O Cidadão nº 57 - Eleições 2008

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O Cidadão

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RIO DE JANEIRO • ANO IX • Nº57 • AGOSTO/SETEMBRO 2008

Eleições 2008 Moradores demonstram insatisfação com políticos que vêm à comunidade, apenas, para disputar votos

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Supletivo, opção de ensino

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Poluição prejudica canais

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Saúde: cuidado com os rins

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A história de Luther King


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EDITORIAL

Eleição, a hora de mudar!

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aúde, educação, transporte e segurança são itens essenciais à vida de qualquer indivíduo. De acordo com a Declaração dos Direitos Humanos, artigo 21, toda pessoa tem o direito de tomar parte no governo de seu país, diretamente ou por intermédio de representantes livremente escolhidos. E é nas eleições que o brasileiro tem a oportunidade de mudar a sua realidade e de exercer seus direitos, com o voto. Por isso, antes de votar é preciso analisar o histórico do candidato, com isso será possível avaliar se ele está capacitado ou não para ocupar o cargo e tomar decisões por cada um de nós. Infelizmente, muito brasileiro não tem a consciência do poder que tem em mãos. Ao votar em branco o eleitor demonstra estar satisfeito com qualquer um que assuma o poder, sendo um ato de conformismo. Ou seja, o voto vai para o candidato que está ganhando. Já o voto nulo é uma forma de protesto, e mostra que o eleitor não está satisfeito com a proposta dos candidatos. Votar nulo permite ao

eleitor manifestar a sua indignação. Mas é preciso e necessário escolher bons candidatos, para que haja avanços sociais e econômicos para todos os cidadãos. A educação é a porta para o desenvolvimento social e econômico de um país. Por isso, O CIDADÃO tem como uma de suas matérias o supletivo, forma encontrada por muitos moradores para a conclusão dos estudos. A poluição dos canais que cortam a comunidade, também é tema de nossa edição. Eles muitas vezes estão cheios de lixo, devido à falta de consciência de alguns moradores. O jornal tem matérias interessantes que mostram o cotidiano da Maré. Na editoria de saúde é feito um alerta para a necessidade da prevenção de doenças relacionadas aos rins. E a edição está cheia de novidades, como a estréia de uma série Saúde na Gravidez, na qual assuntos relacionados ao bem estar da grávida e de seu bebê serão abordados, e o primeiro tema é a importância da amamentação. O CIDADÃO tem muito mais. Boa Leitura!

O CIDADÃO é uma publicação do CEASM Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré Sede Timbau: Praça dos Caetés, 7 - Morro do Timbau Telefone: 2561-4604 Site: www.ceasm.org.br

Direção Antonio Carlos Vieira • Cláudia Rose Ribeiro Maristela Klem • Lourenço Cezar Coordenadora de Comunicação: Carla Baiense Editora: Cristiane Barbalho Chefe de Reportagem: Silvana Sá Revisão: Audrey Barbalho Administração: Fabiana Gomes Reportagem: Cristiane Barbalho Gizele Martins • Renata Souza Julie Alves • Silvana Sá Douglas Baptista Repórter Fotográfico: Renato Rosa Colaborou nesta edição: Vânia Bento Jornalista Responsável: Renata Souza (Mtb. 29150/RJ) Ilustrações: Jhenri Contato Comercial: Elisiane Alcântara

ELES LÊEM O CIDADÃO

Projeto Gráfico: José Carlos Bezerra FOTOS DE RENATO ROSA

Diagramação e Editoração Eletrônica: Fabiana Gomes e José Carlos Bezerra Criação do Logotipo: Rosinaldo Lourenço Foto de Capa: Steve Woods Distribuição: José Diego dos Santos (coordenador) Ana Carla Almeida • Charles Alves Givanildo Nascimento • Raimunda Canuto José Henrique Gomes • Joelson Bandeira Fotolitos / Impressão: Ediouro Tiragem: 20 mil exemplares Telefone: (21) 3868-4007

Acima, Vanessa de Salles, de 23 anos, moradora da Vila do Pinheiro, à direita, Vilma de Souza, de 44 anos, moradora do Parque União

A impressão deste Jornal foi possível graças ao apoio da Rua Nova Jerusalém, 345 Bonsucesso

Tel:3882-8200 / Fax:2280-2432

Correio eletrônico: jornalmares@bol.com.br jornaldamare@yahoo.com.br


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EDUCAÇÃO

Educação rápida

O curso supletivo é a apção para quem deseja concluir os estudos em pouco tempo

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entre os que escolhem fazer um curso supletivo, existem aqueles que foram obrigados a abandonar os estudos por diversos motivos. O mais comum é a necessidade de trabalhar muito cedo, que acaba obrigando o jovem a decidir entre ajudar a família e seguir nos estudos. São pessoas que ainda trabalham e que estão muitos anos sem estudar. Para essas pessoas, o supletivo é a opção, já que em seis meses podem concluir todos os anos do Ensino Fundamental ou Médio. Para Maria Imaculada da Silva, de 53 anos, aluna do pré-vestibular do Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré (Ceasm), o supletivo foi uma conquista “Eu tinha uma vontade muito grande de aprender, o que eu não pude fazer na minha infância e adolescência por motivo de trabalho. Depois, já casada e com meus filhos criados, decidi voltar a estudar e naquele momento era válido. Porém, depois que entrei no pré-vestibular, percebi que não supriu a necessidade, pois saí de lá com muita dificuldade”, comenta.

“... já estava muito trasado e para ganhar tempo decidi fazer o supletivo” Francisco Valdean Morador da Baixa do Sapateiro A O ROS RENAT

Francisco Valdean dos Santos, de 27 anos, morador da Baixa do sapateiro, e aluno de Ciências Sociais na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) conta porque decidiu fazer o supletivo. “Eu estava com dezessete anos e só tinha até a quarta série. Tinha um pouco de receio pela minha idade, e ter que estudar com crianças novamente não me agradava. Além disso, já estava muito atrasado e para ganhar tempo decidi fazer o supletivo. Mas, se pudesse, teria feito pelo método normal, porque com o supletivo se acaba queimando etapas. É pouco tempo pra muita matéria”, diz.

Serviço Para os moradores que quiserem concluir os estudos através de supletivo, é possível encontrar locais dentro da própria comunidade. Um deles é o CIEP Ministro Gustavo Capanema, na Vila do Pinheiro, que tem aulas de segunda a sexta-feira, das 18:00 às 21:30. Maiores informações pelos telefones 2230-3835 ou 2290-0588 A Associação de Moradores da Baixa do Sapateiro oferece além do supletivo curso de aceleração para jovens com bolsa auxílio. Existe também uma proposta de criar uma turma de alfabetização para adultos. O telefone da associação é 2290-1092 Uma outra opção é o CIEP Professor César Pernetta, no Parque União. Os moradores podem tirar dúvidas pelo telefone 38678522.


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GERAL

FOTOS DE RENATO ROSA

Canais Poluídos

Valões trazem transtorno às Comunidades, devido à falta de limpeza

O

s valões que ficam na Maré têm gerado grandes problemas aos moradores. Muitos reclamam do excesso de lixo, da grama e vegetação que não são cortadas, dos ratos e insetos que podem causar dano a saúde dos mareenses.

