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Roberto Machado

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25 Anos de CeSIUM

25 Anos de CeSIUM

Escrito por Sérgio Costa

asergioalvesc @gmail.com

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No passado mês de setembro, entrevistámos o antigo presidente do CeSIUM e atual CEO e Co-founder da Subvisual, Roberto Machado, que cordialmente aceitou responder às nossas questões. Roberto Machado formou-se em Engenharia Informática na Universidade do Minho e, desde o primeiro ano do seu percurso académico, assumiu inúmeras responsabilidades no centro de estudantes. Foi no final do percurso académico que, em conjunto com colegas, começou a desenvolver o próprio negócio que viria a ser a Subvisual.

Enquanto núcleo de estudantes, procuramos divulgar diferentes perspetivas não só do curso e do núcleo, mas também da realidade empresarial e industrial a todos os nossos leitores. Neste sentido, convidámo-lo, enquanto figura de destaque no centro de estudantes e no contexto de empresas da área da informática em Braga, a divulgar as suas experiências e o seu percurso profissional.

No teu LinkedIn podemos encontrar uma lista enorme de cargos (CEO, advisor, founder, etc.). A nossa primeira questão é: como se arranja tempo para isto tudo?

Acima de tudo, tens de encontrar as pessoas certas e confiar nelas para estar a liderar os projetos para os quais não tens muito tempo ou muita presença. E, muitas vezes, podes acrescentar imenso valor pela tua experiência acumulada em certos projetos, onde depois acabas por precisar só de estar lá momentaneamente para acrescentar esse valor. Muitos dos projetos que estão no meu LinkedIn são coisas que, ou eu já comecei no passado e numa fase inicial estive muito presente e depois outras pessoas assumiram o meu lugar e começaram a executar uma grande parte das tarefas que tratava, ou então são projetos em que, desde o início, eu estive apenas momentaneamente. Alguns projetos são da Subvisual, ou seja, acaba por fazer parte do meu conjunto de tarefas acrescentar valor a essas empresas, como é o caso da Aurora, Finiam e da Onda, que são 3 empresas que fazem parte do universo da Subvisual. Depois, existe também alguma gestão do nosso tempo para sermos o mais eficientes possível. É algo que eu nos últimos anos sempre tentei otimizar ao máximo.

A gestão das minhas prioridades e aquilo em que eu tenho de me focar a cada semana, a cada dia, acaba por ser quase um super poder. Acho que das coisas mais desvalorizadas pelo ser humano é a capacidade que nós temos de fazer coisas e o nível de produtividade a que nós conseguimos chegar, se soubermos gerir bem as nossas prioridades e onde é que devemos gastar o nosso tempo.

Focando agora no nosso tema principal, a informática, gostávamos de saber se antes de te teres focado na informática, tinhas interesse por outra área?

É difícil de dizer. Que eu me recorde, não. Eu também não tenho muita memória de quando é que eu quis estar ligado à informática. Eu sempre tive uma vida muito ativa desde criança. Os meus pais tinham um café, ou seja, eu sempre tive ali muita atividade, nasci ali e basicamente sempre estive ali com muitas pessoas e muita interação, o que acaba por te moldar um bocadinho. Eu acho que uma criança com uma infância dita normal, acaba por ter tempo, passa um ano em que quer ser uma coisa e, depois, no ano a seguir, quer ser outra. Eu nunca tive muito isso. Lembro-me que quando era miúdo queria ser jogador profissional de snooker, mais até que futebol e outras coisas, sempre adorei snooker. Depois, algures no tempo, ofereceram-me um computador e sempre estive ligado a esta componente da informática e dirigi a minha vida para aí. Aliás, o meu 10.º ano já foi numa área de especialização de informática.

Acabaste por ingressar no curso de Engenharia Informática na Universidade do Minho. Isto acaba por ser o caminho tradicional, mas, hoje em dia, na nossa área, nem toda a gente acaba por o seguir. Há quem faça formações e cursos online ou vá começando a fazer side projects sozinho e, com o tempo, acaba por arranjar trabalho. Aconselhavas a seguir o percurso tradicional, ou seja, entrar num curso universitário?

