Pu1 reurbanização de comunidades da praia do futuro

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SEMESTRE 2012.2 PROFESSOR: RENATO PEQUENO ALUNOS: jéssica chaves olívia patrício renan braga wynie araújo


A cidade de fortaleza Os assentamentos informais existem há muitos anos como resultado do processo excludente de desenvolvimento, planejamento, e gestão das áreas urbanas, marcados por condições históricas desiguais de crescimento econômico e distribuição de riquezas. Esses assentamentos têm-se proliferado por grande parte do tecido urbano do Brasil. Os sistemas políticos adotados dificultaram o acesso à terra urbana e à moradia para boa parte da população, menos favorecida, provocando assim a ocupação irregular e inadequada de certas áreas da cidade. As implicações desse fenômeno são graves e manisfestam-se nos âmbitos político, social, ambiental, jurídico e econômico, trazendo prejuízos não apenas aos próprios moradores do assentamento informal, mas à cidade e à população urbana como um todo. Dentro deste contexto, Fortaleza encontra-se com um déficit habitacional de cerca de 14,76% em 2000 (PEQUENO, Renato 2009 Apud Fundação João Pinheiro, 2004). Porém, esse déficit não é só de habitação, mas da própria cidade, pois a moradia deve vir acompanhada de infra-estrutura urbana para todos os cidadãos.

Socialmente, as comunidades em situação informal são geralmente excluídas do acesso normal a serviços públicos, infraestruturas, espaços públicos e instalações coletivas e, com frequência, excluídas até mesmo do mercado de trabalho formal. Desta forma, as melhores condições tanto na escala da casa como na do bairro, de uma forma mais ampla, devem contribuir para diminuir os preconceitos contra espaços segregados típicos das cidades brasileiras e isso, a médio ou longo prazo pode repercutir de forma muito positiva na autoestima coletiva e, consequentemente, contribuir para um desenvolvimento urbano autêntico. Nesse âmbito propomos uma série de intervenções e diretrizes a serem aplicadas na comunidade 31 de março, localizada no bairro da Praia do Futuro II e possivelmente replicadas em outras áreas com condicionantes e conformações semelhantes à da comunidade acima citada.

(Imagens retiradas do Google Street View)


contexto HISTÓRIA A ocupação da Praia do Futuro se dá a partir do início das obras do Porto do Mucuripe (1932-1942) com o loteamento criado em 1950 pela Imobiliária Antônio Diogo. A expectativa era suprir as necessidades da elite fortalezense que buscava novos locais de lazer. O loteamento compreendia uma área que se estendia do farol do Mucuripe até a barra do Rio Cocó. Em 1969 é iniciada a construção da primeira via do bairro (a futura Avenida Dioguinho) e em 1970, a Av. Zezé Diogo. Com a construção da Avenida Santos Dumont na mesma época, a Praia do Futuro se integrou definitivamente ao movimento da cidade. Nos anos 70 e 80 ocorreu um acelerado processo de especulação imobiliária, em que foram criados novos loteamentos sem planejamento, sem infraestrutura, e sem fiscalização da prefeitura. Posteriormente a implantação das barracas de praia trouxe movimento e atraiu trabalho informal para a região. Desta forma, as melhores condições tanto na escala da casa como na do bairro, de uma forma mais ampla, devem contribuir para diminuir os preconceitos contra espaços segregados típicos das cidades brasileiras e isso, a médio ou longo prazo pode repercutir de forma muito positiva na autoestima coletiva e, consequentemente, contribuir para um desenvolvimento urbano autêntico. Nesse âmbito propomos uma série de intervenções e diretrizes a serem aplicadas na comunidade 31 de março, localizada no bairro da Praia do Futuro II e possivelmente replicadas em outras áreas com condicionantes e conformações semelhantes à da comunidade acima citada.

