Inteligência Afetiva
na prática
Inspiração Edição n°04
Dezembro/2017 Arte: Luqman Reza
Olá! Chegamos a quarta edição de nossa revista Inteligência Afetiva inspirados! Assim como um dia não é igual ao outro, um ano também não é...temos momentos bons e ruins em nossa vida o tempo todo. Lidar com momentos não tão agradáveis é um aprendizado e qualquer pessoa pode aprender, basta abrir-se para poder perceber seus sentimentos, suas
dificuldades e buscar o melhor caminho para conseguir superar esse momento não tão bom. Desejamos que seu 2018 venha repleto de superações e com muitas possibilidades de novos caminhos.
Grande abraço!
Dra Elizabeth Zamerul Ally – CRM-SP 53.851 Psiquiatra e Psicoterapeuta Mestre em Psicologia e Psiquiatria Especialista em Dependência Química e Dependência Emocional
Neste mês... A importância do autoconhecimento na autoestima
Falando nisso...
Poesia, pra que te quero!
Tolerar nossos erros nos ensina a respeitar nossas emoções
Post do mês
Inspiração, qual é a sua?
Boa leitura!
A importância do autoconhecimento na autoestima
A falta de autoconhecimento resulta em baixa autoestima. Por quê? Uma criança forma sua autoimagem desde o nascimento, observando como é vista e tratada, ou seja, a partir do que os seus modelos de autoridade mais próximos (geralmente os pais) tinham quando cuidaram, ou não, de suas necessidades de alimentação, de segurança, de amor, de respeito e de realizações. Mas, os pais
a
trataram
conforme
suas
possibilidades,
personalidades e os desafios que viviam naquela fase de suas vidas.
A importância do autoconhecimento na autoestima
Muito pouco desta vivência refletia o valor ou o merecimento desta criança que, de acordo com as suas tendências de personalidade e sua precária condição de discernimento, crescerá entendendo que realmente É a imagem que formou de si. Assim se forma o seu ego,
como um conjunto de ideias, vontades e crenças que a movem e desenvolvem sua perspectiva diante da própria vida. Se sua infância e adolescência foram razoavelmente saudáveis, no processo de se tornar adulta, ela tem boa conexão com o self, ou o Si mesmo, de acordo com Jung. Assim, o caminho do autoconhecimento é fácil e ela faz um processo de seleção, separando, aos poucos, como foi vista e tratada do que realmente é. Disto decorre, naturalmente, uma identidade plena e única.
Se assim fizer, centrará seu poder e suas opiniões principalmente em si mesma, fortalecendo-se
e adquirindo boa autoestima para buscar o sucesso nas diferentes áreas.
A importância do autoconhecimento na autoestima
Por outro lado, dependendo da fragilidade do seu ego, não completará este processo de individuação e continuará colocando o poder do seu bem estar e de suas realizações no outro, avaliando o seu valor pelo olhar e tratamento deles. Além disto, ela pode projetar a autoridade dos pais em pessoas do seu convívio mais próximo, como um namorado, o marido, o chefe, onde
buscará toda a aprovação, aceitação e afeto que não recebeu antes. Este é o processo de tornar-se manipulável, desrespeitada e abusada.
A importância do autoconhecimento na autoestima
O que fazer, nestes casos? Culpar os pais? Certamente não. Importante é assumir a responsabilidade de completar o processo de individuação através do autoconhecimento, observando-se e, corajosamente, corrigindo rotas, isto é, conectar-se com o seu verdadeiro
eu
que
pode
perfeitamente
suprir
a
aceitação, o amparo, o amor e tem todas as melhores respostas pra sua vida.
Arte: Lucy Campbell
Autora: Dra. Elizabeth Zamerul Ally, médica psiquiatra e psicoterapeuta. Especialista em Dependência Química e Codependência. Mestre em Psiquiatria e Psicologia.
Falando nisso... “Quando as dores podem ser descobertas, sentidas, compreendidas, aí, sim, elas podem cicatrizar. Antes de ser cicatriz, uma história pode ser sintoma, fantasma, fantasia, repetição de fracassos, vazio. Tudo isso são embriões de histórias verdadeiras com
pessoas verdadeiras. História é experiência apreendida. Cicatriz é marca de história vivida.” (Evelin Pestana, www.casaaberta.art.br, Psicanalise e Arte)
Poesia, pra que te quero? Li em algum lugar que: “A arte existe porque a vida transborda”. Talvez tudo aquilo que está dentro de nós e não conseguimos expressar de outra forma que não
seja através da arte. Separamos alguns breves poemas da Dra. Ana Claudia Quintana, médica geriatra, especialista em Cuidados Paliativos, autora do livro de poemas “Linhas Pares” (Scortecci Editora, 2012). Suspiro Um minuto de silêncio: Preciso ouvir meu coração cantar Prazer O maior prazer da realização humana é ser. Sem ninguém mais precisar dizer quem você é. Pedra de água Não quero ser pedra, quero ser água. Água encontra seu espaço, pedra tropeça. Vida sem poesia é de pedra, sem ar.
