Ex-presidentes da FTI-RN
Editorial
C
hegamos à posse de mais uma Diretoria da Federação dos Trabalhadores na Indústria do Rio Grande do Norte e, com muita alegria, sou reconduzido à presidência desta entidade. Ao longo dos últimos anos, temos nos dedicado incondicionalmente para o crescimento da FTI-RN e o melhor atendimento à classe
trabalhadora potiguar. Acreditamos que esta Diretoria promoveu a estruturação, interiorização e fortalecimento da Federação, mas, principalmente, conseguiu avançar nas lutas de classes, atendendo as demandas de cada sindicato filiado ou até mesmo daquele trabalhador que não conta com uma representativa sindical direta. Para celebrar e também como forma de prestar contas do que tem sido feito, decidimos publicar esta revista, até mesmo como forma de homenagear a todos aqueles que fizeram parte da história da Federação dos Trabalhadores na Indústria do RN. Hoje, esta Federação está em um patamar respeitável dentro do nosso Estado e tem tido, inclusive, representativa na luta nacional dos direitos trabalhistas, estando diretamente ligada a entidades como a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI) e a Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST). Acreditamos que o papel de uma Federação não é somente fiscalizar ou atender as demandas do dia dos trabalhadores, por isso, ao longo desses últimos anos também fomos além. Promovemos o conhecimento e a formação sindical da base, com palestras e cursos, e fomos diretamente a várias indústrias conversar com as pessoas, patrões e funcionários, sobre projetos em andamento e ressaltar a importância do trabalho delas para a sociedade. Cobramos ainda dos governantes e externamos por diversas vezes a preocupação com a ausência de políticas públicas na indústria, resultando em demissões. Apesar das dificuldades, temos a consciência que estamos no caminho certo e conseguimos consolidar e trazer credibilidade para a FTI-RN, que hoje é referência no Nordeste e também no Brasil. Por fim, agradecemos a confiança de todos os sindicatos filiados e seus delegados, que reconduziram essa Diretoria para mais quatro anos de mandato, e agradecemos a cada trabalhador da indústria potiguar que procurou ou procura nossa Federação com a certeza de que será bem atendido. Joaquim Bezerra de Menezes Neto Presidente da FIT-RN.
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Francisco Pláudio das Chagas Mandato: 1955 a 1960
Luiz Cavalcante Mandato: 1960 a 1962 Mandato: 1964 a 1966
Elvin Medeiros Mandato: 1962 a 1964
Aristides Benigno Mandato: 1966 a 1971
Pedro Ricardo Filho Mandato: 1971 a 1986
Francisco Silva do Nascimento Mandato: 1986 a 1992
Daniel Moreira de Souza Mandato: 1992 a 1995
Manuel Alves de Moura Mandato: 1995 a 1998
Djalma Siqueira da Silva Mandato: 1998 a 2002
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FTI-RN promove curso de Organização Sindical e Negociação Coletiva Objetivo é promover conhecimento, contextualização história e aprimoramento da luta da classe trabalhadora.
Fotos: Divulgação
Dentro do projeto de expandir cada vez mais a atuação da Federação e de formar os representantes sindicais ligados a entidade, a FTI-RN promoveu, em novembro de 2014 e em março de 2015, um curso de Organização Sindical e Negociação Coletiva. As duas etapas do evento foram feitas em parceria com a Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI). As duas etapas do curso aconteceram na própria Federação dos Trabalhadores na Indústria do Rio Grande do Norte, tendo a frente José Reginaldo Inácio, Diretor da Secretaria de Educação da CNTI. Ele ministrou palestras fazendo um levantamento histórico do sindicalismo no mundo, bem como mostrando a evolução da atividade sindical. “Os sindicatos são instrumentos para organizar os trabalhadores e de transformações das classes sociais. Por isso, discutir sindicalismo e crescer como sindicalista é buscar evolução dos interesses coletivos”, disse Reginaldo Inácio. Na grade do curso, constaram tópicos como: Evolução das sociedades: modos de produção; Capitalismo e Revolução Industrial; Surgimento das primeiras organizações operárias; Capitalismo e Sindicato; Trabalho e Direitos; Trabalho e Direitos no Brasil; Sindicalismo: sua estrutura no Brasil; Funções sócio-históricas do sindicalismo; Composição etária do sindicalismo brasileiro; O que é uma negociação coletiva; Etapas do processo de negociação; Capacidades do negociador; e Estratégias de negociação.
