Informativo da Chape - Junho

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Foto: Abner Steffen / Chapecoense


EDITORIAL | JUNHO 2017

Realização Associação Chapecoense de Futebol Rua Clevelândia 656-E – Centro Chapecó – Santa Catarina Cep 89.801-561 Telefone – (49) 3905-3700 Comunicação e Marketing Alessandra Lara Z. Seidel Clarissa Soletti Eduardo Guimarães Fernando Mattos João David De Nes Juliana Sá Zonta Rafael Bressan Sirli Freitas Jornalista Responsável Alessandra Seidel / 0006112/SC Criação e Diagramação Eduardo Guimarães Impressão Arcus Indústria Gráfica Tiragem 5.000 exemplares

Conselho Deliberativo Presidente: Gilson Vivian 1º Vice-Presidente: Gelson Dalla Costa 2º Vice-Presidente: Cleimar João Spessatto 3º Vice-Presidente: Orivaldo Chiamolera Secretário: Maurício Zolet Conselho Administrativo Presidente: Plinio David De Nes Filho Vice-Presidente Adm. e Financeiro: Ivan Tozzo Vice-Presidente de Patrimônio e Mkt: Luiz A. Danielli Vice-Presidente de Futebol: Nei Roque Mohr Vice-Presidente Jurídico: Luiz Antônio Palaoro Presidente Cons. Consultivo: Osvino M. de Souza Conselho Fiscal Titulares Presidente: Aldo Bortolanza Membros: Valdecir Filippi Chiella Eliandro Baldissera Suplentes Dério Lazzaretti Paulo Ricardo Dal Magro Pablo Dávi Presidente de Honra Carlinhos Marcon

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Foto: Abner Steffen / Chapecoense

Com a Palavra... Luiz Danielli

O mês de maio foi extremamente especial para a Associação Chapecoense de Futebol, já que comemoramos 44 anos de história. História que se realiza, principalmente, por grandes conquistas e por inúmeras camisas. Camisas que marcaram profundamente pessoas e uma comunidade. No dia 19, fizemos o lançamento dos nossos novos uniformes. E esperamos, sinceramente, que essa nova coleção venha para trazer mais histórias fantásticas às pessoas que passam pela Chapecoense. Maio também foi de especial importância por marcar grandes vitórias; a conquista do bicampeonato catarinense e uma estreia irreparável no Campeonato Brasileiro: A melhor da Chapecoense desde que o time disputa a série A e que resultou na inédita liderança. Surpreendente! E voltando a falar em história, faço questão de dizer que ela só acontece porque grandes forças atuam para que ela aconteça. Forças movidas por pessoas, porque são elas que fazem a existência da Chapecoense. Pessoas comprometidas. Pessoas dedicadas. E isso se tornou ainda mais evidente durante a nossa reconstrução. Os nossos funcionários, que estão diariamente à frente do Clube, que abdicaram de domingos, de feriados e até mesmo de férias para fazer acontecer a história de 2017. E para agradecer aos nossos colaboradores diretos, me permito um plágio: Do roupeiro ao presidente, são vocês que fazem esta história linda se concretizar, dia após dia. Além dos nossos colaboradores, quero fazer um agradecimento especial aos nosso patrocinadores: Aurora, Havan, Umbro e Unimed, porque eles também são responsáveis por permitir que a nossa história seja escrita. Eu costumo dizer que a maioria dos times brasileiros gostaria de ter os patrocinadores que nós temos, pois eles são as pilastras perfeitas. E por último - mas de forma alguma menos importante - quero agradecer aos nossos torcedores. Eles que vibram, que se emocionam e que nos cobram - o que é muito importante. Vocês que sofreram conosco, mas que têm reconhecido os nossos esforços para manter o legado. Continuem conosco! A nossa união fará uma Chape cada vez mais forte. Nós temos uma responsabilidade muito grande de dar sequência a essa história, mas eu tenho certeza de que temos inúmeros anjos nos guiando pelos melhores caminhos, para que a cada novo ano possamos contar novas e surpreendentes histórias. De onde estiverem, obrigado por tudo o que fizeram por Chapecó e pela a Chapecoense. Nós continuaremos fazendo de tudo, incansavelmente, para deixá-los orgulhosos.



BASE | JUNHO 2017

CAMPANHA HISTÓRICA NA COPA DO BRASIL!

