Jornal ABRA - 13ª edição

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13ª Impressão Santa Maria, junho de 2008

Jornal Experimental do Curso de Comunicação Social - Jornalismo - UNIFRA

Várias faces do estudar

Gabriela Perufo

Página 5

Beatrice Witt

No Centenário, inclusão é lição para ser aprendida na sala de aula Com a TV Unifra no ar, alunos têm a oportunidade de colocar em prática o que aprenderam sobre produzir para televisão Página 5

Bares garantem espaço para a produção local e transformam-se em alternativa cultural para público e oportunidade de divulgação de artistas independentes Página 3

Gabriela Perufo

Estela Fonseca

Lugar de música na noite da cidade

Arte circense

Estudantes comentam sobre a vizinhança de risco entre a instituição de ensino e os bares das redondezas

União de circo, dança e teatro é a proposta do trabalho da Cia Sorriso com Arte, que encantou os participantes do Fórum Mundial de Educação, em Santa Maria Contracapa


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JUNHO 2008

Editorial

Imprevistos

Se há uma certeza, na medida em que adentrarmos no mundo do conhecimento jornalístico é de que nossos dias nunca serão iguais. Rotina é uma coisa na qual não cairemos e que imprevistos acontecem. Uma edição do ABRA com uma proposta diferente, a de não ter proposta temática. Este foi o primeiro desafio para nossos jornalistas aprendizes. Ainda treinar o olhar para encontrar novas e boas matérias, mas dessa vez sem limites ou restrições de temas. É o segundo ABRA deste semestre, e este, seguindo o anterior, também teve um prazo curto para ser produzido. Isso de fato dá uma impressão de realidade. A escolha da pauta, a apuração bem feita, o texto bem estruturado e o deadline que se aproxima. Nessa correria toda, e foi mesmo, tivemos a oportunidade, mesmo não querendo, de termos que lidar com os imprevistos. A pauta que caiu, o entrevistado que sumiu ou não quis falar, as alterações na proposta original de pauta. Enfim, exercitamos a nossa flexibilidade. E esta é uma qualidade que, inegavelmente, precisamos desenvolver. Nossa vida profissional talvez não seja um mar de rosas, ou nossas tarefas nem sempre serão as que mais nos agradam. Mas não há nada que nos desanime se amarmos o que fazemos. E tendo uma pitada daquilo que nos espera lá fora, com a experiência do ABRA começamos a entender um pouco melhor como as coisas funcionam. Sempre com um gostinho de quero mais.

Expediente Jornal experimental interdisciplinar produzido sob coordenação do Laboratório de Jornalismo Impresso e Online do curso de Comunicação Social – Jornalismo do Centro Universitário Franciscano (Unifra). Esta atividade é desenvolvida por estudantes de segundo semestre de Jornalismo. Reitora: Irani Rupollo Diretora de Área: Célia Helena de Pelegrini Della Méa Coordenação Jornalismo: Rosana Cabral Zucolo Professores orientadores: Daniela Pedroso, Laura Elise Fabrício, Liliane Dutra Brignol, Maicon Kroth e Sione Gomes (MTb/SC 0743) Reportagem e textos: Alice Dutra Balbé, Aline Teixeira de Lima, Bruno Mariano da Rocha Barichello, Bruno Pinheiro Garrido, Carine Jorgens Horstmann, Carolina Moro da Silva, Caroline Rocha da Silva, Cláudia Monique Zappe Abade, Denise Araujo Rissi, Fabrício Santos Vargas, Gabriela Kieling da Silva, Gilkiane Cargnelutti de Mello, Giulianna Resende de Lima Belmonte, Igor Borges Müller, Juliana de Oliveira Bolzan, Juliana Menezes Farias, Marcelo Pereira Figueiredo, Marta Bonow Rodrigues, Patric Reginaldo Chagas da Silva, Rafael Soares Krambeck, Raquel da Silva Acosta, Renata de Araujo Ceratti, Tiago Pascotini Sackis e Vanessa Ferrari Roepke. Fotografia: Beatrice Witt, Bibiane Moreira, Gabriela Perufo e Vinicius Freitas (integrantes do Núcleo de Fotografia e Memória) e Estela Fonseca. Tratamento digital de imagem: Bibiane Moreira, Douglas Menezes, Rodrigo Simões e Vinicius Freitas.

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Centro da informação

o mês de junho foi realizado o 33º Congresso Estadual de Jornalistas. Promovido pela primeira vez no interior do Estado, Santa Maria foi a sede escolhida pela referência em educação e formação de jornalistas. O mundo do trabalho na comunicação foi o tema debatido. Nascido em Cachoeira do sul, o jornalista Carlos Dorneles é mais um gaúcho bem sucedido na carreira e foi um dos palestrantes do congresso. Há 25 anos na Central Globo de Jornalismo, Dorneles afirma que a informação está cada vez mais atrelada ao comércio e isso lhe preocupa. Para ele, a informação deve ser pública: “nem partidária, nem governamental”. De forma realista, desfez a “glamorização” sobre trabalhar na Rede Globo: “a forma de trabalho é como em qualquer outra empresa. Mas existem vantagens como preferências e reconhecimento”. Sobre cobertura de guerras comentou que é raro um profissional que não queira participar, mas ninguém é punido se não aceitar. “O perigo existe, mas também têm as mordomias dos hotéis, as viagens”. Confessou que tinha preconceito com a internet, mas que foi perdido em 2001 quando foi organizada a maior manifestação contra a guerra do Iraque, no segundo mandato do presidente Bush: “Nos veículos não se falava no encontro, foi tudo combinado pela rede, isso mostra a força que tomou”.

