Jornal Reação Química - Julho 2015

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Jornal Filiado à

Santos - Ano 20 - Julho/2015

Reação Química

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Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas, Farmacêuticas e de Fertilizantes de Cubatão, Santos, São Vicente, Guarujá, Praia Grande, Bertioga, Mongaguá e Itanhaém

Seminário discute segurança industrial e acidentes químicos

Evento foi criado em função de episódios recentes como o incêndio em tanques de combustível em Santos e emissão de dióxido de enxofre, em Cubatão. PÁG. 7

Centrais discutem plano de proteção do emprego

Diretores palestram sobre NRs em Itapetininga

Indústria demitiu 27 mil no mês passado em SP

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Pagamento extra turno da Unigel Guarujá

Paralisação na Heringer para negociar

Curso de capacitação de diretores

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esteve no Palácio do Planalto, para participar do lançamento da medida provisória, pela presidente Dilma Roussef, que instituiu o PPE (Plano de Proteção ao Emprego), um programa criado através de sugestões do movimento sindical ao governo, para usado em defesa do emprego, nos momentos de crise. O PPE institui que empresas com dificuldades financeiras temporárias possam reduzir a jornada de trabalho de seus funcionários em até 30%, através de acordos coletivos, com a redução proporcional nos salários, por prazos de até seis meses, podendo prorrogável por mais seis meses, sendo que o governo deverá bancar até 50% da redução dos salários, com recursos do FAT (Fundo de Amparo do Trabalhador), um limite 65% do•teto do Seguro Santosvisto - Ano 20 -deJulho 2015 Desemprego, ou seja, R$ 900,84, e com a garantia de emprego no decorrer de todo o período de vigência do www.facebook.com/quimicos.dabaixadasantista acordo, mais 1/3, e com a criação de um comitê tripartite, para acompanhamento, e de um conselho interministerial, formado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério da Finança, Ministério do Planejamento, Ministério da Indústria e Comércio e pela Secretaria Geral da Presidência, com atribuição de identificar os setores necessitados, e acompanhar os acordos. O Ministério do Trabalho e Emprego irá estabelecer o decreto para regulamentar a MP, que após ser publicada pelo Diário Oficial da União, passa a valer como lei, devendo vigorar por até 120 dias, sendo posteriormente levada aos plenários da Câmara e do Senado. Após ser publicada pelo Diário Oficial da União, ela passa a valer como lei, devendo vigorar por até 120 dias, sendo posteriormente levada aos plenários da Câmara e do Senado. “Podemos considerar que o PPE é um importante instrumento de combate a demissão, levando-se também em conta que a negociação coletiva será um fator de extrema importância, em valorização a todo o processo. Todas as formas que possam sanar o desemprego, sobretudo na indústria, merecem o nosso apoio e incentivo”, ressalta Serginho.

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Caged

EDITORIAL

Boletim emprego Caged – junho/2015 4-

Caged

Em junho de 2015, a indústria química um trabalhador formal admitido na indúsBOLETIM EMPREGO – JUNHO/2015 brasileira encerrou CAGED 5.033 postos de traba- tria química no Brasil foi 13,5% menor que Em junho de 2015, a indústria química brasileira encerrou postos de trabalho formais, com destaque ao setor lho formais, com destaque ao setor plástio 5.033 salário mensal médio de um trabalhador plástico que fechou 4.963 postos. Em junho de 2015 tem-se que o salário mensal médio de um trabalhador formal co que fechou 4.963 postos. Em junho de formal demitido no mesmo setor e período admitido na indústria química no Brasil foi 13,5% menor que o salário mensal médio de um trabalhador formal 2015 tem-se que setor o salário mensal médio demitido no mesmo e período (Tabela 01). de (Tabela 01). Movimentação de trabalhadores formais na indústria química, segundo salário mensal médio. Brasil – Junho/2015

Herbert Passos, presidente do sindicato

Uber e o individualismo A mania de que inovações são sempre para melhor criou uma imagem que faz crescer cada vez mais o individualismo. Mas para os trabalhadores o individualismo é o caminho do fracasso, só existe força com união. No entanto, a TV gosta das novidades e fica martelando vitórias de empreendedores individuais e não publica quantos acabaram arrasados, vítimas dos tubarões do capital financeiro. Temos agora o tal de “uber”, aplicativo para telefone celular que apresenta pessoas bem trajadas, carros bonitos e coisa e tal, tudo lindo e maravilhoso, mas não divulga que este pessoal não tem seguro para os passageiros, treinamento, e nem respondem como os taxistas. Na verdade é mania da desregulamentação. E a gente pergunta: para que serve isso?

Quem é que ganha com isso? Lógico que são os patrões, os donos de grandes negócios, pois a desregulamentação que eles querem é também para acabar com carteira de trabalho, com contratos e com legislações que protegem o trabalhador. Muitas dessas “novidades”, como o tal de “uber”, são as ideias individualistas que acabam por levar o trabalhador a virar escravo dos patrões. De que adianta as sociedades do Japão, Coréia e outros países terem todas aquelas maravilhas se os trabalhadores ficam metade do dia enfiados no trabalho, 6 dias por semana e 12 meses por ano? O crescimento social só acontece se a sociedade melhorar como um todo, e não se as pessoas fizerem sucesso individualmente concorrendo uma contra as outras. O caminho é a uniã, não a divisão.

MATÉRIAS DA CATEGORIA

Indústria de São Paulo demitiu 27 mil no mês passado

No acumulado de janeiro a junho de 2015,

Movimentação de trabalhadores formais

acumulado janeironegativo a junho de o setor obteve negativo no Brasil, caracterizado pelomensal fechamento oNosetor obtevedesaldo no2015, Brasil, caracnasaldo indústria química, segundo salário de 25.363 postos de trabalho formais (Tab.03). terizado pelo fechamento de 25.363 postos de médio. Movimentação de trabalhadores formais na indústria química, segundo salário mensal médio. trabalho formais (Tab.03). Brasil – 2015 Brasil – 2015

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Dieese

PESQUISA DE EMPREGO E DESEMPREGO. JUNHO DE 2015

Região27,5 Metropolitana de São Paulo A indústria paulista demitiu mil fun- mesmo período de 2014. maram demissões, 3 anotaram estabilidade cionários no mês passado, informou a FedePara Paulo Francini, diretor do Departa- e apenas um contratou. A indústria automoAs informações da Pesquisa de Pesquisas Emprego eeDesemprego – PED, realizada pela sendo Fundação pelo demiDieese, ração das Indústrias do Estado de São Paulo mento de Estudos Econômitiva continua uma Seade das quee mais a taxa decos desemprego na RMSP aumentou pelo quinto consecutivo, passar4.691 de 12,9%, (Fiesp). Com as dispensas,mostram o nível deque emprego da Fiesp,total chama a atenção a magnitem.mês Em junho, o setor ao desligou funcio-em maio, para na os comatuais 13,2%, emperda comportamento usual para o período, costuma ocorrer estabilidade do setor caiu 1% em relação a maio, tude da de postosnão neste ano. "Há nários.noA qual previsão da Fiesp é que a indústriaou componentes, taxa perdendo de desemprego elevou-se de 10,7% 11,1% a de paração com ajuste, o piorredução. resultadoSegundo para me- suas anos, a indústriaavem postosaberto de transformação encerrepara o ano com epelo desemprego oculto de 2,2% para 2,1%. ses de junho da série da pesquisa, iniciada em passou de trabalho, porém a violência da perda menos 150 mil empregos a menos na com2005. No ano, o setor manufatureiro paulista deste ano surpreende." paração com 2014, quando houve perda de fechou 62,5 mil vagas, queda de 2,5% sobre o Dos 22 setores pesquisados, 18 infor- 130 mil vagas.