Aos 17/18 anos a maior parte de nós ainda não tem um pensamento estruturado sobre aquilo que quer fazer na sua vida e a universidade, na sua génese, tem como principais papéis moldar-te como adulto e ajudar a construir a pessoa que queres ser, por isso acho que é muito importante. Os tempos que passas na universidade rodeado de pessoas que estão lá a fazer o mesmo que tu, a tentar entrar na vida adulta, ser ativos, melhorar as suas capacidades profissionais, a troca de experiências, a componente cultural, as festas, tudo isso te transforma e acaba por te lançar para o mundo real. Em termos de skills, eu acho que é obsoleto e vai ser cada vez mais, ou seja, em termos de aquilo que tu aprendes, especialmente em informática, e eu acho que se aplica a muitos outros ramos, está muito distante e obsoleto e, em alguns casos, até acaba por ser contraproducente, porque a forma como és ensinado está muito desfasada do mundo real e cria-te até alguns vícios que são desnecessários.

Dito isto, eu acho que, se eu hoje tivesse de aconselhar alguém, aquilo que eu diria era: vai para a universidade, faz o básico que tens de fazer para conseguires terminar o teu curso e não ficares ali preso durante mais anos do que aqueles que são necessários, envolve-te em tudo o conseguires do ponto de vista de construção cultural, social, etc. E complementa isso com aprendizagem online, com cursos online, com tudo aquilo que tu conseguires e, se possível, vai já fazendo alguns trabalhos. Aqui, estou a falar especificamente de informática. Tenta envolver-te com as empresas que estão perto, porque quando saíres da universidade, vais sair mais maduro e com experiência, vais sair mais adaptado ao mundo real e a tua inserção no mercado de trabalho vai ser muito mais suave. Ao mesmo tempo, pode-te abrir mais horizontes para não entrares em algumas empresas que eu acho que são mais carreiristas e que não te ajudam tanto a entrar num caminho de progressão, porque eu acho que esse deve ser o principal objetivo quando sais da universidade: progredir rapidamente com a tua carreira para atingires os teus objetivos de vida pessoais, sejam eles quais forem.

Quais foram as experiências na universidade que te ajudaram mais na tua vida profissional?

Aquela que eu gosto de identificar sempre mais (e não é para vos bajular por me estarem a entrevistar) são os anos que eu passei no CeSIUM. Não só os anos como presidente, mas todo o tempo em que eu estive na universidade, desde o primeiro ano. Desde estar por lá e começar quase a limpar o chão, até trabalhar no departamento recreativo, ficar responsável pelo mesmo e, depois, ser presidente. Foram anos muito enriquecedores, porque me permitiram gerir pessoas, permitiram-me criar eventos que não existiam antes e com impacto pela universidade toda, permitiram-me estabelecer relações positivas com muitos professores que, ainda hoje, mantenho e que acabaram por me ajudar na fase inicial da empresa e acompanharam o meu percurso profissional. Portanto, foi uma experiência, em muitas vertentes, enriquecedora e que me moldou muito para a pessoa que eu sou hoje em dia, logo acho que essa experiência no centro de estudantes foi muito importante. Depois, noutras vertentes, tive experiências que eu acho que também me ajudaram. Eu cheguei a fazer duas bolsas de investigação que me deram algum contacto sobre o que era a responsabilidade de ter um trabalho a sério, de entregar coisas, de receber dinheiro na conta bancária pelo meu trabalho, o que acabou por ser muito interessante.

A última já envolvia estar ligado a uma empresa real, a MultiCert, e isso foi também muito enriquecedor para mim e permitiu-me ver aquilo que eu não queria fazer. Acho que é algo que devemos procurar, aquilo que não queremos fazer, para nos focarmos apenas naquilo que queremos fazer e trabalhar mais nessa vertente.

