IV ENCONTRO LITERÁRIO CHAPEL Guimarães Rosa
AVENTURAS DE VIAGENS
Coordenação e Organização Erick Santana Sávio Pereira Comissão Julgadora Adriana Alves Bryan Sanders Dayane Pal Donald Campbell Eliana Cardia Ingrid Vompean Kristin Smith Lais Almeida Leonor Guedes Lidia Cavadas Luciana Honda Magna Martins Sandra Moreira Vanessa Almeida Vinícius Carmelo
Este encontro literário foi possível devido à parceria e à dedicação de toda comunidade Chapel - alunos e seus responsáveis, professores, secretárias do HS, equipe de publicação, fotocópia e administração. Muito obrigado! Comissão organizadora
CONSELHO EDITORIAL CHAPEL SCHOOL: Miguel Tavares Ferreira, Marcos Tavares Ferreira, Adriana Rede e Luciana Brandespim ASSISTENTE EDITORIAL: Fernanda Caires COORDENAÇÃO E ORGANIZAÇÃO: Erick Santana e Sávio Pereira DESIGN GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO: Vitor de Castro Fernandes IMPRESSÃO: Eskenazi Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação de direitos autorais. (Lei 9.610/98)
Q2
Aventuras de Viagens / Coordenação e Organização Erick Santana e Sávio Pereira. São Paulo: Chapel School, 2019. (IV Encontro Literário Chapel: Guimarães Rosa) 124 p.; 19 x 25cm 1. Poligrafia brasileira - Século 21 2. Poesia brasileira - Século 21 3. Contos brasileiros - Século 21 I. Santana, Erick II. Pereira, Sávio, org. CDD 869.8508
APRESENTAÇÃO
“
“
Miguilim, Miguilim, vou ensinar o que agorinha eu sei, demais: é que a gente pode ficar sempre alegre, alegre, mesmo com toda coisa ruim que acontece acontecendo. A gente deve de poder ficar então mais alegre, mais alegre, por dentro! Guimarães Rosa, Manuelzão e Miguilim, 2001
O Encontro Literário Chapel incentiva os alunos e a comunidade Chapel a produzir textos de autoria e também ajuda-os a expor seus trabalhos nesta antologia, com um público autêntico de leitores, bem como desenvolve um ambiente de troca literária mais guiada pela apreciação do que por elementos acadêmicos. Os textos publicados - de temática Aventuras de viagem - estão em línguas inglesa, portuguesa, espanhola e francesa, como uma forma de celebrar a diversidade da nossa comunidade e oferecer aos escritores a possibilidade de expressão na língua em que se sentem mais confiantes. Boa leitura. Comissão organizadora
PARA ONDE NOS ATRAI O AZUL?
Apresentação do autor homenageado - João Guimarães Rosa Pedro Zagury - Aluno do 12º ano “Para onde nos atrai o azul?”, perguntava João Guimarães Rosa. Para onde nos leva o grande mistério da liberdade, que abre perante nossos olhos o grande azul desconhecido, que nos atrai quase magneticamente para sua exploração? A este desbravamento, damos o nome “viagem”. Ninguém conhecia melhor, ou falava mais eloquentemente desse desejo quase instintivo de viajar do que Guimarães Rosa, cuja obra ganhou renome no mundo inteiro, além do Brasil, onde deixou uma marca inegável com seu universo singularmente sertanejo e sua mensagem maravilhosamente universal, a qual lhe rendeu uma cadeira na Academia Brasileira de Letras, assim como um lugar único no imaginário brasileiro. Primeiro de seis filhos de Florduardo Pinto Rosa, conhecido como “Flor”, e Francisca Guimarães Rosa, “Chiquitita”, João Guimarães Rosa nasceu no dia 27 de junho de 1908, na cidade de Cordisburgo, Minas Gerais. Sua infância, segundo lembrava o autor, era repleta das brincadeiras e atividades da meninice mineira: apanhava sanhaços com alçapões para logo soltá-los, brincava com sabugos de milho e ouvia todos os dias o voo matinal das maitacas. Sobretudo, porém, recordou certa vez em uma entrevista: “tempo bom de verdade, só começou com a conquista de algum isolamento, com a segurança de poder fechar-me num quarto e trancar a porta. Deitar no chão e imaginar estórias, poemas, romances, botando todo mundo conhecido como personagem, misturando as melhores coisas vistas e ouvidas.” Estudioso, o menino João surpreendia seus professores por sua inteligência e aptidão para aprender: aos seis já lia em francês, chegando a aprender nove idiomas ao todo. Em 1918, seu avô e padrinho, Luis Guimarães, leva-o para Belo Horizonte a fim de estudar no colégio Arnaldo (no qual havia estudado também Carlos Drummond de Andrade), onde encontrou, também, uma predileção pela história natural, além de seu amor pelas línguas e suas gramáticas. Colecionava insetos e aprendeu a conhecer o mundo natural, sobretudo os animais, intimamente. Quando voltava a Cordisburgo nas férias, explorava o mato à procura de cobras. Em 1925, aos 16 anos, o aluno prodigioso matriculou-se na Faculdade de Medicina de Minas Gerais e, pouco depois, em 1930, casa-se com Lígia Cabral Pena, com quem teria duas filhas, Vilma e Agnes. Neste tempo, Guimarães Rosa já escrevia contos, publicados na revista O Cruzeiro; porém, segundo o próprio escritor, os escritos eram frios e atados aos moldes literários, produzidos somente porque precisava de dinheiro. Quando formado, muda-se para a cidade mineira de Itaguara, onde permaneceria por dois anos, pois tinha ouvido que não havia médicos por aquelas bandas e pensou ser bom começar na profissão sem concorrência. Servindo de médico para a região inteira, o escritor cobrava suas consultas pela quantidade que tinha de andar a cavalo para chegar, pois todos aproveitavam para consultar-se com ele. É neste ponto de sua vida que entra em contato pleno com o sertão mineiro, viajando de casa em casa e ganhando o respeito dos moradores de regiões inóspitas, por conta de sua dedicação à vida de seus pacientes. Por ocasião da Revolução Constitucionalista de 1932, Guimarães Rosa volta a Belo Horizonte e se alista como médico voluntário da Força Pública, sendo mandado ao setor do Túnel, perto
da cidade mineira de Passa Quatro, onde uma parte significativa da ação militar da guerra ocorreu. Neste período, voltou a tomar contato com o futuro Presidente Juscelino Kubitschek, o qual havia conhecido durante seus estudos médicos. Após a guerra, ele se juntou ao quadro permanente da Força Pública após um concurso público e serviu um tempo em Barbacena como oficial médico. Devido a sua aptidão com línguas, foi-lhe sugerido que prestasse o concurso público para o Itamaraty, passando em segundo lugar para o Ministério de Relações Exteriores em 1934. Em 1936, ganhou o Prêmio de Poesia da Academia Brasileira de Letras, pelo volume Magma, que reunia seus versos escritos até o momento, mas que só seria publicado postumamente em 1997. Um ano depois, devido à grande saudade de sua terra, começou a escrever Sagarana (tomou-lhe sete meses), para o Prêmio Humberto de Campos; porém, apesar dos elogios da crítica, o livro não foi publicado. Em seu primeiro posto diplomático, em Hamburgo, conheceria e se casaria com Aracy de Carvalho, o “Anjo de Hamburgo”, notável por salvar judeus do Holocausto, emitindo vistos brasileiros. Após ser aprisionado na Alemanha devido à Segunda Guerra Mundial, ele foi solto e serviu em outras embaixadas, como Bogotá e Paris. No fim da guerra, voltou à Sagarana, refazendo o livro inteiramente e reduzindo seu tamanho para 200 palavras, publicando-o em 1946. O livro é aplaudido e tido como brilhante pela crítica modernista, sendo visto como um dos mais importantes trabalhos de ficção da nova geração literária brasileira. Deixando de lado a popularidade, Guimarães Rosa continua trabalhando no exterior, mas nunca perde o contato com sua terra natal, fazendo inúmeras viagens ao longo do sertão mineiro pelo qual havia se apaixonado jovem. Em 1956, publica uma coletânea de novelas: Corpo de Baile, e o romance que seria considerado sua obra prima: Grande Sertão: Veredas. O livro é uma narrativa épica, que marcou a literatura brasileira, contendo em suas seiscentas páginas a essência da vida sertaneja: a aridez dos jagunços e vaqueiros, adquiridas do ambiente em que conquistam sua existência, mescla-se com uma extraordinariamente perspicaz exposição da experiência emocional humana. Em 1962, publica seu segundo livro de contos: Primeiras Estórias. Em 1963, Guimarães Rosa se candidata pela segunda vez à Academia Brasileira de Letras, e vence por unanimidade a cadeira que havia sido deixada por João Neves da Fontoura; porém, não é marcada sua cerimônia de posse, pois o escritor teme ser tomado por emoção e prefere adiá-la. Em 1967, é publicado Tutaméia, último volume a ser publicado durante sua vida. Em 16 de novembro de 1967, decide finalmente assumir sua cadeira, com um discurso celebrando sua vida até este ponto, mas falando constantemente de seu fim. Três dias depois, João Guimarães Rosa sofre um infarto e morre no Rio de Janeiro. Sua obra, porém, deixou uma marca eterna na formação literária brasileira. Seus livros, sobretudo Grande Sertão: Veredas, fizeram uma revolução literária em termos de linguagem, temática e, inclusive, originalidade. Escrevendo da mesma maneira que falam os sertanejos até hoje, Guimarães Rosa desconsiderava as regras linguísticas que estudava com tanto gosto (um
fato que dividia furiosamente a crítica de seu tempo) para produzir obras unicamente mineiras, transmitindo os sofrimentos, anseios e características de seus personagens de uma maneira nunca antes vista. De fato, o escritor mineiro mudou o modo que era vista a literatura no Brasil, fazendo uma confluência da erudição com a simplicidade, de modo a demonstrar a profundeza social e emocional das coisas supostamente simples da vida. Desta mesma maneira, uma simples “viagem”, seja esta em termos espaciais ou de qualquer outra variedade, tornava-se muito mais que um fato de locomoção, fazendo-se um mergulho nas profundezas da consciência e daquilo que nos torna, acima de tudo, supremamente humanos. Sobretudo, com a astúcia e humildade de quem declaradamente não sabe de nada, mas de muito desconfia, Guimarães Rosa relata o grande desafio e a suprema verdade da experiência humana: “Viver - não é? - é muito perigoso. Porque ainda não se sabe. Porque aprender-a-viver é que é o viver, mesmo.”
COAUTORES
Ê
O
RT
S
UGU
RT
Ê
4 IN 1 ...............................................................................................17 Isabella Villarroel - 7º ano
S
Ê
S
RT
UGU
P
P
O
RT
O
P
P
O
S
CATEGORIA INFANTIL PROSA E POESIA
A CASA NOVA DO BIDU.................................................................18 Maria Alice de Figueiredo Argentino - 6ºano
UGU
UGU
Ê
RT
S
O
UGU
Ê
A NOITE DA BAGUNÇA.................................................................22 Daniela Rebolledo Tafur - 5º ano A PRAGA DOS BRAGA...................................................................24 Maria Fernanda Franck Braga - 6º ano A TRIP TO WASHINGTON D.C...........................................................25 Barbara Bompan Monte Alto - 5º ano A VIAGEM......................................................................................26 Daniela Velasco - 5ºano A VIAGEM PARA O PARAÍSO............................................................27 Manuela Rinaldi Tripoli Moraes - 5º ano AQUELE DIA TODO AZUL................................................................28 Gabrielle Ga Bi Kim - 5º ano AVENTURAS DE VIAGENS...............................................................29 Sofia Eloise Pezoa Campos - 5º ano
Ê
UGU
Ê
O
O
RT
RT
S
RT
UGU
P
P
O
RT
P
P
O
AZUL.....................................................................................32 Mel de Mello Arantes - 5º ano
S
AVENTURAS DO CURSO DE INGLÊS...............................................30 Beatriz Deo Rangel - 5º ano
S
CADÊ AS NOSSAS MALAS?............................................................33 Maria Beatriz Ohnuki Nagano - 5º ano
UGU
UGU
Ê
Ê
MY TRIP BACK HOME......................................................................34 Daniel Caruso Ferreira Glaser - 5º ano RT
UGU
Ê
O
P
P
O
RT
S
Ê
S
UGU
S
RT
P
P
O
S
A MINHA PRIMEIRA VEZ NO MAR...................................................21 Gabrielle Ga Bi Kim - 5º ano
UGU
Ê
O
O ANIMAL.......................................................................................36 Melanie Rinaldi Tripoli Morais - 5ยบ ano O BARCO DE EDWARD...................................................................38 Oliver Hernandez Ortiz - 5ยบ ano O LEOPARDO..................................................................................39 Nicholas Blikstad - 5ยบ ano O LIVRO COLORIDO........................................................................40 Barbara Bompan Monte - 5ยบ ano PENSE NO AZUL...............................................................................41 Daniel Agapito - 5ยบ ano QUERO VIAJAR................................................................................42 Lara Fuzetti Cavalcanti - 5ยบ ano SCRAPS OF SPACE...........................................................................43 Gabriel Carpenter - 7ยบ ano THE BLOODY TALE OF THE BLOND HERO.....................................46 Pablo Lievano Gonzรกlez - 7ยบ ano
RT
RT
S
THE ICE MOONS.............................................................................47 Maria Carolina Melo - 5ยบ ano
ร
THE LASTING IMPRESSION - INDIA..............................................50 Beatriz de Oliveira Abram - 6ยบ ano
S
O
NATUREZA...........................................................................35 Sofia Lorenzini Hernandez - 5ยบ ano
THE LONGEST TWILIGHT.................................................................52 Beatriz de Oliveira Abram - 6ยบ ano
UGU
UGU
ร
THE SNOW THAT FILLED MY HEART..............................................55 Nicole Ines Jensen Sykora - 7ยบ ano RT
S
O
COAUTORES
UGU
ร
THE TRAVELING TREE......................................................................56 Sofia Dominguez Zapata - 6ยบ ano UMA AVENTURA NO CRUZEIRO......................................................58 Manuela Bittencourt de Freitas - 5ยบ ano
COAUTORES UMA LONGA VIAGEM....................................................................60 Mariana Kokudai - 6º ano
UGU
Ê
O
S
RT
UGU
WE ALL SHARE THIS WORLD...........................................................63 Julia Strong - 7º ano RT
S
Ê
S
RT
UGU
P
P
O
RT
UMA VIAGEM MARAVILHOSA...................................................62 Caruso Avila Ferreira Glaser - 7º ano O Leonardo Ê
P
P
O
S
UMA ODISSÉIA NO ESPAÇO...........................................................61 Alice Yuelong Huang - 6º ano
UGU
Ê
S Ê
O
S
RT
S
DE SÃO PAULO PARA O RIO DE JANEIRO..................................68 El Dib Maesano - 8º ano O Isabela Ê UGU
EL MOMENTO.................................................................................70 Alejandro Echeagaray Reynes - 9º ano RT
S
Ê
A ESTRADA...................................................................................67 ÊClara Bigio Martins - 8º ano RAna TUGU
UGU
Ê
LA MUJER DE LA PRAÇA..............................................................72 Antonio Furtado Da Mata Tavares - 9º ano
S Ê
EU ME LEMBRO...............................................................................71 Cezario Caram - 8º ano
S
UGU
UGU
UGU
UGU
Ê
MARAVILHA E PERIGO.....................................................................73 Hanna Joo - 8º ano
RT
UGU
Ê
Ê
S
UGU
Ê
S
O
O
RT
RT
ME SORPRENDÍ.............................................................................74 Laura Lievano González - 9º ano MY TRIP ADVENTURE TO EUROPE..............................................75 Valentina Peña Bustamante - 8º ano
UGU
RT
UGU
RT
UGU
Ê
S
Ê
P
P
O
UGU
P
P
O
RT
O
P
P
O
S
Ê
S
UGU
S
RT
S
P
O
RT
RT
O
P
P
O
RT
S
O OR U ÊÊ RT TU UG GU
P
P
O
SS
O Ê RT UGU
O
RT
CATEGORIA JUVENIL PROSA E POESIA
Ê
SS
Ê
UGU
P
UGU
RT
O
WHERE AM I?.................................................................................65 Keira Bauer - 7º ano
S
S S Ê
S
UGU
O
Ê
P
RT
Ê
PP
P
O
RT
UGU
UGU
PP
P
O
RT
P
P
O
RT
P
P
O
S
WHEN I ALMOST LOST MY ARM....................................................64 Leonardo El Jamal - 7º ano
Ê
S Ê
S
RHYTHM AND POETRY.................................................................76 Rafael Inácio Thomé - 8º ano
UGU
Ê
SUEÑO EN EL CIELO.........................................................................78 Santiago Herrera - 9º ano RT
Ê
TROPOPHOBIA........................................................................79 Madeline Nuñez - 8º ano UNFORGETTABLE MOMENTS...........................................................80 Victoria Pizzonia - 8ºano CATEGORIA INFANTO JUVENIL PROSA E POESIA
UGU
Ê
O
RT
A VIAGEM DO TEMPO..................................................................83 Julia Maria Garcia Anoardo - 11º ano
S
RT
P
P
O
S
A PRIMEIRA VEZ QUE NEVE CAIU..................................................81 Daniela Ilha de Andrade Gouvea - 10º ano
UGU
Ê
BIG 8...............................................................................................84 Luiza Ferraz Figueiredo - 10º ano
UGU
Ê
DRAGÕES, GIGANTES E POSTES DE LUZ.....................................87 Pedro Zagury - 12º ano R UÊ S
RT
O
P
P
O
S
CIAO ITALIA....................................................................................86 Stephany Sestini Hickey - 10º ano
TUG
EL TORNEO ESCOLAR......................................................................90 Raphael Boueiri - 10º ano
UGU
Ê
O
P
RT
UGU
RT
S
O
RT
UGU
S
O
RT
S
O
COAUTORES
UGU
Ê
EL VIAJERO HIPÓCRITA................................................................91 Luca Cherubim Ferracuti - 12º ano ESTEREOTIPOS............................................................................92 Leticia Barbosa - 10º ano L’AVENTURE DE LA VIE....................................................................93 Guadalupe Cores Lastra - 10º ano LA ABEJITA KAFKIANA.................................................................94 Edgar Duvivier Ortenblad Villaça Carvalho - 10º ano
COAUTORES LA FUGA.........................................................................................95 Amanda Bompan Monte Alto - 10º ano LA LÁGRIMA DE LA FELICIDAD.......................................................96 Maria Fernanda Melo - 10º ano LA MAGIE DE L’AVENTURE..............................................................98 Jennifer Lee Gonçalves Leung - 10º ano LE VOYAGE DE L’AMOUR...............................................................99 Mel Nigro Rossi - 11º ano MI VIAJE.......................................................................................100 Catherine Aicha Sanches Azar - 10º ano NÃO É PRECISO IR TÃO LONGE.........................................................101 André Schmidt - 12º ano NO TE CALLES, HUYE...................................................................102 Laura Serres Tomàs - 11º ano NOSTALGIA DE CORAZÓN PARTIDO...............................................103 Luisa Bustamante Tolda - 10º ano
RT
S
O
UGU
Ê
UMA AVENTURA PARA SE LEMBRAR...........................................107 Jennifer Lee Gonçalves Leung - 10º ano
UGU
Ê
O
RT
RT
UGU
Ê
UG
CATEGORIA ADULTA PROSA E POESIA
UÊ
AVENTURAS DE VIAGEM...............................................................109 Ana Maria Cuiabano AVENTURAS DE VIAGENS...........................................................110 Américo Marques Ferreira
S
UÊ
RT
S
RT
UG
O
O
Ê
P
P
O
RT
UGU
P
P
O
RT
P
P
O
S
UNE REDÉCOUVERTE.................................................................108 Julia Bustamante Tolda - 12º ano S
Ê
THE FIRST TIME I TRAVELED.....................................................105 Julia Maria Garcia Anoardo - 11º ano
S
UGU
S
RT
P
P
O
S
SONETO DE VIAGEM....................................................................104 Julia Bustamante Tolda - 12º ano
UGU
Ê
UGU
O
RT
UGU
S
RT
UGU
Ê
Ê
DESDOBRAMENTOS...........................................................111 Ana Shitara Inglesi RT UÊ S
S S
S S S
S S S
UGU
UGU
Ê
UG
I HEART YOU................................................................................113 Ruby Abigail Sheets
O
RT
RT
S
UGU
Ê
UG
OS SAPOS DA VIDA......................................................................115 Fernanda Glaser
UÊ
PANTANAL PROBLEMS................................................................116 Dominique Bais PORTUGUÉS PARA HISPANOHABLANTES..................................117 Ruby Abigail Sheets
S
RT
S
S S S
S
S
RT
RT
O
Ê
P
Ê
O
UÊ
O
P
UGU
O
P
RT
O
P
R OT U G UÊ Ê RT UGU
Ê
UG
Ê
P
ÊÊ UU U GG TU
UGU
RT
O
O
UGU
Ê
LILLIPUT................................................................................114 Espedicto Figueiredo Rillo
Ê
P
OT R R
UGU
UÊ
RT
P
RT
RT
UG
Ê
P
P
O
RT
O
O
UGU
P
P
O
RT
P
O
S
RT
Ê
S
S
UGU
P
P
RT
COAUTORES P
O
O
UGU
Ê
REFLEXÕES DE UMA VIAJANTE....................................................119 Ruby AbigaIl Sheets THERE WAS. THERE WERE.............................................................122 Cristina P. El Dib Maesano
4 IN 1
UGU
Ê
O
RT
S
RT
P
P
O
S
Isabella Villarroel - 7º ano UGU
Ê
S
S
S
P
S
P
P
P
My parents will kill me if they find out. That was the only thing I was thinking while on the boat with my friends. We had picked up the hidden boat and were driving it in the direction of a small O O beach in front of the beach in Florianopolis. Ê Ê RT RT UGU UGU “Kaboom!” “What was that?” asked Helena, my childhood friend. “Oh my God! I think our gas is over! “ she said worriedly. When I looked at our tank, it really was empty. We were in despair because we were in the middle O O Ê Ê RT R of the sea, without gasoline and my parents did not know it. Since U G Uwe didn’tT have U G U an emergency boat, we decided to get the two stand up paddles that were in the boat. However, there were 6 of us, and only two stand up paddles. Next, my friends and I got the stand up paddles and started paddling to the shore. It seemed very easy, but it was terribly hard. The shore seemed very close but every second that passed by we noticed that it was even further away. Therefore, taking 3 people in one stand up paddle without a lifevest is extremely hard. I thought the situation couldn’t be worse, but it was. Just as we were paddling to the shore, stronger waves began to form, and we lost balance. Most of us fell on the sea, but I was still strong in the paddle. “Ouch, ouch! It hurts! Ughhh, I think something stung my leg.” , screamed Pedro, my best friend since I was little. “Isa, my foot hurts. I think something also stung me…”, added Leo, my cousin’s best friend. And then it hit me; the ocean was warmer where we were. Therefore, jellyfish love warm water. “Guys, don’t panic, but I think you got stung by a jellyfish. When we get to the shore, I have some medicine in my home to help you, but right now just get as fast as you can on top of the paddles and try not to lose balance”, I told them. As the sun began to set, we were safely back at the shore. I immediately told my aunt, who had arrived at our apartment to cook dinner, about what happened and since she has experience riding jet skis, she rented one and went after the boat. As the night approached, cold breezes shivered in the wind. Since it was our last day together, we decided to spend some time at the beach. “ Can we make a campfire?”, asked Pedro. “ I don’t think it’s safe… but we can try”, answered Helena. “ Yeah we can do one, it’s safe. My family and I do it all the time. Get some logs and put them right here, I will get the matches .” We ended up making an amazing campfire and ending our day with 4 weird adventures.