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Acredita que podem surgir pensadores novos e implantar mudanças: “Não sabemos se é possível, nem quando”. Para ele, se tudo que é estudado fosse aplicado, teríamos uma revolução na educação e no jornalismo. Para mudar o jornalismo, precisa mudar a sociedade: “A imprensa tem papel muito importante, dizer que não tem o que fazer é errado”. Dorneles resumiu os critérios de noticiabilidade da Rede Globo em região e poder. Ele defendeu existência de órgãos reguladores: “cada empresa tem seu posicionamento, regular não é censura”. No Congresso também esteve presente o filósofo especialista em economia social e do trabalho José Dari Klein. Ele afirmou que o mercado está desestruturado e as pessoas tendem a trabalhar em mais de uma empresa e por menos tempo em cada uma. A jornada de trabalho tem aumentado e mistura-se com a vida social, para ele: “Se vive para trabalhar e não mais se trabalha para viver”. O diretor de redação do Correio do Povo, Telmo Flor explicou a trajetória dos jornalistas: “é um caminho longo a seguir, mas não impossível de realizar”. Para isso, citou como exemplo Carlos Henrique Schröder, hoje diretor geral do jornalismo da Globo, que foi seu funcionário na redação Por Alice Dutra Balbé

Por uma infância melhor

organização não-governamental (ONG) Infância-ação proporciona a integração de crianças carentes no convívio social santamariense. Foi criada por alunos da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Esses estudantes dedicam parte de suas vidas, de maneira voluntária, à construção de uma infância melhor e mais alegre para diversas crianças. O Projeto Fazendo Rir é desenvolvido na ala pediátrica do HUSM, onde, nos finais de semana, são desenvolvidas brincadeiras para as crianças internadas. Também preocupados com a saúde bucal da criançada, existe o Projeto Escova-ação, que atende às escolas carentes com a ajuda de estudantes de Odontologia do Centro Universitário Fransiscano (Unifra). A iniciativa garante conscientização de crianças e pais para o cuidado com a higiene bucal infantil, mostrando qual o uso correto do fio dental e como a escovação deve ser feita. São doados materiais e há a indicação da alimentação ideal para evitar cáries. Outro projeto da ONG, em uma parceria com a Pastoral da Criança, que cede o espaço para a realização do projeto, leva brincadeiras a mais de 100 crianças enquanto suas mães recebem orientações. Esse projeto leva o nome de Turma do Chiquinho. Já o Projeto Clubinho de línguas, realizado em parce-

ria com a escola de idiomas Challenger Brasil, doará o material didático usado e proporcionará o ensino de línguas para crianças de até 13 anos, freqüentadoras de instituições como Aldeia SOS, Recanto da Esperança e a Escola Municipal de Ensino Fundamental Fontoura Ilha. Esse projeto teve início em maio deste ano e terá a duração de um semestre. Existe também o Projeto Materializando, que tem como meta integrar a participação da sociedade com escolas e instituições, melhorar as condições de instituições de ensino cadastradas na Ong, como a escola Municipal Borges de Medeiros e a escolinha Padre Orlando. O Projeto Integrar, ainda em estruturação, visará um maior conhecimento dos voluntários sobre as instituições a serem ajudadas. A ONG já esteve atuando em diversos locais da cidade, como praça Saldanha Marinho, Shopping Monet, show da Ivete Sangalo, quando manteve uma tenda para venda de produtos que levam o nome da instituição, adesivos, canetas e squeeze (garrafinhas para água). A Infância-ação conta com parceiros na cidade como Lojão Total, Avênida Tênis Clube, Challenger Brasil. Para participar ou conhecer os trabalhos da Ong basta acessar www.onginfancia.org/ ou a comunidade Infância-Ação, no Orkut. Por Juliana Faria e Denise Rissi Reprodução site oficial

Diagramação: Carine Jorgens Horstmann, Carolina Moro da Silva e Igor Borges Müller. Campanha publicitária: Alexandre Soares, Ana Camila Antunes, Anderson C. B. Stock, Bruna Casseres, Eduardo Frantz, Rogério Gomez. Impressão: Gráfica Gazeta do Sul Tiragem: 1000 exemplares Distribuição: gratuita e dirigida

Errata

Na 12ª impressão do Abra foram publicados dois nomes errados. A matéria “40 anos depois do maio francês”, na página 4, foi produzida pela acadêmica Flávia Alli. Na página 7, a matéria “Um cachorro quente, por favor” foi desenvolvida pelo acadêmico Fabiano Oliveira.

