Edição #65
MAIO 2021
DIGITAL CHAPEL English version
! YEARBOOK 2021: AINDA DÁ TEMPO DE PARTICIPAR
! PRÊMIO DESTAQUES DO HS
ALUNOS DO HS INTEGRAM PROJETO PARA JOVENS REFUGIADOS
Criada pelo jornal Joca, em parceria com o ACNUR (Agência da ONU para Refugiados), a ação Mi Casa, Tu Casa envolve alunos da Chapel em troca de ! VEM AÍ O RECITAL DE MÚSICA 2021!
cartas, doação de livros e incentivo à leitura de crianças e adolescentes venezuelanos refugiados que vivem em abrigos de Roraima, na região norte do Brasil.
CHAPEL’S BEST UNDER 40 ! SPIRIT WEEK
Arthur Nasinbene Coordenador de Seleção para a América Latina na Hult International Business School. ! QUEM CHEGOU
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participar, além de divulgarmos nos grupos de whatsapp de todos os anos. Também contamos com a divulgação em todas as salas de aula por meio do CARES e dos professores de português no elementary, e do Advisory no high school .
PROJETO SOCIAL Alunos do 8º ano divulgam projeto Mi Casa, Tu Casa Os alunos do 8º ano Alma Castañares, Beatriz Abram e João Pedro Fegyveres trouxeram para a Chapel o projeto Mi Casa, Tu Casa, que objetiva arrecadar livros infanto-juvenis para compor bibliotecas que serão criadas nos treze abrigos de refugiados venezuelanos mantidos pelo ACNUR (Agência da ONU para Refugiados) em Roraima, na região norte do Brasil. Idealizado pelo jornal Joca, o projeto também prevê troca de cartas entre crianças brasileiras e venezuelanas. “Na Chapel, estamos atuando em duas frentes: divulgando a campanha de doação de livros no elementary e no high school e também coordenando a troca de cartas, junto com a Coordenadora do Programa Brasileiro, Eliana Cardia, entre nossos alunos do ES e as crianças refugiadas”, explica a aluna Beatriz Abram. Ela conta que os alunos do 1º ano enviarão desenhos e os alunos do 2º ao 6º ano enviarão cartas contando sobre a vida no Brasil, a diversidade cultural e outros assuntos. Atualmente, cerca de sete mil pessoas vivem nos abrigos da Operação Acolhida, do Governo Federal, e quase metade dessa população tem entre 0 e 17 anos.
No início de maio, distribuímos quatro caixas pelos corredores do elementary e do high school para as pessoas depositarem os livros”. O aluno João Pedro Fegyveres, que está arrecadando livros com a família, vizinhos e colegas da Chapel, conta por que decidiu participar do projeto: “A leitura é uma forma de facilitar a adaptação dessas crianças ao Brasil, para que se sintam mais confortáveis aqui. Espero que o projeto traga muita alegria para as crianças e adolescentes, pois os livros são uma ótima maneira de ocupar o tempo e de aprender coisas boas, fazendo com que se esqueçam um pouco das dificuldades e deixemse levar pela criatividade e imaginação das obras”. Beatriz Abram comenta que participar do projeto está sendo uma oportunidade de
A aluna Alma Castañares, que foi a primeira a se engajar no projeto e tomou a iniciativa de chamar os colegas para participar da ação, dá detalhes da divulgação: “Fizemos um vídeo , que foi postado no Instagram da Chapel, para anunciar o projeto, explicando as formas de
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aprender mais sobre a questão dos refugiados: “Fico imaginando como as crianças se sentem nos abrigos e como as bibliotecas e as cartas podem ajudá-las a se sentirem menos sozinhas. Além de serem fonte de entretenimento, os livros podem dar a elas ideias de um mundo melhor”. Doação de livros ao Projeto Mi Casa, Tu Casa O que doar? Livros de literatura infantojuvenil, em português e/ou espanhol, novos ou usados. De preferência, redigir uma pequena dedicatória no livro doado. Onde doar? Depositar os livros nas quatro caixas identificadas, que estão nos corredores do ES e do HS. Até quando? Até o dia 20 de maio. Após essa data, os livros serão levados para a sede do jornal Joca, a fim de serem remetidos aos abrigos. Mais informações sobre o projeto: https://www.jornaljoca.com.br/joca-e-acnurconvidam-jovens-para-acao-com-refugiados-emigrantes-da-venezuela/.