“As pessoas jogam lixo e não respeitam, está horrível” Regina Barros Moradora da Vila dos Pinheiros Um desses valões é o que passa pela Vila do Pinheiro, Vila do João e Conjunto Esperança. Para a moradora da Vila do Pinheiro, Maristane de Lau, de 38 anos, um dos grandes problemas é a sujeira. “Acho que tem que limpar, pois está trazendo doenças. As pessoas jogam lixo e não respeitam, está horrível”, diz. Outra moradora da Vila do Pinheiro, Regina Barros, de 51 anos, reclama do descaso com a limpeza e sugere que o fumacê passe com freqüência.

Outro problema é a presença de caramujos que ficam no valão da Vila do João. Cirlene Mandes da Silva, de 30 anos, moradora do local alerta sobre o assunto.“Aqui tem muitos ratos e os caramujos que circulam aqui são constantes, causando até doenças. O mau-cheiro é horrível. Tem muito lixo e até animais mortos dentro O excesso de sujeira no canal da Vila do João pode causar inundação do valão”, afirma. Segundo Segundo o presidente da associação de Fátima da Silva, de 35 anos, moradora do moradores da Baixa do Sapateiro Charles Conjunto Esperança, os valões não são draGonçalves Guimarães, de 48 anos, foi imgados, e por isso, encontram-se sujos com plantado um projeto nos valões da Baixa. focos de mosquitos, caramujos e ratos. “Esse projeto é da secretaria do meio amPara Sergio Santos, de 35 anos, morabiente e se chama Guardião de Rio. Ele atua dor da Baixa do Sapateiro, o valão da rena limpeza dos valões e existe há três anos e gião pode melhorar se tampar. “Fora isso funciona diariamente. O projeto não foi imestá tudo bem, pois já foi pior, mas teve muitas melhoras”, diz. Para o também morador da Baixa, Manoel Cosme, de 73 anos, o que falta é uma ponte. “Acredito que seja bom a construção, pois vai melhorar a travessia entre a minha comunidade e a Nova Holanda”, comenta.

“O mau-cheiro é horrível. Tem muito lixo e até animais mortos dentro do valão” Cirlene Mandes da Silva Moradora da Vila do João

Valão da Vila do João, ponto próximo a igreja São José Operário, lixo e mato fazem parte do cenário

plantado no da divisa, mas sempre estamos trabalhando com a limpeza, e os moradores estão bem satisfeitos”, afirma. Segundo Marco Antonio Barcellos Gomes, de 47 anos, presidente da Associação de Moradores da Vila do João, vários ofícios foram enviados para o órgão responsável e nenhuma resposta foi obitda. “Há nove anos não há limpeza nos valões. Há três meses a associação com alguns moradores promove um mutirão para capinar e fazer a limpeza. Pedimos o apoio deste grande jornal, tentando sensibilizar as autoridades para que mande uma equipe para limpar o canal”, afirma.


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GERAL

FOTOS DE JULIE ALVES

Depois de 40 anos... enfim, a terra prometida A Paróquia Nossa Senhora da Paz, no Parque União, adquire um terreno de 254 mil metros quadrados, na entrada da comunidade

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m maio, os fiéis da Paróquia Nossa Senhora da Paz, no Parque União, ganharam um terreno após 40 anos de espera. O espaço é próximo a Avenida Brasil e será sede do Santuário de São Paulo Apóstolo e Paróquia Nossa Senhora da Paz, sendo o primeiro em uma comunidade. Segundo o padre Damasceno Penna, de 45 anos, o que mais o deixa impressionado é a força com que o povo encara desafios e sonha. “É bom saber que poderemos despertar uma cultura eucarística, a vida está sendo agredida de forma perversa e impensável. Precisamos resgatar a dignidade das pessoas”, conta. Para Sandra Godoy e seu esposo Aroldo Nascimento, que participam do grupo de casais e freqüentam a paróquia desde 1989, o espaço físico era o que mais atrapalhava os trabalhos realizados pela igreja. “Todos os nossos trabalhos tinham que ser feitos na rua, tendo que pedir vizinhos para tirarem carros e permissão para colocar barracas, agora te-

Acima, Missa em ação de graças pelo novo terreno que será o futuro Santuário de São Paulo Apóstolo e Paróquia Nossa Senhora da Paz, no Parque União. À esquerda, integrantes da Igreja em manifestação de alegria pela nova conquista

remos o nosso espaço”, conclui Sandra. Para Aroldo, a possibilidade de trazer pessoas novas é o melhor de tudo isso. “Com a igreja na entrada da comunidade, será mais fácil evangelizar pessoas que não são moradores daqui”, afirma. Josefa Jales, de 64 anos, ministra da Eucaristia e coordenadora da Campanha da Fraternidade, está na paróquia desde 1962 e já foi responsável pelas ofertas e por tudo que a igreja precisasse. Hoje, trabalha na pastoral de favelas na Ar-

Acima, fiés reunidos no terreno do futuro Santuário. À direita, padre Damasceno celebrando Missa para os seus paroquianos

quidiocese e na equipe do batismo. Segundo ela, o que vai mudar é o espaço físico, mas o trabalho continuará o mesmo. “O que me deixa feliz com tudo isso é o trabalho missionário que será realizado”, diz. Para ela, a vitória é atribuída a Deus e aos fiéis da paróquia. Eles acreditaram no novo e não deixaram de ter fé”, conclui. História Em 1967, o Parque União foi presenteado com a pequena capela Nossa Senhora Rainha do Céu e o Menino Jesus de Praga, na Rua da Paz. Alguns anos depois passou a se chamar Paróquia Nossa Senhora da Paz. Segundo padre Damasceno, foram cinco anos de busca por um novo terreno até que o de 254 mil m² a beira da Avenida Brasil foi adquirido. “Quando pisei aqui pela primeira vez disse que aprenderia a ser padre, e hoje vejo o quanto a história da capela se configura com a linda história da comunidade”, diz .


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PERFIL

Um sonho de menino Morador do Parque União atinge seu objetivo de jogar em grandes clubes ARQUIVO PESSOAL

“À

s vezes, a gente se sente desmotivado pelos problemas que aparecem, mas quando temos um sonho, corremos atrás dele por mais difícil que ele seja”. É o que diz o jogador do São Cristóvão de Futebol e Regatas, Francisco Flávio de Souza, de 19 anos, morador do Parque União. Segundo Flávio, tudo começou quando ele ainda era adolescente. “Entrei numa escolinha de futebol para disputar um campeonato. Depois, fiz testes e gostaram de mim. Passei por uma avaliação durante um mês, e foi aí que tudo começou”, conta. Com isso, não parou mais de jogar, e com apenas 19 anos, já atuou no

É complicado, a vida de jogador não é fácil, mas vou esperar pelo que a vida tem reservado para mim Clube de Regatas Vasco da Gama, América Futebol Clube, São Cristóvão de Futebol e Regatas, e atualmente está na Botafogo. Segundo o jogador, realizar um sonho quando não se tem condições é muito difícil. “Lembro que muitas vezes não tinha dinheiro nem para pagar passagem. Mas meus familiares e amigos me ajudaram, e até hoje, continuam me apoiando”, diz. Ele expõe, ainda, que o mais difícil é ser aprovado em uma seleção. E, também, quando se tem que disputar vaga com os próprios amigos. “É complicado, a vida de jogador não é fácil, mas vou esperar pelo que a vida tem reservado para mim”, afirma. Flávio ainda ressalta sua paixão pelo futebol e os sonhos que pretende realizar com a ajuda dele. “Eu amo esse esporte. Meu objetivo é jogar num clube grande. Pretendo seguir essa carreira. Os treinos são todos os dias, começam às 15h e vão até às 17h é preciso muito empenho”, afirma.