Tolerar nossos erros nos ensina a respeitar nossas emoções Em nossa cultura o erro está relacionado à inferioridade
Errar é inevitável e todos nós podemos cometer algum engano em algum momento. Admitir nossos erros nos ajuda a nos respeitar e nos aceitar como seres humanos em um constante aprendizado. Por que achamos que sempre temos razão? Por que sentimos prazer em dizer: “Eu não lhe disse”? “Eu estava certa sobre isso...” Por que é tão difícil admitir nossos erros? Porque ao admitir um erro incomodamos o ego negativo que sempre quer estar no controle e no poder. Para o ego, admitir o erro está associado à fraqueza ou ignorância.
Tolerar nossos erros nos ensina a respeitar nossas emoções Porém, pelo contrário, ter a atitude de aceitar que falhamos, mostra que somos fortes e ao mesmo tempo, humildes. Ser humilde não é humilhar-se. Ser humilde é
compreender que somos imperfeitos. É aceitar nossa própria
natureza,
com
tolerância
e
bondade.
Não é ser conivente com nossos erros, mas aprender com eles, com paciência e caridade conosco.
Quem não admite seus erros, alimenta cada vez mais o ego negativo que fica sempre na defensiva, sem querer aceitar que errou. Torna-se agressivo e sempre coloca a culpa nos outros, na vida, nos acontecimentos.
Como não tolera os próprios erros, não tolera também os erros dos outros e está constantemente cobrando e reclamando. Torna-se rígido, autoritário, inflexível, difícil de se conviver, pois não aceita nem os pequenos erros das outras pessoas. Não consegue assumir as próprias falhas, mas quer que os outros admitam as suas e se desculpem. Se alguém discordar de seus pontos de vista, logo considera que o outro é ignorante ou incompetente. E, fala de maneira agressiva, humilhando e criticando.
Tolerar nossos erros nos ensina a respeitar nossas emoções Mas se achar que o outro é inteligente, considera que ele é do contra porque não admite que alguém pense de maneira diferente.
Quem tem esse ego autoritário, não se aceita e gostaria de ser diferente tanto fisicamente, como emocionalmente. Não pode admitir seus erros, pois internamente, se culpa, se cobra muito, querendo ser melhor do que é. Geralmente se compara com as outras pessoas, se diminuindo ou querendo ser como elas, portanto custa muito a admitir seus erros, porque acha que isso seria mostrar suas fraquezas e emoções.
Porém, a maneira de abandonar essas carências e baixa
autoestima, é aceitar-se emocionalmente, é aceitar que pode errar. É aceitar que errar é humano e natural. Kathryn Schulz, a autora do livro: Por que Erramos - O Lado Positivo do Erro (Ed. Larousse), diz que tolerar nossos erros é aprender a respeitar nossas próprias
Tolerar nossos erros nos ensina a respeitar nossas emoções emoções. Diz que em nossa sociedade ocidental existem duas ideias contraditórias. A primeira ideia é que as pessoas que erram são consideradas burras, ignorantes e irresponsáveis. E a segunda, é que todos nós somos passíveis de falhas e que errar faz parte da natureza humana.
Ela afirma que, em nossa cultura, o erro está relacionado à inferioridade e a pessoa pensa que admitir o erro é se humilhar. Diz que a solução seria mudar a relevância. Ou seja, seria necessário minimizar a ideia de que quem
comete um erro é um idiota e enfatizar a ideia de que errar é humano. Apesar de sermos inteligentes e brilhantes, nossas mentes são incapazes de prever tudo, e errar é inevitável. No trabalho e nas empresas, é cobrada muita eficiência dos funcionários e geralmente o erro é considerado falta de competência. Mas quando existe isso, as pessoas perdem a motivação, a criatividade e vão se tornando inseguras, e acabam errando ainda mais. Para Kathryn, a
Tolerar nossos erros nos ensina a respeitar nossas emoções solução seria criar um ambiente em que seja aceitável errar, buscando o equilíbrio e estabelecer medidas para
que os erros não se tornem tão problemáticos para a empresa. Purifique o ego negativo A Filosofia do Yoga nos
ensina a purificar o ego negativo e criar um ego positivo, que possa nos conduzir ao Ser interior, nossa verdadeira fonte de sabedoria e perfeição. É importante compreender que senão admitir seus erros, está priorizando seu ego negativo e não poderá melhorar. Em vez disso, continuará errando nas mesmas coisas e, alimentando o poder desse ego, que tira a espontaneidade e alegria. Agir sem agressividade e saber lidar com as próprias falhas, é saber lidar e suportar as próprias emoções. É superar o medo de se expor, superar a vergonha, a timidez, é saber aceitar as criticas.