LOCALIZAÇÃO A área a ser estudada é composta por uma ocupação irregular densa e, paradoxalmente, consideráveis vazios urbanos, denominada Comunidade 31 de março. Os primeiros moradores chegaram há cerca de 25 anos, muitos deles atraídos para o local após a construção da Avenida Santos Dumont, e a consequente valorização da Praia do Futuro, com suas inúmeras barracas, integrando-se de forma definitiva ao cotidiano da cidade. Boa parte dos moradores têm, se não a renda principal, o complemento desta com atividades relacionadas à praia. São vendedores ambulantes dos mais variados artigos.

mapa de Fortaleza - bairro Praia do FuturoII


contexto LOCALIZAÇÃO

PARÂMETROS URBANÍTICOS

A área é composta por três zonas. São elas: Zona de Interesse Ambiental da praia do Futuro (ZIA), Zona de Orla (ZO) e Zonas Especial de Interesse Social. Sendo esta última ainda não implementada.

ZIA PRAIA DO FUTURO I - índice de aproveitamento básico: 2,0 (multifamiliar) / 1,0 (unifamiliar); II - índice de aproveitamento máximo: 2,0 (multifamiliar) / 1,0 (unifamiliar); III - índice de aproveitamento mínimo: 0,0; IV - taxa de permeabilidade: 40%; V - taxa de ocupação da edificação: 50%; VI - altura máxima da edificação: 48m; VII - área mínima de lote: 300m2; VIII - testada mínima de lote: 12m; IX - profundidade mínima do lote: 25m; X - taxa de ocupação do subsolo: 40%.

foto retirada do Google Maps

LEGENDA ZEIS 1 - Ocupa;ao Zona Especial de Interesse Social de Ocupação ZEIS 2 - Conjunto / Loteamentos Zona Especial de Interesse Social de Conjuntos ZEIS 3 - Vazio / não utilizados / subutilizados Zona Especial de Interesse Social de Vazios ZIA - Zono de Interesse ambiental ZO 7 - Zona da Orla Praia do Futuro

ZO - TRECHO 7 I - índice de aproveitamento básico: 2,0; II - índice de aproveitamento máximo: 2,0; III - índice de aproveitamento mínimo: 0,1; IV - taxa de permeabilidade: 40%; V - taxa de ocupação: 50%; VI - taxa de ocupação de subsolo: 50%; VII - altura máxima da edificação: 36m; VIII - área mínima de lote: 200m2; IX - testada mínima de lote: 8m; X - profundidade mínima do lote: 25m. Parágrafo Único - O índice de aproveitamento máximo será acrescido de 1,0 (hum) para o subgrupo de uso Hospedagem, devendo o excedente ser compensado através do instrumento da “outorga onerosa do direito de construir”.


contexto ENTORNO No bairro a predominância é de vazios urbanos. Estão previstos projetos de grandes empreendimentos de condomínios fechados de casas e apartamentos. As empresas são responsáveis também pela implantação da infraestrutura. A expectativa é atrair uma população que resiste a essa expansão, devido à falta de infraestrutura da área, a relativa distância entre outros equipamentos da cidade e, ainda, à maresia que promove a degradação das construções. Outras comunidades de baixa renda são encontradas na região, multiplicando os problemas urbanos e sociais. Existe também construções ligadas ao turismo, que é significativo na área. São hóteis, pousadas e barracas de praia, em sua maioria com padrão para a alta classe, que compõe os usos e a paisagem do entorno. Entretanto, Constata-se que o uso hoje é predominantemente residencial, unifamiliar e, além disso, possuem baixos gabaritos.

ADVERSIDADES É importante ressaltar que a degradação ambiental na Praia do Futuro é crescente. Uma grande quantidade de lixo a céu aberto é jogada nas proximidades, se junta ao esgoto que acompanha o transeunte, e torna ainda mais fácil a proliferação de insetos, ratos e consequentemente, de uma infinidade de doenças. Outro problema agravante é a violência. O tráfico de drogas e a rivalidade entre as gangues assolam a vida dos moradores e das vizinhanças. Crianças desde cedo são expostas a todo tipo de violência. Crescem sabendo que as opções de sobrevivência são poucas e recorrerão muitas vezes à criminalidade para atingir seus objetivos.