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
17
A CASA NOVA DO BIDU
Maria Alice de Figueiredo Argentino - 6ºano
- Mamãe, o Bidu vai conosco para a nossa nova casa? - Pergunta Carolina, um pouco inquieta e ansiosa por se mudar para outro país. Para ela, parecia um futuro distante, mas o seu avião e todos os seus pertences partiam hoje. - Mas é claro, Baixinha! Mas ele não vai hoje, ele vai depois, junto com a vovó. A mãe de Carolina disse, fazendo um leve carinho em sua cabeça. A avó de Carolina sorriu, fazendo carinho no Bidu, o pequeno Yorkshire de Carolina e seu irmão. Carolina fez silêncio por alguns momentos para relembrar o dia em que ela conhecera Bidu. Sua mãe tinha ido viajar, e então, Carolina ficara sozinha com seu pai e irmão. Carolina tinha pedido por um cachorro há muito tempo, e então, o seu pai decidiu satisfazer o seu pedido, sem consultar a mãe de Carolina. Eles foram até um petshop e logo avistaram em uma jaulinha, um Yorkshire pequenino e muito dócil. Em sua jaula, um crachá dizia “Cebolinha”. Que nome curioso! Pensou Carolina, mas seus pensamentos foram interrompidos pelo seu irmão mais velho já dizendo que havia escolhido o cachorrinho. - O Cebolinha! Eu quero o Cebolinha! - Dizia ele. Carolina sorriu e disse: - Sim, papai! O Cebolinha! Carolina indicou uma pequena reunião para seu irmão. - Ei, Nicholas! Olha, eu não gostei muito do nome Cebolinha. Parece cebola, e eu detesto cebola. Vamos mudar para Bidu! Também é da Turma da Mônica, afinal. - Hmmm, acho que Bidu é um nome decente… - Nicholas tinha concordado, então o nome havia ficado Bidu. De volta ao momento presente, Carolina dá um abraço em sua avó e entra no avião. Ela se aconchega no seu assento e se põe a dormir. Alguns dias depois, a mala da avó de Carolina está pronta, e Bidu já está usando sua coleira. Eles entram no táxi, e logo já estão no aeroporto. - Estou um pouco apertadinha, meu querido. Me espere aqui que eu já volto. A avó de Carolina prosseguiu a entrar no banheiro, e deixar Bidu a deriva. Bidu, que não é santo, decidiu dar um passeio, afinal, ele tinha certeza de que ela demoraria um bocado naquela longa fila no banheiro feminino. Como humanos são complicados! Por que eles só não fazem suas necessidades no chão, como nós? É tão mais fácil, mais rápido… Bidu pensou, já caminhando para o outro lado do aeroporto. Algumas pessoas olhavam para ele com uma cara esquisita, mas Bidu não ligava. Ele logo encontrou uma oportunidade, perto do Starbucks. Um homem havia deixado a sua rosquinha se espatifar no chão, e Bidu não gosta de gastar comida. Ele correu para perto do homem e apanhou a rosquinha caída no chão. Bidu se deitou no chão e começou a mastigar a sua rosquinha. Logo, um policial se aproximou do Bidu e perguntou, sem esperar nenhuma resposta: - Qual é o seu nome pequetucho? O meu nome é Bidu, mas você não tem nada a ver com isso... Bidu pensou. Mas o seu pensamento foi descontinuado, pois o grande alto-falante começou a falar algo: - Deixa que eu faço isso, meu caro - Era a voz da avó de Carolina! - Bidu, você fugiu, meu pequenino? Venha aqui, de volta para a vovó, Rato Branco! Vem que logo você vai voltar a ver a Carolina! - Bidu tinha que pensar rapidamente em um jeito de esconder a sua coleira, mas já era tarde demais. O policial que havia começado a conversa com ele já tinha o agarrado por
18
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
trás, e ele estava sendo escoltado para dentro do avião! Bidu se pôs a uivar, mas isso não deu efeito algum. Logo ele estava no banco, ao lado da vovó. - Oh, Bidu, meu querido, eu achei que nunca te encontraria, a sua mamãe Carolina me mataria- disse a avó, deixando cair uma lágrima em sua bochecha enrugada por causa do grande sorriso em seu rosto. Humanos dramáticos. Não vejo a hora de voltar para casa e dormir no meu sofá. Falando nisso, uma soneca me cairia bem… Bidu pensou, já adormecendo. Quando acordou, Bidu se sentiu um pouco apertado. Hora de aliviar… Bidu exclamou em sua cabeça, pulando da cadeira para o corredor, e se abaixando, e acho que você, leitor, ja sabe para que. Uma pequena poça foi deixada no meio do corredor. Bidu havia voltado para cima de seu assento, quando o carrinho de bebidas se aproximava. Bidu ficou tenso, com medo de alguém descobrir a sua malandragem. Mas o problema foi que ao invés da aeromoça notar a pequena poça, ela escorregou nela, causando um pequeno estrago. - Tudo bem, estou bem. Ah, obrigada senhora. Que imprevisto ruim, não? A aeromoça agradeceu a ajuda da simpática senhora do assento à direita do assento de Bidu. Bidu decidiu voltar a dormir, pois o que ele mais queria naquele momento era se livrar daquele “imprevisto”, como dizia a aeromoça. - Preparar para a aterrisagem. Apertem os seus cintos de segurança, como indicado na tela. Favor colocar a poltrona de volta para a posição vertical, desligar os aparelhos eletrônicos e guardar o controle remoto da tela. Obrigado. - Disse o misterioso alto falante invisível do avião. Bidu foi colocado em uma caixinha malcheirosa para a aterrisagem, e assim que o avião parou, ele pulou para fora dela. - Bem-vindos ao aeroporto JFK em Nova Iorque, senhoras e senhores. Não esqueçam as suas bagagens de mão. As suas malas estarão disponíveis na esteira A3. Tenham uma boa estadia em Nova Iorque, atenciosamente, o piloto Melvin Trigo. Minha nossa, Bidu pensou, eu nunca dormi por tanto tempo em um lugar tão esquisito com tantos movimentos inesperados! Ao sair do avião, Bidu olhou para o piloto e, em sua mente, disse: - Obrigado, senhor Melvin Trigo. Ótima aterrisagem!, mas obviamente, cachorros não falam. Então a única coisa que o piloto ouviu foram alguns latidos variados. Ao sair do avião, Bidu e a avó de Carolina pegaram uma esteira que os levava para a esteira A3, aonde as malas ficavam rodando incansavelmente. Bidu tinha gostado muito daquela primeira esteira, então prosseguiu rapidamente a subir na segunda esteira. Logo, algumas tiras de plástico bateram em Bidu. Ele se sacudiu, pois as tiras haviam bagunçado o seu pelo perfeitamente lambido. Bidu tomou um susto quando viu o rosto de muitos trabalhadores colocando malas na esteira. E o susto foi tão grande, que Bidu pulou da esteira e começou a correr. Ele corria pelos corredores que pareciam não ter fim, com um bando de pessoas com uniformes cinza correndo atrás dele: - Stop right there, little pup!*1 - Hey, hold up!*2 - Puppy, puppy, come here!*3 - I’m going to get you, dog!*4
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
19
Bidu, que é fluente em inglês, continuou correndo, com medo de alguém pegá-lo. Logo, ele deu de cara com a avó, apavorada! - Bidu, espera! Pare, pare! - ela corria, mas como os funcionários, ela também estava ficando cansada. Bidu continuou correndo, até que ele deu de cara com um elevador. Ele entrou correndo nele, se apertando junto com os outros passageiros. O elevador rapidamente fechou a porta e subiu como um raio. Assim que a porta se abriu, Bidu disparou como uma flecha para o outro lado, mas era tarde demais. Os funcionários tinham sido avisados, e estavam todos atrás dele! Uma pessoa rapidamente o agarrou, e quando ele olhou para cima para ver quem era, ele ficou surpreso ao ver o rosto predileto dele. O rosto da Carolina. Ela tinha vindo para pegá-los no aeroporto! Bidu se lembrou de como ele ama a Carolina. A Carolina que dá para ele os petiscos mais gostosos. A Carolina que sempre o quis. A Carolina que o ama assim como ele a ama. Bidu se aconchegou no abraço dela. Carolina, você não faz ideia de como eu senti a sua falta! - Bidu pensou. - Você não entenderia como você fez falta, Ratowisky! - Carolina disse. Era como se ela tivesse entendido ele. *1 - Pare aí mesmo, cachorrinho! *2 - Ei, espere! *3 - Cachorrinho, cachorrinho, venha aqui! *4 - Eu vou pegar você, cachorro! Todos eles entraram em um carro cor de mostarda: a Carolina, o Nicholas, a vovó, o pai da Carolina e a mãe dela também. Bidu tinha sentido muitas saudades da sua família. O carro se dirigiu ao Central Park, onde eles fizeram um piquenique. - Agora,- disse a mãe de Carolina - só falta pegar o trem para Washington D.C., a nossa nova casa.
20
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
A MINHA PRIMEIRA VEZ NO MAR Gabrielle Ga Bi Kim - 5º ano
-Mamãe, mamãe eu quero muito conhecer o mar. As ondas vindo, fazendo castelo de areia, eu quero muito ir para a praia e ver como é. - Acorda, acorda já são 9:45 Eu tinha apenas um ano e meio, mas mesmo não tendo uma mãe e perdendo uma mãe depois de eu completar um ano eu realmente quis conhecer o mar. Eu morava em uma casa não era nem tão pequena e nem tão grande, eu morava com o meu irmão mais velho que tinha 12 anos, meu pai, e os meus dois gatinhos. Eu passava muito tempo com a minha cozinheira era ela que fazia as comidas gostosa para a nossa família. O meu irmão...Bom eu tenho muito o que falar a única coisa que ele faz é ficar trancado no quarto jogando video game. Faltava 6 meses para conhecer o mar e para eu completar 2 anos. O tempo passou e passou faltava bem pouquinho para o meu aniversário e para ir ao mar. Faltava apenas uma semana eu estava muito ansiosa para que esse dia chegasse. - Olha quem acordou ! - Parabéns o que você quer fazer hoje ? - Não fala ainda filha, porque antes que você fale qualquer coisa sim agente vai para a praia e já preparei as malas. - Obaaa! A gente estava na estrada. No meio da estrada a gente parou e foi comprar um sorvete. E depois de duas horas e meio a gente finalmente chegou. Entramos no hotel e pela vista do hotel a praia era linda. Coloquei a roupa para a praia e fui correndo para o mar a areia era bem quente mais bem macia também. Era o melhor aniversario da minha vida mais o pior também. Porque conheci a praia o mar mas ao mesmo tempo era o meu primeiro aniversário sem a minha mãe.Eu literalmente cresci sem ela me acustumei nao lembro o rosto dela mais eu sei que ela foi embora cedo demais. Na praia tomamos sorvete comemos e tomamos água de coco. Depois de aproveitar esses dias eu tinha que ir embora eu e o meu pai e o meu irmão passamos dias e noites incríveis. Eu descobri a água é incrível. Eu só tinha uma dúvida se as ondas se mexiam com pilha ou outra coisa mas eu sei que as ondas eram naturais. Voltei para casa tiramos fotos lá e eu pendurei no meu quarto para guardar pelo resto da vida.
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
21
A NOITE DA BAGUNÇA Daniela Rebolledo Tafur - 5º ano
Em uma bela manhã eu acordei com a luz do sol. Eu estava muito feliz porque eu iria para o Guarujá com meus primos tios avós e minha família. Então eu levantei da minha cama e fui me arrumar. Após terminar de me arrumar, senti um cheiro muito bom vindo da cozinha. Comi uma panqueca deliciosa. E minha mãe perguntou: - Você já está pronta? - Sim. Eu respondi. Nós íamos em uma van com todo mundo, a van ia chegar na casa dos meus avós então a gente tinha que chegar lá. Quando terminei de comer, peguei minha mala e fui para a saída da minha casa pedimos um Uber e fomos para a casa dos meus avós. O tempo passou voando e sem perceber cheguei à casa deles. Toda a galera já estava nos esperando! Coloquei minha mala no porta-malas e entrei na van. Quando entrei na van, senti um arzinho fresco vindo da parte de trás. Decidi sentar ao lado da minha prima. A van começou a andar e fomos falando durante todo o caminho. Chegamos no Guarujá e fomos para nossa casa, nos separamos e fui para o meu quarto. A casa onde nós estávamos era gigante. Tinha espaço pra todo mundo. O dia passou voando, fizemos brincadeiras, falamos, nos divertimos e muito mais. Já eram onze horas da noite e fomos dormir. Naquela noite eu não conseguia dormir, tentei de tudo, mas não adiantou nada. Duas horas se passaram e eu ainda estava acordada, era uma hora da manhã. E eu de repente tive um plano. Acordei meus primos, que pelo visto já estavam dormindo, e contei o meu plano, ir para a piscina de pijama e brincar de mangueira na garagem. Pelo visto todo mundo gostou do meu plano, ninguém estava com sono. Fomos saindo do quarto bem devagar até chegar no quintal que tinha uma piscina bem grande. No meio do caminho tive uma ideia, pegar detergente e colocar na piscina! Quando fiz isso a piscina ficou cheia de bolhas. Um, dois, três e ´´paft´´ pulamos na piscina de pijama, pegamos algumas bóias e colocamos dentro da piscina. Quando deu três e meia da manhã, decidimos fazer um lanche para comer. Chegamos na cozinha e fizemos um bolo com calda de brigadeiro. O cheiro estava ótimo e o gosto também. Quando terminamos de comer, percebi que a cozinha estava toda suja tinha farinha espalhada em toda a cozinha, brigadeiro no chão, ovos e muito mais, a cozinha estava um desastre! Ninguém ligou para a sujeira. Nós fomos para o jardim e pegamos a mangueira, depois corremos para chegar até a garagem. Meu primo ligou a torneira e saiu água para todo o lugar. Lavamos o carro e decidimos entrar nele. Eu ainda estava molhada. Fingimos que a gente estava dirigindo. A situação estava uma BAGUNÇA. Eu estava sentada no teto do carro, meus primos dirigindo o carro e outros lavando-o com o detergente que a gente usou para a piscina. Deixamos o carro cheio de espuma. Quando de repente escutei os adultos falando. Então na hora gritei: - Gente se esconde os adultos acordaram e estão vindo. Mas já era tarde demais, porque assim que eu terminei de falar a minha frase eles já estavam lá vendo tudo que nós tínhamos feito, com cara de surpresos: - Quem fez toda essa bagunça? perguntou meu tio. Todo mundo ficou calado olhando para mim. Eu não sabia o que fazer. Comecei a ficar preocupada, milhares de pensamentos foram surgindo na minha cabeça. FOI TODA MINHA CULPA. Falei na minha cabeça. Mas meu primo de dois anos decidiu falar: - Foi ela. - ele falou apontando para mim.
22
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
Agora todos estavam olhando para mim. Minha mãe e meu pai começaram a me olhar de um jeito estranho que dava para perceber que eles estavam bravos. Desci do teto do carro. E meu pai falou para mim: - Aonde vocês foram? - A gente foi... Na piscina... Na cozinha … e na garagem. Falei meio assustada. Eles foram para todos os lugares que eu tinha acabado de falar. Fiquei vermelha porque afinal eu que causei todo esse desastre. No final levei uma bronca dos meus pais. Tivemos que limpar todo o desastre que a gente tinha causado. Demorou muito tempo. Finalmente terminamos de limpar tudo. A noite chegou e essa noite também não conseguia dormir. Mesmo não tendo dormido a noite anterior não estava com nada de sono. Então bolei outro plano…
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
23
A PRAGA DOS BRAGA
Maria Fernanda Franck Braga - 6º ano
Estava muito animada Meu avô iria fazer 80 anos A família inteira festejava Iria ter um churrasco daqueles! Meus primos, veria todos eles Depois, com minha tia, no McDonald’s jantei Foi tão bom, adorei! Depois, de madrugada Não estava bem Estava enjoada Quase a noite inteira, eu vomitava Meu avô disse, “Leve ela para o hospital agora” Meu pai marcou horário Mas estava trânsito Passou da hora Tomei injeção A última coisa que ouvi os doutores dizerem “Ela tem virose.” E depois, escuridão Acordei no meu quarto Passei o dia inteiro lá Que chato Não comi churrasco Não vi meus primos Minha felicidade, foi pro saco Minha mãe tentava me confortar “Já, já você vai se sentir melhor” Mas estava naquele quarto por tanto tempo Já sabia cada número de canal da TV de cor Depois de alguns dias, melhorei Para casa eu voltei Depois, o resto da família ficou doente também E doeu meu coração Por ter sido minha causa A contaminação 24
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
A TRIP TO WASHINGTON D.C. Barbara Bompan Monte Alto - 5º ano
On October 10th, 2018, as I rolled out of bed forming a cocoon, feeling the cold floor touching my feet, almost falling to the ground, as I went downstairs, my mom told me with the biggest smile on her face: - Go pack your bags, we’re going to Washington D.C.! And we are staying there for two days, okay? I didn’t even think twice, I went upstairs as if I were a race car, as fast as I could; in my bag I packed two really warm and fluffy jackets, since we were going in winter time, I also packed two pairs of jeans and two shirts. When we arrived at the airport, we were kind of late, so we rushed to the plane. After about 2 ½ hours of anxiety, we finally arrived! The first memorial we visited was the Lincoln Memorial. It was huge. As we were leaving I felt something touching my back, I looked behind and it was the statue. It took me about 10 seconds to realise what was happening, but he told me that he was the 16th president of the U.S.A., so we stayed there for a little while. After about 15 minutes we had to go have lunch, but as my mom payed for the hot dogs and milkshakes, I realized that the five-dollar bill she was paying with had Lincoln’s face on it! When we finished lunch, we went to Martin Luther King’s Memorial since it was close to Lincoln’s. While I was looking at him, I realized his lips were moving, and he said: “I have a dream…” And he continued with a very long speech. He looked sad, but when I told him his dream was coming true, he had the biggest smile on his face, even bigger than mom’s at breakfast! On our way to the cherry trees, we got out of our taxi, and we got on some “Yellow” bikes, because we wanted fresh air, and we could have a better view of the trees. I read on a guide that there were 3,000 trees around the Tidal Basin, and the Washington Monument! On our way to the hotel, we passed by the Vietnam War Veterans Memorial. On its wall there were all 58,000 names of the people that t were killed or have been missing. I was really sad because all those people sacrificed their own lives for their country! After that sad visit, we arrived at the hotel, and when they gave us the keys to our room, I jumped on the hotel’s bed as if it were a pool, and immediately fell asleep. On the next day as I got out of bed feeling like a zombie. My dad said everybody was on the 1st floor eating some brunch. When he said brunch I immediately put on some nice clothes and ran to the 1st floor as if I were playing tag. I ate some pancakes with bacon and eggs, it was probably my favorite part of the trip. The last monument is the Washington Monument. When we arrived, I read that it has 50 flags surrounding it representing all 50 states, and the monument is 555.5 feet tall. Sadly we had to go back home, but I will never forget this trip!
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
25
A VIAGEM
Daniela Velasco - 5ºano
Era uma vez uma garotinha que tinha um coração doce e amigável. Alice tinha um apavorante medo de avião. Ela queria viajar, mas não de avião. Ela chorava, berrava e gritava muito, mas ela tinha que enfrentar seu medo. O avião já estava sobrevoando e a Alice chorava no seu choro silencioso para não atrapalhar os outros. A Alice não gostava de nada. Ela odiava a comida, o banheiro, as cadeiras, as televisões, até às janelas. A Alice odiava TUDO o que tinha no avião. Alice não conseguia fazer nada que não fosse pensar que o avião iria cair. Mas ainda faltavam 2 horas para pousar e Alice não aguentava mais. Ela estava contando em regressiva os minutos que faltavam para posar.Tik Tok Tik Tok. Eba!!! A Alice e sua família já tinham chegado na Austrália. Alice e sua família estavam esperando as malas, mas não chegavam. Passaram três dias e finalmente as malas chegaram. Alice percebeu que a mala e o avião não eram o importante, o importante era estar e aproveitar esse tempo em família.
26
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
A VIAGEM PARA O PARAÍSO Manuela Rinaldi Tripoli Moraes - 5º ano
Olá sou a Emily ,eu e as minhas 4 amigas: Manuela, Luna, Ashley e Ariel entramos num concurso e o prêmio é uma viagem de cinco pessoas para o Havaí, vocês não vão acreditar! NÓS GANHAMOS a viagem!!! Claro que foi difícil convencer nossos pais já que temos 16 anos, mais eu lembrei que o meu primo Jonhy mora no Havaí, mas só tem um problema: o Johnny tem 34 anos eu sei que nessa idade deveria ter maturidade mas ele não tem, ele gosta de ir à balada todo dia, ficar jogando Fortnite até a 5 da manhã e só comer salgadinho. Ele mudou, mas na verdade ele só mudou para nossas mães, então nós vamos conseguir ir!! Ah, acabei de receber uma mensagem das meninas, elas estão vindo para fazer as malas comigo . Eu esqueci de contar uma coisa: os meninos que agente encontrou em Paris vão estar na excursão que nós vamos (na caverna ). Eles são muito chatos mas tudo bem. Eu vou falar um pouco sobre os meninos no total eles são cinco: o Cleber é desastrado, o Max é distraído, o Lucky é esquecido, o Matheus dorminhoco e o João mal humorado . Chegamos faz algumas horas e quando a gente chegou o Johnny foi direto para a balada, agora estamos indo para o local da caverna, chegamos e os meninos também ,depois o instrutor deu algumas instruções mas ninguém ouviu porque estavam mexendo no celular (Instagram) depois que fallout tudo a gente perguntou PODEMOS ENTRAR ? Ele respondeu eu -Não agora e o grupo de 10 pessoas você só são 8 , as meninas perguntaram quem é meninos, a gente acha que é o Matheus e o Lucky o Matheus está dormindo e o Lucky esqueceu que era hoje. Depois de mais vinte minutos, o Matheus e o Lucky chegaram , e a gente entrou. O Cleber foi o último a entrar, ele tocou na parede e a rocha que deixa a caverna aberta fechou e o João gritou Cleber !!!! A Ashley Tebet uma ideia: -Aqui deve ser igual o Escape 60 nós temos que achar a saída. Nós todos concordamos e começamos a andar, passaram-se duas horas e nós só tínhamos cinco pacotes de Clube Social e cinco garrafas de água, e nesse meio tempo nós começamos a perceber que os meninos não eram tão chatos, depois de mais vinte minutos a Luna achou um painel que tinha os números:971300 e embaixo dizia: descubra a sequência para poder sair, a Manu achou um papel atrás de uma rocha e tentei usar e ...consegui, nós todos conseguimos sair e nós (as meninas) falamos: até que vocês não são tão chatos e saímos. Aquela viagem foi incrível algumas experiências foram boas e outras ruins, espero que vocês tenham gostado da viagem.
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
27
AQUELE DIA TODO AZUL Gabrielle Ga Bi Kim - 5º ano
Lembra daquele dia? O dia todo azul, as ondas vindo na sua direção. O único dia em que as ondas estavam vindo na sua direção. Eu ainda guardo aquela sua carta que diz, Eu tive sorte porque aquele dia foi o único e nunca vai se repetir sem você. Mas eu tenho certeza que você aparecerá, aqui na minha frente, de repente. Não sei se você sente minha falta ou Guarda minha lembrança com firmeza.
28
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
AVENTURAS DE VIAGENS Sofia Eloise Pezoa Campos - 5º ano
Meu nome é Bridgette, sou da França e tenho 18 anos. Eu vou faltar somente um dia de escola para viajar para Inglaterra amanhã à noite. Sou loira, pele cor de pêssego, e os meus olhos são azuis. A mamãe, Lucy, está trabalhando e o papai, Timothy, está em Los Angeles, Califórnia. Eu estou fazendo as minhas malas com um pouco de ajuda de minha empregada, Lilian. Depois de 1 dia… Já estamos no aeroporto. O papai vai comprar 3 rosquinhas e a mamãe vai comprar 3 cappuccinos. Quando entramos no avião, começou a tremer. Eu estava bem assustada. Perguntei pra mamãe se tudo estava em controle e ela disse não. E quando a gente estava em cima de Paris, adivinha o que aconteceu? Isso mesmo. Ele caiu. Comigo dentro. 1 ano depois… Agora tenho 19 anos. Eu moro com a minha tia, Lirosette, e infelizmente, os meus pais morreram durante a viagem. Mas eu estou bem. Eu fiz algumas cirurgias, e quebrei alguns ossos, mas me recuperei. Fim… Ou não?
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
29
AVENTURAS DO CURSO DE INGLÊS Beatriz Deo Rangel - 5º ano
Olá meu nome é Larissa, eu tenho 17 anos e eu estudo na Universidade de Campinas, Unicamp. A coisa mais importante para mim nesse momento é meu curso de Inglês. Eu estou falando inglês muito bem, estou bem orgulhosa! Eu sou a melhor da classe inteira! Eu acho. Todo dia eu acordo e vou para meu curso de inglês às seis da manhã, porque as aulas só começam às oito da horas. Eu pego minha mochila e vou de bicicleta e toda vez eu passo no Starbucks para comprar um milkshake. Quando eu chego na Unicamp eu deixo minha bicicleta no bicicletário e corro para classe. Eu entrei na classe e a Ms. Weiss disse “Hello Larissa! Good morning” (ela sempre fala isso) e eu respondo “Hello Ms. Weiss I hope you are having a good morning.” Sempre quando eu falo isso ela me lança um olhar furtivo. A Ms. Weiss e uma velhinha baixinha com cabelo branco. Ela tem óculos retangulares vermelhos. Eu sentei na minha carteira e a aula começou. Eu sento ao lado da Valentina, ela é nova no curso. O curso acaba às 7:30 e depois que o curso acaba eu vou para ciências. No final do dia após todas as aulas, eu finalmente vou para casa. Quando eu cheguei em casa tinha uma carta em frente à minha porta. Era da Universidade de Londres, UCL, para Larissa Torres. Eu estava tão curiosa para saber o que era! Eu abri a porta o mais rápido possível. Joguei a minha mochila no chão e corri para o meu quarto. Pulei na minha cama e abri a carta. Eu comecei a ler a carta…….”AHHHHHHH!” eu gritei com ansiedade. “PARA DE GRITAR!” gritou minha irmã. Abri a porta do meu quarto e desci as escadas correndo. “MÃE!!! Me chamaram para ir para Londres para estudar Inglês!” eu gritei feliz. “MEU DEUS! parabéns filha!” disse minha mãe. “Nossa que estranho eu tenho 18 anos e você tem 17, e eu ainda não recebi as cartas das universidades que eu apliquei!” disse minha irmã. Todo mundo estava gritando de felicidade. Eu olhei para a carta novamente e falava que eu ia embora amanhã!. Comecei a gritar e corri para fazer a mala. Eu não consegui dormir aquela noite.Acordei às 5:00 da manhã, tomei café da manhã, me vesti, peguei minha mala, entrei no táxi e fui para o aeroporto. Finalmente cheguei ao aeroporto, fiz o check in e entrei no avião. Depois de 10 horas cheguei em Londres! Sai do avião, peguei minha mala e chamei um táxi para ir à UCL. Quando o táxi estava na frente da UCL o motorista falou “That will be 10 pounds” eu não entendi nada então eu dei 5 euros para ele e saí do táxi correndo, ele começou a bater na janela do carro e gritar comigo. Mas por sorte eu já tinha aberto a porta e entrado na Universidade. Entrei na UCL bem devagar, eu queria explorar tudo! Fui à recepção para perguntar em qual classe era o curso de inglês. “Me like to know were me go to encontrar o curso de inglês” eu perguntei para a secretaria. “What?.......oh ok, up the stairs to the left” ela respondeu apontando para a escada com um sorriso. Subi as escadas e fui para direita. Abri a porta da primeira classe que eu vi e perguntei “hello is this the curso de inglês?” eu perguntei para o professor. O professor e todos os alunos me olharam com uma cara de nojo. “Excuse Me what’s your name?” perguntou o professor. “Larissa Torres” eu respondi. Ele olhou em uma lista com vários nomes e disse “um.. Your name is not in the list.. But Isabella Torres is Maybe they sent the postcard to the wrong person” Eu fiquei paralisada. Eu tava passando mal, eu saí correndo daquela classe tentando achar o banheiro. Abri a porta do banheiro. “BLEHHHKJDLS” meu deus eu tinha vomitado! Limpei minha boca com água,abri a porta e desci as escadas chorando. Sai daquela Universidade
30
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
muito triste, eu não acredito que eles mandaram a carta da minha irmã para mim sem querer! Sentei na esquina da UCL e liguei para minha tia. Por sorte ela morava em Londres. Eu estava precisando de um lugar para ficar hospedada. Fiquei uma semana na casa da minha tia porque minha passagem estava marcada para eu ir embora só próxima semana. Finalmente voltei para Campinas nunca mais quero voltar para Londres ou para a UCL!
