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i l u s t r a ç ã o
d e
A n t ó n i o
J o r g e
G o n ç a lv e s
Temporada 2011 2012
apresentação
Música
Teatro
12
69
Temporada CCB/OML
Setembro
Dança 16
OCP Espírito Mozart!
18
Anne Teresa De Keersmaeker
22
Piano
Ciclos 51
24
dsch Schostakovich Ensemble
Concerto Inaugural oml
70 Literatura
Barroco
Artista Associada
DESTAQUES
Ciclo Tarkovsky
53 Ciclo Nino Rota
25
Outubro Festival Big Bang
71 Novembro Ciclo Tarkovsky
72 Dezembro
9.ª de Mahler
73
ECM Lisbon Series
Janeiro
CCB/Fábrica das Artes
casa & jardim
74 Ensemble Associado
Sete Lágrimas
Fevereiro
Jazz 28
Concertos de Jazz
32
Dose Dupla
33
Big Band Júnior
Festivais 66
Festival Música Viva
66
Março
Philippe Decouflé
77 67
Dias da Música em belém
Festival de Almada
68
Festival alkantara Carta Branca a JP Simões
76
Big Bang
67 CCBeat
Anne Teresa de Keersmaeker
Abril
Dias da Música em belém
78 Maio
Teatro Meridional
79 Junho
Carta Branca a JP Simões
80 JULHO CICLO NINO ROTA 1001 Músicos
assinaturas
Temporada 2011 2012 >2
apresentação
A temporada 2011/2012 do Centro Cultural de Belém, que hoje se apresenta, oferece um conjunto de novas iniciativas, só possíveis porque a programação artística dos últimos anos atingiu um grau de consolidação que permite lançar parcerias com instituições portuguesas e internacionais. Assim, para a próxima temporada, o CCB propõe ao público um leque de sete assinaturas, cobrindo desde a música sinfónica até à dança. Mais do que uma estratégia comercial, as assinaturas significam que a programação foi desenhada em função de séries de espetáculos que atravessam toda a temporada. Assim, e pela primeira vez, apresenta-se uma série de oito concertos CCB/Metropolitana, cujos programas, maestros e solistas foram pensados em conjunto pelas duas instituições. Lança-se uma assinatura de música barroca, que inclui, além dos concertos da orquestra em residência Divino Sospiro, o concerto com a Missa em Si menor, de J. S. Bach, pela Académie Baroque Européenne d’Ambronay dirigida por Sigiswald Kuijken, e a primeira apresentação em Portugal de um dos mais notáveis ensembles de música antiga, Vox Luminis. Dá-se início a um Ciclo de piano, que inclui recitais de Louis Lortie, Sequeira Costa, Alexandre Tharaud, Stephen Kovacevich, Fazil Say e Anna Vinnitskaya. E inicia-se a ECM Lisbon Series, que resulta de uma parceria entre o CCB e a editora discográfica criada e dirigida por Manfred Eicher, uma das etiquetas mais prestigiadas do mercado internacional. Esta extensão para fora das fronteiras nacionais reflete-se também no convite dirigido e aceite pela coreógrafa belga Anne Teresa De Keersmaeker, que será Artista Associada da Temporada, apresentando-se aqui, primeiro numa residência com quatro espetáculos (fevereiro), depois com a sua nova criação de 2011 (junho). A formação Sete Lágrimas, um dos mais inovadores e consistentes projetos instrumentais e vocais portugueses nos domínios da música antiga e contemporânea, será Consort Associado da Temporada, com três concertos temáticos e a participação de solistas convidados, entre os quais Mayra Andrade e Maria Cristina Kiehr. A base da temporada musical continua a ser o programa de formações em residência, Divino Sospiro, Orquestra de Câmara Portuguesa, Schostakovich Ensemble. Em qualquer destes casos, o CCB tem vindo a criar condições para a realização de projetos especiais, que permitam às formações abordar repertórios e artistas convidados, que de outra forma lhes seriam de difícil acesso. O festival Dias da Música em Belém volta em abril, no fim de semana de 27 a 29. O tema de 2012 será A Voz Humana ou o Canto através dos tempos, envolvendo solistas e agrupamentos corais que proporcionarão uma panorâmica da escrita musical para voz na nossa tradição.
>3
Dois ciclos, dedicados a criadores ligados ao cinema, pontuam a temporada: Tarkovsky: esculpir o tempo e Nino Rota: os filmes da minha música. No primeiro, em torno de uma exposição de 80 polaroids do autor de Nostalgia, reveem-se os sete filmes que integram a sua obra incomparável. O pianista francês François Couturier, com uma formação de câmara, apresentará ainda um concerto com música inspirada em Andrei Tarkovsky. No segundo ciclo, projetam-se alguns dos maiores sucessos cinematográficos com bandas sonoras criadas pelo compositor italiano Nino Rota. Ocasião para rever O Leopardo, de Visconti, ou O Padrinho, de Coppola. A temporada de Dança abre em outubro com a apresentação do Ballet National de Marseille, dirigido por Frédéric Flamand, que apresentará coreografias de Flamand, Lucinda Childs e William Forsythe. Em fevereiro de 2012, apresenta-se Anne Teresa De Keersmaeker, que será Artista Associada da Temporada, e voltará em junho com uma nova criação. Inclui ainda espetáculos de Circolando, com Areia, de Philippe Decouflé, com Octopus, e da Pichet Klunchun Dance Company, com Nijinsky Siam. A temporada de Teatro propõe novas produções de Mala Voadora, Companhia Maior, Teatro da Garagem e Teatro Meridional. Durante a temporada, o CCB vai acolher mais duas produções no âmbito do projeto Prospero, projeto europeu de criação teatral. Primeiro, será Krysztof Warlikowski com uma criação a partir de textos de Shakespeare; depois, Ivo van Hove, que apresenta a sua encenação de Husbands, baseado em John Cassavetes. Dias dedicados a Vitorino Nemésio, Italo Calvino e Rubem Fonseca e as celebrações do Dia Mundial da Poesia, com especial atenção à poesia de Jorge de Sena, integram a programação de Literatura. Finalmente, o CCB/Fábrica das Artes, cuja programação acompanha e prolonga a da Temporada, promove a segunda edição do Festival Big Bang, uma aventura musical para crianças.
>4
artista Associada
Anne Teresa De Keersmaeker A r t i s ta A s s o c i a d a d a T e m p o r a d a 2 0 1 1 / 2 0 1 2
Desde 2007 que o Centro Cultural de Belém decide associar um artista à sua temporada. O convite é lançado não tanto por um desejo de homenagem oficial mas principalmente por uma vontade de colaboração efetiva entre os agentes criativos e a instituição cultural. Assim, é criado um espaço privilegiado para a apresentação do trabalho destes artistas, que inclui, muitas vezes, a estreia de novas obras. Depois dos músicos Pedro Carneiro, Maria João Pires e Artur Pizarro, e do coreógrafo Rui Horta, o CCB convida, pela primeira vez, uma figura além-fronteiras: a coreógrafa belga Anne Teresa De Keersmaeker, uma das criadoras mais influentes na dança contemporânea nos últimos 30 anos. Durante 2012, o Grande Auditório do CCB será o palco de cinco obras: quatro bailados inseridos no projeto Early Works (Primeiras Obras), e uma nova criação. Early Works (Primeiras Obras) é um projeto que parte da ideia de que muitos dos primeiros trabalhos de jovens artistas que vêm mais tarde a ser “grandes criadores” são fascinantes por conterem as sementes da obra posterior. Assim, em retrospetiva, (re)descobrem-se quatro trabalhos, que serão apresentados em fevereiro em quatro noites distintas: Fase - Four Movements to the Music of Steve Reich (1982), Rosas danst Rosas (1983), Elena’s Aria (1984), e Bartók/Mikrokosmos (1986). São bailados que ficaram marcados por uma forte feminilidade, fisicalidade e uma estreita relação entre movimento e música. Num jogo de construção e desconstrução combinam-se ideias abstratas de composição e cria-se, nas palavras da coreógrafa, uma “dança muito romântica” a partir de uma “música não romântica”. Em junho, no âmbito do Festival Alkantara, Anne Teresa De Keersmaeker apresentará no CCB a sua mais recente criação, ainda sem título e em fase de construção.
Assinatura A
5 espetáculos = (4 em fevereiro + 1 em junho), 25% desconto (35% Cartão Amigo CCB) Assinatura B
3 espetáculos à escolha, 20% desconto (30% Cartão Amigo CCB)
a r t i s ta a s s o c i a d a
>5
Early Works (Primeiras Obras) Coprodução r o s a s e S a d l e r ’ s W e l l s ( L o n d r e s )
Fase, four movements to the music of Steve Reich 3 fevereiro Coreografia
(1982)
| Grande Auditório | 21h
Anne Teresa De Keersmaeker
Interpretação A n n e T e r e s a D e K e e r s m a e k e r , T a l e D o lv e n Criação com M i ch è l e A n n e D e M e y (Piano Phase, Clapping Music), J e n n i f e r E v e r h a r d (Come Out) Música St e v e R e i ch : Piano Phase (1967); Come Out (1966); Violin Phase (1967); Clapping Music (1972) Luzes R e m o n F r o m o n t (Piano Phase & Clapping Music); M a r k Schw e n t n e r (Violin Phase & Come Out) Figurinos 1981: M a r t i n e A n d r é / A n n e T e r e s a D e K e e r s m a e k e r
Rosa danst Rosas (1983) 4 fevereiro Coreografia
| Grande Auditório | 21h
Anne Teresa De Keersmaeker
Interpretação A n n e T e r e s a D e K e e r s m a e k e r / S a n d r a O r t e g a B e j a r a n o (a confirmar), T a l e D o lv e n , E l i z a v e t a P e n k ó v a , Sue-Yeon Youn Criação com A n n e T e r e s a D e K e e r s m a e k e r , A d r i a n a B o r r i e l l o , M i ch è l e A n n e D e M e y, F u m i y o Ik e d a Música T h i e r r y D e M e y, P e t e r V e r m e e r s ch Gravações de músicos T h i e r r y D e M e y, W a lt e r H u s , E r i c S l e i ch i m , P e t e r V e r m e e r s ch Luzes R e m o n F r o m o n t Figurinos (reposição) A n n e - C a th e r i n e K u n z
Elena’s Aria (1984) 7 fevereiro Coreografia
| Grande Auditório | 21h
Anne Teresa De Keersmaeker
Interpretação A n n e T e r e s a D e K e e r s m a e k e r / S u e - Y e o n Y o u n (a confirmar), T a l e D o lv e n , F u m i y o Ik e d a , C y n th i a L o e m i j , S a m a n th a V a n W i s s e n Criação com A n n e T e r e s a D e K e e r s m a e k e r , M i ch è l e A n n e a r t i s ta a s s o c i a d o
>6
D e M e y, N a d i n e G a n a s e , R o x a n e H u i l m a n d , F u m i y o Ik e d a Música E . D i C a p u a : Vieni sul mar, O sole mio, Santa Lucia / G . B i z e t : Pêcheurs de perles / G . D o n i z e tt i : Lucia di Lammermoor / W. A . M o z a r t: Sonata c-dur KV 545 facile / andante, uitgevoerd door / interpretado por F r i e d r i ch G u l d a Luzes A n n e T e r e s a D e K e e r s m a e k e r Figurinos (reposição) A n n e - C a th e r i n e K u n z Agradecimentos:
Michèle Anne De Mey, Ann Driesen, Isabelle Errera, Valentina Nelissen, Herman Sorgeloos, Serge Vandenhove, Frank Vandezande, Marianne Van Kerkhoven, Sue-Yeon Youn
Bartók / Mikrokosmos 9 fevereiro Coreografia
(1986)
| Grande Auditório | 21h
Anne Teresa De Keersmaeker
Mikrokosmos, Sete peças para dois pianos Interpretação E l i z a v e t a P e n k ó v a , J a k u b T r u s z k o w s k i Criação com J e a n L u c D u c o u r t, J o h a n n e S a u n i e r Música B é l a B a r t ó k Interpretação ao vivo J e a n - L u c F a fch a m p s , St e f a n G i n s b u r g h
Monument / Selbstporträt mit Reich und Riley (und Chopin ist auch dabei) / im zart fliessender Bewegung Música G y ö r g y L i g e t i Interpretação ao vivo J e a n - L u c F a fch a m p s , St e f a n G i n s b u r g h
quarteto N.º 4 Interpretação T a l e D o lv e n , E l i z a v e t a P e n k ó v a , S a n d r a O r t e g a B e j a r a n o / T a k a Sh a m o t o (a confirmar), S u e - Y e o n Y o u n Interpretado com A n n e T e r e s a D e K e e r s m a e k e r , R o x a n e H u i l m a n d , F u m i y o Ik e d a , N a d i n e G a n a s e , J o h a n n e S a u n i e r Música B é l a B a r t ó k Interpretação ao vivo T h e D u k e Q u a r t e t Luzes A n n e T e r e s a D e K e e r s m a e k e r / H e r m a n S o r g e l o o s Figurinos (reposição) A n n e - C a th e r i n e K u n z Agradecimentos:
Michael Frohnmeyer, Ictus, Valentina Nelissen, Sandra Ortega Bejarano, Jean-Luc Plouvier, Herman Sorgeloos, Frank Vandezande
>7
Criação 2011 8 e 9 junho
| Grande Auditório | 21h
Anne Teresa De Keersmaeker / B j ö r n Sch m e l z e r
Conceito
Coreografia A n n e T e r e s a D e K e e r s m a e k e r Criação e interpretação R o s a s a n d G r a i n d e l a v o i x O l a l l a A l e m á n , H a i d e r A l T i m i m i , B o s tj a n A n t o n c i c , A r o n B l o m , C a r l o s G a r b i n , M a r i e G o u d o t, L i e v e n G o u w y, D av i d H e r n a n d e z , M at e j K e j z a r , M i k a e l M a r k l u n d , T o m à s M a x é , J u l i e n M o n t y, C h r y s a Pa r k i n s o n , M a r i u s P e t e r s o n , M i ch a e l P o m e r o , A l b e r t R i e r a , G a b r i e l Sch e n k e r , Y v e s V a n Handenhove, Sandy Williams Cenografia A n n V e r o n i c a J a n s s e n s Figurinos A n n e - C a th e r i n e K u n z Co-produção R o s a s , L a M o n n a i e / D e M u n t ( B r u x e l a s ) , F e s t i va l d ’ Av i g n o n , T h é â t r e d e l a V i l l e ( Pa r i s ) , G r a n d T h é â t r e d e L u x e m b o u r g , F e s t i v a l O u d e M u z i e k Ut r e cht, G u i m a r ã e s 2 0 1 2 , St e i r i s ch e r H e r b s t, d e S i n g e l ( A n t u é r p i a ) , C o n c e r t g e b o u w B r u g g e
Ver em Dança e destaque do Mês de fevereiro (páginas 43 e 74)
a r t i s ta a s s o c i a d o
>8
Ensemble Associado
Sete Lágrimas E n s e m bl e A s s o c i a d o d a T e m p o r a d a 2 0 1 1 | 2 0 1 2
... embora o nome prometa lágrimas, convidadas pouco aprazíveis nestes tempos de alegria, são sem dúvida agradáveis as lágrimas que a música chora, nem sempre vertidas em tristeza mas também em alegria. Permita a vossa graciosa protecção a estes aguaceiros de harmonia que sejam metamorfoseados em verdadeiras lágrimas. John Dowland (?1563-1626)
Trad. livre
Todos os anos, o Centro Cultural de Belém convida um pequeno número de artistas, ensembles ou companhias a associarem-se à sua temporada e, assim, através dos projetos por eles apresentados, ajudarem a moldar e contribuírem de forma determinante para o sucesso artístico da instituição. Na área da música, o convite este ano foi dirigido ao consort Sete Lágrimas, ensemble de geometria variável com direção artística de Filipe Faria e de Sérgio Peixoto que tem vindo a especializar-se na interpretação de música antiga e música contemporânea e que tem apresentado, ao longo dos seus dez anos de existência, programas e projetos altamente originais e cativantes, não só para o público informado e melómano, mas também para um público mais alargado, através de colaborações com músicos de outras áreas de atividade. Este convite justifica-se não só pela qualidade das propostas do grupo, pela sua originalidade e interesse, mas também pelo esforço manifesto que têm demonstrado em associar a tradição, riquíssima, do património musical e cultural português e europeu a uma estética contemporânea, muito adequada aos tempos e públicos atuais, sem nunca esquecer os criadores de hoje, aqueles que, através da sua arte, dialogam, comentam e, de certa forma, simbolizam aquilo que hoje somos. Esse esforço alia-se a uma vontade de divulgação eficaz da música, em Portugal e no estrangeiro, através de uma política de edição discográfica sem paralelo no nosso país no que toca à qualidade, originalidade e variedade dos registos. Nesta perspetiva, e não obstante a existência de vários outros projetos de grande relevância e qualidade no panorama musical português, o projeto dos Sete Lágrimas é certamente um bom exemplo a seguir. Durante a Temporada 2011/2012, Sete Lágrimas irá apresentar o Tríptico da Terra, três projetos diferentes mas interligados, bem representativos do trabalho que têm vindo desenvolver ao longo dos últimos anos, e estará também presente no festival Dias da Música em Belém. ensemble associado
>9
Sete Lágrimas será então o Ensemble Associado da Temporada 2011/2012 do CCB, uma associação que foi aceite entusiasticamente e que muito nos alegra. Esperemos que as propostas que os Sete Lágrimas irão apresentar no CCB sejam tão enriquecedoras para o público como o seu desenvolvimento o foi para nós.