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Além da seção especial de memórias, outro diferencial desta edição será o viés jornalístico. “Na ausência de eventos, produzimos conteúdo como, por exemplo, uma entrevista com o coordenador de esportes, Bruno Pereira, e também uma linha do tempo dos eventos que aconteceram nos momentos de abertura do campus, com textos explicando o que aconteceu de diferente este ano”, adianta Leticia Barbosa, aluna do 12º ano. A colega Sofia Buazar complementa: “A gente conversou muito sobre a ideia de que este yearbook será futuramente um material de consulta. Neste sentido, ele será muito especial porque as pessoas poderão ver, além dos textos, imagens de tudo o que foi modificado e adaptado pela Chapel neste ano de pandemia. Será um registro histórico, um livro que vai contar uma história. Afinal, o Yearbook é uma recordação que guardaremos para sempre”. Para a aluna Mariana Cadore, do 11º ano, participar do Yearbook Club foi uma excelente oportunidade para aprender novas habilidades: “Adorei trabalhar com os programas gráficos, por exemplo, mas também foi uma experiência que agregou muito, pois, a fim de buscar os fatos mais importantes do ano para compor o livro, passamos a entender o funcionamento da Chapel não apenas como instituição, mas principalmente enquanto comunidade”. Ela conta que o foco dos textos foi buscar “o lado positivo do ensino remoto, verificando, por exemplo, como estamos trabalhando mais unidos em um espírito de cooperação e positividade durante este momento difícil”. Luana Moussa, do 12º ano, considera essencial a participação dos seniors no Yearbook Club: “É nosso último ano e o Yearbook é muito importante para nós, por isso estamos nos esforçando para fazer a melhor publicação”.
YEARBOOK 2021 Participe da próxima edição do livro, cujo tema é “A Touch of Gold”
A edição 2020/2021 do Yearbook da Chapel está em sua fase final de produção. Essa publicação é projetada e desenvolvida pelo Yearbook Club, um clube extracurricular aberto a alunos do 9º ao 12º ano. Neste clube, todos os membros trabalham juntos para criar um Yearbook que capture a essência da comunidade da Chapel: alunos, funcionários, esportes, atividades, eventos e memórias de cada ano letivo. Os alunos do Yearbook Club estão convidando a comunidade escolar para participar de uma seção de memórias, enviando depoimentos e fotos de momentos marcantes e especiais vividos durante a fase de ensino remoto/híbrido. O material pode ser remetido até o dia 18 de maio para o email: publications@chapelschool.com, aos cuidados da bibliotecária Fernanda Caires, responsável pelas publicações do colégio. “A ideia é dividir momentos felizes. Teremos páginas reservadas para essas recordações, que são justamente os ‘toques dourados’ na vida das famílias durante o isolamento social”, explica Ms. Caires. A Touch of Gold: a crença em dias melhores O tema do Yearbook deste ano, “A Touch of Gold” (Um Toque Dourado), remete à esperança no futuro: “O ouro é relacionado à luz, e acreditamos que, mesmo em meio a uma pandemia, as pessoas precisam acreditar que tudo vai voltar à normalidade, já que temos esperanças no futuro”, explica Sofia Buazar, aluna do 12º ano. A partir do questionamento: “Qual foi o seu toque de ouro?”, alunos, pais, professores e funcionários estão sendo convidados a enviar registros e relatos de bons momentos vividos durante o período de ensino remoto: “Foi bom perceber que, em meio a tanto caos e tanta incerteza, ainda havia pitadas de felicidade na vida das pessoas”, comemora Ms. Caires.
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Chapel: reconhece o aluno que melhor combina as características anteriores: reúne boas notas, boas atitudes, e é admirado e respeitado por colegas e professores, sendo um bom exemplo para todos. Prêmios do Perfil do Aluno IB Curioso: nutre sua curiosidade, desenvolvendo habilidades para indagação e pesquisa.
