museu de arte brasileira
∞ MAB
jéssica chaves + olívia patrício + thays gama + wynie antónio - prof. marcondes araújo - PA4 - UFC
histórico “Os museus são casas que guardam e apresentam sonhos, sentimentos, pensamentos e intuições que ganham corpo através de imagens, cores, sons e formas. Os museus são pontes, portas e janelas que ligam e desligam mundos, tempos, culturas e pessoas diferentes. Os museus são conceitos e práticas em metamorfose.” [Instituto Brasileiro de Museus] No decorrer da história os museus têm feito um papel fundamental no que se refere à valorização, conservação, estudo e difusão da cultura. As distintas sociedades ao longo da história têm dedicado vontades, recursos e capacidades criativas para imaginar, desenhar e construir os museus que as representam. No mundo, os museus mais significativos têm se convertido em marcos da cultura, da arquitetura e das cidades, em atitudes muitas vezes exibicionistas, e há sempre um público disposto a percorrer longas distancias para conhecer seus conteúdos e sua própria arquitetura. O desenvolvimento tecnológico, da ciência e da comunicação, nas últimas décadas, vem transformando a presença e a dinâmica dos museus, tornando a visita do público mais interativa e deixando de serem espaços meramente contemplativos e se convertendo em centros de produção científica e artística. relação ao desenho dos museus.
Além disso, houve uma multiplicação da temática dos museus, o que diversificou as possibilidades de comunicação cultural e as alternativas de experimentação compositiva eformal tanto com relação à museografia, como em relação ao desenho dos museus. Os museus estão deixando de ser instituições elitistas e excludentes para abrigarem a diversidade cultural e se direcionarem para todos os públicos, independente do nível econômico e cultural.
1 1-Museu Nacional de Belas Artes [Brasil, 1937]
2 2-Centre Pompidou [França, 1977 ]
3-Guggenheim Bilbao [Espanha, 1997]
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partido O partido surgiu da ideia da expectativa. O público vai ao museu em busca de surpresas, quem vai ao museu quer simplesmente se surpreender. Foi pensando nisso que desenvolvemos um projeto que se torne um ícone, que seja um marco para a cidade de Fortaleza. Localizado numa área ainda não intensamente urbanizada, mas que conta com um rico acervo comercial e acadêmico nas proximidades o que gera um fluxo intenso do tráfego e uma alta valorização de seus terrenos. O Museu de Arte Brasileira [MAB] é dedicado ao povo brasileiro, à sua cultura e à sua arte e visa comtemplar todas as idades, dar oportunidades aos nossos artistas ascendentes, abrigar e expor a produção artística da Universidade de Fortaleza [UniFor] e principalmente para mostrar o valor da difusão cultural no nosso país.
A partir da ideia de atemporalidade, recorremos à simbologia. A figura do infinito nos trouxe vários conceitos, que para além da atemporalidade, o desenho nos infere à abstração, ao percurso, à ideia de desenvolvimento, de continuidade, de flexibilidade e ainda de complexidade. Ao trabalhar a forma do símbolo, brincando com elipses, chegamos a um resultado que faz referência às nossas montanhas, às nossas dunas, aos morros do Rio de Janeiro, ao pouso do pássaro, e às ondas do mar que batem na costa brasileira. Faz referência ao tempo, no interior de uma ampulheta. Museus como o MAR - Museu de Arte do Rio de Janeiro [fig. 01] nos influenciaram no sentido do zoneamento das funções do edifício. Propomos uma divisão clara e acessível do setor social e de exposições do setor administrativo e de serviço. A sinuosidade e a flexibilidade das cobertas de Frei Otto [fig. 02] nos fizeram pensar na leveza e na transparência que poderíamos atri
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buir a obra e permitir a fluidez entre os espaços interno e externo. Com ousadia, desenvolvemos um projeto que se impõe numa figura única e se integra na paisagem urbana principalmente através das praças interna e externa do museu. O paisagismo visa uma condição climática agradável para que as praças sejam bem aproveitadas pela população. E que esses espaços de convivência sejam espaços de contemplação tanto do parque urbano e natural como das obras expostas ao ar livre. O objetivo é corresponder aos anseios da sociedade atual. Das pequenas conchas do mar buscamos inspiração não só na sua forma e função, que abriga e protege um conteúdo precioso, buscamos também a incrível gama de cores que ela apresenta passando do pleno branco ao mais intenso laranja.
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programa Observando que na cidade de Fortaleza há um enorme carência de espaços públicos de qualidade, resolvemos condensar ao máximo o programa afim de liberar terreno e assim criar um verdadeiro parque urbano a ser utilizado não só pelos visitantes do museu, mas pelos alunos da UniFor, pelos moradores da comunidade vizinha ao empreendimento e por todos os habitantes de Fortaleza. O Museu de Arte Brasileira está dividido em dois blocos verticais. O primeiro contempla duas salas de exposição, as quais possuem mezaninos para a melhor distribuição dos espaços e a percepção do ambiente de formas diversas. Foram criadas varandas panorâmicas como prolongamento dos mezaninos que sacam do edifício e criam rasgos na malha que o envolve. No terraço, um restaurante e um café são privilegiados com uma visão panorâmica do parque urbano. A praça central atua como um eixo de distribuição dos acessos aos edifícios. Atua também como uma área de espera, de passeio e de convivência. Pela disposição, funciona como túnel de vento e prevê a condição climática. O segundo bloco abriga a biblioteca, sala de pesquisa, as oficinas de arte, o setor administrativo e de serviços.
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