3 DEZembro | sala luís de freitas branco | 21h Sete Lágrimas F i l i p e F a r i a voz e codireção artística S é r g i o P e i x o t o voz e codireção artística Convidados especiais:
M ay r a A n d r a d e voz (Cabo Verde) A n t ó n i o Z a m b u j o fadista
Terra Diaspora, Vol. 2 Concerto primeiro do Tríptico da Terra Arriscando novas fórmulas interpretativas de repertórios populares e eruditos, do século XVI ao século XX, do vilancico ibérico à bossa nova, será explorada, numa combinação inédita de instrumentos (e discursos) antigos e tradicionais, a dinâmica de interação musical entre Portugal e o mundo dos cinco continentes. O ensemble conta com Mayra Andrade e António Zambujo como convidados, dois artistas que têm sido alvo de inúmeras distinções, e cujos caminhos, embora bem distintos, permitem perceber afinidades e interesses comuns, intimamente ligados à temática deste concerto.
5 FEVEREIRO | sala luís de freitas branco | 17h Z s u z s i T ó th soprano Sete Lágrimas F i l i p e F a r i a voz e codireção artística S é r g i o P e i x o t o voz e codireção artística
Vento Missa de Pentecostes de João Madureira e Cantigas de Martin Codax Concerto segundo do Tríptico da Terra A obra de Madureira, estreada pelo Sete Lágrimas na liturgia do dia de Pentecostes de 2010, mas inédita em concerto, revela, com enorme mestria, um caminho de diálogo entre as tradições seculares contemporâneas dos maiores poetas portugueses, como Sophia, Llansol e Cesariny, e as tradições eruditas medievais. Neste programa conceptual, serão interpretadas as Cantigas codaxianas intercaladamente com as partes da Missa, procurando um efeito encantatório.
ensemble associado
> 10
13 MAIO
| Pequeno Auditório - sala eduardo prado coelho | 17h
M a r i a C r i s t i n a K i e h r soprano Sete Lágrimas F i l i p e F a r i a voz e codireção artística S é r g i o P e i x o t o voz e codireção artística
barroco
Pedra A Pedra Irregular e o nascimento do Barroco em Portugal Concerto terceiro do Tríptico da Terra Enquanto conceito, na aceção historicista, o termo “barroco” pretende opor certas qualidades – o primado da cor, da profundidade, da forma aberta, da pluralidade, da claridade relativa – às qualidades do Renascimento. Mas é bem conhecida a origem portuguesa da palavra “barroco”, que serviu primeiro somente para referir pedras toscas e irregulares. Neste concerto, uma das principais vozes especializadas no repertório barroco, Maria Cristina Kiehr, interpreta um programa composto exclusivamente por compositores portugueses.
Diogo Dias Melgaz (1638-1700)
Salve Regina In Monte Oliveti In jejunio et fletu Adjuva nos F r a n c i s c o A n t ó n i o d e Al m e i d a ( 1 7 0 2 - 1 7 5 5 ? )
O quam suavis Carlos Seixas (1704-1742)
Sonata para órgão, em Lá menor, K. 75/A. 20.2 F r a n c i s c o A n t ó n i o d e Al m e i d a
Si quæris miracula (Responsorio a 4 concertato per la Festa de St.º Antonio) Carlos Seixas
Sonata para órgão, em Lá menor, K. 76/A. 20.3 Sonata para órgão, em Lá menor, K. 76/A. 20.3 (adapt. Sete Lágrimas) F r a n c i s c o A n t ó n i o d e Al m e i d a
Justus ut palma florebit (Motetto a 4 concertato in commune unius martyres) António Teixeira
Sacram beati Vicentii (Responsorium I in festo S. Vicentii) F r a n c i s c o A n t ó n i o d e Al m e i d a
Lamentatio prima in Sabbato Sancto a 4 concertata Carlos Seixas
Sonata para órgão, em Sol maior, K. 48/A. 15.1 Sicut cedrus exaltata sum (Responsorium II in festo assumptionis B.M.V.) Sonata para órgão, em Lá menor, K. XXII/A. 20.6 António Teixeira (1707-1774)
Tanta grassabatur crudelitas (Responsorium III in festo S. Vicentii) Carlos Seixas
Hodie nobis cælorum Rex (Responsório a 5 para o Natal)
ensemble associado
> 11
música
Temporada de Concertos CCB / Metropolitana Coprogramação e coprodução
Centro Cultural de Belém / Metropolitana A relação entre o Centro Cultural de Belém e a Orquestra Metropolitana de Lisboa tem praticamente a mesma idade que o próprio CCB. Ao longo dos anos, a Metropolitana tem-se apresentado inúmeras vezes no Grande Auditório do CCB em projetos próprios, mas também em variadíssimos concertos coproduzidos pelo CCB. Num passado recente, podemos destacar: a série dedicada às sinfonias de Gustav Mahler, que se encerra em dezembro deste ano com a apresentação da Sinfonia n.º 9; a apresentação de três oratórias maiores da história da música ocidental, A Criação, O Messias e As Estações, em colaboração com o Coro Sinfónico Lisboa Cantat; e o convite lançado pelo CCB, em 2009, para que a Metropolitana, na sua versão sinfónica, participasse como Orquestra Residente nos Dias da Música em Belém, associação que se tem mantido nas últimas edições do festival. A Temporada 2011/2012 do CCB marca mais um passo nesta já longa parceria, com a inauguração da Temporada de Concertos CCB/Metropolitana, coproduzida e coprogramada pelas duas instituições. Uma forma das instituições se complementarem mutuamente e oferecerem ao público uma série regular de concertos com solistas e maestros de topo, que terá início logo em setembro com o Concerto Inaugural da Temporada. Oportunidade, também, para evocar o bicentenário do nascimento de Franz Liszt, na data exata em que ele nasceu, com a interpretação dos seus dois concertos para piano; e, já em janeiro, marcar os 150 anos do nascimento de outro compositor fundamental, Claude Debussy, com um programa impressionista.
Assinatura A
8 concertos = 25% desconto (35% para titulares do Cartão Amigo CCB) Assinatura B
4 concertos à escolha = 20% desconto (30% para titulares do Cartão Amigo CCB)
T e m p o r a d a C C B | M e t r o p o l i ta n a
> 12
10 SETEMBRO
| GRANDE AUDITÓRIO | 21h
Concerto Inaugural da Temporada O r q u e s t r a M e t r o p o l i ta n a d e L i s b o a C e s á r i o C o s t a direção musical K a r i K r i i kk u clarinete Jean Sibelius
Finlandia, op. 26
M a g n u s L i n db e r g Scott Joplin
Concerto para clarinete
Abertura da ópera Treemonisha
George Gershwin
An American in Paris
Ver destaque do Mês de setembro (páginas 69)
22 OUTUBRO | GRANDE AUDITÓRIO | 21h O r q u e s t r a M e t r o p o l i ta n a d e L i s b o a J a i m e M a r t í n direção musical E l d a r N e b o l s i n piano Anton Bruckner Franz Liszt
Concerto para piano n.º 1, S. 124
Richard Wagner Franz Liszt
Três peças para orquestra Idílio de Siegfried
Concerto para piano n.º 2, S. 125
7 DEZEMBRO
| GRANDE AUDITÓRIO | 21h
O r q u e s t r a S i n f ó n i c a M e t r o p o l i ta n a M i ch a e l Z i l m direção musical G u s ta v M a h l e r
Sinfonia n.º 9
Ver destaque do Mês de dezembro (páginas 72)
1 JANEIRO | GRANDE AUDITÓRIO | 17h
Concerto de Ano Novo O r q u e s t r a M e t r o p o l i ta n a d e L i s b o a C e s á r i o C o s t a direção musical Va l s a s e P o l c a s d a fa m í l i a S t r a u s s
Programa completo a anunciar
T e m p o r a d a C C B | M e t r o p o l i ta n a
> 13
28 JANEIRO | GRANDE AUDITÓRIO | 21h O r q u e s t r a M e t r o p o l i ta n a d e L i s b o a A n t o n i R o s M a r b à direção musical C é d r i c T i b e r g h i e n piano Cl a u d e D e b u s s y
Prélude à l’après-midi d’un faune
M a n u e l d e F a ll a Cl a u d e D e b u s s y
Noches en los jardines de España
La Mer
19 FEVEREIRO | GRANDE AUDITÓRIO | 17h O r q u e s t r a M e t r o p o l i ta n a d e L i s b o a G i l b e r t V a r g a direção musical J a m e s Eh n e s violino Ruth Crawford Seeger Leonard Bernstein
Serenade, para violino e orquestra
F r a n z J o s e p h H ay d n Z o lt á n K o d á ly
Andante para cordas
Sinfonia n.º 97, Hob.I:97
Danças de Galánta
31 MARÇO | GRANDE AUDITÓRIO | 21h O r q u e s t r a M e t r o p o l i ta n a d e L i s b o a J a m e s J u d d direção musical Pa v e l G o m z i a k o v violoncelo W o lf g a n g A m a d e u s M o z a r t
Abertura de A Flauta Mágica
Concerto da Camera col Violoncello Obbligato (dedicado a Mstislav Rostropovich)
Fernando Lopes-Graça
Anton Bruckner
Sinfonia n.º 1
20 MAIO | GRANDE AUDITÓRIO | 17h O r q u e s t r a M e t r o p o l i ta n a d e L i s b o a G a r r y W a l k e r direção musical J o r g e M o ya n o piano J o ly B r a g a S a n t o s
Concerto para orquestra de cordas
Robert Schumann
Concerto para piano, op. 54
Johannes Brahms
Sinfonia n.º 4, op. 48
T e m p o r a d a C C B | M e t r o p o l i ta n a
> 14
+
Metropolitana
no
CCB
23 JUNHO | GRANDE AUDITÓRIO | 21h Concertos fora de Assinatura
Produção Metropolitana
Deolinda O r q u e s t r a M e t r o p o l i ta n a d e L i s b o a C e s á r i o C o s t a direção musical
Caixa de Música Ciclo de três concertos dedicados às famílias coprodução Metropolitana / Caixa Geral de Depósitos
12 FEVEREIRO | GRANDE AUDITÓRIO | 11h30 O r q u e s t r a M e t r o p o l i ta n a d e L i s b o a P e d r o N e v e s direção musical
4 MARÇO | GRANDE AUDITÓRIO | 11h30 O r q u e s t r a d e S o p r o s d a M e t r o p o l i ta n a R e i n a l d o G u e r r e i r o direção musical
1 ABRIL | GRANDE AUDITÓRIO | 11h30 O r q u e s t r a Ac a d é m i c a M e t r o p o l i t a n a J e a n - M a r c B u r f i n direção musical
+ M e t r o p o l i t a n a n o ccb
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Orquestra de Câmara Portuguesa orquestra em residência na Temporada 2011|2012
ocp Espírito MOZART! Na sua quinta temporada, a OCP (fundada em 2007) deixa-se inspirar pelo espírito de Mozart, viajando por quatro concertos com uma mala cheia de surpresas. O primeiro concerto da série, no dia 5 de outubro, celebra a participação do público na escolha da abertura a ser ouvida: poderá votar no site da OCP entre três das mais populares aberturas de ópera de Mozart e ouvir a sua escolha no concerto – ao lado da celebrada Sinfonia n.º 5 de Schubert e a Sinfonia n.º 39 de Mozart, obras que partilham semelhanças estruturais. O segundo concerto do ciclo celebra o génio criativo de Holliger (igualmente compositor e intérprete) com Ad marginem: música sombria, misteriosa – que irá acompanhar a Sinfonia n.º 40 de Mozart (uma das duas únicas sinfonias em tom menor do compositor). Na segunda parte a luminosa Sinfonia n.º 7 de Beethoven. Durante este ciclo de quatro concertos iremos ouvir as quatro últimas sinfonias de Mozart, mas não esquecendo os mestres do século XX, como Krenek, Hindemith, Schnittke ou Holliger. Como tal, o terceiro concerto do ciclo irá abrir com o mundo sonoro desconcertante de Schnittke, acompanhado pela frescura da Surpresa de Haydn e pela última sinfonia de Mozart, Júpiter. O último concerto do ciclo, a 9 de março, irá apresentar como solista/maestro o prestigiado violinista austríaco, Thomas Zehetmair, nascido em Salzburgo em 1961. Igualmente uma criança prodígio, Zehetmair é celebrado internacionalmente por muitos dos seus projetos radicais, como o seu quarteto de cordas, que aprende um programa de memória por ano. Com a OCP, iremos ouvir dois mestres do século XX, Krenek (numa obra escrita em memória de Anton Webern) e as cinco miniaturas de © nuno ferreira santos
Hindemith. De Mozart, a sublime, operática Sinfonia Concertante (aqui interpretada na sua scordatura original pela violetista Ruth Killius, companheira de quarteto de Zehetmair), e a sinfonia Praga: uma prova do génio do compositor e a génese entre o poder da construção e a fantasia sem limites! P e d r o C a r n e i r o diretor artístico da OCP Assinatura A
4 concertos = 30% desconto (50% para titulares do Cartão Amigo CCB) Assinatura B
2 concertos = 20% desconto (50% para titulares do Cartão Amigo CCB) orquestra de câmara portuguesa
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5 OUTUBRO
| Grande auditório | 17h
Orquestra de Câmara Portuguesa P e d r o C a r n e i r o direção musical W o lf g a n g A m a d e u s M o z a r t Franz Schubert
Abertura (a definir pelo público) *
Sinfonia n.º 5, D485
W o lf g a n g A m a d e u s M o z a r t
Sinfonia n.º 39, K. 543
* Em votação entre três Aberturas à escolha no site da OCP: www.orquestradecamaraportuguesa.pt
12 NOVembro | Grande auditório
| 21h
Orquestra de Câmara Portuguesa P e d r o C a r n e i r o direção musical H e i n z H o ll i g e r
Ad marginem
W o lf g a n g A m a d e u s M o z a r t L u d w i g va n B e e t h o v e n
21 JANeiro © nuno ferreira santos
Sinfonia n.º 40, K. 550
Sinfonia n.º 7, op. 92
| pequeno auditório | 21h
Orquestra de Câmara Portuguesa P e d r o C a r n e i r o direção musical Alf r e d S c h n i t t k e
Moz-Art à la Haydn
F r a n z J o s e p h H ay d n
Sinfonia n.º 94, A Surpresa
W o lf g a n g A m a d e u s M o z a r t
9 MARÇO
Sinfonia n.º 41, K. 551, Júpiter
| grande auditório | 21h
Orquestra de Câmara Portuguesa T h o m a s Z e h e t m a i r violino, direção musical R u th K i l l i u s viola Pa u l H i n d e m i t h
Cinco Peças para orquestra de cordas, op. 44 n.º 4
W o lf g a n g A m a d e u s M o z a r t Ernst Krenek
Sinfonia Concertante, K. 364 (320d)
Symphonic Elegy (“In Memoriam Anton Webern”)
W o lf g a n g A m a d e u s M o z a r t
Sinfonia n.º 38, K. 504, Praga
orquestra de câmara portuguesa
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Barroco Temporada 2011|2012
A música barroca constitui uma das áreas mais importantes da programação musical do Centro Cultural de Belém. Não só pela atividade regular e de qualidade reconhecida da orquestra em residência Divino Sospiro que, ao longo das últimas temporadas, tem trazido a Lisboa algumas das personalidades mais importantes desta área de atividade musical, mas também pelos muitos outros projetos de referência que o CCB tem apresentado durante a sua temporada regular ou integrados nos Dias da Música, com especial incidência na apresentação do património musical português, muitas vezes em estreia moderna, e que ajudamos assim a recuperar. É a música de Johann Sebastian Bach que vai marcar o início desta série de concertos, primeiro com a Missa em Si menor, interpretada pelos jovens músicos e cantores da reputadíssima Académie Baroque Européenne d’Ambronay, sob a direção do experiente e conceituado maestro belga Sigiswald Kuijken. Depois, será a vez da Oratória de Natal pelo Divino Sospiro, sob a direção do seu maestro titular, Enrico Onofri, naquele que será também o Concerto de Natal do CCB. Divino Sospiro apresentará igualmente outros dois projetos ao longo da temporada do CCB. Em abril, acolheremos duas extraordinárias cantoras para dar vida ao Stabat Mater de Pergolesi, num concerto dirigido pelo diretor artístico do agrupamento, Massimo Mazzeo. Mas ainda antes, em fevereiro, oportunidade única de ouvir, em estreia mundial moderna da edição crítica, a oratória de Avondano A Morte de Abel, um projeto em que temos o prazer de contar com cantores de grande reputação, entre os quais Emma Kirkby, Zsuzsi Tóth ou Ivan Ludlow. Prosseguindo ainda com a ideia de recuperação do património musical português, iremos apresentar, em março, a estreia mundial de um projeto especial, todo ele dedicado à música de João Rodrigues Esteves (c. 1700-1755), muita da qual ainda totalmente desconhecida. O premiado ensemble belga Vox Luminis, com direção artística de Lionel Meunier, associou-se ao musicólogo Eugénio Amorim na redescoberta da extraordinária obra deste compositor português. Além de várias estreias, ouviremos algumas obras já conhecidas em novas edições, num projeto que irá depois viajar pela Europa e culminar com uma gravação para a editora Ricercar. Um projeto ao qual nos associámos desde o início com enorme prazer. Por fim, o último concerto do Tríptico da Terra, projeto que o consort Sete Lágrimas, Ensemble Associado da Temporada 2011/2012 do CCB, irá apresentar em três ocasiões diferentes. Intitulado Pedra e dedicado a alguns dos mais importantes compositores portugueses dos séculos XVII e XVIII, conta com a participação especial do soprano de origem argentina Maria Cristina Kiehr. Assinatura A
