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"Os sistemas de fabricação aditiva são cada vez mais importantes"
Rui Tocha não tem dúvidas de que os sistemas de fabricação aditiva “são cada vez mais importantes até porque as séries são cada vez mais curtas e a diversidade de materiais utilizados aumenta de dia para dia”. As tecnologias têm evoluído muito e, considera “que se estão a abrir novas oportunidades de negócio nesta área”.
O CENTIMFE, recorda, teve um papel muito importante nesta questão, com a criação, na década de 90, de um sistema nacional de prototipagem rápida. Hoje, conta Rui Tocha, o centro continua a posicionar-se junto da indústria, seja em competência, seja em intervenção, para o suporte às empresas, nestes domínios avançados. “Temos um trabalho diário com as empresas de trazer as tecnologias e estudá-las, em conjunto, procurando encontrar as melhores soluções que reforcem a sua competitividade”, explica.
A evolução das tecnologias tem sido uma constante. Contudo, considera, “existem ainda bastantes restrições de utilização” que se prendem, sobretudo com a capacidade dos equipamentos. Se no plástico, as técnicas de 3D printing têm evoluído de tal forma que há negócios e até impressoras caseiras para produtos customizados, no que diz respeito ao metal, a evolução tem sido mais lenta, mas está em grande expansão.
“No sector há empresas que usam a fabricação aditiva como processo complementar aos seus processos tecnológicos e têm tido sucesso”, conta, sublinhando que uma das grandes mais-valias é “o incremento da competitividade, com a venda de “ciclos produtivos”, e não apenas Moldes!”.
O CENTIMFE, conta, está a participar num projeto mobilizador, o ‘Add Adictive’, congregando mais de 20 parceiros. Em conjunto, estão a estudar e a trabalhar os sistemas, a evolução, as tecnologias, e os materiais, de forma a encontrar soluções que melhorem a resposta às empresas. Refere ainda que o centro tem um plano de investimentos de cerca de três milhões de euros que será aplicado no alavancar da sua capacidade tecnológica, prevendo, por exemplo, criar melhores condições operacionais, com a criação de um novo pavilhão que acolherá tecnologias de última geração na área da injeção, maquinação e fabricação aditiva; mas também está a desenvolver muitos projetos de investigação com as empresas. “Acreditamos que faz sentido que muitas destas tecnologias emergentes (não maduras) estejam em centros como o nosso, de forma a serem usadas pelas empresas, em rede, de forma a diminuir os seus custos de exploração e reforçar a sua competitividade”, explica.
na revistaCom esta nova capacitação, o CENTIMFE pretende “ser um demonstrador e simulador de tecnologias: uma learning factory”, acrescenta, contando que, nesse sentido, estão a ser feitas parcerias com fornecedores tecnológicos em áreas críticas para a indústria, desde softwares, inteligência artificial, a robótica. “Não podemos falar só da teoria: é preciso demonstrar como se faz e apoiar a sua integração nas empresas. É o que temos procurado fazer e vamos continuar reforçando ainda mais a nossa ação de parceiro tecnológico das empresas”, esclarece.
Leia o artigo completo na revista TECH-i9, disponível em www.cefamol.pt