Campismo & Montanhismo

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ÓRGÃO INFORMATIVO DA FEDERAÇÃO DE CAMPISMO E MONTANHISMO DE PORTUGAL

ANO 8 – SÉRIE I – N.º 30 – Trimestral ABRIL/MAIO/JUNHO 2011 – 2€

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• Passamento de Companheiros • O Caminho de Santiago • Acampamentos do CCCA • Novos Órgãos Sociais – Clubes



sumário editorial campismo autocaravanismo pedestrianismo montanhismo escalada canyoning formação agenda desportiva

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notícias

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notícias dos clubes

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ficha técnica CAMPISMO E MONTANHISMO • Ano 8 • Série I N.º 30 – Abril / Maio / Junho 2011 Publicação Trimestral • Preço 2,00€ (IVA incluído) PROPRIETÁRIO: Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal. Pessoa Colectiva de Utilidade Pública. Av. Coronel Eduardo Galhardo, 24 D, 1199-007 Lisboa. NIF: 500110360. Telefone: 218 126 890/1. Fax: 218 126 918. E-mail: revista@fcmpor tugal.com. Site: www. fcmportugal.com. • DIRECTOR: Fernando Oliveira Cipriano • EDITOR: Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal • SUBDIRECTOR – REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA: Heliodoro Gonçalves • SUBDIRECTOR – ZONA NORTE: Jorge Manuel Figueiredo Agostinho • SUBDIRECTOR – ZONA CENTRO: Armando Duarte da Silva Gonçalves • CONSELHO DE REDACÇÃO: Armando Duarte da Silva Gonçalves, Jorge Manuel Figueiredo Agostinho, Jorge Valente e Heliodoro Gonçalves. • Capa: Confluência dos rios Cabril e Cabrão (Jorge Vieira) • COLABORAÇÃO ESPECIAL: Filipa dos Santos, Maria José, Virgínia Costa, Jorge Vieira, Natal da Luz, Sérgio Cebola, A. Freitas, Rúben Jordão, Pinto Brandão, Jorge Rúben Martins, Carlos Moreira, João Paulo Queirós, Sérgio Duarte, António Ferro, Pedro Cuiça e Gisela Oliveira • SECRETARIADO: Alexandra Henriques • PUBLICIDADE: Carlos Henriques • EXECUÇÃO GRÁFICA: DPI Cromotipo – Rua Alexandre Braga, 21 B, 1150-002 Lisboa • DISTRIBUIÇÃO: Gratuita • TIRAGEM: 35.500 exemplares • PREÇO DE CAPA: 2.00 Euros • DEPÓSITO LEGAL: 208628/04. ICS 124452 Os textos assinados reflectem a opinião dos seus autores e não vinculam a “Campismo & Montanhismo” às ideias neles expressas. Os artigos e fotos não identificados são da responsabilidade do Director.

A morte é «lixada» vem e leva-nos sem «mas» Acabara de almoçar e preparava-me para uma reunião quando o telemóvel tocou. Do outro lado a Marta comunicava-me que o pai falecera e que o corpo já estava na igreja dos Olivais de onde sairia para o crematório daquela freguesia de Lisboa. Foi um choque tremendo. Não via o Victor Resende há muito tempo. Acompanhou-me nas actividades associativas durante vários anos e convivemos muito desde os tempos em que era um dos responsáveis pelo sector informático da “Neocel”. Foi meu contemporâneo na guerra, em zonas diferentes da região militar de Angola. Andámos com o bailado do “Tiro-Liro” por várias associações, onde desempenhávamos funções de dirigentes e as nossas filhas dançavam. Tivemos “material” no mesmo parque de campismo e no CCCA acompanhou-me em duas direcções. Íntegro e de um grande voluntarismo despedimo-nos no crematório com uma salva e palmas e um “É só até vista irmão” a pedido da Manuela Cipriano. No dia seguinte regressava de Setúbal, quando o Zeferino me ligou para me informar que o João Francisco falecera e que o funeral se realizava nessa tarde. Outro amigo e da mesma idade. Cinquenta e nove anos. Mas como podia ser “Meu Deus”, se eu tinha estado com o João Francisco há menos de um mês no “cuf-descobertas”? Aqui o encontrara quando se preparava para um “check-up”. Sempre com aquele sorriso nos lábios, despedimo-nos e foi a última vez, infelizmente. Acompanhou-me em duas direcções do CCCA, como dirigente da área desportiva. Sempre prestável e de uma simpatia inexcedível, por minha indigitação foi dirigente da Federação. Passadas três horas da comunicação da morte do João Francisco, o companheiro presidente do CCP, Carlos Américo, comunica-me o falecimento do Carlos Alberto Azevedo. Eu nem queria acreditar que num curto espaço de setenta e duas horas três amigos haviam partido. Amigos que com quem partilhei de tudo. Homens com um grande coração e todos com uma grande personalidade, para os quais “antes partir que torcer”. A “partida” do Carlos Oliveira, tratado por todos nós, carinhosamente, por “Carlitos” deixou-me profundamente abalado por todas as razões e mais alguma, especialmente por ser um amigo e acompanhar-me desde que assumi as funções que desempenho na Federação. Mas no rescaldo desta partida da qual ainda não havia encarado a ausência, o desaparecimento destes quatro amigos, com os quais comunguei tristezas e alegrias, deixa-me profundamente triste e amargurado e reduzido à minha “pequenez” de simples mortal, com a tomada de consciência de um dia destes lhes farei companhia onde estejam. Paz às suas almas e creiam IRMÃOS, Carlitos, Victor, João Francisco e Carlos Alberto que, eternamente, farão parte do meu “Cosmos”. fcipriano


MUITOS PROMOTORES SINALIZAM PERCURSOS SEM A AUTORIZAÇÃO DA FCMP, O QUE CONSTITUI CRIME.


campismo

61º Rally de Jovens FICC

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o dia 25 de Abril terminou o 61º Rally de Jovens da FICC no Stadion Hostel em Helsínquia, na Finlândia. Foi com muito gosto que 12 jovens de vários clubes nacionais se juntaram para representar a FCMP durante 5 dias de Rally, bem recheado de passeios, alegria, encontros, reencontros, novos contactos, momentos de festa, e de tristeza na hora do adeus. No primeiro dia foi apenas um dia tranquilo, com a chegada dos participantes, os primeiros passeios pela cidade, os abastecimentos de supermercado, distribuição de identificações, reunião de delegados e a primeira festa: “Bem-vindos à Finlândia”. No segundo dia ocorreu a esperada cerimónia de abertura às 10 horas da manhã, e logo depois subiu-se a bordo dos autocarros que nos levaram numa viagem com cerca de 3 horas pela cidade de Helsínquia, dando-nos a conhecer a sua história e cultura. Às 18 horas iniciou-se a Assembleia Geral da FICC Youth, e às 8 da noite a discoteca já estava aberta para a “Festa da Noite Internacional”, em que alguns jovens vestiram os trajes tradicionais e já mais para a noite, foi-se transformando numa uma “Festa do Pijama Internacional”. No sábado, de manhã partimos para um peddy-paper, à descoberta de Helsínquia onde descobrimos novos cantos da cidade, interagimos com os locais, utilizamos alguma da informação aprendida no dia anterior, tão bem explicada por os guias em cada autocarro. Durante toda a tarde podemos experimentar uma sauna à moda da Finlândia. Uma sauna muito particular, móvel, privada e construída manualmente pelos seus proprietários, acompanhada por uma churrascada e gelo na paisagem, o cenário finlandês estava criado. Com a noite chegou a festa temática

dos anos 80, em que não faltou o Wally, as tartarugas Ninja e as ultrapassadas e, extravagantemente combinadas, roupas coloridas. Domingo foi dia de glória com a vitória nacional no torneio de futebol que contava com irlandeses, ingleses, holandeses e eslovacos. Às 19 horas começou o jantar de Páscoa e a cerimónia de encerramento no museu do desporto. Despedimo-nos de Helsínquia e lançamos a dica para seguir para a Croácia em 2012. A última noite de discoteca incluiu muita dança em grupo, uma sessão de karaoke e para finalizar o hino “Até à Vista Irmão” que foi cantado por cada grupo na sua própria língua. Segunda-feira, ao raiar do dia, partiram os primeiros, e ao longo do dia, a pouco e pouco, fomos deixando a bela cidade de Helsínquia, os amigos e fomos levando para nossas casas mais um ano de boas memórias de mais um FICC Youth Rally, esperando o reencontro 5 a 9 de Abril de 2012 em Split, na Croácia. Aproveitamos ainda para convidar todos os jovens que se encontrem na faixa etária dos 14 aos 30 anos a juntarem-se a nós através do e-mail campjovempt@gmail.com e do grupo do

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Facebook Campismo Jovem Portugal. Estamos prontos para partilhar contigo todas as nossas experiências e iniciativas campistas. Vem receber notícias, conhecer gente, convidar, aceitar convites, arrumar a mochila e seguir para o campo. O movimento jovem campista espera por ti e nós sabemos que já estavas há muito à nossa espera. Filipa dos Santos e a sua equipa


campismo

77º Rally FICC 2011 5 A 14 DE AGOSTO DE 2011 | REPÚBLICA CHECA – PRAGA INSCRIÇÃO Boletim de inscrição, excursões e mais informações sobre o evento poderão ser obtidas no sítio www.f icc2011.cz.

Nesta data, a inscrição terá um agravamento de 20%. Em caso de desistência, o valor não será reembolsado.

Pós Rally FICC -2011 14 A 18 DE AGOSTO DE 2011 | POLÓNIA

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omo informámos na revista anterior, após o 77º Rally FICC em Praga,

a Polska Federacja Campingu Caravaningu vai organizar um Rally, aprovado pela FICC. Este evento terá lugar entre 14 e 18 de Agosto de 2011, no parque de campismo, Nº. 142, em Miłkow, nos Sudetos, (cadeia de montanhas) perto da fronteira com a República Checa e a Poló-

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nia, aproximadamente a 130 km de Praga. Data limite de inscrição: 1 de Julho de 2011. Boletim de inscrição e mais informações em: www.pfcc.eu.

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Vem participar! Mais informações: Parque de Campismo Praia da Saúde E-mail: p.costa@ccca.pt Tel. 212902941 Fax: 212911633 30| SÉRIE 1

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50º Acampamento do Clube de Campismo do Concelho de Almada PARQUE DE CAMPISMO CASTELO DO BODE 9 A 11 DE SETEMBRO DE 2011 PROGRAMA OFICIAL Dia

9 Sex

Horas

Descrição

10h00

Abertura da Recepção e inscrições para o Acampamento Inscrições para as provas desportivas

16h00

Abertura da Quermesse

21h00

Actividade Nocturna

00h00

Comerete

08h00

Alvorada Tradicional

09h00

Abertura da Recepção e inscrições para o Acampamento Inscrições para as provas desportivas

10h30

Abertura Oficial do Acampamento: Recepção das Entidades Hastear de Bandeiras Troca de Lembranças entre os Clubes representados

14h00

Inicio das actividades desportivas Abertura da Quermesse Visita Cultural e Desportiva

19h00

Lanche Ajantarado oferecido pelo Clube

21h30

Fogo de Campo

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Comerete

08h00

Complemento das provas desportivas

11h00

Cerimónia de Encerramento e entrega de troféus

10 Sáb

11 Dom

TAXAS DE INSCRIÇÃO (com direito a saco)

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TAXAS DE INSCRIÇÃOACOMPANHANTES /AVERBADOS (sem direito a saco)

Titular com Carta de Campista Nacional (inclui cônjuge)

15,00€

Adulto

Titular com Carta de Campista Nacional (individual)

10,00€

Dos 15 aos 18 anos

7,50€

Até aos 14 anos

Grátis

Titular com Carta de Campista Juvenil

6,00€

MAIS INFORMAÇÕES: Parque de Campismo Praia da Saúde E-mail: p.costa@ccca.pt Tel. 212902941 • Fax: 212911633

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Páscoa em Mondim de Basto

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ais uma vez, festejamos a Páscoa, no Parque de Mondim de Basto, com a pequenada. Devido às condições meteorológicas, não teve a adesão esperada, mas mesmo assim reuniu 37

crianças, que se divertiram e passaram um dia diferente. São os nossos futuros campistas. Texto: Maria José Fotos: Henrique Martins

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campismo

69º Aniversário do Clube Campismo Estrela

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14 de Maio de 2011. O Clube Campismo Estrela comemora o seu 69º Aniversário. Como não podia deixar de ser, o local escolhido para as comemorações foi a agradável sala de convívio do nosso Parque de Campismo do Sobreiro, primorosamente decorada em tons de azul, branco e amarelo. No exterior da sala de convívio foram recebidos os convidados e servidos os aperitivos. Por diversas razões a que a crise não será alheia, os Clubes e outras entidades que aceitaram o convite foram em menor número em relação ao ano anterior. Pelas 13H30 foi servido o almoço, refeição leve e saborosa, confeccionada pelas mãos hábeis de quatro companheiras e servida como habitualmente pelos Jovens Estrelinhas. Servidos os cafés, chegou a hora dos actos solenes, iniciados pela imposição dos Emblemas de Mérito Prata aos sócios que perfizeram os 25 anos de Associação. Seguiu-se a tradicional troca de lembranças e os habituais votos de felicidades e parabéns, proferidos pelos representantes dos Clubes e demais entidades presentes. Nas palavras de todos os intervenientes esteve presente o campismo e o companheirismo e a necessidade premente do movimento associativo se unir ainda mais por forma a crescer e ultrapassar a crise. Seguiram-se as palavras de agradecimento do Presidente da Direcção, José Silva que sublinhou ser prioridade da presente Direcção a continuidade