Equipe de voluntários da ONG (foto ao lado) também é responsável por atendimentos a comunidades (foto acima)


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JUNHO 2008 Gabriela Perufo

Internet e pirataria mudam o mundo da música

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Bar abre portas para cultura

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onge da aldeia criada pelo escritor Gabriel García Márquez e apresentada no livro Cem Anos de Solidão, o Macondo santa-mariense fica na Rua Serafim Valandro, 643. Ao contrário do lugar solitário mostrado no livro, o bar é ponto de encontro para diversas identidades da cidade. Assim como a obra do autor colombiano, considerada um marco para a literatura latino-americana, o bar se tornou um divisor de águas para a cena cultural santa-mariense. Do realismo fantástico criado por Gabo, como é conhecido García Márquez, surgiu a cidade que serviu de inspiração para dar nome à idéia. De um projeto dos amigos Fernando Budini, Atílio Correa e Jeferson Egelmann nasceu o espaço que faltava para um público carente de alternativas na cidade. No dia 17 de março de 2005, na Rua Floriano Peixoto, nascia o Macondo Lugar. O bar mudou de endereço devido à venda da casa onde funcionava antes. Com uma proposta voltada para a cultura, o bar é conhecido nacionalmente no meio independente. No local, também são realizadas festas onde a renda é repassada para iniciativas culturais como peças de teatro e exposições artísticas. Além se ser ponto de referência para bandas locais, pelo palco da “casa verde” da Valandro já passaram bandas reconhecidas na cena independente como Vanguard e Zeferina Bomba. Para quem busca espaço como a banda Retroprojetores, faltam iniciativas desse tipo em Santa Maria. Formada em 2006, com covers de bandas como Strokes e Beatles, os amigos Marcelo Figueiredo, Tiago Rodrigues, Daniel Amaral, Guilherme Neu e Jean Senna já estão com trabalho próprio. “Se não fossem bares

como o Macondo Lugar, Bunker e a boate do DCE, não haveria espaço para quem está começando”, afirma o baterista Marcelo. Diferente da banda Retroprojetores, o Murruga Trio que trabalha com músicas no formato acústico, economiza nos ensaios que custam em média R$ 10,00 a hora nos estúdios santa-marienses. O projeto começou sua atividade por brincadeira pelos amigos João Murruga, Letícia Seca e Roberto Nóia. O trio, fazendo uso de violão e percussão, toca um reggae com letras críticas, uma das características do ritmo jamaicano. “A música A Semente e a Flor faz uma homenagem aos amigos que sempre estão apoiando nos shows”, revela João. Além do trabalho autoral, os músicos trazem no seu repertório canções de bandas como Natiruts. Além disso, fazem releituras de artistas como Seu Jorge e Zeca Baleiro. Por Patric Chagas e Bruno Garrido

para saber mais Macondo Lugar Endereço: Serafim Valandro, 643 Site: www.macondolugar.com.br Telefone: 30254809 Bunker Endereço: Floriano Peixoto, 1592 Site: www.obunker.com Boate do DCE Endereço: Professor Braga, 79

Reprodução site da banca

Com poucas opções, artistas valorizam iniciativa de proprietários que abrem espaço para quem deseja mostrar seu trabalho

egundo a Fe-deração Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI), os países que merecem prioridade nas campanhas anti-pirataria, tanto de unidades físicas quanto de downloads ilegais, através da internet são: Brasil, Espanha, China, Índia, Indonésia, México, Paquistão, Paraguai, Rússia e Ucrânia. Comprar um CD pirata ou baixar músicas da internet pode até parecer vantajoso, mas dados da Associação Brasileira de Produtores de Disco (ABPD) apontam que, para cada nova barraca de camelô nas ruas, seis empregos formais são perdidos. A tolerância ao crime de pirataria é um dos maiores problemas da indústria fonográfica do Brasil e é difícil de combater já que faz bem ao bolso do consumidor. As gravadoras Sony e BMG uniram-se para combater a crise da indústria fonográfica, enquanto a EMI e a Virgin estão por fechar as portas. Para combater a pirataria algumas bandas abusam da criatividade e do marketing, como os músicos da The White Stripes, que lançaram seu trabalho em formato MP3 em um pen drive personalizado (foto acima), com a intenção de fazer os fãs pensarem duas vezes antes de adquirir um produto pirata ou fazerem pela internet. Outros artistas famosos há mais de 20 anos como Madonna e Janet Jackson estão mais à frente de seu tempo, ambas assinaram um contrato com a Live Nation (promotora e nova gigante da indústria musical). Tudo indica que o futuro da indústria fonográfica é promover a sinergia entre música, internet, televisão e cinema. O interessante agora não é mais ter um contrato assinado com uma gravadora de grande porte, mas sim, ter um contrato com uma empresa de mídia. Em Santa Maria existem poucas lojas de produtos fonográficos que ainda se mantém, como a Multisom, que faz parte de uma rede de 80 lojas em todo o Brasil e possui três estabelecimentos na cidade. As opções da loja impressionam devido a sua variedade e preço, pois há desde clássicos do rock como The Rolling Stones até o POP/R&B de Jennifer Lopez. Os preços também variam, com CDs a partir de R$6,00, preço semelhante ao dos produtos piratas. Por Bruno Barichello