EXPEDIENTE - www.sindquim.org.br - jornal@sindquim.org.br O Jornal Reação Química é uma publicação do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas, Farmacêuticas e de Fertilizantes de Cubatão, Santos, São Vicente, Guarujá, Praia Grande, Bertioga, Mongaguá e Itanhaém. Sede Social - Avenida Pinheiro Machado, 77, Santos, SP - Cep: 11075-001 - Fone: 13-3221-3435 - Fax: 13-3221-1089. Rua Assembleia de Deus, 39, 2º andar, conjunto 202, Cubatão, SP - Cep: 11500-040 - Fone: 13-3361-1149. Presidente: Herbert Passos Filho - Diretor Responsável: Jairo Albrecht - stiqff@gmail.com - Jornalista Responsável: Herbert Passos Neto - Mtb 39.204 Diagramação: www.cassiobueno.com.br - 13. 3385-9777 - Gráfica Diário do Litoral - 13-3226-2051 - 6 mil exemplares


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Dieese 5-

Dieese

PESQUISA DE EMPREGO E DESEMPREGO. JUNHO DE 2015 Região Metropolitana de São Paulo

As informações da Pesquisa de Emprego e Desemprego – PED, realizada pela Fundação Seade e pelo Dieese, mostram que a taxa de desemprego total na RMSP aumentou pelo quinto mês consecutivo, ao passar de 12,9%, em maio, para os atuais 13,2%, em comportamento não usual para o período, no qual costuma ocorrer estabilidade ou redução. Segundo suas componentes, a taxa de desemprego aberto elevou-se de 10,7% para 11,1% e a de desemprego oculto passou de 2,2% para 2,1%.

laborais, e em todos os níveis, a grande maioria de demitidos é formada principalmente por trabalhadores com menor grau de instrução. Nosso objetivo com a publicação dos dados acima, de números alarmantes, além de intensificar a luta pela manutenção dos empregos, é o de conscientizar os trabalhadores para a necessidade, cada vez mais premente, de se qualificarem profissionalmente diante de um mercado de trabalho cada vez mais exigente e competitivo. Por isto a Força Sindical e seus Sindicatos filiados, no intuito de capacitar cada vez mais os trabalhadores que representam, têm priorizado a realização de cursos de qualificação profissional, com seminários, palestras e outras formas de aprendizado. E, como podemos perceber pelo atual quadro econômico, a realização destes cursos é cada vez mais prioritária. Quando o cenário econômico joga contra o trabalhador, cabe a ele, e àqueles que o representam, trabalhar por seu crescimento profissional. tamento não usualTrabalhador para o período, qual capacitado no produz mais e melhor, contribui para a redução dos acidentes de trabalho, mantém seu emprego e alimenta chances reais costuma ocorrer estabilidade ou redução. Se- de crescimento. Miguel Torres gundo suas componentes, a taxa de desem-

PESQUISA DE EMPREGO E DESEMPREGO. JUNHO DE 2015 Região Metropolitana de São Paulo As informações da Pesquisa de Emprego e Desemprego – PED, realizada pela Fundação Seade e pelo Dieese, mostram que a taxa de desemprego total na RMSP aumentou pelo quinto mês consecutivo, ao passar de 12,9%, em maio, para os atuais 13,2%, em compor-

prego aberto elevou-se de 10,7% para 11,1% e a de desemprego oculto passou de 2,2% O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC-IBGE) apresentou variação de 0,58% em julho, abaixo do para 2,1%. resultado de 0,77% de junho de 2015. O INPC-IBGE acumulado nos últimos doze meses foi de 9,81%, acima do resultado de 9,31% referente ao acumulado dos dozes meses imediatamente anterior. INPC-IBGE: Mensal e Acumulado em Doze Meses – Agosto/2014 – Julho/2015

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC-IBGE) apresentou variação de 0,58% em julho, abaixo do resultado de 0,77% de junho de 2015. O INPC-IBGE acumulado nos últimos doze meses foi de 9,81%, acima do resultado de 9,31% referente ao acumulado dos dozes meses imediatamente anterior. INPC-IBGE: Mensal e Acumulado em Doze Meses – Agosto/2014 – Julho/2015

Produção industrial cresce 0,6% em maio de 2015 Balanço dos Reajustes dos Pisos Salariais Em maio de 2015, já descontadas as influências sazonais, a produção e industrial no Brasil apresentou uma Das 716 unidades de negociação coletiva no SAS-DIEESE elevação de 0,6% frente ao mês imediatamente anterior. Conforme o gráfico 01 trata-seregistradas do quarto crescimento em 2014, 91,5% conquistaram reajuste salarial acima da inflação, 6,1% nos últimos doze meses. No índice acumulado para os últimos doze meses, a indústria geral apresenta um recuo Balanço Reajustes dos Pisos igual aodos INPC e 2,4%eabaixo daSalariais inflação. O aumento real médio destas de 5,3%. Das 716 unidades de negociação coletiva registradas no SAS-DIEESE em 2014, 91,5% conquistara 716 unidades negociação registradas de 1,39% (Gráfico 6). No âmbito da indústria química, considerando o acumulado de6,1% 2015,igual destaca-se alta de 3,9%da na fabricação de salarial acima dade inflação, ao INPC aefoi 2,4% abaixo inflação. O aumento real médio d produtos químicos orgânicos. De acordo com o de gráfico 02,dos ainda para o mesmo período – na 6). outra – unidades negociação registradas foisalariais de 1,39% (Gráfico Distribuição reajustes e valor do extremidade aumento real Distribuição reajustes salariais do aumento médio, em comparação com o INPCtem-se uma expressiva queda de 18,1% na fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos. médio, emdos comparação come valor o INPC-IBGE – real Brasil, 1996-2015

Produção industrial cresce 0,6% em maio de 2015 Em maio de 2015, já descontadas as influências sazonais, a produção industrial no Brasil apresentou uma elevação de 0,6% frente ao mês imediatamente anterior. Conforme o gráfico 01 tratase do quarto crescimento nos últimos doze meses. No índice acumulado para os últimos doze meses, a indústria geral apresenta um recuo de 5,3%. No âmbito da indústria química, considerando o acumulado de 2015, destaca-se a alta

O PORQUÊ DE O TRABALHADOR QUALIFICAR-SE Segundo dados do Dieese, apenas no mês de junho deste ano 111 mil postos de trabalho foram perdidos no País. Se levarmos em consideração todo o primeiro semestre de 2015, o número de trabalhadores com carteira assinada demitidos alcançou a casa dos 389,5 mil. E, apesar de o desemprego alcançar todos os segmentos

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de 3,9% na fabricação de produtos químicos orgânicos. De acordo com o gráfico 02, ainda para o mesmo período – na ou-

tra extremidade – tem-se uma expressiva queda de 18,1% na fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos.

