Brandbook
“[...] poucas patologias mobilizam mais o ser humano do que o autismo. Neste temos uma criança normalmente bonita, sem sinais de uma lesão, que mostra uma falta de receptividade e de interesse pelas pessoas, incapacidade na comunicação interacional e nas atividades imaginativa e um repertório de atividades e interesses restritos.”
ALMEIDA, Amélia Leite de. Interação de Crianças Autistas com o Mundo Digital: uma travessia de emoção e prazer/ Amélia Leite de Almeida. Florianópolis, UFSC/PPGEP. 2005, p. 27
Título Texto
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Autismo A expressão “autismo” foi criada por Eugen Bleuler, vem do grego autos, que significa “eu próprio”. Essa designação é usada porque as crianças possuidoras da Síndrome passam por um estágio em que se voltam para si mesmas, não se interessando pelo mundo exterior. O autismo foi descrito pela primeira vez em 1943 pelo Dr. Leo Kanner em artigo: Distúrbios Autísticos do Contato Afetivo. Nesse artigo, Kanner descreve 11 casos, dos quais o primeiro, Donald T., chegou até ele em 1938. Em 1944, Hans Asperger, um médico também austríaco e formado na Universidade de Viena - a mesma em que estudou Leo Kanner -, escreve outro artigo com o título Psicopatologia Autística da Infância, descrevendo crianças bastante semelhantes às descritas por Kanner. Ao contrário do artigo de Kanner, o de Asperger levou muitos anos para ser amplamente lido. A razão mais comumente apontada para o desconhecimento do artigo de Asperger é o fato dele ter sido escrito originalmente em alemão. O Autismo é um Transtorno Global do Desenvolvimento (também chamado de Transtorno do Espectro Autista). Se caracteriza por alterações presentes desde idade muito precoce, tipicamente antes dos três anos de idade, com impacto múltiplo e variável em áreas nobres do desenvolvimento humano como as áreas de comunicação, interação social, aprendizado e capacidade de adaptação.
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As causas do autismo são desconhecidas. Acredita-se que a origem do autismo esteja em anormalidades em alguma parte do cérebro ainda não definida de forma conclusiva e, provavelmente, de origem genética. Além disso, admite-se que possa ser causado por problemas relacionados a fatos ocorridos durante a gestação ou no momento do parto. O autismo não é uma condição de “tudo ou nada”, mas é visto como um continuum que vai do grau leve ao severo. É um distúrbio de desenvolvimento a tal ponto complexo que nenhum modelo, nenhuma abordagem clínica, metodológica ou terapêutica poderia, por si mesmo, abranger a verdade. O diagnóstico é feito basicamente através da avaliação do quadro clínico. Não existem testes laboratoriais específicos para a detecção do autismo. Por isso, diz-se que o autismo não apresenta um marcador biológico. Segundo a Associação Brasileira de Autismo (Abra), existem 14 sintomas considerados mais comuns em pessoas com autismo. Entre eles estão pouco ou nenhum contato visual, dificuldade em se relacionar com outras crianças, inapropriada fixação em objetos (como rodá-los ou mordê-los insistentemente), acessos de raiva e dificuldade de expressar necessidades básicas. O tratamento envolve intervenções psicoeducacionais, orientação familiar, desenvolvimento da linguagem falada e gestual. Todo o processo é orientado por profissionais como psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, psiquiatras e educadores físicos.
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A ONU (Organização das Nações Unidas) estima que no mundo tenhamos 70 milhões de autistas. Nos Estados Unidos o CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças — em inglês: Centers for Disease Control and Prevention) divulgou em 2013 pesquisa com números de uma criança com autismo para cada 50 em idade escolar (entre 6 e 17 anos). Os números anteriores eram de um autista para 88 crianças de oito anos. A principal diferença entre os dois estudos é que o anterior, com informações de 2008, considerou dados médicos e escolares, excluindo crianças que não recebiam tratamento ou educação especial. O de 2013 tem dados vindos dos pais, em entrevista por telefone com famílias de várias regiões dos EUA, entre 2011 e 2012, respondendo questões a respeito de saúde, entre elas, se o filho está no espectro do autismo, e quando foi o diagnóstico. No Brasil, a estimativa em 2007 era de que no país (com uma população de cerca de 190 milhões de pessoas naquele ano), havia cerca de 1 milhão de casos de autismo, segundo o Projeto Autismo, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, da Universidade de São Paulo. Atualmente o número mais aceito é a estimativa de que haja 2 milhões de pessoas com autismo. É mais comum em crianças, por exemplo, do que os casos infantis de câncer, diabetes e AIDS somados. O autismo é mais comum em meninos, na proporção de quatro meninos para uma menina. A cor do autismo é o azul e o símbolo é a fita da consciência com padrão de quebra-cabeça.