HOMENAGEM Alunos do high school são premiados em quatorze categorias Realizada anualmente, a Premiação do High School reconhece e valoriza alunos que se destacaram de maneiras diversas durante o último período letivo. Para cada série, do 7º ao 11º ano, são oferecidos quatro prêmios: Compromisso com a Aprendizagem, Cidadania, Prêmio Chapel e Melhor GPA (maior média ponderada). No 12º ano, os seniors concorrem nessas quatro categorias e, ainda, nos dez atributos que integram o perfil do aluno IB e que são relacionados a competências cognitivas, valores e atitudes. Dentre as quatorze categorias da premiação, apenas uma — Melhor GPA — envolve notas, as outras treze dizem respeito a qualidades que a Chapel procura desenvolver nos alunos. Dessa forma, um mesmo aluno pode se destacar em várias categorias e receber mais de um prêmio. O primeiro passo do processo de premiação é a indicação de alunos, em cada categoria, pelos professores da série. Após isso, os nomeados se tornam candidatos e recebem votos do corpo docente. Até 2019, a premiação era realizada no auditório da Chapel com a presença de todos os alunos e professores. No ano passado, em razão do distanciamento social, a premiação do 7º ao 11º foi anunciada por meio de vídeos enviados às famílias. Já a cerimônia dos seniors aconteceu ao vivo por Zoom. Este ano será igual: a cerimônia de entrega dos prêmios aos alunos do 12º ano será transmitida ao vivo, por Zoom, no dia 28 de maio, e, no início de junho, as turmas do 7º ao 11º ano receberão os respectivos vídeos com anúncio dos indicados e dos premiados. “Oferecer esse tipo de prêmio de reconhecimento é uma tradição de escolas americanas que a Chapel mantém, no entanto, o que é mais importante para nós não são os prêmios, mas sim o envolvimento e o desenvolvimento de cada aluno no seu percurso de aprendizagem. Este é sempre o nosso objetivo: que os alunos se superem a cada ano, e que cada um tenha a si mesmo como referência para continuar se desafiando”, afirma a orientadora do high school, Marta Bidoli. Conheça as categorias da Premiação do High School: Compromisso com a Aprendizagem: reconhece o aluno que demonstra independência, iniciativa e curiosidade no processo de aprendizagem. Cidadania: é o prêmio para aquele que demonstra traços de caráter como responsabilidade, disciplina e respeito em atividades curriculares e extracurriculares, e que gera impacto positivo na comunidade.
Informado: desenvolve e usa a compreensão conceitual, explorando o conhecimento em várias áreas. Pensador: vale-se de suas habilidades de pensamento crítico e criativo para analisar e promover ações responsáveis diante de problemas complexos. Comunicador: se expressa de forma confiante e criativa em mais de um idioma e de várias maneiras. Íntegro: age com integridade e honestidade, com forte sentido de equidade e justiça. Mente aberta: aprecia criticamente tanto sua própria cultura e história pessoal, quanto os valores e tradições dos outros. Solidário: demonstra empatia, compaixão e respeito. Age para fazer uma diferença positiva na vida dos outros e no mundo à sua volta. Audaz: aborda a incerteza com coragem, ponderação e determinação. Trabalha de forma independente e cooperativa para explorar ideias e estratégias inovadoras. Equilibrado: compreende a importância de equilibrar aspectos de sua vida (intelectual, física e emocional) para alcançar bem-estar para si e para os outros. Ponderado: considera com atenção o mundo e suas próprias ideias e experiências.