Balanço dos Reajustes e dos Pisos Salariais Das 716 unidades de negociação coletiva registradas no SAS-DIEESE em 2014, 91,5% conquistaram reajuste salarial acima da inflação, 6,1% igual ao INPC e 2,4% abaixo da inflação. O aumento real médio destas 716 unidades de negociação registradas foi de 1,39% (Gráfico 6). Distribuição dos reajustes salariais e valor do aumento real médio, em comparação com o INPC-IBGE – Brasil, 1996-2015 dos os segmentos laborais, conscientizar os trabalhado-

O porquê de o trabalhador qualificar-se Segundo dados do Dieese, apenas no mês de junho deste ano 111 mil postos de trabalho foram perdidos no País. Se levarmos em consideração todo o primeiro semestre de 2015, o número de trabalhadores com carteira assinada demitidos alcançou a casa dos 389,5 mil. E, apesar de o desemprego alcançar to-

e em todos os níveis, a grande maioria de demitidos é formada principalmente por trabalhadores com menor grau de instrução. Nosso objetivo com a publicação dos dados acima, de números alarmantes, além de intensificar a luta pela manutenção dos empregos, é o de

res para a necessidade, cada vez mais premente, de se qualificarem profissionalmente diante de um mercado de trabalho cada vez mais exigente e competitivo. Por isto a Força Sindical e seus Sindicatos filiados, no intuito de capacitar cada vez mais os trabalhadores que

representam, têm priorizado a realização de cursos de qualificação profissional, com seminários, palestras e outras formas de aprendizado. E, como podemos perceber pelo atual quadro econômico, a realização destes cursos é cada vez mais prioritária. Quando o cenário econômico joga contra o trabalhador,

cabe a ele, e àqueles que o representam, trabalhar por seu crescimento profissional. Trabalhador capacitado produz mais e melhor, contribui para a redução dos acidentes de trabalho, mantém seu emprego e alimenta chances reais de crescimento. Miguel Torres


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Força SP discute PPE - Programa de Proteção ao Emprego em Piracicaba A diretoria da Força Sindical São Paulo se reuniu em Piracicaba, no dia 23 de julho, para discutir diversos temas. Entre eles, o PPE (plano que em vez de proteger o empregado, protege o empregador), a terceirizção, o reajuste dos aposentados, e a fórmula 85/95 que o governo quer mudar para 95/105. Passos, Apipe, Valadares e Claudio Garcia representaram o nosso sindicato. O Programa de Proteção ao Emprego anuncia-

do pelo governo é uma medida para amenizar os efeitos da crise na vida dos trabalhadores. E embora seja vista com ressalvas e ainda precise de aperfeiçoamento, é considerada por muitos como avanço em relação ao sistema de suspensão temporária, mais conhecido como layoff, já que preserva o emprego do trabalhador apesar de diminuir sua carga horária e o seu salário, não colocando-o “na prateleira a espera da demissão”.

Apipe, Passos, Claudio, Danilo e Valadares

Fequimfar avalia impacto do PPE

Centrais querem menos juros e mais empregos Por Miguel Torres - Presidente da Força Sindical

Celso, Nívio, Sergio, Silvan, Passos e Apipe na sede da Federação No dia 21 de julho, os membros do Conselho Político Consultivo da FEQUIMFAR se reuniram na sede da entidade, em São Paulo SP, para avaliar e discutir uma série de questões referentes ao PPE (Programa de Proteção ao Emprego), em relação a estratégias para negociação e dados sobre o emprego nos segmentos industriais, representados pelos Sindicatos que integram a Federação. Nosso diretores Apipe, Nívio e Celso, além do presiden-

te Passos, representaram o nosso sindicato. “Pudemos discutir e analisar uma parte significativa do processo de implantação do PPE, frente as mais diversificados questionamentos e explanações, sobre emprego, salários, dissídios, entre outros a aspectos e questionamentos de ordem geral, vivenciados pela categoria, e tudo isso relacionado à atual conjuntura vivenciada pelo setor. Nesse sentido, vamos continuar atentos

e mobilizados, em apoio e assessoramento aos nossos Sindicatos filiados, quando da necessidade de implantação do programa junto à base. Sendo assim, no ensejo de que toda essa situação de risco ao emprego possa se reverter. Por isso, vamos continuar atentos e participativos, objetivando uma política mais ativa e participativa, em defesa dos direitos da classe trabalhadora”, disse Sergio Luiz Leite, o Serginho, presidente da FEQUIMFAR.

ros altos. O ato aconteceu em frente ao prédio do Banco Central, na Av. Paulista, 1.804. Segurar os juros em patamares elevados pode realmente desaquecer a economia, mas apenas quando há um excesso de demanda frente a uma produção insuficiente

A reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que define como ficará a taxa básica de juros (Selic), causa preocupação, pois as previsões dos economistas são das piores possíveis: a Selic deve sofrer nova majoração, aumentando os já proibitivos 13,75% atuais. A justificativa do governo de combater a inflação dessa forma vem, desde o princípio, mostrando-se Miguel Torres equivocada. Os juros influenciam negati- para atendê-la. E este, vamente o crescimento definitivamente, não é o econômico e a inflação atual cenário econômico aí está, “forte e rija”. do nosso país. O aumenPor isto, simultanea- to da taxa de juros só mente ao início da reu- está servindo para fazer nião do Copom, a For- a crise crescer, aumentar ça Sindical e as demais o desemprego e fazer os Centrais realizaram ma- salários despencarem. nifestação contra os ju- Aumentar juros não é o

remédio adequado para nossa ‘doença’ atual. É caminhar na contramão do desenvolvimento econômico. Enquanto o governo continuar optando por atender os interesses dos grandes especuladores, em detrimento da classe trabalhadora, as coisas não vão funcionar, e a redução do consumo, da produção e dos empregos vai continuar em ritmo acelerado. E não é justo sejam os trabalhadores os escolhidos para arcar com o ônus da crise. Juros altos inibem a produção e o consumo, degradam a indústria nacional, provocam a perda de centenas de milhares de empregos e elevam o crédito, entre outros malefícios.


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Redução da Jornada de Trabalho Por Sergio Leite Presidente da FEQUIMFAR

são. No final do período, o vínculo trabalhista será obrigatório por prazo equivalente a um terço do período de adesão.