6 concertos = 25% desconto (35% para titulares do Cartão Amigo CCB) Assinatura B
3 concertos à escolha = 20% desconto (30% para titulares do Cartão Amigo CCB)
Barroco
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12 OUTubro
| grande auditório | 21h
Ac a d é m i e B a r o q u e E u r o p é e n n e d ’ A m b r o n ay S i g i s w a l d K u i jk e n direção musical Johann Sebastian Bach
Missa em Si menor, BWV 232
18 DEZembro | grande auditório | 17h
Concerto de Natal Divino Sospiro G r u p o V o c a l Off i c i u m E n r i c o O n o f r i direção musical M a r i a H i n o j o s a M o n t e n e g r o soprano M a r t í n O r o alto F e r n a n d o G u i m a r ã e s tenor H u g o O l i v e i r a baixo Johann Sebastian Bach
Suite para orquestra n.º 3, em Ré maior, BWV 1068
Oratória de Natal, BWV 248 (Cantatas I, II e III)
17 / 18 FEVereiro Pequeno auditório - sala eduardo prado coelho | 21h
Divino Sospiro E n r i c o O n o f r i direção musical E m m a K i r kb y Eva Z s u z s i T ó th Abel S a n d r a M e d e i r o s Caim D a v i d H a n s e n Anjo I v a n L u d l o w Adão P e d r o A n t ó n i o Av o n d a n o
A Morte de Abel, oratória *
* Estreia moderna mundial em edição crítica
Barroco
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18 MARço
| Pequeno auditório - sala eduardo prado coelho | 17h
Vox Luminis L i o n e l M e u n i e r direção artística João Rodrigues Esteves
Laudate Dominum omnes gentes * Psalmus Beatus vir concertato * Miserere mei Deus (a due corri) * Stabat Mater dolorosa (a 4 concertato) Primeira Lamentação de Quinta-feira Santa * Magnificat Miserere a tre corri
* Estreia moderna mundial
5 ABRil | grande auditório | 21h
Stabat Mater Divino Sospiro M a s s i m o M a z z e o direção musical D e b o r a h Y o r k soprano R o m i n a B a s s o meio-soprano F r a n c i s c o A n t ó n i o d e Al m e i d a
Sinfonia, em Fá maior*
A n t o n i o V i v a ld i
In furore Iustissimae irae, RV 626
A n t o n i o V i v a ld i
Longe mala umbrae terrores, RV 640
G i o v a n n i B a t t i s ta P e r g o l e s i
Stabat Mater
* Estreia moderna mundial
Barroco
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13 MAIO
| Pequeno auditório - sala eduardo prado coelho | 17h
M a r i a C r i s t i n a K i e h r soprano Sete Lágrimas F i l i p e F a r i a voz e codireção artística S é r g i o P e i x o t o voz e codireção artística
Pedra A Pedra Irregular e o nascimento do Barroco em Portugal Concerto terceiro do Tríptico da Terra Diogo Dias Melgaz (1638-1700)
Salve Regina In Monte Oliveti In jejunio et fletu Adjuva nos F r a n c i s c o A n t ó n i o d e Al m e i d a ( 1 7 0 2 - 1 7 5 5 ? )
O quam suavis Carlos Seixas (1704-1742)
Sonata para órgão, em Lá menor, K. 75/A. 20.2 F r a n c i s c o A n t ó n i o d e Al m e i d a
Si quæris miracula (Responsorio a 4 concertato per la Festa de St.º Antonio) Carlos Seixas
Sonata para órgão, em Lá menor, K. 76/A. 20.3 Sonata para órgão, em Lá menor, K. 76/A. 20.3 (adapt. Sete Lágrimas) F r a n c i s c o A n t ó n i o d e Al m e i d a
Justus ut palma florebit (Motetto a 4 concertato in commune unius martyres) António Teixeira
Sacram beati Vicentii (Responsorium I in festo S. Vicentii) F r a n c i s c o A n t ó n i o d e Al m e i d a
Lamentatio prima in Sabbato Sancto a 4 concertata Carlos Seixas
Sonata para órgão, em Sol maior, K. 48/A. 15.1 Sicut cedrus exaltata sum (Responsorium II in festo assumptionis B.M.V.) Sonata para órgão, em Lá menor, K. XXII/A. 20.6 António Teixeira (1707-1774)
Tanta grassabatur crudelitas (Responsorium III in festo S. Vicentii) Carlos Seixas
Hodie nobis cælorum Rex (Responsório a 5 para o Natal)
Barroco
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Piano Temporada 2011/2012
A série Piano que o Centro Cultural de Belém vai apresentar durante a Temporada 2011/2012 é composta por seis recitais em que grandes pianistas da cena internacional alternam com nomes não tão conhecidos, mas em clara ascensão. No quadro intimista do Pequeno Auditório - Sala Eduardo Prado Coelho, estes recitais irão permitir ao público ouvir obras de vários compositores, de Haydn a Stravinsky, passando por Beethoven, Brahms, Chopin, Debussy, Prokofiev, entre outros, numa proximidade rara com os artistas. Depois de atuar em dois concertos nos Dias da Música em Belém 2011, Louis Lortie vai abrir a série com um programa muito especial: a integral de Années de pèlerinage de Franz Liszt. No segundo recital, Sequeira Costa volta ao CCB também para homenagear o mais famoso pianista de todos os tempos, dedicando-lhe um programa inteiro, no ano em que se evoca o bicentenário do seu nascimento. Já em janeiro de 2012 será a vez de Alexandre Tharaud, um dos pianistas franceses mais conceituados da atualidade, se estrear no CCB, num programa à volta de Debussy e Chopin. Será depois a vez de Stephen Kovacevich voltar ao CCB com um programa dedicado a Beethoven e a Schubert, dois compositores de que é um dos maiores especialistas a nível mundial. Em abril, acolheremos de novo o pianista turco Fazil Say, cuja relação com o CCB é já longa, para um programa fascinante que mistura, entre outros, Haydn, Prokofiev e Zimmermann. A não perder igualmente, o último recital da série, que será da responsabilidade da jovem pianista russa Anna Vinnitskaya, vencedora do Concurso Internacional Reine Elisabeth em 2007, e que fará no CCB a sua estreia em Portugal.
Assinatura A
6 concertos = 25% desconto (35% para titulares do Cartão Amigo CCB) Assinatura B
3 concertos à escolha = 20% desconto (30% para titulares do Cartão Amigo CCB)
piano
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29 OUTubro
| Pequeno auditório - sala eduardo prado coelho | 19h
Louis Lortie Franz Liszt
Années de pèlerinage (integral)
19 NOVembro
| Pequeno auditório - sala eduardo prado coelho | 21h
Sequeira Costa Franz Liszt
St. François de Paule marchant sur les flots Bénédiction de Dieu dans la solitude Les jeux d’eau à la Villa d’Este Méphisto-Valse n.º 1 Sonata para piano, em Si menor
26 JANeiro | Pequeno auditório - sala eduardo prado coelho | 21h
Alexandre Tharaud Prelúdios, Livro 1 Funérailles F r y d e r y k C h o p i n Sonata para piano n.º 2, op. 35
Cl a u d e D e b u s s y Franz Liszt
1 MARÇO | Pequeno auditório - sala eduardo prado coelho | 21h
Stephen Kovacevich Sonata para piano n.º 5, op. 10 n.º 1 Sonata para piano n.º 31, op. 110
L u d w i g va n B e e t h o v e n
Franz Schubert
7 ABRIL
Sonata para piano, D960
| Pequeno auditório - sala eduardo prado coelho | 21h
Fazil Say Sonata 1.X.1905 Sonata para piano n.º 7, op. 83 F r a n z J o s e p h H ay d n Andante con variazioni, Hob.XVII:6 B e r n d Al o i s Z i m m e r m a n n Enchiridion, pequenas peças para piano I g o r S t r a v i n s k y Três andamentos de Petrouchka Leoš Janácek
Sergei Prokofiev
10 MAIO
| Pequeno auditório - sala eduardo prado coelho | 21h
Anna Vinnitskaya Sonata para piano n.º 3, op. 5 Prelúdios, op. 16 Sonata para piano n.º 2, op. 19, Fantaisie
Johannes Brahms
Al e x a n d e r S c r i a b i n
Cl a u d e D e b u s s y
Suite Bergamasque; L’Isle joyeuse
piano
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DSCH – Schostakovich Ensemble E n s e m bl e e m R e s i d ê n c i a n a T e m p o r a d a 2 0 1 1 / 2 0 1 2
Direção artística
Filipe Pinto-Ribeiro
Criado em 2006 e com direção artística de Filipe Pinto-Ribeiro, o Schostakovich Ensemble afirmou-se num curto período de tempo como um dos agrupamentos de música de câmara mais estimulantes do panorama nacional. Para isso muito contribuíram as suas colaborações com os músicos Tatiana Samouil, Gérard Caussé, Pascal Moraguès, José van Dam, Gary Hoffman, Christian Poltéra, Eldar Nebolsin, e, muito recentemente, também no CCB, com a grande compositora russa Sofia Gubaidulina, entre outros. Agrupamento de geometria variável, o Schostakovich Ensemble volta a reunir um leque de músicos notáveis para a Temporada 2011/2012 do CCB, em que irá apresentar três concertos. O primeiro ocorrerá no Dia Mundial da Música e será um acontecimento único que juntará no mesmo palco dois dos maiores instrumentistas da atualidade, o clarinetista Michel Portal e o violetista Gérard Caussé, em duos e trios com o pianista Filipe Pinto-Ribeiro. Em dezembro, o DSCH apresentará um concerto dedicado a vários tipos de humor na música, cruzando trios de Haydn e Beethoven com obras em estreia do russo Rodion Shchedrin e do argentino Maurício Kagel. Destaque ainda para o terceiro recital, que marcará a estreia em Portugal da violinista Karen Gomyo, uma estrela em ascensão no panorama mundial.
1 OUTubro | sala luis de freitas branco | 21h DS C H – Sch o s t a k o v i ch E n s e m b l e com M i ch e l P o r t a l clarinete G é r a r d C a u s s é viola F i l i p e P i n t o - R i b e i r o piano R o b e r t S c h u m a n n Phantasiestücke para clarinete e piano, op. 73; Märchenbilder para viola e piano, op. 113; Märchenerzählungen para clarinete, viola e piano, op. 132 Max Bruch
8 Peças para clarinete, viola e piano, op. 83
1 DEZembro | Pequeno Auditório - sala eduardo prado coelho | 17h DS C H – Sch o s t a k o v i ch E n s e m b l e com F i l i p e P i n t o - R i b e i r o piano C o r e y C e r o v s e k violino A d r i a n B r e n d e l violoncelo Three Funny Pieces Trio com piano, op. 70 n.º 2 F r a n z J o s e p h H ay d n Trio com piano, Hob.XV:21 Rodion Shchedrin
L u d w i g va n B e e t h o v e n Mauricio Kagel
25 FEVereiro
Trio com piano n.º 1
| Pequeno Auditório - sala eduardo prado coelho | 21h
DS C H – Sch o s t a k o v i ch E n s e m b l e com K a r e n G o m y o violino F i l i p e P i n t o - R i b e i r o piano Scherzo para violino e piano (F-A-E) Sonata para violino n.º 3, BWV 1016 A s t o r P i a z z o ll a Le grand tango (ver. de S. Gubaidulina) B é l a B a r t ó k Sonata para violino e piano n.º 1 Johannes Brahms
Johann Sebastian Bach
d s ch - Sch o s t a k o v i ch E n s e m b l e
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ECM Lisbon Series Temporada 2011/2012
Coprogramação CCB/ECM
A Temporada 2011/2012 marca o início da associação entre o Centro Cultural de Belém e a prestigiada editora alemã ECM – casa discográfica de muitos dos mais importantes e inovadores músicos da atualidade fundada por Manfred Eicher em 1969 – e apresenta a ECM Lisbon Series, um ciclo coprogramado que atravessa toda a temporada do CCB e traz a Lisboa cinco destacados projetos musicais das áreas do jazz contemporâneo, da música improvisada, e das músicas do mundo, à imagem do que já sucede noutras cidades europeias. Nomes bem conhecidos do público e também outros ainda por descobrir, todos representantes da reconhecida qualidade da ECM e dos caminhos estéticos explorados pela editora de Munique, irão apresentar-se ao público português no Pequeno e no Grande Auditórios do Centro Cultural de Belém. Desde a juventude e a irreverência do trio do pianista suíço Colin Vallon até ao reconhecido lirismo do trompete de Enrico Rava, passando pelas sonoridades cruas das vozes córsegas do ensemble A Filetta e pelos ritmos quentes da música de Amina Alaoui, sem esquecer o universo sonoro abissal que François Coutureir criou em homenagem a Andrei Tarkovsky, as opções são variadas e, espera-se, reveladoras para o público.
Assinatura A
5 concertos = 25% desconto (35% para titulares do Cartão Amigo CCB) Assinatura B
3 concertos à escolha = 20% desconto (30% para titulares do Cartão Amigo CCB)
ECM Lisbon Series
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4 OUTubro
jazz
| Pequeno Auditório - sala eduardo prado coelho | 21h
Colin Vallon Trio Rruga C o l i n V a l l o n piano Pa t r i c e M o r e t contrabaixo S a m u e l R o h r e r bateria
11 NOVembro
Ciclo Tarkovsky
| Pequeno Auditório - sala eduardo prado coelho | 21h
Tarkovsky Quartet F r a n ç o i s C o u t u r i e r piano e composição A n j a L e ch n e r violoncelo J e a n - M a r c L a r ch é saxofone soprano J e a n - L o u i s M a t i n i e r acordeão
24 FEVereiro | grande auditório | 21h
Mistico Mediterraneo Pa o l o F r e s u trompete e flugelhorn A F i l e tt a vozes D a n i e l e d i B o n a v e n t u r a bandoneón
14 MARço |
Pequeno Auditório - sala eduardo prado coelho | 21h
Amina Alaoui Ensemble Arco Iris A m i n a A l a o u i voz, daf S a ï f a l l a h B e n Ab d e r r a z a k violino S o f i a n e N e g r a oud J o s é L u i s M o n t ó n guitarra flamenca E d u a r d o M i r a n d a bandolim I d r i s s A g n e l percussão, guitarra elétrica
ECM Lisbon Series
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22 MAIO
jazz
| grande audit贸rio | 21h
Enrico Rava New Quintet E n r i c o R a v a trompete G i a n l u c a P e t r e l l a trombone G i o v a n n i G u i d i piano G a b r i e l e E v a n g e l i s t a contrabaixo F a b r i z i o Sf e r r a bateria
ECM Lisbon Series
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Jazz Temporada 2011|2012
[Não inclui todos os concertos da ECM Lisbon Series. Ver doc. separado para série completa]
Assinatura A
7 concertos = 25% desconto (35% para titulares do Cartão Amigo CCB) Assinatura B
3 concertos à escolha = 20% desconto (30% para titulares do Cartão Amigo CCB)
23 SETembro | grande auditório | 21h
Abercrombie / copland J o h n Ab e r c r o m b i e guitarra M a r c C o p l a n d piano John Abercrombie, influente guitarrista tanto no registo acústico, quanto no elétrico, é um experimentalista nato que trabalha a partir da tradição do jazz. Marc Copland é um dos mais originais e prolíficos pianistas de jazz da atualidade, considerado um dos maiores expoentes do piano de jazz lírico. Cruzaram-se, pela primeira vez, na década de 1970 e desde então têm colaborado em numerosos projetos, que são sempre enriquecidos por uma interação intuitiva e profunda.
4 OUTubro |
ECM Lisbon Series
pequeno auditório - sala eduardo prado coelho | 21h
Colin Vallon Trio Rruga C o l i n V a l l o n piano Pa t r i c e M o r e t contrabaixo S a m u e l R o h r e r bateria A riquíssima tradição do trio com piano no jazz conta, desde há pouco tempo, com mais um nome de referência. Antes ainda de completar trinta anos, o pianista suíço Colin Vallon tem-se destacado no meio musical do seu país de origem e em inúmeras colaborações, que agora culminam na sua entrada no prestigioso catálogo da ECM. Dono de uma técnica prodigiosa e de uma inventividade admirável, Vallon empurra um pouco mais as fronteiras estéticas do jazz com este projeto em que conta com a jazz
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colaboração de dois amigos. Rruga é o caminho, todo ele feito de influências várias, da pop à clássica, passando pelos grandes nomes do jazz.
19 OUtubro | pequeno auditório - sala eduardo prado coelho | 21h
Carlos Bica & Azul C a r l o s B i c a contrabaixo F r a n k M ö b u s guitarra elétrica J i m B l a ck bateria e percussão Personalidade fundamental do jazz português, o contrabaixista Carlos Bica mantém uma intensa atividade dentro e fora de portas. Entre colaborações várias e projetos próprios, tem estabelecido uma linguagem musical singular. O Trio Azul, criado em 1996, é um dos vetores preferenciais para o desenvolvimento dessa mesma linguagem e para a exploração de novos caminhos sonoros e possibilidades estéticas. No CCB, Carlos Bica, juntamente com os seus companheiros de longa data, irá apresentar o quinto projeto discográfico do Trio Azul, decerto um dos momentos altos da temporada jazzística nacional.
