Digital Chapel nº 67

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NOVEMBRO 2021

DIGITAL CHAPEL English Version

PROJETOS DE TROCA DE CARTAS: ENTRE CULTURAS E CHAPEL MAIL Conheça os dois projetos que envolvem os alunos do 3º ano do Elementary School em troca de cartas com estudantes da mesma série de escola brasileira (em português) e com colegas do 7º ano do High School (em inglês).

EDUCAÇÃO INFANTIL VIBRA COM PROJETO COMMUNITY HELPERS Unidade de estudo do Pre I trabalha a importância social dos profissionais que assistem a comunidade. Durante duas semanas, as crianças vivenciaram as funções de forma lúdica e conheceram pessoalmente alguns profissionais.

REABERTURA DO SNACK BAR: O MELHOR COOKIE ESTÁ DE VOLTA Parceria do StuCo com o setor de nutrição da Chapel é responsável pela reabertura do Snack Bar, que traz novidades

CHAPEL’S BEST UNDER 40

PORTFÓLIO ESTIMULA PROTAGONISMO DOS ALUNOS Adotado do Elementary ao High School, o portfólio é um instrumento de acompanhamento escolar produzido pelos alunos, tornando-os responsáveis pelo próprio processo de aprendizagem.

Juliana Najm Coordenadora de Desenvolvimento de Negócios Globais da Natura QUEM CHEGOU

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EDIÇÃO #67


A importância social dos profissionais que assistem a comunidade é o tema central da unidade Community Helpers, cujo assunto foi explorado e vivenciado pelos alunos do Pre I no mês de outubro. A fim de despertar nos pequenos o interesse por sua própria comunidade, além de ampliar sua percepção da vida social, o estudo foca em alguns dos profissionais que dão suporte à vida comum, como explica a coordenadora da Educação Infantil, Emanoelli do Valle: “As professoras apresentam diversos profissionais e explicam aos alunos sua importância e função. O objetivo da unidade é que, ao aprender sobre diferentes profissões, as crianças tenham condições de perceber esses profissionais dentro e fora de seu convívio escolar, assim como o seu papel: cuidar da nossa saúde, segurança e bem-estar. Reforçamos, durante o estudo, que não há função mais relevante que outra, todas são essenciais para as nossas vidas”. Ela conta que a abordagem do tema parte do conhecimento prévio dos alunos, para então expandir essa aprendizagem: “Existem profissionais explorados na unidade com os quais eles têm mais proximidade, como o médico e o dentista, mas buscamos apresentar aos alunos algumas profissões com as quais eles não têm familiaridade, como o carteiro e o chefe de cozinha, por exemplo, para ampliar seu conhecimento”. A unidade dura duas semanas, e a cada dia as crianças saem do colégio vestidas como um dos profissionais estudados. “Iniciamos a unidade por meio de um jogo, permitindo aos alunos que compartilhem seus conhecimentos sobre a temática. Apresentamos ao grupo fantasias, kits com instrumentos e ferramentas, e perguntamos aos estudantes quem usa aqueles uniformes e equipamentos, e o que cada um desses profissionais faz para ajudar as pessoas, dando a eles condições de identificarem esses profissionais fora da escola por meio da descrição de suas características. Após feita a introdução do tema, a cada dia focamos num profissional e, se temos a oportunidade, o chamamos para visitar o colégio, para se apresentar e interagir com os alunos, tornando mais rica a unidade de estudo”, explica a professora do Pre I Ligia Buoro, complementando ainda: “Apresentamos as profissões de uma forma lúdica, aguçando a curiosidade dos alunos. Parte do processo de exploração da unidade é transformar as salas em ambientes específicos, como: consultórios, mercado, cozinha, entre outros, para que as crianças possam dramatizar e interpretar as profissões”.

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EDUCAÇÃO INFANTIL Community Helpers: quem são os profissionais que facilitam nossas vidas