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JUNHO 2008 Gabriela Perufo

Incerteza do futuro

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Os estudantes e o ensino

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oje, a Unifra oferece cursos de graduação, pós-graduação, extensão e técnicos. Buscamos algumas opiniões, neste Abra, sobre o que os alunos pensam sobre a qualidade de ensino na instituição. No geral, os alunos gostam dos professores, notam interesse pelo menos na grande maioria e acham que o incentivo à pesquisa e materiais adicionais oferecidos excelentes. Quanto à qualidade de ensino, todos entrevistados falaram que pode concorrer com outras universidades e até ter alunos mais qualificados. As respostas indicaram que a Unifra oferece o suporte necessário para a formação dos alunos. Por Marcelo Figueiredo

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O que dizem “Professores com vontade de mostrar serviço, com receios de serem mal vistos pelos alunos, com interesse numa boa formação dos acadêmicos, com defeitos e qualidades, facilidades e dificuldades. Pessoas abertas a críticas e opiniões.” Bruna Fialho, 4º semestre, Administração “A estrutura da Unifra em relação ao meu curso eu acho boa, professores bons. Não sei em relação a outras universidades particulares ou federais, mas eu acredito que pode sim, qualificar qualquer pessoa a ser um bom profissional.” Carlos Alves dos Santos, 2º semestre, Sistemas de Informações “A Unifra é muito bem equipada e qualificada. No caso do meu curso, a instituição nos disponibiliza todos os equipamentos necessários para os diversos estudos. Quem sabe até seja, em parâmetros de qualidade de ensino e preocupação com o aluno, melhor que uma universidade federal.” Bruna Salamoni Sinhori, 3º semestre, Arquitetura e Urbanismo

Artistas de um mundo melhor

socialização do ser humano por meio da arte é uma das principais preocupações da Escola Estadual de Ensino Fundamental General Edson Figueiredo, em Santa Maria. A escola procura mostrar através da arte, que todos os alunos são especiais, cada um com seus sonhos e suas limitações. A instituição incentiva os alunos a praticarem dança, teatro, desenho, através de uma feira cultural onde são apresentados os trabalhos. Também participam do festival Santa Maria em Dança, onde conquistaram o primeiro lugar em 2007. Segundo o professor de Educação Artística, Luis Carlos Assumpção, quanto mais as crianças têm contato com a arte, mais sensíveis elas se tornam, mais elas aprendem a expressar seus sentimentos, o que é ótimo para a formação completa de cada aluno. Pois assim, o

professor têm a oportunidade de conhecer o aluno, e trabalhar voltado para o aspecto que ele demostra mais interesse. A união dessas duas vertentes, arte e educação, garantem a prática verdadeira do que é declarado na Lei de Diretrizes e Bases Educação Nacional: “Respeitar, valorizar e garantir ao educando uma formação completa de conteúdos práticos em sua existência”. Essa prática é exigida pela 8° Coordenadoria Regional de Educação de Santa Maria, que dispõe de um departamente específico de Arte, para que seja realizado em todas as escolas públicas, um bom trabalho, e que as salas de aulas passem a formar cidadão mais conscientes e preocupados com seu semelhantes. Por Gilkiane Cargnelutti de Mello

maioria dos jovens enfrenta um dilema na hora de escolher uma profissão. Muitas vezes nem param para pensar no que querem para sua vida e com isso acabam fazem escolhas nem sempre bem pensadas, baseadas em exemplos de pessoas da própria família ou de conhecidos. Desse modo, muitas vezes optam pela faculdade errada, acabam desistindo ainda no primeiro semestre por que não sabem nem do que se trata o curso. Mas hoje em dia os jovens contam com várias maneiras de conhecer mais a fundo a área profissional em que vão atuar. A busca de informações mais precisas, por meio de visitas às instituições de ensino, empresas e até mesmo testes vocacionais podem contribuir para garantir a escolha certa. Segundo alunos de um cursinho pré-vestibular de Santa Maria, a escolha de uma profissão muitas vezes é complicada, pois na maioria dos casos a família ainda tem o poder de influenciá-los. O estudante Marcelo da Costa Carneiro afirma: “estou indeciso e a pressão da família ainda piora a situação”. Além disso, os jovens acabam tendo pouco tempo para decidir, pois no ensino médio a maioria parece nem pensar sobre o assunto. Mas com o passar do tempo, os alunos percebem que realmente vale a pena deixar de sair para as festas para estudar, pesquisar os campos de trabalho, as possibilidades, os aspectos positivos e negativos que cada profissão oferece. Por Vanessa Ferrari