20 FEVereiro
CCBEAT
| pequeno auditório - sala eduardo prado coelho | 21h
Portico Quartet D u n c a n B e l l a m y bateria M i l o F i t z pa t r i ck contrabaixo N i ck M u lv e y hang e percussão J a ck W y l l i e saxofones e eletrónica “Uma banda Indy que toca post-jazz”, assim se descrevem a eles próprios os Portico Quartet, um grupo de quatro jovens músicos londrinos. A beleza estranha da sua música reside fundamentalmente no hang, um instrumento melódico de percussão, de criação recente, e inspirado no gongo, no gamelão, na bateria, no sino, entre outros. O álbum de estreia dos Portico Quartet, Knee-Deep in the North Sea, foi considerado, em 2007, o Álbum do Ano de Jazz, Folk e Música do Mundo pela Time Out, e o seu novo álbum Isla, de 2011, lançado pela renomada editora de Peter Gabriel, Realworld.
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29 MARÇO | grande auditório | 21h
CCBEAT
Orchestre National de Jazz Around Robert Wyatt D a n i e l Y v i n e c direção artística E v e R i s s e r piano, piano preparado, flauta V i n c e n t L a f o n t teclas, eletrónica A n t o n i n - T r i H o a n g saxofone alto, clarinete, piano R e m i D u m o u l i n saxofone tenor, clarinete M a tth i e u M e t z g e r saxofones, efeitos eletrónicos J o c e M i e n n i e l flauta, eletrónica S y lv a i n B a r d i a u trompete P i e r r e P e r ch a u guitarra, banjo S y lv a i n D a n i e l baixo elétrico Y o a n n S e r r a bateria Este espetáculo é construído a partir de um trabalho de colaboração com o artista Robert Wyatt e presta homenagem ao seu universo musical - uma música pop melancólica, encantatória e intemporal (de que são exemplo Shipbuilding e Alifib) - referência para outros artistas como David Bowie, Elvis Costello e David Gilmour. Um concerto “em torno” de Robert Wyatt com uma mistura de jazz e de rock pela Orchestre National de Jazz. Around Robert Wyatt foi o primeiro álbum lançado pela Orchestre National de Jazz sob a direção de Daniel Yvinec, tendo recebido a distinção de “álbum do ano” na cerimónia anual francesa Les Victoires du Jazz, em 2009.
20 ABRIL
CCBEAT
| pequeno auditório - sala eduardo prado coelho | 21h
Hadouk Trio D i d i e r M a l h e r b e duduk, flauta, ocarina, saxofone soprano, khen L o y Eh r l i ch hajouj, kora, sanza, gumbass, teclados St e v e Sh e h a n percussão, arcos atmosféricos, hang Mantendo as raízes africanas, o Hadouk Trio aventura-se com o seu mais recente disco - Air Hadouk - por caminhos ainda pouco traçados de novas metamorfoses instrumentais. Depois do enorme sucesso dos álbuns Utopies e Baldamore, e de distinções importantes na área do jazz (“Les Victoires du Jazz”, 2008), o trio lança-se num “sobrevoo planetário de sabor hedonista”.
jazz
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22 MAIO | grande auditório | 21h
ECM Lisbon Series
Enrico Rava New Quintet E n r i c o R a v a trompete G i a n l u c a P e t r e l l a trombone G i o v a n n i G u i d i piano G a b r i e l e E v a n g e l i s t a contrabaixo F a b r i z i o Sf e r r a bateria Uma das figuras maiores do jazz europeu dos últimos trinta anos, Enrico Rava conta com uma carreira feita de colaborações invejáveis e um número de projetos a perder de vista. Depois de ter estado no CCB em 2008 para apresentar The Words and The Days, num concerto memorável, Rava junta o seu novo quinteto e volta ao Grande Auditório para apresentar o seu projeto mais recente e encerrar em grande o primeiro ECM Lisbon Series.
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Dose Dupla Concertos de Jazz
Quintas-feiras Receção do Centro de Reuniões | 22h Entrada Livre
Direção artística
João Moreira dos Santos / Maria Viana
Dose Dupla, criado e produzido por João Moreira dos Santos e Maria Viana, temse afirmado, ao longo dos seus três anos de existência, como pivot de um duplo encontro. Primeiro, porque tem vindo a proporcionar a formação de duos inéditos entre músicos portugueses e estrangeiros. Segundo, porque tem possibilitado ao público – cerca de 400 pessoas por espetáculo – o contacto com músicos destacados do jazz nacional e internacional, sempre num ambiente informal, de prazer musical e de cumplicidade. O Dose Dupla regressa em 2012 para mais um conjunto de concertos de entrada livre – a realizar às quintas-feiras entre fevereiro e março – com a mesma aposta na qualidade dos intérpretes, na variedade tímbrica e na diversidade geográfica.
P r o grama e datas a an u nciar
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Big Band Júnior (BBJ) Orquestra-Escola de Jazz C e n t r o C u lt u r a l d e B e l é m / H o t Cl u b e d e P o r t u g a l
Direção artística
Alexandra Ávila / João Godinho
Direção musical e pedagógica
Claus Nymark
A Big Band Júnior (BBJ) é uma orquestra-escola de jazz constituída por músicos entre os 12 e os 16 anos. Nascida em 2010 a partir de uma ideia original de Alexandra Ávila e João Godinho (também diretores artísticos da Lisbon Jazz Summer School), resultou numa parceria entre o Centro Cultural de Belém e o Hot Clube de Portugal. A missão da BBJ é oferecer uma formação de qualidade aos seus alunos enquanto músicos de uma orquestra de jazz. As aulas-ensaio decorrem uma vez por semana, de outubro a junho (respeitando o calendário letivo escolar), na Escola de Jazz Luiz VillasBoas – Hot Clube de Portugal. O que uniu os 16 músicos que deram corpo à BBJ neste seu primeiro ano de atividade não foi apenas o facto de integrarem a mais jovem orquestra de jazz do país mas, acima de tudo, o talento musical e a paixão pelo jazz, invulgares nestas idades. Com a sua experiência e espírito jovem, o maestro Claus Nymark conduziu este grupo de músicos juniores numa viagem pela linguagem, dinâmica e energia de uma verdadeira Big Band. Para esta temporada estão já agendados três concertos no Pequeno Auditório - Sala Eduardo Prado Coelho do Centro Cultural de Belém: Pequeno Auditório - Sala Eduardo Prado Coelho | 21h
16 dezembro / 17 março / 28 junho
As candidaturas para integrar a BBJ na próxima temporada estão abertas até 16 de setembro de 2011.* Mais informações em bigbandjunior@gmail.com / www.ccb.pt / www.hotclubedeportugal.org * São aceites inscrições para os seguintes instrumentos: flauta, oboé, clarinete, fagote, saxofone, trompa, trompete, trombone, tuba, piano, bateria, percussões (exceto marimba), acordeão, violino, viola, violoncelo, contrabaixo, baixo elétrico, guitarra elétrica e voz. Será, no entanto, dada prioridade aos instrumentos convencionais de uma big band (os que estão destacados).
jazz
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CCBeat 31 outubro | grande auditório | 21h
Os Corvos Uma data especial para uma celebração simbólica: no Dia das Bruxas, os Corvos comemoram 13 anos de existência; 13 anos de uma das bandas mais carismáticas da música portuguesa; 13 anos de revisitação do repertório do rock nacional e internacional; 13 anos de música celebrados no CCB com a novidade do terceiro álbum de originais da banda, Medo.
21 janeiro | grande auditório | 21h
Orelha Negra Depois dos álbuns Orelha Negra (2010) e Mixtape (2011), este grupo de cinco músicos lisboetas apaixonados pelas sonoridades afro-americanas – e que se esconde atrás de capas de vinil “para elogiar o mundo que nos rodeia e inspira” – prepara a apresentação de um novo espetáculo para o início de 2012.
20 fevereiro | Pequeno Auditório - Sala Eduardo Prado Coelho | 21h
JAZZ
Portico Quartet “Uma banda Indy que toca post-jazz”, assim se descrevem a eles próprios os Portico Quartet, um grupo de quatro jovens músicos londrinos. A beleza estranha da sua música reside fundamentalmente no hang, um instrumento melódico de percussão, de criação recente, e inspirado no gongo, no gamelão, na bateria, no sino, entre outros. O álbum de estreia dos Portico Quartet, Knee-Deep in the North Sea, foi considerado, em 2007, o Álbum do Ano de Jazz, Folk e Música do Mundo pela Time Out, e o seu novo álbum Isla, de 2011, lançado pela renomada editora de Peter Gabriel, Realworld.
ccb e a t
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29 março | grande auditório | 21h
JAZZ
Orchestre National de Jazz Around Robert Wyatt D a n i e l Y v i n e c direção artística Este espetáculo é construído a partir de um trabalho de colaboração com o artista Robert Wyatt e presta homenagem ao seu universo musical - uma música pop melancólica, encantatória e intemporal (de que são exemplo Shipbuilding e Alifib) - referência para outros artistas como David Bowie, Elvis Costello e David Gilmour. Um concerto “em torno” de Robert Wyatt com uma mistura de jazz e de rock pela Orchestre National de Jazz. Around Robert Wyatt foi o primeiro álbum lançado pela Orchestre National de Jazz sob a direção de Daniel Yvinec, tendo recebido a distinção de “álbum do ano” na cerimónia anual francesa Les Victoires du Jazz, em 2009.
20 abril | Pequeno Auditório - Sala Eduardo Prado Coelho | 21h
JAZZ
Hadouk Trio Mantendo as raízes africanas, o Hadouk Trio aventura-se com o seu mais recente disco - Air Hadouk - por caminhos ainda pouco traçados de novas metamorfoses instrumentais. Depois do enorme sucesso dos álbuns Utopies e Baldamore, e de distinções importantes na área do jazz (“Les Victoires du Jazz”, 2008), o trio lança-se num “sobrevoo planetário de sabor hedonista”.
ccb e a t
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Carta Branca a J.P. Simões 2 junho | grande auditório | 21h
Ver destaque do mês de junho (página 79)
C a r t a B r a n c a a J . P. S i m õ e s
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1001 MÚSICOS F e s ta d a s E s c o l a s d e M ú s i c a
9 outubro Grande Auditório Sala Almada Negreiros Sala Sophia de Mello Breyner Domingo a partir das 10h
Pelo quinto ano consecutivo, e repetindo o sucesso das edições anteriores, o Centro Cultural de Belém associa-se ao Ministério da Educação para a concretização da grande jornada musical denominada 1001 MÚSICOS. Trata-se de um encontro entre escolas e orquestras, alunos e professores, crianças e adultos, artistas e organizadores (e público), que tem por objetivo promover a troca de experiências, a mostra de talento e a partilha do gosto pela música.
Coprodução Ministério da Educação e Centro Cultural de Belém
uma iniciativa do Ministério da Educação com a colaboração do Centro Cultural de Belém
CENTRO CULTURAL DE BELÉM
1001 músicos
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teatro
Prospero
Contos africanos a partir de Shakespeare 28 e 29 outubro | grande auditório | 21h Encenação
K r z y s z t o f Wa r l i k o w s k i
com a participação dos atores do N o w y T e a t r Cenografia e figurinos M a ł g o r z a t a S z c z e s n i a k Adaptação K r z y s z t o f W a r l i k o w s k i , P i o t r G r u s z c z y n s k i Coreografia C l a u d e B a r d o u i l Música Pa w e ł M y k i e t y n Dramaturgia P i o t r G r u s z c z y n s k i Luzes F e l i c e R o s s Espetáculo integrado no Projeto PROSPERO, com o apoio do Programa de Cultura da União Europeia. Coordenação do Projeto PROSPERO: Gabriela Cerqueira Encenador de vários textos de Shakespeare, Krzysztof Warlikowski cria agora a sua própria visão de um herói shakespeariano, com um espetáculo baseado nas peças Otelo, O Mercador de Veneza e Rei Lear. O encenador polaco recorre a três personagens – Otelo, Shylock e Lear – que se assemelham, na sua desgraça, a deuses em sofrimento. Para Warlikowski, um homem que procura desesperadamente o amor é como um deus que sangra. Fiel ao seu hábito de cruzar vários textos diferentes, Warlikowski compara ainda estes heróis aos dos romances do sul-africano J. M. Coetzee, Prémio Nobel de Literatura, cujos temas prediletos são a segregação, as desigualdades étnicas e sociais e a violência, mostrando uma visão fascinante do Homem arrancando a si próprio experiências no limite do seu sofrimento.
Companhia Maior Nova criação de Clara Andermatt 8 a 11 Dezembro | Pequeno Auditório – Sala Eduardo Prado Coelho Quinta-feira a domingo | 8 a 10 às 21h | 11 às 17h
Depois da estreia com a peça Bela Adormecida, de Tiago Rodrigues, a segunda criação da Companhia Maior é fruto de uma colaboração com a coreógrafa Clara Andermatt. É intenção da Companhia Maior produzir, todos os anos, um espetáculo dirigido por
t e at r o
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um encenador ou por um coreógrafo diferentes, propondo-lhes a releitura de alguns lugares-comuns da nossa cultura. Composta por artistas de idade superior a 60 anos, a companhia associa-se a elementos mais jovens das artes e da cultura, visando uma harmoniosa convivência entre gerações e procurando resgatar a criação performativa contemporânea através da inclusão e da memória. O século XX preocupou-se, quase exclusivamente, em dar mais anos à vida. A Companhia Maior é um exemplo de como dar mais vida a esses anos.
Casa & Jardim Mala Voadora 12 a 17 janeiro | Pequeno Auditório – Sala Eduardo Prado Coelho | Quinta-feira a sábado/segunda e terça-feira às 21h | Domingo às 16h House & Garden Texto de
A l a n Ay ckb o u r n
Encenação
Jorge Andrade
Tradução m a l a v o a d o r a Cenografia J o s é C a p e l a com 8 a t r i z e s e 6 a t o r e s (a anunciar) Ver destaque do mês de janeiro (página 73)
Prospero
Husbands 16 e 17 março | grande auditório | 21h a partir do guião de encenação
J o h n C a s s av e t e s
I v o va n H o v e
Depois das aclamadas adaptações para teatro de dois filmes de John Cassavetes, Faces (1968) e Opening Night (1977), Ivo van Hove volta a trabalhar sobre um guião deste realizador norte-americano – Husbands (1970). Husbands centra-se na crise de meia-idade de três homens, surgida abruptamente após a morte de um amigo comum. Realizador e ator do filme, Cassavetes apoiou-se nas personalidades reais dos atores para construir as personagens e recorreu extensivamente à improvisação. No entanto, Ivo van Hove afirma que é sobre o material escrito, e não tanto sobre o que está filmado, que gosta de trabalhar. Ivo Van Hove é diretor da Companhia Toneelgroep de Amesterdão. Espetáculo integrado no Projeto PROSPERO, com o apoio do Programa de Cultura da União Europeia. Coordenação do Projeto PROSPERO: Gabriela Cerqueira
t e at r o
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Teatro Meridional Nova criação
comemoração dos 20 anos da companhia 19 a 22 / 24 a 26 maio | Pequeno Auditório – Sala Eduardo Prado Coelho
Encenação
Miguel Seabra
Direção artística
M i g u e l S e a b r a / N at á l i a L u i z a
Ver destaque do mês de maio (página 78)
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dança
Ballet National de Marseille Le trouble de Narcisse Frédéric Flamand
Tempo Vicino Lucinda Childs
Herman Schmerman Pas de deux
W i l l i a m F o r s y th e 29 e 30 novembro
Terça e quarta-feira | 21h | Grande Auditório
O programa que o Ballet National de Marseille traz ao CCB reúne três dos mais importantes coreógrafos da atualidade – Frédéric Flamand, diretor da companhia, Lucinda Childs e William Forsythe – cada um com uma linguagem criativa original de síntese entre a dança clássica e a dança contemporânea.
Le trouble de Narcisse Coreografia
Frédéric Flamand
Assistente coreográfica C r i s t i n a D i a s Conselheiro artístico B e r n a r d D e g r o o t e Música B o ya n V o d e n i tch a r o v / S i lv e s t r e R e v u e lt a s / H e i t o r Villa-Lobos / Alberto Ginastera Luzes B e r t r a n d B l ay o Cenografia D i l l e r + Sc o f i d i o Vídeo J e a n - C h r i s t o p h e A u b e r t / P i n o P i p i t o n e Figurinos A u r é i a Ly o n / N i c o l e M u r r u 9 intérpretes Duração 2 5 m i n u t o s O que aconteceria a Narciso se a sua própria imagem se lhe escapasse e lhe reclamasse independência? Narciso sabe que, com as novas tecnologias do vídeo, do cinema e da televisão, o objeto do seu amor não passa de uma ilusão. Encontrará um novo fascínio nas infinitas possibilidades do seu corpo virtual. Nove bailarinos em palco (e em vídeo) ilustram o culto da imagem e do corpo. dança
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Tempo Vicino Coreografia
Lucinda Childs
Música S o n o f C h a m b e r S y m p o n h y de J o h n A d a m s Luzes Ph i l i p p e G r o s p e r r i n Figurinos L u c i n d a C h i l d s / N i c o l e M u r r u / A u r é l i a Ly o n 16 intérpretes Duração 3 0 m i n u t o s A coreógrafa norte-americana inspirou-se na música de John Adams, com quem colabora há vários anos, e criou um espetáculo em que, mais uma vez, a emoção é gerada pela beleza do movimento dos bailarinos em perfeita consonância com a música. Lucinda Childs explica a construção da sua coreografia abstrata: “O papel de cada bailarino é determinado pela estrutura musical. É a precisão na execução dos movimentos que cria a relação entre os bailarinos, o tempo e o espaço.”