Cursos reuniram sindicalistas de vários segmentos.
Durante os cursos, José Reginaldo falou, por exemplo, do papel da diretoria de um sindicato, com a importância de perfis variados em tal diretoria, principalmente, quando se vai para uma mesa de negociação. “É preciso ter o articulador ou ainda o frio e calculista e até mesmo o mais emotivo, pra aflorar os ânimos quando necessário”, comentou. O diretor da Secretaria de Educação da CNTI apresentou detalhes de como deve ser a construção de uma pauta de negociação salarial. Os participantes no evento chegaram a participar de uma dinâmica de grupo que simulou uma negociação coletiva. “É muito importante e nos deixa feliz vermos a participação dos sindicalistas em eventos como esse, que eleva o nível da classe trabalhadora, haja vista que a capacitação de dirigentes sindicais fortalece cada setor que eles representam”, afirma Joaquim Bezerra de Menezes, presidente da FTI-RN e da NCST-RN.
José Reginaldo Inácio, Diretor da Secretaria de Educação da CNTI.
Joaquim Bezerra fala da importância do curso.
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Federação dos Trabalhadores na Indústria do RN: 63 de história Fundada em 1952, FTI-RN é uma das principais entidades representativas de classe do Estado. Neste ano de 2015, a Federação dos Trabalhadores na Indústria do Rio Grande do Norte vai completar 63 anos de atuação, mais precisamente no dia 28 de setembro, data em que no ano de 1952, lideranças sindicais fundaram uma associação que se transformaria na FTI-RN. De lá para cá, uma história de luta e conquistas foi construída por bravos homens e mulheres. Naquele ano de 1952, cinco sindicatos atuavam no Rio Grande do Norte no segmento da indústria. Esse era o número mínimo exigido para a formação da Associação. Naquela época, os líderes sindicais que se destacaram para concretizar esse sonho foram: Francisco Plácido das Chagas (Sindicato dos Alfaiates); Evlim Medeiros (Construção Civil); João Ferreira de Macedo Sobrinho (dos Calçados); José Marciano de Aguiar (Couros e Peles); Luiz Cavalcanti de Lima (dos Alfaiates); Joel Paulista (Extração do Sal Mossoró); Venâncio Zacarias de Araújo (Extração do Sal Macau); e Julieta Calazans (Assistente Social da Arquidiocese de Natal).
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Apesar de a fundação ter sido em setembro de 52, somente em 27 de abril de 1955, depois dos requerimentos legais, é que entidade conseguiu a carta sindical. No dia 1º de maio de 1955, o então Ministro do Trabalho, Napoleão de Alencastro Guimarães, assinou a tão esperada carta sindical que reconhecia oficial a Federação dos Trabalhadores na Indústria do Rio Grande do Norte. Naquela época, a entidade já funcionava com uma diretoria provisória, tendo como presidente Francisco Plácido, secretário-geral Evlim Medeiros, e o tesoureiro, João Ferreira de Macedo Sobrinho. Em julho de 1955, é que houve a primeira eleição oficial, sendo eleita essa mesma diretoria para mandato até 1960. De início, a FTI-RN foi composta por: Sindicato dos Oficiais Alfaiates, Costureiras e Trabalhadores na Indústria de Confecção de Roupas no RN; Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Extração de Sal do RN; Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil; Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Gráfica de Natal; Sindicato dos
Trabalhadores na Indústria de Panificação e Confeitaria de Natal; Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Curtimento de Couros e Peles do RN; Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Extração de Mármore, Calcário, Pedreiras, Areias e Barreiras de Macaíba; Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Extração de Ouro, Diamantes, Metais e Pedras Preciosas do RN; e Sindicato dos Trabalhadores na Indústria do Calçado do Rio Grande do Norte. A partir de 1960, a Federação passou por algumas mudanças, tendo novas eleições ao final de 60, sendo eleito presidente Luiz Cavalcanti de Lima. Em 1962, novas eleições foram realizadas, tomando posse Evlim Medeiros. Em 1964, com o golpe militar, o sindicalismo sofreu intervenções em
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todo o Brasil e, no Rio Grande do Norte, não foi diferente. A diretoria da FTI-RN foi destituída e um interventor foi nomeado, em março daquele ano. Mas, em maio, outra eleição foi realizada, reconduzindo Luiz Cavalcanti para a presidência. Em 1965, o vice-presidente Osmídio Antônio das Neves assumiu a direção geral da Federação, após Luiz ser nomeado fiscal de renda do Governo do Estado. Pouco temo depois, mais uma eleição, passando então a ser o presidente Aristides Benigno de Morais. Nesse período, a FTI-RN ganhou mais força, passando a ter aliados importantes em Mossoró, como a Construção Civil, Fiação, Tecelagem e Gráficos.