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Na reta final

á menos de um mês para a formatura, estudantes universitários se preparam para receber o diploma. Junto com a ansiedade, vem a preocupação com o Trabalho Final de Graduação (TFG). A estudante de farmácia da UFSM Karine de Bona conta que, apesar de cinco anos de faculdade, sente que precisa aprender mais. “Não basta só a formatura para se tornar uma grande profissional, é preciso descobrir coisas novas e aperfeiçoar as técnicas, só assim me sentirei preparada para atuar no mercado de trabalho”. A universitária conta que há meses se prepara para a apresentação do seu trabalho de conclusão de curso. Para Samuel Pretto, acadêmico do curso de Jornalismo da Unifra, a sensação de estar na reta final é muito boa. “Estou muito confiante, pois ao longo dos anos adquiri um ótimo nível de instrução acadêmica, isso fez com que eu chegasse fortalecido para encarar a reta final da graduação”. Além de ter facilidade para se comunicar, ele conta que desde pequeno gostava de ouvir as narrações futebolísticas, tanto na rádio como na TV. Fato que facilitou a escolha do tema do seu TFG. O estudante irá analisar as estratégias discursivas utilizadas pelo locutor Pedro Ernesto Denardin nas aberturas das jornadas esportivas da Rádio Gaúcha. “Pretendo analisar as estratégias que ele usa para cativar os ouvintes, também busco entender se ele é um locutor que usa termos regionais para atingir os ouvintes”. Para Samuel, cada vez mais o mercado de trabalho ganha bons profissionais. “Tem muitos jovens saindo das universidades. Eles adquirem maior capacitação para atuar nas diversas frentes de trabalho”, justifica o universitário. Por Aline Lima


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Programação em busca de qualidade na TV universitária

Esportiva é uma das produções elaboradas pelos acadêmicos

Todos são iguais

Colégios e faculdades estão cada vez mais preparados para acolher alunos portadores de necessidades especiais. No Instituto Metodista Centenário, existem três casos de inclusão no processo educativo. Os profissionais são preparados para entender a situação do aluno e existe um acompanhamento psicológico e com a orientadora educacional Mirsa Marli Scherer, que trabalha com a turma e o portador de necessidade. Esses alunos especiais são avaliados como todos os outros. “Todos são diferentes, mas todos fazem parte de um mesmo grupo”, relata a coordenadora pedagógica Adriana do Nascimento Silva.

Os músicos e suas bandas estão na mira do Studio Rock Bibiane Moreira

apresentadora do Studio Rock e diretora do Calça Frouxa, considera que a TV traz programas inovadores para um canal universitário. A troca de conhecimentos entre a equipe técnica e os alunos é o que enriquece a aprendizagem. O acadêmico Fabrício Carbonell ressalta o quanto tem aprendido com a experiência em trabalhar no Calça Frouxa. O cinegrafista Paulo Roberto Sangoi, da equipe técnica, sente-se gratificado em poder passar para os alunos a experiência acumulada em 20 anos de profissão. Toda a equipe que a integra a recém criada TV Unifra reconhece que ainda há muito que melhorar, mas se orgulha de fazer parte de um projeto diferenciado e inovador. A TV é um solo novo e fértil para uma programação de televisão universitária de qualidade. Por Igor Müller Gabriela Perufo

Desde o dia 19 de maio, a TV Unifra entrou no ar no canal 15 da Net. Isso foi possível através da lei do cabo, que dá direito à veiculação de programação feita por instituições universitárias que possuam o curso de Comunicação Social. A tradicional ocupante do canal, a TV Campus, da UFSM, passou a dividir o espaço, cedendo duas horas de transmissão para a programação da Unifra. A grade horária atual é considerada experimental para o recém formado Conselho da TV. O papel do conselho é definir o perfil da programação e para qual público alvo ela irá se dirigir. A partir do mês de agosto, a grade passará por uma reestruturação. Serão incorporados programas novos e alguns terão horário reduzido. Um diferencial da TV Unifra é a diversidade de sua programação. Houve um cuidado especial para que houvesse equilíbrio. Não só entretenimento, tampouco apenas programas de cunho institucional. Para atender a essa diversidade de programação, a participação dos alunos foi fundamental. Na opinião da professora Caroline Brum, coordenadora do Núcleo de Audiovisual da Publicidade e Propaganda, a TV Unifra está no ar graças aos alunos, pois o curso não possui estrutura de professores e técnicos suficientes para produzir uma programação inteira sem a participação dos alunos. Dentre esses programas produzidos pelo curso de Jornalismo, e que contam com produção integral dos alunos, destacam-se nomes como Calça Frouxa, Studio Rock e Esportiva. Cada programa tem conteúdo e linguagens diferentes, e nenhum com a cara “quadrada” de um canal universitário tradicional, como comenta o aluno Rodrigo Simões, que apresenta o programa Studio Rock. A produção do programa dá liberdade total para criar o cenário, as entrevistas, a linguagem usada, comenta a professora Caroline Brum. A acadêmica Renuska Celidonio,