Este ano foram apresentadas oito profissões: medicina, enfermagem, agente de correio, veterinária, chefe de cozinha, bombeiro, policial e dentista. Para se familiarizar com a profissão do carteiro, os alunos escreveram uma carta a um colega, e a correspondência foi endereçada à casa de cada um. As turmas também receberam a visita de três profissionais — enfermeira, chefe de cozinha e policial —, divertindo-se e aprendendo enquanto os conheciam pessoalmente. A professora do Pre I Emanoela Santo conta: "No dia da visita dos policiais, vieram duas viaturas, os alunos ouviram a sirene; os policiais mostraram os instrumentos que utilizam, como algemas e rádio de comunicação, explicando às crianças como usá-los. O chefe de cozinha da Chapel também visitou as salas. Nesse dia, os alunos confeccionaram um avental e um chapéu de cozinheiro, e todos prepararam deliciosos cookies”. A professora complementa: “Enquanto, no colégio, observam diferentes profissionais desempenhando seus papéis no dia a dia dos alunos, aproveitamos para explicar aos alunos sobre os prestadores de serviço essenciais à rotina escolar, como os profissionais da limpeza e manutenção, seguranças, professores, cozinheiros, enfermeiras, e reforçamos o conteúdo da unidade, ampliando a visão de mundo deles”. No fechamento da unidade, as crianças discutem sobre qual profissão gostariam de desempenhar no futuro e de que maneira desejam contribuir em sua comunidade.

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Segundo a professora do Pre I Mayara Del Dotto, o processo de ensino-aprendizagem realizado durante o estudo é fundamental para concretizar o conteúdo trabalhado de maneira significativa: “O processo pelo qual os alunos vivenciam o conteúdo ao longo da unidade é o nosso diferencial. Envolvemos as crianças em uma conversa para que elas compartilhem e ampliem seus conhecimentos sobre um profissional, passando para uma atividade prática em que criam algo relacionado à profissão explorada, seja um instrumento ou vestimenta, cada um à sua maneira. Por fim, os alunos são convidados, por meio de uma brincadeira simbólica, a usar o que criaram para interpretar esse papel, e realizam isso em um ambiente cuidadosamente preparado e construído com a ajuda das próprias crianças. O brincar está sempre presente e é fundamental para que as crianças aprendam.”


ELEMENTARY E HIGH SCHOOL Alunos da Chapel constroem seus próprios portfólios de aprendizagem No início de cada semestre letivo, os alunos do 2º ano do Elementary ao último ano do High School, sob orientação dos professores, dedicam um tempo das aulas para pensar sobre seu percurso acadêmico e desenvolvimento socioemocional. É quando começam a construir seus portfólios de aprendizagem, ou SLP (sigla, em inglês, de Student Learning Portfolio). Os alunos do Elementary School fazem portfólios de três áreas: Matemática, Alfabetização (que inclui leitura e escrita) e CARES (habilidades de cooperação, assertividade, responsabilidade, empatia e autocontrole, pertinentes ao currículo socioemocional). Já no High School, constroem portfólios para todas as disciplinas curriculares. A estrutura do documento, que é revisitado algumas vezes ao longo do semestre, é basicamente composta por objetivos a alcançar, habilidades, pontos a desenvolver, estratégias e evidências de aprendizagem. “No início, discutimos com os alunos os objetivos principais a serem atingidos no semestre, sempre com uma linguagem amigável e próxima dos estudantes. Em seguida, cada um pensa nas suas habilidades em relação aos objetivos de aprendizagem, elencando itens nos quais se sentem confiantes. Daí eles passam para a reflexão das áreas nas quais precisam melhorar, pensando no que os deixa menos seguros. Baseados nisso, formulam estratégias e escrevem quais delas usarão para evoluir nas áreas em que precisam melhorar”, explica Maxine Rendtorff, professora de inglês e de teatro do High School. No meio do semestre, os portfólios são revisitados, em um segundo momento de reflexão: “Eles avaliam como está o processo, pois precisam verificar se estão indo pelo caminho certo para alcançar os objetivos. Nessa ocasião, os alunos releem tudo o que escreveram e avaliam, de forma muito autônoma, se entenderam quais eram as metas, se as metas que colocaram para si são importantes, se eles estão de fato trabalhando para conseguir alcançá-las e se estão pedindo ajuda quando precisam”, esclarece Stella