Herman Schmerman Pa s d e d e u x Coreografia
W i l l i a m F o r s y th e
Música T h o m W i l l e m s Luzes W i l l i a m F o r s y th e Montagem M a r c S p r a d l i n g Figurinos G i a n n i V e r s a c e / W i l l i a m F o r s y th e 2 intérpretes Duração 1 2 m i n u t o s Extraído do ballet Herman Schmerman de William Forsythe, este pas de deux constrói-se sobre os ritmos sincopados e jazzy da música de Thom Willems, explorando diferentes movimentos que resultam da síntese entre a dança clássica e contemporânea.
dança
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Early Works
(Primeiras Obras) Coprodução r o s a s e S a d l e r ’ s W e l l s ( L o n d r e s ) Ver destaque do mês de fevereiro (página 74)
Fase, four movements to the music of Steve Reich (1982) 3 fevereiro | Sexta-feira | 21h | Grande Auditório Coreografia
Anne Teresa De Keersmaeker
Interpretação A n n e T e r e s a D e K e e r s m a e k e r , T a l e D o lv e n Criação com M i ch è l e A n n e D e M e y (Piano Phase, Clapping Music), J e n n i f e r E v e r h a r d (Come Out) Música St e v e R e i ch : Piano Phase (1967); Come Out (1966); Violin Phase (1967); Clapping Music (1972) Luzes R e m o n F r o m o n t (Piano Phase & Clapping Music); M a r k Schw e n t n e r (Violin Phase & Come Out) Figurinos 1981: M a r t i n e A n d r é / A n n e T e r e s a D e K e e r s m a e k e r
Rosa danst Rosas (1983) 4 fevereiro | sábado | 21h | Grande Auditório Coreografia
Anne Teresa De Keersmaeker
Interpretação A n n e T e r e s a D e K e e r s m a e k e r / S a n d r a O r t e g a B e j a r a n o (a confirmar), T a l e D o lv e n , E l i z a v e t a P e n k ó v a , Sue-Yeon Youn Criação com A n n e T e r e s a D e K e e r s m a e k e r , A d r i a n a B o r r i e l l o , M i ch è l e A n n e D e M e y, F u m i y o Ik e d a Música T h i e r r y D e M e y, P e t e r V e r m e e r s ch Gravações de músicos T h i e r r y D e M e y, W a lt e r H u s , E r i c S l e i ch i m , P e t e r V e r m e e r s ch Luzes R e m o n F r o m o n t Figurinos (reposição) A n n e - C a th e r i n e K u n z
Elena’s Aria (1984) 7 fevereiro | terça-feira | 21h | Grande Auditório Coreografia A n n e T e r e s a D e K e e r s m a e k e r Interpretação A n n e T e r e s a D e K e e r s m a e k e r / S u e - Y e o n Y o u n (a confirmar), T a l e D o lv e n , F u m i y o Ik e d a , C y n th i a L o e m i j , S a m a n th a V a n W i s s e n
dança
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Criação com A n n e T e r e s a D e K e e r s m a e k e r , M i ch è l e A n n e D e M e y, N a d i n e G a n a s e , R o x a n e H u i l m a n d , F u m i y o Ik e d a Música E . D i C a p u a : Vieni sul mar, O sole mio, Santa Lucia / G . B i z e t : Pêcheurs de perles / G . D o n i z e tt i : Lucia di Lammermoor / W. A . M o z a r t: Sonata para piano, em Dó maior, K. 545 / interpretado por F r i e d r i ch G u l d a Luzes A n n e T e r e s a D e K e e r s m a e k e r Figurinos (reposição) A n n e - C a th e r i n e K u n z Agradecimentos:
Michèle Anne De Mey, Ann Driesen, Isabelle Errera, Valentina Nelissen, Herman Sorgeloos, Serge Vandenhove, Frank Vandezande, Marianne Van Kerkhoven, Sue-Yeon Youn
Bartók / Mikrokosmos (1986) 9 fevereiro | quinta-feira | 21h | Grande Auditório Coreografia A n n e T e r e s a D e K e e r s m a e k e r
Mikrokosmos, Sete peças para dois pianos Interpretação E l i z a v e t a P e n k ó v a , J a k u b T r u s z k o w s k i Criação com J e a n L u c D u c o u r t, J o h a n n e S a u n i e r Música B é l a B a r t ó k Interpretação ao vivo J e a n - L u c F a fch a m p s , St e f a n G i n s b u r g h
Monument / Selbstporträt mit Reich und Riley (und Chopin ist auch dabei) / im zart fliessender Bewegung Música G y ö r g y L i g e t i Interpretação ao vivo J e a n - L u c F a fch a m p s , St e f a n G i n s b u r g h
quarteto N.º 4 Interpretação T a l e D o lv e n , E l i z a v e t a P e n k ó v a , S a n d r a O r t e g a B e j a r a n o / T a k a Sh a m o t o (a confirmar), S u e - Y e o n Y o u n Interpretado com A n n e T e r e s a D e K e e r s m a e k e r , R o x a n e H u i l m a n d , F u m i y o Ik e d a , N a d i n e G a n a s e , J o h a n n e S a u n i e r Música B é l a B a r t ó k Interpretação ao vivo T h e D u k e Q u a r t e t Luzes A n n e T e r e s a D e K e e r s m a e k e r / H e r m a n S o r g e l o o s Figurinos (reposição) A n n e - C a th e r i n e K u n z Agradecimentos
Michael Frohnmeyer, Ictus, Valentina Nelissen, Sandra Ortega Bejarano, Jean-Luc Plouvier, Herman Sorgeloos, Frank Vandezande dança
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Criação 2011 8 e 9 junho | Sexta-feira e sábado | 21h | Grande Auditório Coreografia A n n e T e r e s a D e K e e r s m a e k e r 8 e 9 de junho Conceito A n n e T e r e s a D e K e e r s m a e k e r , B j ö r n Sch m e l z e r Criação e interpretação R o s a s a n d G r a i n d e l a v o i x O l a l l a A l e m á n , H a i d e r A l T i m i m i , B o s tj a n A n t o n c i c , A r o n B l o m , C a r l o s G a r b i n , M a r i e G o u d o t, L i e v e n G o u w y, D av i d H e r n a n d e z , M at e j K e j z a r , M i k a e l M a r k l u n d , T o m à s M a x é , J u l i e n M o n t y, C h r y s a Pa r k i n s o n , M a r i u s P e t e r s o n , M i ch a e l P o m e r o , A l b e r t R i e r a , G a b r i e l Sch e n k e r , Y v e s V a n Handenhove, Sandy Williams Cenografia A n n V e r o n i c a J a n s s e n s Figurinos A n n e - C a th e r i n e K u n z Coprodução R o s a s , L a M o n n a i e / D e M u n t ( B r u x e l a s ) , F e s t i v a l d ’ A v i g n o n , T h é â t r e d e l a V i l l e ( Pa r i s ) , G r a n d T h é â t r e d e L u x e m b o u r g , F e s t i v a l O u d e M u z i e k Ut r e cht, G u i m a r ã e s 2 0 1 2 , St e i r i s ch e r H e r b s t, d e S i n g e l ( A n t u é r p i a ) , Concertgebouw Brugge
Para a Criação 2011, Anne Teresa De Keersmaeker e Rosas colaboram com Björn Schmelzer e o seu ensemble Graindelavoix. Esta nova criação pode ser entendida como a continuação do espetáculo anterior, En Atendant. Mas, enquanto neste último o crepúsculo se transformava impercetivelmente em noite, o novo espetáculo saúda o nascimento do dia. São 19 bailarinos e cantores em palco, que exploram os limites das suas capacidades artísticas: os bailarinos cantam e os cantores dançam. Dialogam, mais uma vez, com o repertório da Ars Subtilior, estilo musical francês do século XIV. A cenografia é da autoria de Ann Veronica Janssens, numa terceira colaboração com Rosas. Apoiando-se no uso da luz e da cor, esculpe a passagem do tempo, procurando materializar a transformação incessante daquilo que nos rodeia.
dança
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Areia
Circolando 5 / 6 / 8 a 12 março Segunda-feira / terça-feira / quinta a segunda-feira | Sala de Ensaio
C r i a ç ã o c o l e t i va Direção artística
André Braga / Cláudia Figueiredo
Direção / Conceção plástica / Interpretação A n d r é B r a g a Dramaturgia C l á u d i a F i g u e i r e d o Composição musical U l r i ch M i t z l a ff Realização plástica e construção Nuno Guedes / Nuno Brandão / Sandra Neves Filmes J o ã o V l a d i m i r o Desenho de luz C r i s t ó v ã o C u n h a , c o m o a p o i o d e F r a n c i s c o Tava r e s T e l e s Desenho de som H a r a l d K u h l m a n n Coordenação técnica F r a n c i s c o T a v a r e s T e l e s Produção A n a C a r v a l h o s a (direção) / C l á u d i a S a n t o s Fotografia / Design gráfico J o ã o V l a d i m i r o Coprodução C C B / C i r c o l a n d o Circolando é uma estrutura subsidiada pelo Ministério da Cultura e pela Direção Geral das Artes Apoios Fundação Calouste Gulbenkian / Instituto do Emprego e Formação Profissional
Todos trazemos um deserto em nós onde nos podemos achar ou perder. No deserto nunca paramos. Lá somos fragilidade em movimento, consciência de sermos um grão apenas, à beira de se volver em pó. (Adalberto Dias de Carvalho) Geralmente associados ao novo circo, os espetáculos do Circolando definem-se pela transdisciplinaridade e pela criação de um teatro visual. À primeira imagem que serviu de inspiração – uma ampulheta enorme a despejar areia sobre um homem – associaram-se várias ideias, como o tempo, o envelhecimento, a morte, a desertificação e a seca. Cruzando a dança, com as artes plásticas, a música e o vídeo, tudo se conjuga num diálogo íntimo com uma matéria muito específica.
dança
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Octopus
Excertos do Catálogo: inveja, shiva, tique “hélas”, caixa negra, esqueletos, arte gótica, saltos altos, boléro... e outros poemas coreográficos 22 e 23 março | Quinta-feira / sexta-feira | 21h
Grande Auditório
Ph i l i p p e D e c o u f l é C o m pa g n i e D C A
de
Direção e coreografia Ph i l i p p e D e c o u f l é Música original (e interpretação ao vivo) L a b ya l a N o s f e l l / Pierre Le Bourgeois Intérpretes F l a v i e n B e r n e z e t / A l e x a n d r e C a s t r e s / M e r i t x e l l Checa Esteban / Ashley Chen / Clémence Galliard / S e a n Pa t r i ck M o m b r u n o / A l e x a n d r a N a u d e t / A l i c e R o l a n d Luzes Pa t r i c e B e s o m b e s / B e g o ñ a G a r c i a N a v a s Conceção de vídeo Ph i l i p p e D e c o u f l é / L a u r e n t R a d a n o v i c / O l i v i e r S i m o l a / C h r i s t o p h e Wa k s m a n n Figurinos J e a n M a l o Cenário P i e r r e - J e a n V e r b r a e k e n Textos Ch r i s t o p h e S a l e n g r o / Gh e r a s i m L u c a (hermeticamente aberto, com autorização das edições José Corti) Agradecimentos Richard Laillier / Thibault Pradet / Topolino / Warner Chapell Music France / Yohji
Yamamoto / equipa do Théâtre National de Bretagne Produção Compagnie DCA - Philippe Decouflé Coprodução Théâtre National de Bretagne - Rennes / Théâtre National de Chaillot / Movimentos Festwochen der Autostadt em Wolfsburg
A Compagnie DCA é subvencionada pela DRAC da Île de France - Ministério da Cultura e da Comunicação, pelo Conselho Geral do Sena-Saint-Denis e da cidade de Saint-Denis. Philippe Decouflé é artista associado do Théâtre National de Bretagne.
Ver destaque do mês de março (página 76)
dança
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Nijinsky Siam 12 e 13 abril | Pequeno Auditório – Sala Eduardo Prado Coelho Quinta-feira, sexta-feira | 21h
P i ch e t K l u n ch u n D a n c e C o m pa n y ( Ta i l â n d i a ) Coreografia/ Direção Artística / Cenografia P i ch e t K l u n ch u n Desenho de luz J i r a ch , E a i m s a - A r d Intérpretes S u n o n W a ch i r a w a r a k a r n , Pa d u n g J u m pa n , P i ch e t K l u n ch u n Produção T a n g F u K u e n Agente S o j i r a t S i n g h o l k a Música C h r i s t i a n S i n d i n g Investigação histórica para a produção S y lv i e D a n c r e / Ph i l i p p e d e Lustrac Coprodução S i n g a p o r e A r t s F e s t i v a l e T h e a t e r d e r W e lt 2 0 1 0 Apoios Z ü r ch e r T h e a t e r S p e kt a k e l e N o o r d e r z o n P e r f o r m i n g A r t s F e s t i va l G r o n i n g e n Pichet Klunchun é mestre de dança clássica Thai e defende este estilo tradicional tailandês enquanto prática artística contemporânea. Em Nijinsky Siam, pretende evocar Vaslav Nijinsky, lendário bailarino e coreógrafo russo. Foi na Ópera de Paris que Nijinsky apresentou Danse Siamoise, em 1910. Cem anos depois, Pichet Klunchun encontrou fotografias desta produção, e as poses e os figurinos que viu trouxeram-lhe vivamente à memória a dança tradicional thai. No seu Nijinsky Siam, procurou explorar o modo como o bailarino russo interpretou o gesto e o movimento orientais. Num espetáculo que celebra o 100.º aniversário da atuação de Nijinsky e a primeira fusão entre as formas de dança europeias e asiáticas, Pichet é acompanhado por outros dois bailarinos, que manejam os tradicionais Nang Yai (bonecos de sombras).
BoxNova Um espaço para a dança Setembro - julho
| Sala de Ensaio | 19h
A BoxNova é o espaço que o CCB reserva para novos artistas e projetos das áreas da dança e performance. Aqui têm lugar os projetos mais experimentais e as criações mais recentes, por estrear ou que ainda não tenham sido apresentadas em Lisboa. Com o intuito de promover a sustentabilidade das criações da BoxNova, é intenção do CCB dar a conhecer os projetos recebidos a outros responsáveis por programações nacionais. As candidaturas são anuais.
dança
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literatura
DIA VITORINO NEMÉSIO (1901-1978) 18 SETEMBRO | SALA ALMADA NEGREIROS Em setembro de 1971, Vitorino Nemésio deu a sua última aula na Faculdade de Letras de Lisboa, da qual era professor catedrático. Poeta, romancista, ensaísta e comunicador, foi inicialmente como professor universitário que Nemésio se tornou conhecido a gerações sucessivas de portugueses que experimentaram o fascínio incomparável das suas preleções magistrais. O efeito seria continuado na série televisiva “Se bem me lembro…”, ao mesmo tempo que era reconhecido como romancista (Mau Tempo no Canal), contista (O Paço do milhafre), e poeta (Sapateia Açoriana). Nos quarenta anos da sua última lição, o CCB evoca a figura do pedagogo e escritor, dedicando-lhe um dia da sua programação.
Participantes a anunciar
P e d r o L a m a r e s lê Última Lição Projeção do filme Mau Tempo no Canal (1989) de J o s é d e M e d e i r o s
DIA ITALO CALVINO (1923-1985) 1 NOVEMBRO | SALA ALMADA NEGREIROS O escritor italiano Italo Calvino passou o verão de 1985 a escrever seis conferências que devia proferir numa universidade norte-americana em finais desse ano. Completou cinco e deixou esboçada uma sexta: morreu no dia 19 de setembro aos 62 anos de idade. As Seis propostas para o próximo milénio, editadas a título póstumo, tornaram-se um dos seus títulos mais conhecidos. Mas, desde 1947 que Calvino vinha construindo uma obra literária singular. As cidades invisíveis é uma das suas obras maiores. Durante o início da década de oitenta deu à estampa obras como Palomar ou Se numa noite de inverno um viajante, tornando-se o mais célebre prosador italiano da sua geração.
Programa a anunciar
l i t e r at u r a
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DIA MUNDIAL DA POESIA 24 MARÇO DIVERSOS ESPAÇOS DO CENTRO DE REUNIÕES Uma vez mais, o Centro Cultural de Belém vai levar a efeito, com o apoio do Plano Nacional de Leitura, uma comemoração do Dia da Poesia, que em 2012 terá lugar no sábado, dia 24 de março. Como já vem sendo hábito, além de diversas atividades, haverá um poeta em destaque, cuja obra será lida por diversos convidados na Sala Fernando Pessoa. Em 2009, lemos Camões; em 2010, Fernando Pessoa (Álvaro de Campos); em 2011, Herberto Helder. Em 2012, será a vez de Jorge de Sena. Em parceria com o Plano Nacional de Leitura
DIA RUBEM FONSECA (1925) 27 MAIO Sala Almada Negreiros Distinguido com o Prémio Camões em 2003, Rubem Fonseca é por muitos considerado o maior escritor brasileiro vivo. As suas histórias, de ambiente policial e marcadas por forte violência urbana, são lavradas numa língua literária de alta exigência estilística. De formação jurídica, Rubem move-se com à vontade no universo judiciário, que envolve polícias, juízes e advogados. Desde o seu primeiro romance, O caso Morel, publicado em 1973, que vem construindo uma obra marcada por um humor negro feroz, que convive com o seu universo próprio de (múltiplas) referências literárias, patente em obras como A Grande Arte (1983), Bufo & Spallanzani (1986) e O Seminarista (2009).