Nas instituições de ensino superior, como é o caso do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), existem seis casos de alunos portadores de necessidades especiais. A deficiência visual, por exemplo, não foi obstáculo para uma ex-aluna que se formou em pedagogia, em 2007. Existem também escolas especializadas no tratamento desses alunos, como a Escola Antônio Francisco Lisboa, onde eles participam de oficinas e grupos de convivências. Dentro da entidade, os portadores de deficiência estão incluídos dentro do próprio ciclo, onde dançam, namoram, conversam e aprendem tudo como todos. Por Caroline Rocha e Juliana Bolzan Beatrice Witt

Mirsa Marli Scherer (à esquerda) orienta o processo de inclusão no Instituto Metodista Centenário. Para a coordenadora pedagógica Adriana do Nascimento Silva (à direita), o trabalho permite o convívio com as diferenças

Quarteto masculino comanda as discussões no Calça Frouxa

Quando o estudo fica entre copos e cadernos

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Campus II da Unifra está cercado pela tentação. Em torno ao prédio estão situados inúmeros bares em que o público é formado por estudantes de diferentes cursos da instituição. Um deles é vulgarmente conhecido como Campus III, título dado como brincadeira pelos alunos, evidenciando a conexão entre a faculdade e o estabelecimento. São nesses bares que acontecem encontros e esquentas pré e pós-aula e que é tomada uma decisão que se reflete em uma atitude que se repete todos os dias em diferentes turnos, a de faltar aula. O que se pode ver é um movimento considerável nesses estabelecimentos nos horários das aulas. A estudante de jornalismo Carla Marques, 24 anos, não é freqüentadora do bar, mas conta que seu namorado, que estuda pela manhã, seguidamente comenta ter deixado de assistir uma ou outra aula para jogar sinuca com seus colegas. Andrez Dorneles Granez diz que é necessário ter responsabilidade para não tornar o bar um inimigo das notas e ainda frisa que a faculdade é cara e esse dinheiro não deve ser desperdiçado. Segundo o aluno, o lazer deve vir antes ou depois, mas não no horário das aulas. Há, por outro lado, tantas histórias, pessoas que se conheceram e amizades que se desenvolveram graças à existência desses locais. Eles unem indivíduos e proporcionam lazer ao pessoal, o que é necessário para aliviar as tensões do cotidiano. O segredo é regular diversão e estudo para garantir uma vida saudável e promissora. Por Tiago Pascotini Sackis


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Campanha anti-tabaco gera polêmica entre jovens

cigarro é a segunda droga mais consumida entre os jovens. 90% deles começam a fumar antes dos 18 anos, o que tornou o tabagismo uma doença que preocupa os pediatras. Em resposta a isso, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, e o diretor-geral do Instituo Nacional de Câncer, Luis Antonio Santini, apresentaram no final do mês passado as novas imagens para as embalagens de cigarro de 2009. As imagens foram mostradas a jovens e as que causaram maior impacto foram selecionadas para integrar a nova propaganda anti-tabagista. A nova forma de abordagem ao combate do fumo causou polêmica, muitos concordaram e outros acharam exagero, independente de possuírem o vício. Segundo o psicólogo Felipe Schroeder, as imagens são fortes, mas a tendência é que a longo prazo o impacto diminua. “O impacto é subjetivo, depende da identificação do jovem com as figuras. Talvez uma em específico o incomode por associar a alguma experiência ou medo. Pode também surtir efeito contrário. Podem repugnar os novos rótulos e fazer de conta que não existem”, diz Schroeder. O psicólogo explica que, entre os homens, fumar simboliza poder, força, porque o cigarro representa um risco que ele corre, no entanto, acha que tem domínio sobre o produto. O estudante de Publicidade Danilo Teles, de 23 anos, não fuma e concorda com a propaganda. “As pessoas devem ter consciência que fumar

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Hertz afirma que as imagens de fato correspondem com a realidade. “É muito triste ver a pessoa no fim da linha, acham que devem se sentir, então, usados pelo mercado tabagista. A indústria associa o cigarro a um calmante aos problemas do cotidiano”, acredita. Segundo o médico, a principal substância que vicia é a nicotina, que chega ao cérebro em menos de nove segundos e dá sensação de relaxamento. Na adolescência há um alto índice de meninas que fumam. Isso, segundo Hertz, acontece porque as

meninas amadurem mais rápido que os meninos e sofrem pressão e desafios psicológicos antes e, em vez de procurarem atividades saudáveis como esportes e terapias ocupacionais, optam pelo cigarro. “O cigarro está pegando as pessoas pela emoção. É preciso mostrar como o tabaco engana. Ele dá um alívio imediato e, mais tarde, ele dá uma apunhalada pela costas, tirando a saúde física e mental”, diz o oncologista. Por Carine Jorgens Horstmann e Gabriela Kieling

Além da terapia, além dos cavalos

para saber mais Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o tabagismo responde atualmente por 45% de todas as mortes por câncer. 50% dos que experimentam cigarro tornam-se fumantes na vida adulta. O total de mortes anuais é de 4,9 milhões de pessoas, o que corresponde a mais de 10 mil mortes por dia. Cenas chocantes procuram afugentar os jovens do vício