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do processo de legalização do Parque e tudo o que lhe é inerente. Aproveitou igualmente para informar ser intenção da Direcção organizar em 2012 mais um Acampamento Comemorativo do Aniversário do CCE e de imediato apelou à habitual ajuda e apoio da FCMP. Terminou agradecendo a todos o contributo dado na realização destas comemorações. Também o Presidente da Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal, Fernando Cipriano, com a sua habitual boa disposição, dirigiu palavras de apreço e confirmou estar a FCMP à disposição do CCE para, dentro das suas possibilidades, apoiar o Clube de Campismo Estrela na organização do seu Acampamento Comemorativo. O encerramento dos actos solenes coube à Presidente da Mesa da Assembleia Geral, Marina Lourenço que apelou a todos os sócios para aumentar a

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sua assiduidade no Parque de Campismo e a uma maior participação nas suas actividades. Patente em quase todos os discursos foi a saudade pela recente partida de alguns sócios e companheiros amigos, nomeadamente Carlos Torres e Carlos Oliveira, antigos dirigentes do Estrela e da Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal e mais recentemente também Carlos Alberto, Presidente do Clube de Campismo do Porto. As cerimónias foram encerradas com chave de ouro, pois todos os presentes cantaram com júbilo e emoção a Marcha do Clube Estrela. Seguiu-se o bolo e o champanhe e os votos sinceros de que no próximo ano se volte a festejar mais um ano de vida daquele que é considerado por muitos o seu principal refúgio de fim-de-semana. Texto e fotos: Virgínia Costa


campismo

Campismo e Cultura (2)

Castelo de Almourol

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m artigo inserido na Campismo & Montanhismo anterior, fizemos referência a que os Parques de Campismo da Federação, estão implantados em regiões de características diversas, permitindo aos seus frequentadores visitarem a respectiva região. Situado na Região Centro do País, numa das margens da albufeira da barragem fica o Parque de Campismo de Castelo do Bode, em região que tem muitos e variados pontos de interesse histórico e cultural, que merecem ser visitados. Destacamos nesta região três pontos de interesse histórico e cultural, nomeadamente o Convento da Ordem de Cristo e o Castelo Templário, em Tomar, o Castelo de Almourol entre Constância e Barquinha e o Castelo de Abrantes. Cada um destes monumentos tem a sua própria história, onde se descreve desde a sua construção, finalidade e evolução da sua utilização ao longo da história de Portugal. Fizemos uma pequena recolha da história de cada um dos monumentos referidos, que ousamos partilhar com os Companheiros leitores da revista. No grupo arquitectónico Convento da Ordem de Cristo e Castelo Templário, construído por fases e em anos diferentes. O Castelo foi fundado em 1160 por Dom Gualdim Pais, Mestre provincial da Ordem do Templo em Portugal. Em

1510-1513, D. Manuel mandou construir a Igreja do Convento de Cristo, encarregando o mestre Diogo Arruda de sua execução. As fachadas da igreja são lançadas por este arquitecto, mas a esta obra é terminada por João Castilho, cerca de 1515. Este monumento está inscrito na lista de Património Mundial da UNESCO, integrando alguns dos mais expressivos testemunhos da história da arquitectura portuguesa, onde se destaca a famosa janela manuelina da Sala do Capítulo. Já no Tejo médio, encontramos o Castelo de Almourol numa pequena ilha escarpada sendo um dos monumentos militares medievais mais emblemáticos e cenográficos da Reconquista, sendo, simultaneamente, um dos que melhor evoca a memória dos Templários no nosso país. Em 1129, data da conquista deste ponto pelas tropas portuguesas, o Castelo já existia e denominava-se Almorodan quando detido pelo castelão árabe, sobre o qual recai uma lenda que contaremos noutra altura. As características que unem os dois castelos, o de Almourol e dos Templários em Tomar, definem uma mesma linha de arquitectura militar templária. No sentido da nascente do Tejo, encontramos Abrantes, sede de concelho do mesmo nome e lá no seu ponto mais alto encontra-se situado o seu poderoso e austero castelo. Este castelo

Convento de Cristo

já teve inúmeras utilizações em várias épocas, mas todas elas, sempre de carácter militar. A silhueta das suas muralhas poderosas domina uma elevação da Cidade Florida (denominação actual de Abrantes, devido ao culto da flor que lá se pratica), vigiando atentamente a proximidade do extenso caudal do rio Tejo o qual serviu de inspiração ao nosso grande Camões. Julga-se que a antiga fortaleza pré-romana terá sido conquistada no ano de 130 a.C., pelo cônsul romano Décio Júnio Bruto. Abrantes revelava-se um ponto de importância estratégico fundamental, no controlo das várias redes viárias, posição táctica militar para quem dominasse o seu castelo. Esta

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Castelo de Abrantes

importância foi determinante em várias épocas e tendo estado em posse dos Mouros, D. Afonso Henriques conquistou-a em 1148. Mas não foi fácil a sua manutenção nas mãos dos portugueses pois sofreu dois longos e desgastantes cercos pelos Almoráveis, o primeiro dos quais 21 anos depois da sua conquista. Mas as forças cristãs comandadas por D. Afonso Henriques defenderam esta praça-forte, não mais a tendo perdido. O Castelo de Abrantes esteve sempre ligado a factos e acções históricas de Portugal, que devido à sua implantação geográfica, foi determinante para a confirmação da entidade e independência de Portugal. Em conclusão, podemos afirmar, que praticar campismo e neste caso no Parque de Campismo de Castelo do Bode, tem interesse, em todos os aspectos, especialmente, lúdicos, sociais e culturais. Texto: Jorge Vieira



autocaravanismo

III Concentração Flaviense de Autocaravanas 24, 25 E 26 DE JUNHO DE 2011 | JUNTO AO ESTÁDIO MUNICIPAL (Lugar da Feira Semanal) | (GPS N 41º 45`09`` W 7º 27`56``)

PROGRAMA

6ª FEIRA / 24 JUNHO 15.00 h Chegada dos companheiros ao local de concentração. SÁBADO / 25 JUNHO 08.00 h Alvorada 08.15 h Chegada do padeiro (com o tradicional folar e pastéis de Chaves) 09.00 h Saída em caravana em direcção a Vila Pouca de

VALOR: Autocaravana – 5,00 € Adultos – 40,00 € Jovens dos 4 aos 15 Anos – 20,00 € Crianças até aos 3 Anos – Grátis Condições de cancelamento não previstas. Local equipado com: água, electricidade, WC e despejos.

Aguiar seguindo para Trêsminas para a visita das Minas 12.30 h Almoço (Cabritinho do Alvão) 14.30 h Visita ao Museu seguindo depois viagem para visitar o Castelo de Aguiar. 20.00 h Jantar com Porco no Espeto (bebidas não incluídas), acompanhado de música ambiente.

DOMINGO / 26 JUNHO 09.30 h Alvorada 09.40 h Chegada do padeiro (com o tradicional folar e pastéis de Chaves) 10.00 h Inscrições para os jogos populares. 10.30 h Inicio dos jogos populares 12.30 h Despedida dos companheiros com entrega de lembranças.

Pagamento através de cheque ou vale de correios endossado ao CLUBE FLAVIENSE DE AUTOCARAVANISMO para:

BOLETIM DE INSCRIÇÃO Poderá ser obtido através do site da FCMP www.fcmportugal.com

FLAVITUBO Largo do Cruzeiro 5400-213 CHAVES

As inscrições incluem o almoço e jantar de sábado assim como as entradas nas Minas.

Encontro de Campismo e Caravanismo do Clube Campismo da Marinha Grande 16 A 18 DE SETEMBRO DE 2011 PARQUE DE CAMPISMO DA PRAIA DA VIEIRA Contacto: 965358543 (Deolinda Oliveira)

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autocaravanismo

Pela rota do bacalhau … … com os fiéis amigos do Clube de Campismo e Caravanismo de Coimbra

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ntem fiel amigo, hoje caro, o bacalhau desde há muito que faz parte da nossa dieta alimentar. Se os Vikings já o preparavam para consumo no século IX, os portugueses apreciam-no, pelo menos, desde o século XIV. Foi precisamente o nosso indispensável amigo bacalhau que esta actividade, promovida pelo grupo autocaravanista do Clube de Campismo e Caravanismo de Coimbra (C.C.C.C.) quis homenagear, no fim-de-semana da mudança para a chamada hora de verão, de 25 a 27 de Março de 2011. Para tal, começaram os autocaravanistas e acompanhantes previamente inscritos a concentrar as suas unidades a partir das 16 horas de sexta-feira, dia 25, no parque de estacionamento do Canal de S. Roque em Aveiro, local que além de aprazível, serviu perfeitamente para o efeito, tendo até sido possível visitar o centro da cidade, cada vez mais bonita e bem cuidada, para o que concorreu a circunstância de a tarde e a noite terem estado amenas e sem chuva. A manhã de sábado, dia 26, surgiu fresca e nublada mas nada que assustasse um autocaravanista. Tanto assim foi que, por volta das 10 horas, partimos para um passeio nos canais em dois barcos moliceiros da empresa “Eco Ria”. Moliceiro é a designação do tipo mais comum de barco que circula na Ria de Aveiro. Originalmente usados na apanha do moliço, principal fonte de adubação dos terrenos agrícolas da 30| SÉRIE 1

região em tempos idos, estas embarcações são hoje, com ligeiras adaptações, utilizadas para fins turísticos. De borda baixa para facilitar o carregamento do moliço, estes barcos têm uma proa e uma ré elegantes, normalmente decoradas com motivos que ridicularizam situações do dia-a-dia. Os dois barcos moliceiros que nos transportaram ao longo dos canais foram o “Ricardo” tripulado pelo Sr. Rui e tendo como guia a Sara e o “Alberto” que tinha ao leme o Sr. Alberto e nas funções de guia a Antonieta. Cada um com capacidade para cerca de 30 pessoas, as embarcações conduziram-nos ao longo dos principais canais da Ria de Aveiro que tem cerca de 47 quilómetros de comprimento e 11.000 hectares de área alagada. Através do Canal das Pirâmides (o maior), apreciámos a cidade a partir da ria, destacando-se aqui e além os belos edifícios de estilo arte nova. Do canal de S. Roque, o dos armazéns de sal, avistámos a agradável zona pedonal e de lazer e o Mercado do Peixe que, construído em 1904 com projecto de Gustavo Eiffel, ainda hoje serve a cidade. Igualmente despertaram a nossa atenção as casas de madeira ou palheiros, hoje adaptadas a novas funções sobretudo como restaurantes e bares, o que não será de admirar já que, enquanto cidade universitária que é, Aveiro soube responder às exigências da juventude que acolhe. Foram, realmente, 45 minutos muito agradáveis em que até a chuva foi nossa amiga pois só fomos surpreendidos por uns chuviscos quando, já em terra firme, nos dirigíamos para as autocaravanas. Passava das 11 horas quando partimos em direção a Ílhavo onde, entre o meio-dia e as 14 horas, almoçámos nas unidades estacionadas no amplo espaço junto ao Museu Marítimo. A mais antiga referência documental a Ílhavo remonta a meados do século XI e o concelho teve Foral outorgado por D. Dinis em 1296, tendo recebido

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Foral novo por D. Manuel I em 1514. Refira-se a título de curiosidade que na Barra, localidade do concelho de Ílhavo, está erguido o Farol da Barra que é o mais alto farol marítimo da Península Ibérica. Como previsto, a partir das 14 horas visitámos o Museu Marítimo de Ílhavo guiados por Catarina Dias, Mestre em Arte, Património e Restauro. O Museu nasceu em 8 de Agosto de 1937 e testemunha a fortíssima ligação dos Ílhavos quer ao mar, quer à Ria de Aveiro. O actual edifício foi inaugurado a 21 de Outubro de 2001 e é um belo exemplar de arquitetura contemporânea, num preto e branco bem conjugado com a volumetria dos espaços. Dividido por três áreas que se complementam, o espólio do museu reúne objectos relacionados com a pesca do bacalhau nos mares da Terra Nova, a chamada Faina Maior, e com as fainas agromarítimas da Ria de Aveiro. Possui ainda um valioso acervo de peças de etnografia marítima e a maior coleção de conchas do país. Enfim, dos vários tipos de embarcações que sulcaram ou ainda sulcam a Ria de Aveiro, passando por uma réplica de um navio bacalhoeiro e de um estaleiro naval, de tudo o que se relacione com a vida das gentes de Ílhavo, o Museu nos dá conta com tanto interesse, que foi num ápice que o final da visita que durou uma hora nos surpreendeu. Complementámos, porém, esta visita com uma outra, ao Navio Museu Santo André que, na Gafanha da Nazaré, constitui um pólo do Museu Marítimo de Ílhavo. A embarcação fez parte da frota portuguesa do bacalhau e pretende ilustrar as artes do arrasto. Este arrastão lateral (ou clássico), como nos explicou o guia – João Pedro Bastião, licenciado em Turismo – foi construído em 1948 na Holanda, encomendado pela Empresa de Pesca de Aveiro. Era, então, um navio moderno, com 71,40 metros de comprimento dispondo de um porão com capacidade de arma-


autocaravanismo

zenamento de mais de mil toneladas de peixe. A tripulação do navio era de 60 pessoas, 40 das quais pescadores. Visitámos todas as dependências do navio, podendo constatar a enorme diferença entre o alojamento da tripulação de comando e o dos pescadores que, na verdade, passavam os seis meses de duríssima faina em condições desumanas. Nos anos oitenta do século vinte surgiram restrições à pesca em águas exteriores que provocaram a redução da frota e mesmo o abate de boa parte dela. Hoje só subsistem em Portugal 14 navios na pesca do bacalhau e todos da Gafanha da Nazaré. Quanto ao navio Santo André, não escapou à tendência e a 21 de Agosto de 1997 foi desmantelado. Porém, para que não se perdesse a memória daquela emblemática embarcação, havia que saber preservá-la. Para isso, foram conciliados esforços. O armador do navio, António do Lago Cerqueira, Lda. (Pescas Tavares Mascarenhas, S.A.) e a Câmara Municipal de Ílhavo decidiram, por mútuo

acordo, transformar o velho arrastão em navio museu. E aí está ele, num novo ciclo da sua vida, honrando a memória de todos os seus tripulantes durante meio século de atividade. Foi com o Santo André como pano de fundo que, terminada a visita, tirámos a habitual fotografia de todo o grupo de participantes na actividade. Perto das 19 horas, já estacionávamos na Gafanha da Encarnação no parque do restaurante A Estufa, junto à Marina da Bruxa, no qual jantámos. Antes do jantar, pudemos, ainda, deliciar-nos com a magnífica panorâmica da Costa Nova que, dali, se desfruta e onde as luzes já se acendiam naquele crepúsculo de início da Primavera. Marcado para as 20 horas, o jantar cujo prato principal foi, como não poderia deixar de ser, bacalhau, neste caso à lagareiro (especialidade da casa), proporcionou uma descontraída jornada de convívio com distribuição de prémios simbólicos sorteados entre os companheiros que responderam corretamente a um conjunto de ques-

tões formuladas por escrito e relacionadas com a atividade lúdico-cultural em que estávamos a participar. Houve, também, oportunidade para um pezinho de dança por parte dos menos “enferrujados”, graças à atuação da Banda Diley, um grupo da terra. Não deixaram, como habitualmente, de participar no jantar e no convívio a ele inerente os companheiros Rui Figueiredo e Lucas, o primeiro, presidente do C.C.C.C. Foi, o que se pode dizer, “uma grande noite” até porque parte substancial dos convivas só recolheu às unidades por volta da meia-noite. Eram 9,30 horas quando no domingo, dia 27, deixámos a Gafanha da Encarnação e nos dirigimos para as instalações da Fábrica da Vista Alegre a fim de visitarmos o Museu e a Capela de Nossa Senhora da Penha de França, também pertença daquela empresa. A Fábrica situa-se no lugar da Vista Alegre, freguesia de S. Salvador, concelho de Ílhavo. O alvará que autorizou o funcionamento daquela unidade fabril foi concedido em 1824 pelo rei