LEGENDA habitação de baixa renda habitação de média/alta renda áreas verdes/livres comércio/misto vias não pavimentadas vias pavimentada área do terreno

mapa de usos/ cheios e vazios


contexto SOBRE AS COMUNIDADES As comunidades compostas de lotes e de áreas públicas e privadas invadidas são insalubres, sem saneamento (com exceção de alguns trechos onde o saneamento foi feito pelo projeto Sanear) e com vielas de acesso estreitas que comportam um sistema precário de esgoto a céu-aberto, feitas pelos próprios moradores. Algumas características foram observadas em campo, como na Comunidade 31 de Março, em que ocorre a ocupação quase total dos lotes, onde as casas possuem até dois andares, em sua maioria e são coladas umas nas outras, tornando impraticável a implantação de recuos. As mesmas são densamente ocupadas pelo grande número de excluídos, pessoas que vêm do interior do Estado, do campo ou de áreas que estão sendo submetidas à renovação urbana, e que acabam atuando como agentes modeladores, ao produzir seu próprio espaço de moradia e trabalho. A análise das tipologias da região mostrou que a população oriunda do interior do Estado, do campo ou de áreas submetidas à renovação urbana, constrói seu próprio espaço de trabalho e de moradia. Atuam como agentes modeladores, sem assistência técnica e com todo tipo de material. Podem ser encontradas desde casas com vários quartos e garagem, com um pavimento superior, até casas com um compartimento só. São comuns edificações sem janelas que privam as pessoas do conforto térmico provindo da ventilação e iluminação natural.

mapa das comunidades ao longo do bairro Praia do FuturoII


contexto O TERRENO A área da intervenção é delimitada pela Avenida Santos Dumont, Avenida Dioguinho, Rua Edmundo Falcão e Rua Dr. Manoel Rodrigues Monteiro, totalizando, assim, oito quadras, sendo quatro no sentido da Av. Santos Dumont e duas no da Av. Dioguinho. Entre as ruas Manoel Rodrigues e Oliveira Filho há um desnível de quase sete metros, com uma inclinação média de 10%. No restante do terreno percebe-se uma diferença de cotas em 7,5m.

MOBILIDADE Todas as ruas são classificadas como vias locais. Muitas delas estão obstruídas pela ocupação informal, formando vielas estreitas e sem infraestrutura, cuja circulação se dá basicamente a pé. Existem duas importantes vias arteriais perto do terreno, com fluxo intenso de veículos: a Avenida Santos Dumont e a Avenida Dioguinho. O projeto visa alargar as ruas da área de intervenção e desobstruí-las. A proposta é ainda desenhar duas vias de sentido único de cada lado da Rambla. Há 8 linhas de transporte coletivo que dão suporte à mobilidade na região. São elas:

paradas de ônibus

054 - Praia do Futuro / Caça e Pesca (Corujão)/1; 049 – Caça e Pesca / Centro / Beira mar (Topbus)/1 906 – Caça e Pesca / Serviluz / Centro/1; 920 – Papicu / Caça e Pesca/1 810 – Papicu / Praia do Futuro(Dias Úteis) 813 - Papicu / Praia Do Futuro II/1 752 – Caça e Pesca / Centro(STPC)/2 752 - Caça e Pesca / Centro(STPC)/2 trajetos linhas de ônibus


a intervenção JUSTIFICATIVA Diante da problemática dada partiu-se do conceito de promover a integração entre grupos sociais diferente , bem como, garantir espaços que tenha qualidades urbano-espaciais dando aos moradores da comunidade e da cidade um conjunto de espaços democráticos onde possam desenvolver diversas atividades, como esporte, lazer, etc. Garantindo, assim, o direito de viver bem, o direito da moradia e a apropriação da cidade. Definiu-se os equipamentos sociais que seriam fundamentais para o desenvolvimento e sustentabilidade da comunidade a ser beneficiada e distribuímos ao longo da área, observando-se sua melhor localização e implantação de forma que proporcione uma integração espaço-visual com o entorno imediato da área a intervir, levando o projeto em uma consciência de “dentro para fora”, da intervenção para a praia, para as comunidades ao redor e a cidade de Fortaleza como um todo. Sabendo que ao longo da Praia do Futuro existem diversas comunidades em situação semelhante a da Comunidade 31 de março, elaborou-se um modelo de intervenção replicável, que possa ser implantada nessas áreas. Tomamos por base, ainda, o projeto da Praça do Futuro, que consiste na reforma da atual Praça 31 de março, localizada no entrocamento das avenidas Santos Dumont e Dioguinho. Com tudo isso, pretendese proporcionar uma unidade aos projetos a serem realizados no local e ao longo da orla da praia