No ano de 1968, a Federação passou por novo processo eleitoral. Aristides foi reeleito, tendo como secretário-feral Pedro Ricardo Filho. Este mandato teve início em 29 de maio de 1968 e seguiu até 29 de maio de 1971. Foi nesse período que surgiram outros sindicatos, como o dos Calçados em Mossoró e Construção Civil em Areia Branca. Em 1971, Pedro Ricardo foi eleito presidente. De 71 a 1980, a mesma diretoria foi reconduzida para dirigir a Federação. Entre 1980 e 1986, a FTI-RN passou por algumas mudanças na diretoria, mas teve sempre como presidente Pedro Ricardo. Ele saiu em 86 para ser Secretário Regional da CNTI e, então, foi eleito presidente Francisco Silva do Nascimento, que era da STI da Construção Civil do RN. Foi nessa gestão que houve uma fase tumultuada na entidade, sendo descoberto um déficit de R$ 20 mil nas contas da Federação, resultando em uma reunião do Conselho de Representantes para cassar os mandatos
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de alguns diretores. Com isso, no ano de 2002, assumiu como presidente Joaquim Bezerra de Menezes Neto, com a missão de resgatar a credibilidade da Federação e, principalmente, reestruturá-la. A presidência é ocupada por Joaquim até os dias de hoje, tendo sua diretoria sido reeleita nas eleições do mês de maio de 2015. Ao longo de toda sua história, a Federação dos Trabalhadores na Indústria do Rio Grande do Norte alcançou grandes vitórias, tendo sido fundamental para a organização dos sindicatos ligados à indústria para discussões de temas que ultrapassavam as agendas cotidianas de cada um deles, colocando em evidência os problemas comuns a todos os trabalhadores da indústria norte-riograndense. A Federação teve e tem um importante papel junto ao Ministério do Trabalho, por intermédio de sua Delegacia Regional no estado do Rio Grande do Norte, na fiscalização e melhoria das condições de trabalho do empregado na indústria do estado. Além disso, acolheu, abraçou, defendeu e defende os trabalhadores que não tem sindicato criado em sua categoria para representa-los.
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Diretoria da FTI-RN é eleita para o quadriênio 2015/2019 Eleição foi realizada no dia 27 de abril, tendo a chapa única recebido todos os votos, não havendo nenhum voto branco ou nulo.
Fotos: Divulgação
A Federação dos Trabalhadores nas Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte começou o ano de 2015 passando por processo eleitoral. No dia 27 de abril, os delegados de 12 sindicatos filiados à FTI-RN foram às urnas para eleger a diretoria que ficará a frente da Federação no quadriênio 2015/2019. A eleição aconteceu na sede da FTI-RN, nas Quintas, tendo processo precedido pela lisura. Apenas uma chapa foi inscrita no processo eleitoral. No total, o colégio eleitoral foi composto por 24 delegados que se tornaram aptos a votarem. Todos eles compareceram e praticaram o ato democrático do voto. Ao final, ficou constatado na contagem que todos votaram na Chapa 1, não havendo nenhum voto branco ou nulo. Diante do resultado apresentado, o presidente da mesa apuradora proclamou a única chapa inscrita no processo eleita, cujos diretores cumprirão um mandato de 04 (quatro) anos, iniciando-se no dia 27 de maio de 2015 e terminando no dia 27 de maio de 2019. A chapa vencedora reconduziu à presidência da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte, Joaquim Bezerra de Menezes Neto. “Ficamos felizes com o andamento do processo eleitoral e com a confiança de todos os delegados. Apesar da eleição ter transcorrido com chapa única, recebemos o voto de todos, o que nos credencia e referenda nosso trabalho”, declarou Joaquim.