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
31
AZUL
RT
UGU
Quando olho no seu olhar, meu coração começa a disparar, lembro de todas as viagens que nós fizemos lá perto do mar. Eu ainda sinto a areia no pé, e vejo o mar no seu olhar, lá era onde eu tinha paz. Pegar onda é bom, ainda mais quando no céu tem o sol para iluminar. Nunca vou me esquecer da viagem para o mar, porque lá é onde você me deu o colar, e no colar sempre estará as nossas memórias.
Ê
Ê
UGU
RT
UGU
RT
UGU
Ê
S
UGU
RT
Ê
S
S S S
RT
Ê
P
O
UGU
E o céu, onde eu olho para pensar é onde as imagens me levam a viajar.
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
O
RT
Quando penso em azul, também penso no mar, o mar das suas aventuras e histórias que há ainda para contar.
32
P
O
P
E quando azul viaja na minha mente, eu viajo no seu olhar e lembro do colar. O colar que era seu, o colar que você me deu.
O
P
Quando alguém fala azul, o que vem na minha cabeça é o seu olhar, o mar, o céu e o meu colar.
O
P
P
O
S
Mel de Mello Arantes - 5º ano
Ê
CADÊ AS NOSSAS MALAS? Maria Beatriz Ohnuki Nagano - 5º ano
Um dia bem cedinho de manhã, eu estava no avião, com as minhas amigas, indo para Espanha. Eu estava muito ansiosa, porque seria minha primeira vez indo para este país. No começo do voo, eu lanchei alguns biscoitinhos. Que por incrível que pareça, foram feitas para Gol, uma companhia aérea. No meio do caminho assisti Avatar, um filme que tem avatares azuis. Do nada o avião começou a mexer igual uma turbulência. Ele tremia que fez com que eu ficasse com medo, mas eu sabia que nada de mal iria acontecer. O resto do caminho foi tranquilo porque não teve nenhuma outra turbulência. Mas só foi até irmos pegar as bagagens. Lá tinha um funcionário que nos contou o que aconteceu. As nossas malas foram parar lá em Paris. Não só a minha como as das minhas amigas: Rachel, Fernanda e Caroline. Então o moço disse que as nossas malas chegariam amanhã. Aí fomos para o Majestic Hotel em Barcelona. Como no Brasil estava quente e na Espanha frio, não fizemos nada aquele dia. Porque viemos com roupa de calor então a gente simplesmente ficou no hotel o resto do dia. Então esse primeiro dia não foi o melhor. No próximo dia fomos pegar as malas. Estavam idênticas como nós as deixamos no check in. Aí voltamos para o hotel para nos trocarmos. Nós todas nos divertimos muito nos outros dias da semana. Fomos para um parque aquático em Sevilha, na Sagrada Família e muito mais. Essa foi uma das melhores viagens, apesar do que aconteceu. A viagem fez com que conhecêssemos novas culturas e comidas típicas. Foi um ótimo lugar de ir por isso acho que deve ir.
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
33
MY TRIP BACK HOME
Daniel Caruso Ferreira Glaser - 5º ano
I love Vienna; Prater’s nature and lot’s more; Best trip back home ever!
34
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
NATUREZA
Sofia Lorenzini Hernandez - 5º ano
A natureza te ajuda a respirar E te dar inspiração para rimar Ela tem uma beleza natural Então não machuque ela não Pois ela te ajuda de montão Ela faz uma ou mil ilhas Para sustentar todas as vidas Ela ajuda a flora e fauna Então ajude também apenas usando sua alma Suas criações são fenomenais E é por isso que a natureza é demais
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
35
O ANIMAL
Melanie Morais - 5º ano
O animal é sensacional E ninguém Viu algo igual Bem no meio da floresta Me dei-de cara Com uma fera E ela tinha o jeito dela No centro Da Amazônia Com uma fera Dentro de uma caverna Presa com uma fera roxa Dentro de uma caverna oca E a fera era louca Dei-lhe o nome de Nona Enquanto as horas passavam As coisas só pioravam Podia sentir Que as pessoas choravam por sentir minha falta Antes de estar aqui Eu estava com a minha família Em uma longa trilha Muito antiga A fera rocha Estava tristonha Perguntei se tinha algo errado Ela estava triste porque tinha perdido o sapato Corremos para ir embora Porque vimos uma cobra Já era escuro E nós vimos um muro Vi uma árvore E decidi escalá-la Vi pessoas Muito doidas
36
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
Eram caçadores Novos e loucos Eles tinham sapatos De canela da fera Montamos uma armadilha Para os caçadores que estavam na trilha Eles caíram na armadilha E eu peguei os sapatos da minha amiga Em gratidão A fera que estava contente de montão Me ajudou a encontrar minha família Que me procuravam na longa trilha.
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
37
O BARCO DE EDWARD Oliver Hernandez Ortiz - 5º ano
Edward é solitário, tem 26 anos mora numa casa pequena e solitária. Tudo era normal, até ganhar um papel escrito: venda de barco 50% de desconto de 1000 reais, endereço e hora da venda era Álvaro Afonso 931 às quatro e meia da tarde. O Edward morava nesta mesma rua. O Edward foi diretamente para o endereço da venda e viu um barco e uma pessoa. A pessoa vendeu o barco, o barco era muito bonito será que de algum jeito ia fazer a vida humilde de Edward ter um pouco de excitação ou felicidade. O Edward foi para praia onde começou a navegar do Brasil para o Japão que ia demorar 29 dias de acordo com o GPS. Quando chegou no barco Edward partiu para geladeira cheia de comida. Ele percebeu que não daria para comer e dirigir ao mesmo tempo. Então, ligou o piloto automático e comeu! Com vontade pegou um garfo e enfiou numa torta de queijo parmesão e meteu na boca. Edward estava com sono na sua cama de casal e acabou dormindo. Tudo estava normal por dias e dias até que uma noite quando Edward estava dormindo apareceu uma luz muito forte pela janela de 50cm x 70cm nos olhos de -AAAHHHH! Meus olhos são muito sensíveis! - ele gritou. O Edward rapidamente levantou para tomar café da manhã, comeu waffles com mel na cozinha brilhante e limpa. Quando acabou de comer, percebeu que tinha uma pessoa perdida no oceano e correu rapidamente para ajudá-la. O Edward a puxou com uma boia e disse: - Qual é o seu nome? - Apicison. O seu senhor disse. - Meu nome é Edward. - Onde você está indo Edward? - Apicison, eu estou indo para o Japão encontrar a VERDADE. - Que bom que você está indo para o Japão eu estava viajando para lá para conseguir um emprego. O silêncio voltou e os dois comeram até às sete e meia da noite. -Vou dormir Apicison. Boa noite. -Boa noite Edward. Apicison descansou em uma cadeira de piscina até dormir. Cinco dias depois, o Apicison desapareceu para nunca mais ser visto de novo, foi embora para um lugar que ninguém sabe. Edward voltou a ser solitário no barco. Edward olhou para o sul e viu um animal estranho para ele, mas em vez de examiná-lo, Edward continuou sendo ele. Quatro dias depois, Edward chegou no Japão, e achou uma casa luxuosa para morar, então comprou a casa. Edward não era mais solitário, porque comprou uma cadela chamada biscoitia, e pegou um emprego de arqueologista.
38
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
O LEOPARDO
Nicholas Blikstad - 5º ano
Eu vi um leopardo Que estava do meu lado E seu rabo Estava muito enrolado Mas descobri Que ele estava achatado Mas eu estava errado Então, fomos embora Quando estávamos andando Tinha um pássaro voando E um búfalo andando Que estava sendo caçado Por um leopardo Que estava muito bravo
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
39
O LIVRO COLORIDO
Barbara Bompan Monte Alto - 5º ano
Gabi é uma garota que ama ler livros. Às vezes os seus pais tinham que obrigá-la a parar de ler, senão ela ficava acordada a noite inteira. Mas nesses últimos anos ela não saía do celular. Um certo dia, Gabi acordou cedo, pois seus pais a convenceram a alugar um livro novo. Ao chegar à biblioteca, enquanto passava os dedos nos livros empoeirados, Gabi sentiu um choque e imediatamente parou de brisar, olhou para o lado e pegou o livro em que tinha levado um choque. Esse livro tinha imagens de diversas flores, de todas as cores: rosa, vermelho, amarelo, verde, azul… Então ela decidiu abrir o livro, ao abri-lo ela tomou outro choque e desmaiou no chão. Uns cinco minutos depois ela sentiu algo a cutucando, quando abriu os olhos, ela viu um unicórnio! Ela ficou muito confusa, não sabia o que fazer. De repente o unicórnio disse que ela era a pessoa que iria salvá-lo. Gabi ficou mais confusa ainda! E balançou a cabeça para um lado e para o outro dizendo não. O unicórnio olhou para ela muito triste e disse para segui-lo. Ele a levou a uma pequena casa feita de madeira, lá muito espantosamente tinha um quadro com a foto dela! Ele disse: - Você está vendo esse quadro, é você, você sempre vem aqui, mas só nos seus sonhos. Porém outra garota invadiu os seus sonhos e está colocando todos nós em perigo! Você é nossa única esperança para detê-la! Gabi não tinha como recusar, pois lembrou dos seus sonhos que ele era o unicórnio Jeff e esse mundo colorido com árvores de algodão doce e lagos de sorvete, era como ela sempre desenhava. Então Gabi aceitou esse desafio. Jeff a guiou a um quarto cheio de equipamentos e disse para ela pegar tudo que precisava. Ela pegou: uma lanterna, dois sanduíches, duas barras de cereais, uma garrafa de água, um casaco, um barco inflável e um mapa. Pronta para a viagem, Gabi pegou uma bicicleta e dirigiu-se ao caminho que o mapa indicava, mas no meio do trajeto tinha um lago de sorvete. Então ela pegou o barco inflável e remou até o outro lado, mas no lago havia uns patos que passaram e a deixaram toda ensopada. Quando ela chegou do outro lado já estava anoitecendo, então ela procurou uma árvore, deitou e dormiu. Num piscar de olhos já amanheceu. Então ela continuou o caminho indicado. Ao chegar ao castelo em que a garota ficava, Gabi a avistou. Dirigiu-se em sua direção, a cutucou e olhou bem em seus olhos. Quando a Gabi abriu a boca para brigar com ela percebeu que a garota estava triste e no segundo em que a garota a olhou, “puff”, a garota se transformou numa bela princesa e disse: - Gabi, você finalmente voltou, eu sou a princesa Ágata, lembra quando você era pequena, você me tinha como uma boneca e sempre me desenhava em seus desenhos? Eu estava com muita saudade de você! Mas você nos trocou pelo seu celular. As coisas no reino ficaram sem controle e eu assumi o seu lugar para tentar controlar o sonho, mas o sonho não era meu. Gabi ficou comovida e prometeu que iria voltar mais para visitá-los, para que eles ficassem bem. De repente Gabi acordou na biblioteca, e logo alugou o livro, pois ele possui os sonhos mais preciosos dela. De agora em diante ela sempre lê o livro para preservar os seus sonhos e seus personagens.
40
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
PENSE NO AZUL Daniel Agapito - 5º ano
Pense no azul Pense em viajar Pense no mar Pense no céu Pense em tudo que vai ver Pense no lado bom Não pense em coisas ruins Não seja pessimista Vai dar tudo certo Pense no azul Pense em viajar O que é o azul na sua opinião?
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
41
QUERO VIAJAR
Lara Fuzetti Cavalcanti - 5º ano
Quero viajar o mundo inteiro, Quero explorar todos os lugares, Pode ser pelo mar, pelo ar ou por terra Viajar é o meu desejo Quero conhecer o desconhecido E seguir o meu caminho. Quero ver e conhecer o que há Passando a linha do horizonte Quero explorar este planeta, Navegar pelos sete mares Vou explorar do norte ao sul E depois ir além do mapa Não existem limites E nada pode me parar. Sonhos podem se realizar Só preciso acreditar Quero viajar o mundo inteiro, Quero explorar todos os lugares Pode ser pelo mar, pelo ar, ou pela terra Viajar é o meu desejo.
42
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
SCRAPS OF SPACE Gabriel Carpenter - 7º ano
In deep space floating amongst scraps of ships that were ground to dust by stellar phenomenon, here floated a torn up bloated wargado, the only species known to man that did not originate on a planet. The species evolved on an asteroid and it does not need any type of breathing. Their odd shaped beasts have similar bodies as snakes; however, they have 2 legs and a neck that curves up like an ostrich. They have the biggest buck teeth you`ll ever see and their eyes are as black as the vacuum around them. They cannot survive in an oxygenated environment like earth. They’re about 8 meters long and 1 meter wide. However this wargado was a mutant. He was about 10 meters long and he had normal teeth. Mutations were deeply frowned upon in his species so his species cast him away to never come back to their homeworld or colonies. When The Rubix Empire, the dominant military power in the galaxy, and The Loterate Republic, the largest financial power, had a deadly space battle in his immediate vicinity, he was caught in the middle. His scales protected him from most of the shots but some pierced his scales and went through to his skin.owever, these blows were not fatal, but if he did not patch them up, he would surely die. He limped through space, cut up and with scraps of ships that was sticking out of his skin. The pain he felt was immense and there was nothing he could do about it. It was practically on the verge of torture. About an hour later, he fell upon a human space station. At first thought he wanted to steer clear of the station, however, he thought that they might be able to help him. If he was allowed to go back to his homeworld or an asteroid colonized by the wargado, this could be fixed in an instant; however, only there could they fix it quickly and effectively because the wargado biology was very unique. It would be very hard for a human medic to patch him up effectively, let alone quickly. However, it was the best chance he had, so he slowly hovered toward the station. When he neared the station, he took notice of the sleak outline of it. The tower on top, extending to what seemed infinity, then, the walls looked as smooth as a duck back and with the station now fast approaching, even with his steady pace, he could now make out More discrete details such as the worker’s boots cleaning the outside tirelessly like working bees, they even had inhuman precision. They covered every speck of dust, the humans on the inside moved around rapidly with there hum-drum woes and concerns - they even resembled the worker boots just they weren’t shiny metals. As he got even closer, he saw an emblem on the top near the tower; however, it was not one of the human empires like the Loterate Republic and the Rubix Empire, it- it was pirates! He saw ships rapidly approaching. There were about five and they had a very aggressive stance having their guns pointed right at the wargado and all. This was the last thing he needed to be, in another deadly battle. It was all too sudden. He didn’t have time to decide if he was gonna fight or flee, but in about 5 seconds the decision was made for him. he ships were at point blank range. The wargado decided to do a crazy move and ram the lead ship. If he took it out, the rest of the fleet would fall into disarray. All the charged lasers of all colors zipping right passed him. He suffered a few shots, but nothing close to fatal. It more tickled him than hurt him. Soon the pirates got it into their heads that simple laser would not do the trick, so they fired their missiles. The wargado’s plan to ram the lead ship would have to be postponed. He used the rest of his depleted energy to dodge the first batch of missiles. He was surprised that there were only three but a few seconds later he learned why they were homing missiles…
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
43
When they swung back around, the wargado had to react quickly cause there were about three million newtons barreling towards him. He had to think quickly what would be effective against a homing missile. How would he dodge this thing? He realized that there was a nearby asteroid field. He used all of his energy to hastily move towards the asteroid field. As the homing missiles neared, he was becoming more and more unsure if he would make it but when the missiles were about 150 meters away, he arrived at the first asteroid field. He saw an asteroid with a donut shape and thought if I flew through the hole and then at the end swiftly veer up the missile would either get caught on smaller floating asteroids in the asteroid or it would hit the top when he veered up, so he approached the asteroid. However the missiles were closing fast 120 meters, then 100, then 70, then 50 , then 30. He finally reached the asteroid and surprisingly there were buildings in the asteroid. Then, the wargado suddenly realized that it was a wargado colony. The Wargado buildings were immense to be able to fit their giant frame, so the missiles had no problem hitting them by accident. Suddenly, the wargado wasn’t running away from missiles, but still and petrified by grief, there were dead wargado floating all around him. He would stare into their eyes and become every shade of grey. At once it was about three ree minutes before he regained focus; however, he was still in grief. A whole colony dead and all because of him. He became infuriated and took his rage out on those pirates. They saw the explosions and presumed he died; however, when out of the smoke emerged the wargado. They were ill prepared. They tried power their guns back up and turn them around to get a broadside on him. However, it was too late. He ripped their ships apart with no mercy. The screams and please for mercy of pirates not affecting him his rage, then he proceeded to mercilessly destroy the station. He was still hurt but he didnt care. He went back to the wargado colony, now a graveyard in space. He then mourned his fallen brothers and sisters, innocent lives now all dead and his were the hands with blood on them. Even though he barely knew them, he knew that their deaths were his fault, not the pirates, not the thousands of innocent people he killed at the space station. He fell into a pool of sorrow, the blackness of space now beginning to sense to him. Then, he began to notice the small stars that speckled the sky. He realized that even in the blackness of space, there were still the good moments and he had to look for the bright stars instead of give up and bathe in the darkness. He continued on his way. His wounds hurting now more then ever. He continued on his way to try and find anybody that may be able to heal him even if he doesnt deserve it. He slowly made his way through the endless abyss that is space. The stars now dimly shining because of the pain that his wounds inflicted on him. He headed for any alien colonized world. He was close to the Loterate Republic territory so he decided to head there. Since they had endless piles of funds there, cities had the most facilities and quality of life and their life expectancy numbers were staggering . ost of all, they were friendly to aliens who did not impose a threat on them. Unlike the Rubix Empire which were constantly trying to invade their space, He hoped they didn’t think that now was a good time. … He got to a colonized planet he could not descend down into the atmosphere because that would kill him even faster than these wounds would, but there is a chance he could communicate to the people at the space station. He began to descend on top of the space
44
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
station. This one did not have a tower. It had a sphere for the bridge then the rest was like a cone that pointed at the planet. He banged into the top of the space station making a large ruckus then when someone came to investigate, he showed him his wounds and he called the doctor of the station. The humans looked like what ants look to humans in the wargados perspectives. He laid on top of the station enjoying its movement orbiting around the planet slowly but surely the humans bulled the scraps out of his flesh. Wargado had a very large capacity for what humans call pain so when they pulled out the scraps of ships that were covered with his blood, he barely felt it About 2 days later he was transferred to a medical facility since the doctor in the space station could not decipher his biology. However they sent him down in a glass box that had a vacuum inside of of it so he wouldn’t die from exposure to an oxygenated environment. ... Without the help of the literate republic he would have surely died, his wounds were gone and they kept records of the events so they could help other wargado in distress. He heard the clamps of the the spaceship tighten around the box he had lived in for about two weeks.It wasn’t the most invigorating experience but they did patch up his wounds. They then proceeded to take pre launch checks and when they were ready to go he felt the thrusters powering on, it shook the whole box. Slowly but surely he was brought into space. About 5 minutes later he heard the engines power down and the clamps detach he the bay door open. He rocketed out of the box and into space he then let himself just ride with the solar radiation. He was about to leave when he heard hyperdrives deactivating. He turned around and there was a rubix fleet, he owed a great debt to the Loterate Republic. They helped him out when he most needed it in one of the lowest points of his life.t even outmatched when he was expelled from the wargado home planet. So when the Loterate reinforcement arrived and the fighters began their attack run. He was already in the thick of it.
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
45
THE BLOODY TALE OF THE BLOND HERO Pablo Lievano González - 7º ano
Twas a cold afternoon... Down the farm we strolled, knowing little of the toll, that we were about to pay. We continued down the path, unaware of the bloodbath, about to go down. We went under the fence, and left most dogs behind. Continuing our walk, we restarted our talk. Under our feet, meters pass, but alas, we approached our imminent doom, and our day was covered in gloom. The pit bull was glad, as me and my comrades, were unaware of him. He approached, a look so grim. Knowing he would take a limb. He sprinted, leaving footprints, forever marking his attack. His feet were pumping, knowing he was about to be jumping, on one of us. However our hero came, ready to beat that scum. The hero was blond, as we stared awed, she got bit… We ran, she stayed back there. Her blood, an intense flare. (The dog is ok now) 46
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
THE ICE MOONS
Maria Carolina Melo - 5º ano
It was 7:30 am, on a very dark and cloudy day in 2053 on planet Earth in Texas. Jake was going to go to school in his flying car. When he got up out of his bed and he climbed into a machine that helped dress him. He ate bacon and egg flavored ice cream. Every meal on planet Earth was a different type of flavored ice cream. Ice cream was all that Earthlings ate. When he was ready, he jumped into the flying car and he drove himself to school. On his way to school, Jake enjoyed listening to the radio to distract him from thinking about all the friends he didn’t have. He was a math prodigy and he had skipped 3 grades and missed High School all together. Since he mastered calculus, he was one of the smartest kids in his class and the teacher’s pet,his classmates did not like that. While he was weaving in and out of traffic, he heard an ear-splitting announcement on the radio. It was from NASA! A woman, with a whimpering voice exclaimed, “Very shocking news! NASA needs you! We are searching for a young boy or girl, that is around the age of 15 to volunteer and dedicate their life to help Saturn stay within its orbit, keep the rings in their place, and prevent the planet Earth from collapsing!” Jake, shocked by what he heard, slammed the breaks, returned to his foster home and thought that this was a great opportunity to show that he was able to save both Earth and Saturn and for his classmates to like him. When he got home, his foster parents were in the kitchen with no idea that he was coming back. He told his parents what he heard on the news. At first they were skeptical, but he could not stop talking about it. And so they agreed, but only under one condition: promise them that he would be back to be with them when they are grandparents. Jake, happily agreed because he really loved his foster parents. His parents said they wanted to take him to NASA and they waited for him at the door. But Jake said he wanted to go alone. He wished he could be more responsible. He wanted to persist to get this position. And mostly, he wanted to prove that he could do it. He needed to pack first. He arrived at NASA. The line was not very long which made him feel down because he thought more people would want to help the planet Earth. But, no matter what, he would still want to complete the mission. He expressed his desire with the head of NASA. Then during the middle of the interview, when he had to share his last name, the head of NASA asked if Jake’s parents were the ones that had died in a NASA mission that he had given to two scientists back in 2048. Then Jake said, “Unfortunately, yes.” he said to the head of NASA. Then the head of NASA, stated he was the best candidate that he interviewed and told Jake yes, you can start your training now. After six months of training, the day arrived for him to go to Saturn. When he first got into the rocket, without his personal items, he felt many different emotions; mostly excitement. Therefore, he decided to explore the spacecraft. He went to his pod, buckled himself in. Inside the pod, there is a mechanism, that makes you sleep until you arrive in ten years. He closed his eyes and the only thing he remembered was, the autopilot counting down, “10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2 1, BLAST OFF!” Jake’s ten year journey had come to an end. The spacecraft has landed on Titan, one of Saturn’s largest moons. He needed to land on Titan because Saturn is a gas planet and you cannot land and stay still in gas. He slowly opened his eyes, and need to squint. He tried to get used to the light, squinting in his pod. The door quickly opened and he crawled out of his pod, stretching every muscle he had. After he left the pod, he looked around the spacecraft and there was no one there. That is
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
47
when he noticed, he was on his own. So now, he speedily put on his astronaut clothes, looked for his space gadget, got it and dashed out the spacecraft. Jake had studied and knew that if he pushed the moons further away, they would not unfreeze or change temperatures. Jake and NASA had invented a gadget that could help solve the problem of the moons unfreezing. His space gadget looked like a hotdog. And when you press the sausage, super strong robotic arms shot up and out and could grab whatever you want and bring it back or push it further. The hand of the robot can change sizes and have a better grip on the varying sizes of Saturn’s moons. The arms were as quick as lightning. He needs a fast tool because there are 150 moons in Saturn’s orbit and he needs to hustle quickly and move all moons further away. Launching the moons out further will make them cooler and keep them from melting. If Jake cannot move fast enough, the moons will melt. Saturn’s magnetic field will change.This change will affect the gravitational pull. The rings will float away. Then floating rings will hit Jupiter causing a domino effect...to kill Earth. He needed to get off of the spacecraft. And one by one, he saved the moons further. He just needed to push them a little bit. If he pushes too hard, they will float out of Saturn’s orbit, float to Earth, and Saturn may never have moons again. Already safe inside his astronaut clothes, he floated towards Saturn. He had the plan to go to the center of Saturn and nudge the little ones, the moonlets, first. Next, he would ram the big moons into the same area as the moonlets and lastly, the medium sized moons. After he had pushed all the moons out, he needed to orbit around them to see if all of them were jammed out to a safe distance, so they would stay frozen. Jake encountered one problem: he went to the edge of Saturn and he saw what looked like a very big piece of metal floating around Jupiter. It was as big as Mimas, one of Saturn’s moons. This is a problem because he needed to clear the space so he could push the moons out. So he quickly went back to his spacecraft and got his rocket shoes. These shoes had very powerful jets that would make him move very quickly. He whooshed beyond Saturn and got to the big piece of metal. His clothes were magnetic so he went and palmed the metal and brought it back to the spacecraft to examine it later. Still with his spaces shoes on, he went back to the center of Saturn. He grabbed his hotdog gadget and started to push many moonlets out at once . He noticed that it was not that hard to do, so he was able to move all the moons speedily. Once he was done with all the moonlets, all of a sudden, water splashed onto his helmet. He looked up and saw that some of the moons were melting. So he adjusted his gadget so that hands were bigger and then he started to nudge the big ones out. The only one that he did not push out was Titan. He did not want to push it because his spacecraft was on it. After he finished pushing all the moons out, he went back to his spacecraft and pressed buttons to tell the autopilot to turn the suction mode on because he did not want his spacecraft to float away. So now his spacecraft was secure on Titan. He pushed Titan away and his spacecraft did not move. He happily floated to his secured spacecraft. When he got there, he pressed the buttons to tell the autopilot to unsuction from Titan. After he told the autopilot to unsuction, it was time to go back to Earth. But he remembered the piece of metal sitting in the back of the spacecraft. So he told the autopilot to hold on for one more hour and he went to examine the metal.
48
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
When he looked at the metal, he saw both of his parent’s signatures carved on one side of the metal. He thought to himself if his parents were sent on the exact same mission? Thinking about this, he realized that he was proud of himself for starting, doing, and finishing what his parents could not. So he took a laser tool, carved the piece where his parents had their signatures, and stuck it in his front pocket. Then he crawled back into his pod, buckled himself up, and set the mechanism that would make him sleep another ten years. He closed his eyes and the only thing he remembered again was the autopilot counting down, “10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2 1, BLAST OFF!” Jake is a 35 year old man and kept his promise.
