Central Skate Mag - #5

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EXPEDIENTE :: Diretor Editorial Diego Almeida diego@centralskatemag.com.br :: Editor Fotografia Alex Seabra :: Redação Renata Oliveira renata@centralskatemag.com.br :: Staff Fotografia Diego Almeida, Victor Oliveira, Frederico Augusto, Renan Agá, Paulo Tavares, Samuel Pires, Alex Seabra, Elias Pereira & Ewerton Pereira :: Colunistas Eduarda Metzker, Renata Oliveira & Evaldo Oestreich :: Colaboraram nessa edição: Foto: Rafael Vato, Pedro Dezzen, Leonardo Barreto, Washington Teixeira, Pedro Macedo, Zezeh Luiz, Matheus Navarro, Nelson Nascimento e Carlos Taparelli. Texto: Victoria Acerbi. :: Comercial contato@centralskatemag.com.br :: Editor Portal Rodrigo Marcel rodrigomarcel@centralskatemag.com.br :: Periodicidade Bimestral :: Para anunciar contato@centralskatemag.com.br

As matérias e fotos publicadas não refletem necessariamente a opnião da revista e sim de seus autores.



:: 08

DIVA DA VEZ

:: 18

EM CENA

:: 28

FOCO CENTRAL

:: 42

RUA

:: 64

ADF CREW.

:: 74

FUZZLY

:: 84

PRIMEIROS PASSOS

KARINA ROSA

JAY ALVES

SALATIEL FARIAS


:: CAPA Roberto Pole達o - S/S Heelflip Foto: Leonardo Barreto

:: FACEBOOK.COM/CENTRALSKATEMAG


DIVA DA VEZ


KARINA ROSA

A DIVA MÃE Texto: Renata Oliveira Foto: Matheus Navarro

Maio é o mês das mães, e nessa edição não poderia ser diferente, a Diva da Vez além de ser “skatera” é uma diva mãe. Karina Rosa Lucena nos conta um pouco da sua rotina como skatista e como mamãe!


Karina Rosa Lucena – Atibaia – SP 24 anos, 10 anos de skate Patrocínio: Planet Skate Shop Apoio: Forty Skateboard Como foi seu primeiro contato com skate e como está a cena na sua cidade?

Quando eu morava em São Paulo eu jogava aquele jogo Tony Hawk pro skater2, aquilo passou uma vontade de aprender a andar e pegar gosto. Mas, meu vizinho que apresentou mesmo o skate, ele me emprestou o skate dele varias vezes, ele me ensinou a dar o meu primeiro ollie. Moro atualmente em Atibaia/SP, aqui cenário do skate é meio fraco, mas estou firme e forte faço meu role, às vezes filmo também a noite durante a semana e durante o dia eu trabalho num studio de tatuagem, mas só no final de semana tenho meu tempo mesmo para correr os campeonatos, filmar e ir em outros picos de rua.

O que você acha que deveria ser mudado no mercado do skate feminino com relação as marcas? Patrocinar mais meninas por que tem muita menina ai com talento sem nenhum patrocínio.

E com relação às próprias garotas? Você acha que existe uma desunião no skate feminino? Olha, as meninas são super humilde, tem muita união uma com a outra.


Flip


B/S Crooked



O que você acha que poderia ser feito para incentivar mais o skate feminino no Brasil? Falta campeonato, patrocínio e tinha que fazer um vídeo de skate feminino no estilo daquele vídeo Villa Villa Cola para incentivar as meninas andar.

Além de trabalhar a semana toda, ser skatista você é mãe, como foi o período da gestação onde você teve que se afastar do skate e quando você viu que dava para voltar a andar? Foi tranqüilo, mas a sede de querer andar foi muito grande não parava de pensar quando tive a minha filha nos primeiros dias de resguardo fui e peguei meu skate, não estava nem aí e fui andar dei uns flips fiquei mo feliz e desde então não parei só evolução.