O Governo Federal enviou ao Congresso Nacional medida provisória Serginho comparece (MP) que permite que ao lançamento do Plano empresas com dificulda- de Proteção ao Emprego des financeiras tempoSergio Luiz Leite, prerárias reduzam a jornada sidente da FEQUIMFAR de trabalho dos funcioná- e 1º secretário da Força rios. O Programa de Pro- Sindical, representando teção ao Emprego (PPE) os trabalhadores dos segpropõe diminuir em até mentos industriais, junto 30% as horas de trabalho, com representantes das com redução proporcional do salário pago pelo empregador. A diferença do salário será parcialmente compensada pelo governo, que vai pagar ao trabalhador 50% da perda, com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), que já está deficitário. A MP, segundo o Sergio Leite ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, demais centrais, e enticomeça a valer imediata- dades empresariais e do mente, mas tem 15 dias governo, esteve no Palápara ser regulamentada e cio do Planalto, para parcomeçar a produzir efei- ticipar do lançamento da tos. As empresas terão medida provisória, pela até o final do ano para presidente Dilma Roussef, aderir ao programa. que instituiu o PPE (Plano As empresas e os tra- de Proteção ao Emprebalhadores deverão fixar go), um programa criado a decisão em aderir ao através de sugestões do PPE por um acordo cole- movimento sindical ao tivo específico, em que a governo, para usado em empresa deverá compro- defesa do emprego, nos var situação de dificulda- momentos de crise. de econômico-financeira. O PPE institui que O período de validade empresas com dificuldapara a utilização do pro- des financeiras tempograma não poderá ultra- rárias possam reduzir a passar 12 meses. jornada de trabalho de Segundo a MP, as seus funcionários em até empresas que aderirem 30%, através de acorao PPE não poderão dis- dos coletivos, com a repensar de forma arbitrá- dução proporcional nos ria ou sem justa causa os salários, por prazos de empregados que tiveram até seis meses, podena jornada de trabalho re- do prorrogável por mais duzida temporariamente seis meses, sendo que o enquanto vigorar a ade- governo deverá bancar

até 50% da redução dos salários, com recursos do FAT (Fundo de Amparo do Trabalhador), visto um limite de 65% do teto do Seguro Desemprego, ou seja, R$ 900,84, e com a garantia de emprego no decorrer de todo o período de vigência do acordo, mais 1/3, e com a criação de um comitê tripartite, para acompanhamento, e de um conselho interministerial, formado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério da Finança, Ministério do Planejamento, Ministério da Indústria e Comércio e pela Secretaria Geral da Presidência, com atribuição de identificar os setores necessitados, e acompanhar os acordos. O Ministério do Trabalho e Emprego irá estabelecer o decreto para regulamentar a MP, que após ser publicada pelo Diário Oficial da União, passa a valer como lei, devendo vigorar por até 120 dias, sendo posteriormente levada aos plenários da Câmara e do Senado. Após ser publicada pelo Diário Oficial da União, ela passa a valer como lei, devendo vigorar por até 120 dias, sendo posteriormente levada aos plenários da Câmara e do Senado. “Podemos considerar que o PPE é um importante instrumento de combate a demissão, levando-se também em conta que a negociação coletiva será um fator de extrema importância, em valorização a todo o processo. Todas as formas que possam sanar o desemprego, sobretudo na indústria, merecem o nosso apoio e incentivo”, ressalta Serginho.

Trabalhador feliz com o resultado da nossa luta

Pagamento do extra turno Unigel Guarujá

Reiniciamos e terminamos o pagamento da segunda parcela das diferenças do extra turno da Unigel Guarujá. Pelo sorriso dos companhei-

ros dá para perceber que o trabalho do Sindicato foi bom. É sempre assim quando os companheiros participam do Sindicato, pois o sindicato é feito da

união dos trabalhadores e não por uma diretoria. Juntos, sempre teremos a vitória como meta, pois desta força até o patrão tem respeito.

Novos brigadistas formados para a Yara No último dia 08 de julho, a Unidade de Cubatão da Yara Brasil Fertilizantes S/A comemorou a marca de estar há 1 ano sem acidentes com afastamento, tratamentos médicos ou restrições ao trabalho, mantendo com isso o seu compromisso moral de produzir com qualidade e eficiência sem deixar de lado ou negligenciar em segundo plano a SEGURANÇA de nossos colaboradores. Para marcar a data a em-

presa fez uma confraternização em seu refeitório com a presença de todos os setores da fábrica, oportunidade em que também lançou oficialmente a implantação do programa de SAFESTART, para ajudar a tratar das questões comportamentais mais simples como identificar estados como a pressa, o cansaço, a frustração e a complacência (excesso de confiança), pontes para erros críticos

como deixar olhos e a mente longe da tarefa, nos colocarmos diante de energias perigosas ou até mesmo que possam contribuir para que percamos o equilíbrio, a tração ou a firmeza. Nesse mesmo intuito formamos no último dia 4 os novos brigadistas da Unidade, constituídos de 30 colaboradores voluntários que tiveram o seu batismo de fogo em um campo de treinamento externo, na cidade de Itapevi – SP.”

Investir em segurança é essencial para não atrapalhar a produtividade


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Reunião da Secretaria Internacional da Força Sindical

Passos, Apipe e Gilson participaram do encontro representando nosso sindicato

O secretario internacional da Força Sindical Nilton Neco realizou uma reunião da qual participaram Passos, Apipe e Gilson representando o nosso sindicato; Edson Bicalho e Maria Auxiliadora, da nossa Federação; e diversos outros dirigentes que atuam nesta área. O objetivo foi direcionar as interlocuções com vistas ao próximo congresso da

Sinergia para inspeção de NRs

Palestra em Itapetininga sobre NRs João Rodrigues e Apipe fizeram excelentes palestras sobre NRs no seminário sobre segurança, em Itapetininga. A iniciativa foi dos companheiros Jurandir,

João Scaboli e do secretario geral da Federação, Edson Bicalho. Assim estamos conseguindo que cada vez mais sindicatos atuem da mesma maneira que

INDUSTRIall, que se realizará no Brasil no ano que vem. Como nosso setor é um dos mais articulados internacionalmente, poderemos fazer parte da estratégia que já colocou o presidente da nossa federação como vice-presidente para a América Latina, e assim aumentar a força e a capacidade de negociação em instâncias de decisão mais altas.

o nosso, fazendo auditorias e fiscalizando o meio ambiente de trabalho. Afinal, lugar do sindicato tem que ser dentro da fábrica, ao lado do trabalhador.

Gustavo, Marco e Apipe após inspeção Diretor Gustavo, dos Químicos de Itapetiniga participa de uma auditoria das normas regulamentadoras no polo petroquímico

de Cubatão, junto com os companheiros Março Valle, Jairo Coutinho e Apipe, dos Químicos da Baixada. Esse acontecimento faz parte

do processo de sinergia no setor de Segurança, Saúde e Meio Ambiente da Força Sindical e da Federação dos Químicos de São Paulo.

João Rodrigues falou da importância das inspeções

Cachorradas na vale fertilizantes Parece que a gritaria em cima do absurdo uso de cães na segurança da Vale Fertilizantes deu resultado. A empresa suspendeu o procedimento. Se, por um lado, criticamos quando iniciaram, agora saudamos a interrupção, pois os fins nunca justificaram os

meios. O que parece piada é que os cães se soltaram na unidade de Cubatão e os trabalhadores ficaram isolados em cima de árvores e caminhões, para não serem atacados. Infelizmente, essa falta de ética em manter animais perigosos (treinados para atacar) em locais insalu-

bres só podia acabar assim. E se alguém fosse mordido, quem seria o responsável? Desta vez o pessoal se escondeu e se refugiou, mas é muita irresponsabilidade. E por falar em irresponsabilidade também há ideias de colocar vigilancia armada, mas para

que? Vão trocar tiro com bandido em area de periculosidade? Já falamos diversas vezes que problema de bandido é problema de polícias. O mais certo é colocar vigilancia eletronica monitorada e gravando tudo, se invadirem é só chamar a polícia.