Foto: Rafael Bressan / Chapecoense

Sub-20: Verdão eliminou Internacional e Corinthians fora de casa

Foto: Rafael Bressan / Chapecoense

Vencedor não é apenas aquele que levanta a taça no fim de uma competição. Vencedores não se entregam, superam suas barreiras e criam uma trajetória digna de aplausos, mesmo sem a taça em mãos. E foi assim que o sub-20 da Chape se despediu da Copa do Brasil edição 2017, ciente de que fez grande campanha e com uma bela história para contar. Quando o Verdão entrou numa das competições mais importante do país na categoria, já sabia que não teria vida tranquila. Logo na estreia, enfrentou o Internacional e, após perder de 1 a 0 em Chapecó, venceu por 2 a 1 na casa do rival e ficou com a vaga. Feito inédito até então, e detalhado no informativo anterior. Na sequência, foi a vez de encarar o Corinthians, atual campeão da Copa São

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Paulo de Jr, maior competição nacional. Devido às melhorias no gramado da Arena Condá, a Chape mandou seu jogo no saudoso Josué Annoni, em Xanxerê, onde o Verdão já viveu grande capítulos. Com grande atuação do atacante Silvano - autor do gol -, a Chape dominou o jogo, mas acabou empatando em 1 a 1. No jogo da volta, em Barueri, novamente o alviverde foi melhor em campo, mas dessa vez o resultado foi favorável. Silvano marcou o gol da vitória que credenciou a Chape às quartas de final. O adversário nas quartas foi o Atlético-MG. Com uma equipe muito forte, que tem quatro jogadores constantemente convocados para a Seleção Brasileira, a Chape fez um jogo atípico em Sete Lagoas e acabou derrotada por 4 a 0. No jogo da

volta, novamente em Xanxerê, os mineiros venceram por 2 a 0 num jogo no qual a Chape se jogou para o ataque e acabou sofrendo com os contra-ataques. Apesar da eliminação, a campanha do Verdão é muito comemorada dentro do clube. Nas campanhas anteriores, a Chape não havia passado da primeira fase. Esse bom desempenho, chegando até a terceira fase da competição faz parte de um planejamento da diretoria e comissão técnica. “Nosso time tem feito grandes campanhas nessa temporada, quartas de final na Taça São Paulo e Copa do Brasil e campeão Estadual. É fruto do trabalho que começou há cinco ou seis anos. A maioria destes atletas do sub-20 estão no clube há mais de quatro anos”, destacou Cezar Dal Piva, diretor das Categorias de Base.


BASE | JUNHO 2017

SUB-15 É CAMPEÃO DA TAÇA DA AMIZADE!

FotoS: Nelson de Souza

Verdão superou Inter, Grêmio e Juventude para conquistar o título da 13ª Taça da Amizade - Roca Sales

A Chapecoense conquistou, no dia 21 de maio, o título da “13ª Taça da Amizade - Roca Sales”, após vencer o Juventude por 1 a 0, com gol do Matheus Pan, na grande final. Na campanha, o Verdão também bateu o Internacional e o Grêmio. A competição sub-15 já é tradicional na cidade gaúcha e conta com a participação de grandes equipes do Sul do país, tradicionais no cenário nacional e internacional. Além dos gaúchos e catarinenses, essa edição contou com a presença do Grêmio Santo Antônio, de Campo Grande/MS. Para chegar a essa conquista a Chape não teve vida fácil. Venceu a equipe da casa logo na estreia e sofreu revés para o Juventude, avançado para as quartas de final. Daí em diante os Verdinhos só cresceram. Após sair atrás no placar diante do Internacional, a Chape lutou e virou o jogo para 2 a 1, num dos jogos mais dramáticos e intensos. O técnico Giovani Rigotti revelou que os joga-

dores saíram de campo extenuados. Na fase seguinte encontrou mais um adversário de peso, o Grêmio. Mesmo assim a Chape não se intimidou, venceu por 1 a 0 e conquistou vaga na final. Na grande decisão, o adversário foi novamente o Juventude, os dois clubes já haviam se enfrentado na primeira fase. Dessa vez quem levou a melhor foi a Chapecoense. Em um jogo muito disputado, Matheus Pan marcou o único gol do jogo e deu o título para o Verdão. Após o jogo, o técnico Giovani Rigotti destacou a importante conquista da categoria. “Grande conquista num torneio de alto nível devido às equipes que participaram. Agradeço a Chapecoense por nos oportunizar estar à frente deste trabalho e também aos atletas e a comissão que estiveram 24 horas focados e acreditando sempre no nosso potencial”, destacou.