Flávio, com a equipe do São Cristóvão de Futebol e Regatas, na sede do clube, em São Cristóvão

Flávio já conquistou alguns títulos durante sua carreira. “Ganhei um título da Copa São Paulo, pelo Barueri. Também fui campeão da Copa de Divisão de Acesso Carioca pelo São Cristóvão. E, fui vice-campeão do Campeonato Carioca, pelo Vasco da Gama”. Ele relata a emoção que sentiu quando dividiu o campo com jogadores que via apenas pela televisão. “Em 98, vi Romário ser campeão na Copa do Mundo, e em 2007 dividi o campo com ele e outros jogadores. Isso foi muito bom, foi uma grande emoção”, conta. O jogador deixa um recado

Eu amo esse esporte. Meu objetivo é jogar num clube grande para aqueles que desejam seguir esta carreira. “O caminho de um jogador é curto. Quem tenciona seguir esta área tem que ter a cabeça no lugar, pois um dia você pode estar ganhando muito e no outro nada”, conclui.

RE NA TO RO SA


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NAS REDES DO CEASM

VÂNIA BENTO

Academia do Concurso Público, no Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré, opção para os moradores da comunidade que desejam ingressar no serviço público

Concursos públicos na Maré Curso via satélite, facilita vida de moradores que almejam um emprego público

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om menos de um ano o projeto Academia do Concurso Público, localizado no Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré (CEASM), permitiu a entrada de moradores da comunidade no serviço público. Mais de três pessoas passaram nos últimos concursos. O curso é da Academia de Concursos e é realizada via satélite. Atualmente, ele funciona com duas turmas à noite, e outra nos finais de semana. Flávio Ramos, de 26 anos, coordenador do projeto e morador da Vila do Pinheiro, explica o funcionamento da maratona. “As aulas são ao vivo e as dúvidas também são tiradas ao vivo pelo skape ou por e-mail, e em 10 minutos já temos a resposta”, diz. Segundo ele, o material didático para auxílio dos alunos é adquirido dentro do curso. Para o aluno Elton Jonh, de 32 anos, morador do morro do Timbau, as aulas

COMO VOVÓ JÁ DIZIA

são muito importantes. “Com o conhecimento que venho adquirindo aqui posso aplicar nas provas que fizer. E com isso, espero conseguir um crescimento profis-

“As aulas são ao vivo pelo skape ou por e-mail, e em 10 minutos já temos a resposta” Flávio Ramos Coordenador do projeto sional para concorrer ao mercado de trabalho”, diz. Ainda segundo ele, sua vida melhorou com o curso. “Fiz a prova para os bombeiros, e consegui a classificação. E

as pessoas que quiserem passar em algum concurso ou em qualquer prova têm que se dedicar. Para passar não depende apenas da academia que faz, depende principalmente do aluno. Este curso é muito bom, mas o aluno tem que estudar também. Ele precisa fazer a parte dele”, conta. Para Jéferson Almeida, de 28 anos, morador da Vila do João, que já fez provas para TRT, TJ e agora está prestando para PRF e Petrobrás, um curso como este dentro da comunidade, é uma revolução diante da exclusão que toda a sociedade passa. “Esta é uma excelente oportunidade de entrar no mercado de trabalho”, afirma. Para fazer parte do projeto os interessados devem ir até a secretaria do Ceasm, ou ligar para 2561-4604. É cobrada uma taxa simbólica de R$ 20,00, sendo somente para os moradores da comunidade.

Dicas para amamentar

• Não passar nada no bico, nem na aréola do peito; • Limpar o seio apenas com o próprio leite ou com água normal; • Retirar sempre o excesso de

leite antes e após a mamada, especialmente nos primeiros dias, assim manterá o seio macio, fácil do bebê abocanhar; • Tomar sol e manter o seio bem arejado poderá evitar as fissuras.

Para tratar as fissuras, o melhor é passar o próprio leite no local, deixar arejar e sempre que puder tomar sol. Fonte: Ong Amigas do Peito


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10 ACONTECEU NA MARÉ

Mídia Livre Jovens da Maré e de outras comunidades do Rio de Janeiro estiveram durante os dias 14 e 15 de junho no I Fórum de Mídia Livre que ocorreu na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O objetivo do encontro foi o de discutir a democratização e a garantia dos direitos da comunicação, a diversidade informativa, entre outros temas ligados a esta área da comunicação social. Diversas pessoas estiveram presentes, umas delas a jornalista Naira Hofmeister, que trabalha na revista “JÁ Editores”, de Porto Alegre. “Estou aqui, porque temos dois objetivos. O primeiro é a questão do financiamento. Que é o de conseguir uma lei para evitar pressão dos governantes e evitar que nós façamos o jogo deles, ou seja, fazer o que eles querem. E a segunda é a formação de uma rede de comunicação, pois no Rio Grande do Sul estamos isolados”, diz.

Forró na Lona Quem gosta de forró não perdeu a oportunidade de curtir a banda Forte Atração. O grupo musical se apresentou no dia 21 de junho às 21h na Lona Cultural Herbert Vianna. A entrada custou R$ 2. O espaço cultura sempre organiza diversos tipos de eventos para os moradores. RENATO ROSA

Grupo se apresenta no primeiro palco móvel no CCM

CCM inaugura Palco Móvel Nos dias 27 e 28 de junho foi inaugurado na Casa de Cultura da Maré (CCM) o Palco Móvel Show. Esse projeto cultural tem como tema “A arte por um planeta mais limpo”. O evento ainda contou com contação de histórias para as crianças, palestras sobre o meio ambiente, baile de dança de salão e apresentação das bandas Reciclasom, Farinha do Mesmo Saco, Partido Leve e Passarela 10. Segundo Anderson Lima, coordenador artístico das oficinas culturais, o ob-

RENATO ROSA

jetivo do projeto é levar o palco para as comunidades e divulgar os novos projetos que existem na casa de cultura. RENATO ROSA

Alciona se apresenta na Lona Cultural Herbert Vianna

Alcione na Lona Cultural Moradores dançam quadrilha em festa na CCM

Festa julina na Casa de Cultura da Maré Para entrar no clima de São João, o Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré (Ceasm), realizou nos dias 12 e 13 julho a sua festa julina. O evento aconteceu na Casa de Cultura da Maré e contou com a participação dos moradores da comunidade. Não foi somente a tradicional quadrilha que tomou conta do espaço, que também foi ocupado por diversas barraquinhas, além de músicas variadas.