fotos do projeto da Praia do Futuro (atual Praça 31 de março)


a intervenção A RAMBLA a fim de criar um elemento de ligação entre a Praça do Futuro e os equipamentos propostos alterou-se o desenho da rua Coronel João Alencar, que é o eixo maior da área de intervenção, transformando-a em um grande calçadão com vias de dimensões menores nas laterais cada um com um sentido, configurando uma praça linear, denominada Rambla, que significa “leito de rio seco”, ruas típicas de Barcelona. Com a Rambla, pretende-se enfatizar o bem-estar do pedestre, visto suas generosas dimensões. Ela conta com passagens de pedestres elevadas em todas as ruas que são transversais a ela e nos acessos aos equipamentos que estão localizados nas ruas paralelas à mesma, dando maior conforto e segurança ao pedestre. A Rambla configura-se, ainda, como eixo principal da intervenção permitindo o escoamento do fluxo de pessoas da comunidade rumo à praia, bem como de outros moradores, ou até turista para à comunidade. Seu desenho pode ser estendido até a rua Profª Francisca Almeida de Souza que delimita o bairro da Praia do Futuro II e se liga com a avenida Pe. Antônio Tomás. Ela proporciona pontos focais com criação de perspectivas e de microclima, para o melhor conforto de quem está na rambla. O mobiliário urbano visa o conforto, a inovação, o emprego de programas como a coleta seletiva. Ao longo do eixo os espaços livres, institucionais ou não, foram trabalhados de forma que integrem o equipamento, à Rambla, criando núcleos de convivência, como comércios, praças dentro dos próprios equipamentos. Foi dividida a Rambla em três setores. O primeiro fica entre as ruas Dr. Manoel Rodrigues Monteiro e Oliveira Filho. Por possuir um significativo desnível no terreno foram implantados platôs criando um mirante para proporcionar a contemplação da paisagem do entorno. Por ser um local de permanência maior, foi considerado uma cobertura vegetal mais densa.

Dotada de rampas, escadarias e piso tátil proporciona acessibilidade para todos. O segundo setor é o dos módulos, que se segue da rua Oliveira Filho até a rua Itapemeri. Foi pensando em dois tipos de módulos que vão se alternando ao longo desse intervalo. A dimensão de ambos é a mesma, porém um conta com dois quiosques e área de convívio e o outro com um quiosque, área de convívio e playground. A paginação de piso, o mobiliário e tipo vegetação são os mesmo utilizados no projeto da Praça do Futuro. O terceiro e último setor configura-se como um delta aproveitando-se o desenho da Rua Itapemeri, que corta uma das quadras, abrindo-se para o mar e para a Praça do Futuro, sendo ligado por passagem de pedestre elevada. O Delta conta com pista de skate, equipamentos de ginástica ao ar livre, e áreas de convívio. Também receberá cobertura vegetal mais densa.

Praça/Delta Módulo 1 da rambla Mirantes Módulo 2 da rambla

setorização da Rambla


OS EQUIPAMENTOS SOCIAIS A ESCOLA Um equipamento fundamental para a comunidade é uma escola de ensino fundamental e médio e uma creche. Junto delas haveria uma praça integrando-as para uso das crianças e dos adolescentes com playground e áreas de convivência sendo bastante arborizada, já que a área tem uma carência muito forte de área verde. A escola contaria, ainda, com quadra poliesportiva que atenderia à comunidade nos fins de semana e períodos não-letivos para treino dos esportes mais difundidos na região, bem como promover campeonatos. Também é proposto o uso de algumas salas para a realização de reuniões de uma futura associação de moradores. Desse modo, a escola tem papel fundamental para a articulação da comunidade em suas lutas diárias.