Para além de membro, foste o presidente durante 2 anos e deixaste um legado fundamental no CeSIUM. O que te motivou a entrar no CeSIUM e o que te fez dedicar tanto tempo a este centro de estudantes?

Eu acho que a componente do envolvimento associativo vem de trás, ou seja, quando entrei na universidade, já tinha tido a experiência de fazer parte de uma associação cultural que existia na minha terra, onde também fazíamos coisas engraçadas, muito de aldeia: torneios de futebol, festas... Mas, para um miúdo que é desse meio, acaba por ajudar a crescer bastante e a ficar maduro mais rápido. Não sei bem dizer o que me levou a fazer parte do CeSIUM... Eventualmente, algumas pessoas na altura em que eu era caloiro e alguns dos meus praxantes que faziam parte do CeSIUM falaram-me disso e eu achei interessante. Acho que era uma coisa que, de certa forma, já iria procurar, se não fosse o CeSIUM, seria outra associação. O CeSIUM é dos centros de estudantes mais apelativos que existem na universidade por causa da camaradagem que existe, da troca de experiências, de ser muito aberto, ajudarem-se muito uns aos outros e já tinha um legado muito grande quando comecei. O CeSIUM já tinha um histórico muito grande, que, na altura, tinha passado por uma fase mais complicada e nós ajudámos a fazê-lo renascer das cinzas. Dava-nos gosto abrir um jornal antigo do CeSIUM que, às vezes, encontrávamos e ver todas as coisas que tinham sido feitas. E também nos motivou a procurar fazer o mesmo e melhor, foi a partir daí que começámos a fazer muitas coisas engraçadas. Mas, para responder diretamente, acho que seria inevitável eu procurar algo e o CeSIUM estava bem posicionado para ser esse algo a que eu gostaria de dedicar o meu tempo e aprender mais com os outros.

Qual foi a tua primeira experiência profissional e qual foi a maior aprendizagem?

A minha primeira experiência profissional fui eu que a criei, ou seja, eu quando criei a empresa ainda estava na universidade. O primeiro ano da empresa nós ainda passámos numa sala dentro da universidade, portanto a minha primeira experiência profissional em que eu trabalhei a sério, tirando as bolsas de investigação, foi mesmo com a Subvisual, que na altura tinha outro nome. É um processo diferente, não sei se voltasse atrás se não teria trabalhado um ou dois anos numa empresa para ganhar um bocadinho mais de estrutura e não ter passado tanto tempo a encontrar-me e a tentar perceber aquilo que queria fazer. Mas a verdade é que também os tempos eram outros e não haviam assim tantas empresas em que me revisse para poder trabalhar 2/3 anos antes de procurar criar o próprio projeto ou até, se calhar, nem o criar, porque podia encontrar um sítio bom. Eu acho que uma das maiores motivações que nos levou a criar a empresa é que olhávamos à nossa volta e não víamos muitas empresas em que gostássemos de trabalhar, porque, ou eram empresas muito grandes com culturas muito corporate (as startups eram quase inexistentes na altura), ou tínhamos de sair para outra cidade ou para outro país e não era algo que quiséssemos fazer na altura, portanto acabou por ser, assim, um empreendedorismo de oportunidade para criarmos o nosso próprio negócio.

Seguindo essa linha, optaste por criar uma startup em vez do percurso profissional mais comum (ingressar numa empresa). Quais foram as experiências que tiveste na universidade e no CeSIUM que mais te ajudaram neste percurso?