I Mostra de Artes e Oficinas Culturais na Maré Mais de 200 pessoas compareceram a “I Mostra de Artes e Oficinas Culturais na Maré”, na Casa de Cultura da Maré. O objetivo do evento foi mostrar o conhecimento adquirido pelos alunos das oficinas. O festival aconteceu no dia 19 de julho e teve apresentação de teatro, dança, música e artesanato. Diversos grupos prestigiaram as apresentações, como o projeto “Nós da Baixada” que apresentou o espetáculo “Gota d’água”, de Chico Buarque de Holanda. Os alunos das oficinas de canto coral, instrumental e percussão encerraram o festival com a apresentação de músicas brasileiras consagradas, como as de Chico Buarque e Geraldo Vandré.

Cruzada evangélica na Vila do João Membros de diferentes igrejas evangélicas participaram de encontro gospel na Maré. O evento aconteceu no dia 19 de julho e teve a presença da cantora gospel Rose Nascimento e de cantores e bandas da comunidade. O show começou às 16h e contou com a participação de muitos moradores.

À noite do dia primeiro de agosto será inesquecível para os moradores da Maré. Um público de aproximadamente 500 pessoas lotou a Lona Cultural Herbert Vianna para assistir ao belo show de Alcione. Segundo Edílson Ernesto, coordenador da Lona, depois desse show a Lona terá mais prestígio. “Ela mostrou para outros artistas que todos podem vir na Maré sem medo”, disse Ernesto. Para Alcione o show foi emocionante. “Gosto de shows nas lonas. É muito bom ficar bem próximo do público. Essa vibração quente que senti aqui ficará em meu coração”, afirmou Alcione.

Festa agostina na Navegantes Pescaria, bola na boca do palhaço, tapioca, milho e muitas outras guloseimas fizeram parte da festa agostina da Igreja Nossa Senhora dos Navegaste. O evento aconteceu nos dias 03, 04, 09 e 10 de agosto, após uma missa realizada. Muitas crianças vestidas de caipira comporam o festejo que contou com a autorização de muitos moradores da comunidade.

I Copa Pequeno Campeão O projeto Pequeno Campeão organizou sua I Copa com lutadores de Jiu-Jitsu, no Campo de São Cristóvão, no dia 17 de agosto e contou com a presença marcante dos torcedores/familiares dos cerca de 50 meninos e meninas que fazem parte do projeto. Participaram da competição cinco equipes do Rio de Janeiro. Na premiação das equipes, o vencedor foi o Pequeno Campeão, em segundo o grupo de Jair Reis e em terceiro, os meninos do Ilha Brother. Segundo Dinho, idealizador do projeto, o objetivo da competição foi o de “unir as comunidades e dar uma perspectiva de vida visando formar novos atletas na Maré”. Ele promete que esta é a primeira copa de muitas que ainda irá realizar na Maré.


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SÉRIE: SAÚDE NA GRAVIDEZ

Amamentação A importância do aleitamento materno durante os primeiros meses do bebê

ELZA FIÚZA/SXC

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esta edição abordaremos temas relacionados à saúde na gravidez, como pré-natal, métodos contraceptivos, gravidez precoce, amamentação, diferenças entre parto normal e cesariana. Algumas estatísticas também serão apresentadas como o número de óbitos, de nascidos, faixa etária das grávidas, depressão pós-parto.

“É necessário que a mãe observe seu filho para aprender a conhecer o seu ritmo... ” Rosimar Teykal Ong ‘Amigas do Peito’ O tema inicial é sobre aleitamento materno (amamentação), já que durante o mês de agosto foi realizada em todo o mundo a campanha “Alei-

É importante amamentar nos primeiros seis meses de vida do bebê, para evitar doenças, como alergias

tamento materno”. Segundo Vera Freire, enfermeira do Posto de Saúde Vicente Mariano, o leite materno oferece à criança diversas vantagens. “É através do leite materno que a criança ganha imunidade, prevenindo-a contra diversos tipos de doença. Além de ser de graça e muito nutritivo”, diz. De acordo com o Ministério da Saúde, a amamentação tem que ser feita até os seis meses de vida do bebê. Neste período, a criança não precisa de água, chá, suco, papinha ou qualquer outro tipo de alimento, apenas do leite materno. Segundo Rosimar Teykal, da Ong ‘Amigas do peito’, no momento da amamentação, as mães precisam se dedicar apenas à criança. “É necessário que a mãe observe o seu filho para aprender e conhecer o seu ritmo e necessidades. Cada bebê tem um ritmo diferente, exemplo disso, é que o bebê pode ficar com a boca no peito por mais de uma hora e não ter mamado o suficiente, assim como pode ter ficado apenas 10 ou 15 minutos e ter se alimentado”, conta. Para Rosimar, a importância do leite materno vai além dos benefícios físicos da criança e da mãe. “Sabemos que um bebê amamentado corre menos riscos de diarréia e alergias respiratórias. A mãe que amamenta também reduz os riscos de hemorragia e de câncer de mama. Maiores ainda são os benefícios emocionais facilitados pelo

vínculo mãe e filho. Ambos se tornam mais seguros e confiantes devido a essa relação tão íntima, tão prazerosa”, afirma. Em alguns casos a mulher não pode amamentar seu filho. “As contra-indicações para a amamentação é quando a mãe está tomando algum remédio para tratamento de câncer ou quando ela tem AIDS”, explica Rosimar. Ela alerta também para os casos de seios pedrados e rachados. “Estes tipos de transtornos, podem ser evitados se tivermos acesso às informações corretas sobre amamentação e apoio nas primeiras horas após o nascimento da criança”, explica. As mães que tiverem dúvidas sobre os riscos na amamentação ou quiserem doar seu leite devem ligar para o Centro de Lactação do Instituto Fernandes Figueira telefone 0800 26 88 77.

Amigas do peito A Ong ‘Amigas do peito’ existe há 28 anos. É um trabalho voluntário feito para apoiar e esclarecer as mães sobre a amamentação. Há cinco grupos de apoio espalhados no Rio de Janeiro e em Niterói. Estes grupos são formados não só para atendimento das mães, mas para todos os que quiserem participar. Para ser voluntário é só entrar em contato pelo e-mail: amigasdopeito@amigadopeito.com.br; site: www.amigasdopeito.org.br; telefone: 21-2285-7779.


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CAPA

PHILLIP CALCADO

O voto é um dos momentos mais importantes em uma democracia, e a escolha de bons candidatos é essencial para o desenvolvimento de uma boa administração

Quem merece o nosso voto?