Participantes a anunciar
Projeção do filme Bufo & Spallanzani (2001), de Flávio Tambellini
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ciclos
Ciclo Andrei Tarkovsky Esculpir o Tempo
7 novembro a 4 dezembro 2011 Ver destaque do mês de novembro (página 71)
Exposição Luz Instantânea - fotografias, itinerários e saudades de Andrei Tarkovsky 7 novembro a 4 dezembro 2011
| Galeria Mário Cesariny
Tiradas por Andrei Tarkovsky nos arredores da sua “Dacha” russa e em diversas localidades de Itália (entre 1979 e 1984), as 85 fotografias (polaroides) em exposição são documentos inéditos de dimensão autobiográfica do realizador. Mostram a sua preocupação em desconstruir o mistério de cada imagem e o sentido da sua própria melancolia, presente em toda a obra cinematográfica. Estas fotografias foram realizadas na época em que o cineasta se encontrava imerso no seu primeiro filme realizado no estrangeiro, Nostalgia (1983). Enquadramentos, motivos ou mesmo tonalidades cromáticas constituem-se como ensaios e estudos para esta grande realização cinematográfica.
7 Novembro >
Abertura do ciclo
18h > Conferência com os comissários da exposição, Alberto Ruiz de Samaniego e
José Manuel Mourinho, com a presença de Andrei Tarkovsky (Presidente da Fundação Tarkovsky) 19h > Abertura e visita à exposição (Galeria Mário Cesariny) 21h-22h > Conferência de Andrei Tarkovsky (filho), seguida do documentário de
Chris Marker (2000) – Une journée d’Andrei Arsenevich (Sala Almada Negreiros)
C i c l o Ta r k o v s k i
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> Ciclo de cinema 8 a 17 novembro Pequeno Auditório - Sala Eduardo Prado Coelho
Justapor uma pessoa com uma envolvente que seja ilimitada, reuni-la com um número incontável de pessoas a passar ao pé dela e ao longe, relacionar uma pessoa com o mundo todo, esse é o significado do cinema. A n d r e i Ta r k o v s k y
8 Nov A Infância de Ivan (1962) / Dur.95’
9 Nov Andrei Rublev (1966) / Dur. 190’
10 Nov Solaris (1972) / Dur. 165’
12 Nov O Espelho (1974) / Dur. 105’
13 Nov Stalker (1979) / Dur. 161’
16 Nov Nostalgia (1983) / Dur. 130’
17 Nov O Sacrifício (1986) / Dur. 145’
ECM Lisbon Series
Concerto 11 novembro
| Pequeno Auditório - Sala Eduardo Prado Coelho | 21h
Concerto também pertence à assinatura ECM Lisbon Series
Tarkovsky Quartet F r a n ç o i s C o u t u r i e r piano e composição A n j a L e ch n e r violoncelo J e a n - M a r c L a r ch é saxofone soprano J e a n - L o u i s M a t i n i e r acordeão Depois de Nostalghia – Song for Tarkovsky e de Un jour si blanc (os dois discos editados pela ECM, o primeiro em quarteto e o segundo a solo), o pianista francês François Couturier vem a Portugal apresentar o terceiro volume da sua trilogia dedicada a Andrei Tarkovsky. Editado no início de 2011, também com a chancela da ECM, este trabalho reúne o quarteto inicial para prosseguir com a exploração do universo sonoro evocado pela obra do cineasta. Uma música que tem o jazz como base fundamental, mas que se aventura por caminhos mais abstratos, subtis e sempre surpreendentes. C i c l o Ta r k o v s k i
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CICLO NINO ROTA Os Filmes da Minha Música 29 junho a 7 julho 2012
DOLCE VITA realização de
(1960)
Federico Fellini
O LEOPARDO realização de
(1963)
L u ch i n o V i s c o n t i
ROMEU E JULIETA realização de
(1968)
F r a n c o Z e ff i r e l l i
O PADRINHO I (1972) realização de
Francis Ford Coppola
ROMA
(1972) realização de F e d e r i c o
Fellini
ENSAIO DE ORQUESTRA realização de
MORTE NO NILO realização de
(1978)
Federico Fellini (1978)
John Guillermin
Ver destaque do mês de Julho (página 80)
C i c l o N i n o R o ta
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CCB / f á b r i c a das artes
Projeto educativo dirigido a públicos diversos O CCB/Fábrica das Artes é o nosso espaço de programação vocacionado para todos, dos 0 aos 99 anos. Tem a missão fundamental de desenvolver uma programação dirigida a crianças e jovens, predominantemente no campo das artes performativas. A sua preocupação maior é equacionar uma aproximação estimulante e profunda entre estes públicos e as diferentes linguagens artísticas. Existem dois grandes eixos de programação: espetáculos (teatro, música, dança e espetáculos de rua) e oficinas, programadas trimestralmente. As oficinas apresentam um conjunto diversificado de propostas e surgem também integradas nos momentos mais fortes e significativos da programação do CCB, como os Dias da Música, Dia Mundial da Poesia e CCB Fora de Si, assim como em ciclos ou a partir de espetáculos das grandes salas do CCB. A programação de espetáculos, nesta temporada de 2011/2012, espelha a prioridade dada aos criadores portugueses: No mês de novembro, em parceria com o Festival Temps d´Images, estreia o espetáculo de dança e música A Forma do Espaço, baseado num conto integrado nas Cosmicómicas de Italo Calvino. Com criação de Andresa Soares, Lígia Soares e Ricardo jacinto, A Forma do Espaço, uma história de amor, intriga e sedução, é um projeto dirigido a adolescentes e propõe a exploração da “fantasia” que é o sentido da existência e da razão das coisas. Igualmente, o Teatro da Garagem apresentará o espetáculo L.A. – Lost Angels’ Project to Kill Mankind, que integrará no seu elenco um grupo de adolescentes. Na área da música para crianças apresentaremos duas novas criações: Pi_ADD(a) forte de Simão Costa que propõe um espetáculo performático interativo, partindo do cruzamento entre a criação de música eletrónica, programação informática e multimédia; e Há Som no Laboratório, de Nuno Cintrão, Catarina Vasconcelos e Zé Oliveira, onde três músicos performers são guias numa viagem ao interior de um laboratório, onde a música acontece através de experiências, umas muito artesanais outras muito tecnológicas, surgindo a cada instante e de variadas formas. Bom dia Benjamim é um projeto de teatro musical que nasceu no âmbito do Festival dos 100 Dias, em 1998, e que deixou “dedadas” na memória de quem o criou, mas sobretudo de quem o viu e nas gerações que o continuaram a ouvir em ccb / F á b r i c a d a s A r t e s
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CD. Com um grupo de criadores que dispensam apresentações, Bom dia Benjamim terá encenação de Maria João Luís. O Big Bang – Festival Europeu de Música e Aventura para Crianças realiza a sua 2.ª edição portuguesa. Este festival visa a criação de uma plataforma de encontro de compositores, músicos, performers e os seus projetos de criação, tanto portugueses como europeus, de forma a estimular e contribuir para o desenvolvimento da produção e apresentação de música não comercial para crianças. Mais uma vez, o Big Bang reserva-nos dois dias de aventuras musicais.
(parceria com Festival Temps d’Images)
NO V
AlgoRítmico / Filmes da Terra do Pai Natal Space Ensemble 3 a 5 novembro | Pequeno Auditório - Sala Eduardo Prado Coelho
AlgoRítmico Um filme-concerto pelo Space Ensemble sobre Música e Matemática Público-alvo para todos a partir dos 6 anos Horário 3 novembro, quinta-feira, 10h e 11h30 Duração 60 minutos aproximadamente
A relação entre a Música e a Matemática, frequentemente referidas como linguagens universais, parece ser uma fonte inesgotável de descoberta e inspiração. A Música une todos os seres humanos no que há de mais elementar e instintivo e a Matemática congrega e articula todas as formas de conhecimento e criação. O Space Ensemble escolhe uma perspetiva bastante particular: mais do que relacionar Música e Matemática, procura usar a universalidade da expressão musical como forma de ilustrar a extraordinária potência da ciência matemática na construção de relações. “Construímos música a partir de números, em jogos com o público ou com filmes, musicamos as composições animadas de Norman McLaren e René Jodoin e invertemos o processo, criando novas animações, que traduzem, em tempo real, a música produzida.” Músicos Eleonor Picas harpa / Henrique Fernandes contrabaixo / Nuno Ferros eletrónica / João Tiago Fernandes percussão / João Martins saxofone, MeSA / Sérgio Bastos piano Filmes realizados por Norman McLaren e René Jodoin / Programação multimédia em Pure Data [pd~] João Martins / Ilustrações João Tiago Fernandes / Direção artística Nuno Ferros / Apoio NFB National Film Board (Canadá)
Filmes da Terra do Pai Natal Um filme-concerto pelo Space Ensemble Público-alvo para todos a partir dos 4 anos Horário 4 novembro, sexta-feira, 10h e 11h30 / 5 novembro, sábado, 11h30 e 15h30 Duração 50 minutos aproximadamente
ccb / F á b r i c a d a s A r t e s
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A partir de uma parceria com o Finnish Film Contact, instituição de apoio à divulgação da cinematografia finlandesa, o Space Ensemble criou um filme concerto com um forte apelo à imaginação e à curiosidade. O programa, especialmente criado para crianças entre os 4 e os 10 anos de idade, é composto por curtas-metragens de animação contemporâneas do realizador Heikki Prekula e de episódios da série Turilas Jäärä, dos realizadores Ismo Virtanen e Mariko Härkönen. Para desafiar a curiosidade, o Space Ensemble promete revelar pormenores importantes da Finlândia, com referências óbvias à terra do Pai Natal, aos pilotos de automóveis, aos bosques e aos lagos. Músicos Eleonor Picas harpa / Henrique Fernandes contrabaixo / Nuno Ferros eletrónica / João Tiago Fernandes percussão / João Martins saxofone, MeSA / Sérgio Bastos piano / Filmes realizados por Heikki Prekula, Ismo Virtanen e Mariko Härkönen / Direção artística Nuno Ferros / Apoio Finnish Film Contact
(parceria com Festival Temps d’Images)
A Forma do Espaço – uma história de amor, intriga e sedução a partir de “A forma do espaço” integrado nas Cosmicómicas de Italo Calvino Andresa Soares, Lígia Soares e Ricardo Jacinto 9 a 13 novembro
| Sala de Ensaio
Público-alvo dos 12 aos 16 anos Horário 9 a 11 novembro, quarta a sexta-feira, às 11h / 12 novembro, sábado, às 15h30 / 13 novembro, domingo, 11h30 Duração 90 minutos aproximadamente
A cosmicómica “A forma do espaço” fala-nos do tempo em que ainda não havia universo e em que Qfwfq caía continuamente no vazio, juntamente com a desejável Úrsula H’x e o insuportável tenente Fenimore. Ao cair, cada um, pela sua trajetória paralela seria bem possível que se encontrassem no infinito, isto se a geometria não fosse também produto do pensamento... Assim sendo, o desejo e o ciúme podiam mudar o rumo das coisas. Para contar esta história é criado um dispositivo que se assemelha a um teatro de sombras e que, tal como a escrita de Calvino, explora duas vertentes: a científica e a romanesca, com o objetivo de criar uma enorme “fantasia”. No final do espetáculo, os jovens serão convidados a experimentar o dispositivo e criar demonstrações que contenham, simultaneamente, uma visão científica, poética e performativa. Criação e espaço cénico Andresa Soares e Ricardo Jacinto / Interpretação Andresa Soares, Lígia Soares e Ricardo Jacinto / Composição musical Ricardo Jacinto / Voz off Hugo Amaro / Assistência técnica Alexandre Costa / Produção Máquina Agradável Oficina dirigida por Andresa Soares/Lígia Soares/Ricardo Jacinto
ccb / F á b r i c a d a s A r t e s
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Consciousness Reframed: Arte e Consciência na Era Pós-Biológica 12ª Conferência Anual de Investigação do Planetary Collegium
30 Novembro a 2 Dezembro | Centro de Reuniões A Presença no Campo da Mente: Arte, Identidade e a Tecnologia da Transformação «A conferência abordará a arte enquanto ato comportamental da mente e elemento articulador da imaterialidade do mundo físico. Assim como a arte institucionalizada, com os seus desgastados e ortodoxos processos de instrução, produção e distribuição, é desafiada pelas novas tecnologias do conhecimento e perceção, também o nosso sentimento de “si” - na sua singularidade e autenticidade - está aberto à reconstrução e à reinterpretação. Na sua investida na questão da identidade e autoria, o grande poeta Fernando Pessoa criou mais de 70 heterónimos. Nas palavras de John Gray, “Os seus heterónimos expressam a convicção de que o sujeito individual - o cerne do pensamento Europeu - é uma ilusão”. Esta exploração da pluralidade do “si” expressa-se na contemporaneidade pela proliferação de “personas” e “avatares” através dos quais navegamos os universos atuais e virtuais da nossa própria fabricação. Um discurso transdisciplinar, a adoção de novas tecnologias, as forças e campos invisíveis da ciência, a recuperação dos abandonados modelos metafísico e espiritual, podem também encontrar expressão no âmbito desta conferência». - Roy Ascott Programa a definir 30 de Novembro, das 10h às 18h / 1 e 2 Dezembro, das 11h às 18h Centro de Reuniões
www.artshare.com.pt/cr12 apoios Compete, QREN, Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, Ministério da Cultura, DGArtes, Planetary Collegium, Skilled Art, Universidade de Aveiro, Universidade do Porto)
dez
Pedra Pão Circolando 10 a 14 dezembro | Sala de Ensaio Público-alvo maiores de 6 anos Horário 10 dezembro, sábado, às 15h30 / 11 dezembro, domingo, às 11h30 / 12 a 14 dezembro, segunda a quarta-feira, às 11h Duração 50 minutos
Fazer um espetáculo é perguntar sempre quem sou, sabendo que a resposta será sempre efémera. Este é um espetáculo que não constrói uma narrativa, mas antes revela fragmentos de um mundo que se reinventa, do quotidiano que se afasta ccb / F á b r i c a d a s A r t e s
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para deixar surgir poesia, teatro, dança e manipulação de diferentes objetos. Procuramos uma vibração de vida no palco que nos permita brincar e jogar com os diferentes elementos cénicos: o trabalho de objeto torna-se uma mecânica de utilizações do quotidiano até chegar ao absurdo e à vitalidade dos personagens. Com Pedra Pão queremos falar deste mundo que tem sempre que se reinventar, onde o quotidiano para ser suportável tem de ser visto de todos os lados possíveis. Criação coletiva Direção Patrick Murys / Interpretação Inês Oliveira, Mafalda Saloio e Patrick Murys / Apoio à direção André Braga e Cláudia Figueiredo / Sonoplastia Pedro Fonseca e Hugo Grave / Construção Carlos Pinheiro e Sandra Neves / Luz Francisco Tavares Teles / Produção Ana Carvalhosa (direção) e Cláudia Santos / Design gráfico e fotografia João Vladimiro / Ilustrações Vitalia Samuilova
J AN
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pi_ADD(a) forte Simão Costa 28 janeiro a 1 fevereiro | Sala de Ensaio Público-alvo para todos a partir dos 6 anos Horário 28 janeiro, sábado, às 15h30 / 29 janeiro, domingo, às 11h30 / 30 janeiro a 1 fevereiro, às 11h Duração 50 minutos
Será forte ou piano o meu piano forte? É um piano de cauda, acústico. Mas ficou eléctrico, assim que electro-acústico, com influências de digital e tal e qual. Em torno deste piano: 2 pianistas, várias altas e baixas tecnologias e uma audio-bailarina que nos põe à escuta. Estes pianistas estão a ADDicionar: sons, animações vídeo e gesto, fazer mix e remix do tempo-real em tempo surreal. Se gostas de sentir o som na mão este concerto é para ti então, vem descobrir um piano que não é virtual mas que funciona digi-tal-e-qual. Direção Artística Simão Costa Criação musical e Interpretação Simão Costa e Joana Sá Coreografia e Interpretação Yola Pinto Animação Vídeo Rita Sá Fotografia Mário Rainha Campos Assistente de criação Ágata Mandillo Programação informática e Realização Multimédia MSM Studio Produção MãoSimMão, associação cultural coprodução CCB/ Fábrica das Arte
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L. A. – Lost Angels’ Project to Kill Mankind Teatro da Garagem 7 a 12 fevereiro Pequeno Auditório - Sala Eduardo Prado Coelho Público-alvo maiores de 12 anos Horário 7 e 8 fevereiro, terça e quarta-feira, às 11h / 9, 10 e 11 fevereiro, quinta-feira a sábado, às 21h / 12 fevereiro, domingo, às 16h. Duração 90 minutos
Em L. A., cujo conceito inicial decorre dos diários dos dois jovens responsáveis pelo massacre de Columbine, procura-se localizar a possibilidade geradora de uma visão de humanidade e de sublime na transparência cristalina da palavra que é proferida. Esta palavra é sobre o ímpeto destrutivo da cólera e da guerra. Imaginámos o que aconteceria se a forma da Ilíada, narrativa fundadora da civilização ocidental, mas também texto sobre a mãe de todas as guerras, seguisse literalmente o seu conteúdo e dela apenas restassem fragmentos. O que temos são bocados de texto lacerado, como o cheiro da carne na refrega do recontro letal, o rosnar ufano do viril animal bélico, os restos de heróis que almejaram ser deuses, a palavra vibrante da ordem e a palavra soprada do lamento. Encenação e Conceção Plástica Carlos J. Pessoa / Dramaturgia Carlos J. Pessoa, David Antunes / Interpretação Ana Palma, Fernando Nobre, Maria João Vicente, Miguel Mendes e adolescentes de Lisboa / Cenografia e Figurinos Sérgio Loureiro / Desenho de Luz Miguel Cruz / Música (composição e interpretação) Daniel Cervantes / Direção de Produção Maria João Vicente / Produção João Belo e Teresa Azevedo Gomes / Co-produção Teatro da Garagem e Teatro Municipal de Bragança / Apoios Câmara Municipal de Lisboa, EGEAC, Clube Nacional de Natação. Companhia financiada pelo Ministério da Cultura / Direção Geral das Artes
mar
Bom Dia Benjamim teatro musical para público infantil 24 março a 1 abril Pequeno Auditório - Sala Eduardo Prado Coelho Público-alvo 3 aos 9 anos Horário 24 e 31 março, sábado, às 15h30 / 25 março e 1 abril, domingo, às 11h30 / 27, 28, 29 e 30 março, terça a sexta-feira, às 11h. Duração 60 minutos
Bom dia Benjamim começou por ser um CD e um livro com um conjunto de canções que contam a história de um dia na vida de Benjamim, um rapaz de seis anos, desde que acorda até que se deita. As canções e os pequenos diálogos entre elas refletem o universo real e fantasioso da vida das crianças desta idade, desde a relação com os pais, a ida para a escola e
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os amigos, até aos sonhos e pesadelos, à morte do gato ou ao mistério do Tempo. O passo seguinte foi fazer uma peça de teatro, que estreou no CCB, em 1998, no âmbito do Festival dos 100 dias. O tempo passou mas, para toda a equipa envolvida, o sentimento foi unânime: este foi um projeto que marcou as nossas vidas, profissionais e pessoais. Foi um encontro feliz de pessoas de muitas áreas, que resultou numa memória gratificante para todos: os que o fizeram e, acreditamos nós, para os que o ouviram e viram. A possibilidade de voltar a este projeto é o regresso a um sítio onde fomos felizes. Guião Nuno Artur Silva, Rui Cardoso Martins e Miguel Viterbo / Músicas José Peixoto, Paulo Curado, José Salgueiro, João Paulo Esteves da Silva e José Mário Branco / Letras Nuno Artur Silva, Rui Cardoso Martins, Miguel Viterbo, José Peixoto, Sílvia Cunha e Ana Cristina Silva / Encenação Maria João Luís / Direção musical Paulo Curado e José Peixoto / Arranjos José Mário Branco / Interpretação Teresa Macedo, Inês Pereira, Rui Neto Músicos: Paulo Curado flauta, saxofones / José Peixoto guitarra / João Pires violoncelo / Alexandre Diniz acordeão, teclados / Fernando Júdice viola baixo Cenografia Cristina Sampaio / Desenho de luz Pedro Domingos / Cenografia, figurinos, adereços Cristina Sampaio / Produção Patrícia Maio.