A CRECHE A creche foi um dos primeiros equipamentos ditos como essenciais no projeto, pelo fato de ser uma das queixas mais frequentes dos moradores de conjuntos habitacionais. A creche seria implantada junto da escola de ensino fundamental e médio, para que os pais possam deixar os filhos de diferentes idades sem precisar deslocar-se mais de uma vez. O objetivo da implantação seria oferecer, aos pais e mães de família, melhores oportunidades na busca de trabalho, já que muitas vezes não podem ausentar-se casa, devido ao filho pequeno que requer cuidados constantes.

CRECHE Área estimada = 1231,00m² Capacidade de atendimento: 300 alunos 1.SETOR SÓCIO-PEDAGÓGICO - Berçário I (3 a 12 meses); Berçário II(12 a 24 meses); Sala de atividades I (2 anos e 2 anos e 11 meses); Sala de atividades II (3 anos e 3 anos e 11 meses); 2. SETOR DE VIVÊNCIA - Refeitório; Solário; Pátio Coberto; Pátio descoberto; Sala multiuso; 3.SETOR DE ASSISTÊNCIA - Fraldário; Lactário; Banheiro Infantil; Cozinha; 4. SETOR ADMINISTRATIVO E PEDAGÓGICO - Sala da Direção; Sala dos Professores; DML; Almoxarifado; Rouparia; 5.SETOR DE SERVIÇOS GERAIS - Área de Serviço; Sanitário de adultos; Sanitário/vestiário dos funcionários; Depósito de lixo;

ESCOLA Área estimada: 4782,70m² Capacidade de atendimento: 780 alunos 1.SETOR ADMINISTRATIVO E PEDAGÓGICO -Recepção; Almoxarifado; Secretaria; Diretoria; Grêmio estudantil; Conselho comunitário; S.O.E.; Sala dos professores; Copa; Banheiros; 2.SETOR SÓCIO-PEDAGÓGICO - Fundamental : 2 Salas de aula 1ºano; Sala de aula 2º ano; Sala de aula 3ºano; Sala de aula 4º ano; 2 Sala de aula 5ºano; Sala de aula 6ºano; Sala de aula 7ºano; Salas de aula 8ºano; Salas de aula 9ºano; Médio: Sala de aula 1ºano; Salas de aula 2ºano; Salas de aula 3ºano; Banheiros; 3.SETOR CULTURAL - Anfiteatro; Auditório; Biblioteca; Laboratório de Informática; Laboratório de Ciências; 4.SETOR DE VIVÊNCIA - Cantina; Horta; Pátio coberto; Pátio descoberto; Playground; Refeitório; Banheiros públicos; 5.SETOR ESPORTIVO - Quadra poliesportiva; Vestiários; Depósito Educação Física; Piscina; 6.SETOR DE SERVIÇOS GERAIS


OS EQUIPAMENTOS SOCIAIS O CENTRO DE CAPACITAÇÃO Propomos como intervenção um Centro de Capacitação destinado a suprir necessidades, da população residente e das proximidades, de empregos e dar alternativas para a geração de renda. A ideia é atrair empresas de vários ramos para ministrar cursos como na área da construção civil, de cabeleireiro, de cozinheiro, dentre outras áreas que sejam pertinentes à economia atual da região. Teriam também cursos voltados para o empreendedorismo a fim de estimular os alunos a desenvolver seus próprios negócios. Eles mesmos atuariam dentro da comunidade como agentes transformadores da realidade, educando e difundindo conceitos sustentáveis e fortalecendo a integração e participação social, bem como, o desenvolvimento comunitário e do entorno. O POSTO DE SAÚDE A criação de uma unidade de atendimento de saúde ou UBS (Unidade Básica de Saúde) visa suprir a demanda na região. Voltada para promoção de hábitos de vida saudáveis, de maneira a privilegiar a prevenção de doenças, através de campanhas de imunização por exemplo. O posto seria responsável por atendimento em nível ambulatorial e ofereceria consultas médicas, odontológicas, nutricionais e psicológicas. Além disso desenvolver cursos, seminários, palestras relacionadas à saúde e à segurança.