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autocaravanismo D. João VI, passando aquela fábrica de porcelana a “beneficiar de todas as graças, privilégios e isenções de que gozam, ou gozarem de futuro as Fábricas Nacionais”. Cinco anos passados, em 1829, a Vista Alegre recebeu o título de Real Fábrica, um reconhecimento pelo seu sucesso industrial. A partir de 1832, a empresa intensificou o seu trabalho e dedicou-se ao aperfeiçoamento da porcelana. Recebeu-nos e guiou a visita o Sr. Duarte José que se confessou campista pelo menos no mês de Agosto de cada ano e que, filho de pai e mãe trabalhadores da Vista Alegre, também ele tem dedicado a sua vida àquela unidade industrial a que o ligam laços profissionais e afetivos. Por ele soubemos que o fundador da empresa foi José Ferreira Pinto Basto; que em 1826 foi criado o Grupo Cénico da Vista Alegre e que em 1840 foi constituído o Corpo de Bombeiros da Vista Alegre. Também nos fez saber que a Fábrica, atualmente com 700 funcionários, começou por

trabalhar o vidro e o pó de pedra, a porcelana imperfeita e, finalmente, a porcelana que, conseguida a partir da junção de caulino com quartzo e feldspato, constitui hoje a, praticamente exclusiva, matéria-prima da Fábrica. O Museu foi inaugurado em 1964 e está situado na Quinta da Vista Alegre, nos mesmos terrenos da Fábrica. Evoca a história da mais prestigiada fábrica portuguesa de porcelana e o seu espólio é constituído por vidros do século XIX e porcelanas ilustrativas do seu fabrico em Portugal. No seu acervo existem ainda documentos que testemunham a história da fábrica e dos seus sucessivos impulsionadores. A Capela de Nossa Senhora da Penha de França, que também visitámos acompanhados pelo Sr. Duarte José, foi mandada construir em 1693 pelo Bispo D. Manuel de Moura Manuel em cumprimento de uma promessa. Tendo como orago a padroeira da Vista Alegre, é no primeiro domingo de Julho que, à volta da capela, se realiza a festa

anual. A fachada do templo ostenta um nicho com a imagem, em pedra e em tamanho natural, de Nossa Senhora da Penha de França. O altar-mor é o único no mundo que tem um presépio integrado na sua própria estrutura. A azulejaria barroca da Fábrica do Rato nas paredes e a talha dourada nos altares pontificam na capela. O túmulo do bispo fundador, junto à capela-mor, foi construído em pedra de Ançã. O templo é monumento nacional desde 1910 e está presentemente fechado ao culto, aguardando restauro. Com a visita à Capela de Nossa Senhora da Penha de França terminava esta actividade cujo símbolo, a imagem de um bacalhau sobre uma placa triangular em pedra, foi distribuído ao titular de cada autocaravana e às entidades que nos acolheram e tornaram possível mais este percurso lúdico-cultural, o primeiro na orla marítima, dos vários já organizados pelo C.C.C.C. Texto e foto: Natal da Luz

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Sentir 50 anos de liberdade

Descobre o teu mundo A feira n°1 para autocaravanas e roulotes

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XII Rota do Contrabando – Ruta del Contrabando COM RECORDE DE PARTICIPANTES: 450 CAMINHEIROS!

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ealizou-se no passado sábado, dia 26 de Março, a 12ª edição do percurso pedestre transfronteiriço em travessia “Rota do Contrabando – Ruta del Contrabando”, que este ano ligou Cedillo, na Estremadura espanhola, a Montalvão, no concelho de Nisa, uma iniciativa organizada pela INIJOVEM – Associação para Iniciativas para a Juventude de Nisa, em parceria com a Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal, que contou ainda com o apoio da Câmara Municipal de Nisa, Junta de Freguesia de Montalvão e do Ayuntamiento de Cedillo. Atingiu-se o número recorde de 450 participantes, com as inscrições a fecharem 3 dias antes da data limite, dada a forte adesão verificada. No terreno estiveram ainda 14 guias a pé, 3 viaturas TT, 2 ambulâncias, da Cruz Roja Española e dos Bombeiros Voluntários de Nisa. No transporte entre as localidades estiveram envolvidos 3 autocarros, 2 do Município de Nisa e 1 do Ayuntamiento de Cedillo. A marcha teve início no “Pabellón Polideportivo”, em Cedillo, cerca das

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09h00. Após a travessia da localidade, seguiu-se pelo “Camiño de la Carrasquera”. Depois de atravessado o belo pontão rústico do “Regato del Pueblo”, atingiu-se a “Machiera” e daí se prosseguiu ao longo da margem do Tejo. Já com 7.350 m em território espanhol, os pedestrianistas embarcaram no novo cais flutuante de Cedillo, percorrendo depois 800 m em barco, até ao cais de Montalvão. Já em Portugal, onde decorreu o primeiro reabastecimento, a marcha prosseguiu ao longo da margem sul do rio Tejo, pelo antigo posto da Guarda Fiscal, até se atingir a Ribeira de S. Simão. Daqui subiu-se ao “Monte da Fajã”, com um interessante património rural, nomeadamente os açudes em xisto, onde se procedeu a novo reabastecimento e onde estava prevista a realização uma recriação histórica, a cargo dos alunos da turma do 2º ano do curso de Animador Sociocultural da ETAPRONI, que acabou por se não realizar devido à forte chuvada que na altura se fazia sentir. Logo adiante surgiu a capela de N.ª S.ª dos Remédios, com Montalvão à vista. Cerca das 15h00, a extensa coluna de caminheiros começou, pouco a pouco, a chegar ao recinto das festas de Montalvão, recebida pelos ribombar dos Bombos de Nisa, para, logo após

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decorrer a entrega de lembranças aos pedestrianistas e o almoço-convívio, em que, ao som dos “Domingos & Dias Santos” e também dos “Bombos de Nisa”, se degustou a rica gastronomia regional, com destaque para o bom vinho, queijo e enchidos da região, a sopa de legumes, o porco assado no espeto e a feijoada de javali. Marcaram presença nesta actividade, representantes da Assembleia Municipal de Nisa, Município de Nisa, Governo Civil do Distrito de Portalegre, Junta de Freguesia de Montalvão e Ayuntamiento de Cedillo. A organização da “XII Rota do Contrabando – Ruta del Contrabando” gostaria ainda de agradecer o apoio do SEPNA da GNR de Nisa, da Guardia Civil, do Grupo de Bombos de Nisa, da ETAPRONI, da Cruz Roja Española, dos Bombeiros Voluntários de Nisa, de Francisco Maria Pinheiro, da Ternisa e da Salchinisa. Uma palavra final de grande apreço e mais do que justo agradecimento a todos os sócios da INIJOVEM e demais voluntários, por todo o apoio e colaboração na preparação e realização desta actividade, sem o qual não teria sido possível “trilhar”, uma vez mais, “os agrestes trilhos do contrabando”! Texto: Sérgio Cebola Fotos: Hugo Mendonça/Jornal de Nisa


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II Marcha de Maio do Académico

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aramulo 7 de Maio de 2011. Eram 10h de um sábado chuvoso quando 120 companheiros, vindos do Porto, S. João da Madeira, Oliveira do Hospital e de Tondela, saíram do Posto de Turismo do Caramulo com destino ao Caramulinho, serra acima. Perfizeram-se os dois PR existentes, o 3 Rota das Cruzes e o 4 Rota dos Caleiros, totalizando 16 km e tendo atingido a cota máxima de 1070 m. Apesar da chuva, predominou sempre a boa disposição entre todos, mesmo quando o guia principal e Presidente da

Junta de Guardão, companheiro António Ferreira, alargava o passo e permitia uma fila mais alongada. Mas lá estava o companheiro Miguel que, com a sua habitual calma, servia de vassoura e não deixava ninguém para trás. Assim, cerca das 13 h lá iam chegando, uns mais, outros menos molhados, às ruínas daquilo que em tempos foi uma escola primária em Jueus. Desta vez, a escola serviu para uma pequena pausa destinada ao já habitual café Delta e Porto Poças, aqui acompanhado de umas saborosas bolas de carne e de bacalhau, ainda quentinhas, oferecidas pela Junta de Freguesia de Guardão. Depois de carregar baterias, lá seguiram a caminho do Caramulinho. Uma vez aqui e depois da subida pelas escadas ao cimo do ponto mais alto da Serra, poucos foram os que decidiram fazer o percurso

de regresso no autocarro que nos esperava; já haviam percorrido cerca de 9 km. Os muitos que continuaram, mesmo com algumas dúvidas quanto à meteorologia, passaram novamente na aldeia de Cadraço e agora também em Carvalhinho, S. Bartolomeu e Janardo. E eis que a Casa do Povo já se avistava para o convívio gastronómico e musical que estava anunciado… O grupo de cavaquinhos da terra abrilhantou este convívio, oferecido também pela Junta de Freguesia. Comeu-se, bebeu-se, distribuíram-se algumas lembranças e ainda houve forças para o pé de dança. Parabéns à Junta de Freguesia de Guardão e à Câmara Municipal de Tondela sem as quais, este evento não teria o brilhantismo alcançado. Texto e foto: A. Freitas

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© Adriano Maria

XI Jornadas Nacionais de Pedestrianismo

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© Adriano Maria

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s XI Jornadas Nacionais de Pedestrianismo realizaram-se nos dias 19 e 20 Março no auditório do Espaço Monsanto da Câmara Municipal de Lisboa e Parque Florestal de Monsanto, sob o tema “Património Histórico Cultural”. No primeiro dia decorreram as palestras e no segundo um percurso pedestre. Tiveram como objectivo a apresentação de trabalhos, metodologias, estudos de casos e panorama Europeu do pedestrianismo ao nível do património histórico e cultural. Destinaram-se a Técnicos da Escola Nacional de Montanhismo da Área do Pedestrianismo, Técnicos de Desporto, Professores, Dirigentes Desportivos/Associativos, Empresários, Responsáveis Autárquicos, Estudantes e Praticantes. Os documentos dos Painéis encontram-se em pdf no sítio da FCMP: www.fcmportugal.com.

PEDESTRIANISMO Ande pela sua saúde e pela saúde do Planeta!

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O Caminho de Santiago por Terras de Basto

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ntegrado na 4ª Edição de “Contar, Cantar e Pintar Mondim” a Junta de Freguesia de Mondim de Basto levou avante um percurso pedestre de 23,700 km, com inicio em Anta e terminus em Mondim de Basto. Este percurso com marcas dos Caminhos de Santiago tenta obedecer ao traçado histórico da mesma Rota. Antes de falarmos do percurso, vejamos o que Fernando Gomes, Presidente da Junta de Freguesia de Mondim, nos diz sobre o evento: “Nesta IV edição, o modelo com a temática chave do evento a incidir sobre «O Caminho de Santiago por Terras de Basto», para que a nossa história não fique guardada num baú e ao mesmo tempo, recuperar os itinerários entre povoações tendo em vista, valorizar, potenciar e desenvolver nas várias vertentes, religiosa, cultural e lazer os caminhos outrora utilizados por povos nas suas deslocações às localidades por onde caminhavam e os conduziam a Espanha, nomeadamente a Santiago de Compostela, conforme o célebre relato da viagem do primeiro estrangeiro que se conhece, o Barão Leon Rosmithal do Reino da Boémia, hoje, República Checa, que atravessou Portugal no sé-

culo XV a caminho de Santiago de Compostela com passagem por Lamego, Vila Real, Terras de Basto e Braga. Esta IV Edição será desenvolvida em parceria com a associação IRMANDADE DE PEREGRINOS DOS CAMINHOS DE SANTIAGO POR TERRAS DE BASTO numa grande jornada nos dias 21 e 22 de Maio do corrente ano, com uma exposição de Pintura e Fotografia, peregrinação do percurso sinalizado no concelho de Mondim de Basto em BTT, pedestre e a cavalo e com palestras com várias entidades já abraçadas no percurso do Caminho Português, nomeadamente a Asociación de Las Amigas e Amigos do Camino Português a Santiago de Pontevedra, Espanha. E, é neste sentido, que esta Junta de Freguesia tem vindo a promover com estas iniciativas no fortalecimento do espírito de união e vizinhança para que se derrame e perpetue nas nossas gerações actuais e vindouras. Iremos continuar com eventos que enalteçam culturalmente a nossa gente. Continuar a dar cor e vida à nossa terra. Continuar a dar a conhecer o percurso da nossa biografia porque o nosso passado é abundantemente rico, precioso e na determinação da nossa identidade de «Ser Mondinense» ”.