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Foto: Divulgação Chapecoense


ESCOLINHA | JUNHO 2017 Escolinhas da Chape atendem mais de quatro mil crianças e jovens O projeto inicial das escolinhas teve apoio do ex-presidente, Sandro Pallaoro

A expansão dos polos das Escolinhas da Chape é constante. Até agora são 33 polos oficialmente inaugurados, que atendem mais de quatro mil alunos entre cinco e 17 anos. Além das filiais já abertas, outras três aguardam apenas alguns detalhes para entrarem em funcionamento, são elas: Arabutã e Papanduva em Santa Catarina, Santa Maria no Rio Grande do Sul e Cruzeiro do Iguaçu no Paraná. O último ato de inauguração foi em Ijuí-RS, terra natal do ex-jogador Paulo Baier. O mesmo prestigiou o evento e foi presenteado com uma camisa do Verdão.

Para Giovani Rigotti, coordenador geral e idealizador das Escolinhas da Chape e também treinador do sub-15 da Chapecoense, é um orgulho ver a dimensão que o projeto tomou. Seis anos atrás, o treinador, juntamente com o presidente da época, Sandro Pallaoro, deram origem ao projeto “Craque Cidadão”. “A gente acreditava que seria um projeto de sucesso, mas não que chegaria a esse nível tão rapidamente”, revela Giovani. Segundo ele, há muitos fatores que fizeram com que as escolinhas tomassem essa proporção. Uma delas é o sucesso do

time profissional. As grandes campanhas e carisma do verdão no cenário nacional e mundial trazem junto o fortalecimento da Escolinha da Chape. Além disso, Giovani comenta que o modelo de gestão também é um dos grandes responsáveis, já que a administração visita os polos das outras cidades, realiza competições e faz avaliações de jovens atletas dando a eles a oportunidade de mostrar seu potencial. “Nosso forma de gerir as escolinhas passa confiança às pessoas de fora, que hoje optam por fazer parceria com a Chape e não com outros clubes”, acrescentou.

Vem aí a II Copinha Verde e Branca

A Escolinha da Chape está organizando a II Copinha Verde e Branca de futebol sete. No próximo mês, atletas dos 33 polos poderão participar do torneio que envolve as categorias sub-7 e sub-9. A competição acontece em campos sintéticos devido às dimensões dos mesmos. Os professores afirmam que para essa idade é recomendado dimensões menores para que a criança te-

nha mais contato com a bola. O objetivo do evento é promover a integração dos jovens atletas, professores e organizadores de todos os polos espalhados pela região, sendo que todos fazem parte do mesmo projeto. É esperado cerca de 350 atletas entre as duas categorias.

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JOGO RÁPIDO | JUNHO 2017

CHAPE NO Top da Bola

No dia 10 de junho, quando a Chapecoense completou 44 anos, o torcedor alviverde ganhou um presente especial: o lançamento da tão aguardada loja online do Verdão. A “Loja da Chape” será administrada pela Netshoes - uma das principais plataformas de produtos online na América Latina - e oferecerá uma vasta gama de produtos oficiais e licenciados do time, que incluem os uniformes de jogo, linha feminina e infantil, além de artigos colecionáveis e para presente. Por enquanto, são cerca de 40 artigos, mas há vários outros em processo de licenciamento. Os mantos que foram lançados pela Umbro no último mês e que serão utilizados pela Chape na temporada 2017 também já estão disponíveis. Para consultar e adquirir os produtos basta acessar www.lojadachape.com.br

curso para treinadores

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A Chape recebeu, no dia 25 de maio, oito troféus de ouro na premiação do Top da Bola - votação que premia os melhores do estadual. Reinaldo, Andrei Girotto, Luiz Antonio e Rossi foram escalados para a seleção do estadual. O técnico Vagner Mancini, o preparador físico Marquinhos e o Presidente Maninho também receberam premiação máxima em suas funções. Além deles, João Pedro foi escolhido o jogador mais versátil da competição e o goleiro Artur Moraes - que também foi o goleiro menos vazado da competição - e o zagueiro Douglas Grolli ganharam troféu de prata nas suas posições. Por fim, Reinaldo ganhou prata na categoria "Craque do Campeonato" e João Pedro ganhou mais um troféu - desta vez de bronze - como meio campista.

Loja Online da Chape

Em maio, a Chapecoense promoveu a “2ª Jornada de formação para treinadores de futebol ACF/Unoesc”, curso de capacitação voltado para os professores dos polos das Escolinhas da Chape e estudantes de educação física da Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc). O evento contou com a participação de 80 pessoas e carga horária de 20 horas. A capacitação contou com situações teóricas e práticas. Giovani Rigotti, coordenador geral da Escolinha da Chape e técnico do sub-15, Fábio da Cunha, coordenador das Categorias de Base e Rodrigo Casarin, técnico do sub-17, foram os palestrantes. O maior objetivo do curso é fazer com que os professores tenham métodos de trabalho semelhante com o que é feito nas Categorias de Base do clube.


