do Fundo são do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), que reúne representantes dos trabalhadores, empresários e governo. Serginho disse que toda a discussão a respeito do rombo do Fundo deve levar em consideração os fatores geradores do desequilíbrio. Segundo ele, o déficit também é provocado pelos 20% dos recursos destinados à Desvinculação da Receita da União (DRU), usada para o superávit primário. Além disso, continuou, 40% do total do Fundo são destinados ao BNDES para financiamento de programas de desenvolvimento e geração de emprego e renda. “O governo federal concedeu isensão de IPI a inúmeros setores da economia e não garantiu compensação, razão pela qual o FAT deixará de receber cerca de R$ 11,6 bilhões no ano que vem”, revelou Nair Goulart, presidente da Força-BA. Para Serginho, que também é 1º secretário da Força Sindical, outro fator de desequilíbrio das contas do Fundo é a alta rotatividade da mão de obra que gira em torno de 46%, que aumenta o total de recursos destinados ao seguro-desemprego.
Demissões
“Apesar de o governo cortar ou reduzir impostos, o que facilita a vida das empresas, os patrões não vacilam e demitem mesmo”, acusou ele. Principal fonte de recursos do FAT, a receita do PIS/PASEP deverá crescer 14,4% este ano em comparação a 2013. Os dirigentes sindicais têm dúvidas a respeito das projeções do governo federal. É que em 2013 o crescimento da receita foi de apenas 4,9%. A direção da Central acredita que a arrecadação tende a acompanhar o desempenho da economia, cujo PIB não deverá superar os 2% este ano.
Governo reestabelece Reintegra
Foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira, 10 de julho, a Medida Provisória nº 651, que revigora o Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (Reintegra). O Regime passa a valer já em 2014 em caráter permanente. O benefício passa a variar entre 0,1% e 3%, sendo que o crédito somente poderá ser compensado com débitos próprios, vencidos ou vincendos, relativos a tributos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, ou ressarcido em espécie. Na opinião do presidente-executivo da Abiquim, Fernando Figueiredo, “a reinstauração do Reintegra é um fator importante como estímulo às exportações brasileiras. Porém, é necessário adequar o regime a um patamar que corresponda à realidade dos tributos pagos e não recuperados do processo de industrialização.
Jornal Reação Química
Santos - Ano 19 - Julho • 2014
www.facebook.com/quimicos.dabaixadasantista
11
Centrais querem influenciar no Brics A Força Sindical e as demais centrais reivindicam a inclusão de representantes dos trabalhadores na cúpula dos BRICS, bloco formado pelos governos do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Vamos criar um conselho sindical para participar como protagonistas nos debates políticos, econômicos e sociais no bloco. Para nós, é importante fortalecer a atuação sindical, avançar nos direitos trabalhistas e também na conquista de medidas que promovam o bem-estar dos trabalhadores. O mundo enfrenta hoje uma de suas maiores crises econômico-financeiras com reflexos negativos sobre a
vida dos povos. Aumentaram a desigualdade social, a miséria, o trabalho infantil, o trabalho análogo à condição de escravo e o desemprego. Precisamos lutar por um crescimento econômico sustentável, que promova o trabalho decente com inclusão social. Defendemos ainda o diálogo social e a ação sindical. Queremos que os governos dos países do bloco negociem estes temas com as centrais sindicais de seus países. Os empresários acabam de entregar documento aos presidentes do Bloco sugerindo a derrubada de barreiras ao comércio. Também queremos entregar a nossa pauta de reivindicação para
debater com os governos o tipo de desenvolvimento que interessa aos trabalhadores dos cinco países do BRICS. É importante fortalecer a atuação sindical, avançar nos direitos trabalhistas e também na conquista de medidas que promovam o bem-estar dos trabalhadores. No Brasil, o movimento sindical tem demonstrado grande empenho na conquista de aumentos reais de salários, mesmo em períodos de crise econômica. Vamos também promover ação conjunta no BRICS e definirmos propostas que levem em conta as disparidades entre os países. Miguel Torres, presidente da Força Sindical
Edson e Auxiliadora representaram a Força Sindical
(Participaram pela nossa categoria e na representação brasileira os companheiros diretores da Força Sindical e da Federação, Edson Bicalho e Maria Auxiliadora.)