Eu acho que a universidade dá um conjunto de contactos e pessoas que, quando estás a começar uma empresa, acaba por ser muito importante para ajudarem a solucionar problemas que vão surgir a toda a hora. O saber lidar com a pressão do desconhecido, saber planear, saber lidar com o falhar de planos é algo que constróis muito quando estás ativo em espaços como o CeSIUM e a associação académica (onde estive também), onde isso está sempre a acontecer. Tu planeias um evento para que corra tudo bem e, de repente, começa a chover e tens de mudar ou alguém falha à última da hora e tu aprendes a lidar com isso e, quando tu aprendes a lidar com isso, acaba por ser o dia a dia numa empresa. Quando essas coisas começam a surgir, o facto de já teres passado por situações semelhantes vai dar uma tranquilidade e uma clareza de pensamento que te ajuda a ultrapassar esses obstáculos. Portanto, acima de tudo, (e é por isso que eu já tentei reforçar isso numa das perguntas anteriores) se te conseguires colocar em posições desconfortáveis, em que estás a fazer mais coisas e a tentar crescer, vai ter um efeito catalisador e exponenciador para os teus primeiros anos profissionais e foi isso que aconteceu comigo e acho que é muito importante para toda a gente.

Todos os percursos têm os seus altos e baixos, mudavas alguma coisa no teu?

É muito difícil responder a essa pergunta... Porque eu não sou muito de olhar para trás e de me arrepender ou estar a tentar perceber o que podia ter feito e onde eu podia ter feito diferente. Gosto de aprender com os erros e tentar não os repetir no futuro, mas that’s it! Mas, para não deixar de responder à pergunta, há uma altura da minha vida em que eu gostava de ter estado mais focado, quase no último ano da universidade e após a mesma, em que vinha com a adrenalina de estar envolvido em 5/6 coisas diferentes sempre em posição de liderança na universidade e queria fazer muita coisa. Sais com uma energia brutal e parece que consegues fazer tudo e és invencível. Na altura, acabei por me envolver em vários projetos e perder algum foco, portanto acho que aí gostava de ter tido a clarividência para, na altura, perceber que é muito importante focar em uma ou duas coisas que queres realmente acrescentar valor e ter a paciência para que hajam resultados desse foco. De resto, a minha vida tem corrido de feição, tenho estado sempre capaz de cumprir os meus objetivos e aquilo que queria fazer com a minha vida, tanto a nível pessoal como profissional, portanto não há muita coisa que queira mudar. É óbvio que neste processo de 8/9 anos de Subvisual e mais 5 anos de universidade aconteceram muitos momentos mais negativos e difíceis, mas isso faz parte da vida, não há muitas coisas que tu possas fazer para evitar totalmente esse tipo de situações. Há sempre coisas que fazias diferente, não vale é muito a pena nós estarmos a passar muito tempo a pensar, a vida é demasiado curta para estar a pensar no passado e no futuro e não vivermos o presente e é isso que é importante realçar.

Eu fui pai recentemente, isto é uma coisa muito nova para mim, estar a dar uma entrevista ao CeSIUM e já ser pai. Parece que, de repente, passou tudo muito rápido, mas posso dizer que, seis meses depois do meu filho ter nascido, o foco na vida é diferente. Há uma mudança que é difícil de explicar até se passar por lá, que é sempre que tenho stress no trabalho ou algo mais complexo para fazer tem um impacto muito menor na minha cabeça porque deixou de ser tão importante, há coisas mais importantes.

Relativamente ao agora, tens alguma novidade ou conselho a partilhar com os leitores do log?

O meu maior conselho que eu tenho para vos dar vai ser reforçar uma coisa que já disse há pouco. Procurem complementar a vossa educação com outras coisas. Aquilo que vocês aprendem num curso de informática é extremamente importante e acho que dá bases essenciais para serem uns bons profissionais como engenheiros informáticos, mas a maior parte de vocês vai acabar numa posição, daqui a uns meses ou uns anos, em que essas bases não vão ser assim tão relevantes. Portanto, embora estarem lá seja sempre relevante para aquilo que estão a fazer, não vai ser fundamental, por isso tentem complementar com outras coisas. Podem fazê-lo recorrendo a formações que o próprio CeSIUM faz, coisas online, mas, acima de tudo, procurem experiências em empresas e em ambientes profissionais que vos permitam fazê-lo de uma forma mais próxima do ambiente real.