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Título Texto
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Conceito O projeto objetiva mostrar o lado “humano” de uma pessoa com autismo, mostrar que quem tem autismo possui suas particularidades e desafios, mas que é uma pessoa que gosta de coisas comuns, como passear e comer batata frita. O autismo é ainda muito estigmatizado, normalmente quem descobre que tem um filho autista tem dificuldade e no início até receio de contar para a família, amigos, etc. Para diminuir preconceito só através de informação e convivência com o que nos é “estranho”. Alguém com autismo tem muitos desafios pessoais, as pessoas deveriam entender e ajudar, não ser mais um obstáculo. O conceito do projeto gira em torno de dois eixos: informação e inclusão, que devem ser trabalhados de forma séria, porém leve e alegre.
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A marca A marca deve representar graficamente os valores e conceitos definidos. Para a construção da marca alguns requisitos deveriam ser atendidos: • Identificar a causa; • Diferenciar-se graficamente das marcas de associações, mas possuir linguagem gráfica que dialogue com elas; • Linguagem gráfica simples e alegre, criando interesse do público; • Causar empatia das pessoas ligadas a causa; • Possa “ganhar vida”, interagir com as pessoas; • Que resista ao tempo, mesmo com todas as dúvidas, pesquisas e descobertas constantes no autismo. O elemento de base da construção da marca foi o triângulo, pois é utilizado para representar visualmente a tríade de dificuldades presentes na vida de uma pessoa com autismo.
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Transtorno do Espectro Autista comunicação
socialização
comportamento
Ele foi transformado em um grid, transmitindo a ideia de engajamento, onde várias pessoas estão unidas em prol da causa, sendo a base da construção da marca. A fita da consciência aliada ao quebra-cabeça foi o símbolo escolhido para a marca, pois é familiar para quem possui ligação com a causa e mesmo quem não saiba o que é o autismo vai reconhecer que se trata de uma causa social, pois as fitas foram muito divulgadas com o uso da fita vermelha para campanhas de AIDS. Também porquê o evento será realizado durante uma semana no ano, a marca não terá muito tempo de exposição, assim um elemento mais conhecido facilita o reconhecimento.
Construção Símbolo
+
+
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Tipografia A fonte utilizada na tipografia da marca é a Jaapokki, com variação nas letras “A”, onde foi utilizada a Jaapokki subtract. A tipografia é posicionada de modo que nas margens da marca seja delimitado um triângulo na mesma proporção dos triângulos do grid.
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Cores As cores foram inspiradas em imagens que falam sobre autismo, bem como as utilizadas na fita quebra-cabeça. Na tipografia foi utilizado um tom de cinza para nĂŁo interferir nas cores do sĂmbolo.
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Paleta cromรกtica
15% magenta
100% yellow
R: 255 / G: 212 / B: 0 Hex: #FFD400 Pantone: 115 C
70% magenta R: 234 / G: 125 / B: 27 Hex: #EA7D1B Pantone: 716 C
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95% yellow
70% black R: 77 / G: 77 / B: 77 Hex: #4D4D4D Pantone: 7540 C
60% ciano
65% yellow
R: 102 / G: 188 / B: 126 Hex: #66BC7E Pantone: 346 C
70% ciano
20% magenta
R: 63 / G: 154 / B: 216 Hex: #3F9AD8 Pantone: 279 C
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Escala de cinza A versão em tons de cinza só deve ser utilizada quando não for possível usar cor. O cinza da tipografia permance o mesmo já especificado.
25% black
35% black
45% black
55% black
70% black
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Uma cor e outline Devem ser usadas em aplicaçþes especiais, como em serigrafia e marca d’agua sobre fotografias, nas cores branco ou preto.
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Margem de segurança A margem de segurança corresponde à altura de um dos triângulos da marca. Possui duas versões, uma para aplicações comuns, como ao lado de outras marcas e uma versão especial para quando a marca estiver sendo aplicada sobre o grid triangular.