Tolerar nossos erros nos ensina a respeitar nossas emoções Muitas vezes, somos iludidos por crenças que nos foram impostas pela família, pela religião, pela educação e sociedade. Nós nos apegamos a essas convicções que achamos serem verdadeiras, porque é confortável para nós ter a mesma opinião, nos sentir seguros perante os outros e estar inseridos em um determinado grupo. Mas, é importante se libertar desses conceitos e crenças que nos foram impostas e nos tornar um buscador de nossos próprios caminhos. Buscar o autoconhecimento e autoapreciação.
As pessoas mais próximas a nós, como nossos pais e
familiares, são as que têm menos poder de nos fazer ver nossas falhas e de mudar nossa opinião. Somos resistentes e não queremos ouvir seus conselhos. É mais fácil aceitar a opinião de um estranho, de um amigo ou de um professor. Muitos conflitos surgem no casamento, pois devido à convivência, os casados têm de tomar várias decisões todos os dias, e muitas vezes, um pensa diferente do outro.
Tolerar nossos erros nos ensina a respeitar nossas emoções E, assim, apesar do amor romântico, um casal pode brigar, porque um quer convencer o outro que ele está certo. Desse modo, cada um tem que negociar para haver menos discussões. Sem renúncia de ambos os lados, sem aceitar as opiniões diferentes, sem tolerância pelos erros do outro, não há um relacionamento harmonioso.
Aprenda sem culpa
No livro A Arte da Felicidade, Dalai Lama ensina como reconhecer nossos erros sem culpa. Ele afirma de uma maneira muito clara e objetiva: “Produtos de um mundo imperfeito, todos nós somos imperfeitos. Cada um de nós
fez algo de errado. Há coisas que lamentamos – coisas que fizemos ou que deveríamos ter feito. Reconhecer nossos erros com um verdadeiro sentimento de remorso pode servir para nos manter na linha na vida e pode nos estimular a corrigir nossos erros quando possível e dar os passos necessários para agir corretamente no futuro. Porém, se permitirmos que nosso remorso degenere, transformando-se em culpa excessiva, se nos agarrarmos
Tolerar nossos erros nos ensina a respeitar nossas emoções à lembrança de nossas transgressões passadas com uma contínua atitude de censura e ódio a nós mesmos, isso não leva a nenhum objetivo, a não ser o de representar uma fonte implacável de autopunição e de sofrimento induzido por nós mesmos.” Contemple essas sábias palavras de Dalai Lama e aprenda com seus erros, sem culpa, e sem angústias. Não se diminua. Não permita que isso impeça você de avançar e progredir. Um erro não pode se tornar uma fonte de desânimo, de depressão ou atrapalhar o seu modo de conduzir a vida dando o melhor de você.
por Emilce Shrividya Starling
AUTOCONHECIMENTO – coluna no UOL – Vya Estelar
Post do mês “Você não pode depender de outra pessoa para ser feliz, porque nenhum relacionamento lhe dará a
paz que você não criou dentro de si mesmo” Buda
“Também poderíamos definir como dependência emocional de outra pessoa. Pode ser um relacionamento a dois ou familiar, em relação a um filho, um pai, etc. E o resultado disto tudo é sofrer, isto é, ansiedade, preocupação, insônia, falta de paz interior, causando relacionamentos cujos objetivos de prazer e gratificação são recorrentemente sabotados.” Dra Elizabeth Zamerul – Sinais de Codependência http://www.dependenciaecodependencia.com.br/artigos.php?id=2 6&tit=Sinais-de-Codependencia
Inspiração, qual é a sua? Algumas pessoas gentilmente aceitaram nosso convite e partilharam conosco suas histórias, pensamentos e reflexões sobre o que lhes inspira.
Agradecemos à elas por nos emprestarem
seu olhar por um instante.
“O que te inspira?”
O verbo inspirar vem de inspiração, ou seja, da capacidade de criar algo, desenvolver uma ideia ou uma obra de arte, mas também nos remete ao fazer algo, cozinhar, sair com amigos... Mas inspirar, fisicamente falando, é encher os pulmões de ar, dar aquela respirada profunda. Respirar porque o oxigênio é combustível não apenas dos poetas ou dos pintores. Para viver é preciso de doses diárias de inspiração: para trabalhar, para encontrar pessoas e até para sair da cama quando a inspiração é justamente a contrária: ficar na cama até tarde.