LANCAMENTO DOS NOVOS UNIFORMES 2017 ´

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Foto: Abner Steffen / Chapecoense

A história da Chapecoense contada através dos mantos Quantas histórias cabem em 44 anos de existência? Quantos “jogos da vida”, gols marcados, bolas defendidas, vitórias conquistadas contra o inacreditável, derrotas amargas, títulos heróicos… E quanto suor carregam as mais de 130 camisas vestidas em mais de quatro décadas de luta? Quanto sal de lágrimas - de emoção, alegria ou tristeza? Quanto peso da responsabilidade e da pressão pela realização de sonhos sonhados por toda uma população? Uma população que depositou no verde das camisetas a esperança por dias prósperos e que abraçou a causa chapecoense como uma mãe que abraça um filho. Crentes de que da união e da torcida pelo amor à camisa surgiria um time bravo e aguerrido, capaz de se fazer gigante entendendo a própria humildade e modéstia e honrando, indispensavelmente, as próprias raízes. Não se frustraram. Sempre foi esse o nosso combustível. Em 1977, quando Jaime, aos 40 minutos do segundo tempo, estufou as redes da goleira do velho Índio Condá, garantindo a conquista da primeira estrela que seria bordada no manto verde e branco, sobre o escudo - ainda tímido - no tecido nem um pouco moderno, prático e adequado ao futebol, mas costurado com fios resistentes como a fé, inabalável, do time que, quatro anos antes, dava os primeiros passos em direção a uma existência respeitável e de glórias. Em 1996, quando o épico dividiu espaço com o polêmico e a camisa verde, de mangas longas e detalhes alvos, foi vestida pelo time de Marquito e Gilmar Fontana, autores dos gols que garantiram a vitória, em Chapecó, dando ao foguetório o valor do segundo título catarinense. Em 2007, quando toda a superação entrou em campo para vencer não só o Criciúma, mas também a fase desfavorável fora das quatro linhas, o jovem Jean Carlos chamou para si a responsabilidade de motivar os companheiros, marcar o primeiro gol e ver Fábio Wesley anotar o segundo - a dez minutos do final - garantindo o empate diante do Tigre, o terceiro título estadual e a terceira estrela sobre o escudo, estampado imponente, sobre o coração. Em 2009, quando o tempo ruim que assolou Chapecó não foi páreo para a torcida apaixonada que, a plenos pulmões, empurrou o time para o acesso à Série C , na partida

contra o Araguaia, no Índio Condá. Em 2011, quando o mesmo Criciúma de 2007, sucumbiu diante do time de Mauro Ovelha, que conquistava o quarto título estadual e começava a se projetar para o Brasil como o time do inacreditável. Em 2012, quando parecíamos ter chegado ao ápice e nos deparamos com mais uma ascensão histórica, vestindo a camisa verde, que evoluia na mesma velocidade que o time, carregando quatro estrelas e uma legião cada vez maior de torcedores, conquistados pela garra e pela simpatia. Em 2013 quando, contrariando as expectativas do mais otimista dos torcedores, conquistamos a segunda melhor campanha da série B e o acesso à série A, tendo no time o incansável Bruno Rangel - do nove estampado na camisa histórica e dos pés habilidosos, oportunistas e precisos - que se mantém como o maior artilheiro da história da competição. Em 2016, que começou com camisas brancas, molhadas pela chuva e por lágrimas de alegria que consagraram o quinto título catarinense - derrubando do manto as estrelas, que, agora, já eram uma constelação - e se encerrou com o uniforme de imponente listra verde limão como a vestimenta titular do time de eternos anjos, guerreiros e campeões, que saíram para conquistar a américa e conquistaram todo o mundo. E de 2017, quando a estrela branca e solitária - de tanto valor e significado - ganhou espaço no manto sagrado e brilhou mais forte, para guiar o Clube pelo caminho da reconstrução e lembrar - acima de qualquer dificuldade - o quanto é RICA a história da Chapecoense. Tão rica que bastaram cinco meses para conquistar, novamente, o estado e, indo ainda mais longe, chegar a um feito inédito: no dia que marcou os seis meses de um novo começo, o time conquistou a inédita liderança do Campeonato Brasileiro. E por mais efêmeras que sejam, na prática, algumas conquistas, elas se tornam perenes por toda a superação que carregam. Sempre foi esse o nosso combustível. O cultivo às raízes. A superação. O amor à camisa.

