ARTIGO
Lifelong Learning: nunca é cedo ou tarde demais para aprender algo novo
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“OK”, mas sem uma contribuição efetiva para a inovação e a criatividade. Para aplicar na prática a cultura do Lifelong Learning, temos que permanecer atentos a alguns detalhes à nossa volta, sobretudo, para a(s) carreira(s) que queremos seguir. Sim, se você não se deu conta, falamos no plural, pois teremos várias carreiras diferentes ao longo da vida. Sendo absolutamente redundante nos divertirmos com um jogo de palavras, uma pergunta que cada um de nós deve responder é: “qual é o futuro do trabalho, do trabalho em que eu quero trabalhar no futuro?” Se, antes, a garantia de um emprego estava em fazer algo específico, muitas vezes mecanizado e contínuo, hoje, a empregabilidade somente é conquistada quando estamos abertos a aprender todos os dias. O que importa, na verdade, é onde queremos chegar. Obviamente, devemos considerar as tensões que vivemos no dia a dia e não deixar que a vontade de aprender seja novamente considerada como algo mecanicista, que acabará apenas por inserir mais um compromisso na agenda em meio ao ritmo acelerado do cotidiano. Ou seja, devemos considerar nossa inteligência emocional, para que a disposição para aprender seja mais um elemento positivo para a nossa saúde física e mental, para crescermos como pessoas e profissionais. Quando aprendemos, mudamos! E quando mudamos, criamos novos comportamentos! E, finalmente, esses novos comportamentos impactam positivamente nas organizações e na sociedade. E você, o que pretende aprender hoje?
André Viana professor e coordenador dos cursos de Comércio Exterior, Gestão de Recursos Humanos, Gestão Comercial e Gestão em Serviços na Universidade Feevale
Crédito: Divulgação/Universidade Feevale
“Mark tem 22 anos e graduou-se como tecnólogo durante a pandemia. Está contente com as perspectivas, e busca demonstrar as suas competências para aumentar o seu salário e investir em um período sabático no exterior, por isso, vai iniciar um curso de qualificação para aprender um terceiro idioma e fará uma especialização, ao mesmo tempo em que planeja a viagem, visto e sua estada no exterior para o final do próximo ano.” “Emma tem 59 anos, três graduações, concluídas em décadas diferentes, e um mestrado. Tem quase 30 anos de experiência profissional na gestão comercial de grandes indústrias e orgulha-se das conquistas pessoais e profissionais, mas mesmo assim, tem buscado um MBA em Data Science, pois quer estar preparada para compartilhar com sua equipe estratégias para proporcionar, aos clientes novos produtos e serviços cada dia mais adequados às suas necessidades.” Esses dois casos são hipotéticos, mas será que não poderíamos identificá-los no nosso “feed” de amigos? E, de fato, o que ambos os profissionais têm em comum? Sem dúvidas, trata-se do desejo de aprender continuamente! Esse é o conceito-chave que define o Lifelong Learning, ou seja, trata-se da aprendizagem ao longo da vida. É um processo dinâmico que varia de acordo com as habilidades individuais e a motivação para a aprendizagem de cada um. Porém, é um elemento cada vez mais valorizado pela sociedade e pelas organizações, pensando nas habilidades que um profissional precisa desenvolver ao longo de sua trajetória. O conceito do Lifelong Learning, em si, não é novo. Ele foi e será uma tendência. Já o conhecemos com outros nomes ao longo das últimas décadas. O que muda na abordagem deste momento, é a ênfase incentivada mais recentemente pela fusão da vida off-line x on-line dos anos recentes, fazendo com que se defina com clareza a distância entre aqueles que buscam uma diferenciação na sua vida profissional e aqueles que, talvez, estejam somente no “piloto automático”, seguindo uma rotina, cujas atividades estejam