MAIO
FIMFA 2012 Esperto como um burro Smart as a donkey Tamtam Objektentheater (Holanda) 16 a 20 maio |
Sala de Ensaio
Público-alvo maiores de 6 anos Horário 16 a 18 de maio, quarta a sexta-feira, às 11h00 / 19 de maio, sábado, às 15h30 / 20 de maio, domingo, às 11h30 Duração 60 minutos
Este espetáculo sem palavras é a terceira colaboração da companhia com o escritor, poeta e pintor Wim Hofman, após o sucesso de Bear, the story of a hero e Survival. Teatro de objetos que revela a comovente história de uma personagem muito especial, um burro que procura instruções para a vida. Porque é que não temos um manual para aprendermos as coisas importantes da vida? Quando fazemos alguma coisa malfeita ou nos enganamos, há sempre alguém que nos diz: “És estúpido como um burro!” Mas os burros não são estúpidos, apenas têm de descobrir como as coisas funcionam… O nosso pequeno burro decide que vai descobrir como é o mundo, sem conseguir escapar, claro, a alguns problemas. Para os resolver terá de usar toda a sua esperteza. Ideia, história e performance Gérard Schiphorst, Marije van der Sande / Cenografia, vídeo e música Gérard Schiphorst / Assistência à performance Wim Meuwisse / Assistência ao cenário Floor Schiphorst / Assistência de direção Lisa Schiphorst / Assistência de workshop Ruud Verkerk / Costura Marije van der Sande, Harriët Ooiman, Susan Siebenga / Design de impressão Jean Klare, Gérard Schiphorst / Imagem de cartaz Femke Teussink / Técnico de Isadora Neal Lewis / Burros Senger Tierpuppen Apoios Provincie Overijssel, Gemeente Deventer
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J UN
Há Som no Laboratório Nuno Cintrão Catarina Vasconcelos José Oliveira 16 a 24 junho |
Sala de Ensaio
Público-alvo para todos a partir dos 5 anos Horário 16 e 23 junho, sábado, às 15h30 / 17 e 24 junho, domingo,
às 11h30 / 18, 19 e 20 junho, segunda a quarta-feira, às 11h. Duração 50 minutos
Três Cientistas muito particulares são os guias numa viagem ao interior de um laboratório, onde a música pode surgir a cada instante e de variadas formas. Passando por muitas experiências, umas muito artesanais, outras muito tecnológicas, em que o objetivo é encontrar “O SOM” e perceber como podemos vê-lo e senti-lo, este Trio de Cientistas procura uma enorme interação com o público, o qual é convidado a mergulhar num universo onde os sons ganham vida... Conceção e interpretação Nuno Cintrão, Catarina Vasconcelos e Zé Oliveira / Assistência de Encenação antóniopedro e Caroline Bergeron / Produção Ana Rita Osório, SUMU Produções
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Big Bang Festival de Música e Aventura para a Infância 14 e 15 outubro
Ver destaque do mês de Outubro (página 70)
Big Bang programação
big bang
Motofonia um solo poético para todos
Fernando Mota (Portugal) Público-alvo para todos a partir dos 6 anos Duração 50 minutos Espetáculo construído a convite do CCB/Fábrica das Artes
Motofonia é um solo poético para todas as infâncias que utiliza elementos naturais e objetos do quotidiano para desenhar uma viagem sonora e visual. Os sons contam histórias que nem sempre precisam de palavras. Levam-nos a sítios, dentro de nós, onde nunca antes estivemos. Não precisamos de entender tudo, bastando partilhar um espaço de convergência – encontramo-nos num sítio que se chama “agora”. E temos isto em comum: o estar.
Conceção, Instrumentos musicais, Música original e Interpretação Fernando Mota / Assistência artística Jorge Laurentino / Figurino e Espaço cénico Marta Carreiras / Desenho e Operação de luz Jochen Pasternacki / Produção Susana Lamarão / Fotografias e Vídeos promocionais Susana Paiva
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big bang
WAGON Espetáculo de música sem palavras
Nicolas Rombouts / Joris Caluwaerts (Bélgica) Público-alvo para todos a partir dos 6 anos Duração 50 minutos
WAGON é um espetáculo de música sem palavras de Nicolas Rombouts e Joris Caluwaerts, dois músicos intrigantes com inclinação para uma construção sonora criativa. Além do piano e do contrabaixo, os dois músicos também tocam outros “instrumentos”, como o comboio, os carris de comboio, interruptores, colunas e uma série de cabos. Melodias oníricas fundem-se com o emocionante ritmo destes inusitados objetos. Rodeados por um impressionante cenário de carris de comboio, Nicolas e Joris desvendam o mais rico e intrigante cenário de entrelaçamento de sons e de visões perante os olhos do seu público, fazendo deste espetáculo uma experiência visual e sonora inesquecível. Composição, contrabaixo, baixo elétrico, ukulele, efeitos, comboios e mistura Nicolas Rombouts / Composição, piano, teclados, efeitos, comboios e mistura Joris Caluwaerts / Coaching Adriaan Van Aken / Desenho de luz Thomas Verachtert WAGON é uma produção da Zonzo Compagnie com a Rataplan e o De Werf artcentres, em coprodução com o Braakland/Zhebilding.
big bang
Ouçam o Silêncio Uma performance musical sem palavras sobre o universo de John Cage
Zonzo Compagnie
Público-alvo para todos a partir dos 6 anos Duração 50 minutos
ESTREIA MUNDIAL
John Cage: Ouçam o Silêncio é uma performance musical para crianças baseada na música deste grande compositor e na sua extraordinária abordagem à vida. A performance, dirigida por Letizia Renzini e Wouter Van Looy, funde o som, o silêncio e o barulho em meditação, narrativas e gestos. Guiado pelo ator Tjyying Liu e pelo pianista Jeroen Malaise, o público explora a beleza do silêncio, a ética da composição, a espiritualidade e o poder da música. Momentos interativos, em que as crianças são livres para criar a sua própria paisagem musical, alternam com performances que os estimulam a descobrir a visão de John Cage sobre a relação entre o som e o espaço, entre a vida e a arte. Direção Letizia Renzini e Wouter Van Looy, Piano Jeroen Malaise, Performance Tjyying Liu, Produção Zonzo Compagnie, Coprodução Parceiros da Rede Big Bang – Festival Europeu de Música e Aventura para Crianças (Bozar, BE / Centro Cultural de Belém, PT / Opéra de Lille, FR / Millenáris, HU / Stavanger Konserthus, NO) e Muziektheater Transparant, BE / De Werf Arts Centre, BE / Rataplan Arts Centre, BE / Musiktriennale, DE
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big bang
MÉCANOPHONIE Mélodie Théâtre (França) Percurso sonoro em torno de máquinas musicais concebidas e construídas por Denis Brély Público-alvo para todos a partir dos 4 anos Duração 15 minutos
Denis Brély caiu, em criança, na caixa de ferramentas do pai e ficou lá fechado durante algumas horas. Com o passar dos anos, foi ganhando uma enorme vontade de transformar tudo à sua volta com um alicate de bico redondo, uma chave Phillips ou outras ferramentas de nomes bizarros. Como Denis sempre foi um rapaz generoso, as suas invenções procuravam dar alguma liberdade aos objetos. Assim, fez com que o relógio de cuco tocasse à sua vontade e que um “violino a solo” tocasse mesmo sozinho, sem a ajuda de nenhum músico. No mundo de Denis, há uma variedade de instrumentos que têm o prazer de inventar, em conjunto, as músicas mais improváveis, como a que se irá ouvir entre uma bateria de cozinha (feita de pratos e panelas) e caixinhas de mugir.
OBJETOS SONOROS MALcriados João Ricardo de Barros Oliveira (Portugal) Exposição Sonora Público-alvo maiores de 4 anos Horário a definir (6 vezes por dia) Duração 20 minutos
Estamos habituados a ouvir os instrumentos clássicos a interpretar músicas já compostas. E, por isso, temos algumas expectativas associadas ao processo de criação musical. Contudo, neste processo, os instrumentos musicais/esculturas sonoras e o escultor sonoro – os ouvintes (visitantes/passantes) – são parte integrante. Nesta exposição estão distribuídos instrumentos/esculturas sonoras em diversas posições e constelações e estão todos ligados a um sistema de amplificação que distribui as sonoridades pelo espaço, de forma a criar corredores e paredes de ar sonoros. Os visitantes são convidados a fazer um percurso em diferentes direções à descoberta dos sons e, fundamentalmente, à procura do som “INvisível”. www.lixoluxo.com
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big bang
Quartos dos Músicos Músicos do Big Bang programa a designar Local Salas Daciano da Costa / Amadeo de Souza Cardoso / Cottinelli Telmo Público-alvo 4 aos 12 anos e famílias Duração 3 x 15 minutos = 45 minutos
O CCB abre a porta a três Quartos onde vivem Músicos do Big Bang. Vamos poder visitar os seus imaginários musicais por 15 minutos em cada quarto. Vamos conhecer os seus universos fantásticos e experimentar propostas de aventura que, para já, os músicos querem manter em segredo até à hora de começo do BIGBANG. com Manuela Azevedo / Katharine Rawdon e Elizabeth Davis / Simão Costa
Músicos no Espaço Etienne Lamaison Alunos da Escola Profissional Metropolitana Um grupo de músicos, curiosos com o Big Bang, inunda os corredores do CCB. Das portas que se abrem, aparecem os músicos. O festival pára e, do silêncio, a música surge e espalha-se por todo o espaço, envolvendo o público que o habita. O projeto Músicos no Espaço resulta de uma parceria entre o CCB e a Escola Profissional Metropolitana. 40 jovens estudantes irão trabalhar durante uma semana sob a direção artística do músico compositor Etienne Lamaison que propõe uma abordagem à criatividade musical, movimento e performance.
Quantas estrelas cabem num som? Carlos Bica e convidados Concerto de encerramento Local Planetário Calouste Gulbenkian
Público-alvo Maiores de 6 anos e famílias Horário 15 de Outubro (hora a definir) Duração 45m
O contrabaixista Carlos Bica vai estar no Big Bang com um concerto de música improvisada a acontecer debaixo do teto do Planetário de Lisboa. Será a música a provocar a aparição do céu estrelado, das constelações, da via láctea, de planetas e dos cometas… As Estrelas serão a companhia nesta viagem ao universo musical de Carlos Bica e dos seus músicos.
ccb / F á b r i c a d a s A r t e s
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festivais
Festival Música Viva Encruzilhadas da Nova Música Europeia 8 a 17 Setembro Pequeno Auditório – Sala Eduardo Prado Coelho
“Impactos na perceção e na estética – a aliança do som, do vídeo e das novas tecnologias na música de câmara electroacústica” O Festival Música Viva afirma-se, no panorama nacional e internacional, como um espaço de excelência da criação musical atual e um ponto de convergência da música com a tecnologia. O festival é uma das iniciativas de maior visibilidade entre o vasto leque de atividades promovidas pela Miso Music Portugal. Na sua 17.ª edição, e ao longo de nove dias, o festival tem programado cerca de 25 eventos (concertos, conferências, master-classes) de artistas oriundos da Áustria, Bélgica, França, Alemanha, Itália, Grã-Bretanha, Polónia, Roménia e Portugal. De 8 a 17 de setembro no Mosteiro dos Jerónimos, no Centro Cultural de Belém e no LuxFrágil Club. Todas as informações em www.misomusic.com Apoios Câmara Municipal de Lisboa, Câmara Municipal de Cascais, Turismo de Lisboa, Município de Espoo, LUSES-Foundation for the Promotion of Finnish Music, Outotec Finland, Embaixada da Finlândia, Norrbottens Musiken, Embaixada do Japão, Reitoria da Universidade de Lisboa, Ébano & Marfim, RTP Antena 2, Rádio Europa. A Miso Music Portugal é uma estrutura parcialmente financiada por Ministério da Cultura/ Direção Geral das Artes.
Big Bang
Festival europeu de Música e Aventura para crianças 14 e 15 outubro
Ver CCB/Fábrica das Artes (página 54) e destaque do mês de Outubro (página 70)
f e s t i va i s
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Dias da Música em Belém ‘2012
A voz humana O canto através dos tempos 27 a 29 abril Sexta-feira / sábado / domingo A programação completa dos Dias da Música em Belém 2012 será apresentada, em Conferência de Imprensa, durante o mês de março de 2012.
Ver destaque do mês de abril (página 77)
Festival de Almada Julho Grande Auditório / Pequeno Auditório – Sala Eduardo Prado Coelho
A qualidade e a diversidade dos espetáculos integrados no Festival de Almada (fundado por Joaquim Benite em 1984) tornam-no uma atividade aberta a todo o tipo de público. O que começou por ser uma pequena mostra de teatro amador, em Almada, acabou por tornar-se no mais importante festival internacional de teatro do país, tendo criado parcerias com os principais teatros de Lisboa e Porto, como é o caso do Centro Cultural de Belém. A visibilidade do evento, que se repete periodicamente já há 27 anos, tem aumentado devido à sua repetida qualidade, continuando a captar um crescente número de espectadores, particularmente motivados pelo continuado reconhecimento da crítica nacional e internacional.
f e s t i va i s
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Festival Alkantara Criação 2011 Anne Teresa de Keersmaeker 8 e 9 junho Sexta-feira e sábado | 21h | Grande Auditório
Conceito Anne Teresa De Keersmaeker, Björn Schmelzer Coreografia Anne Teresa De Keersmaeker Criação e interpretação Rosas and Graindelavoix Olalla Alemán, Haider Al Timimi, Bostjan Antoncic, Aron Blom , Carlos Garbin, Marie Goudot, Lieven Gouwy, David Hernandez, Matej Kejzar, Mikael Marklund, Tomàs Maxé, Julien Monty, Chrysa Parkinson, Marius Peterson, Michael Pomero, Albert Riera, Gabriel Schenker, Yves Van Handenhove, Sandy Williams Cenografia Ann Veronica Janssens Figurinos Anne-Catherine Kunz
Coprodução Rosas, La Monnaie/De Munt (Bruxelas), Festival d’Avignon, Théâtre de la Ville (Paris), Grand Théâtre de Luxembourg, Festival Oude Muziek Utrecht, Guimarães 2012, Steirischer Herbst, deSingel (Antuérpia), Concertgebouw Brugge
Ver em Artista Associada e Dança (página 8 e página 45)
f e s t i va i s
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SET dia 10 Grande auditório 21h
Temporada C C B | M e t r o p o l i ta n a
Concerto Inaugural da Temporada
O r q u e s t r a M e t r o p o l i ta n a d e L i s b o a C e s á r i o C o s t a direção musical K a r i K r i i kk u clarinete Jean Sibelius
Finlandia, op. 26
M a g n u s L i n db e r g Scott Joplin
Concerto para clarinete
Abertura da ópera Treemonisha
George Gershwin
An American in Paris
No concerto inaugural da Temporada 2011/2012 do Centro Cultural de Belém encontram-se dois universos distantes: a música finlandesa e a música norte-americana. Na primeira parte, ouvem-se obras de dois dos compositores finlandeses mais tocados hoje em dia nas salas de concerto de todo o mundo: Sibelius, com um poema sinfónico datado de 1899, e Lindberg, com um concerto que foi estreado há menos de uma década, precisamente por Kari Kriikku, o virtuoso clarinetista finlandês que aqui se apresenta como solista. Depois do intervalo, e atravessado o Atlântico, lugar à música de mais dois grandes compositores, desta vez norteamericanos: Scott Joplin, o rei do ragtime que também se aventurou pela ópera, e Gershwin, aqui com a música celebrizada no filme homónimo de Gene Kelly. > 69
OUT dias 14 e 15
Big Bang ccb / f á b r i c a d a s a r t e s
Festival europeu de Música e Aventura para crianças
O BIG BANG é um projeto internacional que envolve seis parceiros de cinco países diferentes: Zonzo Compagnie (Bélgica), CCB (Portugal), Stavanger Konserthus (Noruega), Ópera de Lille (França), Millenáris (Hungria) e BOZAR – Palais des Beaux-Arts (Bélgica). Patrocinado pelo Programa Cultura da União Europeia, este festival visa a criação de uma plataforma de encontro de compositores, músicos, performers e dos seus projetos de criação, tanto portugueses como europeus, de forma a estimular e contribuir para o desenvolvimento da produção e apresentação de música não comercial para crianças. Nos dias 14 e 15 de outubro, a segunda edição do BIG BANG será uma viagem aliciante de descoberta partilhada, destinada às crianças entre os 4 e os 12 anos e aos adultos que as acompanham. A programação de sexta-feira, dia 14, destina-se a escolas e a de sábado, dia 15, será orientada para as famílias.