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#ACELERACHAPE | JUNHO 2017

Fotos: Rodrigo Ruiz

# AceleraChape terá produtos para a torcida

A Linha Racing de produtos da Chapecoense está chegando para os associados e torcedores. A partir do início do mês de julho será possível adquirir produtos como camisas pólo, camisetas, bonés, squeezes, entre outros, que são utilizados nos autódromos brasileiros por onde passam os carros da Mercedes-Benz Challenge e os integrantes da Chapecoense Racing Team. Neste ano, o piloto Raijan Mascarello e a Chapecoense firmaram uma parceria nas pistas, que está rendendo bons resultados em divulgação e financeiramente para o clube. Agora, com o incremento da loja virtual para os produtos da Linha Racing, a parceria será fortalecida. A loja virtual estará disponível no site www.raijan.com.br que é, também, o site oficial com as informações da equipe. “Desde a primeira corrida, muitas

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pessoas nos pediam os produtos nos autódromos, falando da simpatia que criaram pela Chapecoense. Nas visitações de público, nosso box é um dos mais procurados e as pessoas querem os produtos. Então, vamos concretizar o projeto da loja e deixar os produtos oficiais disponíveis para todas as pessoas, principalmente os torcedores da Chape”, conta Raijan.

Próxima etapa

O carro da Chapecoense Racing volta às pistas no dia 2 de julho, em Curitiba, para a disputa da terceira etapa da temporada. E a palavra de ordem é recuperação, em todos os sentidos. Na etapa disputada em Santa Cruz do Sul, no final de maio, Raijan teve um excelente fim de semana durante os treinos, tanto que largou na terceira posição. Porém, logo na primeira curva acabou sendo

vítima de um acidente logo no início da prova e teve três costelas trincadas. Felizmente, não houve nada de mais grave e ele já está recuperado para a próxima prova, que correrá junto com a Corrida do Milhão da Stock Car. “Foi um susto tremendo, mas felizmente não teve consequências mais graves. Tínhamos tudo para brigar pela vitória na etapa. Agora vamos nos preparar mais e acelerar em Curitiba para buscar a primeira vitória da Chapecoense Racing Team”, afirmou Raijan Mascarello. As corridas do Mercedes-Benz Challenge são transmitidas pelo canal Band Sports. Nas redes sociais, o #aceleraChape pode ser acompanhado através do facebook/raijan.oficial


FUNCIONÁRIO DO MÊS | JUNHO 2017

“De torcedor para torcedor”

Foto: Sirli Freitas / Chapecoense

Eduardo Lima Guimarães, a mente por trás das redes sociais da Chapecoense

De um passatempo despretensioso, surgiu uma Fanpage de sucesso. Da Fanpage, a ideia de aproveitar o embalo para criar uma linha de camisetas e, consequentemente, faturar. Das camisetas surgiu o imprevisto e o receio e, deste medo, uma oportunidade de emprego sem chance de recusas. Aí foi questão de tempo para o ofício virar uma paixão. E, por envolver tanto sentimento, a trajetória de Eduardo Lima Guimarães tem sido de sucesso. Tinha apenas 18 anos, Eduardo aceitou encarar o desafio de trabalhar na Associação Chapecoense de Futebol. Era 2014, o primeiro ano do Clube na Série A, e tudo surgia como novidade para o time do Oeste Catarinense que debutava entre os 20 melhores do Brasil e que havia conquistado, com as próprias pernas, uma ascensão meteórica e incontestável. E na primeira divisão do Brasileirão, a equipe seguia surpreendendo. De jogo em jogo enfrentava, com olhos nos olhos, os grandes times do país. Mas mesmo com dignas atuações, ainda despertava, em algumas pessoas, o sentimento de desconfiança. Até quando duraria o ímpeto da equipe alviverde? Aí coube a Eduardo colocar a cabeça para trabalhar. Responsável pela direção de arte e pelas redes sociais do time, ele entendeu que precisava aproveitar o momento vivido pela equipe para cativar torcedores por todo o Brasil. E fez isso entendendo que os

canais de informação do Clube deviam comunicar de uma forma simples, mantendo a seriedade e a credibilidade, mas falando numa linguagem “de torcedor para torcedor”. Percebendo que o futebol é movido por brincadeiras saudáveis, Eduardo foi oportunista. Quando a Chapecoense venceu o Inter por 5x0 na Arena Condá, por exemplo, publicou um sutil “ué” que viralizou entre os torcedores da Chape e de vários outros times do país. Foi a forma modesta de fascinar a todos. “A Chape virou um time simpático porque brincava com todas as equipes sem difamar ou ofender. Eu comecei com algumas interações e isso acabou a tornando o segundo time de muita gente no Brasil”, afirma. Na contrapartida das “zoeiras”, Eduardo passou a parabenizar, através dos perfis oficiais do Clube, todas as equipes adversárias nos seus respectivos aniversários. E aí, além da simpatia, a Chape conquistou o respeito dos outros times e de seus torcedores. Tanto que as rivalidades passaram a se limitar às quatro linhas, e, aliado às boas atuações dentro de campo, a Chape se tornou o que é: um dos Clubes mais queridos do país. Para Dudu - como é chamado pelos colegas - ajudar na construção da imagem positiva do time é motivo de orgulho. Além disso, ele foi o responsável por cunhar o termo “flechada” - que viralizou