Depois, um último conselho que acho que é importante que toda a gente que está ligada a este mundo da informática comece a falar. Nós estamos a chegar a uma fase no nosso mundo em que muitas coisas estão a aparecer mais turbas e negras. Embora estejamos a viver na melhor fase de sempre da humanidade, há alguns desafios que temos pela frente que vão ser complexos. Os engenheiros informáticos e a malta do mundo digital, em geral, tem acesso a ferramentas que dão poder que, inevitavelmente, vai acabar por transformar o mundo, portanto tentem estar do lado certo da força. Isto é algo que falamos poucas vezes e temos de falar mais, porque, numa fase inicial, somos todos jovens e parece que somos todos imortais, mas, quando passam 5, 6 ou 10 anos em que estamos numa posição a fazer algum trabalho, já perdemos um bocado a noção se estamos a fazer bem ou mal ao mundo. Acho que, se falarmos disto desde o início, as pessoas vão tomar melhores escolhas. Quando forem trabalhar, vão tentar perguntar se o empregador tem os valores corretos ou não e eu acho que é uma pergunta que todos nós temos de começar a fazer, se estamos a contribuir para o bem ou se estamos a contribuir para o mal.

HeartBits 2019

Escrito por Francisco Costa

xicon73 @gmail.com

Certamente já te aconteceu ires ao Hospital e, durante todo o tempo em que lá estiveste, viste pequenas coisas que mudavas ou até concluíste que a ida podia ter sido evitada. Para tal, bastava que a triagem dos pacientes fosse feita antes da chegada ao hospital ou, então, muito mais eficiente. São inúmeras as alterações que se podia inserir no sistema, de forma a que este ficasse mais produtivo e que o serviço prestado fosse, efetivamente, de maior qualidade. A pensar nisso, em 2016, a Associação Nacional de Estudantes de Medicina (ANEM) e o Centro de Estudantes de Engenharia Informática da Universidade do Minho (CeSIUM) uniram forças para criar uma hackathon, com o objetivo de incentivar os jovens, tanto da área da informática como de medicina, a desenvolver produtos informáticos capazes de dar uma resposta a estes vários problemas na área da Saúde. Se és novo por cá podes estar a perguntar-te “O que é uma hackathon? E o que é a HeartBits?”. São tudo boas questões que já te vou explicar. First things first. Uma hackathon é uma maratona de programação onde programadores, engenheiros, designers ou qualquer pessoa se juntam em equipas ou participam individualmente, para criar novas soluções de software ou hardware aplicados a temas específicos ou, simplesmente, orientados pela sua criatividade e originalidade. A HeartBits é uma hackathon onde as equipas são compostas por estudantes das áreas da saúde e da informática. Nesta, são desenvolvidos vários produtos tecnológicos que melhoram o sistema de saúde, a organização dos serviços, as vidas dos utentes e a qualidade de vida de todos. Decorre durante dois dias, sábado e domingo, e além de 24h a idealizar e programar o produto, tens, ainda, acesso a palestras e workshops que te permitem preparar o pitch da melhor forma e perceber algumas bases sobre criação de produto e de modelo de negócio. Tudo isto para te dar todas as condições para apresentares a melhor ideia da competição. E se a tua ideia for a melhor, a tua equipa terá, ainda, a oportunidade de a lançar para o mercado.

No ano passado, em 2019, o Altice Forum Braga recebeu mais uma edição desta hackathon, nos dias 2 e 3 de novembro, que contou com 45 participantes, divididos em 9 equipas. Entre os vários projetos, destacaram-se um assistente pessoal para auxiliar doentes polimedicados, uma app para ajudar e acompanhar as grávidas e uma aplicação para controlo das tomas de medicamentos e entrega dos mesmos ao domicílio. Agora que sabes o que é e como serão as melhores 24h à base de RedBull e com poucas horas de sono, vamos ao que importa, ou seja, como é que consegues fazer parte deste grande evento. A 4.ª edição da HeartBits vai-se realizar já nos próximos dias 30 de outubro e 1 de novembro, por isso não percas esta oportunidade e junta a tua equipa!