Como você faz pra conciliar seu tempo entre ser mãe e andar de skate e como sua filha lida com o skate? Bom minha mãe me ajuda nessa, eu saio para trabalhar e minha filha fica com ela numa boa. Quando eu volto às vezes ando durante a noite para treinar ai eu ando sozinha. Fico mais com ela nos finais de semana que é mais sossegado sem muita correria. Vou falar para vocês ela gosta sim de skate, ela fica em cima sozinha eu dei um skate a ela de natal rsrs ela fica empurrando o skate para frente para trás fico muito feliz tomara que ela siga o mesmo caminho que o meu.



F/S Noseslide


Você participa de muitos campeonatos, quando surgiu esse interesse pelas competições? Quando comecei a andar eu andava numa pista coberta em São Paulo a antiga Skate City eu andava direto lá ai um dia vi que ia ter campeonato eu falei: “não custa tentar” eu fiquei em penúltimo lugar, fiquei triste mas pensei comigo não vou desistir. Desde então peguei gosto, agora corro todos independente de resultados eu vou para me divertir e encontrar amigos essa é a parte boa.

Seu vídeo - promo foi lançado no final do ano passado, nos conte um pouco sobre o vídeo. Quanto tempo levou para ser filmado? A escolha dos picos, os prós e os contras. Então esse vídeo-promo foi meio que um improviso, fiz tudo na pista perto de casa em breve estarei elaborando um novo.

Quais as suas metas dentro do mundo do skate? Primeiro de tudo quero andar muito de skate, focar campeonatos e fazer um vídeo meu de skate, viajar para Argentina para competir lá e filmar também e mais para frente a profissionalização.

Agradecimentos Agradeço primeiramente a Deus por tudo que ele fez por mim até agora, a minha filha ao meu namorado Gabriel, aos meus amigos, meus familiares e as pessoas que me apoiam pela força e incentivo.


EM CENA


Texto: Diego Almeida Foto: Washington Teixeira


O skate de Jay Alves reflete toda sua personalidade e simplicidade. Em 15 anos de skate, vem lutando para fazer a diferença na cena mineira e passar a real essência as novas gerações. Recuperado de duas lesões seguidas, Jay demonstra um amor pelo skate além das manobras, onde pequenas atitudes fazem toda diferença por onde passa. Apesar de grande domínio e técnica, o skatista afirma que não perde o prazer de jogar um grindão ou um tail de back corridão por uma longa borda, não deixando morrer a verdadeira base e raíz do skate.

Primeiramente, por que você escolheu o skate? Bom, na real comecei a andar como qualquer pessoa da minha geração, para estar com a rapaziada que eu conhecia e que começaram a andar e fui junto. Mas, o skate se tornou algo essencial na minha vida.

Em 15 anos, você deve ter passado por várias fases do skate. Consegue citar uma que te marcou? O inicio é muito bom, hoje em dia tenho saudade da época em que morava em SP. Andava com os manos da frega, Lingüinha, Cabeça, Andre, Renato, esses caras me ensinaram muito sobre skate e sobre ser um skatista, sempre me fortaleciam com peças, tênis, me levavam pro roles, era uma fase muito louca, e esses manos andam com a mesma essência até hoje. Teve a fase em que eu voltei pra BH, fui morar do lado da extinta 501 skate park e aprendi muita manobra, conheci o Mauricio, Naroga, Gustavo Carneiro, daí comecei a filmar pra um vídeo e foi indo e to aí. As fases são todas boas, me lembro de todas com muita satisfação, porque isso é minha vida, meus amigos, família. Teve a vez de entrar na capital, na converse, todas as fases são boas quando você faz o que ama!


B/S Smith Grind


Duas lesões sérias, o que te motiva a sempre continuar em frente? Deus, minha família, meus verdadeiros amigos, isso faz parte de mim, não tem como eu não continuar ta na veia mesmo e já era! É até o fim.