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as crianças gravaram, em casa, vídeos individuais seguindo a melodia da música num playback produzido pelo departamento de música. “Apesar do desafio fornecer feedback imediato para que os alunos revisassem o vídeo quando necessário e de sincronizar as vozes, ficamos encantados em acompanhar as performances, pois pela primeira vez foi possível assisti-los cantando individualmente. O ensino remoto e híbrido nos proporcionou essa perspectiva, pois até então nós só os ouvíamos cantando em grupo”, comenta Ms. Braga. O processo de gravação dos xilofones, por sua vez, está sendo mais demorado: estão sendo gravados em sala de aula, um aluno por vez e seguindo os protocolos de saúde e segurança. “Mesmo assim, o nervosismo é grande, é como se as crianças estivessem no palco, mesmo tendo apenas nós como plateia”, explica a professora, complementando: “Mesmo diante do isolamento social, com esse trabalho, mantivemos o caráter da interpretação. Conseguimos encontrar meios de fazer as crianças passarem por esse processo, que é o de estudar, aprender, se apresentar e cantar; e de fazer uma performance, mesmo que não seja presencialmente”. O vídeo do recital de música dos alunos do 4º ao 6º anos ficará pronto no final deste semestre. Estamos todos ansiosos pelo seu lançamento!
SHOW Recital de música está sendo produzido e será exibido em vídeo A produção da próxima edição do Recital de Música do Elementary School está a todo vapor. Na impossibilidade de apresentações presenciais, cada aluno do 4º ao 6º ano está gravando sua participação individualmente. Depois, todas as performances serão editadas para a produção de um vídeo do recital. “Está sendo um processo totalmente novo, muito diferente do que costumávamos fazer. Mas, como professora e coordenadora desse projeto, posso afirmar que a experiência está sendo muito enriquecedora, e que estamos contentes com o engajamento dos alunos, afirma a professora de música Roberta Braga. Mr. Caio Oliveira, professor de música do elementary, complementa: “a experiência da gravação foi diferente e significativa para os alunos também. Eles perceberam o quão difícil, demorado e trabalhoso é o processo de gravação; o quanto de prática é necessário antes da gravação para se sentirem seguros e confiantes; e também tiveram a possibilidade de fazerem parte de algo maior, já que é a primeira vez que as duas salas de cada série irão tocar juntas uma mesma música”. O tema do recital será Filmes de Animação, e os alunos participarão cantando uma música e executando uma peça no xilofone. Para o canto,
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momento, finaliza a terceira especialização, desta vez em Psicopedagogia Clínica Institucional. Com a chegada dos filhos gêmeos, Pedro e Gael, de 7 meses, Ms. Busso passou a buscar escolas mais próximas de sua casa, e o plano de trabalhar na Chapel se concretizou. Hoje, ela se diz muito orgulhosa e desafiada, o que a anima ainda mais: “Além da organização e da qualidade do ensino, impecáveis, estou muito orgulhosa de poder integrar um time de profissionais extremamente qualificados. Também me sinto desafiada a aprender mais, ao conviver com várias culturas neste cenário internacional”. Nos momentos de lazer, a nova professora aproveita para estar com os filhos e também para praticar esportes, sua antiga paixão. Atualmente dedica-se ao crossfit e levantamento de peso, o que a fez retornar às competições: em 2015, foi campeã brasileira de levantamento de peso.