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Seminário discute segurança industrial e acidentes químicos O I Seminário de Segurança Industrial e Acidentes Químicos foi realizado nesta quinta-feira em Cubatão, com o apoio da câmara municipal de Cubatão, através do vereador e companheiro também petroquímico Aguinaldo Araújo, presidente da casa. O objetivo foi orientar técnicos de segurança e a população sobre a responsabilidade de cada um na prevenção e na forma de agir em caso de acidentes industriais, já que é grande a quantidade de produtos químicos perigosos manipulados na região, com potencial de explosão, asfixia, queimadura e envenenamento. O evento foi criado devido a episódios recentes como o incêndio em

Público atento às explanações

tanques de combustíveis na região da Alemoa, em Santos e a emissão de dióxido de enxofre em Cubatão. Não é mais possível que a população seja exposta a riscos que desconhece. A legislação obriga que o poder público e as empresas tenham planos de emergência, de evacuação de áreas sob risco e, principalmente, que exista treinamento para isso. O Engenheiro Fernando Vieira Sobrinho da Fundacentro que comanda a aplicação da OIT 174 no Brasil foi um dos palestrantes. Os outros foram o gerente regional do Ministério do Trabalho Dr. Gionei Gomes da Silva; o engenheiro Fernando Águas, coordenador do Cerest de Cubatão; o

advogado André Louro, conselheiro estadual da OAB, que falou sobre as questões acidentais; e do presidente do sindicato estadual dos técnicos de segurança do trabalho, Marco Antonio Ribeiro, que também é diretor de saúde e segurança da Força Sindical de SP. Para Passos, presidente do nosso sindicato, o mais importante e que não vem sendo feito é atuar na prevenção. “Materiais perigosos passam em frente às nossas casas todos os dias e nós não sabemos o que é, nem como agir caso aconteça algo, isso só pra citar um exemplo simples. As pessoas não fazem ideia dos riscos que envolvem os materiais manipulados na nossa região”, alerta.

Plenário da Câmara de Cubatão recebeu o evento Passos, presidente do sindicato, foi um dos idealizadores da do seminário

O presidente da casa, vereador Aguinaldo Araújo, abriu os trabalhos

Passos, Dr, Gionei, Aguinaldo Araújo e Maraca

Engenheiro Fernando Vieira Sobrinho , da Fundacentro Dr. Gionei Gomes, do GRT Santos


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MATÉRIAS JURÍDICAS Conquista do sindicato nacional dos aposentados: tribunal proíbe inss de pedir devolução de benefícios O INSS não pode cobrar a devolução de benefícios antecipados na Justiça, mesmo que o segurado perca a ação ao final do processo, determinou o TRF 3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região), em ação civil pública do Ministério Público Federal e do Sindnapi (Sindicato Nacional dos Aposentados). Válida para todo o país, a decisão ainda fixa multa diária de R$ 3.000 para cada cobrança indevida feita ao segurado pelo instituto, conforme voto assinado em 22 de julho pelo desembargador federal Antônio Cedenho. Em geral, serão beneficiados contribuintes que, após uma decisão favorável na primeira instância, passaram a receber um benefício ou puderam aumenta-lo com uma revisão, mas não conseguiram manter esses ganhos mensais após a análise na última instância da Justiça. Para segurados nessa situação, o INSS cobra os pagamentos indevidos para evitar desequilíbrio nas contas da Previdência. Mas o governo deve ter “estrutura administrativa” capaz de suportar eventuais pagamentos indevidos. O tribunal considerou ainda que um cidadão não pode abrir mão da dignidade proporcionada pela renda paga pelo instituto. A tutela, como é chamada a antecipação do benefício, pode ser requisitada pelo advogado no início da ação ou pelo juiz que analisa o caso. “É um instrumento que garante uma renda necessária para a subsistência do segurado enquanto o processo está tramitando na Justiça”, afirmou a advogada Tonia Galleti, coordenadora do departamento jurídico do Sindinapi. O INSS, o Ministério da Previdência Social e a AGU (Advocacia-Geral da União) não se manifestaram. O INSS ainda pode recorrer da decisão, de segunda instância, aos tribunais superiores.

Gestante dispensada durante período de estabilidade será indenizada por danos morais A empregada de uma loja de departamentos buscou na Justiça do

Trabalho indenização por danos morais porque foi dispensada durante a gravidez. Ela alegou ato discriminatório e completou dizendo que o ato da empregadora a deixou desamparada no início de sua gestação. E a 1ª Turma do TRT-MG, em voto da relatoria do desembargador Luiz Otávio Linhares Renault, entendeu que a empregada estava com a razão. O desembargador esclareceu que o nascituro e o recém-nascido tiveram proteção constitucionalmente assegurada, devendo ser protegidos, até mesmo pelo empregador, cujo papel vai além do fomento da atividade econômica. Ele também tem a incumbência de proteger direitos sociais. No caso, a trabalhadora celebrou o contrato de trabalho em 18/06/2012 e foi dispensada em 15/09/2012, sendo que em agosto do mesmo ano comunicou sua gravidez à empresa. Na visão do julgador, ao dispensar a trabalhadora, a empregadora acabou afrontando a ordem jurídica em duplo aspecto. “Em primeiro lugar, não lhe reconhecendo a estabilidade gestacional, mitigando sobremaneira os princípios da proteção e da continuidade da relação de emprego, o que dá ensejo à sanção traduzida na indenização de todo o período de estabilidade não adimplido. Em segundo lugar, ao não permitir a continuidade da relação de emprego, a Reclamada acabou por ir de encontro aos direitos de personalidade da autora, dado que, como é notório, a possibilidade de que esta conseguisse outro emprego no ínterim da estabilidade tende a zero”, esclareceu o magistrado. Considerando evidente o dano moral sofrido pela trabalhadora ao se ver em situação de desamparo, ainda mais depois de nascido o filho, o desembargador relator deu provimento ao recurso para condenar a empresa a pagar a ela uma indenização arbitrada em R$10.000,00, com juros e correção monetária. ( 0002605-24.2013.5.03.0043 RO ) Fonte: Tribunal Regional do Trabalho 3ª Região Minas Gerais, 27.07.2015

Brigadista de instituição de ensino garante direito a adicional de periculosidade A Justiça do Trabalho garantiu a um brigadista da Faculdade Evangélica de Brasília SS Ltda o direito de receber adicional de periculosidade no

percentual de 30% sobre seu saláriobase. A decisão foi tomada pela juíza Angélica Gomes Rezende, em exercício na 17ª Vara do Trabalho de Brasília. O trabalhador ajuizou a ação requerendo o pagamento do adicional, ao argumento de que exercia a função de brigadista na instituição de ensino. A Faculdade contestou o pedido, alegando que a atividade em questão não foi regulamentada pela Lei 11.901/2009, que garante aos bombeiros civis o adicional. A magistrada deu razão ao trabalhador. De acordo com ela, a Lei 11.901/2009 regulamentou o exercício da profissão de brigadista, considerando bombeiro civil o profissional habilitado que exerça, em caráter habitual, a prevenção e combate a incêndios. O fato de a lei não ter usado a denominação brigadista não significa que esse profissional não faça jus ao adicional, uma vez que, como se sabe, o brigadista e bombeiro civil exercem as mesmas atividades de combate a incêndio, entre outras funções, frisou a juíza. Além disso, a empresa não juntou aos autos documentos que descrevam as atividades do brigadista na instituição de ensino, não se desincumbido, com isso, do encargo de comprovar que o trabalhador não trabalhava no combate a incêndios. Por entender que o brigadista faz jus ao que pleiteado na reclamação, a magistrada deferiu o pagamento do adicional de periculosidade no percentual de 30% sobre o salário base – com reflexos em gratificações natalinas, férias com o terço constitucional e FGTS – referente a todo o período laboral. ( 0000397-82.2015.5.10.017 ) Fonte: Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região Distrito Federal e Tocantins, por Mauro Burlamaqui, 24.07.2015