Após suas lesões, você começou a enxergar o skate de outra forma. Qual a diferença do Jay de antes e o de agora? O valor de poder andar e viver fazendo o que você mais gosta. Antes eu valorizava sim, mas depois que eu me lesionei, que tive que ficar sem andar na pegada em que eu queria,entendi que independentemente de se dar uma manobra foda e dar uma remanda o que importa é estar andando de skate, essa é a real.

Atualmente existe muito “game”, na sua avaliação, que prejuízo o skate sofre com isso? Tudo tem o lado bom e o ruim. Hoje em dia não tem mais essa, a informação é muito imediata. Um vídeo é novo por três dias no máximo! E já vem outro na bota, isso acontece diariamente, é legal, mas perdi o valor um pouco. Hoje o moleque anda há um ano e já quer ser patrocinado e já tem todas as informações e tal. Porem, se analisar bem, os que realmente são continuam sendo tá ligado?! Olha o vídeo da Girl, olha os Transword, vejam os exemplos tipo, Biano, Gordo, Fabio Cristiano e vários outros, o skate é vivido e você vai entendendo o que realmente ele te traz com o tempo, não tem internet ou Google que te ensine isso!


O que significa “Skate além das manobras” pra você? Aprender a viver nesse mundão louco nosso. O skate me ensina a ter opinião sobre todos os assuntos, não aceitar o que vem enlatado pra todos, não desistir facilmente, tentar ser um ser humano melhor pra mim e pra quem ta perto. Vejo que em todos os pontos da minha vida o skate me ensina e todo dia vem coisa nova!

Você já participou de alguns projetos em parceria com seus patrocinadores, como a construção de uma pista em Minas com a Converse. Quais são os planos pro futuro? To andando de skate,quero filmar uma parte esse ano e no que eu puder ajudar o skate aqui nas áreas (Minas) e no brasa eu vou fazer, mas estou curtindo muito ter me recuperado e está andando!

Valeu a atenção e o tempo em ceder essa pequena entrevista. Agradecimentos? Deus, Jesus Cristo, todos que me querem bem e meus patrocinadores.



F/S Blunt Slide



www.blessthemall.com.br


FOCO CENTRAL


SALATIEL FARIAS

EM FOCO FOTO/TEXTO: DIEGO ALMEIDA.



Como foi o seu primeiro contato com o skate? Comecei por influências dos amigos. Fazia um curso de web, sempre passava pela praça Alencastro e ficava olhando a molecada andando. Peguei minha mensalidade de um mês de curso e montei um skate, minha mãe ficou grilada da vida. Resumo de tudo foi que acabei abandonando o curso e estou a 11 anos andando de skate.

Qual a maior diferença que você vê no skate de hoje para o skate de quando você começou a andar? A grande diferença é que antes a evolução fluía meio que naturalmente. Saía pro role só pra andar de skate, sem pretensão de nada. Hoje tudo é mais pensado, os picos são mais agressivos, o role é mais estruturado. As situações sempre são diferentes, mas a idéia é sempre a mesma, minha evolução física e mental.

Nollie Hard Heelflip


Qual a maior diferença que você vê no skate de hoje para o skate de quando você começou a andar? A grande diferença é que antes a evolução fluía meio que naturalmente. Saía pro role só pra andar de skate, sem pretensão de nada. Hoje tudo é mais pensado, os picos são mais agressivos, o role é mais estruturado. As situações sempre são diferentes, mas a idéia é sempre a mesma, minha evolução física e mental.

Você tem uma bagagem bacana, já morou em várias cidades, conte um pouco de suas passagens por Curitiba e pelo Rio de Janeiro. Colei com alguns camaradas de Cuiabá para Curitiba, porém não me adaptei muito a cena. Acostumado com o clima e as ruas de Cuiabá, foi osso andar em Curitiba. Nessa época percebi que não tinha estrutura psicológica para viver aquele corre, naquele momento. Necessitava de muito amadurecimento para buscar o que realmente queria, voltei para Cuiabá em busca desse amadurecimento e acabei indo morar por 2 anos no Rio de Janeiro. No Rio, procurei estudar bastante, trabalhei como protético e descobri uma profissão que me sustenta até hoje. Lá conheci um skate totalmente forfun, a galera anda muito de skate por lazer e até mesmo para cuidar do físico e isso fez minha percepção mudar bastante em relação ao skate.