APRENDEMOS COM QUEM NOS CONECTAMOS Paula Busso | Professora de Português do ES
Paula Busso era ainda bastante jovem quando descobriu a vocação para a docência. Atleta de alto nível, jogava basquete e, aos 16 anos de idade, viajava pelo Brasil participando de torneios. Ao sofrer uma séria lesão, teve de parar de jogar, e deixou de receber o salário de atleta. Como já dominava o inglês, começou a dar aulas do idioma: “Ser professora se tornou a minha paixão”, conta. Nutrindo esse sentimento, ela mergulhou nos estudos: graduou-se em Tradutor-Intérprete, Letras e Pedagogia. Ao terminar a primeira graduação, a jovem foi para o Canadá por meio de um programa de migração de profissionais qualificados. Nos quatro anos que residiu no país, além de ingressar em um curso de extensão em Educação, trabalhou como voluntária na ACM (Associação Cristã de Moços) ensinando inglês a refugiados de guerra e também atuou em um centro para adolescentes em situação de vulnerabilidade, dando aulas de espanhol. Vem da riqueza dessas experiências seu lema de vida: “Não aprendemos de quem sabe mais, aprendemos com quem nos conectamos”, afirma a nova professora de Português do ES. De volta ao Brasil, Ms. Busso passou a lecionar em escolas internacionais, acumulando quase duas décadas de experiência. Antes de ingressar na Chapel, neste semestre, lecionou na St. Francis e na St. Paul’s como professora de Português e também na Concept, como professora de sala. Nesse percurso, cursou outra especialização — em bilinguismo — e, no
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DESDE CRIANÇA SABIA QUE SERIA PROFESSOR
candidatei, fui aprovado e conheci o IB”, conta Mr. Pontes. Ao terminar o mestrado e regressar para o Brasil, foi admitido na St. Francis, onde lecionou Brazilian Social Studies e Economia para o IB durante quatro anos. Em seguida, foi dar aulas na Escola Internacional de Mônaco, no sul da França, onde trabalhou por dois anos. Ingressou na Chapel no início deste ano e está muito feliz na nova casa. “O campus é lindo, as pessoas são muito receptivas e eu só tenho a agradecer”, afirma. De ascendência portuguesa, Mr. Pontes sempre viajou muito, o que continua fazendo até hoje pelo fato de morar em Santos, no litoral de São Paulo, e de ter parte da famíia em seu país de origem: “Passei a infância viajando entre Santos, onde moro, e Portugal, onde visitava a minha família”. A vida no litoral, somada ao período vivido em Mônaco, despertou-lhe o gosto pelos esportes aquáticos e ao ar livre: Como moro na praia, gosto de surfar e de andar de patins. Mas também adoro passear com o meu cachorro”, finaliza.
Augusto Pontes | Professor de Brazilian Social Studies do HS
Augusto Pontes sempre gostou de ensinar. “Ainda criança, eu dava aulas particulares de História para os meus amigos, foi o meu primeiro emprego”, lembra o novo professor de Brazilian Social Studies do high school. Ele conta que desde cedo sabia que seria professor, apenas não imaginava de qual disciplina: “Esse foi sempre um problema porque eu tinha muitos interesses e não conseguia me decidir”. Em busca de uma graduação que lhe abrisse possibilidades de carreira internacional, decidiu estudar Direito, curso que concluiu na Universidade de São Paulo. No entanto, ao estagiar na área, percebeu que não era aquilo que gostaria de fazer para o resto da vida e resolveu cursar uma segunda graduação, também na Universidade de São Paulo: “Fui fazer Ciências Sociais e vi o que era ser feliz”, revela. Ainda na graduação, o jovem dava aulas de inglês na Cultura Inglesa, em São Paulo, e, ao se graduar, trabalhou no colégio e na faculdade da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), onde ministrava aulas de História do Brasil e de Economia Brasileira a estrangeiros intercambistas da instituição. “Essa experiência fez eu me interessar por dar aulas em inglês ou em uma escola que tivesse um currículo internacional”, explica. A oportunidade veio em 2014, quando cursava MBA em Inteligência Econômica e teve a oportunidade de fazer metade do curso na Universidade da Califórnia, em Irvine. “Aconteceu que perto da faculdade tinha uma escola que estava precisando de professor de Sociologia e de Psicologia, me !8
MINHA FORMAÇÃO É UM PONTO FORA DA CURVA Juliana Nuinl |Professora de Português do ES
dá mais prazer na docência é promover o aprendizado de crianças em diferentes níveis: “Garantir que todas as crianças vão conseguir se desenvolver de alguma maneira, de acordo com as necessidades de cada uma, é um grande desafio, mas é o que me motiva a lecionar”. Nos momentos de lazer, Ms. Nuin costuma ler, assistir a filmes e séries, ficar com a família e curtir uma piscina nos dias de sol. “Sou uma leitora voraz, gosto muito de ler, mas também amo viajar e adoro visitar meus amigos, embora atualmente isso seja impossível”, finaliza.