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De acordo com ele, “chegou a hora de dar continuidade ao trabalho que vem sendo feito, na luta incansável pelos direitos dos trabalhadores na indúsSecretário Geral: Marcones Marinho da Silva Secretário de Finanças: Paulo Pereira da Cunha Secretário de Trabalho e Previdência Social: Francisco dos Santos Cabral Secretário de Educação: Paulo César de Souza Secretária para Assuntos da Mulher, do Idoso e Adolescente: Maria dos Navegantes dos Santos da Silva
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tria do Rio Grande do Norte. Sabemos que o caminho é árduo, mas diante das adversidades devemos mostrar força para conquistarmos as vitórias”.
Além de Joaquim Bezerra de Menezes Neto como Presidente, a nova diretoria é composta pelos seguintes representantes:
SUPLENTES DA DIRETORIA
CONSELHO FISCAL Titulares
Joaquim Paulino de Lima Pedro Ricardo Filho José Xavier de Melo Ieda Maria de Santana Rossetti Luiz Gonzaga Alves Pinto Sônia Maria Zerino da Silva DELEGADOS REPRESENTANTES JUNTO A CNTI
Francisco Oliveira Câmara David João de Farias Francisco Augusto Câmara Suplentes José Altivo Lopes Aldemir Calixto Torres Rubens de Lima
Titulares Joaquim Bezerra de Menezes Neto João Martins Bezerra Suplentes Francisco Neves de Brito Neto Celso Bezerra da Cruz
Prestação de contas do exercício de 2014 Fotos: Divulgação
No dia 17 do mês de março, a Diretoria da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte realizou uma assembleia geral ordinária do conselho de representantes. Um dos pontos de pauta foi a aprovação do relatório de diretoria do exercício de 2014 e a leitura e aprovação da prestação de contas do mesmo exercício. A leitura do relatório foi feita pelo presidente da FTI-RN, Joaquim Bezerra de Menezes e demais integrantes da Diretoria, como o diretor financeiro e também o contador da entidade. O mesmo foi aprovado por unanimidade por todos os presentes. Aproveitando o momento da Assembleia, o presidente da FTI-RN fez a entrega simbólica aos sindicalistas João Martins e Ana Célia de um exemplar da CLT. Joaquim Bezerra de Menezes informou que a Federação adquiriu e vai presentear cada sindicato com um exemplar da CLT.
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FTI-RN e NCST-RN promovem encontro para as mulheres e para a juventude Eventos tiveram a coordenação da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria.
As mulheres trabalhadoras da indústria tiveram destaque no ano de 2014, em ações promovidas pela Federação dos Trabalhadores na Indústria do Rio Grande do Norte, em parceria com a Nova Central Sindical dos Trabalhadores no RN. Dois encontros foram realizados, em Natal, no mês de abril, e no Seridó, no mês de julho. Além disso, a juventude industriária também contou com evento especial, feito em parceria com a CNTI Os eventos aconteceram sob o comando do presidente da NCST-RN, Joaquim Bezerra de Menezes Neto, e da secretária da CNTI para Assuntos do Trabalho da Mulher, Sônia Zerino. Dezenas de trabalhadoras potiguares participaram do Encontro que teve como foco, por exemplo, a saúde da mulher, contando com palestra de médicas e especialistas nessa área. “Buscamos tratar a questão da saúde, do combate à violência, bem como dos direitos das trabalhadoras. Hoje, a informação é que muda a consciência das pessoas”, revela Sônia Zerino. Ela lembra que essa tem sido uma preocupação constante da CNTI, entre tantas bandeiras de lutas. De acordo com Sônia, ainda hoje, as mulheres enfrentam bastante descriminação e convivem com a desigualdade salarial. “Embora muitas tenham formação melhor que os homens e realizando as mesmas funções, ainda recebem menos”. O conteúdo das palestras e debates foi elogiado pelos participantes que tiveram a oportunidade de ouvir as diversas experiências, e a importância do papel das mulheres como protagonistas na construção de uma sociedade justa e igualitária.
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FTI-RN passa por processo de interiorização Atendimento foi estendido com abertura de unidades da Federação nas cidades de Mossoró e Currais Novos.
