2 minute read
"A digitalização foi um processo evolutivo e essa evolução continua, bem como a adaptação às novas tecnologias"
“A digitalização foi um processo evolutivo e essa evolução continua, bem como a adaptação às novas tecnologias”. Assim o entende Jorge Oliveira, da Moliporex, uma empresa com 33 anos de atividade no sector. Integrada no Grupo Vangest, hoje composto por 12 empresas, desenvolvendo serviços que se estendem desde o design, engenharia de produto, prototipagem, três fábricas de produção de moldes - de pequena, média e grande dimensão - gabaritos e controlo de qualidade, centro de ensaios e testes e unidade de injeção. No total, tem 280 colaboradores. A digitalização, explica o responsável, permitiu, de uma forma geral melhorar a comunicação entre os vários sectores da fábrica e a produção. E isso é visível, salienta, na redução do papel. “Hoje não há papel nas fábricas”, afirma. Para além disso, permitiu também “fazer uma automatização de processos o que nos levou a um aumento de produtividade muito importante”.
Jorge Oliveira - MOLIPOREX
Jorge Oliveira esclarece que esse aumento está em fase de avaliação por comparação com anos anteriores, mas que representará “aumentos acima dos 15%”.
Toda esta mudança, considera, potenciada em grande medida pelo advento da internet, levou a que várias empresas periféricas ao grupo tenham conseguido reformular modelos de negócio.
“Cada vez mais, o cliente é parte integrante do projeto, da produção, e portanto tem de estar informado em tempo real do que está a acontecer”, esclarece, considerando que a digitalização “permite, de uma forma muito objetiva, que se consiga, sem incrementos de custo, ter a informação em tempo real e atualizada ao cliente”. E isso, assegura, já faz parte do dia-a-dia da empresa, desde a fase de produção à de ensaios e otimização.
Isto permitiu criar uma automatização de processos que se traduz no tal aumento de produtividade. Acresce a isso, salienta, “um acréscimo de confiança” seja por parte do cliente, seja no processo. Um outro aspeto que destaca é a forma como a digitalização permitiu estreitar a ligação dentro do grupo. “Era importante que isso acontecesse, que tivéssemos essa integração de forma otimizada, porque somos 12 empresas que têm de comunicar em tempo real e temos projetos que são transversais a todas as empresas”, explica. Só dessa forma, esclarece, é possível assegurar o que hoje, muitas vezes, o cliente necessita: um projeto ‘chave na mão’.
Contudo, adverte, o muito que se conseguiu não é ainda um processo completo. Por isso, conta, o Grupo desenvolveu internamente um portal para gestão de toda a parte mais técnica. “Temos uma equipa dedicada e alocada a este projeto e, todos os dias tem otimizações e desenvolvimentos em curso”, conta, frisando que o objetivo é sempre “tentar aproximar o cliente da informação que necessita e quando necessita, sem ter de se preocupar com isso”. “Mas é um processo evolutivo, algo que continua em desenvolvimento e ao qual continuamos atentos”, assegura.
Leia o artigo completo na revista TECH-i9, disponivel em www.cefamol.pt