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
49
THE LASTING IMPRESSION INDIA UGU
Ê
O
RT
S
RT
P
P
O
S
Beatriz de Oliveira Abram - 6º ano
UGU
Ê
S
S
P
P
Fifteen million tourists and I visited India this year In search of spiritual transformations O I found that - and moreO R- Tto revere: Ê Ê RT UGU UGU Sensory experiences in all their variations
S
S
P
P
Light astonishes the travelers aforesaid In saris: red, orange, green, indigo, violet, O O Ê Ê RT R T red, From the spectrum, the most U G Upopular is UGU The color married women prefer to get
There is a whole city, Jaipur, painted in pink The Maharaja imagined it in the color of hospitality There is bright yellow, which makes me blink From marigolds necklaces to greet and show vitality They wear white if someone dies It expresses deep renewal The rebirth cycle means one revises, Life is granted some more fuel Different sounds overwhelm my audition, Cars, motorcycles, rickshaws, and a whistling cop In the busy Delhi, not colliding is a mission Ganesha protects, in every dashboard’s top I bargain bangles in the market, the seller says, “You go to party, to school, to Mars, you wear them.” The mesmerizing jade bracelets Have an astonishing gem (So, he gives me seven for the price of three) The garden, made to contemplate, Is composed of silence People practice yoga and meditate Yet, one feels the birds’ defiance The aroma of succulent food reaches me, From tandoori chicken to spicy lentils Vegetable samosa, Nan, and mango chutney Create the exotic cuisine fundamentals Earthy masala, tasty curry, subtle vices, Woody cardamom, juicy vanilla, rich coriander In the crowded street, to the spices Buyers are about to surrender
50
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
While the world sees no parallel For the tons of spices unveiled India offers a less pleasant smell Plenty of air pollution is inhaled This is sensory overload My awareness, my soul enlarged My world, slowed My energy, recharged I remember seeing a girl, transcendental, Very poor, very thin Playing with her brother outside the temple I could see myself in her grin
IVENCONTROLITERĂ RIOCHAPEL
51
THE LONGEST TWILIGHT Beatriz de Oliveira Abram - 6º ano
Andrew felt his shirt glued to his (empty) stomach. There was humidity. There was mud. All those bumps and that crazy motorcycle had thrown him on the road fifty times. A cartoon he had seen once flashed into his mind. Its protagonist stood in a torrid area and one annoying character such as Bugs Bunny was infuriating him. Suddenly, he was red and he screamed, “I think I am going to explode!”, and the man did literally explode. Sure, that was a cartoon, but this is exactly how I feel now. I am going to explode from stress. The group was nervous and lost and did not know how to reach the place on the map where their other friends, Maitee and Nick, had headed off to with the guide. They were not in Venice, and not in London, but were in the countryside of Vietnam. Not what he expected when he and his four mates (Ben, Mike, Maitee, and Nick) planned this trip to celebrate their graduation from the MBA. He watched Ben and Mike. They were also covered in mud. They were shouting arguments at each other, as if they were two Rottweilers fighting over a chew toy. Ben rationalized and wanted to stop the trip and go back since it was afternoon and they still had time to arrive at their previous hotel to spend the night. Mike wished to keep going. He was actually curious to continue this adventure. Andrew felt nervous in the middle of the conflict of his two friends and in the middle of nowhere in Vietnam, but he was also concentrating. He felt like Kasparov when competing against the computer Deep Blue. Should he move his queen or king? Pawn or knight? Actually, the more pressure he felt, the more he could focus. On such occasions, he always paced ferociously and prayed to God while problem solving. He tried calming down Ben and Mike but they screamed even louder. This now seemed the longest day of his life. “But we’ve come all this way, Ben. ALL THIS WAY, BEN!” screamed Mike, “Do you really want to turn back, NOW?” “What if I do? So what if I am rational, Mike?” “You have no sense of adventure, you can’t live with uncertainty for one moment.” “You are just saying that because I am not a Marine like you, huh? No, no, I am just a “dolce far niente” Italian! Andrew did not want to be part of this discussion but he could not stop himself. “Hey, guys, cut it out. I don’t want to interrupt your philosophical argument”, he said ironically, “but we are sort of in a life and death situation!” And so they were. The road seemed an infinite desert. They stared at each other. “After this trip, I am sure we will be like family. But, no offense, you seem foolish right now.” They looked away for a second or two; the deep silence echoing, the breeze indicating that dusk was almost there. The rice fields in the distance seemed classic landscapes in an open museum. “We need to be realistic, Andrew.” “Come on, man, we need to decide!!!” It was then that, abruptly, Andrew jumped in front of a trash truck that materialized out of nowhere. “NO, MAN, DON’T DO THAT, DON’T KILL YOURSELF!” Ben shouted dramatically, “At some point, we are going to find a solution…” But, surprisingly, Andrew had not died; he was making signs to the driver and appeared to be bartering something.
52
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
It was not easy to make himself understood by the driver. He showed the map, he pointed to the filthy motorcycle, he moved his motorcycle close to the back of the truck, he made an effort to lift it, he opened the passenger door, he pretended to enter, he showed the road, and made a truck noise looking forward. Then he saw the guys were looking at him and laughing; he probably looked like a mime. He thought the driver would never understand. But then the driver said, “One hundred dollars”. The guys stopped laughing. And then the driver said, “Each.” I am a smart guy and I am going to sleep in a hotel. That was the first thought Andrew had when he entered the trash truck. It registered in his mind as one year ago, but they had rented the motorcycles just this morning. Nick had this brown velvet travel logbook, a gift from his dad, where he described his trips in detail. In the back of the notebook, he had tips from other people, experiences he wanted to have himself. He seemed very sophisticated and selfconfident with that book. For Vietnam, it was written: “Ride in motorbikes in the highlands. Priceless”. In a way, that imposing notebook had convinced Andrew that this idea did not sound crazy at all. He remembered a moment of panic in his ten-minute course of how to ride a motorcycle, but then the fields and the excitement of the beginning made him imagine he was in a movie. It was just that the idyllic movie quickly transformed into a guerrilla movie. There was no talking during the drive; the other guys were probably visualizing themselves at a banquet full of meat or pasta. He could not even feel his saliva; he felt a drought consuming his body. It was all worth it. He had hoped to know the place and the people. People like their manic guide who had left them behind with a map that was not specific enough. The guy had ridden away like a jet with Maitee in the back of his motorcycle, not caring that they had mud up to their knees and could not follow them. “I hope he did not kidnap Maitee. Well, Nick was right behind them with his motorcycle, so maybe they are all safe waiting for us”. Most likely Maitee is already having tea with someone in the village, distracted by the beauty of a house or a tree, anticipating what she is going to do tomorrow. He also thought about Mike. Mike was a new friend. A friend of Ben. One that had thought to pack dozens of empty balloons so that he could see the delicate faces of Vietnamese children shine when he blew them up to form poodles and octopuses in a small village. But Mike was also crazy. When he photographed a policeman and the policeman asked for the film, he continued on his motorcycle even when the guy pointed his gun at him. And Mike thought it was all fine if Andrew and Ben were riding right after him and the policeman almost shot them in his place. They could see Mike looking back and cackling as if he had just heard a hilarious joke. Andrew was facing the road they were passing through, his back hitting on the metal wall of the trash container in every bump. The gust of wind was blowing directly on Andrew’s face and he had to spit a fly or two out of his mouth. Sometimes the dizziness of not knowing what was ahead permeated him entirely. He meditated, cherishing his memories. Indigo and violet rays painted the grass transforming the images in a surrealistic dream. The intricate curves of the meadows looked like waves that crashed upon each other. Now, they could see people going back home after arduous work on the rice fields. Their pointy straw hats concealed their foreheads and their expressions. Beauty seemed to camouflage their impenetrable feelings. Ben and Mike, totally drained of energy, also leaned on the metal container of the trash truck. The Italian dozed calmly as if this was a five-star hotel. Mike, on the other hand, contemplated
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
53
the movement of the people far away through his bright yellow sunglasses; no need to take more pictures. There will be mud inside me for the rest of my life. There is no shower that can make me get rid of it. Andrew thought that, in the end, it was lucky that this was a trash truck - no one else other than this driver would have agreed on taking the motorcycles, the guy just assented to the proposal because they would occupy the rear load container where there would have been pure trash. And now this seemed like a fairy tale movie, with a suspenseful plot and a happy ending. They would find their two other friends. Hopefully.
Note: This text is based on pictures of a trip my dad made to Vietnam in 2001.
54
IVENCONTROLITERĂ RIOCHAPEL
THE SNOW THAT FILLED MY HEART Nicole Ines Jensen Sykora - 7º ano
It made me happy, it filled my heart. Even though it froze my bare hands, I threw it up into the air smiling up at it as more fell over my light eyes, and I became relaxed - the snow. It was the first time I saw it, and I was completely in love with it. I had gone various times to New Jersey, in the USA, but I had never seen the snow. This time it was different. As soon as the airplane landed, my body was filled with anxiety. We took a cab to my cousins’ house. Through the journey, all I could do was stare through the window, and gaze at the white sparkles falling from the sky. It was a cold winter morning, people laying in their beds, covered in blankets. Getting to my aunt’s house, I ran to the snow, throwing it up. It looked like it was smiling at me, like it was meant to be with me. I had 5 days ahead of me with snow and more snow. It was only 10 minutes later when I walked into my aunt’s house, drying off the - what now had become water - snow. I greeted everyone with a smile going from ear-to-ear. The snow was changing me into someone happier. I called my cousin, Matias, to go outside and play in the snow. I changed my clothes quickly as he called me with excitement in his voice. I wore many jackets due to the cold, but even if it was uncomfortable, nothing would stop me from going outside. Running out, the snow had now become thick, tripping me as I tried to walk. I couldn’t concentrate in the cold, only in the white miracle under my feet, and soon all over my body, as I rolled in the snow. I would never have left from my paradise if I had not been forced to . I took off what seemed an infinite amount of jackets which now bothered me. We had lunch close to the fire, laughing along at my family’s jokes. My mind finally became distracted, away from all the wonders I had about the sparkles falling from the sky. Unfortunately, my time in New Jersey, had ended. What could have been the slowest 5 days passed like a flash of lightening . As I climbed on the plane, which was taking me away from where I wanted to be, my eyes became heavy, filled with tears. The snow that filled my heart was gone, but it had already changed me. Changed me into someone happier.
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
55
THE TRAVELING TREE Sofia Dominguez Zapata - 6º ano
As soon as my roots began to grow, I knew that I would be the largest and strongest sequoia tree in Yosemite Natural Park, California. With a height of 300 feet, almost the height of a 27 skyscraper, a spread of 60 feet and branches of 8 feet in diameter, I became the main park attraction for over 3 centuries. Tourists, adults and kids from all over the world, came to take pictures of me. I still received many hugs, although their arms would never reach around me. How nice it felt to have children hold me. Everything was fine, until one windy autumn morning. When I least expected it, someone left a mark on me. Not only physically, but emotionally as well. Developers thought I was in their way so they decided to cut me into several pieces. I felt a lot of severe pain, as I could not move. My giant trunk was broken. At first, I was surprised how they were achieving their goal; after all, I did weigh 200 tons. They did not even think about what they were doing, they just acted. Showing no mercy, they continued. Even though I was separated into different pieces, I still felt like I was one whole. It was a very complex situation for me. Developers wanted to auction two pieces for the best price they could get and donate one; they even had a meeting with very important people. I suppose there was a lot of interest because both pieces of me were sold for millions of US dollars, and sent to different places worldwide. The first piece or the bottom part of my trunk, was donated to a simple merchant called Jefferson, who owned an Inn in Bonanza, Colorado. That was where I first traveled. Bonanza is one of the smallest cities in the USA. It currently has a population of 16 people in an area of 1,036 km². Jefferson displayed me as if I were a sculpture in the main room of his Inn. Since I was very famous people traveled to see me, generating good profits for Bonanza. I was glad because all those profits, were as well donated to help children´s organizations worldwide. The second piece or the middle part of my trunk was sold to a family of eight who lived in Zakynthos, Greece. Zakynthos is the third largest island in Greece. It has an area of 405 km²and a population of 40,760 inhabitants. The trip was extremely long, but it was worth it in the end. The island had stunning beaches with magnificently transparent water. Here my life is exciting. Just imagine six children running around their house with me in their arms. The only reason why the children’s father bought the middle part of my tree trunk was that his eldest daughter was doing a project about sequoia trees. After that, he would let all of the children play with me, the extraordinary tree trunk. I especially like the hot weather because in Yosemite it was usually very cold. The third and last piece or the top part of my trunk was sold to the government of England who put me in the British Museum in London. I was displayed in a glass case so nobody would steal me. People visit me every day and take many pictures. After all, there are 6.7 million visitors annually. My life there was both exciting and boring. Exciting because people from all around the world would travel to see me. Boring because I have to sit every single day in a glass case unable to do anything except watch people smile for the camera. However, it is still very pleasant because the English government transported me to different galleries all around the world, in Asia, Africa, Americas and Europe. They took me to places such as China, Japan, Malaysia, Kenya, Senegal, Australia, Argentina, Brazil, France, Russia and Spain.
56
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
Yet, there was something I could not figure out. How could I still feel connected despite being cut into threes? Like one giant tree. It hurt when they first cut me but after that, I still felt like one, my soul somehow was together. One tree piece could experience what the other tree piece was experiencing. It was quite a transformation. All of my travels had been interesting. So in the end all of my parts had exciting, but different lives. It was always my biggest dream to travel around the world, get to meet new people, have new experiences, see new things, and create new moments to share. I didn’t think it was going to happen, but it did happen. Who can ever predict one’s life? In the end, my dream was accomplished.
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
57
UMA AVENTURA NO CRUZEIRO Manuela Bittencourt de Freitas - 5º ano
Um dia, Sofia e Manuela estavam embarcando em uma nova viagem pelo mundo, dessa vez indo para os Estados Unidos em um cruzeiro. O cruzeiro que elas estavam indo era o “Fly Free” e quando chegaram para entrar, o cruzeiro pareceu bem maior do que elas esperavam, o que fez com que elas ficassem ainda mais animadas! Tudo parecia diferente do que o anúncio falara, mas, elas estavam achando tudo ótimo! Depois de algum tempo, Manuela estava falando com sua melhor amiga pelo telefone e ela perguntou em que cruzeiro as meninas estavam, então Manuela perguntou para a faxineira que estava limpando o salão de jogos, que respondeu: - Free Fly. Manuela estranhou o nome e resolveu olhar no anúncio que estava em seu bolso e estranhou mais ainda quando viu que estava escrito Fly Free, então resolveu perguntar: - Ah! Ok, mas você sabe me dizer para onde esse cruzeiro vai? A moça, que já parecia estar impaciente com as perguntas, disse rapidamente: - Para o Caribe. Mas agora, menina, por favor me deixe fazer meu serviço porque senão vai sobrar para mim!!! Manuela correu para contar o que havia descoberto naquele momento e quando chegou ao quarto não se surpreendeu quando viu Sofia dormindo… E roncando. Mas como já estava muito tarde, Manuela resolveu dormir e contaria no outro dia as notícias preocupantes. Sofia e Manuela estavam dormindo em suas camas e como as duas eram sonâmbulas, este acontecimento não as surpreendeu comparado a outros casos que não vem ao caso agora. Sofia levantou de sua cama e falou: - Manu, vamos comer biscoitos de chocolate!!! E Manu, também sonâmbula, falou: - Ok, mamãe. As duas estavam andando pelo cruzeiro quando sem querer Manu pisou em uma bolinha de gude deixada lá mais cedo, puxando Sofia direto para dentro do depósito que tinha a porta aberta!!! As duas saíram rolando e Manu, que estava na frente puxando Sofia, entrou dentro de uma geladeira e Sofia bateu a porta enquanto Manu ficava dentro. Sofia ficou fora mas as duas estavam congelando de frio. Na outra manhã, Manuela acordou dando um berro de frio por estar dentro de uma geladeira. Já Sofia, que acordou por causa disso, gritou quando viu que seu cabelo estava todo congelado para cima e continuou gritando: - O Albert Einstein voltou!!! Assim que as duas saíram daquele depósito gelado, foram direto tomar um banho quente e queriam em seguida continuar aproveitando o cruzeiro, pois naquela tarde elas desembarcariam do cruzeiro. Três horas depois, o cabelo de Sofia ainda não tinha sido totalmente descongelado e ela ainda parecia um ícone do Albert Einstein, mas em uma hora elas desembarcariam, então tinham que arrumar suas malas. Quando chegaram, as meninas, preocupadas, lembraram que a avó de Sofia não morava muito longe dali e que Sofia já havia ido visitá-la umas cinco vezes. Então, como elas tinham 100 dólares em seus bolsos resolveram ir de uber. Nisso tudo, tinha apenas um pequeno probleminha. A avó de Sofia era um tanto maluca. Assim que chegaram à casa da avó de Sofia, ela não tinha mudado nada. Bom, talvez ela tivesse ficado um pouco mais esquecida e louca, mas, em geral, ela não havia mudado nada. Assim que as meninas tocaram a campainha tudo começou a ficar um tanto louco. A avó exclamou:
58
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
- Oi maquiadora!!! Eu vou para um casamento amanhã e preciso dar um tcham nessa minha cara velha!!! Espera, eu não vou para um casamento e nem tenho maquiadora marcada!!! As meninas liam e Sofia falou: - Sou eu, sua neta Sofia, vovó!!! Sua avó disse: - Ah desculpa pela tolice da avó Betina, Sofia!!! Mas o que você está fazendo aqui no Texas sem seus pais? Agora as meninas riam com gosto e Sofia disse: - Vó, você não mora no Texas. Aqui é o Caribe!!! E seu nome não é Betina e sim Maria Antonia, vovó!!! Mas voltando ao ponto, a gente precisa de ajuda pois pegamos o cruzeiro errado e nós precisamos voltar para casa!!! - Ok! Então, eu vou comprar uma passagem para o Brasil para vocês agora!!! Mas não era a minha sobrinha que morava lá? Espera você tem certeza que não é a Sabrina? - Não, vó e você não tem uma sobrinha chamada Sabrina! Mas por favor só compra uma passagem para a gente? - Tá, eu vou comprar!!! Pode ser para amanhã? - Claro!!! Obrigada, vovó!!! Então, no outro dia, as meninas embarcaram em um avião e foram para o Brasil. Quando chegaram lá, as mães estavam conversando, como são muito amigas, questionaram: - Por que vocês voltaram tão cedo, meninas?! Eu pensei que vocês só voltariam na semana que vem! As meninas apenas disseram: - Longa história!!! Depois disso, tudo ficou bem e ninguém teve dúvidas… bom; nem todo mundo, pois, depois de duas horas em casa, Manuela questionou: - Espera!!! Cadê meu celular? Apesar do celular congelado Manuela tudo ficou bem… Bom eu espero que tenha…
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
59
UMA LONGA VIAGEM Mariana Kokudai - 6º ano
Há uns dois anos, aconteceu um fato interessante, mas que deixou muita gente preocupada. Uma família muito simpática, composta de pai, mãe, e dois filhos, Paulo, o pai de olhos azuis e cabelos loiros, Olívia, a mãe, de olhos castanhos e cabelos longos e morena. Miguel, o filho mais velho, loiro de olhos azuis, tinha 12 anos e Antonia, a mais nova, morena de olhos verdes, tinha 10 anos. Foram passar férias em um resort na Bahia. As crianças eram muito educadas e sempre obedeciam aos pais. As férias estavam indo muito bem, até que encontraram os amigos Marina e Marcos com sua filha Manuela, que era ruiva de olhos castanhos e era melhor amiga de Antonia, mas era um pouco teimosa, e tinha 10 anos como a amiga. Depois de uma noite bem dormida e descansada, as três crianças acordaram cedo e foram atraídas pelo cheiro do pão fresquinho. Ansiosas para ir à praia, já desceram prontas com protetor solar e roupas de banho, apenas Manu, como era desobediente, não tomou o cuidado suficiente de passar o protetor. Tomaram café rapidamente e correram para seu banho de mar, já ouvindo as ondas quebrando na areia. Quando os pais chegaram, já não encontraram os filhos, mas rapidamente os viram brincando no mar. Aliviados, os casais começaram a conversar sobre os velhos tempos e divertiram-se lembrando de cenas de quando eram mais jovens. Depois de passar a manhã inteira na praia, as crianças foram almoçar e descansar um pouco. Já descansados, Manuela, Antonia e Miguel voltaram para a praia com a permissão de Olívia, Paulo, Marina e Marcos. De repente, Manu teve a ideia de irem ao quarto dos pais dela para jogar Uno. Miguel e Antonia queriam avisar os pais, mas Manu convenceu-os de que não era preciso. Infelizmente, houve um desencontro. Os pais voltaram para a praia por um caminho e as crianças foram para o quarto por outro. Qual não foi o susto dos pais, quando chegaram à praia e não encontraram os filhos. Desesperados, quase enlouquecidos, chamaram os seguranças com lanternas porque já estava escurecendo. Todo o hotel estava num alvoroço. Imaginem a surpresa, quando apareceu uma camareira, esbaforida, dizendo que tinha ido arrumar os quartos para a noite e encontrou os três tranquilamente jogando. Antonia, Miguel e Manu foram advertidos. Manu, porque não quis avisar os pais e os amigos, porque não fizeram o que sempre faziam, obedecer aos pais e avisar se houvesse qualquer alteração no combinado. Felizmente tudo acabou bem e serviu de lição para todos.
60
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
UMA ODISSÉIA NO ESPAÇO Alice Huang - 6º ano
E tudo começa com o alarme a soar, Os dentes a escovar e o uniforme a vestir. Os gêmeos subiram na van escolar, Era um dia normal; pra escola iam ir. Porém, aliens do espaço, sem coração, Os gêmeos puxaram para cima do chão. Chegaram no vazio do sistema solar, Gritar não podiam, precisavam fugir. Não estavam na escola, e sim sem lar e ar, Pairavam no infinito: “podiam cair?” Os aliens davam bolhas pra respiração, Sobre o seu tratamento: Era com compaixão! Os aliens os convidaram para ficar, Ou também se quisessem podiam partir. Os gêmeos disseram:”Sem mãe, como ficar?” Os aliens julgaram:”Como não consentir?!” A nave espacial, melhor que um avião, Em segurança e rapidez, voltou para mãe! E tudo termina com o alarme a soar, Os dentes a escovar e o uniforme a vestir. Os gêmeos subiram na van escolar, Era um dia normal pra escola iam ir. Porém aliens do espaço, com coração, Atrás das nuvens, piscavam em saudação.
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
61
UMA VIAGEM MARAVILHOSA
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
S S
O
P
P
62
O
P
P
Finalmente chegaram as férias. Não via a hora de ter uma viagem perfeita. Já estava tudo planejado: os hotéis estavam reservados, os ingressos para os parques comprados e os encontros O com amigos marcados. Ao chegar à Itália, tudo parecia estar normal e em seu lugar, passamos Ê RT UGU pela imigração sem problemas, lá fora o sol estava batendo na minha cara, o vento estava calmo e suave e as pessoas estavam cheias de alegria. Chegamos ao hotel e minhas expectativas não continuaram altas por muito mais tempo. Meu pai veio andando na minha direção com uma cara séria e brava. Sem precisar falar nada, já sabia O Ê RT que a notícia não era boa. Quando chegou bem na minha frente, disse em voz alta: “Vamos U G Uter que achar outro hotel. Como demoramos muito para chegar, deram nosso quarto para outra família!” Depois marchou em direção ao ponto de táxi, onde os taxistas esperavam sonolentos. Eu decidi segui-lo sem deixar a minha raiva transparecer, sabia que se reclamasse agora meu pai iria explodir de braveza e eu não queria levar uma bronca dele. Entramos no táxi, meu pai na frente e eu, minha mãe e minha irmã atrás apertados como se estivéssemos num carrinho de brinquedo. E daí começou a nossa busca por um hotel. Tentando manter as esperanças de uma viagem boa, comecei a pensar em tudo de legal que iríamos fazer: ir a museus famosos, ir a lugares superdivertidos, comer “gelato”, até iria entrar num mar de eternidade. De repente aconteceu uma coisa que também não estava nos nossos planos: o táxi parou… estava sem gasolina. Comecei a ficar com medo. Estávamos no meio da estrada e o próximo posto de onde estávamos parecia do tamanho de um pedacinho de lego. Tentamos tudo para não ter que empurrar o carro, tentamos ligar para um guincho, mas todos os celulares estavam sem bateria, tentamos pedir ajuda para outras pessoas, mas não havia mais ninguém na estrada, tentamos até ver se o pessoal do posto conseguia nos ver, mas a verdade é que íamos ficar chacoalhando nossos braços como loucos porque estávamos muito longe para ser vistos. Então, empurramos por um tempão até chegar ao posto. O taxista encheu o tanque do carro dele, meu pai e minha mãe entraram na loja para comprar um carregador de bateria, e eu e a minha irmã tentamos relaxar no calor que estava naquele dia. Quando nos demos conta, o táxi tinha ido embora e nos deixou plantados naquele posto. Meu pai já estava quase estourando de raiva. Nada estava acontecendo como planejado, e o que era para ser uma viagem inesquecível virou uma viagem que queríamos que acabasse o mais rápido possível. Anoiteceu e comemos o que sempre quis comer no jantar: salgadinho, refrigerante e chocolate! Surpreendentemente, não foi minha ideia comer este tipo de comida, foi da minha mãe, porque era tudo que ainda tinha na loja de conveniência. Enquanto eu comia, pensei em tudo que havia passado naquele dia, e tudo isso me fez rir. Para falar a verdade, nem sei porque ri. E de repente, todo mundo começou a rir. Logo chegou outro táxi que nos levou a um hotelzinho de frente para o mar. No resto da viagem, conversamos sobre tantas coisas, contamos piada, brincamos de muitos jogos. Percebi que se estivesse viajando sem minha família, seria como ter um prato sem nada para pôr em cima ou encontrar uma porta sem nada detrás dela. Aprendi que a viagem não tem que ser perfeita, porque quando você escolhe aproveitá-la, ela se transforma em uma viagem maravilhosa!