O extenso programa que nos foi oferecido, no sábado dia 21, teve vários palestrantes de muita qualidade, que abordaram a temática dos Caminhos de Santiago, tendo a FCMP feito representar-se pelo seu Técnico de Pedestrianismo, Rúben Jordão, que abordou a marcação das Pequenas e Grandes Rotas, as marcas nacionais e a desmistificação destas marcas serem internacionais, como aparece propalado por muita gente e instituições, como seja real a sua existência, o que não é verdade. Também interveio um Técnico da nosso Centro de Formação e Presidente dos “Restauradores da Granja”, Gabriel Soares, que abordou a importância da balizagem dos percursos pedestres com as marcas da Federação e a marca do Caminho de Santiago, que simplisticamente se reduz a uma seta amarela, que qualquer peregrino pode pintar/ marcar e a necessidade das populações locais estarem envolvidas nos percursos, daí advindo sinergias de ordem cultural, religiosa e económica. No dia seguinte, cerca das 9 horas, iniciou-se a marcha pelo Caminho de Santiago de Anta a Mondim. Para nós foi uma agradável surpresa vermos um percurso pedestre concretizado por

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peregrinos e desportistas a pé, de bicicleta e a cavalo. Logo no inicio foi-nos entregue a “Credencial de Peregrino” para ser carimbada em dois pontos de passagem a saber: Bilhó e Vilar de Ferreiras. O percurso irá ser tratado nas linhas que se seguem pelo Rúben Jordão, que acabou por exercer as funções de “pagador de promessas”, dado o grau de dificuldade que encontrámos pela extensão, temperatura e declives. “O Caminho de Santiago, por Terras de Basto” é um itinerário balizado com a marca dos Caminhos de Santiago – a “seta amarela” – e não com as marcas (registadas) da FCMP. No entanto o percurso em causa percorre vários troços do itinerário do PR 1 “Caminhos de N.ª Sr.ª da Graça” e PR 2 “Levada de Piscaredo” do concelho de Mondim de Basto, balizados com as marcas da FCMP. O percurso que tivemos oportunidade de fazer oferece ao praticante/ peregrino a possibilidade de contemplar belezas naturais lindíssimas, calçadas e pontes romanas e, como é de esperar, igrejas e capelas, nomeadamente a de Vilar de Ferreiros recentemente recuperada. Este percurso deve ser feito por pessoas já habituadas a andar a pé, pois apresenta um grau de dificuldade médio e deverão evitar fazê-lo em dias quentes. Deixo uma ideia: levar calções de banho para dar um mergulho no rio que acompanha o percurso em alguns dos seus troços. A única coisa um pouco desagradável no percurso é o facto do mesmo coincidir em diversos troços com estrada alcatroada. Sem duvida que o concelho possui um grande potencial para a prática do

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pedestrianismo bem como de outras modalidades tuteladas pela FCMP. Se é um amante de natureza não perca a oportunidade de fazer os percursos aqui existentes e ainda pode beneficiar da hospitalidade que a população local dá ao visitante e, já agora, visite o nosso parque de campismo de montanha,

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situado à beira-rio e com uma vista lindíssima para N.ª Sr.ª da Graça. Texto: Fernando Cipriano e Rúben Jordão Fotos: Rúben Jordão, Jorge Vieira e Francisco Leitão


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Fugas a pé Como na nota biográfica se refere “Pela Geologia, pela água, pelo ambiente ou simplesmente para andar, vai ao campo sempre que possível”. No seu “Fugas a pé”, publicado pelo “Público-Comunicação Social, SA” responde-nos à questão: “O que é um mundo sustentável”, para logo de seguida enveredar pelo “Turismo pedestre”, para concluir que a “fuga” é possível, de preferência a pé, pelo que devemos caminhar. E seguem-se os conselhos como subtítulos: antes da caminhada, durante a caminhada, depois da caminhada e finalmente, que termina de forma eloquente, com a citação de parte do poema de Fernando Pessoa, “O Quinto Império” da “Mensagem”, que não resistimos a transcrever na integra:

O

professor Carlos Alberto Coelho Teles Cupeto, em 121 páginas, traça-nos de forma escorreita e de agradável leitura as “artes de bem caminhar”, neste saudável desporto, de que há muitos anos é praticante. Nascido no início da década de sessenta no Alentejano, licenciou-se em Geologia na capital, abraçando o ensino como profissão, sendo professor na universidade de Évora.

Triste de quem vive em casa, Contente com o seu lar, Sem que um sonho, no erguer de asa, Faça até mais rubra a brasa Da lareira a abandonar! Triste de quem é feliz! Vive porque a vida dura. Nada na alma lhe diz Mais que a lição da raiz – Ter por vida sepultura. publicidade

Eras sobre eras se somem No tempo que em eras vem. Ser descontente é ser homem. Que as forças cegas se domem Pela visão que a alma tem! E assim, passados os quatro Tempos do ser que sonhou, A terra será theatro Do dia claro, que no atro Da erma noite começou. Grécia, Roma, Cristandade, Europa - os quatro se vão Para onde vae toda edade. Quem vem viver a verdade Que morreu Dom Sebastião? Que sorte para os alunos de Cupeto, que o professor até gosta de Pessoa, o que constitui uma honrosa “fuga” à vergonhosa iliteracia em que o nosso mundo político está mergulhado e de que nem o meio académico escapa. O Quinto Império tem muita, muita actualidade e que sirva de “mensagem” a todos nós, como o “Fugas a pé” o é para nós pedestrianistas: um acervo de conselhos e uma elegia à Mãe Terra. fcipriano

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XVI Marcha de Nacional de Veteranos 23 E 24 DE SETEMBRO DE 2011 | SERRA DA FREITA – AROUCA 09.45 h – Porto de Honra para todos os participantes presentes 10.00 h – Início da actividade, com saída do parque de campismo 14.00 h – Chegada prevista ao parque 14.30 h – Almoço convívio e de homenagem ao companheiro Rogério Caldeira (mediante inscrição prévia) 17.30 h – Encerramento da actividade

PROGRAMA (provisório) Dia 23 de Setembro – Sexta-Feira 18.00 h – Abertura do secretariado no Parque de Campismo do Merujal 21.00 h – Encerramento do secretariado Dia 24 de Setembro – Sábado 09.00 h – Reabertura do secretariado

Os companheiros interessados poderão utilizar o parque de campismo do Merujal. INSCRIÇÕES: Só para a actividade – 5,00 € Menores de 16 anos – Grátis

Para a actividade e almoço – (a definir oportunamente) Só para o almoço – (a definir oportunamente) Só transporte a partir do Porto – 12,00 € em autopulman • Com direito a enquadramento, seguro, Porto de Honra e crachá para todos os presentes inscritos até ao dia 19 de Setembro e lembrança para os companheiros veteranos com mais de 40 anos. • Deverão ser feitas para a sede do Académico Futebol Clube, ou para e-mail: as1535306@sapo.pt ou telm.: 963058586.

A IV Marcha das Papas

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o dia 5 de Março realizou-se em Ôlo, Amarante, a IV Marcha das Papas, organizada pela secção de montanha do Amarante Futebol Clube, com o apoio e colaboração da Junta de Freguesia de Ôlo, e pela Associação Viver Canadelo, inserida na feira das papas.

A actividade, com um circuito circular de 12 quilómetros, fez-se em cerca de quatro horas e desenrolou-se no vale do rio Ôlo, com as suas águas cristalinas, tendo por fundo a serra da Meia Via, com paisagens espectaculares. No final da marcha, por cinco euros, tivemos direito a um prato de barro e a comer papas de três qualidades, dispondo ainda de algumas tasquinhas onde podíamos comprar outros petiscos, bebidas e artesanato da região. Imaginem, depois daquele esforço bem suado o prazer que

Visite a nossa página na net 30| SÉRIE 1

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nos deu degustar aquelas várias papas, acompanhadas com uns copos de verde tinto, em comunidade com toda aquela gente. Foi realmente uma marcha comunitária, dado que a população acompanhou os montanheiros na actividade e no almoço, o que não é habitual. Mais uma vez, os companheiros de Amarante tiveram uma óptima organização, visível na participação de 123 pessoas. Parabéns, Amarante Futebol Clube. Texto: Pinto Brandão


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Actividade invernal nos Pirenéus – Vale de Ordesa U

ma vez mais o Grupo de Montanha do Clube de Campismo e Caravanismo de Coimbra realizou uma nova actividade invernal, deslocando-se agora, em Espanha, aos Pirenéus, ao Vale de Ordesa, para aí tentar chegar ao Monte Perdido, com os seus magníficos 3355 mts. Com partida na madrugada de domingo, dia 6 de Março e directos a Torla, iniciámos a caminhada na manhã de segunda feira, dia 7 pelo Vale, onde, após percorridas 9 horas, chegamos até ao refúgio de Góriz. Aqui, pudemos sentir aquilo que nos atrai, que nos relembra a necessidade de estar ali, face à pressão do dia a dia que nos parece fazer esquecer aquilo que nos preenche, o ser montanheiros! Com o plano de actividades definido e o entusiasmo estampado em cada um... fomos dormir! De manhã é que começa o dia e como tal, às 5.30 am o galo cantava! As condições meteorológicas eram (e foram) favoráveis aos 5 dias previstos para a actividade, mas havia qualquer coisa no dia 8, que vá lá entendermos nós, nos estava destinado... às 6.30 am o Grupo Montanha, representado por 8 elementos deu início à subida em direcção ao Cilíndro de Marboré e depois o Monte Perdido, o que, se no início foi bastante agradável, a pouco mais de meio viria a ser mais trabalhosa, pois quis a montanha que não desfrutássemos das vistas, ao cobrir-nos com uma manto branco de nevoeiro e uma simpática nebrasca, escondendo o sol que até então se fazia sentir; mesmo assim o grupo continuou, e apesar de nem todos terem tido o prazer do cume, as bandeiras foram hasteadas, representando assim o GM/ CCC Coimbra e a Ford, Auto Garagem de Coimbra, a quem, desde já, agradecemos mais uma vez a confiança e simpatia pelo Grupo Montanha ao acreditar nos projectos que o GM tem vindo a desenvolver, cedendo uma carrinha para o transporte e acomodação do material. No dia seguinte, à hora do galo, novamente o grupo pôs os pés ao caminho, agora com o objectivo de chegar à Brecha de Rolando, visitando ainda a gruta de Casteret. Cumprido o previsto, che-

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gamos ao refúgio passadas 11 horas de actividade, trazendo na mochila emoções e recordações que ninguém, apesar da era digital, poderá apagar. O último dia é sempre o mais pesaroso, não porque os pés estão com bolhas, ou porque as pernas estão doridas, ou mesmo porque o corpo pede descanso... não, o que custa mesmo é o ter de regressar, e, mais uma vez o grupo pôs os pés a caminho, os pés, porque a mente, essa, teimava em se deixar ficar! A caminhada de regresso foi de pura

excitação face ao objectivo cumprido, e se nem todos puderam estar presentes no hastear das bandeiras ao atingir o cume, estivemos todos juntos no momento de recordar o esforço, a dedicação e empenho de todos, ao ver e partilhar as fotos e vídeos, relembrando a grandeza e beleza do vale e o seu relevo, como também o espírito de equipa e unidade do Grupo... Pirinéus on Fire, sempre! Texto e fotos: Jorge Rúben Martins


montanhismo

Cume do Peña Uniba N

o dia 19 de Março pelas 13 horas, montanheiros do N Aventuras alcançaram o cume do Peña Uniba com 2417 m de altitude. A caminhada até ao cume durou 5 horas através de um manto branco e fofo que dificultou a ascensão e abertura da via. Com paciência e espírito de montanha, este obstáculo foi superado, ficando assim mais um registo de cume para o N Aventuras. Esta montanha é uma das mais altas da Cordilheira Cantábrica e é também junto com os Picos del Fontán a mais alta do Maciço de Ubiña. O topónimo

Ubiña (em Asturiano Ubina ou Obina) procede do adjectivo latino Albinus,A,Um “de cor branca”. Na foto, António Sequeira, Paulo

Miranda, Paulo Avelar, Mário e João Abrantes. Texto: Carlos Moreira

Peña Trevinca

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oi nos dias 28 e 29 de Março que o Grupo de Actividades de Montanhismo (GAM), se deslocou a terras de Galiza para realizar mais uma das suas actividades de montanha. Desta vez, com o objectivo de alcançar o cume

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mais alto da Galiza, Peña Trevinca, com os seus 2127 m de altitude. Partimos da pequena povoação de Ponte onde deixamos a viatura. Chuva e vento não faltavam para o início de actividade. Rapidamente chegamos ao Refugio, onde aproveitamos para abastecermos de água e desfrutarmos da vista. A partir dali, todo o caminho foi em terreno nevado, algo que não estávamos a contar. Cerca das 19 horas atingimos o cume, depois de grande “tareia” devido à neve fofa e às grandes rajadas de vento que se faziam sentir na subida e no cume. Depois do re-