Fotos: Divulgação
Um dos destaques do trabalho realizado na última gestão da Federação dos Trabalhadores na Indústria do Rio Grande do Norte foi o processo de interiorização da entidade. Além da sede em Natal, a FTI-RN passou a ter uma sede em Mossoró, região Oeste, e outra na cidade de Currais Novos, na região Seridó. “A gente sabe da importância de levar a Federação para atuar mais próximo dos sindicatos e trabalhadores do interior. Primeiro, porque facilitamos o suporte aos filiados e, segundo, porque isso nos permite um trabalho maior de fiscalização e respaldo aos trabalhadores, por exemplo”, comenta Joaquim Bezerra de Menezes Neto, presidente da FTI-RN. A sub-sede de Mossoró foi inaugurada no ano de 2007. Já a sub-sede de Currais Novos foi inaugurada no dia julho de 2014. “Além de abrirmos as sub-sedes, periodicamente, a Diretoria tem realizado viagens para vários munícipios da Grande Natal e do interior do Estado. Algumas delas, inclusive, para realizarmos palestras para os trabalhadores, abordando, por exemplo, a importância da segurança no trabalho, bem como para fiscalizarmos ou constatarmos algumas denúncias. Temos participado ainda de assembleias e negociações salariais”, explica o presidente da FTI-RN.
De acordo com Joaquim Bezerra de Menezes Neto, além dos empregadores, a Federação tem tratado também com os sindicatos patronais, por entender que esse é o melhor caminho para os trabalhadores. “Vamos continuar debatendo as questões pertinentes junto aos pratões e levando aos próprios trabalhadores as informações e esclarecimentos necessários, para que eles possam participar do processo de avanços”, destaca. As três sedes da Federação dos Trabalhadores na Indústria do Rio Grande do Norte também atuam realizando homologações e possuem assessoria jurídica. Em 2014, por exemplo, com várias demissões na indústria potiguar, a FTI-RN chegou a entrar com ação coletiva no Tribunal Regional do Trabalho, para que uma mineradora pagasse os direitos trabalhistas dos funcionários após fechar as portas.
Sede NATAL Av. Bernardo Vieira, 576 - Quintas / Fone: (84) 3653-2209 Sub-sede MOSSORÓ Rua Venceslau Braz, 241 - Paredões Sub-sede CURRAIS NOVOS Rua João Alfredo, 191 – Centro
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2014: o ano de demissões na indústria e alertas da FTI-RN Federação procurou autoridades e a imprensa para denunciar a crise no setor industriário e externar preocupação com o futuro dos trabalhadores.
Fotos: Divulgação
O ano de 2014 foi marcado por muitas demissões nas indústrias do Rio Grande do Norte e o assunto foi amplamente criticado e discutido pela Federação dos Trabalhadores na Indústria do Rio Grande do Norte. O setor sofreu com aumento das demissões, inclusive demissões em massa e até mesmo fechamento de empresas. A Federação dos Trabalhadores na Indústria do RN registrou homologações quase que diariamente e, pior, também registrou com frequência o não cumprimento dos direitos dos trabalhadores por parte das empresas, o que gerou grande preocupação. “Denunciamos na imprensa situações, por exemplo, como a de uma mineradora localizada na cidade de Jucurutu que fechou as portas e demitiu 22 funcionários, sem, no entanto, pagar os direitos trabalhistas. Isso fez com que o departamento jurídico da Federação entrasse com uma ação coletiva, de número 0001025-35.2014.5.21.0006, junto ao Tribunal Regional do Trabalho”, explica Joaquim Bezerra de Menezes Neto, presidente da FTI-RN. No final do ano, outra mineradora, em Lages, demitiu mais de 50 funcionários. O número mostra o atual quadro do setor de indústria potiguar, que em 2014 teve mais de mil demissões.
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Joaquim Bezerra de Menezes Neto, presidente da FTI-RN. Foto: Reprodução
Um dos casos mais graves ocorreu no mês de agosto. A fábrica de calçados Alpargatas fechou sua unidade na cidade de Santo Antônio. O anúncio do fechamento pegou de surpresa os trabalhadores e o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria dos Calçados no Rio Grande do Norte. Aproximadamente 200 pessoas foram dispensadas da empresa.
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É preciso que as autoridades pensem o modelo econômico para atrair indústrias para nosso estado.” Marcones Marinho da Silva, secretário geral da FTI-RN.
Marcones Marinho da Silva, representante do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria dos Calçados.