Decepcionada com os políticos, boa parte dos eleitores da Maré não escolheu seus candidatos à próxima eleição

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omeça o alvoroço dos candidatos. É tanto político apertando a mão de eleitor e beijando criancinha na rua que de vez em quando tem até engarrafamento. O eleitor da Maré se acostumou às passeatas e comícios que acontecem nesse período, mas já não se ilude com os discursos de campanha. Cansado de tanta promessa não cumprida, vê com desconfiança e até com certo desinteresse o jogo político-eleitoral. “Eles aparecem em ano de eleição e depois somem. Quando precisam da gente estão aqui que nem formiga”, observa o morador Batista Filho, de 44 anos, da Vila do João, indignado com os candidatos. E não faltam motivos para indignação. Depois da eleição, vem o abandono. A população da Maré enumera os problemas que uma política séria poderia resolver: melhor atendimento na área de saúde, mais cursos profissiona-

lizantes para os jovens, um ambiente de paz para o morador. Moradores como Maria de Fátima A. Vitorino, de 52 anos, acham que falta credibilidade aos políticos porque os serviços oferecidos à população estão cada vez piores. “Não espero nada, porque nunca é feito nada para

“Cada dia as coisas estão piores. Voto por votar.” Maria de Fátima Moradora da Vila do Pinheiro melhorar. Cada dia as coisas estão piores. Voto por votar. Às vezes você tem que acordar às 4h da manhã para ter atendimento no posto de saúde. Isso é horrível”. A professora Vilena Rodrigues, de

45 anos, moradora do Parque União, faz uma outra queixa. “Acho que os jovens estão se perdendo porque não há investimento em cursos para eles. Se os candidatos fizessem algo do tipo, com certeza eles seriam eleitos”, afirma. Muitos candidatos aproveitam as brechas nos serviços públicos para se promoverem. Maria de Fátima ilustra esta situação. Ela explica que escolheu seu candidato porque ele colocou uma clínica médica perto da comunidade. “Faço fisioterapia há seis meses, sou encostada do INSS e isso me ajudou. Se você está precisando de algo e está próximo, você vai procurar”, afirma. Outros ganham o voto na base da propaganda eleitoral. Como cada partido tem um tempo diferente nos programas de rádio e televisão, quem tem mais espaço acaba levando a melhor. José Barbosa, de 62 anos, morador da Nova Holanda, diz que está esperando o que os candidatos vão dizer no ho-


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“O povo brasileiro se engana muito fácil. Ele é muito influeciável pela mídia, não consegue pensar por si só” Carla Melo Moradora do Parque União rário gratuito para fazer sua escolha. Mas não confia muito no discurso dos políticos. “Ainda não escolhi candidato. Tem que olhar e ver uma pessoa legal, pois votar em qualquer um não é bom. A televisão influencia, pois nela os candidatos dizem o que irão fazer. Só que eles não fazem. Em Pernambuco, trabalhava para políticos, e sei como são as regras. Muitos só prometem”, completa ele. Nem sempre a indefinição é falta de informação. Às vezes, é falta de opção mesmo, como lembra Anésio Souza, de 65 anos, morador da Baixa do Sapateiro. “As coisas começaram agora e ainda vou escolher o meu candidato. Mas eu acho que poderia ter outros melhores”, afirma. Mas ainda há quem pense que o brasileiro continua iludido. Esta é a opinião de Carla Melo, de 23 anos, moradora do Parque União. Segundo ela, muitas pessoas votam nos candidatos devido às promessas. “O povo brasileiro se engana muito fácil. Ele é muito influenciável

pela mídia, não consegue pensar por si próprio. Um exemplo é o caso do Lula: quando a mídia dizia que ele só viajava, todo mundo repetia”, diz Carla. Para completar o quadro eleitoral, este ano tem uma lista de candidatos ficha-suja. São políticos que possuem alguma pendência com a Justiça. Mas, como de acordo com a Lei de Inelegibilidades apenas as pessoas que foram condenadas criminalmente não podem concorrer, os Tribunais Regionais Eleitoras (TERs) não poderão proibir a candidatura dos políticos com o nome sujo. Para Vanessa de Salles, de 23 anos, moradora da Vila do Pinheiro, nenhum candidato tem as qualidades necessárias para governar. “Se dependesse de mim, faria um abaixo-assinado

para não eleger ninguém. Os candidatos só pensam neles e o povo fica abandonado. Os postos de saúde estão sempre ruins e precisam melhorar muito. E

“Acho que os jovens estão se perdendo porque não há investimento em cursos para eles” Vilena Rodrigues Moradora do Parque União

(Continua na próxima página)


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CAPA

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(Continuação da página anterior) as ruas enchem de água quando chove. Eles poderiam dar jeito nas pracinhas e ciclovias da comunidade”, comenta Vanessa.

O voto é livre e secreto. Cada cidadão tem o direito de escolher aquele que julgar melhor para a cidade O que está em jogo No dia 5 de outubro, os eleitores vão às urnas escolher seus candidatos a prefeito e a vereador. Podem votar os maiores de 16 anos que já tenham tirado seu título de eleitor. O voto é livre e secreto. Cada cidadão tem o direito de escolher aquele que julgar melhor para a cidade. Mas também é obrigatório para os maiores de 18 anos. Quem não votar e não justificar sua ausência per-

de alguns direitos importantes, como o de concorrer a vagas em concursos públicos, tirar carteira de identidade ou inscrever-se na rede pública de ensino. Eleitores que estão fora de sua cidade e não transferiram seu título eleitoral ou que não puderam comparecer às urnas por outro motivo precisam preencher um formulário justificando a ausência no dia da eleição. Ou encaminhar sua justificativa ao juiz da sua zona eleitoral até 60 dias após a votação, junto com os documentos que comprovem o motivo da ausência. Crítica ao atual governo O atual governo também é criticado pelo morador da Maré. “César Maia deu bobeira, fez escola de samba e depois veio a epidemia de dengue que matou muita criança. Agora é inverno, mas quando chegar o verão volta tudo. O Rio de Janeiro não tem mais espaço e as pessoas estão ocupando tudo. A violência é outro problema e o que vai resolver é pegar gente grande”, analisa Batista Filho.

“Ainda não escolhi candidato. Tem que olhar e ver uma pessoa legal, pois votar em qualquer um não é legal” José Barbosa Moradora da Nova Holanda


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Os planos de Deus agora estão ao seu alcance

Plano de poder demonstra que Deus tem um grande projeto de nação elaborado por ele mesmo e que é nossa responsabilidade descortiná-lo e colocá-lo em prática. O livro é uma contribuição para a expansão do Reino de Deus em nossa nação.