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Santos, professora do 2º ano. Nas reuniões de pais, esses documentos são compartilhados com a família: “Os alunos participam das reuniões e, em muitos momentos, lideram a conversa ao apresentarem seus portfólios”, afirma Ms. Santos. “O portfólio é um guia para as reuniões com os pais, ele conduz a conversa”, salienta Sylvia Almeida, professora de Artes Visuais do High School. Segundo ela, essa forma de abordagem é muito assertiva: “Sempre apresentamos, primeiro, os pontos positivos, depois falamos dos desafios e, em seguida, tentamos apontar uma solução, e isso envolve o aluno no seu próprio processo de aprendizagem”. No final do semestre, os alunos retomam os portfólios: “Nessa ocasião, eles novamente refletem para ver se atingiram as metas, ou se ainda estão trabalhando para alcançá-las. Nesse momento, além de os professores darem o feedback para os alunos, são anexadas ao documento as evidências de aprendizagem. Caso seja uma habilidade socioemocional que foi aprimorada, serve como evidência para isso uma anotação ou comentário do professor. No mais, as evidências são: trabalhos, sondagens, projetos, entre outros. Quando os pais recebem o material, eles veem o feedback e as evidências”, destaca Gabriela Pezoa, professora do 2º ano. “Esse material é importante para os pais e, principalmente, para os professores, porque todos podem visualizar facilmente o que o aluno está aprendendo e, inclusive, onde está enfrentando dificuldades”, afirma Corey Vogel, professor do 4º ano, resumindo: “O portfólio é uma representação da aprendizagem do aluno”. Ms. Santos concorda com o colega e complementa: “Trata-se de um instrumento que está muito de acordo com a proposta do colégio, porque permite ao aluno ser protagonista do seu próprio processo de aprendizagem”.

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AMIZADE POR CORRESPONDÊNCIA Turmas do 3º ano lideram projetos de troca de cartas Os alunos do 3º ano do Elementary School estão participando de dois projetos de escrita e leitura baseados em troca de cartas: o Entre Culturas, em português, e o Chapel Mail, em inglês. O primeiro acontece com alunos da mesma série de uma escola brasileira — a Escola Estadual Henrique Dumont Villares, localizada na zona oeste da cidade de São Paulo —, e o segundo se desenvolve com alunos do 7º ano do próprio colégio. Entre Culturas No projeto Entre Culturas, as crianças da escola brasileira deram início à troca de cartas, que chegaram em outubro para os alunos da Chapel. Segundo a professora de Português do 3º ano Flavia Tacchini, “o que se visa nessas cartas é o amor, e essa troca é muito importante para que os alunos conheçam a realidade de outras crianças da mesma idade”. Ela conta que nessa unidade de estudo os alunos aprendem como preencher o envelope e como fazer a saudação e a apresentação pessoal, entre outros aspectos que compõem a estrutura desse gênero textual. Junto com os alunos, as professoras leem as cartas e os apoiam na correção. “Como estamos no início do ano letivo, trata-se de uma ferramenta espetacular para conhecermos profundamente a turma de uma forma bem rápida, e isso é muito importante para entrarmos em contato com as qualidades dos nossos alunos”, comenta Ms. Tacchini. Além disso, segundo ela, o projeto é uma excelente oportunidade para inserir mais rapidamente os alunos estrangeiros à comunidade de sala, ajudando-os a internalizarem a língua portuguesa. Como aquecimento para o projeto, os alunos leram a obra O carteiro chegou, de Allan Ahlberg, que narra o percurso de um carteiro encarregado de entregar correspondências a personagens de contos de fadas. “As crianças adoraram o livro, ficaram bastante empolgadas ao ver os endereços, os remetentes e destinatários das cartas”, conta Carolina Amaral, professora de Português do 3º ano. A colega Paula Busso concorda: “Nossas turmas de 3º ano costumam se envolver muito nas atividades propostas, e desta vez não será diferente. Aliás, será ainda mais empolgante, pois as cartas que escreverão são destinadas a pessoas reais, o que torna a aprendizagem muito mais significativa”. Com duração de um semestre, o projeto Entre Culturas prevê a troca de duas ou três cartas entre as crianças e será finalizado com o envio de um cartão de Natal.