entre os torcedores da Chapecoense como referência às vitórias da equipe - entre outros trabalhos marcantes e memoráveis. O principal veio num momento de muita dor: Após o acidente aéreo de novembro, Eduardo sentia-se inquieto. Precisava, da sua forma, homenagear e eternizar os que haviam partido. Conseguiu fazer isso de uma forma simplista, mas impactante: Propôs uma alteração no escudo da Chapecoense - que passou a receber uma estrela solitária acima do “ACF” e outra estrela no interior da letra que se refere ao futebol. A ideia foi abraçada e colocada em prática e hoje o escudo reformulado estampa o peito de todas as camisas alviverdes. Para Eduardo, o feito mais memorável na sua trajetória na Chape. Mais do que profissional e referência, Dudu passou a ser mais um torcedor aficionado. Tanto que ele não se imagina fazendo outra coisa e, menos ainda, trabalhando em outro time. Além disso, o jovem profissional valoriza as experiências vividas dentro do time - que vão desde o momento da ascensão à realidade da reconstrução. “Eu vou contar isso para os meus filhos. Com 21 anos, tudo o que vivi aqui oportunizou muito crescimento. Independente de onde eu for, sempre terei orgulho em falar que faço parte desta incrível Chapecoense”, finaliza.

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Foto: Sirli Freitas / Chapecoense


pequeno eu só queria receber bola de futebol de presente de aniversário. Se me davam um brinquedo que não fosse bola, eu não aceitava. Ganhava umas 30 bolas por aniversário. Era muito ‘da hora’. Meu pai conta que eu dormia com todas elas na cama”, relata Paulista. O fascínio evidente, que transparece nas atitudes do atleta dentro e fora das quatro linhas, se torna o ingrediente que condiciona o craque à condição de novo ídolo. E a admiração é mútua. Para Paulista, os chapecoenses são diferentes, muito educados e receptivos, tanto nas ruas da cidade quanto nas arquibancadas da Arena. É dos alambrados dos estádios, inclusive, que o jogador recebe - desde o início da carreira - apoio e motivação de figuras especiais. “Quando eu estava no Juventus (da Mooca, onde iniciou a carreira no futebol de campo) tinha uma faixa atrás do gol escrita assim ‘Wellingol - seu torcedor número 1’. Aí eu pensei… Caramba, já tenho fã? Que legal… Aí fui ver, estava o meu pai embaixo da faixa”. A torcida incondicional dos pais não se limitou às equipes paulistas, que ficam próximas de onde eles moram. De motorhome, Walter e Alexandrina já percorreram o Brasil para apoiar o filho. Em muitas das viagens, há a companhia especial de Isabelli, filha de Paulista. “Minha pequena é a minha maior motivação. Não tem muito o que falar. A Isabelli sempre gostou de futebol, sempre gostou de entrar comigo no campo, às vezes até brinca que quer jogar como eu. É coisa de criança, mas o que ela quiser ser eu vou apoiar”, afirma. Por ser tão apegado à família, Wellington Paulista parece ter encontrado encaixe perfeito na Chapecoense - Clube frequentemente identificado pelo forte espírito de grupo e união dos atletas. “Aqui, nesse grupo, parece que a gente está junto há dois, três anos já… Não sei como, não sei explicar. Não tem uma lógica nisso que aconteceu, até porque em qualquer time que foi montado às pressas, demora a acontecer o entrosamento. Mas aqui não”. E é a ligação do grupo quando a bola não está rolando que faz com que o time venha conquistando um bom desempenho dentro das quatro linhas. Paulista, que, por méritos, já carrega a braçadeira de capitão, se orgulha e empenha ainda mais em seguir adiante. “Manter o foco, manter os pés no chão e a cabeça no lugar. Isso é o mais importante. Saber que tem muita coisa pela frente ainda e que dá pra gente chegar longe”, finaliza.