CENTRO DE CAPACITAÇÃO Área estimada: 1380,00m² Capacidade de atendimento: 700 alunos 1.SETOR ADMINISTRATIVO E PEDAGÓGICO - Recepção; Direção; Sala dos Professores; Administração; Sala de Conselho 2.SETOR DE VIVÊNCIA - Pátio descoberto; Cantina; Banheiros; 3.SETOR SOCIO-PEDAGÓGICO - Salas de aula; Cozinha Industrial; Galpão; 4.SETOR DE SERVIÇOS GERAIS - Almoxarifado; Depósito; D.M.L.; Zeladoria;

PROGRAMA POSTO DE SAÚDE Área estimada = 500,00m² Capacidade de atendimento = 230 pessoas 1. AMBULATÓRIO -Triagem; Imunização; Consultório de pediatria; Consultório de ginecologia; Consultório de odontologia; 2. SETOR DE APOIO TÉCNICO E DIAGNÓSTICO -Coleta de exames; Farmácia; Copa; 3. SETOR ADMINISTRATIVO -Direção; Secretaria; -Registro/Arquivo; Recepção/Espera; 4. SETOR DE APOIO LOGÍSTICO -DML; Depósito de Lixo; Sanitários Públicos; Vestiários; Almoxarifado;


OS EQUIPAMENTOS SOCIAIS O CENTRO CULTURAL E DESPORTIVO Um Centro Cultural e Desportivo foi pensado como um dos equipamentos que mais garantiriam a integração entre a população. Possui um programa diversificado que atende diversas rendas e faixas etárias, mas com o foco voltado no público jovem. O projeto consta com um amplo currículo de atividades, possuindo diversas salas que abririam aulas grátis à população. O Centro de Artes e Desportes vem sendo uma iniciativa tomada em todo o mundo para dar uma nova perspectiva aos jovens que se encontram em circunstâncias de vulnerabilidade social, através de uma educação interdimensional com centralidade na arte e no esporte, promovendo o desenvolvimento pessoal, a criatividade e a ética cidadã. Ao mesmo tempo, a integração entre diferentes classes sociais, uma vez que as aulas seriam abertas para todas as pessoas. O projeto consta com salas de aula (para música, desenho, artes marciais e dança), auditório com capacidade para quase 500 pessoas (para apresentação de espetáculos, concertos e até mesmo filmes), duas quadras poliesportivas e uma piscina semiolímpica, um ambiente de exposição, além de um refeitório aberto para o público.

CENTRO CULTURAL E DESPORTIVO Área estimada = 9000,00m² 1. ATIVIDADES SOCIOCULTURAIS 1.1 ÁREA DE CONVIVÊNCIA - Playground; Áreas Livres; 1.2 AUDITÓRIO - Vestíbulo; Sanitários; Plateia; Palco; Áreas De Apoio (camarins, depósitos, sala técnica, ...); 1.3 SALAS PARA CURSOS - Salas; Sala Audiovisual; 1.4 PAVILHÃO 2. PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO -Quiosques; Banheiros públicos;

3. ATIVIDADES ESPORTIVAS Quadra Poliesportiva(2); Piscina; Semiolímpica; Arquibancada; Vestiários Sanitários 4. ADMINISTRAÇÃO - Secretaria e Recepção; Sala de Gerência; Sala de Reuniões; Saguão se Recepção, Informações, Matrículas E Inscrições;


