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Complexo Educacional Alphaville

Blocos 16 e 17

Num campus em constante transformação, dois pequenos edifícios buscam se contextualizar através de um jogo de articulação de formas geométricas.

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Resultado de uma progressiva depuração da linguagem técnica da construção metálica somada à vasta experiência na arquitetura educacional dos projetistas, os blocos 16 e 17 do campus Alphaville do Grupo Objetivo oferecem instigantes imagens, pouco freqüentes neste tipo de programa. Neste sentido, torna-se até paradoxal concluir já no início, mas o fato é que através de um domínio de sistemas construtivos disponíveis no mercado local esses projetos conseguem impor uma expressão próxima ao modernismo brasileiro do concreto armado sem abrir mão da eficiência e rapidez do aço, usado aqui de acordo com a lógica construtiva contemporânea.

Se a distinção entre estrutura e vedação e o uso de amplas superfícies envidraçadas são procedimentos projetuais vinculados ao modernismo local, adotados tanto no bloco 16 quanto no 17 e que lhes dá unidade, algumas estratégias são particulares a cada conjunto edificado.

Assim, o bloco 16, destinado a aulas do ensino superior, separa funções distintas em volumes distintos: o prisma principal configurando as salas de aulas, o cilíndro dos sanitários e por último o da escada. Do mesmo modo o modernismo torna-se também visível na liberação do térreo através do descarregamento de cada par das diagonais das vigas treliçadas num

Paulo Sophia

Complexo Educacional Alphaville

Blocos 16 e 17 único pilar, gerando um espaço de pilotis. Por outro lado, e segundo uma inevitável contemporanização, a cobertura inclinada em duas águas nas salas de aula e o ‘chapéu’ prismático que coroa a torre circular dos sanitários garantem uma linguagem que aproxima a arquitetura aos jovens usuários do edifício.

No caso do bloco 17, do ensino fundamental e médio, sua identidade se faz por meio da cobertura em abóbadas de berço que se apoiam sobre uma estrutura metálica

Local:

Santana do Parnaíba - SP

Projeto:

Paulo Sophia (Bloco 16)

Paulo Sophia

Washington Takiishi (Bloco 17)

Data do projeto: 1997 (Bloco 16)

1998 (Bloco 17)

Data de conclusão da obra:

1998 (Bloco 16) 2000 (Bloco 17)

Área construída:

2.500 m2 (Bloco 16) 1.200 m2 (Bloco 17)

Arquitetos

Colaboradores:

Liliane Ferreira Novo

Cláudia Yumi Inokuti

Fábio Goldfarb (Bloco 16)

Carla Regina Marques Fábio Goldfarb (Bloco 17)

Estagiários:

Claudia Mayumi Iseri Emerson Makuda (Bloco 16)

Emerson Makuda (Bloco 17)

Cálculo da estrutura em aço: Waldecyr Pereira da Silva

Fabricação e montagem da estrutura em aço: Vemont Engenharia e Montagens Industriais (Bloco 16)

MCM Estruturas Metálicas (Bloco 17)

Aço empregado: ASTM A36

Construção: CEA Construção, Engenharia e Administração (Bloco 16)

Estema Construções (Bloco 17)

Cliente:

Colégio Objetivo

Paulo Sophia

Complexo Educacional Alphaville

Blocos 16 e 17

treliçada, formada por perfis ‘I’. Uma composição que traz na sua fachada frontal algo da escola presente no imaginário popular, mas sem renunciar aos aspectos demandados pelas questões pedagógicas atuais.

O aço é efetivamente onipresente em ambos os edifícios, seja nas circulações como nos ambientes didáticos, configurando uma imagem de eficiência, agilidade, precisão, conceitos bastante adequados num ambiente educacional desta natureza, isto é, num campus que abrange desde o ensino fundamental ao superior, num contexto que reproduz quase uma pequena cidade.

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