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gisto do cume, iniciámos a descida seguindo o mesmo caminho que tomamos para a ascensão. Por volta das 23 horas, estávamos novamente na povoação de Ponte, local de partida, onde após a chegada ao cume resolvemos alterar os planos e vir pernoitar junto á aldeia. Nesta actividade participaram 3 elementos do Grupo de Actividades de Montanhismo (GAM): Luís Silva, Nuno Seabra e Fernando Varanda. Texto e fotos: Grupo de Actividades de Montanhismo


montanhismo

XXI Abrilmarão bem recebidos e acompanhados pelos companheiros da secção de montanha do Amarante F. Clube, cujos nomes não posso deixar de citar: José Cândido Brandão, António Varejão, João Pereira da Silva, Artur Pereira, Vitor Silva e Pedro Alves Pinto. Todos esperamos que esta actividade continue e com o mesmo nível a que sempre nos habituaram. Sabemos, no entanto, que a secção tem dificuldades em conquistar jovens para substituirem os actuais dirigentes mas não desistam pois cada vez há mais juventude nas marchas de montanha. Há que incentivá-los e dar-lhes algum apoio inicial. Para a estatística fica a presença de 102 participantes, sendo 75 do sexo masculino e 27 do feminino. O menos jovem tinha 76 anos e o mais jovem 8 anos. Obrigado companheiros de Amarante. Texto: Pinto Brandão Fotos: António Almeida

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Abrilmarão não é uma actividade qualquer, é uma marcha que se realiza ininterruptamente há vinte e um anos, sempre com muito sucesso e muitos participantes. Este ano realizou-se no dia 23 de Abril, na serra do Marão e andamos por terras de Mafómedes e Baião, num percurso de 17 quilómetros de paisagens maravilhosas com a serra “pintada” de verdes, lilases e amarelos, terminando na aldeia de Teixeira. Aí fomos surpreendidos com um lanche de fêveras e entrecosto na brasa, pão, vinho verde e, como sobremesa, o famoso doce da Teixeira, originário desta aldeia. Tudo isto gentilmente oferecido pelo presidente da Junta de Freguesia. O tempo não podia estar melhor pois tivemos sol intercalando com nuvens. Como sempre fomos muito


escalada

Competição Escolar de Escalada O

Colégio Marista de Carcavelos acolheu no passado dia 9 de Abril mais uma Competição Escolar com organização da FCMP e do referido colégio. Cerca de duas dezenas de jovens participaram nas provas de Dificuldade e Velocidade em representação de dois estabelecimentos de ensino. O evento decorreu de forma agradável, não tendo havido qualquer incidente a destacar. Para além das medalhas para os primeiros classificados, obtidos pelos vários atletas de cada escalão, alguns dos competidores reCompetição Escolar de Escalada – Dificuldade Class.

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Nome

Pedro Garcia

Sandro Marques

Pedro Monteiro

Diogo Ferreira

Sofia Silva

Erica Brito

Ana Marques

João Alvites

2º 3º 4º

Escola Colégio Marista de Carcavelos Colégio Marista de Carcavelos Colégio Marista de Carcavelos Colégio Marista de Carcavelos Agrup. Escolas Prof. Noronha Feio Agrup. Escolas Prof. Noronha Feio Agrup. Escolas Prof. Noronha Feio

Agrup. Escolas Prof. Noronha Feio Agrup. Escolas Rodrigo Raimundo Prof. Noronha Feio Agrup. Escolas João F. Nunes Prof. Noronha Feio Agrup. Escolas João M. Nunes Prof. Noronha Feio

Texto: João Paulo Queirós

Competição Escolar de Escalada – Velocidade

Escalão

M/F

Geral

Benjamins B

M

Pedro Monteiro

Infantis A

M

Diogo Ferreira

Infantis A

M

Sandro Marques

Infantis A

M

Erica Brito

Infantis A

F

Maria Matos

Infantis A

F

Sofia Silva

Infantis A

F

Ana Marques

Infantis B

M

Infantis B

M

Infantis B

M

Infantis B

M

Iniciados

M

Iniciados

M

Iniciados

M

Iniciados

1º 2º 3º 4º

Nome

Clube Colégio Marista de Carcavelos Colégio Marista de Carcavelos Colégio Marista de Carcavelos Agrup. Escolas Prof. Noronha Feio Agrup. Escolas Prof. Noronha Feio Agrup. Escolas Prof. Noronha Feio Agrup. Escolas Prof. Noronha Feio

Agrup. Escolas Prof. Noronha Feio Agrup. Escolas Rodrigo Raimundo Prof. Noronha Feio Agrup. Escolas João F. Nunes Prof. Noronha Feio Agrup. Escolas João M. Nunes Prof. Noronha Feio João Alvites

Colégio Marista de Carcavelos Colégio Marista de Carcavelos Colégio Marista de Carcavelos

Escalão

M/F

Infantis A

M

Infantis A

M

Infantis A

M

Infantis A

F

Infantis A

F

Infantis A

F

Infantis A

F

Infantis B

M

Infantis B

M

Infantis B

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Infantis B

M

Iniciados

M

Iniciados

M

Iniciados

M

Bernardo Castro

Diogo Pereira

Duarte Pereira

M

João Margarido

Colégio Marista de Carcavelos

Juvenis

M

Iniciados

F

Bruno Rodrigues

Agrup. Escolas Prof. Noronha Feio

Juniores

M

Colégio Marista de Carcavelos

Juvenis

M

Agrup. Escolas Prof. Noronha Feio

Juniores

M

Colégio Marista de Carcavelos Colégio Marista de Carcavelos Colégio Marista de Carcavelos Colégio Marista de Carcavelos

Bernardo Castro

Diogo Pereira

Duarte Pereira

Rodrigo Almeida

Rita Almeida

Colégio Marista de Carcavelos

João Margarido

Bruno Rodrigues

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ceberam ainda um cheque-prémio para trocar por material na loja Bivaque que apoiou esta iniciativa da Federação. Desta forma, não foram só os primeiros classificados a receber prémios, o que habitualmente acontece, mas também atletas que não costumam ficar nas primeiras posições mas que também necessitam de material adequado para a prática da modalidade. Em baixo, podem-se encontrar todas as classificações obtidas nesta competição.

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escalada

Nas margens do Rio Tarn, França

J

á tínhamos ouvido histórias das aventuras de alguns colegas por terras francesas, nas vertiginosas paredes das margens do rio Tarn. Venderam-nos a ideia de longas vias de escalada desportiva, um calcário de óptima qualidade aliado a paisagens únicas do tempo dos templários por onde o progresso não passou! A curiosidade estava aguçada e não podíamos esperar pela oportunidade de conhecer tais paredes tão afamadas. Encontrávamo-nos na Catalunha e por isso a viagem não seria assim tão longa. E assim foi. Atravessamos a fronteira e seguimos em direcção ao centro de França. Ao avistarmos Millau apercebemo-nos de uma muralha natural de paredes traçadas por um rio que deixa qualquer escalador de olhos em bico de tanta rocha. Começávamos assim a apercebermo-nos do que nos esperava. Percorremos os últimos 60 km com alguma ansiedade, a paisagem tornava-se arrebatadora, esperávamos a qualquer momento avistar as primeiras vias e também tínhamos dúvidas da afluência a este local. Felizmente, contrariando os relatos, a aldeia Le Vignes encontrava-se praticamente deserta, rodeada por um silêncio único para quem precisa descansar e relaxar escalando! Enganem-se aqueles que pensam que apenas os aventureiros da escalada e do cayaking desfrutam desta maravilha natural. As Gorges du Tarn, apenas pela

sua beleza, merecem a visita de qualquer um. O canhão está coberto por uma vegetação luxuriante e é uma paisagem mágica a ser apreciada em especial na Primavera e no Outono, quando a natureza se encarrega de pintar a floresta com cores brilhantes que se reflectem nas águas cristalinas que percorrem o vale ventoso. O número de visitantes, em particular de escaladores, aumenta de ano para ano, o que por si só é prova da qualidade desta escola, que, com mais de 500 vias de desportiva em paredes de calcário de alta qualidade, transforma este local num afamado local de escalada em França. Esta escola fica situada no sul de França, perto de Millau, e ao longo da estrada que percorre este canhão é possível ir vendo as encostas pintalgadas por pequenas povoações e centenas de parques de campismo. A principal zona de escalada fica entre as povoações de Les Vignes e La Malène, e foi em Les Vignes que optamos por ficar. Começada a trepada, rapidamente nos apercebemos que a escalada seria extremamente atlética e de resistência, com uma grande oferta de vias longas, tudo acima dos 30 m. Por isso, só havia motivos para aguçar o apetite, e a cada via que experimentávamos o sorriso ficava ainda mais esboçado na nossa cara. Vias longas para se desfrutar,

apreciar e degustar quase como um bom vinho; pena de quem dá segurança. No fundo existem vias para todos os gostos mas as longas vias em paredes imensas deslumbram a vista de qualquer um e acabamos muitas das vezes por sermos meros pontos que se confundem com a paisagem. Na altura da nossa visita o clima não poderia ser mais perfeito, e é tão fácil encontrar uma parede a gosto, só temos procurar sectores ao sol ou à sombra ao longo de todo dia. Fica inteiramente à vontade do freguês. Nos dias em que os músculos precisam mesmo de descansar e em que a pele dos dedos precisa de um tempinho para regenerar, há imensas coisas para fazer, desde caminhadas, visitas às localidades próximas que têm uma beleza bucólica maravilhosa, e claro as descidas do rio em canoa. Pode-se alugar material e guia num dos muitos locais publicitados e espalhados ao longo das margens. Mais uma vez não seria justo referir vias e neste caso em específico não podemos mesmo referir sectores, apenas aconselhamos a visitar este paraíso perdido fora da época alta de Verão. A partir daqui é só pensar na próxima visita. Mais aventuras em: www.chinelodemeterodedo.wordpress.com Texto e foto: Sérgio Duarte

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canyoning

Clube Aventura da Madeira dinamiza Curso de Iniciação ao Canyoning Nível I

N

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o âmbito das suas actividades de Canyoning, o Clube Aventura da Madeira dinamizou um Curso de Iniciação Nível I, que constituiu a quinta iniciativa do género desde que possui quadros técnicos qualificados. Esta formação permitiu a iniciação de 5 novos praticantes, que tiveram a oportunidade de adquirir diversas competências de progressão autónoma num Canyon e outros conhecimentos ligados à actividade, tais como, o historial do Canyoning, o enquadramento federativo, o equipamento, a Segurança e o Socorro. O curso decorreu em quatro dias nos meses de Fevereiro, Março e Abril e iniciou-se no dia 12 de Fevereiro com uma sessão teórica que decorreu no Centro de Recepção do Parque Ecológico do Funchal, a que se seguiu a primeira sessão prática em ambiente controlado, onde foram demonstradas e explicadas pelos monitores as diversas manobras e técnicas utilizadas na progressão vertical, entre elas a aproximação às amarrações, auto-segurança, início e asseguramento do rapel e a comunicação, que foram repetidas diversas vezes pelos formandos. No dia seguinte, os formandos fizeram o primeiro itinerário de Canyoning aplicando os conhecimentos adquiridos, na parte superior da Ribeira das Cales, realizando marchas de acesso e saída, algumas cascatas, pequenos tobogãs, progressão em blocos e um salto.

30| SÉRIE 1

O terceiro dia de formação teve lugar no Canyon do Ribeiro Frio, troço superior, no dia 12 de Março. Nesta sessão os formandos tiveram contacto com um Canyon com maior caudal, testando as técnicas de progressão com a dificuldade extra da força da água, com destaque para o rapel guiado. A última sessão decorreu na Ribeira das Furnas, um Canyon muito aberto e com elevada exposição solar que proporciona boas condições de permanência na actividade. Este Canyon está equipado parcialmente, mas é exequível com amarrações naturais, o que deu a possibilidade de recriar algumas situações de equipamento de um itinerário de Canyoning. Neste dia, para além das marchas de acesso e saída e a repetição de todas as técnicas básicas aprendidas nas sessões

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anteriores, os formandos tiveram a oportunidade de tomar contacto com conhecimentos de equipamento de um Canyon, desde os tipos de rochas, os equipamentos e seus materiais, as situações de equipamento ideais, as aceitáveis e as de recurso. Ao mesmo tempo foi executado o perfil do itinerário com a descrição das amarrações utilizadas. De um modo geral, todos os cinco formandos demonstraram apetência para a prática autónoma do Canyoning, com perspectivas de progressão técnica elevadas. Este curso originou a filiação na FCMP de cinco novos praticantes Canyoning. Texto: António Ferro Fotos: António Ferro, Ricardo Ramos e Vivaldo Lucas


formação

Dormir sob as estrelas* © GM-CCCC

«Há quem fale na rudeza do acampamento. Sim, o ‘pata-tenra’ pode achá-lo rude e incómodo. Mas, para um velho explorador não tem rudeza nenhuma, porque sabe olhar por si e conseguir comodidades.» Robert Baden-Powell

O

s países com tradição na prática de montanhismo e/ou nos quais essa modalidade se implementou fortemente possuem inúmeros refúgios de montanha. Essas infra-estruturas situam-se em pontos estratégicos, favorecendo e facilitando a prática da actividade, ao fornecer abrigo e, por vezes, alimentação, sanitários e outros serviços. Existem refúgios sem guarda e condições que podem variar do rústico, mas cómodo, ao deplorável. Tal como existem refúgios guardados com instalações e serviços de alta qualidade. A pernoita em actividades de montanhismo faz-se portanto, nesses países, frequentemente em refúgios. No entanto, quando não é possível aceder a refúgios, por estarem lotados, fechados ou simplesmente não existirem (como acontece na maior parte das regiões montanhosas portuguesas), o recurso ao campismo, ao bivaque ou a abrigos de fortuna será a regra. No âmbito do montanhismo, o acto de acampar consiste geralmente na simples pernoita em montanha com recurso a tenda: o acampamento é instalado ao final da tarde e desmontado ao nascer do dia. Excepcionalmente, em determinadas expedições é necessário montar acampamentos fixos durante vários dias. A modalidade designada “campismo”, em sentido restrito, é uma forma de estadia ao ar livre que recorre ao uso de tenda. “Alojamento” que pode durar vários dias ou, mesmo, semanas. Para alguns essa actividade constitui um meio de gozar férias económicas, para outros trata-se de uma fuga ao dia-a-dia e ao “betão” em busca do contacto com a natureza. As motivações serão tantas quantos os praticantes, testemunhando a própria evolução dessa actividade ao longo de mais de um século.