Quando Juliana Nuin estava no ensino médio, cursando Técnico em Informática, ela não imaginava que o futuro lhe reservava uma carreira docente. Tudo começou ao cumprir o estágio obrigatório do curso: “Consegui um estágio no laboratório de informática da própria escola em que estudava. Com o tempo, fui efetivada e virei assistente de coordenação”, conta. Atuando com desenvoltura no ambiente escolar, a jovem ingressou no curso de Pedagogia da Universidade de São Paulo e passou a lecionar em escolas bilíngues, entre elas a Escola do Futuro e a Maple Bear. A nova professora de Português do elementary é pós-graduada em Neurociência Aplicada à Educação pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e, atualmente, está se graduando na área de Tecnologia em Design Educacional, pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). “Minha formação é um ponto fora da curva, pois a iniciei no curso técnico de processamento de dados, então eu sempre tive uma inclinação para a tecnologia. E essa habilidade acabou facilitando minha vida como professora, me garantindo um percurso um pouco mais tranquilo e diferente também”, revela Ms. Nuin. Em busca de novos desafios profissionais, ela ingressou na Chapel no início deste ano e está feliz com a experiência: “A escola é incrível, a estrutura é excepcional e o cuidado com os funcionários é admirável, eu estou gostando muito”, comenta a nova professora. O que lhe !9
ME TORNEI PROFESSOR PORQUE GOSTO DE AJUDAR PESSOAS Bradford Cannon | Professor de Economia IB
No início, ele lecionou em Curitiba (PR), em um colégio marista que oferece programa extracurricular americano, e, no início deste ano, ingressou na Chapel. “Estou muito contente de estar aqui, os alunos são ótimos, são muito capazes, e os professores são muito receptivos”, aprecia. Quanto a morar no Brasil, ele conta que está curtindo e até já consegue imitar em português os diferentes sotaques regionais: “Gosto muito de ler e aprender coisas interessantes sobre o Brasil, e gosto de estudar as diferenças culturais dentro do País. Brinco com a minha esposa falando com sotaque mineiro, curitibano e paulista”, diverte-se. Nos momentos de lazer, Mr. Cannon aprecia viajar e experimentar comidas típicas dos lugares que conhece. Também gosta de praia, de leitura e, claro, futebol. “Eu gosto muito de futebol, já pratiquei, mas faz anos que não jogo. Atualmente, adoro acompanhar os jogos. Meu time especial aqui é o Cruzeiro, que, infelizmente, está em um momento ruim
Casado com uma brasileira e residindo há três anos no Brasil, Bradford Cannon é graduado em Economia e Espanhol pela Universidade de Delaware, estado onde nasceu, e tem dois mestrados: Desenvolvimento Internacional, pela Universidade de Pittsburgh, e Educação Secundária. Entre os dois mestrados, morou 2 anos e 3 meses no Paraguai, atuando em projetos sociais de um programa do governo americano. Nos Estados Unidos, lecionou Economia e Espanhol em colégios de Maryland e Delaware. O novo professor de Economia do IB conheceu o Brasil em 2014, por ocasião da Copa do Mundo de Futebol. Curiosamente, no fatídico dia 8 de julho, ele estava presente no jogo em que o Brasil perdeu da Alemanha por 7 a 1, no Estádio do Mineirão, em Minas Gerais. “Foi uma loucura. Em 90 minutos, as pessoas passaram por todos os passos do trauma: primeiro não acreditavam, depois gritavam ‘Vamos superar, Brasil”, e por fim estavam brigando entre si”, comenta. Para compensar a decepção no esporte, foi em Minas Gerais que Mr. Cannon conheceu Paula, com quem começou a namorar e se casou em 2018. Como a esposa estava terminando o doutorado em Biologia e não podia se mudar para os Estados Unidos, o casal decidiu morar no Brasil. “Eu já falava um pouco de português porque havia estudado para vir para a Copa, e já sabia o que esperar do Brasil”, conta.
agora”, finaliza.