Dezembro Solidário

Escrito por Gonçalo Rodrigues

gonrodrigues1998 @hotmail.com

O CeSIUM, juntamente com vários núcleos de estudantes da Universidade do Minho, tem por norma organizar a iniciativa “Dezembro Solidário”, um projeto de cariz social com o objetivo de não só ajudar os que mais precisam, mas também promover o espírito natalício e de entreajuda entre todos os apoiantes desta causa. Este ano, e com o apoio da Tasquinha Bracarense, não foi exceção. Durante a atividade, é usual a colocação de árvores de natal tanto no Departamento de Informática, como no edifício principal do campus de Gualtar da Universidade do Minho com a adição de cabazes natalícios para os estudantes darem o seu contributo, sejam estes bens materiais ou alimentícios.

De modo a incentivar os estudantes a participar neste projeto, foram realizadas diversas atividades que tiveram como “jóia” de inscrição a doação de algum bem. As atividades foram bastante variadas, desde palestras alusivas à área de informática, até uma “Fusão Nuclear” que juntou vários núcleos de estudantes. Uma das grandes atividades deste ano foi a visita à ala juvenil de internamento do Hospital Público de Braga, onde levámos robôs de controlo remoto prontos a construir, de modo a editar os seus movimentos ao gosto de cada um, para animar a manhã destas crianças.

Realizámos também, pela primeira vez, um Circuito Solidário, que consistiu em reunir equipas entre 5 a 7 membros para realizarem diversas atividades, como uma tabata, voleibol com bolas de fitness, prova cronometrada de ciclismo e até um jogo de futsal. Cada prova tinha uma pontuação e as equipas com melhor ranking receberam prémios!

Este ano, a iniciativa revelou-se mais um sucesso, uma vez que, através das várias atividades e parcerias realizadas pelo CeSIUM e pelos núcleos associados, foram angariadas centenas de quilos de bens que foram, posteriormente, doados à Cruz Vermelha de Braga. O CeSIUM agradece a todos os participantes e parceiros por permitirem que, por mais um ano consecutivo, tenhamos conseguido marcar a diferença na vida de quem mais precisa e garante que a iniciativa continuará no próximo ano, porque juntos somos mais fortes!

ENEI 2020 em Números

Escrito por Catarina Machado

catarinamachado11 @gmail.com

“O melhor ENEI de sempre!” esta foi uma das frases mais proferidas durante os 4 dias de evento da edição de 2020 do Encontro Nacional de Estudantes de Informática e a promessa feita pela Comissão Organizadora. Mas o que, efetivamente, aconteceu nesta edição? Foi entre os dias 23 e 26 de fevereiro de 2020 que o ENEI se apoderou, pela primeira vez, da cidade de Braga, mais concretamente do Altice Forum Braga, uma extraordinária estrutura polivalente que incorpora o maior auditório da região Norte e a 2.ª maior sala de espetáculos de Portugal. A 14.ª edição albergou quase 600 participantes de diversas regiões do país, desde Viana do Castelo, passando por Coimbra, Évora, Faro e até pelos Açores. A equipa de organização, constituída por 34 elementos, teve 6 meses para a preparação do Encontro e contou com a ajuda de uma equipa de 50 voluntários durante os 4 dias de evento. Para além disso, contou com 12 embaixadores de todo o país para incentivarem a participação dos seus colegas de Universidade.