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e limite de redução
15 mm
6 mm
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Aplicação sobre fundos A marca em cores só deve ser aplicada sobre fundo branco e em tons de cinza ao preto, preservando o contraste do nome em relação ao fundo.
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Nas cores da marca, em fundos coloridos e sobre fotografias, deve ser utilizada a versão de uma cor, em branco ou preto, preservando o contraste da marca em relação ao fundo.
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Tipografia de apoio A família escolhida para a tipografia de apoio é a Dosis, que possui 7 pesos, do extralight ao extrabold. Ao lado dois exemplos de peso, fonte em 10pt.
ExtraLight Light Regular Medium SemiBold Bold ExtraBold
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• Regular ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUW X YZ abcdefghijklmnopqrstuwxyz 0123 4 56789 Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Vivamus felis lorem, vestibulum ac ante sit amet, blandit eleifend ipsum. Quisque iaculis, libero eget viverra imperdiet, metus sem ultricies dui, ut tempus nunc nunc sed dui. Nunc at condimentum sem. Sed mattis nibh ut nibh volutpat sodales. Morbi mattis vitae nulla id egestas.
• Bold ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUWXYZ abcdefghijklmnopqrstuwxyz 0123456789 Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Vivamus felis lorem, vestibulum ac ante sit amet, blandit eleifend ipsum. Quisque iaculis, libero eget viverra imperdiet, metus sem ultricies dui, ut tempus nunc nunc sed dui. Nunc at condimentum sem. Sed mattis nibh ut nibh volutpat sodales. Morbi mattis vitae nulla id egestas.
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Pattern Foi desenvolvido um pattern padrão para ser utilizado nas aplicações. Ele pode ser aplicado inteiro (como no verso do cartão de visitas, que será mostrado na parte das aplicações) ou desconstruído para interagir com a marca e aplicações (como na capa deste brandbook).
Módulo
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Título Texto
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Marca: o que não fazer
Não alterar as cores
Não alterar a cor da tipografia
Semana do Autismo Não alterar a tipografia
Não utilizar a tipografia sem o símbolo
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Não alterar a proporção dos elementos
N達o rotacionar
N達o inclinar
N達o comprimir
N達o achatar
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2015
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Não colocar elementos dentro da margem de segurança
Não colocar elementos sobre a marca
Não usar sobre fundos coloridos
Não usar a versão em escala de cinza sobre fundo colorido
Não utilizar a tipografia em outline
Não utilizar a versão outline sem ser em preto ou branco
Não alterar a expessura do fio de contorno em outline
Não utilizar a versão de uma cor sem ser em preto ou branco
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Aplicações Cartão de visitas Formato: 90 x 50 mm Fonte do nome: Dosis semibold, 9pt, black 80% Função e telefone: Dosis light, 7 pt, black 70%
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Papel timbrado Formato: A4 Margens: superior 5cm, inferior 2cm, esquerda 3cm, direita 2cm Fonte do texto: Dosis regular, 12pt, black Fonte do tĂtulo: Dosis bold, 14pt, black
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Pasta Formato: 220 x 310 mm Bolso interno: aplicação do pattern com espaço para cartão de visitas
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Envelope Formato: 160 x 110 mm
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Banner Formato: 900 x 1.200 mm
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Camiseta Estampa: 230 x 240 mm
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Tag para camiseta Formato: 40 x 60 mm
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Crachรก Formato: 115 x 145 mm
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Sacola de papel Formato: 175 x 250 mm
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Squeeze Formato da arte: 100 x 100 mm
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Folder informativo Sugest達o de folder informativo, formato A4, duas dobras.
Face externa
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Face interna
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Anúncio para jornal Sugestão de anúncio para jornal, o formato deverá ser consultado conforme os tamanhos de anúncios disponíveis.
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Bottons SugestĂľes de bottons, o formato deverĂĄ ser consultado junto ao fornecedor.
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Outdoor Formato: 9 x 3 m
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Banner vertical SugestĂŁo de banner vertical, o formato deverĂĄ ser consultado junto ao fornecedor.
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Anúncio em mídia externa (ponto de ônibus) Sugestão de mídia externa, o formato deverá ser consultado junto ao fornecedor.
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Anúncio em mídia interna (shopping) Sugestão de mídia interna, o formato deverá ser consultado junto ao fornecedor.
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