Café Jurídico na Federação
Edson, Sergio e assessoria jurídica
A Federação dos Químicos realizou neste mês um café com os departamentos jurídicos dos sindicatos filiados. Foram tratados diversos assuntos que têm tido muito impacto como a crescente in-
vasão de direitos das representações sindicais pelo judiciário. Exemplo disto é o número cada vez maior de interdições, interditos proibitórios e multas exorbitantes, obrigando a trabalhadores voltarem ao tra-
balho ou impedindo sindicatos de se comunicarem com seus representados. Fora isso, tem acontecido intervenções de diversos tipos, mas sempre em sindicatos de trabalhadores e nunca em sindicatos de pa-
Gilson e Terras participaram do encontro
trões! Hoje, os sindicatos patronais movimentam 5 vezes mais dinheiro em imposto sindical do que os sindicatos de trabalhadores. Exemplo de diferenças no trato é o caso do presidente da Fiesp,
que usa o dinheiro da entidade e do sistema “S” para fazer propaganda eleitoral, pois é candidato a governador de São Paulo. Se fosse um sindicato de trabalhadores já tinham mandado intervir.
Encontro da comunicação A nossa Federação dos Químicos do Estado de São Paulo promoveu um encontro de comunicadores sindicais, que foi organizado pelo assessor sindical Paulo de Tarso Garcia. Foram tratadas diversas questões
de coordenação de novas mídias virtuais e linguagens de comunicação específica por setor, responsabilidades relativas e questões de foro eleitoral, pois é época e todos temos que tomar cuidados com esta legisla-
ção. Mas o mais importante foi traçar o perfil estadual da comunicação do setor. Tivemos diversos palestrantes, estes profissionais da Globo, CBN, Folha e de entidades sindicais de porte no Brasil.
Edson e Passos foram pela diretoria da Federação
12
Jornal Reação Química www.facebook.com/quimicos.dabaixadasantista
Santos - Ano 19 - Julho • 2014
Rede Linde em busca Reunião de equiparação Sindinapi Eduardo e Gilson foram pelo nosso sindicato
Diretoria atuante
Os companheiros Eduardo e Gilson, diretores do nosso Sindicato, participaram da reunião da Rede Linde junto com sindicatos
de todo Brasil e de todas as Centrais Sindicais. Essa organização tem conseguido através de consenso produzir ganhos aos traba-
lhadores da Linde Gases. Pode até demorar mas com essa união a vitória é certa e conseguiremos equiparação geral.
Visita da comitiva russa e relações bilaterais por setor
Os aposentados de São Vicente têm realizado diversas reuniões e a regional da Força Sindical dá todo apoio. São atividades sociais que acabam levando a um comprometimento social mais forte, além de que toda oportunidade deve ser
usada para que o conhecimento das condições jurídicas e previdenciárias sejam difundidas. Na foto, os companheiros do Sindinapi dando o recado. Esteve presente pelo nosso sindicato e pela Força Sindical SP o companheiro Valadares.
Reunião Fundacentro Realizada na sede da Força Sindical, em Santos, a reunião teve objetivo de discutir o funcionamento de “CIPAs” com a participação de técnicos da Fundação, de representantes do grupo de Trabalho da Gerencia Regional do Ministério do Tra-
balho e Emprego, advogados e dirigentes sindicais. Também estamos organizando o início das atividades da Fundacentro na Baixada para o mês de setembro próximo, o que será uma grande vitória do movimento sindical regional.
Bom início de intercâmbio
A Força Sindical recebeu companheiros da delegação russa, que esteve nas reuniões dos BRICS, neste mês. Os companheiros que pertencem a maior Federação de trabalhadores russos demonstraram in-
teresse em desenvolver as relações bilaterais por setor e o nosso setor químico é um dos mais prováveis. O encontro que teve a presença do presidente da Força, Miguel Torres, e foi organizado pela secretaria inter-
nacional, coordenada pelo companheiro Nilton Neco. Outra área de especial atenção é a de meio ambiente e ambas as secretarias estão hoje sob a coordenação do presidente do nosso Sindicato, Passos.
Reunião aconteceu na sede da Forca Sindical da Baixada