O campismo, hoje em dia, pratica-se predominantemente em parques específicos para o efeito – os designados “parques de campismo” –, sob condições tão comerciais como as verificadas na indústria hoteleira ou na restauração. Essa “hotelaria de ar livre” não satisfaz, no entanto, muitos daqueles que passam os seus tempos livres sob a tenda. O “campismo selvagem”, que alguns preferem chamar “campismo livre” ou “campismo desportivo”, continua a constituir a opção de muitos amantes das actividades fora de portas. O acampamento fixo ou permanente não se justificará fora dos parques, mas o campismo de passagem ou volante é perfeitamente aceitável, caso se respeitem as susceptibilidades ambientais das áreas visitadas. Na realidade, as regras variam segundo os países e mesmo dentro de cada um deles. Se é certo que é, cada vez mais, proibido acampar em muitas áreas montanhosas, essa prática não deixa de ser comum em muitos maciços e também é certo que, por exemplo, nas montanhas himalaianas mais famosas se verifica a instalação de autênticas “cidadelas de tela”. A perspectiva de passar uma noite ao relento deixa muitas pessoas com receio. A primeira noite de campo, com inúmeros ruídos saídos das trevas, é

geralmente perturbadora. Mas, após algumas noites de campo, o neófito já terá experiência suficiente para se sentir em “casa”. Uma oportunidade de viver experiências inolvidáveis. O material de campismo actual é muito versátil: diversificou-se, especializou-se e tornou-se acessível. As tendas de tecto simples, sem pano de chão, pertencem ao passado, subsistindo apenas nas recrutas militares. Actualmente, as tendas possuem geralmente duplo tecto e sempre pano de chão, existindo modelos para todos os gostos e todas as bolsas. Desde a “tenda de família” com vários quartos, sala, cozinha e outras divisões até à tenda individual, ultraleve, rápida de montar e pouco volumosa. A instalação das tendas varia segundo os modelos, mas os fabricantes fornecem as respectivas instruções de montagem. Antes de partir, instale a tenda em casa ou no quintal para ver se está tudo em ordem e se a sabe montar devidamente. Se anda a pé e/ou de bicicleta deve escolher uma tenda leve, fácil e rápida de montar: as tradicionais canadianas ou, os mais recentes, iglôs e túneis. Lembre-se que transportar ao dorso o seu próprio abrigo exige especiais cuidados no que se refere ao peso do equipamento a transportar.

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© GM-CCCC

formação

ONDE PERNOITAR

)

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Uma tenda de um ou dois lugares pode ser montada em locais surpreendentemente pequenos, mas nem todos serão convenientes para o efeito. Depois de uma dura jornada com a mochila às costas qualquer lugar parecerá bom para pernoitar. No entanto será sensato que pouse a mochila e ande um pouco pelas redondezas, talvez encontre um sítio melhor. Antes de mais, escolha um local seguro e cómodo. Ou, se necessário, seguro e incómodo. Quer se encontre numa tenda, num abrigo improvisado ou simplesmente num saco-de-bivaque, é imprescindível escolher um local abrigado e com algumas comodidades (pedras ou troncos que sirvam de bancos e mesa, sítio conveniente para cozinhar, ou outros “luxos”). Junte-se, se possível, a proximidade de água potável e a conveniente intimidade. A entrada da tenda poderá situar-se idealmente frente a uma vista panorâmica ou voltada a nascente para apreciar o crepúsculo do novo dia de campo. Mas será conveniente ter em atenção os ventos dominantes, sobretudo em locais altaneiros, a fim de voltar as traseiras da tenda na sua direcção. Se prever a possibilidade de ventos fortes será igualmente indicado montar a tenda em local resguardado: numa depressão ou por detrás de uma mancha de vegetação, muro de pedras ou afloramento rochoso. O reforço das estacas através da colocação de pedras será também de considerar. O piso mais confortável para passar a noite é o de terra e/ou areia. Os solos muito irregulares ou inclinados, pedregosos ou densamente cobertos 30| SÉRIE 1

por vegetação lenhosa não são recomendáveis e os locais sujeitos a quedas de pedras excluem-se pelo perigo que representam. Nunca monte uma tenda no leito de um curso de água ou próximo das suas margens, sobretudo em áreas susceptíveis de ocorrerem cheias repentinas (como as torrentes de montanha). Acampar longe da água não é apenas uma medida de segurança, visa igualmente não perturbar a fauna que frequenta esses bebedouros. As zonas húmidas (e “baixas”), para além das cheias, costumam estar infestadas de mosquitos. Saliente-se que, apesar do seu aspecto acolhedor, os prados são geralmente húmidos e muito frequentados por insectos. Evite os prados de montanha porque são ecossistemas sensíveis, onde crescem flores alpinas de grande beleza e raridade. Certifique-se também que não instala a tenda sobre um “trilho” usado por animais. Em áreas florestadas não coloque a tenda sob as árvores, procure uma clareira para evitar possíveis quedas de ramos. Além disso, a chuva acumulada nas folhas e galhos continuará a cair mesmo depois da pluviosidade parar. Nunca acampe sob uma árvore destacada no seio de uma planura, pois em caso de tempestade poderá ser vítima da queda de um raio. Por último, recorde-se que um campista está mais vulnerável dentro de uma tenda do que ao relento: é mais difícil percepcionar o que está em volta e detectar a aproximação de “intrusos”. Como regra geral, utilize os locais de campismo existentes nas zonas frequentadas e acampe longe das vistas, arredado do caminho, nas áreas “virgens”.

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INSTALAR O ACAMPAMENTO Antes de montar a tenda comece por limpar o local onde a irá colocar, removendo eventuais pedras ou ramos. Se acampar em neve deve calcá-la e aplaná-la previamente. Estenda a tenda interior no chão, com a porta voltada para o lado oposto ao vento, e deite-se para experimentar a inclinação do terreno, a ocorrência de pedras ou outros possíveis incómodos. Caso esteja satisfeito, fixe os cantos da tenda com estacas, prepare e instale os varões, estique as espias e fixe-as com estacas. Seguidamente instale o duplotecto, fixe as estacas e estique as respectivas espias. Uma tenda, desde que esteja bem montada, resiste ao vento e à chuva. Para isso, o tecido deverá estar perfeitamente esticado, sem rugas. Se o duplo tecto tocar a tenda interior a água irá entrar, razão pela qual será igualmente importante não encostar objectos ou tocar nas paredes interiores. O uso de estacas convenientes é fundamental: curtas e finas em terrenos coerentes (por exemplo, em arenito), compridas e largas em terrenos incoerentes (por exemplo, em areia). As estacas devem ser colocadas em todas as espias e eventualmente reforçadas com pedras, troncos de árvore, bastões ou piolets. Lembre-se que o vento forte afrouxa as espias, devendo esticá-las periodicamente. As regueiras que se recomendavam para facilitar a escorrência das águas da chuva provocam um impacte que não se justifica na maior parte das vezes, nomeadamente quando as boas tendas prescindem desse método tradicional. Espalhar uma camada espessa de


formação fetos ou caruma de pinheiro no local onde irá montar a tenda poderá revelarse de grande utilidade. Para além do conforto que proporciona, lembre-se que “o frio vem do chão”. O uso de colchoneta ou de colchão pneumático é regra, mas acrescentar uma cobertura de sobrevivência sobre o pano de chão também pode constituir um útil truque caso acampe em condições invernais. Ao anoitecer a tenda deve estar montada e o jantar ao lume. O fogo de campo é um dos elementos da tradição campista, mas o recurso a fogueiras exige cuidados especiais. Quando se deitar assegure-se de que o equipamento se encontra devidamente arrumado: assim

saberá onde estão os diversos itens e pode reagir rapidamente em caso de emergência. Marque uma hora limite para levantar o acampamento, bem cedo pela manhã, e tende ter tudo arrumado no tempo estipulado. O local deve ficar tal como estava antes ou ainda melhor: apague todas as marcas da sua estadia e leve consigo todo o tipo de lixo (incluindo dejectos orgânicos), para o depositar em local apropriado. A tenda fica para o fim: desmontá-la pouco antes de abandonar o local de acampamento será bastante recomendável, pois poderá evitar uma molha desnecessária. Sacuda a tenda antes de a dobrar, não se esquecendo

de enrolar as espias em pequenas meadas, bem como contar e guardar as estacas e varões em bolsas próprias para o efeito. Um dia de campo está a começar e, até à montagem do acampamento ao sol-pôr, novas surpresas aguardam o campista. Essa é a essência do campismo volante. Para trás não ficam mais que pegadas, consigo o campista leva a satisfação de viver sob as estrelas. Texto: Pedro Cuiça * Adaptado de “Guia de Montanha – Manual Técnico de Montanhismo”, editado pela Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal (2010).

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agenda desportiva

Actividades Desportivas Data 11 e 12 Jun 12 Jun

Modalidade Pedestrianismo

Organização CIMO + FCMP

Pedestrianismo

Percurso Pedestre

Arrábida

Sociedade Inst. e Recreio “Os Pimpões”

VII Marcha do Solstício do Verão

Vinhais

Clube de Campismo do Porto

Pedestrianismo

Rota do Linho

Castelões – Tondela

Restauradores da Granja

Pedestrianismo

Herdade da Gâmbia – Pontal de Musgos

Pontal de Musgos – Setúbal

Clube de Campismo de Setúbal

22 a 26 Jun

Campismo

IV Encontro Campista

Parque de Campismo do Entroncamento

Clube de Campismo do Entroncamento

24 a 26 Jun

Autocaravanismo

III Concentração Flaviense de Autocaravanas

Chaves

Clube Flaviense de Autocaravanismo

26 Jun

Pedestrianismo

Percurso Pedestre

Campo

Sociedade Inst. e Recreio “Os Pimpões”

26 Jun

Pedestrianismo

Mina da Sombra

Serra do Xurêz

GRUCAMO

26 Jun

Pedestrianismo

Carrilheiras do Barroso

Montalegre

ADEFACEC + C.M.Montalegre + Ecomuseu do Barroso

Ilha dos Açores

Ilha dos Açores

GAM – Grupo de Actividades de Montanhismo

19 Jun 19 Jun

27 Jun a 1 Jul Pedestrianismo

)

Local Sabugal

Montanhismo

18 e 19 Jun

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Actividade Marcha da Beira Raiana

1 a 3 Jul

Campismo

Acampamento de Aniversário

(a definir)

Clube Campismo da Madeira

2 Jul

Canyoning

Canyoning

Serra d’Arga

Amigos da Montanha

8 Jul

Pedestrianismo

Prados da Messe

Gerês

Académico Futebol Clube

9 Jul

Montanhismo

Marcha do Buçaco

Mealhada

Clube Campismo do Porto

9 e 10 Jul

Campismo

Acampamento Grucaminhos e Marcha Parque de Campismo Pedereiras Nocturna – Porto de Mós

9 e 10 Jul

Pedestrianismo

7º Encontro N

Parque C.S.Miguel – Entre Ambos-os-Rios

N Aventuras

12 e 13 Jul

Pedestrianismo

Camino Del Rey

Madrid

GAM – Grupo de Actividades de Montanhismo

16 Jul

Pedestrianismo

Caminhada Nocturna

Barcelos

Amigos da Montanha

16 Jul

Pedestrianismo

Atlântico Oeste entre praias

Santa Cruz – Torres Vedras

Caminheiros da Portela

16 e 17 Jul

Pedestrianismo

Montes Longos 2011 – Festival Percursos Pedestres Fafe

Serranias de Fafe

Restauradores da Granja

22 a 28 Jul

Pedestrianismo

20ª Edição da Viagem aos Pirinéus

Parc Nacional d’Aiguestortes

GEMA

Montanhismo

Marcha Nocturna do Ultra Trail – Parte 2

Barcelos

Amigos da Montanha

Campismo

23º Acampamento da Juventude do CCCA

Parque de Campismo de Coja

Clube de Campismo do Concelho de Almada

29 Jul 29 a 31 Jul

GRUCAMO

30 Jul

Pedestrianismo

Percurso Pedestre

De Paul da Serra a Fanal

Clube Campismo da Madeira

31 Jul

Pedestrianismo

Percurso Pedestre

Vimeiro

Sociedade Inst. e Recreio “Os Pimpões”

Agosto

Montanhismo

Actividade de Montanha em Orientação

(a definir)

Clube Campismo do Porto

6 Ago

Montanhismo

Marcha no Xurés

Espanha

Amigos da Montanha

6 Ago

Canyoning

Canyoning

Serra da Freita

Amigos da Montanha

6 Ago

Pedestrianismo

Carreços

Viana do Castelo

GRUCAMO

6 Ago

Pedestrianismo

III Caminhada Nocturna

Ribeira de Pena

Associação Basto Move.te

13 Ago

Pedestrianismo

Percurso Pedestre (ao luar)

S. Martinho do Porto

Sociedade Inst. e Recreio “Os Pimpões”