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No currículo americano, como parte do programa Being a Writer, a troca de cartas é realizada entre alunos do próprio colégio, no projeto Chapel Mail. São os alunos do 3º ano que tomam a iniciativa, escrevendo uma carta para um aluno do 7º ano, de quem só sabem o primeiro nome. “Eles começam contando sobre eles mesmos, quem são e o que gostam de fazer. Em seguida, fazem perguntas ao colega mais velho para saber mais sobre ele e sobre a rotina do 7º ano, entre outras curiosidades”, explica a professora do 3º ano Carolina Cimino. Ela conta que os alunos ficam muito animados com a possibilidade de saber mais sobre os estudantes do 7º ano, pois estes já passaram pelo Elementary School e podem compartilhar suas memórias desse período, principalmente de quando estavam no 3º ano. “Algo que nós prezamos muito na Chapel é a comunidade, e esse projeto trabalha a expansão da comunidade de sala para uma maior, englobando alunos de outra divisão”, comenta. “Dentro de um projeto como este, com um público autêntico, conseguimos trazer muitos componentes de aprendizagem: além da estrutura textual das cartas, exercitamos o desenvolvimento de perguntas, notadamente as perguntas de entrevista, e outros elementos como a organização dos parágrafos”, explica a professora do 3º ano Melissa Kassner, complementando: “Além disso, trabalhamos vários elementos do currículo socioemocional, como a empatia pelo outro, a assertividade ao fazer perguntas, a responsabilidade de ler e responder e, ainda, a cooperação entre as divisões”. Ela destaca que o projeto, de certa forma, retoma a atividade de pen pal (amigo por correspondência) muito praticada por gerações anteriores. A professora de inglês do 7º ano Maxine Rendtorff concorda com a colega e acrescenta que a troca de cartas é uma ótima maneira de criar vínculos entre os alunos de diferentes séries: “O 7º ano amou receber as cartas e conhecer um pouco mais das crianças do 3º ano, pois é uma turma afetuosa e muito social”, finaliza.

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Chapel Mail


RETOMADA Snack Bar reabre com novidades deliciosas Após o retorno das aulas presenciais e a retomada gradual das atividades, os alunos do High School vinham sentindo falta dos momentos em que compartilhavam lanches, durante os intervalos das aulas, no Snack Bar do colégio. Atuando em parceria, o setor de nutrição da Chapel e os responsáveis pelo grêmio estudantil (StuCo) reabriram a cantina no início de outubro. “Fizemos alguns testes no final de setembro e, no início de outubro, o Snack Bar foi oficialmente reaberto”, conta Marcia Berkowitz, nutricionistachefe da Chapel, detalhando: “Nesse momento, abrimos em dois horários: pela manhã, no intervalo das 9h40 às 10h, e à tarde, das 15h40 às 16h, para atender os alunos que participam das atividades after school”. Seguindo os protocolos de distanciamento social, a cantina atende a duas séries por dia, a fim de evitar aglomeração e conseguir servir todos os estudantes. De acordo com o aluno do 12º ano Pedro Loureiro, presidente do StuCo, a reabertura do Snack Bar foi uma das primeiras solicitações dos alunos do High School no início do ano letivo. “Nas nossas reuniões, fazemos um brainstorming e procuramos atender as solicitações dos alunos, já que o intuito do StuCo é fazer a voz deles ser ouvida”, afirma. Sempre dá certo. “Fizemos adaptações para agradar os alunos e cumprir os protocolos de segurança, e todos estão adorando. O movimento é bom, o Snack Bar nunca fica vazio”, comenta a aluna do 12º ano Carolina Versolato, vice-presidente do grêmio estudantil. O objetivo da cantina da Chapel sempre foi o de oferecer mais qualidade do que quantidade, e uma das preocupações do colégio é disponibilizar frutas, alimentos assados em vez de frituras, produtos integrais, vegetarianos e sorvetes de frutas e de chocolate, além de alguns doces, limitados a porções entre 20 e 30g. “Sempre escutamos os alunos e ofertamos alimentos saudáveis. Agora eles solicitaram açaí e foram atendidos”, comenta Marcia Berkowitz, anunciando a mais recente novidade. No entanto, o que mais faz sucesso no Snack Bar são os alimentos preparados pela cozinha da Chapel, como o pão de queijo e os cookies, que tiveram a oferta aumentada. “Imagine a melhor coisa do mundo, é o cookie da Chapel”, comemora Pedro Loureiro. A colega Carolina Versolato concorda e complementa: “Por mais que a cantina ofereça alimentos industrializados, o que mais vende são os alimentos preparados pela equipe de nutrição do colégio, pois a comida da Chapel é a mais gostosa de todas as escolas”. Nessa nova fase, os alunos do StuCo trabalham do lado de fora do Snack Bar, organizando a fila e recebendo os pagamentos, e apenas uma funcionária do colégio manipula os alimentos, que são todos embalados individualmente. O lucro da cantina é totalmente revertido para o grêmio estudantil: “Todo valor gasto pelos alunos no Snack Bar sempre retorna para eles, por meio dos projetos do StuCo”, finaliza Pedro Loureiro.