Marcones Marinho da Silva, secretário geral da FTI-RN e representante do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria dos Calçados, ressalta que é essa não é a primeira vez que isso acontece. Em 2008, a Alpargatas fechou a unidade da cidade de São Paulo do Potengi e, em 2012, a de Natal, no bairro de Neópolis. “Não só no ramo da mineração, mas em vários segmentos da indústria vivenciamos essa realidade ao longo do ano passado. Tivemos, inclusive, fechamento de indústrias. Esperamos que essa realidade possa mudar, a partir deste ano de 2015, mas para isso é preciso que as autoridades repensem o modelo econômico para atrair indústrias para nosso estado”, afirma Marcones. De acordo com Marcones, os trabalhadores buscam entender como tem funcionado o relacionamento entre o Governo do Estado e as indústrias no Rio Grande do Norte. “Isso porque, ao contrário do que possa parecer, a Alparga-
tas, por exemplo, de acordo com a revista Exame, teve uma receita líquida de R$ 1,747 bilhão, de janeiro a julho deste ano, com elevação de 9,5%, o que vai na contramão do fechamento de uma unidade por suposta crise no setor”. Para o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria dos Calçados no Rio Grande do Norte, o que falta é política de incentivo fiscal para indústrias que atuam em solo potiguar. “Outros estados do Nordeste, como Paraíba e Ceará, têm atraído cada vez mais empresas. Inclusive, coincidentemente, a própria Alpargatas, teve expansão de suas atividades na Paraíba, nos últimos anos”, destaca Marcones. Joaquim Bezerra de Menezes Neto, presidente da FTI-RN alerta: “se os gestores não pensarem uma política de incentivo fiscal que vise curto, médio e longo prazo, projetando o futuro da indústria no Estado, a situação tende a se agravar e as demissões e fechamento se tornarem cada vez mais constantes”.
Reunião com novo Governo
Desde o início de janeiro, a Diretoria da FTI-RN solicitou, através de ofício, uma reunião com o governador Robinson Faria e sua equipe econômica, para mais uma vez externar essa preocupação e cobrar que o ano de 2015 e os próximos anos não sejam iguais a 2014, com essa marca negativa na indústria. Até agora, porém, o Governo não recebeu a Federação.
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Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Açúcar (SINTIARN) Rua Humberto Grilo, 41 – Cohab, Goianinha/RN Presidente: Paulo César de Souza
Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Alimentação de Mossoró (STIAM) Rua Venceslau Braz, 241 – Paredões, Mossoró/RN Presidente: Rubens de Oliveira Nunes
Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Curtimento de Couros, Peles e Artefatos do RN (STICOUROS) Rua Mario Lira, 161 – Quintas, Natal/RN Presidente: Paulo Pereira da Cunha
Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção e do Mobiliário do Seridó do RN (STICMRS/RN) Rua Dom Manoel Tavares de Araújo, 1022 – Paraíba, Caicó/RN Presidente: João Maria de Lima
Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Calçados de Mossoró (SITICAM) Rua Venceslau Braz, 241 – Paredões, Mossoró/RN Presidente: Francisco de Assis de Lima
Sindicatos dos Trabalhos de Refinação e Moagem de Sal do RN Rua Raimundo Nelson, 27 – Abolição, Mossoró/RN Presidente: João Martins Bezerra
Sindicato dos Oficiais Alfaiates, Costureiras e Trabalhadores na Indústria de Confecções de Roupas do RN (SOACTICRRN) Presidente: Maria dos Navegantes dos Santos Rua Senador Robert Kennedy, 145 - Quintas, Natal/RN
Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Calçados, Bolsas, Cintos, Chapéus, Guardachuvas, Luvas, Botões e Produto Similares do RN Rua Coemaçu, 1103 - Quintas, Natal/RN Presidente: David João de Farias
Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Gráficas e Editoras do RN (STIGERN) Rua Expedicionário José Varela, 40 – Rocas, Natal/RN Presidente: João Maria Firmino da Silva
Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil em Geral, Leve e Pesada, e do Mobiliário de Mossoró e Região Oeste do RN Rua Juvenal Lamartine, 214 – Santo Antônio, Mossoró/RN Presidente: Francisco Neves de Brito Neto
Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Extração do Sal do RN (SITINSALRN) Rua Venceslau Braz, 241 – Paredões, Mossoró/RN Presidente: Francisco dos Santos Cabral Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Extração de Sal de Areia Branca Rua Joaquim Nogueira, 283 – Centro, Areia Branca/RN Presidente: Francisco Augusto Câmara
Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados (SINLAT) Avenida Bernardo Vieira, 576 – Quintas, Natal/RN Presidente: Joaquim Bezerra de Menezes Neto
Federação dos Trabalhadores na Indústria no Estado do Rio Grande do Norte Endereço: Avenida Bernardo Vieira, 576 – Quintas - Natal/RN
FILIADO A
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