14 Ago

Pedestrianismo

Percurso Pedestre

Do Pico do Arieiro a Babosas

Clube Campismo da Madeira

Percurso Pedestre

De Achadas da Cruz a Santa do Porto Moniz

Clube Campismo da Madeira

27 Ago 3 e 4 Set

Pedestrianismo Canyoning

Canyoning

Serra da Freita

N Aventuras

Pedestrianismo

Caminhada pela Rota do Românico

Celorico de Basto

Associação Basto Move.te

8 a 15 Set

Montanhismo

Alpes

Ascensão ao Monte Branco, Tacul e Aresta das Cosmiques

GAM – Grupo de Actividades de Montanhismo

9 a 11 Set

Campismo

50º Acampamento Comemorativo do 63º Aniversário do CCCA

Parque de Campismo de Castelo do Bode

Clube de Campismo do Concelho de Almada

10 Set

Pedestrianismo

Percurso Pedestre

De Lombo do Mouro a Encumeada

Clube Campismo da Madeira

10 Set

Pedestrianismo

1º Passeio Pedestre Nível II

Parque de Campismo do Sobreiro

Clube Campismo Estrela

10 Set

Pedestrianismo

Percurso Pedestre

Vila Real – Peso da Régua

Amigos da Montanha

10 Set

Canyoning

Canyoning

Lóbios

Amigos da Montanha

11 Set

Pedestrianismo

Quinta N. Sr.ª do Carmo

Pinhão – Alijó

Campismo

Encontro de Campismo e Caravanismo Parque de Campismo Praia da Vieira

4 Set

16 a 18 Set

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ABR | MAI | JUN | 2011

Restauradores da Granja Clube de Campismo da Marinha Grande


agenda desportiva Local

Organização

17 Set 17 Set 17 e 18 Set 18 Set 24 Set 24 Set 25 Set 30 Set a 2 Out Out 1 a 5 Out 8 Out 8 Out 8 Out 8 a 12 Out

Data

Pedestrianismo Pedestrianismo Pedestrianismo Pedestrianismo Pedestrianismo Pedestrianismo Pedestrianismo Campismo Pedestrianismo Campismo Pedestrianismo Pedestrianismo Pedestrianismo Pedestrianismo

Caminhada para Crianças A Vindima Duriense XXXII Marcha da Amizade Rota do Rego d’Água XVI Marcha Nacional de Veteranos Terras de Alcube Percurso Pedestre VIII Acampamento de Outono Caminhada “Pela Natureza” Acampamento Área Protegida das Lagoas Desfolhada Minhota PR2 – Levada de Santo Aleixo EURORANDO 2011

Barcelos Cumieira Vilar de Perdizes – Montalegre Estrada do Rio da Figueira – Setúbal Serra da Freita – Arouca Vendas de Azeitão – Setúbal Arelho e Lagoa Parque Campismo Furadouro Torres Novas Porto Santo Ponte de Lima Fafe Ribeira de Pena Almeria – Espanha

Amigos da Montanha ADEFACEC + C.M. de Sta. Marta de Penaguião Clube de Campismo do Porto Clube de Campismo de Setúbal Académico Futebol Clube + FCMP Caminheiros da Portela Sociedade Inst. e Recreio “Os Pimpões” Clube de Campismo S. João da Madeira Clube de Campismo Torrejano Clube Campismo da Madeira Académico Futebol Clube ADEFACEC + Restauradores da Granja GRUCAMO

12 e 13 Out

Pedestrianismo

Travessia do Gerês

Gerês

9 Out

Pedestrianismo

Rota da Desfolhada

Várzea Cova – Fafe

15 Out 15 Out 15 e 16 Out

Pedestrianismo Pedestrianismo Pedestrianismo

Rota das Castanhas Percurso Pedestre Caminhada

Avô Galiza Gerês

16 Out

Pedestrianismo

3º Passeio Pedestre “A Lezíria e o Tejo” Vila Franca de Xira

22 22 23 29 30

Pedestrianismo Pedestrianismo Pedestrianismo Pedestrianismo Pedestrianismo

Percurso Pedestre Energias Renováveis PR3 – Caminhos do Sol Nascente XI Marcha Outonal Percurso Pedestre

Do Poço da Neve a Santo António Amareleja – Moura Arouca (a definir) Aljubarrota

À Descoberta de Sta. Eufémia

Região do Douro

Out Out Out Out Out

Modalidade

31 Out a 1 Nov Pedestrianismo

Actividade

Pedestrianismo

Actividade de Montanha em Orientação Percurso Pedestre

Campismo

Acampamento de S. Martinho

Santa Cruz

6 Nov

Pedestrianismo

Rota do Abrigo de Montanha

Serra da Aboboreira

6 Nov

Pedestrianismo

Trilho “Mesa dos 4 Abades”

Vacariça – Refoios do Lima

Nov 5 Nov 5 a 7 Nov

Montanhismo

(a definir)

Clube de Campismo do Porto

Da Encumeada a Lugar de Baixo

Parque de Campismo Sta. Cruz (a definir) Aboadela – Amarante St.º Tirso Sintra

Clube Campismo da Madeira Clube de C. de Vila F. de Xira “As Sentinelas” Restauradores da Granja + Amigos Rio Ovelha GRUCAMO Clube de C. de Vila F. de Xira “As Sentinelas” Clube de Campismo C. Torres Vedras N Aventuras Amarante Futebol Clube Amigos da Montanha Caminheiros da Portela

Castelo de Vide a Marvão

GEDA + FCMP

Marvão a Galegos Galegos a Rabaça Rabaça a Hortas de Baixo Hortas de Baixo a Degolados Degolados a Campo Maior Amarante Monta Córdova – Santo Tirso (a definir)

ADEFACEC GRUCAMO Clube de Campismo do Porto

(a definir)

Clube Campismo da Madeira

Crastos Sangalhos – Anadia

Sociedade Inst. e Recreio “Os Pimpões” Caminheiros da Portela GAM – Grupo de Actividades de Montanhismo Restauradores da Granja Amarante Futebol Clube Sociedade Inst. e Recreio “Os Pimpões” GRUCAMO

10 Nov

Pedestrianismo

Passeio Pedestre Nocturno “S. Martinho” Vila Franca de Xira

11 a 13 Nov 12 e 13 Nov 12 Nov 12 Nov 12 Nov

Campismo Pedestrianismo Montanhismo Pedestrianismo Pedestrianismo

14 Nov

Pedestrianismo

XXXII Acampamento de S. Martinho 8º Magusto N IV Marcha do Magusto Percurso Pedestre Serra de Sintra ECORAYA 2011 (actividade constituída por 6 etapas)

21 28 05 12 19 19 19 26

Nov Nov Dez Dez Dez Nov Nov Nov

26 Nov

Pedestrianismo

27 Nov 3 Dez

Pedestrianismo Pedestrianismo

Marcha/Festa de Encerramento Quedas de Fervença III Marcha da Folha Caída Convívio de Encerramento (percurso pedestre) Percurso Pedestre No Coração da Bairrada

5 e 6 Dez

Pedestrianismo

Vale de Loriga

Serra da Estrela

Pedestrianismo Montanhismo Pedestrianismo Pedestrianismo

Marcha de Encerramento Marcha de Encerramento Passeio (gastronómico) Trilho do Azevinho

Serranias de Fafe Ecopista do Tâmega – Amarante (a definir) Serra do Gerês

10 10 18 18

Dez Dez Dez Dez

Pedestrianismo Pedestrianismo Pedestrianismo

GAM – Grupo de Actividades de Montanhismo Restauradores da Granja + Aventura Saúde Clube de Caça e P. de Oliveira do Hospital Amigos da Montanha N Aventuras Clube de C. de Vila F. de Xira “As Sentinelas” Clube Campismo da Madeira Caminheiros da Portela GRUCAMO Clube de Campismo do Porto Sociedade Inst. e Recreio “Os Pimpões” GAM – Grupo de Actividades de Montanhismo

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notícias

Carta aberta… … aos meus Pais!

P

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ai, Escrevo-te estas singelas palavras um mês depois de teres partido na única Viagem, longa e certa que todos temos. Apesar de não te ver, fisicamente, materialmente, sinto-te. Sinto-te em todos os momentos… e nesses momentos temos conversado, partilhado, rido… Escrevo-te estas palavras para te agradecer. Sim, é preciso agradecer. Agradecer o privilégio que me deste por me ter cruzado nesta minha existência com dois seres humanos fantásticos: Tu e a minha Mãe, a quem tu te juntaste agora. A ambos agradeço o legado de valores que me deixaram e pelos quais tenho regido a minha vida: Respeito, Honestidade, Sentido de Humor, Coragem, Dignidade, Liberdade, Responsabilidade e, fundamentalmente… Amor. Convosco aprendi a Respeitar. A respeitar a Natureza e o planeta em que vivemos ao começar a ir a acampamentos desportivos com pouco meses de vida. «Deixa este espaço tão ou mais limpo do que o encontraste», diziam-me vocês mal comecei a ter capacidade de entendimento. Ensinaram-me a respeitar os outros: «A tua Liberdade começa onde acaba a do companheiro que está ao teu lado». Ensinaram-me que todos somos diferentes, mas se queremos que nos aceitem, temos de aceitar as dife30| SÉRIE 1

renças de cada um. Algumas vezes divergimos, Pai, mas tu dizias-me: «Não concordo contigo, mas respeito a tua opinião»… Também me ensinaram o que era a Honestidade. Principalmente a honestidade para connosco próprios. Disseram-me que não havia mal nenhum em errar, desde que tivéssemos a honestidade de admitir o erro. Encontrei agora, Pai, numa das tuas carteiras a frase que te acompanhava: «Se não receio o erro é porque estou sempre pronto a corrigilo». E quantas vezes eu errei na vida! E quantas outras tantas tu me deixaste errar… mas só assim aprendi a corrigir o erro. Sabes uma coisa… eu continuo a errar!... Contigo, Pai, aprendi a ter sentido de humor e percebi que a maior das sabedorias está em rirmo-nos de nós próprios. Uns dias antes de partires conseguiste pôr uma enfermaria do hospital a rir!!... e eu que naquela altura só tinha vontade de chorar. Como ainda tenho tanto que aprender… Contigo, Mãe, aprendi a ter Coragem. A determinação, a ousadia de arriscar sem ter medo de perder, porque no fundo nada nos pertence. Ensinaste-me a lutar pelos meus sonhos, pelas minhas vontades… o Pai era mais receoso nisso. Mas tu, Mãe, sempre me incentivaste a enfrentar os problemas e a transformá-los em desafios.

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Convosco aprendi a ter Dignidade. A assumir as minhas decisões, a não me deixar corromper, a ser verdadeira comigo própria e com os outros. Há dois valores que aprendi convosco, que têm para mim um significado especial: Liberdade e Responsabilidade. «Quanto maior for a tua Liberdade, maior é a tua Responsabilidade». Esta frase, Pai, foste ma dizendo ao longo da vida e à medida que os anos iam passando eu ia tentando entendê-la. Sempre me deste liberdade de pensar, de agir, de decidir. Mas também sempre me exigiste responsabilidades por isso. No início foi difícil… mas com o passar do tempo eu fui compreendendo. Para além de todos estes valores que convosco aprendi, há um que continua a unir-nos: o Amor! Cresci embalada pelo Amor que vocês sentiam um pelo outro, pela forma como perdoavam aos que para convosco se comportavam de forma menos correcta, pelo tempo que dispunham a ouvir os outros… Hoje guardo em mim toda a vossa Sabedoria e as palavras que vos deixo aqui são de Gratidão, de Reconhecimento e de Amor… são sentimentos que perduram no Tempo e que nos acompanham para sempre. Por isso não é um adeus. É só um… até à vista, Companheiros!… Da vossa Filha Gisela


notícias Tudo o que o meu pai era (e que me transmitiu) está espelhado em dezenas de fotos que estão em meu poder. É essa a homenagem que lhe vou prestar: a publicação de uma fotobiografia campista do «Carlitos», como era conhecido. Foi ao movimento campista que o meu pai dedicou

toda a sua vida, defendendo sempre os princípios mais nobres do associativismo e da prática campista na sua essência. É com todos vós que quero partilhar estas imagens para que todos possamos reviver alguns momentos que marcaram a História do campismo em Portugal.

NOTA DA REDACÇÃO: A Revista “Campismo & Montanhismo” informa os leitores interessados na aquisição da publicação do “Carlitos” que devem manifestar a sua vontade junto da Directora de Serviços da FCMP – geral@fcmportugal.com. O preço estimado da fotobiografia é aproximadamene de 18,00 €.