OS EQUIPAMENTOS SOCIAIS O HOTEL E O CENTRO COMERCIAL O turismo é um dos setores da economia que mais se desenvolve no Estado e é um dos mais importantes. Trata-se de uma atividade que movimenta uma intensa mão de obra. Por isso, a rede hoteleira na cidade de Fortaleza tem se ampliado de forma significativa. E ainda há uma grande demanda por hospedagem. É oferecida uma gama bastante variada de opções de hospedagem e de entretenimento, tanto para o brasileiro, como para o estrangeiro. Hospedagens que vão desde grandes resorts, até adaptações mais baratas de casas de moradia. Sabendo do grande potencial turístico da Praia do Futuro, a proposta da intervenção conta com a criação de um Hotel e um centro comercial anexo, que seriam parte da ideia de uma urbanização consorciada. Os dois equipamentos estão localizados na ZIA da Praia do Futuro que permite um índice de aproveitamento 2,0, porém para o subgrupo da hotelaria é permitido aumentar para 3,0. Mediante esse benefício, os empreendedores de tais equipamentos terão que contribuir com uma parte da reurbanização da área. De acordo com o artigo 223 da LUOS “os recursos auferidos com a outorga onerosa do direito de construir e de alteração de uso serão aplicados nas seguintes finalidades: (…) V - implantação de equipamentos urbanos e comunitários; VI – criação de espaços públicos de áreas verdes e de lazer”. Desta forma, a contrapartida será financiar o Centro de Capacitação e da praça que o integra à Rambla.

HOTEL Àrea estimada: 7250,00m² 1. RECEPÇÃO - Portaria; Depósito de malas; Quarto do plantonista; Banheiros; 2. SETOR SOCIAL - Apartamentos; Saguão; Home cinema; Redário; Varanda; Fitness; Banheiros; 4. SETOR DE VIVÊNCIA - Restaurante; Loja de Conveniência; Piscinas; Deck; Sauna; Salão de jogos; Brinquedoteca; Playground; Salão de Festas; Banheiros; Jardim; 3.SERVIÇOS GERAIS - Administração; Sanitário da Administração; Cozinha; Despensa; Apoio das arrumadeiras; Lavanderia; Depósito; Vestiário dos funcionários; Lixo; Gás; Estacionamento;


OS EQUIPAMENTOS SOCIAIS A HABITAÇÃO DE MERCADO A construção de condomínios fechados de habitação multifamiliar oferece outros tipos de moradia e visa à diversificação do uso e ocupação do solo na região, bem como da classe de renda. O mercado imobiliário atuará de forma a atrair investimentos em infraestrutura para a região e o entorno.

O centro comercial é proposto para dar continuidade as atividades que já ocorriam nas comunidades. Pequenos comerciantes agora terão a oportunidade de centralizar suas atividades de comércio e serviços. A ideia é que haja uma setorização e organização das funções do espaço. Além disso, as áreas de convivência serão um atrativo para visitação do centro. O programa conta com restaurantes e uma praça elevada. Proporcionando entretenimento e conforto visual. CENTRO COMERCIAL Área: 2617,2m² Unidades de salas comerciais: 40 1.SETOR ADMINISTRATIVO - Administração; Zeladoria; D.M.L.; 2.SETOR DE VIVÊNCIA - Restaurante; Praça coberta; Banheiros públicos; Cozinha; Despensa; Depósito;

CONDOMÍNIO RESIDENCIAL Área estimada: 36350,00m² 1. HABITAÇÃO - Apartamentos; 2. SETOR SOCIAL - Hall/ Estar; Salão de Festas; Playground; Deck; Piscinas; Salão de jogos; Brinquedoteca; Fitness; Gazebo; Home Cinema; 3. SERVIÇOS GERAIS - Guarita; Zeladoria; Lixo; Gás; Estacionamento;