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pesquisava na internet missões e valores de instituições de ensino. Ao se deparar com o lema da Chapel — “Fé na Educação” —, pensou: “Tem tudo a ver comigo porque se existe algo que eu tenho é fé na educação. Acredito que somente a educação pode mudar realmente a situação do nosso país”. E foi com tal propósito que enviou seu currículo para o colégio. A professora está feliz com a nova experiência, pois considera o lado positivo das mudanças. “A Chapel tem um trabalho em equipe muito forte, que é fantástico. É um privilégio atuar em uma escola internacional e também um desafio, que estou amando”, comenta. Adepta da meditação, Ms. Hayashida aproveita a viagem diária a São Paulo para refletir e alinhar os pensamentos, o que considera fundamental para ter um bom dia de trabalho. Nos momentos de lazer, ama o contato com a natureza e, sempre que pode, coloca os pés na grama. Cozinhar com o marido, e passar tempo em família e com a cachorra também a fazem feliz.
NÃO FUI EU QUE ESCOLHI, FOI A MISSÃO DOCENTE QUE ME ESCOLHEU Daniela Hayashida | Professora de Português do ES
Daniela Hayashida tinha apenas nove anos de idade quando, acompanhando o pai voluntário em uma instituição de educação especial, ficou encantada ao ver crianças surdas se comunicando com as mãos. “Sou tímida e era muito quieta, por isso me identifiquei com aquele silêncio e, ao mesmo tempo, aquela voz”, conta. Rapidamente, ela se matriculou num curso de libras e se voluntariou para trabalhar na escola. Aos 10 anos, ela preparava materiais para as aulas e auxiliava a professora. Anos mais tarde, na época de prestar vestibular, a jovem não teve dúvidas: Letras. “Escolhi cursar Português justamente porque a criança surda tem muita dificuldade de aprender a ler e a escrever”, justifica. Além da graduação em Letras, a nova professora de Português do ES também é formada em Pedagogia e possui várias especializações: Psicopedagogia Clínica Institucional, Coordenação Pedagógica, Libras, Educação Especial Inclusiva com ênfase em Libras e Neurociência. Ms. Hayashida acredita que, ao projetar seu futuro profissional ainda na infância, a docência lhe veio como uma missão de vida: “Sou a única da família a seguir carreira na educação porque sempre soube que me realizaria nela. Amo o que faço”, revela. Depois de anos atuando como psicopedagoga na ONG Ateal, que atende crianças com surdez, e lecionando em colégios estaduais, municipais e particulares na cidade de Jundiaí, onde reside, Ms. Hayashida conheceu a Chapel quando !11
SOU MUITO ENTUSIASMADO DENTRO DA SALA DE AULA Filip Stoops | Professor de Sala do ES
desafios profissionais e foi nessa época que a Chapel entrou em sua vida. “Fiquei encantado com a escola, a infraestrutura é incrível. E minha entrada aqui foi muito espontânea; aqui eu sinto que posso ser eu mesmo, e as crianças também”, afirma o professor, complementando: “Estou me sentindo bem adaptado à escola, eu tenho sorte de poder trabalhar com essas crianças, levando-as a alcançar seu máximo potencial”. Nos momentos de lazer, Mr. Stoops aprecia qualquer tipo de esporte: “Minha especialidade é futebol, mas não posso mais praticar por causa do joelho. Também gosto muito de esportes de praia como surf e windsurf. Se tenho oportunidade de entrar no mar e praticar algum esporte, eu vou”, finaliza.