Justiça rejeita demissão de sindicalistas A Justiça do Trabalho tem arbitrado, em todas as instâncias, em favor de trabalhadores que alegam retaliação do empregador motivada por atividade em sindicatos. O entendimento dos tribunais leva em consideração a Constituição Federal e a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que prevê, por exemplo, a estabilidade trabalhista de dirigente sindical. No mês passado, a América Latina Logística (ALL) foi condenada pelo Tri-

bunal Superior do Trabalho (TST) ao pagamento dos salários e demais direitos da data da dispensa até o final do período da estabilidade de um ferroviário demitido. Em maio, foi o Banco do Brasil (BB) que teve de indenizar e recompor o salário de um gerentegeral que perdeu o cargo após ter sido eleito diretor no sindicato dos bancários regional, conforme decisão do 1ª Vara de Trabalho de Jundiaí (SP). Nos dois casos, as empresas buscaram reverter a decisão. De acordo com o ministro do TST, Renato de Lacerda Paiva, os acordos e convenções coletivas têm a natureza jurídica de contrato garantidos pela Constituição. “Uma vez celebrado o acordo, há que se respeitar suas cláusulas, bem como o contexto jurídico em que foram firmadas”, disse. Relator do recurso do ex-funcionário da ALL, Paiva ressaltou a necessidade de se respeitar a vigência do acordo expressamente estabelecida entre sindicato e empresa, de janeiro a dezembro de 2009, “ainda mais em se tratando de instrumento coletivo garantidor e renovador de condição mais benéfica ao empregado”. Caso O ferroviário, admitido como operador de produção, tomou posse em abril de 2008 como membro da diretoria e do conselho fiscal do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas Ferroviárias de 2008 a 2011. Ele foi demitido em maio de 2009. Em sua defesa, a ALL afirmou que, conforme a legislação vigente, apenas sete dirigentes teriam direito à estabilidade. Como o sindicato não forneceu a lista dos detentores do direito, não havia impedimento à dispensa. O juízo de 1º grau julgou improcedente o pedido de reintegração, e o Tribunal Regional do Trabalho seguiu a decisão. No recurso ao TST, o operário sustentou que o acordo coletivo assinado entre a categoria e a ALL em setembro de 2009 previa a manutenção, até dezembro, das cláusulas dos acordos vigentes até dezembro de 2008 – inclusive a que elevava para 20 os dirigentes com estabilidade. Isso o incluiria uma vez que o sindicato tinha 25 dirigentes e ele ocupava a 17ª posição. Ele argumentou ainda que as negociações que resultaram na assinatura do acordo tiveram início no curso da relação de emprego e do mandato sindical. Assim, para o relator, a demissão, em maio de 2009, se deu durante a vigência do acordo. Fonte: Diário do Comércio, Indústria e Serviços, por Vanessa Stecanella, 24.07.2015


Sob polêmica, FGTS vai a votação A Câmara volta do recesso nesta semana com o debate sobre a remuneração das contas vinculadas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Dois projetos vão pautar a discussão dos deputados sobre a forma como é corrigida a poupança forçada que todos os trabalhadores são obrigados a fazer. Hoje, os recursos são remunerados a 3% ao ano, abaixo dos índices de inflação, o que motivou trabalhadores a recorrerem à Justiça pedindo a troca da TR por um indicador inflacionário. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDBRJ), apoia projeto que aumenta os juros para 6,17% ao ano - os mesmos da poupança - para depósitos feitos a partir de janeiro de 2016. A questão é que os recursos do FGTS se tornaram uma das principais fontes de financiamento habitacional, especialmente os beneficiários do programa Minha Casa Minha Vida que com o aumento da remuneração do dinheiro depositado no FGTS elevaria, segundo a Caixa, em até 38% os juros das parcelas dos empréstimos da casa própria. As taxas de habitação com os recursos do FGTS, por volta de 4,5% ao ano, se-

riam impraticáveis caso a remuneração subisse para 6% ao ano. NOSSO SINDICATO. Trata-se de uma questão muito polêmica, pois mexe com um programa social importante (moradia para as classes mais baixas); mas também concordamos em penalizar todos os trabalhadores que recebem juros muito abaixo dos índices da inflação e principalmente porque muitas vezes estes recursos (que são dos trabalhadores) são utilizados de forma indevida. Hoje, o governo é responsável por indicar 12 dos 24 membros do conselho; a outra metade é formada por representantes dos trabalhadores (6) e de associações patronais (6), cabendo ao presidente (cargo ocupado pelo ministro do Trabalho), o voto de Minerva quando há empate nas votações. Pela proposta do deputado Carlos Marun (PMDB-MS), o órgão seria formado por 18 integrantes (6 do governo, 6 dos trabalhadores e 6 dos patrões) e o cargo da presidência, hoje ocupada pelo ministro do Trabalho, seria rotativo entre os segmentos representados.......... situação que o governo não admite. PORQUE SERÁ?????

PLR Braskem Com a “bombada” do dólar o “ebitida” também está crescendo, com isto, as perspectivas são cada vez mais positivas, mesmo com este mercado fraquinho e com essas leis novas de proibição de uso de sacolinhas (só as gratuitas). Para melho-

rar, conseguimos que aumentasse a fatia do pessoal de área o que beneficia os que são nossos associados, mas é preciso estarmos atentos e acompanharmos o desempenho, pois assim como melhorou contra as expectativas, para virar também é fácil.

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Anglo American

Passos, Elias e Figueiredo conversaram com trabalhadores Sindicato conversa com trabalhadores da Anglo American para estimular o empenho em segurança e meio ambiente. Atendendo as reivindicações destes trabalhadores de turno estamos acertando com

a empresa uma remodelação dos horários para melhorar as trocas de turno, inclusive discutindo a não coincidência do horário com a manutenção. Este objetivo de melhoria nas trocas já foi alcançado, mas o

que queremos é que o empenho em segurança no local de trabalho seja a premissa de todos e não apenas uma política de empresa. Afinal ninguém está trabalhando em área de risco por esporte. Falamos

bastante sobre direito de recusa ao trabalho por risco grave e iminente e dos direitos e responsabilidades de cada um no seu local de trabalho, assim esperamos que a conversa continue rendendo frutos.

Paralização na Heringer

Gílson deu o recado: tem fábrica que não entende de outro jeito A paralisação na Heringer foi a única maneira da empresa entender que estamos falando sério e queremos negociar o PLR e

não vamos engolir garganta abaixo o que eles querem impor aos trabalhadores. Em todas as fábricas da empresa no Brasil estamos

fazendo paralizações. Os diretores Gilson e Apipe comandaram a manifestação reunindo os trabalhadores na porta da fábrica e assim

além de protestar também serviu para deixar todo mundo esclarecido. A idéia é parar mesmo e de vez se a negociação não andar.