Foto: Sirli Freitas / Chapecoense

Santos, Botafogo, Cruzeiro, Palmeiras, Inter, Ponte Preta… Passagens marcantes pela Espanha e pela Inglaterra. Para qualquer jogador de futebol, este seria o currículo perfeito. Tão próximo do ideal que, depois disso, nada mais teria porte o suficiente para surgir como novidade ou desafio. Para Wellington Paulista, no entanto, a vida reservaria uma surpresa a mais. Para o centroavante de 34 anos - que já viu e viveu de tudo e adquiriu tanta experiência quanto se julga possível para um jogador profissional - o mais comum seria optar por uma situação cômoda e confortável, mas Paulista resolveu aceitar uma missão especial. Muito além de vestir uma camisa, conquistar títulos ou artilharias de campeonatos, essa dizia respeito a manter um legado. E coroar, com primor, o desejo do pai em ver o filho como um grande jogador. Wellington Paulista estava em casa, em São Paulo, quando seu empresário telefonou para informar que tinha quatro propostas que poderiam interessar. Três que fariam o atleta continuar jogando e em evidência e uma que representava muita responsabilidade. Era um sinal. “No dia do acidente eu tinha falado pra minha esposa que eu queria vir pra Chape, porque eu queria ajudar de alguma forma (...). E aí o meu empresário disse isso e eu respondi: só me fala a proposta que é de muita responsabilidade. Eu estava meio que pressentindo. Aí ele falou: é a Chape.” relembra. Em um dia estava tudo resolvido. Habituado ao compromisso com a camisa 9, Paulista encontrou, na Chapecoense, um desafio e a necessidade de um comprometimento de muito mais peso: levar nas costas o número do maior artilheiro e ídolo da história do clube, Bruno Rangel. “Eu tinha que encarar isso da melhor maneira possível. Me adequar rápido, me adaptar fisicamente e jogar. Porque eu sabia que se o time entrosasse rápido, eu ia fazer os gols e ajudar a equipe”, afirma. Deu certo: em 33 jogos pela Chape, 11 gols marcados e a liderança da artilharia da equipe. Além dos gols, no extra-campo Paulista também se destaca. Pela experiência e pela educação - herança do pai Walter e da mãe Alexandrina - o atacante conquistou o respeito da torcida e dos colegas de grupo. Muito disso porque ser jogador de futebol nunca foi visto como um ofício, mas sim como uma paixão. “Eu sempre amei futebol... Desde que eu era pivete. Quando eu era


Novo Hospital Unimed ChapecĂł

Fortalecendo o Cooperativismo, olhando para o futuro e cuidando de vocĂŞ!

#vamoschape

25 ANOS


CONSULADOS | JUNHO 2017

Desde a sexta-feira, 26 de maio, o Departamento Comercial da Chapecoense deu início a uma série de reuniões em cidades próximas a Chapecó com o objetivo de fundar novos consulados do time e regulamentar os já existentes. Os encontros estão sendo promovidos, ainda, para disseminar a ideia de que o Clube já não se limita à representação de uma cidade, mas de toda uma grande região. A primeira reunião, comandada pelo Gerente Comercial da Chapecoense, Dorlei Mattei, foi no município de Saudades e reuniu cerca de 26 sócios torcedores. O segundo encontro, realizado no sábado (27), foi na cidade de Seara e reuniu, por sua vez, 23 sócios. No dia 30 foi a vez do município de Concórdia receber os representantes da Chapecoense. Concórdia possui, atualmente, mais de 100 sócios ativos e a reunião para oficializar o consulado reuniu cerca de 20 pessoas, que elegeram como Cônsul da cidade o sócio Rudinei Perizzolo e como Vice-Cônsul Alexsandro dos Santos Pra-

do. No dia 31 do último mês, a reunião foi em São Miguel D’Oeste, onde se definiram os trâmites para a implantação de um consulado no município do extremo oeste catarinense. Por fim, no dia 07 de junho, o encontro entre Clube e sócios aconteceu no Pratas Thermas Resort e Convention, no município de São Carlos, reunindo 16 lideranças do município. Nos encontros - que têm sido muito bem aceitos pelos sócios interessados em integrar os consulados - o regimento interno da Associação Chapecoense de Futebol foi apresentado aos torcedores, ao passo em que foi proposta a criação de um regimento interno para cada consulado. Além disso, uma ata de fundação foi redigida para registrar o ato em cada uma das cidades. Para Mattei, muito mais do que regularizar as pendências referentes aos consulados - já que muitos se intitulam desta forma, mas não são, de fato, conveniados ao Clube - a intenção é conseguir

um número cada vez mais expressivo de sócios para o Verdão, além de valorizar e promover a aproximação entre os torcedores e a Chapecoense. Outra ação para enaltecer os consulados está sendo realizada em jogos específicos da Chape na Arena Condá: entre os consulados de cada cidade, serão sorteados ou escolhidos - pelo respectivo cônsul - torcedores que irão acompanhar a partida da Ala VIP do estádio, com atendimento diferenciado. Na noite da segunda-feira (29), quando a Chape recebeu o Avaí, os contemplados da ação foram sócios torcedores do Consulado de Cordilheira Alta - um dos primeiros a ser fundado fora de Chapecó. No jogo contra o Cruzeiro no dia primeiro de junho, válido pela Copa do Brasil, o Consulado de Saudades foi contemplado. No próximo dia 23 e no dia 04 de julho os Consulados de Xaxim e de São Carlos, respectivamente, serão oficializados em nova assembléia.