Há 17 anos no Brasil, o belga Filip Stoops ingressou na Chapel no início deste ano e está dando aulas de Language e Social Studies para o elementary school enquanto acompanha a rotina da classe do 6º ano, já que assumirá a próxima turma em agosto. “Eu mal posso esperar para começar, estou muito ansioso para implantar tudo o que absorvi nesses seis meses que passei acompanhando os professores e me adaptando à cultura da escola”, explica. Graduado em Educação Física pela Universidade de Ghent, sua especialidade é futebol, tendo atuado na maior parte do tempo como treinador. Mr. Stoops também tem especialização em Pedagogia e, enquanto vivia na Bélgica, trabalhou durante quatro anos como assistente de professor na universidade em que estudou. Numa viagem para cá, conheceu a esposa e fixou residência no País. “Venho de um país muito frio, de tempo ruim, e eu queria mesmo ficar aqui. Para mim, o Brasil sempre foi meu destino de vida”, revela. Logo que chegou, trabalhou como marceneiro — pois tem formação na área —, mas, após um acidente, passou a lecionar em escolas bilíngues e internacionais: atuou nas bilíngues Max School e PlayPen, e também na St. Paul’s. “Todas as minhas experiências profissionais foram gratificantes, sempre atuei em parceria com colegas, coordenadores, pais e alunos”, conta. Em julho do ano passado, ao se recuperar de uma cirurgia no joelho, passou a buscar outros !12
que estou trabalhando no escritório da Hult aqui em São Paulo, recrutando alunos de toda a América Latina para fazer os nossos programas de Mestrados e MBAs. Era algo que eu nunca pensei em fazer, mas realmente não dá para explicar o quão gratificante é saber que você mudou a vida de alguém. Seu maior objetivo de vida é: Trabalhar com esportes e conseguir oferecer oportunidades de melhoria de vida e um futuro melhor por meio do esporte. Narre sua melhor lembrança da Chapel. Confesso que demorei muito para escolher apenas UMA lembrança. Eu diria que, na verdade, é uma coleção de memórias. Eu joguei basquete durante todo o meu tempo na Chapel e é impossível não lembrar dos jogos depois das aulas com uma nostalgia imensurável. Era muito bom ficar com os amigos depois da aula conversando, comendo um lanche e se preparando para jogar. Sempre tinha mais de uma partida, então nós ficávamos assistindo a todos os outros jogos. Muitas vezes as famílias estavam presentes também. Quando eu penso na comunidade que era a Chapel, eu lembro desses momentos com muito carinho. Como a Chapel influenciou a sua vida? Primeiramente, eu optei por estudar Relações Internacionais por conta das minhas aulas de Geografia com o Benjamin Vaughan e por conta da minha participação no MUN (Modelo das Nações Unidas). Mas a influência que a Chapel teve na minha vida vai muito além disso. Essa escola me ensinou muito sobre comunidade, sobre comprometimento e, sem dúvida, eu desenvolvi na Chapel muitos dos valores que me fizeram ser quem eu sou.
CHAPEL’S BEST UNDER 40: Arthur Nasinbene, 24 anos Cidade onde mora: São Paulo Período em que estudou na Chapel: do 8º ano (2011) ao 12º ano (2015) Qual a sua formação acadêmica? Eu tenho um bacharelado em Relações Internacionais. Estudei numa faculdade chamada Iona College, em Nova York. Além disso, algo que poucas pessoas sabem é que estou prestes a iniciar um Mestrado em Sports Business, na New York University. Na teoria, eu começaria agora no meio do ano, porém, a situação de vistos de estudante está complicada por conta da pandemia, então talvez minha ida seja adiada para o semestre seguinte, em janeiro. Discorra brevemente sobre sua atuação profissional. Enquanto eu estava no meu junior year da faculdade, eu consegui um estágio em uma ONG de Direitos Humanos, chamada Edmund Rice International. Eu era o representante dessa ONG no headquarters das Nações Unidas em Nova York. Foi uma experiência incrível pois pude participar de várias reuniões e inclusive assistir algumas das reuniões iniciais para criar o Global Compact for Migration. Após me formar, tive a oportunidade de fazer uma consultoria de pesquisa para a UNHabitat. Foi algo super rápido, por apenas alguns meses, mas o resultado foi além do esperado. O trabalho do meu time acabou sendo publicado e apresentado na Assembleia Geral das Nações Unidas de 2018. Depois desse período nos Estados Unidos, optei por voltar para São Paulo e tive uma mudança total de carreira. Trabalhei por um tempo na Ernst & Young como consultor, fazendo parte de um projeto de pricing, mas logo percebi que a área financeira não era para mim e saí. Poucos meses depois, surgiu uma oportunidade inesperada: recebi uma proposta para trabalhar na área de educação superior como coordenador de seleção para a América Latina de uma universidade americana chamada Hult International Business School. Faz quase dois anos !13
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