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EXPERIÊNCIA MULTICULTURAL Maria Fernanda Pagani | Professora de Português do 5º ano Por influência dos pais e inspirada nos excelentes professores que teve no colégio, Maria Fernanda Pagani sempre soube que seria professora. Ainda no Ensino Médio participava de monitoria no Consa (Colégio Franciscano Nossa Senhora Aparecida), onde estudava, auxiliando os alunos mais novos. No início da graduação em Letras (Português-Espanhol), começou a estagiar no mesmo colégio e ali teve a certeza da carreira que seguiria. “Tive o privilégio de estagiar com os professores de Linguística que haviam me dado aulas, e decidi que seria esta a minha profissão”, conta a nova professora de Português do 5º ano. Graduada e licenciada em Letras pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, trabalhou no departamento de Espanhol e Português para Estrangeiros da universidade como professora dos dois idiomas. No Mackenzie Language Center, Ms. Pagani acolhia os novos estudantes, apoiando e ministrando aulas de reforço a brasileiros e estrangeiros. “Sou apaixonada por conhecer novas culturas, e o processo de aquisição da linguagem, bem como a educação bilíngue, sempre me atraíram”, comenta a professora, que também é graduada em Pedagogia. Por conta disso, concluiu o mestrado em Linguística e Análise do Discurso — também no Mackenzie — e no momento está cursando o doutorado em Aquisição da Linguagem na Universidade de Montreal, no Canadá. Na Chapel desde o início do semestre, Ms. Pagani está adorando a experiência. “Estou tendo a oportunidade de vivenciar essa experiência multicultural que tanto me atrai, além de praticar novas metodologias que eu só conhecia teoricamente”, revela. Diariamente, o que mais chama a sua atenção no colégio é a acolhida e a cordialidade das pessoas. Apaixonada por esportes, a nova professora aproveita os momentos de lazer para praticar corrida, andar de bicicleta e jogar tênis. Na literatura, seu gênero predileto é a crônica jornalística, cuja atualidade, segundo ela, consegue retratar com perfeição o dia a dia cultural.

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A vida de Ana Flávia Souza sempre esteve cercada de crianças. Desde a adolescência, quando era ela quem tomava conta dos pequenos nas reuniões familiares, passando pelo trabalho voluntário em abrigos — ao qual se dedica até hoje —, ministrando aulas de yoga e oficinas de mindfulness para crianças e adolescentes, culminando com a sua formação acadêmica, em educação infantil, e com a maternidade. Pedagoga pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, ainda durante a graduação, a nova professora de Português do 1º ano dedicou-se a um intercâmbio de dois anos e meio em Washington D.C., onde fez cursos na área de Psicologia sobre desenvolvimento humano e infantil, na Universidade George Mason. De volta ao Brasil, concluiu a graduação, especializou-se em Educação Especial, fez pós-graduação em Educação Socioemocional pelo Instituto Brasileiro de Formação de Educadores e começou a lecionar em escolas bilíngues e internacionais. Atuando na Educação Infantil e no Ensino Fundamental, Ms. Souza lecionou na Red House International School, na Maple Bear, na Camino School e na Escola Concept de São Paulo. Ao ser convidada para participar do processo seletivo na Chapel, gostou muito do colégio e da filosofia de ensino, mas o que mais a impressionou foi o currículo socioemocional: “Temos que ter em mente a importância da educação emocional. Saber que podemos tomar atitudes positivas e impactar as pessoas influi muito na nossa vida. E saber que a Chapel investe na educação emocional foi fundamental para mim”, avalia. Além disso, a comunidade colaborativa da Chapel e os valores cristãos também chamaram a sua atenção. “Aqui as pessoas são muito dispostas para ajudar, independentemente do setor em que cada um atua”, comenta. Nos momentos de lazer, Ms. Souza gosta de ficar com os três filhos — Pedro Luiz, 10, Ana Luiza, 6, e Maria Fernanda, de dezoito meses. A família costuma viajar para o interior de São Paulo, onde tem casa de veraneio, ou acampar, fazer trilhas e praticar yoga. “Também adoro cozinhar. É um jeito de eu me acalmar e manter minha atenção plena”, afirma a nova professora, responsável pelos bolos de aniversário da família e famosa pelas deliciosas tortas de maçã e de abóbora que prepara.