Foto: Sirli Freitas / Chapecoense

Fotos: Divulgação

Chape promove fundação de novos consulados

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CHAPE SOCIAL | JUNHO 2017

Fotos: Sirli Freitas / Chapecoense

“A Chapecoense nos trouxe ESPERANÇA!”

Muito mais do que um esporte, o futebol tem dado inúmeras provas de que é um legítimo agente de mudanças. Das simples e quase imperceptíveis às que representam toda a fé que pode haver em uma pessoa. Basta ligar o rádio ou a televisão, ler os jornais e, principalmente, acessar qualquer rede social para ver inúmeros exemplos de como pode existir muita empatia e solidariedade nos bastidores da bola rolando. Não é preciso ir muito longe. Foi em Concórdia, a cerca de 100 km de Chapecó, que o futebol - neste caso, em específico, a Chapecoense - plantou uma semente de esperança. É no município do oeste catarinense que reside o pequeno Bernardo Dalla Costa, de apenas dois anos. Aos seis meses, Bê foi diagnosticado com Atrofia Muscular Espinhal Tipo I. A “AME” é uma doença rara, progressiva e degenerativa que afeta os músculos, impedindo a sustentação da cabeça e a mobilidade e dificultando que a respiração e a alimentação aconteçam de forma natural - o que exige com que o Bê se alimente por sonda de gastronomia e utilize um ventilador para auxiliar a respiração. A descoberta deixou a família desnorteada e representou o início de uma luta com perspectivas incertas, já que ainda não haviam tratamentos ou possibilidade de cura. “Aconteceram muitas mudanças, mas o que nos guiava

era uma certeza: ele estava vivo e mais do que nunca precisava de nós, firme e fortes, para o apoiar nesta grande missão”. Grande missão. É assim que Luana Broch de Moura, mãe do Bê, define a história do pequeno. A esperança nunca foi posta de lado e, no final de 2016, uma notícia renovou as forças da família na luta pela vida do menino. Luana e o marido, Leandro Dalla Costa, sempre procuraram estudar, conhecer e se aprofundar sobre a doença e em dezembro do último ano foram surpreendidos com a informação de que o primeiro medicamento para a AME havia sido aprovado para a comercialização nos EUA. Ao passo em que a descoberta aflorou a expectativa pela possibilidade de amenizar os sintomas da doença, a injeção de realidade: a família do pequeno Bernardo não se encaixou nos requisitos para ir até o país e receber o tratamento. Ainda assim, havia a possibilidade de adquirir o medicamento e fazer as aplicações no Brasil. O valor? 3 milhões. Foi aí que começou mais uma batalha: a de mobilizar o maior número de pessoas e arrecadar a quantia necessária para a aquisição do Spinraza, onde surgiu a campanha “Juntos pelo Bê”. “Impossível? Para Deus não existe impossível”, afirma Luana. E nem para o amor dos pais por um filho. Extremamente solidária à situação,

a Chape entrou em cena para fazer a sua parte. No dia 05 de junho o atleta Alan Ruschel, o Gerente de Futebol Nivaldo e o Vice-Presidente de Futebol Nei Maidana visitaram o Bê para entregar, além de camisas personalizadas do time e duas medalhas da Sul-Americana - que serão rifadas - uma dose extra de esperança e alegria para o menino, que não conseguia conter o sorriso com os convidados. Bê havia sido avisado sobre a visita e surpreendeu os próprios pais pela recepção tão positiva. “Ver meu filho olhando com os olhinhos brilhantes, sorrindo, como se já os conhecesse a tempos! Meu coração inundou de esperança. Poder ter o privilégio de conhecer o Alan, alguém que lutou tanto quanto o Bernardo luta diariamente pela vida, ali, do lado do nosso guerreiro, só pode ser Deus”, finaliza Luana. Além do auxílio na rifa, a Chape fará divulgação de todas as formas de apoiar a campanha “Juntos pelo Bê” nas redes sociais, que possuem um grande número de visualizações e abrangem todo o mundo. Atitudes que fazem a diferença e que dão as pais do menino o direito de sonhar e de afirmar: “Um dia nosso menino entrará naquele gramado, com sua voz singela e doce dizendo: Obrigado Chape, seguido do maior grito de guerra: Vamos, vamos Chape!”.



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