Nollie B/S Blunt Slide



S/S B/S Crooked


B/S Wallride


Sei que tem uma relação bacana com a galera de Campo Grande, como isso começou? A primeira experiência foi meio que foda e engraçada ao mesmo tempo. Colei pra lá em um carnaval e só chovia, era tanta chuva que chegava a alagar alguns pontos da cidade. Tive poucas oportunidades de por o skate no chão, mas esse pouco valeu à pena. Fiz vários camaradas, que tempos depois colaram para Cuiabá. Agora é só parceria que vem fluindo até hoje.

Quais os atuais planos com o skate? Primeiramente como pessoa, evoluir sempre, também pretendo viajar nas próximas férias pelo Brasil e futuramente pela América do Sul. Além disso, comecei um projeto de uma skateshop online chamada Procedê, é um projeto que estou trabalhando com alguns amigos e pretendo colher bons frutos futuramente..



Ollie


S/S F/S Tailslide 270 Out


Como você enxerga o mercado no Centro-Oeste, em especial o Mato Grosso? No Mato Grosso ainda falta um mercado forte de verdade, investimento de marcas e até criações de marcas locais. Está tudo muito distante do game das outras capitais, mas tudo está caminhando. Aos poucos o Centro-Oeste está aparecendo na cena nacional, acredito que em breve poderemos exigir mais e teremos uma cena sólida.

Qual a idéia da Procedê em relação a isso tudo? A loja está começando a caminhar, começamos a movimentar pelas redes sociais e tivemos uma grande aceitação no interior do Mato Grosso. Estamos trabalhando para poder dar um suporte a todos.

Agradecimentos Agredecer a revista pela oportunidade e pelo trabalho que estão fazendo divulgando o nosso skate. Agradecer também Taiguara e Eduardo que estão sendo parceiros no role e no projeto da Procedê. E toda a molecada do skate no Mato Grosso.



UA Gabriel Zago - 360 Flip - BrasĂ­lia/DF Foto: Alex Seabra


Juan Martinez - F/S Ollie - Buenos Aires/AR Foto: Carlos Taparelli


Diegão - B/S Rock N Roll Reverse - Brasília/DF Foto: Rafael Vato



Fabio Carvalho - F/S Bluntslide - BrasĂ­lia/DF Foto: Alex Seabra


Jéssica Estefani - F/S Feeble Stall - Brasília/DF Foto: Renan Agá


Carlos Eduardo “Dudu” - S/S Heelflip - Cuiabá/MT Foto: Zezeh Luiz



LeĂŹo Scott - Invert - Arpoador/RJ Foto: Pedro Macedo


Jonathan Xino - B/S Crooked - Cuiabรก/MT Foto: Diego Almeida



Alexandre alvarenga - S/S Heelflip - Belo Horizonte/MG Foto: Washington Teixeira




MaurĂ­cio Parmalat - S/S Nosegrind - Porto Alegre/RS Foto: Leonardo Barreto



Gabriel Nicoladeli - Crooked - Tubar達o/SC Foto: Nelson Nascimento



Gabriel Gomes - Nollie Heel Flip- Curitiba/PR Foto: Rafael Vato


Tyler Hendley - Halfcab Nose slide to B/S Tail slide- Fortaleza/CE Foto: Victor Oliveira