SINDICALIZE-SE !


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Frente Parlamenta da Indústria Química

Dr. Roberto segue os passos do pai Dr. Roberto Zamariolli tem sido um dos baluartes do nosso Sindicato, sua atuação nas varas trabalhistas das diversas cidades tem feito muito bem aos nossos associados.

É no seu escritório que muitas demandas individuais tem tido procedência, e além disso é filho do Dr. Roberto Costa, advogado trabalhista do nosso Sindicato há mais de 20 anos.

Passos representou os trabalhadores do setor químico em Brasília O Gás Natural foi o assunto escolhido para o café da manhã do dia 9 de julho, entre parlamentares representantes do Poder Executivo e da indústria química. O tema, coordenado na Frente Parlamentar da Indústria Química pelo deputado Davidson Magalhães (PCdoB/BA), é um dos pontos estratégicos para o setor químico. O presidente da Frente Parlamentar, Deputado Paulo Pimenta (PT-RS), iniciou o encontro ressaltando a importância do tema e apresentando novas entidades apoiadoras da Frente. Além da Associação Brasileira da Indús-

tria Química (Abiquim), que exerce a Secretaria Executiva da Frente, fazem parte do quadro de associações apoiadoras a Associação Brasileira de Indústria de Álcalis, Cloro e Derivados (Abiclor), a Plastivida, o Instituto do Plástico, o Instituto do PVC, o Sindicato Nacional da Indústria de MatériasPrimas para Fertilizantes (Sinprifert), a Associação Brasileira de biotecnologia Industrial (ABBI) e a Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas (Abrafati). Na sequência, Marcos De Marchi, Presidente da Elekeiroz, realizou apresentação abordando a importân-

cia do gás natural como matéria-prima para a indústria química. De Marchi destacou a crescente perda de competitividade do setor, o que tem ocasionado o fechamento de diversas plantas industriais e a crescente diminuição da participação no atendimento à demanda internaatravés de produção local, apesar do crescimento do consumo de produtos químicos no Brasil nos últimos anos. Atualmente, mais de um terço de toda a demanda nacional por produtos químicos vem sendo suprida por importações. Essa situação tem gerado não só déficit

comercial elevado, que em 2014 chegou a US$ 31,2 bilhões, como também conduziu as fábricas das empresas químicas a operar com ociosidade média superior a 20%. Parte expressiva desse déficit (mais de US$ 3 bilhões) é de produtos derivados diretamente do gás natural. O único representante de trabalhadores foi o presidente do nosso sindicato, Herbert Passos filho que sempre acompanha e interfere a questão dos custos nas empresas da categoria, afinal, nós trabalhadores somos um dos poucos custos administráveis neste país.

Dr. Roberto e Passos na sede do sindicato

Centrais e DIEESE discutem impactos do PPE As Centrais Sindicais e o DIEESE reuniram-se no dia 22 de julho, para debater o Programa de Proteção ao Emprego (PEE) do governo federal. O encontro foi realizado no Escritório Nacional do DIEESE, em São Paulo. Além do Programa, os participantes também discutiram a política econômica atual e a elaboração de uma cartilha sobre o PPE. A reunião contou com a participação do presidente da CSB, Antônio

Neto; do secretário-geral da CSB, Álvaro Egea; do presidente da CTB-MG, Marcelino da Rocha; do secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre; do presidente da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Nordeste (Fetrafi-NE/CUT); o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Roberto Von Der Osten; do presidente da Força Sindical, Miguel Torres; do secretário-geral da For-

ça Sindical, João Carlos Gonçalves; do secretário da Força Sindical, Cláudio Prado; do diretor de Organização Política da NCST, Fernando Bandeira; e do diretor nacional de Comunicação da NCST, Nailton Francisco Souza. Pelo DIEESE participaram a coordenadora executiva, Patrícia Pelatieri, o coordenador de relações sindicais, José Silvestre, o coordenador de atendimento técnico sindical, Airton dos San-

tos, e o técnico Clóvis Scherer, do Escritório Regional DF. Lançamento do Programa de Proteção ao Emprego - O supervisor técnico do Escritório Regional DF, Max Leno de Almeida, participou, em 21 de julho, da divulgação das regras, dos procedimentos e do funcionamento do PPE. A atividade foi realizada em Brasília, pelo Comitê Interministerial de Proteção ao Emprego (CPPE), e conduzida pelo

ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias. Com a regulamentação do Programa, às empresas que aderirem ao PPE será permitido reduzir a jornada de trabalho dos trabalhadores em até 30%, com diminuição proporcional nos rendimentos. A perda salarial será compensada em 50%, pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), até, no máximo, 65% do maior benefício do seguro-desemprego.

Na ocasião, o presidente nacional da NCST, José Calixto Ramos, representou os trabalhadores na mesa de divulgação do Programa. A cerimônia também contou com a participação do presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, e de representantes dos Ministérios do Planejamento e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).


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Internacional da OIT em Lima discute impactos da reestruturação da indústria química no emprego Entre os dias 13 e 17 de julho, dirigentes do setor químico brasileiro participaram de reunião da Organização Internacional do Trabalho (OIT), realizada em Lima, no Peru, para discutir sobre o impacto no emprego a partir da reestruturação das indústrias químicas e farmacêuticas na América Latina. O encontro também contou com as presenças de representantes da Argentina, Chile, Peru, Colômbia, Venezuela e México. Vandeir Messias, presidente da Força Minas e do Sindicato dos Químicos, Farmacêuticos e Plásticos de Belo Horizonte e Região (SindLuta), enalteceu a realização do encontro, mas lamentou a ausência da representação patronal, que se mostrou indiferente ao caráter tripartite da reunião. Sergio Luiz Leite, presidente da Federação dos Químicos e Farmacêuticos de São Paulo (Fequimfar) e co-presidente da área química da IndustriALL, destacou o valor de reunir representantes de governos, empresas e trabalhadores. O IndustriALL Global Union é uma federação de trabalhadores que mantém 55 milhões de filiados de 140 países. Serginho explicou que o diálogo tripartite contribui para a adoção das melhores práticas de diálogo social,

que venham favorecer atmosfera propícia e construtiva durante as discussões sobre alterações estruturais, fusões e aquisições nas indústrias químicas e farmacêuticas na América Latina. Antônio Silvan Oliveira, presidente do Sindicato dos Químicos de Guarulhos e Região e da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Químico (CNTQ), ressaltou a participação das entidades brasileiras no diálogo social que trará, com certeza, indicações importantes sobre o futuro dos setores químicos e farmacêuticos. Edson Dias Bicalho, secretário geral da Fequimfar e diretor da IndustriALL, fez palestra sobre o diagnóstico da indústria química no Brasil, traçando um panorama sobre acontecimentos recentes da economia brasileira e das indústrias químicas e farmacêuticas, além das tendências no emprego, salários e condições de trabalho nesses setores. Na agenda dos sindicalistas, presença em mesa redonda para avaliar a gestão de recursos humanos e o desenvolvimento de competências nas indústrias químicas e farmacêuticas, para atrair trabalhadores qualificados, incluindo mulheres e jovens.