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COMUNIDADE COLABORATIVA Ana Flávia Souza | Professora de Português do 1º ano


EXEMPLO DE ESCOLA INTERNACIONAL Francis Koolman | Professor de Inglês do High School Nascido na ilha de Curaçao e criado em Miami, Francis Koolman é bacharel em inglês com especialização em Literatura Inglesa pela Universidade Internacional da Flórida. O novo professor de inglês do High School revela que sua inspiração para seguir a carreira docente veio de seu professor do 5º ano: “A primeira vez que pensei em me tornar um professor foi ao ter aulas com o Mr. Phillips”. Grande parte de sua experiência profissional foi vivida na terra natal, lecionando para o High School, na Escola Internacional de Curaçao, e também para a graduação na Universidade de Curaçao. Paralelamente à docência, Mr. Koolman já atuou como jornalista freelancer e também teve uma academia de Jiu-jtsu, esporte que pratica desde a juventude — atualmente detém a faixa roxa — e que foi responsável por sua mudança para o Brasil, em 2017. Na ocasião, ele escolheu viver no Rio de Janeiro para manter proximidade com a modalidade brasileira do esporte, desenvolvida pela família Gracie, da qual conheceu alguns membros. Durante o período em que morou lá, lecionou na Rio International School e, numa aula de dança de salão, conheceu a médica pediatra Bruna, com quem se casou. Antes do nascimento de Vicente, primeiro filho do casal, Mr. Koolman e a esposa decidiram se mudar para São Paulo em busca de uma melhor qualidade de vida. Na Chapel desde o fim de julho, o novo professor está bem satisfeito: “A Chapel é muito organizada. Quando pensamos em uma escola internacional, ela é a melhor representação disso”, afirma. Ele elogia a atitude profissional dos colegas e a qualidade do ensino. “Quando vim conhecer a escola e vi a infraestrutura, fiquei muito bem impressionado, notadamente com o ECEC”, afirma. Nos momentos de lazer, além de praticar Jiu-jtsu, Mr. Koolman gosta de dançar ritmos latinos como forró, samba, zouk, salsa e bachata. Sua parceira de dança é Bruna, que pratica dança de salão há mais de uma década. No mais, o casal está curtindo o bebê e, nos poucos momentos livres, aproveita para conhecer alguns pontos turísticos da nova cidade. “Adorei o Mercado Municipal. Me sinto seguro em São Paulo”, conclui.

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CHAPEL’S BEST UNDER 40: Juliana Najm, 25 anos. Cidade onde mora: São Paulo Período em que estudou na Chapel: do Pre I (1999) até o 12ºano (2014) Qual a sua formação acadêmica? Estudei Administração de Empresas na Universidade de Boston, me formei em 2018. Discorra brevemente sobre sua atuação profissional. Após minha formação na faculdade, me mudei para Nova York, onde trabalhei na empresa de cosméticos The Body Shop, no time de Relações Públicas e Marketing de Varejo. Há dois anos voltei para o Brasil para trabalhar na Natura, onde faço parte do time de expansão internacional da marca, abrindo os novos negócios da empresa ao redor do mundo. Hoje, sou a responsável pelos canais de Varejo, Wholesale, e comunicações da Venda Direta dos nossos negócios fora da América Latina. Seu maior objetivo de vida é: Minha ambição não é ser lembrada por causar um grande impacto positivo no mundo, e sim ser lembrada por cada pessoa que eu encontro ao longo da vida, por fazer uma diferença positiva no mundo dela. Narre sua melhor lembrança da Chapel. São tantas... Não sei nem por onde começar. Quando perguntam da Chapel, qualquer memória que eu lembre envolve os meus amigos. Essa semana jantei com as minhas amigas da Chapel, e passamos o jantar todo relembrando as brincadeiras — e malandragens — (risos) que tivemos nas salas de aula. Uma das minhas melhores memórias foi a nossa viagem com a escola para Paraty (RJ), no 8th grade. Juntar toda a turma durante uma semana em um hotel, passear de barco, trocar de quartos e ficar conversando até o sol raiar... Até hoje quando conversamos sobre essa viagem, descobrimos coisas novas que aconteceram. A minha melhor lembrança é ter feito amigos para o resto da vida. Como a Chapel influenciou a sua vida? A Chapel foi a minha casa durante quinze anos. Ela me proporcionou amigos para a vida toda, anos felizes, e me ensinou várias coisas que hoje são a base moral de muitas decisões minhas. Os ensinamentos, as experiências e as amizades que eu fiz durante todo esse tempo me ensinaram sobre companheirismo, lealdade, caráter e, principalmente, sobre como levar a vida de uma maneira leve. Guardo esses quinze anos com muito amor e carinho na minha memória.

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