NAS LIVRARIAS

www.thomasnelson.com.br


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SAÚDE

Doenças renais

Falta de cuidado com os rins pode provocar diversas doenças, como pedra nos rins JULIE ALVES

M

uitos brasileiros sofrem com doenças renais que se manifestam por meio de pedras nos rins, cistos renais, tumores renais e infecções renais. Os sintomas dessas doenças podem variar de acordo com o tipo. Dores freqüentes na região lombar, alterações da cor da urina (especialmente urina vermelha), febre, fraqueza, além de ardor ao urinar e sensação de bexiga cheia são alguns dos sintomas. Segundo Roque Pereira da Silva, de 47 anos, presidente da Associação de Movimentos Renais Vivos e Transplantados do Rio de Janeiro (Amorvit) e conselheiro de saúde, é fundamental que todos procurem uma unidade hospitalar pública para fazer exame preventivo de doenças renais. “Se o tratamento for inicia-

Roque Pereira, presidente da Amorvit, considera a prevenção fundamental para a cura das doenças renais

do o quanto antes, há grandes chances do problema não se agravar. A doença trás complicações para outras partes do corpo como a visão, além de diabetes, osteoporose, trombose e outras. Há 17 anos descobri ter problemas renais. A falta de prevenção agravou o quadro da doença e por isso faço hemodiálise há nove anos”, diz. O Hospital Geral de Bonsucesso (HGB) tem tratamento para a doença. Os atendimentos acontecem no terceiro andar do prédio central onde se encontra o Setor de Atendimento para os Doentes Renais Crônicos e Transplantados. Mas um dos grandes problemas do hospital é a falta de atendimento emergencial para os portadores dessa doença. “Muitos acabam sendo atendidos na emergência que constantemente está lotada e possui 42 pacientes na fila a espera de tratamento. Infelizmente muitos chegam ao óbito”, afirma Roque. Para ele, é melhor ficar na emergência lotada do HGB deitado no chão do que ir a ou-

tra unidade e não ser atendido. “A culpa é do povo que não sabe os seus direitos e briga na justiça para ganhar os remédios do mês e não o tratamento completo”, conclui. Roque ministra palestras em diferentes lugares do estado do Rio para informar a população sobre a doença. “O trabalho é árduo, pois é precário o serviço público de prevenção e atendimento. A saúde está esquecida pelo governo”, comenta. Segundo ele, os governos deveriam fazer um trabalho para esclarecer a população sobre a doação de órgãos. “Muitas pessoas ficam com medo de ajudar por temer que o órgão seja retirado com chances da pessoa sobreviver”, diz. Para Roque, o atendimento do Rio Transplante (responsável pela retirada dos órgãos) é péssimo. “As pessoas ligam para eles e não são atendidas. Recebi uma reclamação de uma família dizendo que ligou para o Rio Transplante e eles fizeram pouco caso e não mandaram retirar o órgão”, afirma.

Serviço A Amorvit funciona no terceiro andar do prédio 3 do HGB e oferece para os pacientes alguns serviços como vale social, vale federal, Rio Card, atendimento jurídico, cesta básica, café da manhã nos dias de tratamento e carteira de identificação. O atendimento acontece todos os dias.


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ABRINDO O LIVRO

RENATO ROSA

Pelo direito das minorias

Martin Luther King dedicou sua vida na luta contra o racismo

“S

pediu de tentar garantir os direitos civis da população negra. Tal dedicação pela causa foi reconhecida em 1964, ao receber o Prêmio Nobel da Paz, sendo ele, então, a mais jovem pessoa já reconhecida por esta condecoração. Com o fim da Guerra Civil e a Abolição da Escravatura no ano de 1865, foram adotadas as Leis Jim Crow, que instituíam um regime de separação de “raças”. Segundo André Henrique Messias, de 33 anos, morador da Vila do Pinheiro e professor de história e mestrando em Relações Internacionais no Centro Brasileiro de Estudo Latino Americano (CBELA), segregação foi constante nos Estados Unidos. “O racismo naquele país, existia tanto no norte quanto no sul, mas não de forma tão clara, até mesmo porque nos estados do sul foi criada uma série de leis que dividiam os FOTO RETIRADA DO SITE WWW.IDEALIST.ORG espaços públicos entre brancos e negros”, explicou. Essa estrutura predominou durante um século, o que levou Luther King, em 1955, a iniciar uma luta pacífica a fim de garantir os direitos civis básicos. “Na década de 30 já existiam movimentos com o mesmo objetivo. Ele foi um militante muito importante e propôs uma forma de luta baseado na não violência. Luther King. E através dessa via pacífica, tenta conseguir com

onho com o dia em que meus quatro filhos pequenos viverão numa nação em que não serão julgados pela cor da pele, mas por seus méritos. É com essa convicção que volto ao Sul. É ela que permitirá arrancar deste oceano de desespero uma gota de esperança”. Esse é o discurso mais conhecido do Pastor da Igreja Batista e grande líder Martin Luther King (1929-1968), que liderou um movimento contra o regime de divisão racial nos Estados Unidos nas décadas 50 e 60 do século XX. Em 1955, quando uma mulher negra (Rosa Parks) foi presa por não ceder lugar no ônibus para uma mulher branca, a população ouviu falar pela primeira vez em Martin Luther King. Ele liderou um boicote aos serviços de transportes que durou 381 dias, e foi preso. Isso não o im-

Martin Luther King foi um dos maiores defensores da igualdade nos Estados Unidos

O professor André explica a luta de Luther King

que os direitos civis fossem estendidos à minoria negra, já que segundo a Constituição dos Estados Unidos todos devem ser tratados da mesma forma”, conclui. O pastor, que exerceu a cidadania, se tornou um dos maiores símbolos da luta

“O racismo naquele país existia tanto no norte quanto no sul, mas não de forma tão clara,...” André Henrique Professor de história e mestrando em Relações Internacionais no CBELA contra o racismo. Seus quatro filhos também dedicaram suas vidas para libertar a sociedade estadunidense do racismo e da desigualdade. Mas sua luta contra o regime não agradou aos que eram a favor da separação por raças. Poucas horas antes de realizar uma marcha no Sul dos Estados Unidos, em 4 de abril de 1968, Luther King foi assassinado. Somente em 1987, reconheceu-se o Feriado Nacional de Martin Luther King e do Movimento pelos Direitos Civis dos Negros. Com a sua luta e de outros que defenderam os mesmos objetivos de libertar a sociedade do preconceito, vários ideais foram alcançados, como direito ao voto, freqüentar os mesmos lugares que os brancos, e muitos outros.


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ESPORTE

É um avião, é uma ave, é o Super-Man? Não! É a pipa A brincadeira vira febre nos meses de férias entre as crianças da Maré

RICARDO SILVA

N

os meses de junho e julho, o lazer mais praticado na Maré é a pipa. Essa brincadeira que é um verdadeiro esporte por exigir esforço dos braços e pernas contagia a todos, em todas as idades. Crianças e adultos chegam a passar um dia inteiro com ela no ar. Mas essa brincadeira merece alguns cuidados, caso contrário, pode até levar à morte. Thiago Araújo, de 18 anos, morador do Parque União, relata quanto tempo tem de pipeiro. “Vem de infância, aprendi soltar pipa na laje com os meus primos. Gosto muito de dar uns dibicos no ar, dar dedinho e arrastão. Em um só dia consegui cortar 11 pipas”, diz. Thiago revela que um de seus amigos caiu da laje soltando pipa. Apesar de ficar preocupado com o ocorrido, ele confessa não tomar muito cuidado. “Solto pipa do 13° andar”, conclui. Claúdio Soares, de 35 anos, mas conhecido como Cal, tem duas lojas na Maré. “Desde os 10 anos já brincava de fazer pipas para soltar, e há três anos trabalho com pipas. Sou bem conhecido por vender pipas na Maré”, diz. Ele afirma vender todos os tipos de pipas, menos cerol, que é proibido por lei. “Tudo é feito artesanalmente”, diz. Para Cláudio, o ideal seria um campo aberto para soltar pipas. “Eu sempre aconselho a não soltar pipa perto de rede elétrica, em vias que possuem circulação de carros e outros veículos e onde t e m