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equoterapia é uma atividade em que pessoas com necessidades especiais interagem com cavalos. Profissionais das áreas de saúde e educação a indicam como tratamento complementar de doenças físicas e mentais. Em Santa Maria, a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) possui o Núcleo de Apoio e Estudos da Educação Física Adaptada, um setor específico que trabalha com pesquisas nessa área. Os praticantes da equoterapia são, em sua maioria, crianças portadoras de síndrome de Down, paralisia infantil, problemas mentais e hiperatividade. Pessoas muito agitadas ou deprimidas também podem ter indicação para a atividade. Os participantes devem ser conduzidos por um médico e todo o processo requer uma equipe de terapeutas, formada por médicos, fonoaudiólogos, psicólogos, fisioterapeutas e profissionais da área de educação física e educação especial. Especialistas em trato com cavalos também fazem parte do trabalho. O orientador em equitação do projeto de equoterapia da UFSM Jorge Raimundo Ferrari de Abreu lembra que é importante a harmonia em grupo. “Todos trabalham para que uma pessoa melhore sua qualidade de vida. É interessante salientar as melhorias físicas, como aumento do tônus muscular, e psicológicas, pelo envolvimento emocional do praticante com o cavalo e com as pessoas”, diz Abreu. “O cavalo é o mediador entre o terapeuta e a criança, não é um instrumento”, lembra ainda. Segundo Abreu, na UFSM, há pesquisas em andamento sobre a equoterapia que são difundidas em congressos nacionais e internacionais. O coordenador de pesquisas, professor Fernando Copetti, é membro do Conselho Mundial de Equoterapia e leva o nome da universidade para vários países. Os profissionais trabalham em conjunto para trazer melhorias a pessoas com necessidades especiais. A atividade de equoterapia é realizada no centro de eventos da UFSM e na Brigada Militar de Santa Maria e, a cada semestre, cerca de 15 pessoas são encaminhadas para a prática.

Imagens escolhidas pelo Ministério da Saúde têm o objetivo de chamar a atenção quanto aos principais malefícios do cigarro

prejudica. Muitas pessoas associam o cigarro à festa, porém quem gosta de fumar não vai parar por ver uma imagem”, diz Teles. A estudante do curso de Arquitetura Thesse Luduvico, 22 anos, fuma e também é a favor da campanha. Diz que as pessoas começam a fumar muito cedo como se fosse uma brincadeira e quando percebem já estão viciados. “As pessoas não pensam muito nas conseqüências porque elas vêem no decorrer do tempo”, diz. Outras pessoas acham o conteúdo apelativo, mas o oncologista Everaldo

Equoterapia: vitória em equipe

O Brasil é um líder global no controle do tabagismo com sucesso nessa área, como no tratamento gratuito de fumantes.

Por Marta Bonow e Rafael Krambeck

Outros animais são usados de forma terapêutica. Além da terapia, estudos comprovam que o convívio diário com animais traz benefícios para a saúde humana. Segundo pesquisadores, crianças expostas a animais tendem a desenvolver menos doenças respiratórias. Também as crianças autistas têm melhor contato com mundo externo a partir da relação com animais. Mas não são apenas as crianças que são privilegiadas, pessoas depressivas ou com problemas cardíacos têm uma significativa melhora clínica, pois a interação homem-animal costuma diminuir o estresse mental que está intimamente ligado as duas doenças.

www.agenciacentralsul.org


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Estratégias para aquecer este inverno

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inverno está chegando e com ele vêm à preguiça. As pessoas ficam mais caseiras, sem vontade de sair para rua. Para impedir que a estação desanime seu associados, clubes da cidade proporcionam várias atividades para esquentar a estação mais fria do ano. O Clube Dores (na foto ao lado) oferece sauna, piscina térmica e atividades físicas como jump, axé, judô, musculação, entre outras atividades esportivas. O associado Rafael Freire Cardoso, militar de 27 anos, freqüenta o clube há dois anos. Ele pratica natação e musculação para manter a forma, e também por motivos profissionais. Felipe Saraiva, estudante e estagiário de 16 anos, usa a academia do clube toda a semana. “Venho malhar para estar mais bem preparado fisicamente para a chegada do verão”, diz. O clube Avenida Tênis Clube (ATC) disponibiliza aos seus associados diversas atividades, entre algumas delas yoga, alongamento, jump, axé, sauna, boxé, tênis, futebol e basquete. O sócio Gabriel Genro, estudante de onze anos, luta judô e joga tênis há cinco meses e afirmou que adora jogar com os amigos e que o frio não atrapalha essa rotina. A professora estagiária de tênis Bruna Martins, 18 anos, ressalta: “A freqüência dos alunos é a mesma tanto no verão como no inverno. A paixão pelo esporte é tanta, que até em dias de chuva os alunos não deixam de ir ao clube, mesmo que seja para jogar ping-pong”.