No evento estiveram presentes 42 oradores de empresas de renome nacional e internacional, entre as quais a AWS - Amazon Web Services, GitLab, Eventbrite e Volkswagen Digital Solutions, em 26 talks, 7 workshops e 2 tertúlias e foram vários os temas abordados, destacandose a Inteligência Artificial, Machine Learning, IOT, Privacidade de Dados, DevOps, Cloud, Open Source, Remote Work e Gaming. A Zona de Networking do evento acolheu 27 empresas patrocinadoras e 6 parceiros. Adjacente a esta zona, encontrava-se a Zona de Lazer, onde os participantes tinham a oportunidade de se divertir com 3 diferentes atividades: Ping pong, Matraquilhos e FIFA. O ENEI contou com 5 atividades noturnas, onde se destacou a Mega Febrada, ao som de um DJ e de tunas, o Rally das Tascas e a realização de um Peddy Paper pela cidade de Braga. Na aplicação do evento foram distribuídos 10.518 badges - os crachás virtuais que os participantes colecionavam em cada atividade que participavam. As redes sociais do evento foram impulsionadas e na página do Facebook, em particular, o número de gostos aumentou para o dobro, passando de cerca de 5.000 para perto de 10.000. Os participantes foram presenteados com um total de 13 prémios, entre os quais uma Xbox One, uma Nintendo Switch, uma Xiaomi Scooter Mi 365 e uma Go Pro Hero 7, para além dos 5 diferentes itens do merchandising do evento: stickers, caneta, suporte para telemóvel, bloco e t-shirt do ENEI.

Desta forma, os 3 principais objetivos do evento foram cumpridos: pedagogia, networking e entretenimento. O CeSIUM - Centro de Estudantes de Engenharia Informática da Universidade do Minho sonhou, e conseguiu, organizar o melhor ENEI de sempre! 2020.enei.pt

Torneios: Promover a Relação entre os Estudantes

Escrito por Carlos Gomes

c.tcarlosantonio @gmail.com

Ao longo dos últimos anos, os torneios têm vindo a ser uma das grandes apostas do CeSIUM, quer no mundo dos jogos, quer no mundo do desporto. Esta ideia nasceu, uma vez que nos preocupamos com o bem-estar dos estudantes e estes têm a capacidade de proporcionar bons momentos de diversão e entretenimento e, ao mesmo tempo, ajudam a criar uma ligação e a melhorar também não só a relação entre os alunos de Engenharia Informática, bem como os restantes estudantes da academia. Este ano letivo, decidimos inovar, propondo novos torneios, para além dos já habituais ao longo dos anos anteriores, entre os quais se destacam os torneios de FIFA, de matrecos e, ainda, o torneio de futsal MIEI CUP. Uma das grandes novidades foi o torneio de Bubble Soccer, que foi realizado no Parque Desportivo da Rodovia, em conjunto com a Associação de Estudantes de Gestão (ADEGE), em que tivemos a felicidade de ter um dia de sol e várias pessoas a participarem e divertirem-se.

Mas a novidade principal deste ano vai para o torneio de CS:GO, em parceria com a Performetric. Este foi o primeiro torneio alguma vez a ser realizado, em que contámos com várias equipas a participar, apenas chegando à final os grupos CasaDosYoutubers e JABARDICE TOTAL, cujo jogo foi transmitido em direto no Twitch, com a vitória a ir para a CasaDosYoutubers, que ganharam um prémio no valor de 100€.

Infelizmente, com a pandemia, vimos-nos obrigados a cancelar um torneio já planeado, o Gualtar Cup. Contudo, mesmo passando por uma fase de confinamento, procurámos reinventar-nos e tornou-se possível fazer pequenas alterações nas ideias originais e, desta forma, continuar a proporcionar momentos de pura diversão aos universitários. Assim sendo, no segundo semestre, o CeSIUM apostou em torneios online de League of Legends e Hearthstone. O torneio de League of Legends demonstrou ter mais sucesso, onde contámos com mais de 50 participantes, cujos prémios atribuídos foram um teclado mecânico para o grande vencedor e para o segundo classificado uns headphones.

Ao longo dos dois semestres foi notória a grande adesão dos alunos aos vários torneios e o feedback por parte destes também foi bastante positivo. Acreditamos que as várias competições organizadas são uma oportunidade que os estudantes devem aproveitar, dado que nestas podem sempre divertir-se, conhecer novas pessoas, ganhar prémios e, claro, aproveitar alguns finos!

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