O
S
Ê
RT
UGU
RT
UGU
RT
UGU
Ê
S
UGU
Ê
S
RT
P
P
O
S
Leonardo Caruso Avila Ferreira Glaser - 7º ano
Ê
WE ALL SHARE THIS WORLD Julia Strong - 7º ano
The world is out there For us to discover That’s what she told me Before she faded away. Willing to test this statement I set off on my own journey, thousands of kilometers from home. And I could only look forward into the future, to the places I would explore. Having no idea what to expect, I set foot on the foreign country, and faced the world, completely unprepared. I roamed the city, trying to decipher the language, stopping at every cafe, restaurant, or park, trying to understand this new place. Like a baby, I observed the world, finding new things at every corner.
But the time came to return home, to pack my bags, collect all I had gathered on my journey, and run back into the arms of my mother country. My family greets me with a warm welcome. The country I loved so, had changed while I was gone. Yet, I loved it the same, looked back on all the places I had been, and noticed that even people who couldn’t be more different weren’t different but alike. We all share this world.
Soon I was chatting with the people, joining in on the folk-dancing, listening to their music, and returning to the hotel with a smile on my face. Then I was moving on, reaching other locations, learning about them, and moving forward.
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
63
WHEN I ALMOST LOST MY ARM Leonardo El Jamal - 7º ano
It all started when my brother wanted to play fight with my other brother. And like always, I, the youngest brother , always like to interfere and try and play with them. But not every time you try to interfere, it goes well. So I went to them and said that I wanted to play and my bigger brother said get out of the way, and I said no, so he got me by the hand and spun me. He wanted me to land on the couch, but no no no, I landed with my elbow banging on the wood of the couch and went running to the hospital. But at that right moment (Thank God) my mom arrived from an event with my aunt, and they drove right to the hospital. My mom didn’t know what was happening and she started to cry because I was crying, so it was a really weird experience in my life because I had never seen her cry. When we got to the hospital, I slowly started to stop crying and they took me to get an X-ray. It was kind of scary and cool to see my bones after the X-ray but it turned out to be ok after knowing it was on a paper and they didn’t take it out of my arm. After looking at all X-rays they saw that I had broken my elbow and if it was a little bit more catastrophic, I could’ve gotten a surgery. The doctors said to my parents that I couldn’t do any type of sports and sleep with my arm up, keep moving my fingers so the blood could flow in the parts which had no cast and sleep with my arm up (really uncomfortable by the way). It wasn’t the best thing which had ever happened to me but hey, I still have my arm.
64
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
WHERE AM I? Keira Bauer - 7º ano
I am flying through the air I land gracefully on the ground Confused I look around Where am I? I gasp at the scorching heat Enormous sand dunes loom around me Beautiful and mysterious Sand blows against me as the scene changes I am looking out of a window I see streets full of people Cars honk in the traffic jam Car exhaust fills the air as the world disappears Gentle waves lap against my feet The warm sun hits my back The soft sand between my toes I close my eyes as the land shifts A deer bolts away as I open my eyes Trees, bushes, and moss surround me I can hear running water in the distance Leaves fall past me as the scenery vanishes I shiver in the frigid air The landscape is covered in a white powder It glitters like crystals in the sun Snow swirls against me as the expanse fades I open my eyes I am in my bed, warm and cozy I get up to get some water I come back, fall asleep, and remember nothing in the morning.
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
65
66
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
O
S
O
RT
UGU
RT
UGU
RT
UGU
Ê
S
S S
P
O
P
P
O
RT
UGU
RT
UGU
RT
UGU
Ê
A ESTRADA
Durante o caminho, Ela é curva e reta. Ela sobe e desce, Mas chega em sua meta.
O
Ê
P
Nessa estrada, Há lombadas e buracos, Essa estrada, Não é para os fracos.
Essa estrada da vida fica dentro de mim. Vou andar até chegar No começo do fim.
P
AC Em uma longa estrada, Vivo sempre caminhando: Feita de pedra, areia, E até concreto, de vez em quando.
Ê
Ê
S
P
O
S
Ana Clara Bigio Martins - 8º ano
Ê
O céu escurece E logo chega ao final. Essa estrada da vida Valeu a pena, afinal? Tinha tanto pra fazer, Novos caminhos para explorar. Mas o que eu já tive É incrível, só de pensar.
Às vezes, ela se divide, E abre novos caminhos. Alguns com flores, E outros com espinhos. É sempre difícil voltar Quando se perde no meio. É duro continuar andando, Quando pisa o pé no freio. Porém, sempre levante E siga depois de cair. Depois do que passou, Você não pode desistir. Essa estrada, também, Tem pessoas amadas, Que, em pequenas casas, Serão sempre guardadas. Casas antigas e novas, todas com seu valor, Ficarão em pé na sorte, no azar e no amor.
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
67
O
RT
UGU
RT
UGU
Ê
S
S S
O
P
P
O
RT
UGU
RT
UGU
RT
UGU
Ê
DE SÃO PAULO PARA O RIO DE JANEIRO
68
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
S
O
P
P
Acordei com o zunido contínuo do despertador vibrando na cômoda ao lado da minha cama e logo desliguei o aparelho. O - Não acredito! – berrei, com raiva de mim mesma, após perceber que estava atrasada para Ê RT UGU meu voo ao Rio de Janeiro. Há uma semana, havia sido convidada para viajar sozinha até o Rio de Janeiro para uma conferência com um dos melhores advogados do Brasil. Mas, como sou inexplicavelmente desorganizada e desligada, não ouvi o despertador tocando antes e acordei meia hora mais tarde do que eu deveria. Me troquei rapidamente e desci para chamar o táxi. Feito isso, coloquei comida para o Félix, que miou tristemente ao perceber que sua dona estava indo embora. Peguei minha mala de viagem, minha bolsa, e saí de casa. Chegando ao aeroporto de Congonhas, corri para fazer o check-in. Chegando lá, uma moça pediu para eu falar o número do meu RG. Eu não havia memorizado este número, então fui procurar meu documento dentro da bolsa. Foi aí que percebi que havia deixado minha carteira com todos os documentos dentro do táxi! Corri para a porta de entrada para ver se o taxista ainda estava lá na frente, porém havia tantos táxis que seria impossível encontrar. Então, desisti e voltei para a mesa de check-in. - Moça, me desculpe, mas eu esqueci minha carteira com o RG dentro do táxi e não lembro o número de cor. - falei. Por sorte, a moça que estava me atendendo foi muito simpática e me deu o cartão de embarque mesmo sem eu ter falado o número do meu RG. Despachei minha bagagem e fui correndo para a sala de embarque. Dentro da minha bolsa eu ainda tinha meu passaporte, então não precisei me preocupar em ser barrada por não ter um documento original com uma foto minha. Ainda tive que passar pelo raio-x e detector de metais, mas logo consegui chegar no meu portão de embarque. Entrei no avião e me sentei ao lado de um senhor que deveria ter mais ou menos uns oitenta anos de idade. A viagem ia demorar por volta de cinquenta minutos, então decidi dormir um pouco, pois havia acordado às quatro da manhã e estava muito cansada. Quando acordei, o avião já havia chegado no aeroporto do Rio e as pessoas já estavam descendo. Desembarquei e fui pegar minha mala na esteira. Esperei e esperei a chegada da minha mala, mas não consegui vê- la. - Só falta minha bagagem ficar perdida… - pensei. Corri até uma mesa de atendimento e perguntei para um homem o que eu poderia fazer para descobrir se minha mala estava perdida. Ele pediu um comprovante que mostrasse qual era a minha mala e ligou para alguém que pudesse resolver o problema. - Desculpe, senhora, mas não temos muito o que fazer agora. Você pode nos dizer em qual hotel você estará hospedada e, assim que nós soubermos de alguma coisa, entramos em contato com você. - disse o homem. - Tá bom, obrigada. - respondi. Saí emburrada e fui pedir um táxi para me levar para o hotel. Chegando lá, andei até a recepção para receber a chave do meu quarto. - Sim, claro, o hotel Mar Ipanema agradece. Tenha uma boa noite. - uma mulher desligou o telefone e, quando me viu, abriu um grande sorriso.
Ê
S
Ê
P
P
O
S
Isabela El Dib Maesano - 8º ano
Ê
- Olá, meu nome é Aline. Como posso lhe ajudar? - Oi! Acabei de chegar de São Paulo e gostaria de me instalar no meu quarto. Já fiz uma reserva, meu nome é Mariana Costa. Aline olhou para seu computador (provavelmente procurando minha reserva) e fez uma cara confusa. - Algum problema? - perguntei. - A reserva foi feita pelo nome Mariana Costa mesmo, pois não estou achando… - respondeu Aline. - Sim, é esse nome mesmo. - É, realmente não está aqui. - Ai, Aline! Eu quase atrasei para meu voo, esqueci minha carteira no táxi e perdi minha mala! Não acredito que agora não vou ter onde dormir! - e foi aí que comecei a chorar. Todos na recepção estavam olhando para mim. - Olha, Mariana. Quase todos os nossos quartos já estão ocupados, mas acho que temos um quartinho sem ninguém! Se você quiser, pode depositar para o hotel quando voltar para São Paulo! - disse Aline. - Sério? Não acredito! Muito obrigada, eu aceito esse quarto pra já! Estou morta! Peguei a chave e subi para meu quarto. Quando entrei, vi que não era um lugar muito espaçoso, mas pelo menos eu tinha um lugar para passar a noite. Tirei as botas e pulei na cama. Eu estava tão cansada que peguei no sono em menos de um minuto. No dia seguinte, acordei e aproveitei o café da manhã que o hotel oferecia para os hóspedes. Saindo do hotel, fui para o escritório de um colega, onde ia acontecer a conferência de advocacia. Bom, acho que a reunião foi um sucesso, apesar de eu ter, sem querer, trombado em um colega e derrubado café quente em seu terno… Voltei para o hotel Mar Ipanema e avistei minha mala recém perdida na frente da porta do meu quarto (Aleluia)! Coloquei a mala no porta-malas do táxi e fui para o aeroporto. Depois de uma longa viagem, cheguei em casa e não acreditei quando vi minha carteira na caixa de correio. - Obrigada, São Longuinho! - falei, pulando três vezes. Entrei em casa e abracei meu gato. Tomei banho, jantei e finalmente fui para o quarto. Dormi pensando em tudo que havia me acontecido nessa viagem que foi de ordinária, para louca e divertida e que eu nunca irei me esquecer.
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
69
EL MOMENTO
Alejandro Echeagaray Reynes - 9º ano
En ese momento Se me olvidó todo No se me venía nada malo a la cabeza Y así, todo empieza Felicidad y alegría Soledad y agua fría Desde la mañana a la noche El sol nos calienta Uno se siente así Cuando estoy por aquí Todo se siente diferente Todo limpio en mi mente El sol por arriba Y la arena por abajo, Ese fue el momento Que toqué el agua del Poderoso mar
70
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
EU ME LEMBRO Cezario Caram - 8º ano
O vento sopra, A alma leva, E o coração sente. Sente excessivamente. Sente vontade, sente prazer, sente o interior renovado. Pois, a viagem não é sobre percorrer grandes distâncias, E, sim, sobre quebrar nossas próprias fronteiras. Ela nos torna humildes, Pois descobrimos O lugar minúsculo que ocupamos no mundo. A vida é uma enciclopédia, E quem não viaja, Permanece sempre na mesma página. E embora minha memória esteja desaparecendo, Eu me lembro das fotos, Dos carimbos no passaporte, Dos sorrisos, Dos novos traços de amizade, E de acordar no dia seguinte, Louco para voltar naquele lugar. Viaje, Antes que seu tempo no mundo acabe.
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
71
UGU
Ê
O
S
S
RT
P
P
O
RT
UGU
RT
UGU
Ê
LA MUJER DE LA PRAÇA
UGU
Ê
O
S
RT
P
P
O
S
Antonio Furtado Da Mata Tavares - 9º ano Ê
72
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
S
S
P
P
Estábamos en la Praça de Comércio en Lisboa cuando yo escuché una hermosa voz. La voz era de una mujer, que estaba sentada en el suelo con una guitarra en sus manos. Ella estaba O O me encantó cantando una canción que yo no conocía pero que tan pronto como la he oí. “No Ê RT RT UÊ UGU te acerques tanto a ella.” dijo mi padre.U G“¿Porque no?” yo le pregunté. En el momento, estaba confundido por su extraño pedido. “Ella es una drogadicta.” él dijo despreocupadamente, “Probablemente consume crack o cocaína.” Hubo silencio por un rato. “Qué pena, ella canta muy bien”, terminó él, pero yo empecé a pensar. ¿Dónde estará su familia? ¿Porque tomó drogas? ¿Cuántos años tendrá? Yo pienso que tendrá unos 20 años, pero me parece que tiene 30. Me pregunté nuevamente, ¿Donde estará su familia? ¿Y si no no tiene una familia? No podía imaginar que sería de mí si mi familia muriera. Súbitamente, me imaginaba que era ella. Estaba en la misma calle, pero era de noche. Estaba solo, tenía frío, y necesitaba cualquiera droga. Yo estaba buscando desesperadamente alguna cosa para cumplir mis deseos. ‘Ah, la encontré’ yo pensé, con una aguja en mis manos. La usé y en el momento, yo sentí éxtasis. Era como si estuviera volando. No sé cuánto tiempo pasó, pero la sensación había terminado. Repentinamente, estaba en el suelo; no me podía mover. Traté de hablar, pero ningún sonido salió. Traté de respirar, pero mi garganta estaba cerrada. Yo estaba muriendo sin nadie conmigo, y solo deseando más drogas. Yo me sentí relajado nuevamente, pero la vida me estaba escapando, y no sentí más nada. Enseguida, volví a ser yo mismo, el sueño ya había acabado y volví a mi familia. Mi padre ya estaba hablando sobre la plaza a mi madre mientras mis hermanas contemplaban el grande y viejo edificio. Yo miré hacia atrás pero no ví la mujer. No supe que había ocurrido, pero no conseguí olvidarlos, ni a la mujer ni al sueño…
MARAVILHA E PERIGO Hanna Joo - 8º ano
Viajar é uma maravilha, Mas também um perigo. Viajei para Lençóis Maranhenses. Um lugar tão lindo e que se tornou querido. O sol ardia forte e brilhava como purpurina, Fazia nos ter aquela vontade de nadar, E escorregar no barranco na pura adrenalina, Neste lugar peculiar. Havia lagos pequenos, Que pareciam gigantes. Com grandes terrenos, E peixinhos abundantes. Mas nem tudo são flores, No caminho você pode encontrar percalços, Como gados e cuidadores, Cansados e descalços. Apesar das dificuldades, Fica as saudades, Quero voltar para aproveitar, Isso é o bom de viajar.
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
73
UGU
Ê
O
RT
S
S
RT
P
P
O
UGU
Ê
ME SORPRENDÍ Ê
O
RT
S
UGU
P
P
RT
S
Laura Lievano González - 9º ano O
UGU
Ê
S
S
P
P
En enero de 2018 Fui a Amsterdam por primera vez, O Y al llegar allíO Rese día, Ê Ê RT TUGU GU MiUmundo se puso al revés. Me sorprendí al ver una ciudad, Donde la palabra bondad Perfectamente describía, La pequeña comunidad. Me sorprendí al ver tantas bicicletas De todos los colores y tamaños, Y saludos por la calle A conocidos y a extraños. Me sorprendí al ver la diversidad. De origen, de ideas, y cultura, Donde no había dos paredes Que compartiesen su textura. Me sorprendí al ver una ciudad Tan antigua y tan moderna, Donde el paso de los años Le dió una apariencia eterna. Y me pregunté, ¿Por qué es que en otras ciudades no es así? Y la respuesta fue: Porque no hay lugar tan bonito como el que hallé aquí.
74
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
O
RT
UGU
RT
UGU
Ê
S
S S
O
P
P
O
RT
UGU
RT
UGU
Ê
MY TRIP ADVENTURE TO EUROPE Ê
P
P
O
S
Valentina Peña Bustamante - 8º ano
Ê
S
S
P
P
Two years ago, in August 2016, I went with my whole family to Europe. More exactly, on the 4th of August of 2016, it was the day when we took our first flight from Bogotá, Colombia O O to Berlin, Germany, our first destination. That day, I remember, I was really excited since I’ve Ê Ê RT RT UGU GU always loved airports, airplanes and trips. Me and my sister Mariana, whereUthe whole time in the airport together as always watching around the Duty Free, the check-in of the bags, etc. After all that, we were already in the waiting spot of our flight. It took more or less half an hour. The assistants from the airline started calling everyone to start going in. There was a huge line, but it wasn’t a big deal because it was all organized and neat. During the waiting time in line I was praying to get a good seat, the best seat of all was next to the window or the one next to the aisle , but not the one in the middle, it’s always the worst one. We entered the plane and it was huge, a lot bigger than the normal ones. It was already noon so it felt really nice and calm to be there already. Finally the plane took off. After almost 8 or more hours, we landed in Berlin to, then, meet my cousins in the hotel. Days passed, we visited the Berlin wall, we took the subway a lot, and ate a lot of delicious German sausages. Days later, we went to Venice, Florence and Rome by train. We ate a lot of pasta and we went to the Coliseum and other touristic places, but overall ( after the Coliseum ) what Iliked the most was the apartment we stayed in. It was huge and really pretty. Our next destination was Athenes, Greece. The flight there was quite long and tiring, besides it was boiling when we got outside of the airport, extremely shiny, sunny and super warm ( really pretty but it tired us even more. Finally, we got to the apartment we were going to stay for the next days and it was so pretty and comfortable that in the same moment we arrived, we went to sleep. The next day, we started our tourism through the city, starting with some local mini shops of Greek souvenirs, restaurants, clothes and so many other things. Also we ate something called shawarma that my dad and my uncles loved so much. We spent all day there. It was already night so we went back to the apartment. On the second day, we went to visit the Acropolis. I somehow knew a tiny bit of what it was like, but not that much. My mom did know lot about it, that’s why she was extremely excited to go. We arrived in our car, but we had to go walking all the way up the hill. That day was also really sunny and warm like the first day, but it wasn’t that terrible. When we were already up, I realized how gigantic all the ruins were and i was amazed with it. Going all around took us around 2 hours but it was really fun. We took pictures, etc. Again the night had arrived, so we started going down again. But to have a little souvenir of that amazing place, I took two little stones from the floor, and when I looked carefully at them, they were one of the prettiest ones I had seen before. We visited Santorini and Barcelona after that and I also loved each part of them, especially Santorinis beautiful sea and all Barcelona’s malls and buildings. After almost two weeks our trip was over, we took our final flight back to Bogota, but it didn’t matter how sad and even a little bit tired I was when I got home and realize that the trip had ended because I had had a unique opportunity to be with my family, visit new places, and have so many happy moments and memories that I will never forget.
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
75
UGU
Ê
O
S
S
RT
P
P
O
RT
UGU
RT
UGU
Ê
RHYTHM AND POETRY UGU
Ê
O
S
RT
P
P
O
S
Rafael Inácio Thomé - 8º ano
Ê
S
S
P
P
I travel far and wide with no worry Even when I get my grocery O O I don’t know if you caught Ê noticed Ê R T onUor R T me UG UGU But I travel with the power of poetry You might be thinking I’m crazy Or that I’m a bit lazy, but lately I am feeling like Chris Guillebeau But I do this daily And I won’t stop until I’m eighty
When I start writing down on the paper It’s like I’ve entered an elevator Going all the way to the equator But then I snap back to reality just a few minutes later It’s mind-blowing that you can just grab a pencil Feeling the blood rush inside your vessels And write something gentle that to you is special Then think, “that has some potential” It doesn’t have SOME potential, it has a lot of it And that causes you to start to elevate Not metaphorically, I mean literally You start by getting fidgety, then you start to levitate With the power of poetry and literacy Oh, but you don’t know how to do that There is no such thing, thinker All of us are born with this shimmer In our body just waiting to get entered On the paper, just like a printer However, the difference between You and that machine Is that you believe and agree to achieve And compete to complete Then increase the technique to proceed Then you receive the unique relief, indeed The feeling you get of writing it Is the same of when you’re fighting it The beast is that obstacle dividing you from poetry Once you beat that beast you’ll be like, “I did it”
76
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
That’s not an understatement Talk to anybody that went to the Sea of Stars Or the Bamboo Forest And they WILL say it was amazing with no exaggeration I’m a musician by definition cause I talk openly, with no hurry One day my rhymes will go globally Doesn’t matter if you got vision solely At the end of the day I still have Rhythm and Poetry
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
77
SUEÑO EN EL CIELO Santiago Herrera - 9º ano
Viajo en una carretera Una carretera que me atrae Y me aleja del lindo cielo que me llama con su rojez Los demás andan en el cielo Yo vuelo en la carretera Ellos envidian mi vuelo Yo envidio su libertad Un día haré un carro Andaré por el cielo Si quieren, harán un avión que volará por la carretera
78
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
TROPOPHOBIA
Madeline Nuñez - 8º ano
Moving is sad, Moving is fun, Moving is confusing, Moving is weird. I have moved, More than average person. I haved lived in different states, I haved lived in different countries, I haved lived in different continents. Nothing is worse than leaving someone, Someone you love I have left someone I’ve loved, I have cried because of it Moving is the reason And it is terrible, It’s fun at first, Then you realize you won’t See someone ever again
You might forget someone, But not the ones you care about, You will never forget the best, The worst, The funniest, The coolest, The nerdiest, Or the weird ones. The people that don’t move, Don’t know how it feels. The first day is torture, The next is worse, You will never Get over the feeling, The feeling of regret. It haunts you until You give in Until you forget
You meet new people, But you can never Forget the old ones. You can never forget their name, Their voices, Their look, Their everything.
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
79
UNFORGETTABLE MOMENTS Victoria Pizzonia - 8ºano
Each trip we make Anywhere around the world Greece, Italy or France Leaves footprints in our heart The memories we make Are unforgettable moments Of days that were spent With no worries I can still remember the day I went to the most enchanting place on earth It all started by seeing the fluffy and delightful clouds in the sky I had arrived in a tropical fresh place Surrounded by the vibrant sea and the breezy wind made it all perfect Although time slowly passes by, You will always be sure That every second was worth it Because you’ll never be able to experience it again It doesn’t matter the destiny of your trip, The point is the journey and the life lessons that you can learn with it. The world is so small, But also so big. So many places to adventure And keep forever in our hearts.
80
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
A PRIMEIRA VEZ QUE NEVE CAIU Daniela Ilha de Andrade Gouvea - 10º ano
Nos meados de Novembro, as folhas já se punham a cair: amarelas, vermelhas e marrons. Lisboa, a cidade da poesia, vibrava nas cores do outono, porém a neve não caía. Esperava há anos ver o branco cair dos céus, a esperança e mágica que tanto se vê em filmes e na televisão, mas nada acontecia, das nuvens apenas a chuva vinha, ignorando qualquer pedido e apagando das antigas ruas os recentes passos e pessoas que haviam ali passado. A chuva, a qual nos fazia olhar a janela, melancolicamente, a esperar o amor chegar e a saudade passar. As ruas antigas feitas de pedra e casas de azulejos, traziam consigo uma história que nunca havia tido o prazer de ver antes, tudo vibrava com as vidas e amores passados, que o tempo, implacável, havia apagado. Apenas doces memórias das épocas passadas e souvenirs da antiguidade restavam. O amor estava presente em todos os gestos que via e fazia, a história daquele país carrega em seus cidadãos a paixão, que se via nos artistas, que pintavam lindas aquarelas coloridas em frente ao mar, ou no músico, que se punha a tocar seu saxofone tão vividamente, dando vida ao seu instrumento e às notas que dele saíam, abaixo da ponte, em um lugar tão solitário, que apenas turistas perdidos passavam, e apenas a música em seus ouvidos os faziam companhia. A neve ainda não caía, a esperança no branco se apagava, e logo não muito restava. Fomos então a Porto, dizendo adeus à principal cidade que antes passamos. Porto nos recebia calorosamente em suas ruas, as padarias nos proviam com o doce cheiro dos frescos pastéis de belém que saíam do forno. Subimos tantas escadarias em Porto que, quando chegamos finalmente ao topo, o sol raiava ao lado de uma tempestade, que vinha vindo sorrateira enquanto olhávamos, distraídos, a vista da bela cidade. A tempestade finalmente chegou, os ventos uivavam raivosos, a chuva caía forte e os abrigos abriam suas portas para todos que procuravam seu conforto em frente da impiedosa natureza, da qual ninguém realmente conseguia fugir. Quando a tempestade finalmente se cansou, só nos restava sair de nosso abrigo e explorar as ruínas de um castelo que há tempos existia. As ruínas contavam suas histórias e era possível ver a cada passo os soldados que um dia tinham ali lutado. Com uma imaginação fértil e ouvidos atentos, ainda era possível ver e ouvir as histórias de amor de soldados que um dia escreveram cartas e cantaram sonatas a suas amadas, que estariam do outro lado do mundo, ou da cidade, chorando e cantando o fado para seus soldados. Era uma vista bela a que se tinha, de uma cidade antiga e linda. Quero apenas voltar e ver o sol se pôr, nos lindos tons de rosa e bordô que ali vi, em frente ao mar azul, que reflete em laranja e rosa o calor do sol. As estrelas vinham apressadas, tomando conta do lilás do céu; era uma vista incrível, a melhor que havia visto, mas era hora de partir do castelo e dos sonhos de princesa. Ao descer as escadarias, nos encontramos no mais lindo convento, este era metade ao ar livre, trabalhado aos mínimos detalhes, até as colunas, feitas com delicados ramos de pedra que as rodeavam. Era possível imaginar tudo que havia ocorrido ali naquele lugar abençoado, com vitrais que filtravam a luz dos céus em lindas cores e imagens que refletiam não apenas nas paredes, mas nas almas daqueles atentos o suficiente para realmente vê-los. A capela de tal lugar, trouxe-me uma miragem de um antigo conhecido, que partiu a pouco tempo, quebrando o coração de muitos e tirando um pedaço da bondade que existe no mundo. A miragem, que durou apenas um segundo, me lembrou de como o sorriso e risada de nossos amados duram apenas um rápido piscar de olhos, mas me trouxe uma esperança de que a vida não acaba com a morte, mas mesmo assim, esta deve ser aproveitada ao seu último segundo, pois nada se
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
81
compara à beleza e às vívidas cores que a vida nos traz. Fez-me perceber que o único jeito de morrer é deixar o coração endurecer e a vida passar sem ser apreciada. Com este pensamento em mente, pegamos um avião e partimos para nosso próximo destino, onde a saudade daquele que amo só aumentava e apertava meu peito com as dores da distância. Chegamos à Suíça, onde a esperança de ver o branco nos céus voltava lentamente, dominando pensamentos e roubando sorrisos. Passamos por tantos lugares; estes ficaram gravados em minha mente, ocupando um espaço que nunca realmente irá desvanecer. Passamos pelos lagos e montanhas, pelas árvores do outono, e a neblina do passado que persiste em resistir, impedindo um novo começo, um novo inverno de finalmente chegar. O inverno branco, que congela as mágoas no passado, e cria uma nova tela a qual podemos pintar. Vimos patos, gansos e cisnes, nas geladas águas de Lausanne. Aconteceu que paramos para ver o lindo lago, que refletia a tarde preguiçosa, que já ia dando boa noite e um lugar à lua, e vimos um pequeno pato, vindo em nossa direção. O pequeno pato vinha e fazia graça, como se comemorasse a chegada de antigos amigos, talvez de outra vida. Tivemos que dizer adeus ao nosso misterioso companheiro e partimos para as montanhas, onde se cobriam de neve, e procuravam abrigo do futuro em seu aconchego. Os dias se passavam lentamente, trazendo cada vez mais saudade daqueles distantes, porém, eu sentia como se o frio houvesse congelado parte do meu ser, como se meus membros estivessem adormecidos, pois o meu fogo havia sido deixado para trás. Eu continuava a explorar a linda terra e, enfim, subimos em uma montanha, onde, finalmente, encontramos o verdadeiro branco, o qual congelava minhas mãos enquanto fazia bolas de neve e as jogava ao alto. O frio tanto me congelava que percebi que todos precisamos de algo que nos esquente, nos mantenha vivos e humanos, caso contrário, congelamos. Mesmo vendo neve, queria vê-la caindo dos céus e banhando o mundo com sua esperança, porém os dias foram se passando, até que em nosso último dia, ao acordarmos, eu finalmente vi. A neve caía levemente dos céus, como um verdadeiro milagre, que me deu a maior gratidão que eu já havia sentido. Gratidão que vinha de estar neste lugar, de ver a própria magia acontecer e, finalmente, por existir ao lado de pessoas que criam meu próprio universo. Percebi que o universo ao qual pertencemos, muitas vezes se trata de uma alma, de um amor que merece uma palavra maior, um nome do qual nem as mais poderosas mentes puderam encontrar, e este amor eu havia deixado para trás no doce calor de casa, aquela chama que não queima e nem se apaga. Esse passeio me fez perceber o quanto todos pertencemos a um enorme universo de uma alma, aquela que nos incendeia e gira a chave de ignição de nossa alma. A vida não se trata do que compramos, de onde vivemos, do que comemos; nós somos levados por estes prazeres instantâneos que tanto queremos e acabamos por esquecer que o real prazer acontece com aqueles que amamos, nos momentos em que abrimos nossos corações para ouvir e atender, conhecer a alma do outro e deixar que se conheça a própria enquanto se conhece a beleza e a magia que esta vida tem a oferecer.