Claúdio Soares, em uma de suas lojas, recomenda cautela aos seus clientes na hora de soltar pipa

muitos pedestres. E aos motoqueiros aconselho a colocarem antenas nas motos, porque se não fosse as antenas da minha moto, a linha tinha cortado meu pescoço”, conclui. Levi de Araújo Mendonça, de 41 anos, morador do Morro do Timbau, conta que começou cedo a soltar pipas. “Comecei com nove anos, e às vezes ainda solto, pois a pipa é um jogo divertido, no qual há uma rivalidade de cortar o adversário no ar. Teve uma vez que eu cortei 12 pipas em um dia só. Mas tenho que confessar que não sou muito craque”, afirma. Levi, que é Bombeiro Militar alerta para os riscos que a pipa trás para a vida das pessoas. “Já vi muito acidente com pipas. O que mais vejo é corte no pescoço devido ao cerol, que é a principal causa. É importante alertar as pessoas que soltam pipas sobre esses incidentes, para que não aconteçam outros”, informa.

Dicas para prevenir acidentes com pipas: * Solte pipa longe dos fios e em espaços abertos. * Não solte pipas nas lajes das casas. * Não suba em telhados, postes ou torres de transmissão para recuperar uma pipa. * Nunca remova uma pipa dos fios. Muito menos utilizando canos, vergalhões e bambus. Objetos molhados ou de metal provocam choques quando em contato com a rede elétrica. * Aos primeiros sinais de tempestade recolha a pipa. Ela funciona como páraraios, conduzindo a energia. * Aprenda a fazer e soltar pipas sem rabiola, como as do tipo arraia. * Não use papel laminado na pipa. Se ela toca num fio pode provocar um curto-circuito. * Fique atento para que a linha de pipa não atravesse no caminho de ciclistas e mo tociclistas. E nunca use cerol. Ele é proibido por lei. Siga as dicas e veja no site da Light os locais seguros de sua região para soltar pipa (www.ligt.com.br). Em caso de acidentes com a rede elétrica, ligue para 0800 210 196. Fonte: Folheto Light


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MUSICAL

Musicultura Projeto de música faz pesquisa em algumas comunidades da Maré

RENATO ROSA

O

Musicultura, localizado na Casa de Cultura da Maré, nasceu há cinco anos, com o objetivo de estudar e pesquisar a música na Maré. E para conseguir atingir essa meta o grupo usa em suas reuniões e em todos os trabalhos que desenvolvem, o método pedagógico de Paulo Freire, em que todos opinam, ensinam e decidem. O projeto é apoiado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pela Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa

O trabalho não fica apenas nas reuniões em sala, pois quando há eventos musicais na Maré, vamos até eles. Schneider Ferreira Reis Universitário no Estado do Rio de Janeiro (Faperj). Hoje, ele conta com aproximadamente 25 pessoas, entre universitários e secundaristas, em sua maioria estudantes do segundo ou terceiro ano do ensino médio.

Schneider, Jeferson, Leandro e Igor integram o projeto do Musicultura que fica na Casa de Cultura da Maré

Segundo o universitário Schneider Ferreira Reis, de 24 anos, o Musicultura é um projeto de pesquisa musical. “O trabalho não fica apenas nas reuniões em sala, pois quando há eventos musicais na Maré, vamos até eles. Às vezes não dá para irmos a todos, pois muitos acontecem em um mesmo horário. Nessas pesquisas de campo fazemos uma análise e anotamos tudo o que acontece. Algumas vezes filmamos os eventos e depois com todo o grupo assistimos”, diz. Há dois anos, o projeto realizou um estudo para saber o que é ouvido pelos moradores da Maré. “Foi uma pesquisa

quantitativa. Aplicamos 900 questionários na Nova Holanda e na Baixa do Sapateiro, perguntando, por exemplo, o que os moradores costumam ouvir, que lugares eles freqüentam, que músicos da comunidade eles conhecem, quanto costumam gastar com a música, entre outras. Este ano devemos terminar algumas coisas relacionadas à pesquisa, faltando apenas passar as informações para o computador. Depois disso, saberemos o resultado”, completa o universitário Diogo Bezerra, de 24 anos. As reuniões acontecem 2ª e 4ª, das 9h às 21h, e estão abertas à todos que quiserem participar.

DOUGLAS BAPTISTA

SABOR DA MARÉ

Cuscuz amarelo Ingredientes: - 2 xícaras de chá de milharina - 1 xícara de chá de água.

- Despeje na parte superior da cuscuzeira a mistura umedecida e leve ao fogo por 7 minutos.

Modo de Preparo: - Coloque em um recipiente a milharina e o sal a gosto. - Adicione água aos poucos, misturando bem com as mãos. - Deixe descansar por 10 minutos. - Despeje na cuscuzeira uma xícara de água.

Dica: Pode ser servido quente, acompanhado de leite, coco ralado, leite de coco, açúcar.

Acima, cuscuz com leite. À esquerda, cuscuz com manteiga


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22 PÁGINA DE RASCUNHO

Deixa a droga, menino! Nesta visão errônea do mundo Você cria inexistente fantasia. Na sua mente mora um vácuo indesejável Ao qual a tendência é a covardia.

CARTAS As cartas ou sugestões para o jornal devem ser encaminhadas para o CEASM - Jornal O CIDADÃO (Praça dos Caetés, 7, Morro do Timbau, Rio de Janeiro, RJ. CEP: 21042-050) ou pelo e-mail: jornaldamare@yahoo.com.br

Pai

No seu “eu” vazio já não existe O amor que está sempre a nos falar. Asfixiado você morre a cada dia E os seus desejos nunca vai realizar.

Qual pai você está falando? O que mata ou o que chora pelo filho. O que morre cumprindo o dever, ou O que o filho não quer ver. Qual pai? O que está só em um asilo Ou o que abandona um filho, O que busca um abraço Ou o que se esconde e sua um disfarce Qual foi? Que você está falando? O que está na rua querendo um pão Ou o que espera um aperto de mão. O que tem mulher e filhos esperando, Ou o que o último gole está faltando, Qual pai? O que em um abraço não transmite cansaço Ou o que nem se quer um trabalho encontrou Qual pai? O que eu amo, Ou o que sempre me amou.

Ver que os seus olhos se avermelham, A íris já não brilha como antes, As pálpebras lentamente esmoreceram, O rosto alegre não tem mais a cor vibrante. Aquela força de homem corajoso É agora causa de vergonha, Porque só é possuidor da mesma Quando alimentada por maconha. Deixou de ser orgulho de seus pais; Na escola não distribuiu mais simpatia. O grupinho que outrora o amava, Se afastou, não lhe gosta, o repudia. Vem, meu bom menino, reviver! Ainda há tempo p’ra sua libertação! Deixa a droga - esse vício cruciante! O bom Deus o convida e dar-lhe a mão.

Ana Cristina - Moradora do Morro do Timbau

Cícero Leite

Errata:

Ligue e Anuncie!