OS EQUIPAMENTOS SOCIAIS A HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL A habitação de interesse social interage com uma série de fatores sociais, econômicos e ambientais, e é garantida constitucionalmente como direito e condição de cidadania. O Programa de reassentamento prevê a construção de 480 apartamentos para atender a comunidade. Buscou-se a funcionalidade dos espaços e o conforto ambiental para oferecer qualidade de moradia e a consequente qualidade de vida. O respeito e a integração com o contexto urbano também foram determinantes no projeto. Os apartamentos tipo foram pensados de maneira que a ventilação dos cômodos de maior permanência fosse privilegiada. Preocupou-se com a proteção das janelas da iluminação solar direta, que se dará através de marquises. A varanda, característica de tradição nordestina, foi implantada em todos os apartamentos, oferece uma área de repouso ventilada e ainda protege contra a insolação. O efeito estético é garantido então pelo jogo de cheios e vazios na fachada do edifício. Por último o desenvolvimento e a otimização de áreas compactas e confortáveis a fim de receber um número significativo de pessoas. Foi adotado o conceito de planta livre, com uma modulação na estrutura , para suportar os diferentes tipos de apartamentos. As tipologias de apartamentos estão distribuídas da seguinte forma: são 112 quitinetes, 326 apartamentos de 2 quartos, 56 apartamentos de 3 quartos e 14 apartamentos acessíveis.

Área estimada: 44084,00m² 1. HABITAÇÃO - Apartamentos; 2. SETOR SOCIAL - Hall/ Estar; Salão de Festas; Playground; Salão de jogos; Brinquedoteca; Anfiteatro; Fitness; 3. SERVIÇOS GERAIS - Zeladoria; Lixo; Gás; Estacionamento;


OS EQUIPAMENTOS SOCIAIS A Habitação de interesse social é composta por três tipologicas de apartamentos, afim de atender os diferentes perfis das famílias a serem reassentadas.

Tipologia 1 quarto (kitnet)

Tipologia 2 quartos

Tipologia 3 quartos


desenhos e perspectivas

perfil via

perfil rambla

perfil via


desenhos e perspectivas

plano geral da intervenção


desenhos e perspectivas

visão geral da intervenção

visão geral da intervenção


desenhos e perspectivas

vis達o do mirante

vis達o do mirante


desenhos e perspectivas

m贸dulo 2

m贸dulo 1


desenhos e perspectivas

vis達o do mirante

vis達o do delta


bibliografia CORBELLA, Oscar y YANNAS, Simos. Em busca de uma Arquitetura Sustentável para os Trópicos – Conforto Ambiental. Rio de Janeiro, Revan, 2003. FRENCH, Henry. Os mais importantes Conjuntos Habitacionais do Século XX. Plantas, Cortes e Elevações. Porto Alegre, Bookman, 2009. Fortaleza(Prefeitura de) Lei de Uso e Ocupação do solo (Lei 7987/1996) Fortaleza (Prefeitura de) Lei do Plano Diretor Participativo (Lei 062/2009) SANTOS, Milton. Espaço e método. Nobel. São Paulo, 1985. SOUZA, Marcelo Lopes de. ABC do desenvolvimento urbano. Rio de Janeiro. Bertrand Brasil, 2003. Avanços e Desafios: Política Nacional de Habitação – Ministério das Cidades, Secretaria Nacional de Habitação. Brasília, 2010; Urbanização de Favelas, A experiência de São Paulo. São Paulo: Boldarini Arquitetura e Urbanismo,2008. RODRIGUES, Arlete Moysés. Moradia nas cidades brasileiras. Editora Contexto, São Paulo,2001. CAMPOS FILHO, Cândido Malta. Cidades brasileiras: seu controle ou o caos: o que os cidadãos devem fazer para a humanização das cidades no Brasil. 2ed - São Paulo: Estúdio Nobel, 1992; GONÇALVES, Thaís; SAMPAIO, Clarissa; RIBEIRO, Jéssica. Regularização fundiária como instrumento de direito à moradia em Fortaleza: limitações de ordem urbanística. In:Congresso Internacional: Sustentabilidade e Habitação de Interesse Social, 2, 2012: Porto Alegre, RS PEQUENO, Luís Renato Bezerra. Como anda Fortaleza? Rio de Janeiro: Letras Capital, Observatório das Metrópoles,2009. Mapa de ônibus Fortaleza. http://tdurand.github.com/mapafortaleza/ - Acessado em 06/01/2013; Prefeitura Municipal de Fortaleza. http://www.fortaleza.ce.gov.br/ - Acessado em 06/02/2013; Fortaleza Antiga. http://fortalezaantiga.blogspot.com.br/ - Acessado em 06/02/2013;


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