Texto: Victoria Acerbi Foto: Frederico Bibi


Churrasco, cerveja e conversa fiada. A carne acabou e alguém sugeriu umas asinhas de frango na brasa para acompanhar a breja. O companheirismo da galera e as ideias presentes na cabeça desses meninos fizeram a criação da crew Asa de Frango (ADF). Nasceu então, a princípio, o sonho de todo skatista: documentar todo o seu estilo de vida traduzido em manobras, junto com imagens nostálgicas da irmandade com seus parceiros. E assim foi feito, a ADF começou a projetar o seu primeiro vídeo de skate, com referências das antigas e a forte regionalidade da crew. A galera que engloba a ADF é enorme, indo dos pequenos aprendizes do skate aos skatistas de responsa da região. É que a ideia da ADF não é formar um grupo fixo, definido por questões ideológicas engessadas e sem mobilidade, nem limitar ao bando, um determinado “tipo” de pessoas. A Asa De Frango vem para ilustrar o skate em Goiás, que nada mais é que a vivência entre amigos e a liberdade: de expressão, de usar a arquitetura da cidade para a manifestação artística, e a liberdade de estilo. Resumindo, quem é a favor do skate e entende que essa arte é um estilo de vida, a ADF agrega à equipe. A cena de skate local, em Goiânia, está crescendo muito ultimamente. As crews, são formadas por skatistas parceiros que, geralmente, moram próximos um do outro e por isso, dão o rolê sempre juntos. Acontece que, no final das contas, todos os skatistas de Goiânia, também formam uma enorme crew. O próprio vídeo da ADF conta com a presença de outras equipes, como Mult All Day, GSF, Family Audiovisual, Divas Skateras e outros. Inclusive, a crew GSF, liderada por Gabriel Bagata, já está produzindo um vídeo (Film or die) que sairá em julho e contará com a participação do Felipe Carvalho. Segundo os ADFs, a galera bem intencionada com o skate é toda bem-vinda na Asa de Frango.


Walnderson Alves - Fs Noseslide


Gleybson Felipe - B/S Blunt Slide


A Asa De Frango é formada por Felipe Carvalho, Wanderson Alves (Tuc) e Thiago Borges (Kasseta). Cada um abraçou uma parte do ideal ADF, mas todos eles terão participação no vídeo. A crew também conta com a participação da Victoria Acerbi, que representa na parte jornalística de toda a ideia. O Felipe é o oficial filmaker, que se dedica nas filmagens e edições; o Tuc está ligado à arte do negócio criando as logos, tipografias, adesivos e desenhos para inovar a crew e o Kasseta, é responsável por um rolê pesado, pulando escadas e gaps insanos sem se importar se o asfalto vai arrancar partes generosas da sua epiderme. Mas a verdade é que todos eles estão ligados 24hs por dia ao skate, mandando um rolê totalmente diversificado, cada um com a sua suavidade. A partir de toda a ideologia criada, veio à aplicação nos obstáculos da rua e o vídeo começou a dar seus primeiros passos. Os finais de semana são inteiramente destinados ao projeto da galera, que não brinca em serviço. De acordo com os ADFs, o vídeo terá cerca de 40 minutos, e o tempo para toda essa produção pode levar dois anos, ou mais. O trabalho deles é totalmente independente e a verba utilizada é divida pelos administradores do grupo. A crew também criou uma funpage no Facebook, que é frequentemente atualizada por vídeos de skate; premières de vídeos que ainda vão sair; fotografias de skatistas locais produzidas pelos próprios ADFs; teasers do vídeo ADF e muitos outros fatos que movimentam a vida dos apreciadores do skate.


Diego Bahia (Dieguim) - Nollie B/S Flip Foto: Elias Pereira


Como a finalização do vídeo levará um tempo, ainda não dá pra dizer, com total certeza, todos os skatistas que vão ter parte na produção. Segundo os próprios ADFs, muita coisa ainda vai acontecer até lá, não dá pra prever. Mas por enquanto, os integrantes do vídeo, que moram em Goiânia, são: Diego Bahia; Kassio Julio; Kasseta; Gleybson Felipe (Barata) e Felipe Carvalho. A outra parte da missão vem de Itaberaí, cidade do interior de Goiás. Um dos ADFs, Felipe Carvalho, mudouse de lá há três anos, mas permaneceu amigo de grandes skatistas que ainda moram no local. A cidade é muito pequena e com quase nenhuma estrutura para o skate. Mesmo assim, o bando de lá não desistiu: fizeram alguns obstáculos e os implantaram no Clube do Povo, um local que foi abandonado pela administração pública, mas que agora, está sendo muito bem aproveitado. E é de lá que eles amadurecem e evoluem o skate. Aos finais de semana, eles se deslocam para Goiânia para filmar nos picos locais. Dentre os skatistas de Itaberaí, estarão presentes no vídeo ADF: Thiago Neves (Português); Ivan Marques (Gordinho) e Cleidivaldo (Xuxo). Cada um com a sua fluidez, desbravando o asfalto goiano.