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Curso de capacitação de dirigentes

Dr. Terras fala sobre organização do ponto de vista jurídico A diretoria do nosso sindicato está sendo preparada para atuar com o mesmo desenvolvimento que os companheiros mais antigos. Desta vez,

quem nos brindou com palestras foram dois companheiros de áreas importantes: o assessor da Força Sindical SP e CNTQ, Lino e o Dr. Terras, que

representa o nosso jurídico. Com Lino o pessoal pode tirar dúvidas tanto quanto a capacidade de representação e, com o Dr. Terras, a forma de or-

ganização. Os próximos cursos de diretoria serão de economia com a nossa assessoria do Dieese e de oratória com instrutores da FS SP.

do Sindicatos dos trabalhadores em Indústrias de Brinquedos de São Paulo. É com este novo grupo de filiados que

a nossa Central cresce sempre, pois novos companheiros são sinal de novas reivindicações e novas lutas.

Posse papeleiros

Passos compareceu para saudar os companheiros

Participamos da cerimonia de posse do Sindicato dos Papeleiros de São Paulo, representando turno e ainda temos do nosso companheiro que discutir sobre o retroativo. Como já fizemos a comunicação oficial, o direito está garantido. Se não conversarem, a conta vai ficar maior.

Turno Petrocoque Essa negociação está parecendo novela mexicana de tanto drama e conversa mole, mas não vamos abrir mão do reivindicado. Temos que aumentar os adicionais

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Turno Braskem

Presidente da Federação Sergio Luiz Leite e com a ótima participação da companheira Maria Auxiliadora, presidente A proposta de acordo de turno na Braskem é renovada com apoio de 97% dos trabalhadores, em votação secreta

na fábrica. O acordo foi renovado nas mesmas condições, mas com vigência de somente um ano, pois esperamos que

no ano que vem a situação esteja diferente da atual, tanto na empresa como na economia nacional.


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Café com associados

Passos falou sobre a situação política da região Foi mais uma reunião importante para os nossos companheiros, com a presença do amigo e advogado previdenciário Dr. Cretela, que deixou todos a par dos procedimentos e das instâncias em que se encontram os processos judiciais por ele defendidos. Além disto, Passos

informou sobre os acontecimentos da categoria e fatos políticos da região, evidenciando a necessidade de participação dos companheiros nos movimentos de interesse e de desenvolvimento social da Baixada Santista e do país. No mais, foi mais um encontro e reencon-

tro da companheirada, que sempre fica muito feliz nestes momentos lembrando os tempos de trabalho nas fábricas. No próximo encontro traremos a diretoria do SINDINAPI para falar das contas do INSS, DÉFICITE ou LUCRO, VERDADES, MENTIRAS e OMISSÕES.

Companheirada reunida para relembrar os tempos de fábrica

Desemprego no mundo Por Clemente Ganz Lúcio Estima-se em mais de 200 milhões o número de pessoas que estão desempregadas no mundo, resultado que inclui os mais de 30 milhões de trabalhadores desocupados depois da crise de 2008. Tratamse de estimativas da Organização Internacional do Trabalho (OIT), no estudo “Perspectivas Sociais e do Emprego no Mundo” (www.ilo.org). Para atender aos que começam a buscar uma ocupação, entre eles os jovens que atingem a idade adulta, ou responder à maior participação das mulheres no mercado de trabalho, a economia mundial precisa criar mais de 40 milhões de postos por ano. Trata-se de um enorme desafio, porque isso requer sustentar uma taxa de crescimento econômico que amplie a capacidade produtiva global (mais empregos com maior produtividade) para atender a demanda de consumo dos mais de 7 bilhões de habitantes do planeta. Para que isso ocorra é preciso que a dinâmica do consumo das pessoas, das empresas e dos governos amplie a demanda da produção de bens e serviços. No caso da maioria das pessoas em idade adulta, a capacidade de consumo é majoritariamente decorrente dos empregos e do poder de compra dos salários ou dos benefícios da aposentadoria. Quando os postos de trabalho são fecha-

dos e os salários são arrochados, as pessoas e famílias perdem capacidade de consumo, o que rebate diretamente sobre a demanda, reduzindo o nível de atividade das empresas e gerando ociosidade da capacidade instalada das plantas empresariais, o que gera ondas de demissões e alimenta um dramático ciclo recessivo. Da mesma maneira, por exemplo, a queda do consumo faz cair a receita do Estado, que arrecada menos impostos e reduz a capacidade de gastos correntes com as políticas públicas de investimentos. A OIT estima que o desemprego, o arrocho dos salários, os empregos precários e a informalidade retiram da economia uma demanda potencial equivalente a US$ 3,7 trilhões, perda correspondente a 2% do consumo global e de 1,2% da produção mundial. Além do desemprego, observa-se que ocorrem mudanças profundas nas relações de trabalho, com o crescimento dos empregos em tempo parcial, das ocupações precárias e da informalidade. Há um movimento mundial que amplia a insegurança e a precarização no mundo do trabalho. Em boa parte dos 90 países pesquisados pela OIT, cerca de 75% dos trabalhadores estão ocupados em empregos precários, em tempo parcial, sem contrato de trabalho e na informalidade. Nessa dinâmica, há aumento da desigual-

dade e crescimento da pobreza. Contraditoriamente, a educação e o conhecimento científico se ampliam e transformam-se em novas tecnologia e inovação, que aumentam a produtividade e esta não para de crescer, na contramão dos salários, que não param de cair. A desigualdade cresce em um mundo de abundância! Entendemos que o objetivo da política econômica é gerar empregos para produzir os bens e serviços para promover o bem-estar, a qualidade de vida e a sustentabilidade ambiental. Essa é uma forma de conceber a economia, sentido este sempre em disputa na sociedade. O desafio para os trabalhadores é, de maneira insistente e indelegável, recolocar o trabalho na centralidade da política econômica, tarefa que requer muita luta e capacidade de disputa no campo da economia política. No Brasil, nossa tarefa é construir uma rápida transição para o crescimento econômico baseado na combinação entre o investimento e o incremento e a repartição da produtividade, ampliando, por meio do emprego, a melhor distribuição de renda, a inclusão social e econômica e o mercado interno de consumo. Sem dúvida, não há mágica. Somente muito trabalho para gerar renda e riqueza e muita força política e disposição de luta para criar regras que distribuam os resultados de maneira justa e igualitária.

Preparação para conferência mundial do clima

O companheiro Lélio Falcão, em recente participação em Brasília, esteve junto aos senadores e encarregados das discussões

sobre o clima, pois em breve participaremos da grande conferência mundial sobre o clima, que discutir como impedir que as

emissões de carbono continuem causando este efeito “estufa” em nosso planeta. O nosso mundo não pode ficar na expectativa de que

se aqui não der certo, podemos mudar de planeta. Só temos aqui e é aqui que vamos ter que acertar para que a vida continue. Vai

custar caro, vamos ter que nos sacrificar isto é certo, o problema é que sempre alguns pagam mais que os outros e os países ricos

que tanto estragaram nosso mundo para crescer e agora querem que os mais pobres carreguem o peso da irresponsabilidade deles.


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