82
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
A VIAGEM DO TEMPO
Minha vista, após meses em escuridão, viu a luz pela primeira vez. Vendo somente, do médico, a mão, eu vi a claridez. Não a conhecia, não quis me aproximar. Mas de dentro eu saia, e me pus a chorar. Foi assim o começo de minha viagem, tão sombria e forçada. Só queria que eles parassem, não importou a ninguém, nem a nada. Com dez anos já havia me acostumado, vivia na luz já há algum tempo. Muitos amigos havia encontrado, todos chegaram do mesmo jeito. Agora, o escuro me assustava. Me fazia esconder debaixo da coberta, Contando o tempo que passava, Chorava, sempre alerta.
UGU
Ê
O
RT
S
RT
P
P
O
S
Julia Maria Garcia Anoardo - 11º ano UGU
Ê
Meu fruto na faculdade, trabalhando como um cão. Minha mente, com crueldade, desejava a escuridão. Em oitenta cheguei, mas disso não passei não. Ao fim meu primeiro desejo realizei, Me reuni à escuridão. E assim acabou minha jornada, pelo caminho da vida. Uma viagem meio atordoada, mas certamente bem vivida.
Já com vinte, poucos amigos restavam, não estava sozinho, nem mal acompanhado. Sentia as horas, que já passaram, Demorar, estava apaixonado. Já tinha me esquecido da escuridão. O único medo que tinha, era a solidão. Casado já era com quarenta, filho também já tinha. Tudo era oito ou oitenta, nessa crise de meia vida. Agora, eu abolia a escuridão, para acalmar meu filho que espantava. Lhe dizia para ter coragem então, não existia nenhum fantasma. Com sessenta já definhava, a morte de uma amante não faz bem. Acho que já adivinhava, que logo seria eu também.
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
83
BIG 8
Luiza Ferraz Figueiredo - 10º ano
Practicamos todo el semestre para el gran día. Pero confieso que estaba muy nerviosa. Cuando yo pisé en el campo por primera vez…. el big 8 empezó Y terminó rápidamente Tres días de amor Competición, frío en la barriga. Y a la final nuestro equipo finalmente llegó Realizando mi mayor sueño. Vamos a recordar Cuando Sofía agarró el último penalti La final no merecía estar en otras manos Y juntas cantamos, luchamos y festejamos. Vamos a recordar Cuando Sofía defendió el último penalti La final no merecía estar en otras manos Y juntas cantamos, luchamos y festejamos. y que teníamos solo 12 jugadoras Nadie robaría nuestras ganas. Oh oh El big 8 empezó Y terminó rápidamente Tres dias de amor Competición, frío en la barriga. Y en la final nuestro equipo finalmente llegó Realizando mi mayor sueño. Vamos a recordar Cuando Sofía defendió el último penalti La final no merecía estar en otras manos Y juntas cantamos, luchamos y festejamos. Vamos a recordar Cuando Sofía defendió el último penalti La final no merecía estar en otras manos Y juntas cantamos, luchamos y festejamos. Vamos a recordar Cuando Sofía defendió el último penalti
84
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
La final no merecía estar en otras manos Y juntas cantamos, luchamos y festejamos. y que teníamos solo 12 jugadoras Nadie robaría nuestras ganas. Nadie robaría nuestras ganas. Nadie robaría nuestras ganas. Uh uh uh Uh uh uh Uh uh uh Nadie robaría nuestras ganas
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
85
CIAO ITALIA
Stephany Sestini Hickey - 10º ano
Me despierto con el suave canto de los pájaros Cuando abro las cortinas, siento el calor del sol tocándome la cara. Cuando voy a la playa, puedo sentir el agua helada tocando mis dedos. Así que cuando miro arriba, puedo ver el brillo del sol entrelazando las nubes, formando hermosas figuras sobre el cielo. Cuando llega la tarde, me veo sentada cerca de la encantadora costa, saboreando el clásico helado italiano. Entre todas las bellezas italianas que vi, había una a la que nunca podría olvidar. Cuando me quedé solamente mirando el mar, pude ver la vista más espléndida que ya pude imaginar La imagen anaranjada de la puesta de sol que brillaba sobre el mar era como si estuviera viendo mi propio paraíso perfecto Qué belleza que Italia me había mostrado en los últimos días. Nunca he visto una vista tan asombrosa de la naturaleza. Nunca me cansaré de los cantos matutinos de los pájaros, o las impresionantes puestas de sol que me siguieron al final del día. ¿Cómo iba a estar agradecida por un regalo tan enorme? Italia me había enseñado una nueva parte de la vida y cómo estaba recién empezando a descubrir todas las maravillas que el mundo tenía para ofrecer. Este verano no fue más que un sueño del que yo nunca quise despertarme una única palabra que se me ocurrió para describir este viaje fue perfección completa. Espero poder una vez más experimentar tanta paz y belleza. ¡Gracias Italia!
86
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
DRAGÕES, GIGANTES E POSTES DE LUZ UGU
Ê
Estava andando, caminhando devagar por um canteiro central entre duas avenidas. Embaixo de seus pés vagarosos, flores dobravam e eram amassadas abaixo de suas pesadas solas de couro; acima, somente as estrelas em um céu escuro. À sua direita, luzes brancas passavam rapidamente: chegando, chegando, e logo desaparecendo com um zumbido rápido e um resquício de ronco de motor, passando muito veloz para ser ouvido totalmente. Do outro lado, luzes vermelhas em pares seguiam zumbidos idênticos, desta vez ficando cada vez mais distantes. Nosso personagem andava sem pressa em cima do canteiro. Parou, olhou seu pulso e focou os olhos nos ponteiros iluminados de tinta neon: era três e meia da manhã. Olhou para o lado mais uma vez, viu as luzes brancas de um boteco aberto 24 horas com um letreiro neon vermelho. Virou para o lado, olhou para a rua: não via ninguém; saltou do canteiro e correu, conseguindo chegar ao outro lado e transpassando o batente para apoiar-se no balcão de pedra polida. Sentou-se na cadeira e levantou dois dedos para sinalizar ao garçom. Este, no caso, era eu. Fui até o homem, lhe servi um copo americano cheio do café que deixava em um banho maria do lado do balcão, daqueles que todo mundo fala que são adoçados para esconder o fato que eram velhos: nesse caso, nem todo o açúcar do mundo seria suficiente. Por um momento, uma tela de vapor ocultou o homem, mas logo seus olhos vermelhos e saltados de sua face retraída e escurecida por um traço de barba surgiram do meio da neblina cheirosa. Fitou-me o fundo dos olhos, agradeceu o café com um aceno vagaroso de sua cabeça e tornou a olhar para baixo. Não sei o motivo, caro leitor, mas depois de tantos anos, me deu uma repentina curiosidade a respeito deste homem; perguntei-lhe seu nome e o que fazia em um boteco a esta hora da madrugada (geralmente, esta não é a melhor política, melhor deixar as pessoas de olhos saltados às três da manhã em paz, e longe). Atirou-me mais uma vez aquele olhar penetrante, soltou um grunhido quase imperceptível e completamente ininteligível, como se falar fosse um esforço muito grande para ele. Disse-lhe que não havia entendido e o homem repetiu seu nome: chamá-lo-emos de Miguel, pois não me lembro do que me disse. Perguntei-lhe de onde vinha e o que fazia ali, falando do jeito mais macio e educado possível, pois não queria ser confundido com um policial ou outro louco da noite: prezo pela integridade dos meus dentes. Miguel levantou sua cabeça de novo, desta vez ainda mais devagar, e olhou as profundezas de minha alma sem piscar, sem falar nada pelo que pareceu uma eternidade, e logo começou a falar, devagar, grunhindo. O que conto agora, caro leitor, é esta história, porém não me responsabilizo por ela: - Eu cheguei de longe, meu amigo, muito longe daqui, e fiz um caminho longo e árduo para chegar. Passei por muita coisa que você nem imaginaria. Saí de casa, já deve fazer algumas horas, e passei a noite mais estranha de minha vida desde lá. Andei pelas ruas escuras do meu bairro, até que ouvi, do nada, um rugido, alto e selvagem. Congelei onde estava, quase não respirando, quando vi um par de olhos amarelos saindo do escuro de um beco sem fundo à minha esquerda. Virei-me muito devagar e vi, para meu terror, emergir uma figura alta sobre quatro patas. Pouco a pouco, abaixo da luz amarela de um poste, fui vendo primeiro o nariz enorme, meio preto, meio caramelo, e logo a boca, sangue viscoso pingando de seus dentes amarelados e uma língua também coberta de sangue saboreando os cantos da boca sem pressa. O leão foi passando devagar pela minha frente, parou, olhou para um lado e depois o outro. Parou quando me viu. Eu sentia o suor frio pingando da ponta do meu nariz e ouvia o
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
87
O
RT
S
RT
P
P
O
S
Pedro Zagury - 12º ano
UGU
Ê
leve estalar das gotas batendo no chão. O leão virou para me encarar, abriu a boca: as gotas de meu suor faziam uma poça no chão. E, de repente, o leão abaixou a cabeça em um sinal de submissão, e deu um passo para trás antes de virar e seguir seu caminho. - Que alívio! - ele continuou, limpando de seu ombro um montinho de pelos parecido com uma bola - ele simplesmente saiu! Continuei andando, não sei bem para onde, mas sei que precisava andar, e continuei, usando os postes como guia, indo de um em um até que não sabia mais onde estava. Achei um viaduto grande, com bastante espaço embaixo, mas somente algumas luzes. Não precisei me preocupar com isso por muito tempo, porque vi um clarão debaixo da ponte que me forçou a cobrir os olhos, de tão forte. Resolvi buscar a fonte do clarão e passei por trás de uma coluna para entrar no espaço embaixo da estrutura. Já estava escuro de novo, e os postes não iluminavam o fundo do espaço embaixo do viaduto, então liguei a lanterna do meu celular, formando um pequeno globo iluminado projetado em cima de alguma coisa meio escamosa, um pouco suja, de alguma cor entre cinza e marrom. Fui andando, seguindo a trilha da coisa escamosa, até que ela foi afinando e, quando cheguei mais perto, tropecei em uma pedra e caí em cima dela. Neste momento, os olhos de Miguel se arregalaram e a palidez de sua cara se mostrou pela primeira vez, estando antes ocultada pela barba (ou era sujeira? Até penas de pombo o homem tinha na sua roupa imunda). De repente, agarrou meu braço, que estava apoiado na sua frente, e continuou, com a voz rouca e cansada: - Era um dragão! Um dragão de verdade, eu te juro! Eu também não sabia que existiam, mas na viagem desta noite descobri um monte de coisas novas que existem. Desta vez, não tive medo: quando ele levantou aquela cabeça feia, tirei a tampa do lixo mais próximo e me protegi do fogo que ele lançou furiosamente em direção à minha cabeça. Comecei a sentir o cheiro de plástico derretido e, quando o dragão parou para respirar, eu joguei meu escudo flamejante na direção dele, acertando seu peito. O plástico estava tão quente que queimou o dragão, e ele soltou um urro de dor, recuando e me deixando em paz. Cheguei mais perto e ele simplesmente se retraiu e abaixou a cabeça,;então, continuei andando. Miguel soltou um sorriso de absoluta felicidade inocente, e senti o seu hálito, estranhamente livre de qualquer cheiro senão o do café velho que tomava com vontade, antes de continuar, desta vez em um tom de alegria infantil: Continuei caminhando, desta vez um pouco mais rápido, pois não queria encontrar mais nada por hoje, mas mesmo assim não sentia o ímpeto de voltar para casa. Hoje foi uma daquelas noites que você se entrega ao que acontece, e simplesmente fecha os olhos e se joga de costas na boca do universo, esperando que você caia fundo demais para os dentes fecharem em cima de você: isso sim é uma viagem. Passei o que parecia uma vila, o que me pareceu estranho, no meio da cidade de São Paulo, mas cheguei mais perto e vi algumas pessoas esquentando as mãos em cima de uma fogueira no chão, meio em forma de um barril, não… era uma fogueira mesmo. - Enfim, continuou depois de ficar pensativo por alguns instantes. Sentei-me do lado das pessoas e dei uma olhada em volta, quando avistei a mulher mais linda que já caminhou por este mundo: ela me olhava com seus olhos grandes, azuis celestes, fixamente, e eu, por minha vez, não conseguia tirar os olhos dela. Seu cabelo cacheado preto caindo até a cintura, sua tiara prateada e, claro, seus olhos, me prenderam, e me perdi no seu olhar até ser acordado por sua voz, doce como esse café; não, mais doce, e melhor. Ela me perguntou se eu era seu salvador, vindo aqui como diziam as profecias. Disse-lhe que não sabia, mas provavelmente não, pois
88
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
não conseguia nem me salvar. Ela me olhou fixamente mais alguns instantes e, do nada, me beijou, antes de sair rindo tão repentinamente quanto havia se aproximado. Não soube bem o que pensar, mas estava tão nas nuvens neste momento que não senti a necessidade de pensar, aliás, não senti a necessidade de nada senão simplesmente sentir. Com a cabeça nas nuvens, saí mais uma vez em busca da mulher que, aparentemente, eu teria vindo salvar. Andei por uma boa meia hora, até que cheguei na Avenida Paulista, emergindo de um bosque enorme para este marco da cidade e, de repente, a vi! Seus olhos brilhavam e seu rosto mostrava uma mistura de medo e alegria. Continuou, maravilhado com sua própria história: - Ela estava lá, mas estava presa! Dois enormes gigantes, de uns 70 metros cada, completamente vermelhos, haviam-na levado e guardavam minha amada embaixo de uma pedra enorme, quadrada e suspensa de algum jeito no ar. Não sei como, mas sabia exatamente o que fazer: voltei para o bosque e escolhi o maior graveto que pude achar, afiando-o em uma mureta para prepará-lo. Corri em direção aos gigantes e mirei minha lança em sua direção, como em uma justa: tal foi seu medo que, como perante o olhar da Medusa, eles congelaram, segurando o bloco que até pouco estava sendo levitado em cima da cabeça da mulher. Tirei-a debaixo, e ela me agradeceu profundamente, me dando seu lenço branco bordado com flores e animais lindos. - Seu rosto agora perdeu o brilho, e ele continuou, porém mais triste e silencioso: - Ai, ai, ela desapareceu. Simplesmente desapareceu completamente, não sei como ou por que. Encostei-me em um dos gigantes paralisados e chorei, pois sei que aquela mulher era minha chance de encontrar a felicidade: “se algum dia eu encontrar aqui o que está por trás da palavra “paz”, ter-me-á sido dado através dela”. Ele parou depois dessa frase (de quem era mesmo? Minha memória me falha) e olhou para baixo um tempo antes de parecer retornar à sua felicidade de antes e me olhar de novo com olhos carregados de esperança: - Bem, a vida é assim meu amigo, viajar, explorar, procurar e se perder, não é? E se esta realidade, agora, que nós vemos, tem dragões e monstros, coisas que nunca acreditei que existiam, porque também não existirá, ainda em algum canto escondido, a felicidade? Basta procurar, e procurar se faz viajando.- soltou me um último sorriso, e deixou o balcão para viver em minha memória para sempre. Em cima da pedra polida, deixou seu pagamento e, curiosamente, um livro, que tanto não me pareceu importante na hora que não me lembro o título, alguma coisa “Quixote”, mas não deve ser de importância.
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
89
EL TORNEO ESCOLAR Raphael Boueiri - 10º ano
Viajé con la escuela. Para un torneo de fútbol y baloncesto Y los resultados no fueron muy buenos Segundo y quinto, fútbol y baloncesto En la semana del 11 de noviembre Pero estoy feliz, medalla de plata. Vamos a esperar para ganar la próxima vez. Vamos a rezar y apoyar diez veces más Muchas aventuras y amigos Una semana muy buena Disfrutando con mis compañeros y otras escuelas De Paraguay, Rio o São Paulo Todas las personas disfrutando del torneo
90
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
EL VIAJERO HIPÓCRITA UGU
Ê
O
RT
S
RT
P
P
O
S
Luca Cherubim Ferracuti - 12º ano
UGU
Ê
Quando cumpli tres años fui a Cartagena, cinco a Leticia, diez a Orlando, trece a Cuzco y dieciséis a Roma. Pero qué significan estos viajes? Sí, conocí otros lugares, tuve experiencias únicas, fui a lugares ilustres y mágicos, pero porque estamos tan obsesionados con todo lo ajeno a nosotros otro cuando no conocemos lo nuestro? ¿Qué tanto conocéis de vuestra ciudad? ¿Cuántas veces has entrado a un metro y explorado el lugar en el que naciste? Yo conozco tanto de la ciudad vieja en Cartagena, los parques de Disney y el Coliseo Romano, pero nunca fui al Campín, o al Museo del Oro, o a la Catedral de Sal, Montserrat, Plaza Bolívar, Jardín Botánico, ¡por Dios! ¡Siquiera fui a Salitre Mágico! Pero, no importa, ya que tengo una foto en Machu Picchu. Como seres humanos queremos explorar y viajar por el mundo pero no tenemos idea de lo que hay en nuestro patio trasero. Exploramos y vemos el mundo entero, pero cómo podemos conocer otras cosas si no conocemos a uno mismo. Una gran parte de la identidad de una persona viene de donde nació y donde creció. Como dice el dicho “toca amar a otros para amarse a sí mismo” ¿pero como amarías a otro lugar si no amas tus raíces? Un árbol crece de la raíz, no va a otros lugares para buscar sus nutrientes, solamente se adapta a su situación para prosperar. El lector que lee esto puede pensar que “Este tipo se cree más de lo que es” y que “No tengo cultura”; puede incluso pensar que no me gusta viajar. La primera lo admito: ¿quién soy yo para escribir sobre la “identidad cultural” de una persona? Un chaval de 16 años que todavía no ha salido del cole, y que solamente está escribiendo esto por un trabajo de colegio. Pero los otros dos puntos son falsos, o, mejor dicho, equivocados. No sé mucho sobre mi cultura, si me preguntan “¿Qué es un la Balsa Muisca?” o “La leyenda de El Dorado” yo diría “¿El Aeropuerto?”, pero si me preguntan sobre la dinastía Xia de China, el gobierno de los Tudor en Inglaterra, o la vida de Eva Perón, yo te lo respondo en un santiamén. Pero decir que no me gusta viajar llega a ser insultante, tengo un viaje planeado a Beijing en dos semanas, pero mi problema es que hasta ahora no me había dado cuenta de mi problema: me encanta viajar, y conocer, y explorar, desde que no sea el lugar de donde soy. Tengo planes de viajes que tardan veinte horas en avión, pero tengo pereza de llamar un Uber y visitar la mayor colección de oro en América Latina que está a 30 minutos de mi casa. Me muero por ir al Museo de Botero en Medellín, pero no me interesa el que está en el centro histórico de mi propia ciudad. Puede que yo sea una hipócrita o que sea una excepción, que solo yo tengo esta obsesión con lo extranjero y desinterés en lo doméstico, pero lo dudo. A lo mejor soy la excepción. De alguna manera todos somos hipócritas en este sentido. Bogotá, como todas las ciudades del mundo está llena de cultura y historia. Siempre digo que amo esta ciudad, pero uno no puede amar algo que no conoce. Para amar a alguien, antes toca conocerlo, después salir en algunas citas y finalmente uno se enamora. Ahora me tengo que ir: escribiría más - y no llegué a las 1000 palabras que quería escribir - pero tengo algo más importante que hacer ahora, tengo una cita con Bogotá, el viaje más importante de mi vida.
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
91
ESTEREOTIPOS
Leticia Barbosa - 10º ano
Hasta el año pasado, yo pensaba en África como el lugar de niños pobres y animales salvajes. Yo nunca imaginé que estaba siendo ignorante, porque eso era lo que estaba acostumbrada a escuchar. Me acuerdo de todas las veces que me dijeron que no debo gastar comida mientras hay niños en África muriendo de hambre. Sí, existen niños muriendo de hambre en África, como en cualquier otro lugar. Puede ser que la cantidad de gente pobre en África sea mayor, pero esto no significa que el continente entero es así. Yo estaba sentada en el avión mirando por la ventana, y lo que vi me sorprendió. Había centros comerciales, hospitales y edificios con más de cien metros de altura. En este momento, me sentí avergonzada. Siempre me molestaron las personas ignorantes que creían en los estereotipos sobre Brasil y yo nunca imaginaba que sería una de ellas. Mi vida toda yo fui hipócrita y no lo sabía. Pensé en todas las veces que me preguntaron si vivo en la playa o juego al futbol porque soy brasileña. Me parecía que las personas no se importaban con mi cultura. Imagino que es así que los africanos se sienten. La verdad es: no todo brasileño juega al fútbol y no todo africano es pobre.
92
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
L’AVENTURE DE LA VIE Guadalupe Cores Lastra - 10º ano
Comme un bateau qui voyage dans l’océan La vie est une aventure géant La vie vous fait vivre des aventures différentes Donc, laissez-vous aller et soyez emporter par le vent Pendant des moments vous rencontrerez des torments Mais après les nuages Votre chemin sera suave Quand le ciel rouvre Quelque chose de beau vous trouve Comme les couleurs d’un arc-en-ciel Et les mélodies d’un carrousel Il y aura toujours une belle message À la fin de votre voyage
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
93
LA ABEJITA KAFKIANA UGU
Ê
O
RT
S
RT
P
P
O
S
Edgar Duvivier Ortenblad Villaça Carvalho - 10º ano UGU
Ê
Se fue por las callejuelas de Praga Encantado por la belleza del cielo rosado Sorprendido con las multitudes de turistas Caminando por todas esquinas, agitado Él no era un aventurero cualquiera Sino un kafkiano enloquecido Que buscaba en las tiendas de Trdelnik Lo que le hacía tan aburrido Pero como ya decía Kafka, “Hay esperanzas, sólo no para nosotros.” Era un tanto cuánto nihilista Y ya no se importaba con los otros Con eso amargo tono el aventurero se fue Por el Puente Carlos y la Ciudad Vieja Hasta llegar al Castillo de Praga Posándose en la casa de Kafka, como una abeja Y la pequeña abejita Finalmente entendió su trastorno Mirando el escritor en el ojo, le dice “De un cierto punto adelante no hay más retorno. Este es el punto que debe alcanzarse.” Entonces todo quedó oscuro Y los ojos se abrieron para un nuevo día Con una nueva oportunidad de aire puro
94
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
LA FUGA
Amanda Bompan Monte Alto - 10º ano
Todos tenemos una fuga. Un lugar al que vamos para olvidar todos los otros lugares. Las olas del mar son la calma y el sol es la tranquilidad. La playa es pequeña y poca gente sabe de su existencia. El nombre de la playa quedará en secreto para conservar su paz. Pocas nubes contaminan el cielo abierto y el sol es como una lámpara que ilumina el mundo, revelando el bosque exuberante que delimita la playa de los dos lados. La cabeza relaja con el distinto sonido del bosque, vibrando con vida. El aire niega los humos y olores tóxicos de la ciudad, dejando espacio sólo para los olores de la naturaleza. La ausencia de personas, del tumulto, de los gritos y de las sonrisas falsas es una paz. La mente renace más tranquila, más plena y más feliz. No percibimos cómo la ciudad nos deja estresados hasta el momento en que llegamos a un lugar donde nos encontramos con nosotros mismos. ¿Quién es usted en la fila de la caja, en la espera del autobús o en la multitud de gente? Usted no piensa en sí mismo pero en lo que debe hacer y adónde debe llegar. No hay tiempo de pensar en sí. En la playa, en la compañía de los cangrejos, se encuentra. En la playa, es alguien que merece la felicidad y la paz. Irse de la playa es la parte más difícil. Dejar para atrás el confort de la arena y la comodidad del cielo no es una tarea fácil. Pero con la cabeza ligera, se alza y se va. Sale renovado de la playa, otra persona, lista para nuevamente encarar las responsabilidades y los deberes de la sociedad. Se despide de la playa con un simple adiós porque allí la playa siempre estará. Agradecido usted siempre será por su poder natural de acalmar. El bienestar se encuentra en la playa, cuya ubicación no será revelada, para que su magia no se acabe. Todos tenemos una playa. Todos tenemos una fuga.