Tiago Borges (KSSETA) - Ollie


Cleidivaldo Passos - Ollie

O vídeo também terá a parte Dos amigos, que incluirá o rolê de muita gente de responsa da região, de uma vez só. A ADF também conta com uma galera que vêm de fora do país, como o Gustavo Felipe, skatista que mora em Boca Raton, nos EUA, que participou do primeiro “Day in the life” da Asa de Frango. O Patrick, da Noruega, também deu uma força como videomaker para os Asas, fazendo diferença em muitas missões. A formação da Asa de Frango, que se concretizou com a criação da funpage, surgiu para fortalecer o cenário local de skate e a repercussão e aceitação da crew está sendo, a cada dia, mais positiva. Iniciantes do skate estão tendo esses meninos como referência, escrevendo “ADF” nas lixas e visitando a página da internet constantemente. Depois do primeiro vídeo, a crew já projeta muitos outros. E é isso que esses meninos esperam ver, uma maior aceitação do skate, de forma consciente, por aí afora.


NA ONDA DA FUZZLY! Texto: Eduarda Metzker Foto: Diego Almeida

Levando o rock’n’roll por onde passa, a banda cuiabana conta tudo sobre o trabalho independente, o universo do skate, viagens, presepadas, e, é claro, muito, muuuito rock’n’roll



Formada pelo guitarrista Dark Jordão, pelo baixista Michael Fabrício e pelo baterista Rafael Arruda - todos com 26 anos -, o trio volta à cena cuiabana com tudo, com a mistura de influências dos anos 70, 80 e 90, que marcam o estilo totalmente rock’n’roll da banda. Com mais de dez anos de estrada, a banda, formada em 2001, passou por diversas mudanças e situações. Os integrantes moram atualmente em Cuiabá – MT, e se apresentam esporadicamente nos eventos alternativos da cidade. Na maior parte do tempo, a banda se apresenta em tours pela América do Sul, tocando suas músicas pela Argentina e por onde a vida e as oportunidades os levarem. No Brasil, fazem sucesso no interior e na capital de São Paulo, e são constantemente convidados a se apresentarem em eventos independentes que acontecem no país, como em Florianópolis, Goiânia, no estado de Tocantins, e outros. Haja fôlego, dedicação, e rock’n’roll!



FUZZLY: COMO SURGIU A banda foi criada pelo guitarrista, Dark Jordão, e pelo baterista, Rafael Arruda. Na verdade, a banda não foi criada: a banda surgiu. Em uma roda de amigos que estavam conversando, alguém comentou que haveria uma festa e que estavam à procura de uma banda para tocar. Dark e Rafael se olharam,e,automaticamente,disseramquetinhamuma banda, e que se apresentariam na tal festa. O detalhe era que eles sabiam tocar minimamente um pouco de guitarra, e nada a mais. Então, com pouco tempo para se aperfeiçoarem nos instrumentos, passaram os dias que se seguiram ensaiando e aprendendo a tocar as músicas das bandas que gostavam. A festa foi um sucesso, e a apresentação também. Surgia então, do acaso, a Fuzzly (que ainda não tinha nome). O nome da banda veio dos primeiros pedais de distorção, que são chamados de “Fuzz”. O “ly” foi acrescentado em seguida, por intuição dos integrantes.