Inspiração, qual é a sua?
E como uma coisa puxa a outra ou as duas são iguais, o que me inspira é o próprio respirar. Respirar para sentir a vida que ultrapassa os pulmões e leva
energia para todo o corpo. Respirar para enfrentar o cansaço, respirar para não dar uma resposta atravessada em um dia de estresse, respirar para começar uma atividade e também respirar para sentir a alegria de viver. Respirar e deixar a inspiração fluir para que esta chegue ao cérebro varrendo os pensamentos ruins e energizando os bons. Nada é mais inspirador que a própria vida em sua simples essência: respirar!
Daia Florios Atua na redação da greenMe, que é uma revista brasileira online, de informação e opinião, onde o tema principal é o
estilo de vida sustentável. https://www.greenme.com.br/
“Relato de algo que tenha me inspirado e feito a diferença em minha vida.” Meu nome é José Alberto Orsi, sou ítalo-brasileiro, engenheiro
civil
por
formação
e
portador
de
esquizoafetividade. Desde criança estive envolvido com o mundo das artes, especialmente desenho e pintura. Eu fazia estórias em quadrinhos e charges, e cursei o curso de Criação
e
Ilustração
da
Escola
Panamericana
de Arte. Na faculdade (POLI-USP), fui coordenador e mentor
da Semana de Arte da Poli, um evento que se realizou em 1989 e se perpetua até hoje, e Diretor de Estágio e PósGraduação do Grêmio Politécnico. Depois de formado, apesar de trabalhar como gerente de campo em uma empresa de gerenciamento e fiscalização de construção civil, cursei o ateliê de pintura do artista Paulo Nesadal Vieira, e aulas de modelo vivo nu na Pinacoteca do Estado, em São Paulo, coordenado
pelo artista plástico Antônio Novais.
Inspiração, Inspiração,qual qualé éaasua? sua?
Adotei o nome artístico de José Santalucia, em homenagem ai meu avô materno, e participei de diversas vernissages e exposições em museus e galerias de arte. Devido a problemas psiquiátricos, afastei-me do meu emprego e do fazer artístico no período de 1995 a 2000, época em que residi no Mississipi, Flórida e Washington (EUA), obtendo uma pós-graduação (MBA) na University of Southern Mississippi, e trabalhei na matriz da Microsoft Inc. De volta ao Brasil, em
2000, iniciei atividades de terapia
ocupacional no ateliê Bricouler, da T.O, Maria Regina Marques, e também
na Santa Casa de Misericórdia de São
aonde fazia tratamento psiquiátrico, na Vila Mariana.
Paulo,
Inspiração, Inspiração,qual qualé éaasua? sua? Em 2009, ganhei o primeiro lugar o concurso nacional de pintura organizado pelo laboratório farmacêutico JanssenCilag. Em 2011, iniciei uma parceria entre a ABRE (ONG que atua na área de saúde mental, da qual sou Diretor Tesoureiro) e a Associação Paulista de Belas Artes (APBA) um ateliê de desenho e pintura, aberto pessoas com transtorno mental e o público em geral, ministrado pelo pintor Ademir Gomes Cruz e coordenado por mim, que durou até o
final de 2014.
Obra de José Orsi 1º lugar Concurso Nacional Janssen-Cilag Título: “Vera”
Inspiração, Inspiração, qual qual éé aa sua? sua? Em 2015, junto com a minha supervisora, Cecília Cruz Villares, organizamos no âmbito da ABRE e do PROESQ (Programa de Esquizofrenia do Departamento de Psiquiatria da Escola Paulista de Medicina (Universidade Federal de São Paulo - Unifesp) o Laboratório de Criação Casa Azul (LACCA), que tem oficinas culturais e artísticas, tais como: Mindfulness, Dança do Ventre, Escrita, Filosofia, Yoga, Música, Artes Plásticas, Arranjos Florais, Insights, Fotografia, Teatro, Tai Chi Chuan, Inglês e Informática, aberto a pessoas que têm transtorno mental e o público em geral. Essas atividades vêm sendo realizadas com grande sucesso até a presente data.