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
95
LA LÁGRIMA DE LA FELICIDAD
Maria Fernanda Melo - 10º ano
Después de mucho tiempo de espera, el día del viaje finalmente llegó. Me desperté con una sonrisa en mi cara sin poder creer que por fin había llegado el dia. Me levanté de mi cama lo más rápido posible, me vestí y fui a tomar el desayuno. Estaba tan ansiosa que ni presté atención a lo que estaba comiendo. Agarré mis cosas y corrí hacia abajo para no llegar tarde a la escuela. El autobús salía después del almuerzo, entonces por la mañana tuve clases normalmente; pero estaba tan animada que no pude prestar atención en ninguna disciplina. Cuando el timbre tocó, me di cuenta de que era la hora de salir. No veía el momento de llegar al campamento y participar del torneo de fútbol aunque todavía tenía cuatro horas de viaje hasta llegar. Yo estaba feliz por estar participando en el torneo, porque hasta la semana anterior nuestro equipo no tenía jugadoras suficientes para ir. Pero, terminamos consiguiendo tres jugadoras extras unos días antes. No fuimos con mucha esperanza porque nadie imaginaba que éramos capaces de llegar cerca de ganar una medalla simplemente por el hecho de que nunca entrenamos todas juntas. Sin embargo, decidimos que íbamos a esforzarnos lo máximo posible. La primera noche pasó rápido, y cuando me desperté el próximo día, ya era hora de nuestro primer juego. Fuimos sin expectativas y con una motivación baja. Acabamos perdiendo el partido de la mañana que significaba que para que nuestro equipo pasara a la semifinal no podíamos perder los próximos dos partidos. Entonces decidimos enfocarnos y esforzarnos aún más. Afortunadamente, conseguimos ganar los partidos necesarios y pasamos a la semifinal. Sólo eso ya fue una gran conquista para nuestro equipo porque nadie siquiera imaginaba que íbamos a poder pasar de esa fase. Llegamos a la semifinal bien nerviosas. Yo estaba ansiosa y quería empezar a jugar. El juego para mí fue eterno. Al principio todo iba bien, nadie se había equivocado en nada muy serio y el partido permanecía 0 a 0. El equipo contrario era de Campinas y no era la primera vez que jugamos contra ellas; pero nunca las habíamos ganado antes y eso era extremadamente preocupante para nosotras. Intentamos ignorar ese hecho y jugar como si fuera cualquier otro equipo. En el final del primer tiempo hicimos un gol de falta espectacular. No pude creer que en ese momento, estábamos ganando el partido. Corrimos y nos dimos un abrazo colectivo; para quien veía desde afuera, parecía que estaba todo planeado. Faltaban dos minutos para terminar el primer tiempo y cuando escuché el silbato del árbitro, me sentí aliviada. Los cinco minutos de descanso entre los dos tiempos pasaron súper rápidos y luego volvimos a jugar. Yo estaba un poco más tranquila ahora pero aún así el nerviosismo continuaba dentro de mí. Perdí la concentración por un segundo y ellas hicieron un gol justo enfrente mío. Ahora el partido estaba empatado 1 a 1. No lo podía creer. La única manera era seguir y esforzarse más de lo que ya estaba intentando. La pelota llegó cerca de nuestro gol varias veces y el partido parecía que nunca iba a terminar, yo no podía más. El cielo ya estaba oscuro y finalmente el juez silbó una vez más. Yo estaba muy cansada y no podia respirar bien. Por un lado estaba aliviada que el partido había terminado, pero sabía también que eso significaba que iba a haber penales. En ese momento nadie lo podía creer y estábamos todas muy nerviosas. Las primeras cuatro jugadoras de los dos equipos habían errado el gol y para ganar, era necesario que al menos una lo metiese. Cuando una de nuestras jugadoras hizo un gol, fue una escena inolvidable. Estábamos todas de mano dadas esperando que la pelota entrase y en el segundo que entró salimos todas corriendo, abrazadas, llorando y sonriendo al mismo tiempo. Fueron lágrimas de alegría y vivimos un
96
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
sentimiento increíble. No era imaginable poder llegar a la final, pero por mas imposible que fuera, lo logramos. Al final de todo, pasar por ese partido tan tenso valió mucho la pena. Los sentimientos que venían de los partidos nos unían como equipo y esa aventura que vivimos juntas mostró que todo era posible. Ese viaje siempre va a tener un lugar muy especial en mi corazón, y me voy a recordar de cada detalle como si hubiese pasado ayer. Al final, lo que realmente vale no es la medalla, ni el trofeo, ni la posición en la que termina en equipo, sino la conquista y el aprendizaje que viene de todo.
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
97
LA MAGIE DE L’AVENTURE Jennifer Leung - 10º ano
Voyager est une jolie possibilité Qui n’arrive pas à tout le monde Voyager est avoir une nouvelle idée Qui vient des cultures qui sont profondes L’aventure fait réveiller Notre inconscient et conscient L’aventure nous rend contents Et à la fin c’est récompensante Elle étend nos connaissances Qui ensemble contemplent C’est qui n’est jamais d`obsolescence Et ensemble elles nous font intelligents En plus, l’aventure nous fait rêver Et enlever nos pieds du sol L`aventure nous fait voler Comme un oiseau dans un vol
98
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
LE VOYAGE DE L’AMOUR Mel Nigro Rossi - 11º ano
Nous nous sommes rencontrés lors d’un voyage à Boston Nous voyageons ensuite ensemble à New York Ensuite, nous voyageons vers différentes destinations Et ainsi apparut la complication... Mais je n’allais pas t’abandonner si facilement. Être loin de toi est terrible À cause de cela, j’ai parcouru 7308 kilomètres pour te voir C’est à ce moment-là que j’ai réalisé que mon amour pour toi était irréversible Et au moment où je t’ai vu, le vol de 9 heures valait la peine. Le premier jour, je voulais juste te rattraper. Dans le seconde, je voulais m’amuser. Puis nous sommes allés dans un parc de montagnes russes Où j’ai affronté mes peurs à tes côtés Et ensuite, Los Cabos, où nous sommes allés en couple avec ma mère Où nous sautons de saut à l’élastique, On criait plus fort qu’un enfant qui pleure Et juste la pensée de devoir te quitter à nouveau, tout était amer Nous avons dîné en écoutant la mer et sous la lumière du soleil Alors nous disons au revoir Notre voyage a été exceptionnel Je ne voulais pas partir, mais c’était obligatoire. Et maintenant, qui va voyager pour me voir c’est toi Dans quelques jours nous serons de nouveau ensemble Nous allons profiter de chaque seconde de ton voyage ici. Toi et moi, parcourant le monde à jamais
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
99
MI VIAJE
Catherine Aicha Sanches Azar - 10º ano
Hace una semana que hice un viaje En ese viaje yo estaba sin mis padres Para eso necesitaba el coraje Por lo menos yo estaba con mis compadres Fui a NR para competir con la escuela Allá yo jugué al fútbol y al baloncesto Jugamos por una semana y aunque ahora todo el cuerpo me duela Me gustaba hacer esto Las noches en mi cuarto eran una fiesta Las pasábamos contando historias y riendo El dia siguiente nos hacía falta hacer una siesta Pero al revés de eso estábamos siempre comiendo Fue un viaje muy feliz En el fútbol fuimos los segundos Ya en baloncesto aun soy una aprendiz Pero no hay problema porque ganar o perder pasa con todo el mundo!
100
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
NÃO É PRECISO IR TÃO LONGE André Schmidt - 12º ano
Viajei por todo o mundo, porque eu tive essa sorte. Conheci lugares bonitos e outros questionáveis. Mas dessas viagens, a melhor foi uma mais simples, mais direta. Estava em uma praia, no litoral de São Paulo, e combinei de ir para outra cidade, só para ver uma pessoa, ela. Ela era especial para mim, era bem querida. Não conhecia esse sentimento que eu tinha, porque era muito diferente. Então combinei de ir só para vê-la. No sábado à tarde, saí do lugar em que eu estava e fui para onde ela estava. Foram mais ou menos uma hora de viagem e, quando cheguei lá, não me arrependi um segundo de ter ido. Fiquei a maior parte do tempo perto dela, conversando, só para saber o que era esse sentimento. E vou falar uma coisa, tudo foi um momento incrível para mim, mas não sei se foi para ela, por enquanto. Fomos para a praia naquele lugar e ficamos na piscina da casa dela; foi um momento de a gente só conversar, nada mais, nada menos. Depois de estar com ela por horas, só conversando e conhecendo-a melhor, o sentimento estranho se parecia mais normal, mais de ser só um sentimento. O que eu queria fazer é tentar fazê-la feliz e cuidar dela. Depois de estar do lado dela por horas, estava na hora de eu ir pra casa. Eu liguei para meu pai para ele vir me buscar e o esperei na porta. Estava tudo normal, nada aconteceu, mas ela estava lá. No meu lado com só um abraço. Eu lembro de estar tão nervoso que meu coração estava batendo muito rápido. Mas meu pai chegou e eu fui embora. Quando estava indo, olhei para fora da janela só para vê-la uma última vez. E foi lá, nessa última olhada, que eu descobri o sentimento que eu tinha por ela. Com isso, existe uma mensagem simples, básica. As melhores viagens não são as que você vai mais longe, ou a coisa mais louca que aconteceu, mas a que você mais gostou e a que você mais tem carinho. Posso ter viajado o mundo, mas a melhor experiência para mim, foi uma viagem de 40 minutos, só para ver uma pessoa, a pessoa.
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
101
NO TE CALLES, HUYE Laura Serres Tomàs - 11º ano
Cómo escapar de la realidad en la que vivímos? ¿Cómo olvidar todas nuestras temidas emociones? ¿Cómo renunciar mi pasado para poder idealizar un futuro? Yo sólo veo una salida. ¿Y tú? Desde hace muchos años, la tristeza, la soledad y el miedo invaden mi persona. Y después de muchos llantos, me doy cuenta de la insensible, deshonesta e injusta sociedad en la que crecí. Pero, no hay suficientes personas dispuestas a quitarse la venda de los ojos. Por eso, si nadie dá un paso adelante; yo daré dos. Uno por mi dignidad, otro por la evolución humana. Y no creo que sea la única que quiera cambiar la sociedad patriarcal de este país. Por lo menos seremos dos: mi amiga Isabel y yo. Mi padre no me quiere; me soporta. Mi madre no me educa; me adiestra. ¿Qué hacer cuando tu familia intenta convertirte en algo que que no quieres ser? Callar. O en mi caso, huir. Hoy mi padre decidió dejarme encerrada en mi cuarto. Supuestamente, no tengo el derecho a salir, pero a veces, una ventana llama más la atención a una mujer, que a un hombre en los tiempos en que vivimos. Por eso, acostumbro a salir por la salida de emergencia de mi habitación cuando estoy castigada por haberla saltado la última vez. Sin embargo, mis penitencias ya no me asustan. Me hacen reír. Es que hay que ver lo ingenuos que llegan a ser los hombres… creen que son los que gobiernan nuestras vidas para poner orden a las suyas. Pero es que las mujeres somos listas. Y ellos necios, porque todavía no se dan cuenta. Sé que algún día, apareceré en la portada del diario, representando a todas aquellas que no expresan lo que sienten, o que no fueron lo suficientemente ¨ágiles¨ como para saltar por una ventana. Como te dije hace unos días… yo no solo saltaré una ventana… saltaré un edificio, si es esto lo que me llevará más cerca de mis sueños. Quiero ser libre… y para serlo… voy a tener que huir. El problema es que, cada vez que menciono la idea de huir, me siento más atrapada en mi habitación sin cerradura. Llevo tanto tiempo siendo constantemente encarcelada en mi propia casa, que he tenido tiempo de mirar y remirar cada objeto que la compone. Desde mis ojos, mi cama es un catre, los diamantes de mi lámpara son cuchillos y la ventana… ay la ventana… ella es mi única salvación. Y yo, todavía casa le llamo… esto es más bien un manicomio. A continuación, hago rápido las maletas, antes de que lleguen los guardias. Tenía miedo de salir de mi aposento y encontrarme con uno de ellos, pero tengo más miedo de lo que le podría pasar a mi amiga, si yo no llegara rápido a su celda. Por eso, una vez hecha la bolsa con todos los preparativos para el rescate, lanzo la maleta por mi salida de emergencia haciendo llover mil pedazos de cristal en la calle, la cual ahora veía con más claridad. Yo salté después, cogí la maleta y empecé a correr dirección Este. Cuando ví la bandera blanca que estaba discretamente atada a la reja del balconcito de Isabel, corrí como si no hubiera un mañana. No había nadie en su casa, y eso quería decir que, efectivamente, no habría un mañana ni para ella ni para mí, si no la sacaba de ahí lo antes posible.
102
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
NOSTALGIA DE CORAZÓN PARTIDO Luisa Tolda - 10º ano
Avión que me lleva hasta un lugar lejano Lejano para que yo me olvide de mi corazón partido Partido por la traición de un amigo Ahora canto una canción Canción de libertad de una mala relación que tuve Y eso a camino de París La ciudad del amor, que ironía Pero creo en volver a empezar A darme una segunda oportunidad Oportunidad de encontrar quién realmente soy O a quién yo era antes de todo A veces lo extraño Extraño su pelo, sus ojos almendrados color de caramelo Extraño su olor y su manera de ser A pesar de ser una pésima persona que lastimó mi corazón Llego a Francia y reconozco los bajos y anchos edificios Las pâtisseries con cruasán y panes con chocolate El típico humor francés que me trae frío y confort al mismo tiempo Visito la Torre Eiffel, el museo Louvre Veo Monalisa, Venus de Milo y Las Bodas de Caná Pero nada me trae alegría Voy a Notre-Dame de París para observar los vitrales Me encanta como son armoniosos el uno con el otro Eso me recuerda de un tiempo que yo creía en la armonía de la vida Yo busco algo para animarme Algo que traiga risas, chistes y comodidad Aunque no haga voluntariamente Yo buscaba el amor nuevamente
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
103
SONETO DE VIAGEM Julia Bustamante Tolda - 12º ano
A filha mais velha de um casal E sua família, pai e a mãe Num avião (que viagem normal) A sua esquerda senta a irmã. Que surpresa não foi, quando pousou, Violento tranco do avião. Todos reclamam “Ninguém avisou?” E uma grande briga começa então, Mas a jovem garota nada viu. Dormia, sem ter preocupação Nem mesmo os gritos ela ouviu. Não percebeu o carinho da mão De sua mãe, que a segurava. Que lhe protegia e amava.
104
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
THE FIRST TIME I TRAVELED UGU
Ê
O
RT
S
RT
P
P
O
S
Julia Maria Garcia Anoardo - 11º ano
UGU
Ê
I always dreamt of traveling. Leaving my town behind and venturing into the unknown, but being born into a poor family, we barely had money to get ourselves food, much less plane tickets. It was a constant struggle, a fight for survival against odds none other than complete poverty. All I could do was sell candy to random strangers, but I like to think I helped with my occasional dollars. So imagine my surprise when for my 6th birthday my parents were able to buy me a book. It was simple really. A paperback, secondhand novel that had its corners folded as if someone was worried they’d lose their spot, but ended up losing the whole book. The title was bland. “Across the World in 39 days” was written faintly in yellow to contrast with its dark brown cover. The picture was what I assumed to be a hot air balloon, but I’d never seen one so I wasn’t too sure of it myself. When I first held it, the weight made my arms falter as if I expected it to be much lighter. It was like expecting to hold a pillow but getting a small bag of rice instead. When I opened it, symbols flooded my eyes as I skimmed the compact pages. I chuckled faintly at the way the pages turned when the wind hit ever so lightly. I looked up from the book and gave my parents the best smile I could muster, said thank you, and carried on with our simple celebration. Don’t get me wrong, I was as happy as can be, but I didn’t know how to read. All I knew were a few words and how to write them, but that would get me no further than the first page. My mom knew this and told me we’d read together. She’d read to me and I’d follow her words with my eyes. The first time we did this will, I believe, never be forgotten by me. As we sat down on the dimly lit living room, I wasn’t sure what to expect. My legs ran in mid air in anticipation. As if moving my feet back and forth would somehow make it come faster. My eyes bounced off the walls, to the chairs, to the table, to the paper, and to my mom who was now getting comfortable to start our new journey. Then, she opened the book, and began reading. With every word, came a new feeling. Her voice was but a narration to all the images in my head. The more she read, the more immersed I became. The more immersed I became, the further I traveled around the world. Before I knew it, I was in China. The red lanterns and clothes surrounded me as I danced down the streets during the spring festival. I looked up and saw the fireworks explode into a million pieces and get fainter as they fell. Blue. Red. Yellow. The colors would cover the night sky with a blanket of colorful spectacle. I looked to my side and saw the dragon pass by. I giggled as the legs of the people under it scurried to keep up the pace. My nose tingled with the sweet smell of food in the air. Small dumplings were being served to passerbys. As I ate one my entire body melted alongside the soft bread covering, and dismantled as I reached the stuffing. The loud music filled my ears with beautiful chaos as it mixed with the booming fireworks. I felt happy. My mom gently closed the book and said it was time to sleep. As I took the book from her I pressed it close to my chest. Holding it tightly so as to not let the book fall and take away my illusion. Everything was so vivid. Everything was so… alive. I stayed there for a while looking at the book, trying to understand what had happened. How did I, sitting on my chair, staring at words on a page, travel to China? Me, someone who never had money to leave their hometown. How did I go somewhere I’m not even sure exists? As I walked to bed, I held the book tighter than ever. My mom said the next chapter was Australia and that we would read it tomorrow. I slept anxious, tossing and turning unable to bear !
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
105
!
the long hours passing by. As I fell asleep, I could hear the fireworks very faintly, and soon I was dreaming of China all over again. The next day, I ran to the sofa and waited impatiently for my mom to read to me. She chuckled as she saw me wiggling my legs and tapping my fingers lightly on the arm of the chair. After what seemed like forever, she picked up the book, and took me to another place. The sky was hidden from sight as the balloons rose higher and higher. The Canberra Balloon Spectacular, as they named it, lived up to its name. I was left in awe as I saw one balloon bigger than the other. Their funny complexions made me laugh heartily, and my laughter floated up to join them amongst the clouds. I saw animals, movie characters, famous people, and even me. I looked interesting as a balloon. Whoever made it got my complexions down to the dimples on my cheeks. The flurry of colors, the loud music, and the smell of food filled the air making me overwhelmed with pure happiness. I closed my eyes and felt the soft wind combing my hair, lifting me up alongside the balloons. I felt as if I could fly endlessly amongst these fantastic masterpieces. I felt happy. Again, I was forced to come back to reality. My mother laughed at my frustration, but reassured me saying that we’d read more tomorrow. I was almost able to read a full page by myself, and that was what I dreamt of being able to do that night. As we read more and more, I was able to take over and read by myself. My mom was always at my side, helping me with any pronunciation issues. She’d occasionally remind me to enunciate, I got so into the book, I started mumbling and reading inside my head. I quickly composed myself and continued at a slower pace, but soon enough I’d find myself doing it all over again. I devoured the book in a matter of weeks, 39 days to be more exact. Meanwhile, I traveled to Brazil dancing around the streets during Carnival, to Japan playing in the snow during Sapporo, to Switzerland watching opera at the Zurich festival, to Lebanon eating exquisite foods. I traveled everywhere in the world. The more I read, the more I traveled. My mind took me places I didn’t know existed and made them as familiar to me as my own home. I felt happy. Over the course of the years I saved money to buy more books. Usually I’d do that by selling the one I’d bought prior. Maybe it would fall in the hands of someone like me again. Maybe it would let people enjoy the magic like it let me. Maybe it would serve as a safe space for someone to travel or run away to. Maybe, just maybe, it’d make them as happy as it made me. Turns out, we weren’t able to afford luxurious hotels and first class seats, but we were able to afford a book. And that, took me further than any plane ticket could have.
106
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
UMA AVENTURA PARA SE LEMBRAR Jennifer Lee Gonçalves Leung - 10º ano
A aventura nos faz viver Momentos incríveis de se ver Que nos completa ao perceber Que nem todos têm o poder Ao passear, andar e cantar Novos desejos e vontades Que nos fazem contentar Que nos deixam com saudades E só nos resta lamentar É uma pena ter que acabar Mas assim que o sol raiar Novas oportunidades irão espraiar Mas no final, tudo proporcionará Uma aventura para se lembrar E manter aquela viagem Que no fundo nunca se expirará Apenas para aumentar a coragem De conhecer comidas e culturas Que nos fazem delirar De conhecer línguas e pinturas Que nos fazem admirar
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
107
UNE REDÉCOUVERTE UGU
Ê
O
RT
S
RT
P
P
O
S
Julia Bustamante Tolda - 12º ano UGU
Ê
J’ai grandi à Rio, La mer était toujours chez moi. Tout est familiaux, Je passe mes vacances là-bas. Avec le temps, je me suis habituée Aux bruits et aux odeurs. Rio est devenu ennuyeux Il ne me donne pas de bonheur. Mais, un jour, j’ai décidé D’apporter avec moi un ami. Tout n’était pas comme j’ai anticipé Je n’arrêtais pas de sourire. J’ai découvert que les voyages Sont plus que les lieux qu’on connaît. Leur importance est un message Qu’on doit reconnaît. Le vrai aventure est l’amitié, Les relations entre les gens. On est fort à cause de notre humanité, Qui vaut plus que de l’argent.
108
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
AVENTURAS DE VIAGEM Ana Maria Cuiabano
Às vezes me pergunto como me tornei uma globetrotter tardia e muitas vezes solitária... O início (afinal, tudo tem um início), foi cumprir a promessa feita ao parceiro de toda uma vida, de que continuaria a me deslumbrar, mesmo após sua partida, com as descobertas dos muitos lugares já listados para serem visitados. O começo não foi fácil; as lembranças chegavam ao rever amigos encontrados pelo caminho, ou ao voltar a lugares por onde já havíamos passado... Como encontrar o entusiasmo prometido, diante das novas descobertas que, sem planejamento, se apresentavam diante dos meus olhos e não podiam ser compartilhados em cada um desses momentos ? Aos poucos, tudo foi se encaixando e, agora, após alguns anos de viagens, o coração mais calmo, posso colecionar muitas descobertas e aventuras... Como o encontro totalmente fortuito e inesperado com uma completa desconhecida na plataforma de uma gare de Paris, que, indo também para Auvers-sur-Oise, serviu-me como uma guia excepcional nessa cidadezinha encantadora que ela tão bem conhecia. Através dela, conheci detalhes inusitados da vida de Van Gogh, que ali passou os últimos meses de sua vida, com uma produção incrível de obras. Ou o dia em que, voltando do aeroporto, minha valise de bordo foi deixada pelo taxista ao pé de uma árvore na calçada diante do hotel em Paris. Ao dar por sua falta e sair à rua para tentar encontrá-la ou ao taxista, me dei conta de algumas pessoas se afastando da árvore e um comerciante local já telefonando para a polícia, na intenção de comunicar o “achado”... Medo de bomba? Afinal, tudo isso aconteceu logo após os atentados na cidade... Imagino-me dando explicações, caso houvesse tardado um pouco mais a procurar a valise... Ou ainda o tombo coletivo, na descida da escada de um aeroporto, quando um senhor, que já estava na parte inferior da escada, tropeçou e caiu, levando o resto das pessoas a caírem uma a uma, como peças de dominó, felizmente sem consequências. São tantas as histórias! Mas a melhor das aventuras já começa no planejamento da próxima viagem, na busca de cada lugar a ser vivenciado, de cada pôr do sol que será visto, dos aromas e ruídos de cada lugar por onde irei passar, o encantamento das descobertas e aventuras que ainda estão por vir...