A PROCURA DO BAIXISTA OFICIAL A banda teve dificuldade para encontrar um baixista oficial. Todas as festas e eventos que tocavam, contavam com a ajuda de algum amigo que tocasse baixo para “segurar a barra” da dupla. Por esse motivo, a banda dividiu o palco com diversos nomes do rock nacional, e se vinculou a várias pessoas que foram conhecendo por onde passavam em suas viagens. Um fato curioso (e engraçado) é que todos os baixistas, sem exceção, que tocaram na banda, torciam pelo Corinthians. Assim como a dupla também torce. A essência da banda se estabelece pela maneira como os integrantes se deixam levar pelas oportunidades. Eles não ficam correndo atrás de contatos, mas fazem amigos e parcerias naturalmente, e se fortalecem na reciprocidade com estes: “É uma troca”, afirma Dark. Em 2009, conheceram o Michael Fabrício, que tocava na banda The Melt, em Cuiabá, e o convidaram para fazer parte, oficialmente, da Fuzzly. Desde então, o trio não se separou mais.



INFLUÊNCIAS: A MÚSICA E O SKATE Dark e Rafael se conheceram por causa do skate. A dupla freqüentava vários eventos skatistas, e andavam incessantemente. Eles afirmam que passaram a andar com menor constância para se focarem mais na carreira musical. Já o baixista, Michael, não anda de skate, mas também freqüentava os eventos e movimentos skatistas. Os músicos afirmam que muitas das influências da banda se deram pelo movimento skatista. Tanto pelas músicas, quanto pela arte em geral. Falar das influências musicais para o trio foi de certa dificuldade. Eles são influenciados por inúmeras bandas que conhecem constantemente na estrada e na vida. São realmente musicais, e buscam se aperfeiçoar cada vez mais no som que fazem. A Fuzzly é uma banda de parcerias e amizades. Regravaram uma música da banda Buffalo, e fizeram uma parceria musical com a banda Il Diabolo. Possuem, em parceria com a banda Branco ou Tinto e Neptunio, o estúdio AeroStudio, que abre as suas portas para as bandas da capital, e também para as bandas que estão apenas de passagem pela cidade.


PLANOS FUTUROS: NA ONDA O trio deixa as oportunidades fluírem. Quando pensei em um título para a matéria, logo me veio à mente as ondas do mar, que possuem tal magnetismo e inspiração, e se deixam fluir para onde os ventos a levarem. Sendo assim, os planos futuros da banda são construídos no cotidiano, nas oportunidades que estão sempre surgindo. Na agenda da banda está marcada uma tour pela América do Sul e shows que acontecerão em São Paulo, em outubro. Na capital, tocarão no show da banda Dead Fish, no dia 25 de maio. Exibem planos de gravar o videoclipe da single “Void” nesse ano, e lançar o novo CD. Os integrantes da banda já moraram em São Paulo e na Argentina. Voltaram a morar em Cuiabá em busca de suas raízes, mas estão sempre viajando e trabalhando fora da cidade. Eles afirmam que são muito mais valorizados no exterior, e já tiveram suas músicas tocadas nas rádios da Argentina, mas que possuem as suas raízes na capital cuiabana, e desejam que a cena independente cresça e se fortaleça cada vez mais. Suas músicas podem ser ouvidas no site: www.fuzzly.bandcamp.com Também podem ser ouvidas no Youtube, com diversos vídeos, singles e shows. Eles marcam presença também no Facebook na página /fuzzlymusic, em que estão sempre conectados e em contato com o seu público, fazendo promoções e sorteios, avisando sobre as datas e locais de show, e se comunicando constantemente com os seus fãs.