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Na edição 56, na matéria “Cancêr de Próstata”, da página 19, o nome da Fundação de Apoio à Saúde e Ensino Bonsucesso (FASED) estava na lista dos locais de tratamento, mas eles não prestam este serviço, sendo este efetuado pelo Hospital Geral de Bonsucesso. Nessa mesma edição na matéria “Alegria da criançada”, da página 20, o nome correto da entrevistada é Tauana Cristina.


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CAÇA-PALAVRAS

www.coquetel.com.br

© Revistas COQUETEL 2008

Procure e marque, no diagrama de letras, as palavras em destaque no texto.

Que pergunta... Advogado : Doutor, quantas autópsias o senhor já realizou em pessoas mortas? Testemunha: Todas as autópsias que fiz foram em pessoas mortas... FONTE: Estas piadas foram retiradas do livro ‘Desordem no tribunal’. São coisas que as pessoas disseram, e que foram transcritas textualmente pelos taquígrafos que tiveram que permanecer calmos enquanto estes diálogos realmente aconteciam à sua frente.

H Y Y W S O I C P I G E H V S Q O X Z

Y P J X X P X Y T V Y Z L Z O J H H P

A H X D R C O N R E V N I K V W L Ç K Q L R S Z T J Q

R G A G W Q K Y J F K C O N C L U S Ã O Y L Y Y R Ç F

Solução

S O I A R

A resposta Advogado : Aqui na corte, para cada pergunta que eu lhe fizer, sua resposta deve ser oral, Ok? Que escola você freqüenta? Testemunha: Oral.

Z X R V R F Z D C D C T M L X B Z D T

I J I Q S J B D M D L C N S E T N E U Q R Z A G A W N

O M I X A M E D I D A S

Autópsia II Advogado : Doutor, o senhor se lembra da hora em que começou a examinar o corpo da vitima? Testemunha: Sim, a autópsia começou às 20:30h. Advogado : E o sr. Décio já estava morto a essa hora? Testemunha: Não... Ele estava sentado na maca, se perguntando porque eu estava fazendo aquela autópsia nele.

Os EGÍPCIOS, há mais de 5.000 anos, descobriram, através das SOMBRAS, o ano de 365 dias, o início do INVERNO e do VERÃO. Eram observadas sombras no chão provocadas pelos RAIOS de sol sobre uma VARETA que variava de tamanho e DIREÇÃO. Com MEDIDAS tiradas sempre ao meio-dia, observaram que a sombra, com o passar dos dias, aumentava de TAMANHO. Após alcançar um comprimento MÁXIMO, ela recuava até a vareta. As sombras mais CURTAS coincidiam com os dias mais QUENTES (verão) e as mais LONGAS com os dias mais frios (inverno). Outra CONCLUSÃO é de que só após 365 dias elas se repetiam (ano). Nessa época, ainda não era possível distinguir o outono e a primavera.

O V M W L W Z H V A R E T A R L V Z R G Z S R D M M Q

C O N C L U S Ã D O I R E C Ã O

Aniversário Advogado : Qual é a data do seu aniversário? Testemunha: 15 de julho. Advogado : Que ano? Testemunha: Todo ano

S Ç O H S A G N O L P L W T Ã V Y W G X Ç N B N A W Ç

S A G O N N O V R L A E R V E N S T I O A S I O Ã R E V C T P S N I A E G T U E R Q U C S O M B R A S

Pi a ad d as

Z V L Ç D T Y D C K X V B T O Q S A T R U C M L N Y W

O H N A M A T

As estações do ano

H F M E D I D A S N Q H D H Q Q L B D I R E Ç Ã O Q D

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FOTOS DE ARQUIVO O CIDADÃO

No sentido horário: roda de poesia na Casa de Cultura, moradores visitam o Museu da Maré, oficina de jornal na festa dos 11 anos do CEASM, alunos e moradores utilizam a biblioteca localizada na instituição, antiga fachada da Ong

São 11 anos de luta, ousadia e esperança Moradores da Maré prestigiam mais um aniversário do Ceasm

A

Casa de Cultura da Maré foi palco da festa de 11 anos do Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré (Ceasm), no dia 30 de agosto, que contou com a apresentação de alguns projetos, como a (oficina) de Street Dance e a Companhia Híbrida de Dança. Outros projetos, como o jornal O Cidadão, desenvolveram oficinas que contaram com a participação de pessoas de diversas idades. Mais de cem pessoas es-

“A imagem que tenho daqui é de que neste lugar existe cultura,” Jones Zagoto Morador da Baixada Fluminense tiveram presentes na comemoração. Segundo o diretor Antonio Carlos Vieira, de 43 anos, os 11 anos de Ceasm foram de muitas realizações. “Conseguimos alcançar muitas coisas nesses anos. Estamos reestruturando a Instituição. A perspectiva é muito grande para a longa caminhada que temos pela frente. O Ceasm já realizou coisas incríveis na Maré, acho que a gente hoje está construindo novas oportunidades. Exemplo

disso, é a linda orquestra que vimos tocar. Enfim, é muita luta, muito trabalho, mas que valem a pena porque os frutos a gente tem certeza que virão”, disse. Josevaldo do Nascimento, de 8 anos, morador da Praia de Inhaúma, falou sobre o evento. “A festa foi muito boa. As apresentações foram legais, o jornal mural também, foram tantas coisas que não dá nem para falar”, contou. O também morador da Praia de Inhaúma Igor Barros, de 12 anos, comentou sobre as atividades que participou. “Me apresentei no Street Dance. Também gostei do jornal, porque com ele fizemos muitas brincadeiras, além de expressar a arte”, conclui Igor. Morador da Baixada Fluminense, Jones Zagoto, de 36 anos, fala do quanto gostou da festa. “Eu ter vindo aqui foi muito vantajoso, eu me senti bem, o ambiente é agradável. Sem contar que esse trabalho está crescendo e trazendo grandes experiências para o lugar. E isso é bom para quem aprende e quem ouve”. Jones comenta ainda a idéia que tem de favela. “A imagem que tenho daqui é de que neste lugar existe cultura, e que por mais que muitos não conheçam e discriminem, para mim aqui é um celeiro para muitos lugares, pois vai plantar muita gente que está aprendendo aqui. E isso é importante tanto

para a Maré, quanto para o nosso país”, conclui. Segundo Claudia Rose, de 41 anos, diretora da instituição, estes anos de Ceasm foram de muita luta e de muitos acertos, “em particular na questão da cultura”. “É sempre difícil no país como um todo, fazer cultura. Mas aqui, particularmente, porque nós dependemos de verba, de financiamento e nem sempre conseguimos. Mas é um desafio para gente também. Essa Casa de Cultura é uma Este espaço representa a história dos moradores da Maré. Envie sua história, perguntas e sugestões para a Rede Memória na Casa de Cultura da Maré. Endereço: Av. Guilherme Maxwell, 26, em frente ao SESI. Tel.: 3868-6748 ou para o e-mail: contato@ ceasm.org.br. A matéria referente a esta página é de exclusiva responsabilidade do projeto Rede Memória.


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