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
109
O
RT
UGU
RT
UGU
Ê
S
S S
O
P
P
O
RT
UGU
RT
UGU
Ê
AVENTURAS DE VIAGENS
Poder praticar o turismo É uma grande aventura Desenvolve o ecletismo Ampliando sua cultura
Em viagens internacionais Praticando a fraternidade Ou com belezas nacionais Enfatizando a brasilidade
Estimula o companheirismo Exercitando a desenvoltura Contemplando o pluralismo Amplia perspectivas futuras
Apreciando a diversidade Coloca-se colírio na vista Pra mirar sua própria cidade Com os olhos de um turista
Através do excursionismo Veem-se famosas esculturas Berço do tradicionalismo De Roma e sua arquitetura. Pode-se ainda desfrutar Na Suíça do alpinismo Ou simplesmente viajar Por mero diletantismo Em vários cantos do mundo Cultiva-se o paisagismo Plantado em solo fecundo Regado com muito altruísmo Em plena capital angolana Há o museu da escravatura Com muitas práticas tiranas De um período de amargura Para quem gosta de pintura Recomendo o museu do Prado Com lindos quadros e figuras É fácil ficar impressionado Para se infundir de otimismo Há vários parques temáticos Passeios de puro hedonismo Com espetáculos fantásticos
110
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
Ê
P
P
O
S
Américo Marques Ferreira
Ê
O
RT
UGU
RT
UGU
Ê
S
S S
O
P
P
O
RT
UGU
RT
UGU
Ê
DESDOBRAMENTOS Ê
Viajar é trocar a roupa da alma - Mário Quintana Desde o seu tempo de menino, Emanuel desconfiava de que tinha a alma dobrada. Sentia uma obrigação moral para consigo mesmo de abrí-la, como se desdobra delicadamente um bilhete deixado sobre a mesa por uma pessoa que amamos. Às vezes, se surpreendia com o conteúdo que encontrava; em outras, a obviedade o envergonhava. A antecipação, o suor, o desejo e a curiosidade que dominavam seu corpo no momento em que se sabia prestes a abrir mais uma parte da sua alma, estimulavam-no a viver e a seguir em frente, mesmo quando o caminho se estendia na alta noite. Aos 40 anos, no meio do caminho da sua vida, ele sentia o marasmo se insinuar suavemente na sua existência. Vivia entre coisas quebradas e não se sentia vinculado a nada, nem ao trabalho que realizava, nem à casa que habitava. Sorria para disfarçar. Mas, por que apreciava a travessia, resolveu partir e continuar. Passara muito tempo escravo da ordem social e do materialismo para se libertar repentinamente. Então, sem poder deixar tudo para trás, decidiu estilhaçar o tempo e construir memórias. Memórias que ele buscava nos momentos mais difíceis, aquelas de um mundo que existia para além de sua realidade arquitetonicamente erigida até aqui. Eram elas que o mantinham calado quando ouvia desaforos e o mantinham no presente quando se desiludia com as decisões políticas do mundo. As memórias de uma outra existência possível. Emanuel fez as malas e partiu. Iria caminhar, andar sem rumo, vagar por entre paisagens áridas e procurar a semente. Foi sem grandes expectativas, seria mais uma de suas viagens. Sem família, com um bom emprego, ele já conhecia um pouco de cada continente, já presenciara o nascer do sol na savana africana, comera arroz com leite de coco na Tailândia, admirara as incríveis produções humanas nos museus da Europa e tomara banho de mar nas águas claras do Caribe. Agora iria para onde pudesse se isolar dos outros e descansar a alma. Seu primeiro contato com a aridez foi pelas janelas do carro que o conduzia ao hotel. Um campo enorme de energia eólica tomava conta da paisagem, ele viu enormes pás que se movimentavam como grandes monstros e que Dom Quixote não hesitaria em combater. Lá estava o sinal claro de que aquele território também havia sido tomado pelo homem. Que ele lá havia interferido para usar o vento como energia e coisificar a natureza. Ele também era um Dom Quixote pronto para lutar contra os seus próprios moinhos de vento, mas, por enquanto, Emanuel sentia-se cansado e dormiu. Chegou no hotel, já escura a noite. Amanheceu, partiu na sua primeira excursão e teve a certeza de que era mesmo uma partícula minúscula e temporária em um universo indiferente. Aquele deserto não acabava nunca. E isso o confortava, saber que o mundo era bem maior do que o seu coração e que, por isso, ele agora podia se expandir. E nada, nem problema nenhum, realmente importavam. Emanuel passou dias andando com um grupo de turistas e um guia desinteressado pela cotidianidade daquelas paisagens. Cansou das conversas paralelas sobre a grandiosidade da mãe-natureza, das explicações geológicas e biológicas e, tomado de total irracionalidade, ele deixou o grupo se distanciar e seguiu seu próprio caminho. Emanuel decidiu que iria seguir até quando tivesse forças e depois se deixaria desaparecer e voltar ao pó. Nada o impedia, não tinha raízes.
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
111
P
P
O
S
Ana Shitara Inglesi
Ê
A cada passo que dava, o sol o queimava sem trégua e a água da sua garrafa escasseava. Sua boca estava seca e seus sentidos cada vez mais intensos: o som do vazio era ensurdecedor, a luz o cegava e o sal do suor o alfinetava dolorosamente. E ele ia aos poucos percebendo animais que antes ali não existiam, tons de pedras novos e texturas diversas. Sombras apareciam em um lado para logo desaparecerem do outro. As pedras de repente amoleciam e se desfaziam ao toque; o chão virava areia movediça e ele tinha a impressão de ser sugado. O deserto infiltrava-se na sua alma e se expandia, era a vida que corria no subsolo. Na superfície onde não há nada além de pedras e pó, existe no subsolo a água que corre e que jorra com força raivosa pelos gêiseres a 4000 metros de altura. Emanuel era o próprio deserto. Uma ave de rapina então passou em um voo rasante derrubando um pequeno espelho bem em suas mãos. Emanuel segurou-o com interesse sem duvidar. Olhou e viu. Viu seu próprio rosto desfigurar-se lentamente e percebeu como era fácil ser um monstro, o difícil era ver a si mesmo e ser humano. Foi despindo suas roupas, sentia urgência em estar nu, em morrer como havia nascido. Despido das marcas sociais, de todas as máscaras que havia usado por 40 anos. Queria estar sincero. Ajoelhou-se no meio da planície. Até então, relutava em fechar os olhos, tinha medo. Um terror enorme em se perder e nunca mais conseguir voltar. Gotas de suor escorriam pela sua testa e o faziam piscar. Fechou os olhos. E sentiu. Primeiro o vento, depois a mudança de temperatura com o pôr do sol e então... a chuva. Uma chuva forte cujos pingos grossos machucavam os ombros de Emanuel que sentia, depois de muito tempo, seu rosto ser lavado e a cola das máscaras sair. Abriu lentamente os olhos, a luz que o invadia era forte e intrusiva. Buscava entendimento. Estava seco e de novo coberto. Deitado e vestido. Ergueu a cabeça, olhou a sua volta e compreendeu que estava no posto de saúde do pequeno povoado que dava nome ao deserto. Não sabia como chegara até ali, quem o tinha encontrado, quanto tempo havia passado, nem se queria estar ali. A água, a água não saia da sua alma. Ele não compreendia. Havia chovido no deserto, torrencialmente. Nisso ninguém acreditou, mas, de repente, Emanuel já não precisava da confirmação do olhar do outro. Contou esta história pelo resto de sua vida, para conhecidos, desconhecidos e para suas sementes, e nunca encontrou quem nela acreditasse. Mas não se importava, porque ele sabia e isso bastava. Foi assim que choveu no deserto.
112
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
O
RT
UGU
RT
UGU
Ê
S
S S
O
P
P
O
RT
UGU
RT
UGU
Ê
I HEAR YOU Ê
P
P
O
S
Ruby Abigail Sheets
Ê
When I travel, I am always attune to how the sounds of a place are different from the sounds of my home. There, the first sign of spring has little to do with flowers blooming, birds chirping, or rain falling. It is the sound of the ice cream truck, inching its way down the street, playing that incessant song that makes children salivate… and parents hide their wallets. In the morning, when I hear garbage pails scraping against the ground as their dragged to the curb, I know I had better move my own before the garbage trucks fly by. No one wants to smell the contents of those containers for another week, especially in the summer. Growing up, when music was blasting out of a boombox (a large, heavy radio with a long handle, large speakers and a tape deck carried on someone’s shoulder), I knew cardboard was about to be unfolded to provide cushioning for break dancers who were warming up for the most peaceful of urban duels. These were very different sounds from what I heard when I lived in Guadalajara, Mexico, where gas for cooking and heating water is delivered in large, metal canisters. When you are running low, you hope and pray to hear a truck drive by with a megaphone, blasting, “Zeta Gaaaaaaaaaaaaaaaas.” People rhythmically bellow, “Pitaaaaaaayaaaaaaaa,” as they walk through the streets with fresh dragon fruits for sale from baskets balanced on their heads. There is often the faint swish of someone sweeping dirt and leaves off the sidewalks. Every once in a while, a procession announces itself with drums, followed by dancers, other musicians, and an altar for the Virgin of the Day. Hundreds of people march by in matching outfits, trailed by small children in adorable versions of the same. These relatively calm sounds cannot compete with the alarmingly energetic roosters that wake me up each dawn break in Santo Domingo, the capital of the Dominican Republic. Within a few hours, traffic sounds mix with the thwaps of dominoes being slapped onto card tables by older men, laughing and talking trash. The saddest sound is the universal groan that echoes through the streets when the electricity shuts off, as it always does, without warning, at least once a day. The sudden silence is followed by the powering up of generators that the lucky few own. The sweetest sound is the cheer let out when the electricity turns back on, moments before music with incredible bass beats returns to full blast, no matter what time of day or night. When I moved to São Paulo, Brazil, I was curious to find out what new sounds my ears would be treated to. I wasn’t prepared for the incredible number of motorcycle engines that would constantly zoom by. My sleep is no longer interrupted by the planes that take off and land at Congonhas airport, every ten minutes, from 6AM to 10PM… though my phone conversations certainly are. Few things make me happier than hearing samba music spill out into the streets, from live musicians at Seus Domingos, schools practicing for Carnaval, or car windows as the driver drums to the beat on the steering wheel. I stopped being alarmed by the outbursts during and after soccer games once I knew around what time to expect them, on Wednesday and Sunday nights. There was one day that I heard a communal outburst that I was not expecting. Adults were banging on things they normally give toddlers when they don’t know how else to keep them entertained: pots, pans, wooden spoons, metal spoons… agogôs. Cars were honking. Fire crackers were being set off. I ran out on my balcony and recorded short audio clips to send to my family and friends through WhatsApp. Every time I had one that I thought was really impressive, another wave of sound would roll through, stronger than the last. That was the day I learned the word panelaço. When it comes to noise, nobody beats Brazil.
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
113
LILLIPUT
Espedicto Figueiredo Rillo
Um dia, a professora de português solicitou aos alunos que elaborassem uma dissertação sobre viagens, a qual seria analisada, e as três melhores seriam lidas em classe, como premiação. Deu um mês para que as redações fossem entregues. Eu nunca havia viajado para lugar nenhum e antevi a dificuldade em fazer o trabalho. Eu não saberia o que falar sobre uma viagem. Após o término da aula, dirigi-me à professora e revelei o meu problema. Ela simplesmente respondeu: -Viaje através dos livros! Eu não entendi o que ela quis dizer. Ao chegar em casa contei o ocorrido à minha Mãe. Ela ficou olhando para mim, com semblante pensativo, virou as costas e retornou aos seus afazeres. Eu fui fazer a lição, mas com a mente voltada para o meu problema. No jantar, como seu eu tivesse naquele momento contado o problema, minha Mãe disse: -Meu filho, a sua professora, provavelmente, quis dizer que consultando livros, você poderá imaginar viagens! Eu fui para a cama naquela noite tentando entender o que Mamãe imaginou. No dia seguinte, após as aulas, eu fui à biblioteca da escola e, na busca, encontrei o livro AS VIAGENS DE GULLIVER, de autoria de Jonathan Swift. Passei a tarde toda e parte da noite lendo o livro, cuja história me fascinou. O enredo do livro narra quatro viagens de Gulliver, todas elas com o personagem em aventuras com dificuldades e em situações perigosas. Foi uma leitura fascinante! A viagem que mais gostei foi a que ele faz à Lilliput, onde Gulliver encontra homenzinhos minúsculos diante dos quais ele é um verdadeiro gigante. Lilliput estava em guerra com habitantes de uma ilha vizinha, e Gulliver acaba se envolvendo na escaramuça. Após matutar bastante, acabei escrevendo uma história em que viajei para Lilliput para auxiliar Gulliver na sua luta pela paz na região. Fiquei ansioso até a data em que seria lido as redações vencedoras! No dia estipulado, a professora já havia lido duas redações, e eu já achava que a minha não tinha sido boa, quando ela pronunciou o título do meu trabalho e senti um frio enorme na barriga! No final, revelou o meu nome e me elogiou pelo espírito criativo com que eu havia elaborado a história. Depois disso, eu viajei o mundo inteiro através dos livros!
114
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
OS SAPOS DA VIDA Fernanda Glaser
Minha família adora viajar. Além de ser um momento para relaxar, sempre se descobre algo novo e, algumas vezes, esse aprendizado dá à luz uma nova expressão familiar. Em uma dessas viagens, quando meu filho mais velho estava com cerca de três anos de idade, ficamos hospedados em um chalezinho charmoso e aconchegante em uma cidadezinha chamada Anapoima, próxima a Bogotá, na Colômbia. Como fazia muito calor por lá, não via a hora de dar um banho refrescante nas crianças. Ao entrar no chuveiro, percebi que havia somente um cano. Girei a torneira e escutei primeiramente um ruído, como se a água estivesse tentando escoar pelo cano, depois um barulho (Puff) e logo, juntamente com um jato de água, veio uma surpresa nada agradável: uma perereca saltitante! Quanto mais alto ela saltava, mais alto eu gritava por socorro. Meu filho no meu colo, divertia-se com meu total desespero. Logo chegou meu marido para expulsar o sapinho do banheiro em direção ao seu habitat natural. Naquela noite, escutamos diversas vezes a história do sapinho e como a mamãe tinha ficado assustada. Passadas algumas semanas, já de volta à rotina do dia a dia, estávamos voltando de um evento e entramos no carro, que havia sido estacionado na rua. Meu marido ligou o motor e acelerou. Ouvimos um ruído bem forte, como se estivéssemos arrastando alguma coisa debaixo do carro. Ele desceu do carro e pela expressão em seu rosto, achei que tínhamos atropelado alguém, mas não: o pneu e a roda do carro haviam sido roubados. Por sorte, os ladrões “gente boa” deixaram os parafusos para usarmos com o estepe. Enquanto o pneu era trocado, meu filho, no auge da sua inocência e capacidade de fazer relações, perguntou: “tem um sapo aí?” Eu ri e disse que sim. Naquele momento, achei mais fácil do que explicar para uma criança de três anos porque alguém roubaria o pneu e a roda do carro. Quando o papai entrou no carro, ele queria ver o sapo! A partir daí, sempre nos referimos às dificuldades da vida como sapos. E os sapos estão por toda a parte, de vários tamanhos e cores. Engolir sapo? Para quê? Basta encontrar a melhor maneira de enfrentá-los.
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
115
UGU
Ê
O
S
S
RT
P
P
O
RT
UGU
RT
UGU
Ê
PANTANAL PROBLEMS UGU
Ê
O
S
RT
P
P
O
S
Dominique Bais
Ê
Wooshy Washy, Wooshy Washy, Wooshy Washy. From the road up safe and sound, but the reeds, in the reeds! In the water below clearly something splashy, Stay strong, no panic, feet on the ground, calculating speed. In the wild, in the wetlands, no civilization around. A dusty road, wooden bridge, endless streams and pools and impenetrable reed! Scenery carefully coloured in by each individual sound. No control, no help, other powers have marked the rules, as they lead. Too late! Rustling and splashing is all there is. Something enormous on the brink of instinct leaping from the reed! Muscle humbles the near in fear as it fizz and whizz, giving only the survivor the room to distinct and proceed.
116
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
UGU
Ê
O
RT
S
S
RT
P
P
O
UGU
Ê
PORTUGUÊS PARA HISPANOHABLANTES UGU
Ê
O
RT
S
RT
P
P
O
S
Ruby Abigail Sheets
UGU
Ê
La historia nos enseña que las lenguas romances son primas-hermanas: vienen de la misma región del mundo y comparten como tatarabuela el latín. Dentro de mi cabeza, viven dos de las cinco: el español y el portugués. Deben de apoyarse, ayudarse entre ellas, como una buena familia. Pero, como las familias de la realidad, la mayoría del tiempo, se la pasan peleando. Hasta llegar a ser un adulto, fui una persona monolingüe. El lenguaje de mis conversaciones, mis pensamientos y mis sueños era el inglés. El español era algo que estudiaba en la escuela. Después de algunos cambios de amigos y de países, lo hablaba tanto que las palabras empezaban a llegar a mi mente en español más rápido que en inglés. A veces ni mi propia madre me entendía, y como se espantaba. Llegué a Brasil pensando que el español me ayudaría a conquistar el portugués mucho más rápido. Al inicio, parecía que el portugués era simplemente el español estirado. Portero es porteiro. Oro es ouro... Es como la diferencia que existe entre la pronunciación del inglés en el norte de los Estados Unidos y la pronunciación del sur. Before del norte es befowa en el sur. Red es rey-ed. A veces, el portugués se parece al español con una sílaba extra. Hoy es hoje. Verdad es verdade. Otras veces, requiere un cambio chiquitito. Abeja es abelha. Naranja es laranja. Jugo es suco. Todo bajo control. Para atinar el tono del portugués, lo más importante es hablar el español como si fueras una señora de por lo menos 50 años, quejándose de su marido, que es un bueno para nada… una rata de dos patas, como cantaba Paquita la del Barrio. Solamente así se puede adquirir esa manera de pronunciar las palabras desde adentro, muy adentro, de la nariz y la garganta. Hay que tener siempre un poco de insatisfacción, hasta cuando estés feliz. Las complicaciones vienen cuando confías demasiado en la hermandad de los dos idiomas. Los primos-hermanos tienen cosas en común, pero no para tanto. Comparten un lado de la familia, pero el otro lado… nadie los entiende. Por cada vez que el español me servía de apoyo en mi camino para aprender el portugués, había una otra que me complicaba toda la vida. Cuando paso por las farmacias Pacheco, espero ver gente riéndose allí dentro, comiendo comida chatarra y usando gotas para los ojitos, como los pachecos de México. En la borracheria, todavía me sorprende ver llantas en vez de hombres tambaleándose. No encuentro la manera de usar la palabra pegar en portugués. Vou pegar sua filha na escola. Nunca le pegaría a la hija de alguien, y especialmente no lo haría en la escuela. Lo peor probablemente fue con mi estudiante tonto. Yo estaba dando clase de matemáticas, la materia que menos le gustaba. Él caminó a mi lado, con una expresión de malestar, y me dijo, - Ms. Estou tonto. - Traté de tranquilizarlo, repitiendo el coro de César Chávez, el activista chicano – Sí, se puede. - Ya estaba convencida que lo tenía que mandar para la consejería, para ayudarle con el autoestima, cuando el pobrecito pidió que su amigo le tradujera. Finalmente, entendí que necesitaba mandarlo a la enfermería porque estaba mareado, y la tonta era yo. Hay otras veces cuando dependía del español de una señora infeliz cuando el inglés de un niño feliz me hubiera ayudado mucho más. Después de casi 5 minutos de pedir sobres a un empleado de Kalunga, él me entregó envelopes. Um cara es un hombre, y la cara se dice face. Un vaso se dice copo, pero los dos contienen agua, por lo menos. Algunas pronunciaciones del portugués se me hacen simplemente crueles. Mi maestra de portugués, Gilce, duró años para convencerme que ella y su hermana, Dilce, no tienen el
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
117
mismísimo nombre. Mis abuelos son mi avó y mi avô. Difícil. Cuidado cuando pides un puré de aguacate (abacate). Te pueden entregar un puré de abacaxi (piña). Tu queixo se mueve cuando comes queijo. Todos hemos pedido un palo caliente cuando queríamos um pão quente, o popós (cocôs) cuando queríamos cocos (cocos). La belleza del español es que, solamente tiene cinco maneras de pronunciar las vocales. A veces le das más énfasis a una que otra, cuando lleva un acento, pero cada que ves una a escrita, sabes cómo pronunciarla. El portugués no te simplifica tanto la vida. No solo están estiradas las vocales, también son bipolares. Cada una puede tener múltiples personalidades. Algunas se creen ñ, robando su tilde. Llevan acentos que llegan de cualquier lado, o aparecen como sombreros chinos. Otros no llevan acentos, pero si los pones al final de la palabra, tienen una crisis de identidad. E se convierte en i y o se convierte en u. La frase - Pode cedo - no es lo que parece. Cuando crees que finalmente estás entendiendo el juego, descubres que el portugués tiene mucho que ver con el francés, porque pone letras al final de palabras que no son pronunciadas. La pronunciación de casal no termina con l, sino con u. Todavía es peor cuando roban palabras de otros idiomas, y pronuncian vocales al final de palabras que no tienen. Smart Fit, Hip Hop, Netflix. Pero lo más confuso es cuando lanzan estos sonidos allí dentro de las palabras! Advogado, admirar, adiantar. Ok, ok. Adiantar no cuenta, pero adquirir, ¡sí! Realmente, no es justo. Finalmente comprendimos que tenemos que hacer sonidos que no están escritos, y no hacer otros que las letras nos están señalando. Estamos tan exasperados que nuestros amigos brasileños sugieren que veamos um psicólogo. No me digas… Tanto trabajo para meter una e entre la d y la v de advogado, y se pronuncia la p de psicólogo. Debe ser , por lo menos, ¿no crees? Dios mío, portugués, ¿quién te entiende? ¿O es mi Dios? Ya no me acuerdo.
118
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
REFLEXÕES DE UMA VIAJANTE Ruby AbigaIl Sheets
Por que, no estrangeiro, quando completamos uma tarefa tão simples como mandar um pacote pelo correio, nos faz sentir como Einstein quando ganhou o prêmio Nobel? É somente um pequeno sucesso. Achar uma agência pelo sitio web, chegar depois do trabalho e antes de fechar, explicar o que precisa, e pagar. Mas fazer sem ajuda, sem GoogleTranslate, sem desespero, é de se emocionar. Conversar com um taxista na língua dele, pedir a pizza certa por telefone, resolver um problema no banco, usar transporte público e não se perder... acontecimentos para comemorar dando pulos de alegria. Assim, sentimos que somos capazes de nos virar. Cada tentativa nova é um treino para a próxima. Por que em meu pais, me dizem que quando falo outras línguas, parece que um fantasma me incorpora? É somente uma língua que eles não falam, com maneirismos que não usam. Mas cada língua traz consigo uma cultura. Me sinto mais solta em espanhol que no meu inglês natal. Assim, não é um fantasma que me controla. É meu estado de espírito que é outro. Por que, no México, me diziam que gringo não era uma palavra depreciativa? É somente um termo para designar alguém dos Estados Unidos da América. Mas quando eu me descrevia como gringa, se incomodavam. Quando falava de amigos, não brancos, também como gringos, se incomodavam mais ainda. Explicavam que os outros são gringos, mais já eu, não... E os amigos... nunca? Assim, gringo não é uma palavra neutra. Tem conotações inúmeras. Por que, no Peru, comentaram que eu aprendi rápido o senso de humor deles? É somente possível após muito tempo num lugar, não apenas com as duas semanas que eu tinha. Mas eles insistiam que era como se eu sempre tivesse morado lá. Conheceram poucos estrangeiros, e menos ainda que falassem sua língua. Assim, talvez nos entendêssemos duma maneira que eles não esperavam. Era uma comunicação fluída graças ao humor.
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
119
Por que, na América Latina, ao saberem que sou de família judia, me olham diferente? É somente um detalhe que não conheciam sobre mim. Mas de repente perguntam sobre Israel, comida kasher, e quipás. Começam a analisar meu nariz, minha relação com dinheiro, e minha honestidade. Assim, nunca menciono que sou ateia. Confunde demais. Ou espanta. Não seria mais simples falar que sou católica, para encerrar o assunto? Por que na Costa Rica, começaram a me cobrar o preço tico? É somente para residentes do pais, uma coisa que eu nunca fui. Mas visitei tantas vezes, e fiz tantos amigos, que me viam como tal. Eu tentava pagar o outro preço, mas eles não aceitavam. Assim, ficava desconsertada: Achava a taxa justa. Sem ela, não poderiam visitar os tesouros naturais e históricos do seu próprio pais. Por que, nas festas do México, imaginavam que eu era Spring Breaker? É somente nos feriados de março que chegam os filhinhos de papai, para fazerem sua bagunça. Mas queriam entender o porquê desse comportamento. Se eram sempre assim, desinibidos, ou somente quando estavam fora do seu habitat. Assim respondia que alguns acham que as regras da sociedade só são válidas no seu país. Ao contrário, eu estava lá para estudar, trabalhar e vivenciar novas experiências. Mas, quando minha paciência esgotava, eu perguntava: - Você sabia que minha mãe é judia? – Como viajante, eu preciso responder a perguntas complicadas, estilo: Como foi possível para Trump chegar a presidência e permanecer lá? Mas tenho que reconhecer que faço perguntas semelhantes, sem saber, sem querer ofender, só tentando compreender. Por que, na Argentina, perguntei a vários comerciantes se eram nativos do país, porque não correspondiam ao padrão de argentino que eu tinha na cabeça. Como podia eu não entender melhor a diversidade, sendo de uma das cidades mais diversas do mundo? Não vou esquecer o silêncio que seguia cada vez que fazia essa pergunta, no meio de uma conversa animada e descontraída. Por que não percebi imediatamente que estava fazendo a mesma coisa que tantos me haviam feito, usando o meu exterior para julgar meu interior? Por que, na República Dominicana, ficava tão envergonhada quando adolescentes gringos imitavam o inglês do meu amigo dominicano? Como podiam falar com desrespeito a alguém que cuidava tanto deles? Não conseguiria dar a outra face como você faz – eu falei para ele um dia. Por que você se preocupa? – ele respondeu. - Eu gozo do espanhol deles também, só que às escondidas.
120
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
Por que, no Brasil, corrigi tão indignada uma professora, quando falou que na Índia não falam inglês? Como assim, se foram os ingleses que colonizaram a Índia e lá deixaram sua língua? Não pensei que minha amiga, com pais indianos, respondesse da maneira que fez. - Por que ficar chateada? Hoje contribuímos com a educação de alguém. Por que, no Equador, eu achei tão engraçado escutar música bachata, um ritmo dominicano? Como podia parecer estranho ver a mesma dança em dois países que falam a mesma língua? Não é mais normal que ver as influências do meu país pelo mundo afora? Por que não reagi da mesma maneira quando vi brasileiros tomando Heineken e cantando Amy Winehouse? Mesmo sem sair do país, encontramos diferenças regionais. Voltemos ao correio. Em Nova Iorque, os atendentes, protegidos atrás de um vidro ante choque, demonstram que eu estou incomodando ao pedir um selo. Em Minnesota, os atendentes parecem o vizinho dos Simpsons, Ned Flanders. Cumprimentam com um sorriso que me deixa desconfiada de tanta delicadeza. Por que as semelhanças nos surpreendem tanto? E as diferenças também? Se somos viajantes e sabemos que é assim? Qual é a diferença entre a boa intuição e o real preconceito? Como uma aeromoça decide em que língua perguntar se você quer uma bebida? Viajar nos ajuda a abrir a mente ou só criar ideias de como são os outros? Quando uma generalização se torna em preconceito? É somente fazendo perguntas que podemos nos entender melhor. Tudo o que você acha que sabe agora era novo há algum tempo atrás. Imagine tudo o que ainda há a aprender. É hora de viajar...
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
121
THERE WAS. THERE WERE Cristina P. El Dib Maesano
There was a mountain. There was rain. There was an umbrella That I had to use almost every day. There were boots. There were friends. There were parties. That I had to attend. There was walking. There was thinking. There was learning. That I had to take. There were paths. There were ways. There were graveyards. That I had to pass by to reach that little house. There was. There were. It is gone. It is past. It was worth it. It gave me wings to fly high. And now there is. There is the memory. Of a great trip.
122
IVENCONTROLITERĂ RIOCHAPEL
IVENCONTROLITERÁRIOCHAPEL
123