Inspiração, Inspiração,qual qualé éaasua? sua? As artes plásticas, em especial o desenho e pintura, sempre foram importantes para mim, muito antes de eu adoecer psiquicamente. Elas sempre me proporcionaram uma seara e campo para expandir a minha criatividade e tornar a minha Vida mais lúdica. Essas atividades me proporcionaram de forma contínua e perene uma alegria ao meu viver, e me ajudam na superação do meu transtorno mental. A arte de certa forma “salvou” minha Vida por me possibilitar explorar toda a minha capacidade humana, existencial, dando um sentido significativo na minha jornada nesse pequeno planeta azul.
Obra de Eduardo Srur Tema: “A arte salva”
Inspiração, Inspiração,qual qualé éaasua? sua? Atualmente, eu atuo como coordenador do LACCA e da Comunidade de Fala (CDF), que é formado por um grupo de pessoas que têm transtorno mentais graves
diversos e ministram palestras para o público em geral, portadores, profissionais de diversas áreas, em CAPS, hospitais psiquiátricos, faculdades e universidades e até na Câmara Municipal de Vereadores e Assembleia Legislativa.
Recentemente, fui contatado por um artista plástico, que é psicólogo, que me convidou para conhecer o ateliê dele e eventualmente ajudá-lo a organizar e trabalhar com arte à maneira de Nise da Silveira. Contudo, isso é por enquanto apenas um projeto, não um trabalho exercido atualmente.
Verônica Lapa sem nome, sem data (Acervo Nise da Silveira)
Inspiração, a sua? Inspiração, qualqual é aésua? No segundo semestre de 2015, iniciei um programa de mestrado em saúde mental, no Departamento de Psiquiatria e Psicologia Médica na Escola Paulista de Medicina (Unifesp), e atualmente eu tenho inclusive planos, se for bem sucedido nessa empreitada, fazer um PhD.
Tenho muitos outros projetos em mente, como estruturar um Recovery College, montar uma empresa no terceiro setor que seja composta por pessoas com transtorno mental, e, talvez, retornar à área de engenharia civil, em tempo parcial.
José Orsi Para conhecer um pouco mais acesse: http://site.abrebrasil.org.br/a-abre/projetos/laboratorio-de-criacao-casaazul-lacca/
“A Erótica da Alma” Nascida em 13 de dezembro de 1935, a mineira de Divinópolis
Adélia
Luzia
Prado
de
Freitas,
ou
simplesmente Adélia Prado, como é conhecida, é uma poetisa, professora, filósofa e contista brasileira ligada ao Modernismo. Entre suas principais obras estão:
“O Homem da Mão Seca”, “O Coração Disparado”, “Terra de Santa Cruz”, “O Pelicano”, “A Faca no Peito”, “Filandras” e “Bagagem”, seu livro de estreia composto por uma coletânea de poesia muito elogiadas por Carlos Drummond de Andrade, que definia a produção da autora como “Fenomenal”. Os textos literários de Adélia Prado versam sobre o cotidiano, sobre a fé cristã, alegria e sobre a figura da mulher. Escolhemos este texto de Adélia muito inspirador, para compartilhar aqui com vocês:
Inspiração, qual é a sua? “A Erótica da Alma”
Todos vamos envelhecer…
Querendo ou não, iremos todos envelhecer. As pernas irão pesar, a coluna doer, o colesterol aumentar.
A imagem no espelho irá se alterar gradativamente e perderemos estatura, lábios e cabelos. A boa notícia é que a alma pode permanecer com o humor dos dez, o viço dos vinte e o erotismo dos trinta anos. O segredo não é reformar por fora. É, acima de tudo, renovar a mobília interior: tirar o pó, dar brilho, trocar o estofado, abrir as janelas, arejar o ambiente. Porque o tempo, invariavelmente, irá corroer o exterior. E, quando ocorrer, o alicerce precisa estar forte para suportar.
Erótica é a alma que se diverte, que se perdoa, que ri de si mesma e faz as pazes com sua história. Que usa a espontaneidade pra ser sensual, que se despe de preconceitos, intolerâncias, desafetos.
Inspiração, qual é a sua? Erótica é a alma que aceita a passagem do tempo com leveza e conserva o bom humor apesar dos vincos em torno dos olhos e o código de barras acima dos lábios. Erótica é a alma que não esconde seus defeitos, que não se culpa pela passagem do tempo. Erótica é a alma que aceita suas dores, atravessa seu
deserto e ama sem pudores. Aprenda: bisturi algum vai dar conta do buraco de uma alma negligenciada anos a fio. Adélia Prado
Biografia:
https://www.infoescola.com/biografias/adelia-prado/ Texto publicado originalmente: http://www.revistapazes.com/erotica-da-alma-por-adelia-prado/
Em 2018 voltaremos com
mais novidades para vocês! Temos projeto de cursos on-line sobre codependência, dependência química e muitos outros temas que nos vem sendo solicitado.
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