PRIMEIRO PASSO

ANDRÉ “ORELHA” NOME: ANDRÉ PAULO IDADE: 15 ANOS TEMPO DE SKATE: 3 ANOS APOIO: PROCEDÊ SKATESHOP CIDADE: CUIABÁ-MT ÚLTIMA MANOBRA QUE VOCÊ APRENDEU? HARD FLIP O QUE VOCÊ GOSTA DE FAZER QUANDO NÃO ESTÁ ANDANDO DE SKATE? ASSISTO VÍDEOS DE SKATE. QUEM TE INSPIRA NO ROLÊ? CARLOS EDUARDO “DUDU”. COMO O SKATE ENTROU EM SUA VIDA? MUDEI DE BAIRRO E NA VIZINHANÇA TINHA UM SKATISTA, FIZ AMIZADE COM ELE E LOGO COMECEI A ANDAR. QUEM GOSTARIA DE AGRADECER? QUERIA AGRADECER A DEUS E A MINHA FAMILIA E MEUS AMIGOS E A REVISTA POR TA FAZENDO AS CORRERIAS PRO SKATE SER MAIS VALORIZADO E OS MULEKES DA PROCEDE SKATE SHOP


Ollie Foto: Diego Almeida


PRIMEIRO PASSO

MATHEUS FERREIRA NOME: MATHEUS FERREIRA IDADE: 14 ANOS TEMPO DE SKATE: 4 ANOS DE SKATE APOIO: SIMPLE SKATES , DMARKS SKATE SHOP E ALGOZ CIDADE: GOIÂNIA ULTIMA MANOBRA QUE VOCÊ APRENDEU? HARD FLIP TAIL DE BACK OQUE VC GOSTA DE FAZER QUANDO NÃO ESTÁ ANDADANDO DE SKATE? MEU DIA É SÓ SKATE. SE NAO TO ANDANDO TO VENDO REVISTA VIDEO OU NA CASA DOS MEUS AMIGOS. QUEM TE ESPIRA NO ROLÊ? RODRIGO TEIXEIRA E STIVIE WILLIAMS COMO O SKATE ENTROU EM SUA VIDA? ATRAVÉS DO MEU IRMAO MAIS NOVO, A GENTE IA BRINCAR JUNTOS EM UMA PISTA QUE TINHA PERTO DA ONDE A GENTE MORAVA QUEM GOSTARIA DE AGRADECER: AOS MEUS PATROCINADORES SIMPLE SKATES , DMARKS SKATE SHOP E ALGOZ


B/S Crooked Foto: Pedro Dezzen



:: SAIU NA SESSテグ E FEZ UMA FOTO LEGAL? MANDE PARA CENTRAL! contato@centralskatemag.com.br


Vi um anuncio de vocês que se tirasse uma foto legal poderia enviar. Sou skatista Francano, ando de skate à 10 anos, e sempre quis uma foto minha publicada. Esse é ollie é uma das minhas fotos que mais curto. Agradeço de coraçao, fiquem com Deus. KLEBER VASCONCELOS Franca -SP Salve Kleber, ficamos felizes por acreditar no trabalho da revista e nos ter enviado sua foto. É um prazer divulgar o role de todos, fica na paz e muito skate em Franca!


Eae equipe da Central, flagra ae algumas imagens minha sem compromisso, skate fun ruless. abraço. LUIS MOSCHIONI Tatuí -SP Dispensamos os comentários e marreta Luis. Salve, skate true!


Marcos é considerado um amigo da revista, desde a primeira edição vem acompanhando nosso trabalho e nos enviou essa foto. Salve marquin e RUM SKATEBOARD. Marcos Van Basten , Wallride to fakie foto: João Paulo de Souza Barbacena-MG



Foto: Diego Almeida

Maycol Buchecha - F/S Grind


O QUE O SKATE SIGNIFICA PRA VOCÊ? Significa a raíz desde onde venho e pra onde vou, o lifestyle skate sempre vai fazer parte de mim! ZEZEH LUIZ

VIDEO MAKER - PROGRAMA ODP


B/S 180 Fakie Nosegrind FOTO: ALEX SEABRA


O QUE O SKATE SIGNIFICA PRA VOCÊ? O Skate pra mim é estilo de vida, um vaso sanguíneo e também uma válvula de escape! SAMUEL JIMMY


Renan Agรก - Nollie Flip Foto: Alex Seabra


:: FACEBOOK.COM/CENTRALSKATEMAG



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