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Editorial

Água em quantidade e qualidade. É isso o que todo mundo quer: poder público, sociedade civil e setor produtivo. Reunidos no Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas, esse parlamento das águas aprovou, em maio último, uma nova metodologia de cobrança pelo uso da água no território. A mudança –sem impactos significativos para os usuários de água – trará mais recursos ao Comitê para o desenvolvimento de novas ações de recuperação hidroambiental, a fim de que essa oferta de água boa e em abundância continue sendo cada vez maior.

É justamente a cobrança pelo uso da água na bacia do Rio das Velhas que viabiliza o nosso Programa de Conservação Ambiental e Produção de Água, que tem atuado na recuperação de quatro microbacias consideradas prioritárias, uma em cada região fisiográfica da bacia.

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A cobrança foi também mola propulsora para o Programa Produtor de Águas da Bacia do Rio das Velhas, permitindo a realização com eficiência de diagnósticos e intervenções de recuperação hidroambiental que justificam hoje o Pagamento por Serviços Ambientais destinados aos proprietários rurais de Itabirito. A partir daí, toda essa rede de articulação foi montada com a prefeitura municipal, o Subcomitê Rio Itabirito, a Agência Peixe Vivo, TNC e Coca Cola do Brasil.

Esses são apenas dois exemplos, recentes e em evidência aqui neste Informativo, dentre muitos, de como a cobrança pelo uso da água impulsiona benefícios ao longo da nossa bacia. Aos usuários dos recursos hídricos, cabe reforçar que o CBH Rio das Velhas e a Agência Peixe Vivo atuam incessantemente na atualização de ferramentas para que o público possa acompanhar, mensurar e avaliar os resultados das ações realizadas com os recursos provenientes da cobrança pelo uso da água.

Sabemos que os desafios continuam sendo muitos. Os recentes episódios de contaminação no Rio das Velhas, num ponto sensível e próximo à área de captação da Copasa que abastece milhões de pessoas da Região Metropolitana de Belo Horizonte, evidenciam isso. Mas sabemos também que, munidos de instrumentos de gestão sólidos e de pessoas e entidades dedicadas à qualidade ambiental da bacia, nosso Comitê continuará sendo vanguarda na mobilização e recuperação deste território.

Não à toa, completamos agora em junho 25 anos de existência e luta. Vida longa ao CBH Rio das Velhas!

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