Divulgação

Por Renata Araujo Ceratti e Raquel Acosta

Petshops ganham força

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ocê sabia que o mercado que mais cresce no Brasil é o mercado de petshops, lojas especializadas na venda de produtos para animais? Sabia também que 99% é a precisão com que os cães treinados conseguem identificar pelo hálito de uma pessoa se ela tem câncer de pulmão, segundo pesquisadores? E o diagnóstico é mais confiável que exames de raio x. Pode parecer engraçado, mas a cada dia que passa nos deparamos com situações onde percebemos que realmente o cão é o melhor amigo do homem. Em Santa Maria, o mercado de petshops cresce gradativamente. Já existem cerca de 15 pets na cidade. Eliana Resende, proprietária de um estabelecimento, e Lúcia Maria, médica veterinária, dividem a opinião de que este tipo de comércio cresce de acordo com a necessidade de que as pessoas têm de ter um animal de estimação. “Os animais também tem o direito de poder escolher sua roupa e sua comida, o público vem crescendo ainda mais, mas a pena maior é que ainda existem pessoas que não se importam com isto, praticando assim o abandono e deixando também animais soltos sujeitos a serem mortos e também à proliferação”, conta Maria de Lourdes, cliente de petshop. Para evitar este tipo de dano, existem campanhas de castrações para animais de rua ou até mesmo pessoas menos favorecidas que gostariam de participar e castrar seu bichinho. Algumas clínicas veterinárias reúnem-se para realizar a campanha, que geralmente acontece de agosto a setembro de cada ano. Por Giulianna Belmonte

Eucaliptos completa 73 anos

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mistoso entre Riograndense e Internacional, transmissão da Rádio Difusora de Porto Alegre, grande público e bola do jogo lançada ao campo de avião. Assim foi marcada a inauguração do estádio dos Eucaliptos no dia 14 de julho de 1935. Palco de grandes lutas e vitórias, destino de amigos e famílias ávidas por lazer de fim de semana, o clube da Rua Pedro Gauer, como era chamado, tornou-se paixão de muitos santa-marienses. “Ontem, hoje e sempre, para ti vamos torcer. Na vitória ou na derrota, Riograndense até morrer”, diz o hino do clube que o escrivão judicial, José Vicentini torce desde que veio para a cidade, há 10 anos. “Tenho orgulho de ser periquito. O Riograndense é um dos clubes mais antigos do Rio Grande do Sul”, ressalta. Sempre que pode, Vicentini vai até o estádio prestigiar o time e se emociona ao ver a garra dos jogadores. Para Gilberto Carvalho Filho, atual conselheiro e advogado jurídico do clube, os últimos anos foram produtivos. Ele elogia a dedicação da presidente Norma Rolim e dos demais departamentos do clube. Carvalho Filho conta que tem uma longa jornada ao lado time da cidade. No ano de 1979, recém-formado em educação física, foi treinador do periquito, e a frente da equipe enfrentou grandes clubes como o Grêmio e o Internacional, de Porto Alegre e o Guarani, de Bagé. O Riograndense Futebol Clube criado em 1912 pela força ferroviária em conjunto com a Casa de Saúde, o Colégio de Artes e Ofícios, a Vila Belga, a Cooperativa e a Associação dos ferroviários. O clube tornou-se um dos símbolos do progresso e desenvolvimento da cidade naquela época. Por Monique Abade


13ª Impressão Jornal Experimental do Curso de Comunicação Social - Jornalismo - UNIFRA JUNHO / 2008

Flagrantes da 2008 Acrobacias e Feira magia para a educação

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tema do debate era a educação e, para tratá-lo, a Cia Sorriso com Arte optou por mostrar as crianças, futuro do Brasil. A apresentação da abertura do Fórum Mundial de Educação, ocorrido em maio, no Centro Desportivo Municipal, juntou a magia do circo com o teatro e formou um espetáculo lúdico e colorido, que encantou o público e ficará na lembrança no cenário cultural santamariense. A companhia foi criada em 2002 e faz parte do Colégio Coração de Maria. Lá se pratica a arte circense, dança e teatro, com malabares, perna-de-pau, argola, cubo e tecido. A companhia já conquistou o 1º lugar no Festival Latino-americano de Dança no Chile, 1º e 2º lugares no Festival de Dança Infantil em Florianópolis. O grupo teve um mês de ensaios para que o espetáculo do Fórum ficasse impecável. O processo de criação foi pensado para que fosse o mais lúdico possível. “Eram crianças,

Elementos do teatro e da dança estão presentes no espetáculo

por isso pensei em fazer algo bem lúdico e alegre”, diz Karine Pissutti, responsável pela companhia, formada em dança pela Unicruz. “Pessoas apreensivas e curiosas para nos verem. Mostraram respeito e admiração antes mesmo de entrarmos no palco e após a apresentação nos parabenizaram”, comentou Alan Balbinot, 19 anos, integrante do grupo desde começo deste ano. Ele entrou na Cia Sorriso com Arte por indicação de um amigo e por já ter praticado acrobacias. Há sete anos, Karine Pissuti trabalha com o grupo que é formado por alunos da escola e também por pessoas da comunidade. Os integrantes são selecionados através de turmas preparatórias. Segundo os artistas, os prérequisitos para entrar na companhia são só ter força de vontade e não ter medo do desafio. Texto: Carolina Moro da Silva Fotos: Estela Fonseca


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