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NOV 7 NOV A 4 DEZ
Ciclo Andrei Tarkovsky
Esculpir o Tempo Andrei Tarkovsky (1932-1986) é reconhecido como um dos mais importantes cineastas russos e um dos mais notáveis realizadores da história do cinema. Filho do poeta Arseni Tarkovsky e da atriz Maria Ivanovna, formou-se no Instituto de Cinematografia Gerasimov, onde foi aluno do grande realizador soviético Mikhail Room, de quem aprenderia um conceito fundamental – o de considerar o cinema como uma forma de “esculpir o tempo”. Herdeiro direto do realizador Alexander Dovjenko, Tarkovsky acabou por desenvolver um léxico e uma conceção cinematográfica inconfundível. A sua filmografia pode ser entendida como uma reflexão constante e coerente sobre a relação entre tempo e imagem. O eixo central deste ciclo é a apresentação, na íntegra, da sua produção cinematográfica – obras de culto cinéfilo premiadas pela crítica e nos principais festivais internacionais, como Veneza, Cannes e São Francisco. A programação do ciclo inclui ainda concertos e debates em torno da obra de Tarkovsky, e uma exposição de fotografias da sua autoria.
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dez dia 7 Grande auditório 21h
Temporada C C B | M e t r o p o l i ta n a
Orquestra Sinfónica Metropolitana anos mahler
O r q u e s t r a S i n f ó n i c a M e t r o p o l i ta n a M i ch a e l Z i l m direção musical G u s ta v M a h l e r
Sinfonia n.º 9, em Ré maior
Encerrando a série de concertos com que o CCB e a Metropolitana assinalaram os Anos Mahler (2010/2011), apresenta-se, num concerto único, a última sinfonia completada pelo compositor. Com direção do maestro Michael Zilm, esta será uma oportunidade para ouvir ao vivo um testemunho musical intenso de um dos mais celebrados compositores de sempre. Numa época em que se vislumbrava a Primeira Grande Guerra, Mahler sublimou nesta obra a sua convicção de que o mundo, tal como ele o conhecia, estava próximo do fim. Uma obra nostálgica e profética.
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JAN DIAS 12 A 17 Pequeno Auditório – Sala Eduardo Prado Coelho 16H / 21H
CASA & JARDIM
de Alan Ayckbourn PELA Mala Voadora Encenação Tradução
mala voadora
Cenografia com
Jorge Andrade José Capela
8 a t r i z e s e 6 a t o r e s (a anunciar)
As histórias contadas por Ayckbourn são banais e as personagens pouco virtuosas. É a redenção pelo riso, reforçada pela forte intencionalidade dos dispositivos cénicos que o dramaturgo propõe, que transcende a banalidade, fazendo coincidir o ridículo e o poético. As duas peças de Ayckbourn que a mala voadora vai levar à cena, apesar de inter-relacionadas, desenlaçam-se de forma autónoma. Foram publicadas juntas com o título único de House & Garden (Casa & Jardim), numa irónica apropriação do título da revista internacional de decoração, cujas imagens retratam, invariavelmente, ambientes domésticos idílicos. No entanto, House (Casa) retrata um casamento em crise, e os contornos mais comezinhos da prática política, e Garden (Jardim) é um conjunto de intrigas amorosas. A mala voadora pretende representar as duas peças em simultâneo. Para o efeito, o palco será dividido de modo a que cada metade da plateia só possa ver uma das peças, ainda que consiga ir percebendo o desenrolar da outra. Desta forma, é dada a possibilidade ao público de assistir a dois espetáculos em dias (ou horários) diferentes. > 73
fev DIAS 3 / 4 / 7 / 9 Grande Auditório 21H
Primeiras Obras Anne Teresa de Keersmaeker Coprodução Primeiras Obras Sadler’s Wells (Londres)
F a s e , f o u r m o v e m e n t s t o t h e m u s i c o f S t e v e R e i c h (1982)
3 fev
R o s a d a n s t R o s a s (1983)
4 fev
El e n a’ s A r i a (1984)
7 fev
B a r t ó k / M i k r o k o s m o s (1986) M i k r o k o s m o s , S e t e p e ç a s pa r a d o i s p i a n o s + q u a r t e t o N . ° 4
9 fev
F a s e é a obra de Anne Teresa De Keersmaeker mais frequentemente interpretada.
Consiste em três duetos e um solo, coreografados a partir de quatro composições repetitivas do compositor minimalista norte-americano Steve Reich: “Piano Fase”, “Come Out”, “Violin Fase” e “Clapping Music”. As quatro composições vão mudando de ritmo e melodia à medida que se alternam os instrumentos, e o mesmo princípio de mudança é aplicado à coreografia. Embora se pretenda que os movimentos puramente abstratos pareçam quase mecânicos, o seu efeito hipnótico toca profundamente o espectador.
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fev DIAS 3 / 4 / 7 / 9 Grande Auditório 21H
Em R o s a s d a n s t R o s a s , é desenvolvida a repetição da música e do movimento iniciada em Fase. A música de Thierry De Mey e Peter Vermeersch foi criada em estreita interação com a coreografia. Quatro bailarinas interpretam uma série de cinco capítulos coreográficos de grande intensidade física e que estão fortemente relacionados entre si. O ritmo incessante da coreografia é temperado por um conjunto de movimentos familiares e quotidianos. A abstração criada a partir destes movimentos é transformada numa sequência de breves narrativas emocionais com as quais o espectador poderá sentir-se identificado.
A criação de El e n a’ s A r i a foi, em grande parte, o resultado das questões que Anne Teresa De Keersmaeker se colocou relativamente ao seu trabalho, fazendo o balanço do passado e procurando uma direção para o futuro. Nesta coreografia, desapareceu a base de trabalho anterior da música repetitiva, e só se ouvem árias e som ao fundo. O movimento é independente da música e a emoção é palpável. E, pela primeira vez numa criação de Anne Teresa De Keersmaeker, projetam-se imagens de vídeo e dá-se lugar à palavra falada.
Um programa de dança e de música em três partes: o dueto de dança M i k r o k o s m o s , criado para a composição de Bela Bartók para dois pianos; a interpretação por dois pianistas de uma obra de György Ligeti; e a coreografia para o Quarteto nº 4 de Bela Bartók. Toda a música é interpretada ao vivo, o que permite desenvolver em palco e de forma dinâmica uma cumplicidade entre músicos e bailarinos. B a r t ó k / M i k r o k o s m o s é uma performance sobre dança e música, e sobre o prazer de dançar e tocar em conjunto.
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MAR DIAS 22 A 23 Grande Auditório 21H
Octopus
Excertos do Catálogo: inveja, shiva, tique “hélas”, caixa negra, esqueletos, arte gótica, saltos altos, boléro... e outros poemas coreográficos
DE Philippe Decouflé PELA Compagnie DCA Realizador e coreógrafo
Ph i l i p p e D e c o u f l é
Música original (e interpretação ao vivo)
L a b ya l a N o s f e l l / P i e r r e L e B o u r g e o i s
Depois das Girls do Crazy Horse, da abertura dos Jogos Olímpicos, e antes da colaboração com o Cirque du Soleil, Philippe Decouflé apresenta Octopus, a sua nova obra em torno da beleza Oito bailarinos, quais tentáculos vibrantes de um polvo, e dois músicos, com uma boa dose de energia de rock, interpretam estes “excertos do catálogo” das obsessões do coreógrafo francês. Conhecido pela sua irreverência, Decouflé utiliza o corpo do intérprete como base de efeitos tecnológicos criados em palco. Fazendo sobressair a complexa coreografia de corpos, ou de fragmentos (pernas, nádegas, seios, línguas), nasce uma fantasia coreográfica.
Adoro o meu trabalho! Digamos que continuo fascinado pelo corpo e pela sua formidável carga erótica. Philippe Decouflé
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ABR DIAS 27 a 29 DIAS DA MÚSICA EM BELÉM A voz humana. O Canto através dos Tempos
Pode ser que o canto tenha começado com a primeira sucessão de gritos lançados pelo homem primitivo. Seria uma imitação de sons existentes na Natureza? Ou terá sido a descoberta de uma capacidade de produzir sons harmoniosos, agradáveis ao ouvido? O canto é a expressão da voz humana utilizada como um instrumento musical. Na tradição ocidental, o canto começou por ser a expressão coletiva de um estado de espírito, essencialmente ligado ao culto divino. Mas rapidamente se tornou uma outra forma de exprimir uma vasta paleta de sentimentos, por vezes inacessíveis à palavra. Canto de amor, do amor profano e do amor a Deus, mas também canto da alegria e da tristeza, da esperança e do desconcerto. Na edição de 2012 dos DIAS DA MÚSICA EM BELÉM, são essas diversas formas de utilizar musicalmente a voz que se abordam, numa perspetiva histórica. Do canto gregoriano à música sacra contemporânea, do madrigal renascentista e barroco às grandes massas corais sinfónicas do Romantismo, do intimismo do Lied à elegância da mélodie francesa, um percurso musical que coloca a Voz Humana no centro da tradição erudita ocidental.
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maio DIAS 19 a 22 e 24 a 26
Pequeno Auditório – Sala Eduardo Prado Coelho
Nova criação
Teatro Meridional comemoração dos 20 anos da companhia
Encenação
Miguel Seabra
Direção artística
M i g u e l S e a b r a / N at á l i a L u i z a
Em maio, o CCB vai acolher uma nova criação do Teatro Meridional, com encenação de Miguel Seabra, diretor artístico da companhia. Criado em 1992, o Teatro Meridional já foi distinguido numerosas vezes, tanto a nível nacional como a nível internacional. Em 2011 foi-lhe atribuído (em conjunto com outros cinco grupos de teatro europeus) o XII Prémio Europa Novas Realidades Teatrais, que distingue o caráter inovador e a originalidade da totalidade do trabalho de uma companhia – de facto, cada espetáculo do Teatro Meridional procura sempre definir um linha dramática e cénica distinta.
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JUN DIA 2 Grande Auditório 21H
Carta Branca a J.P. Simões
Depois de Jorge Palma, Camané, Fausto Bordalo Dias e Carlos Tê, a próxima personalidade a receber “Carta Branca” do CCB é o músico J.P. Simões. Cantor e compositor, J.P. Simões já colaborou, nos últimos 17 anos, com os Pop dell’Arte, os Belle Chase Hotel e o Quinteto Tati, além de desenvolver projetos a solo, com três álbuns editados: 1970 (2007); Boato (2009); e Onde Mora o Mundo (2010), em parceria com o compositor Afonso Pais. A singularidade, tão elogiada, do artista J.P. Simões vai muito além da sua faceta musical. É mestre em Teoria da Literatura pela Universidade de Lisboa e já escreveu um livro de contos (O Vírus da Vida, Sextante Editora, 2007), o libreto da Ópera do Falhado (Editora 101 Noites, 2004), em que também colaborou na composição musical, e argumentos para cinema. Em 2012, o CCB dá Carta Branca a J.P. Simões, o “homem da palavra arguta e melancolicamente acutilante.” (Público, 2010).
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JUL de 29 junho a 7 julho
Os Filmes da Minha Música CICLO NINO ROTA Em dezembro de 2011 celebram-se os 100 anos do nascimento do compositor italiano Nino Rota. Nascido em Milão, filho de pais músicos, foi considerado um menino-prodígio. A sua primeira oratória, L’infanzia di San Giovanni Battista, foi composta aos 12 anos e tocada na sua cidade natal e em Paris. Depois de terminar a formação musical nos EUA, dedicou-se ao ensino, e de 1950 a 1979, ano da sua morte, foi diretor do Conservatório de Bari. Ao longo da sua vida compôs dez óperas, cinco peças para bailado e dezenas de obras orquestrais, corais e de câmara. Seria, no entanto, através do cinema que a música de Nino Rota atingiria a universalidade. Os grandes realizadores italianos recorreram à sua música para ilustrar as imagens e as histórias que fizeram a história do cinema italiano: Alberto Lattuada, Luigi Comencini, Mario Soldati, Mario Monicelli, Franco Zefirelli, Luchino Visconti e, sobretudo, Federico Fellini. Compôs música para todos os filmes de Fellini, a partir de Lo sceicco bianco, de 1952. Fora de Itália, outros diretores recorreram a Nino Rota: King Vidor, René Clément, Lina Wertmüller e Francis Ford Coppola. Seria, aliás, com o segundo filme da saga O Padrinho que conseguiria o Óscar para a melhor música original. Para a celebração deste centenário, o CCB apresenta um ciclo de cinema com Os Filmes da Minha Música, a música de Nino Rota. > 80
ASSINATURAS Temporada 2011/2012
Para a Temporada 2011/2012, o Centro Cultural de Belém criou uma série de sete assinaturas, com base num modelo que é muito popular em todo o mundo e que permitirá ao público o acesso a uma grande parte dos espetáculos e concertos programados pelo CCB a preços mais baixos. A opção “meia-temporada” ou Assinatura B, oferecida em praticamente todos os casos, permite conciliar uma maior flexibilidade na escolha com um valor de bilhetes também inferior ao habitual. Pretendemos, com estas Assinaturas, distinguir o público que nos visita com mais regularidade e a possibilidade de adquirir os seus bilhetes com mais antecedência. Mas queremos também possibilitar a quem não costuma fazer planos com tanta antecedência, ou quem simplesmente tem menos tempo disponível, escolher os concertos a que quer assistir e também usufruir de um desconto no valor dos bilhetes. Por outro lado, e não menos relevante, a criação destas séries ou Assinaturas, pretende tornar a programação do CCB mais clara para o público, nomeadamente no que toca à atividade musical. É evidente que a programação do Centro Cultural de Belém conta, há já vários anos, com um público muito fiel e diversificado, que não só assiste aos espetáculos com que mais se identifica, mas que também, em muitos casos, arrisca e experimenta aquilo que ainda desconhece. Não temos dúvidas, no entanto, que quanto mais clara for a nossa programação e mais opções oferecermos, mais público ela atrairá. E estes vários públicos são a nossa razão de ser. Para a Temporada 2011/2012 as Assinaturas disponíveis são as seguintes:
1
Temporada CCB/metropolitana Assinatura A: 8 concertos , 25% desconto (35% Cartão Amigo CCB) Assinatura B: 4 concertos à escolha , 20% desconto (30% Cartão Amigo CCB) ver página 12
MOZART! 2 OCP Espírito, 30% desconto (50% Cartão Amigo CCB) Assinatura A: 4 concertos
Assinatura B: 2 concertos , 20% desconto (50% Cartão Amigo CCB) ver página 16
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3 Barroco
Assinatura A: 6 concertos , 25% desconto (35% Cartão Amigo CCB) Assinatura B: 3 concertos à escolha , 20% desconto (30% Cartão Amigo CCB) ver página 18
4 Piano Assinatura A: 6 concertos , 25% desconto (35% Cartão Amigo CCB) Assinatura B: 3 concertos à escolha , 20% desconto (30% Cartão Amigo CCB) ver página 22
5 ECM Lisbon Series Assinatura A: 5 concertos , 25% desconto (35% Cartão Amigo CCB) Assinatura B: 3 concertos à escolha , 20% desconto (30% Cartão Amigo CCB) ver página 25
6 Jazz
Assinatura A: 7 concertos , 25% desconto (35% Cartão Amigo CCB) Assinatura B: 3 concertos à escolha , 20% desconto (30% Cartão Amigo CCB) ver página 28
Keersmaeker 7 Anne Teresa De (4 em fevereiro + 1 em junho), Assinatura A: 5 espetáculos
25% desconto (35% Cartão Amigo CCB) Assinatura B: 3 espetáculos à escolha, 20% desconto (30% Cartão Amigo CCB)
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