Carlos Alberto Azevedo – deixou-nos

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m finais de 2004 apresentei à Assembleia Geral uma proposta de reconhecimento do Movimento a Carlos Alberto Azevedo. A mesma veio a merecer uma votação unânime dos delegados à AG presentes e já que o seu conteúdo, que há data elaborei, corresponde ao meu pensamento de hoje, aqui presto a minha homenagem, para a posteriori-

dade, a um dos grandes dirigentes que, infelizmente, nos deixou depois de muita luta, como era do seu carácter, com uma doença, que num curto espaço de tempo o retirou do nosso seio. Assim, reza o documento: “O proposto é presidente da Mesa da Assembleia Geral da Federação desde 1999, lugar que tem ocupado com grande

empenho, sendo uma referência do dirigismo associativo. É igualmente presidente do Clube de Campismo do Porto, lugar que por iniciativa própria desejava deixar e para que foi chamado para concorrer a próximo mandato, por grande número de associados deste Clube. Para além dos cargos referidos, a sua actividade associativa emergiu logo


notícias em 1955, tendo acampado pela primeira vez no lugar de Ínsua, em Belói / S. Pedro Cova, iniciando-se aqui a sua actividade campista. Entre 1958/59 foi nomeado para exercer o cargo de chefe-adjunto do Grupo n.º 67 do Corpo Nacional de Escutas. Já em finais de 1960 torna-se sócio do Clube de Campismo do Porto. Em 1961/63 é eleito secretário da direcção do Rancho Típico do Ilhéu / Porto. Em 1968 funda o 321.º Agrupamento do Corpo Nacional de Escutas no Cerco do Porto tendo nos anos 1968/70 desempenhado o cargo de chefe do Grupo 21 do 321.º Agrupamento do C.N.E., e entre 1970/73 funções de chefe deste Agrupamento. Em 1973/74 fez parte da comissão directiva da Junta Regional do Porto do Corpo Nacional de Escutas. Orador nato, onde a veia da escrita também releva, logo em 1973 torna-se responsável pelo jornal “O Nacional”, órgão diário do Acampamento Nacional do Corpo Nacional de Escutas. Concomitantemente com a sua actividade profissional, onde chegou à categoria de Chefe de Serviços Comerciais da actual Galp Energia, entre 1968 e

) Segredos…

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oaquim Figueiredo, nascido em 1958, na Chamusca, traz-nos mais um livro ao prelo sob o título “Segredos Revelados”. 30| SÉRIE 1

1993 desenvolveu uma ampla actividade político-partidária que cessou em Julho de 1975. Sindicalista, logo a partir de 1969, quando integra a lista concorrente às eleições do Sindicato dos Escritórios do Porto em oposição à lista oficial/corporativa, veio a desempenhar múltiplas e variadas tarefas até a de integrar o Conselho Geral da Federação dos Sindicatos das Indústrias Químicas e Farmacêuticas de Portugal. É presidente do Clube de Campismo do Porto desde 1997, primeiro como presidente da direcção e a partir de 2000 como presidente do Clube. No seu Clube, bem como no Movimento Campista, tem desenvolvido uma actividade de grande mérito, com prejuízos para a vida pessoal e familiar, de que se destaca: Dirigiu a Comissão Preparatória do 7.º Congresso do Campismo Associativo / Desportivo na Foz do Arelho. Integrou a Comissão Paritária de obras no Parque de Campismo de Esmoriz relativa à fase nova daquele mesmo Parque. É o principal responsável e impulsionador dos novos Estatutos do Clube de Campismo do Porto que constituem um

primeiro aproximar à Lei de Bases do Sistema Desportivo e dos Estatutos da Federação, sendo pioneiro em tal matéria. É o principal responsável pela requalificação, beneficiação e adaptação do Parque de Campismo de Esmoriz às exigências da Lei. Reestruturou o Clube de Campismo do Porto e estabeleceu vários protocolos de que é exemplo o Contrato do Parque de Campismo do Penedo da Rainha, que é explorado pelo Clube. Reconhecido pelos autarcas, especialmente das cidades de Esmoriz, Amarante e Ovar, diremos que é dirigente que cultiva as amizades e faz do Movimento o seu dia a dia e que tem levado bem longe a Carta Ética Campista.” Aos dados biográficos referidos acrescentarei que foi um “bonus pater familiae”. Pela doença veio a renunciar ao cargo de Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Federação. Se há uma palavra que o identificou na vida e para mim ficará inscrita na sua lápide é de “LUTADOR”.

Trata-se de uma viagem à ilha de S. Miguel, às romarias quaresmais e uma visão endógena da peregrinação que, anualmente, os micaelenses realizam na “procura” do Divino. Uma verdadeira saga dentro dos “segredos” às quais a maioria da população do continente está totalmente alheia. Ritos nascidos no séc. XVI como profanos, com a chegada dos missionários à ilha, transformaram as romarias numa peregrinação por toda a ilha no sentido dos ponteiros do relógio num percurso de aproximadamente 320 km durante 10 dias. O autor do prefácio, o jornalista Sidónio Bettencourt, refere: “De um equívoco, numa primeira viagem, surgiu o desejo intenso de Joaquim Figueiredo regressar à ilha de São Miguel. Previamente, em Lisboa, preparou-se afincadamente junto de

quem conhecia o ritual no qual queria ingressar e participar por uma semana. A pé, alheio às intempéries, o autor descobre em pormenor toda a ilha e os sentimentos dos 56 homens com quem caminha e das gentes que encontra. No final da odisseia, e descoberto o segredo micaelense, a alteração é notória na personalidade deste escritor e de quem acompanhou. Escrito numa forma apaixonante, facilmente o leitor sente-se protagonista da história real que lhe é apresentada. Nas palavras encadeadas, surgem imagens inquietantes, comoventes, divertidas… reveladoras.” Um livro de fácil e agradável leitura que a todos aconselho, mesmo aos agnósticos, e que pode ser adquirido em qualquer livraria.

ABR | MAI | JUN | 2011

Fernando de Oliveira Cipriano

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notícias dos clubes

Assim vai o movimento associativo NOVOS ÓRGÃOS SOCIAIS CLUBE DE CAMPISMO DO PORTO

CLUBE DE CAMPISMO DO BARREIRO

CLUBE CAMPISMO ESTRELA

Órgãos Sociais 2011-2012 Órgãos Sociais Corpos Gerentes 2011-2012 ASSEMBLEIA GERAL Presidente – José Manuel Veiga Pereira Vice-Presidente – Mário Armindo Pego da Silva 1º Secretário – António Manuel Pinto Martins 2.° Secretário – Raul Alexandre Carvalho Peixoto

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CONSELHO FISCAL Presidente – Maria Ermelinda Silva Lamelas Trinta Secretário – Armando Martins Pinto Relator – Armindo Matos Vilela

ASSEMBLEIA GERAL Presidente – Vicente António Germino Vice-Presidente – Mário Pereira Pires Secretária – Maria Isabel Carreiras S. Russel Secretário – Amadeu Miguel Lopes de Oliveira Suplente – João José Bernardino Nunes

DIRECÇÃO – Vice-Presidentes Área Admin. e Contabil. – José Luís Morais Reis Área de Tesouraria e Finanças – Fernando Manuel Durana Pinto Área da Cultura e Recreio – Mário Carlos Nunes da Silva Area do Desporto – José Santos Lourenço Área de Terr., Parques e Abrigos – José Manuel Gomes da Silva; José Augusto Vilas do Nascimento

DIRECÇÃO Presidente – Ludovina Teresa Bastos Caldeira Vice-Presidente – Luís Adérito da Ressurreição Nascimento Vice-Presidente – Fernando Jorge Ribeiro de Jesus Vice-Presidente – João Pedro Russell Secretária – Cátia Alexandra Caldeira Lopes Tesoureiro – Sérgio Alexandre da C. Parreira Vogais – Fernando Godinho Lambelho; Francisco Passeiro Mouro; Dário José de Sousa Batista; Alfredo José Pires Rodrigues; José Luís da Silva Nascimento; Vicente Manuel dos Santos Cruz; Marco Paulo da Silva Lince

CONSELHO DISCIPLINAR Presidente – Elisa Maria Iglésias Pestana Secretários – Joaquim Manuel Sousa Cunha; António José Freitas de Carvalho

CONSELHO FISCAL Presidente – Adelino Manuel Conceição Valente Secretário – Maria Teresa Pires Alexandre Relator – José Joaquim Mourinha

PRESIDENTE DO CLUBE Carlos Américo de Carvalho Leite Rolo

30| SÉRIE 1

ABR | MAI | JUN | 2011

MESA DA ASSEMBLEIA GERAL Presidente – Marina Lourenço Vice-Presidente – Paulo Alexandre Nunes Secretária – Virgínia Nunes Costa DIRECÇÃO Presidente – José Fernandes da Silva Vice-Presidente – Carlos Lourenço Tesoureiro – Jorge Albino Teixeira Secretário – Ricardo Alexandre Sector Administrativo – José Pedro Oliveira Sector Técnico – Vítor Manuel Reis Sector Cultural – Dinarte Nunes Costa CONSELHO FISCAL Presidente – José António Silva Secretário – José Jacob Henriques Relator – António da Conceição Nunes CONSELHO DE REDACÇÃO DO TRAÇO DE UNIÃO Director – Paulo Alexandre Nunes Redactores – Marina Lourenço, José António Silva Representante Direcção – Dinarte Nunes Costa

CLUBE DE CAMPISMO E CARAVANISMO DE BARCELOS

Corpos Gerentes 2011/2012 MESA DA ASSEMBLEIA-GERAL Presidente – Horácio Rodrigues de Oliveira Barra


notícias dos clubes 1° Secretário – Manuel dos Santos Reis 2º Secretário – Joaquim Lima Pereira CONSELHO FISCAL Presidente – João Alves da Silva Secretária – Maria do Carmo Lima Baptista Relator – José Augusto Santos Pereira Alves DIRECÇÃO Presidente – Luís Fernando Abreu Massa Vice-Presidente – Alexandrino José Oliveira da Silva Secretário – Artur Rodrigues de Oliveira Barra Tesoureiro – José Augusto Martins Figueiredo VOGAIS Instalações – Armanda Maria Cortes Peixoto Campismo – Manuel Augusto Pilar Meira Karate – José Jorge da Silva Perestrelo Xadrez – Filipe Miguel Linhares da Costa Parapente – Marcos da Silva Martins Pesca – José Augusto Faria Martins

INDEPENDENTE FUTEBOL CLUBE TORRENSE

Corpos Gerentes 2011 - 2012 ASSEMBLEIA GERAL Presidente – Serafim Alves Vice-Presidente – Sara de Almeida Boal 1º Secretário – Marta Raquel Pereira Oliveira 2º Secretário – Fernanda Maria Carmo de Matos DIRECÇÃO Presidente – José Manuel N. Dias Silva Vice-Presidente Act. Desp. – Nuno Fernando S. G. Silva Vice-Presidente Act. Cult. Rec. – Luís Manuel Barreto Leitão Vice-Presidente Act. Adm. Financ. – Nelson Rafael Duarte Carvalho Vice-Presidente Inst. e Património – Rui Manuel Azenheira Martins Tesoureiro – José João Santos Cotegaça

Adjunto p/ Tesouraria – Fernando Jorge Correia Gomes Secretários – Hugo Filipe R. R. Jacinto; Armindo Jesus Gualdino Santos

SOCIEDADE MUSICAL 5 DE OUTUBRO

CONSELHO FISCAL Presidente – António Henrique Mendonça Ferreira Secretário – Carlos Jacinto Filipe Alves Relator – José Ventura Bexiga Godinho DELEGADOS À CONF. DAS COLECT. CULT. DESP. E RECREIO Efectivo – Maria João Paiva dos Santos Suplente – António Estêvão Malvas Boal

ASSOCIAÇÃO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E DESPORTIVA DE TORRES VEDRAS

Corpos Gerentes 2011-2012 MESA DA ASSEMBLEIA GERAL Presidente – António José França 1º Vice-Presidente – Sílvio dos Santos Soares 2º Vice-Presidente – Luís Seixas Miguel 1º Secretário – Paulo Bonaparte 2º Secretário – Elizabete Patarra CONSELHO FISCAL Presidente – José Luís Costa Secretário – Carlos Romão Relator – Vitor Pereira

Órgãos Sociais 2011-2013 ASSEMBLEIA GERAL Presidente – Francisco Manuel Costa Fernandes Vice-Presidente – Silvano Coelho Costa Monteiro Secretário – Maria de Lurdes S. Luís Ponciano Suplente – Barbara Cristiana J. Rodrigues Dias DIRECÇÃO Presidente – Luís Carlos Jordão de Sousa Lopes Vice-Presidente – Hugo Gerardo F. P. S. Lucas Tesoureiro – José Afonso Neves C. Santos Secretário – Carlos Manuel Malavado Bento Vogais – Paulo José F. Costa, João António R. O. Sousa, Jorge Augusto F. Ferrão, Luísa Maria C. S. R.Carvalho, Jorge Alberto J. Ferreira, Graça Maria M. da Silva e João António F. A. Hourmat Suplentes – Helena Isabel S. Botelho, Ana Isabel M. Fieis e Rui Joaquim Silva CONSELHO FISCAL Presidente – Sérgio Paulo Matias Galvão Vice-Presidente – Luís Arnaldo S. Bolas Relator – José Artur G. C. Caetano Suplente – Pedro António F. Rodrigues

DIRECÇÃO Presidente – José C. Bonaparte Figueira 1º Vice-Presidente – Fernando R. Oliveira 2º Vice-Presidente – Manuel António M. Costa Tesoureiro – Susete Franco Secretário Geral – Ana Paula Tavares 1º Secretário – Aurora Pacheco 2º Secretário – Tânia Jacinto Vogais: Nelson Jacinto, José Manuel Candeias, Susana Rocha, Fernando Perdigão, Gonçalo Conde e António Batuca

VULCANENSE FUTEBOL CLUBE

Órgãos Sociais 2011/2013 DIRECÇÃO Presidente – Rui Manuel Graça Santa Vice-Presidente Administrativo – António Joaquim Pereira Vice-Presidente das Act. Desportivas – João Pedro Inglês Ferreira

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notícias dos clubes Vice-Presidente das Act. Rec.e Culturais – José Manuel Matos Melo Vice-Presidente do Património – António Manuel de Matos 1º Secretário – Daniel Filipe Ferreira Alfélua 2º Secretário – Ana Cristina Almeida Brandão Tesoureiro – António Manuel Félix Rodrigues Director de Relações Públicas – Fábio André C. Rebolo Primeiro Suplente – Filipe Alves T. Trindade Segundo Suplente – Rodolfo Soares Marques Pereira ASSEMBLEIA GERAL Presidente – Francisco José B. F. Nascimento Vice-Presidente – José Luís dos Santos Alfélua Secretário – Fernando Manuel Soares Batista

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CONSELHO FISCAL Presidente – João Ladislau Teles Matos Vice-Presidente – António Rosa Duarte Secretário – António Paulino Mestre

CLUBE DE CAMPISMO DE BOMBARRAL

Órgãos sociais 2011-2013 Órgãos Sociais 2011-2012 ASSEMBLEIA GERAL Presidente – António de Matos Malaquias Secretários – José Carlos S. Cunha Lima; Catarina Raquel Gomes Lopes CONSELHO FISCAL Presidente - António Fernando Lopes Secretária – Catarina Isabel P. Vilão Simões Relator – João Paulo Santos DIRECÇÃO Presidente – António Manuel Santos Garcia Secretário – Fernando Rodrigues Tesoureiro – Jorge Pirita Santos Suplentes – Belmiro Barreto Santos; Vítor Manuel Alexandre Pedro publicidade

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30| SÉRIE 1

CASA DO POVO DE ACHETE

ABR | MAI | JUN | 2011

ASSEMBLEIA GERAL Presidente – Bonifácio Cordeiro Torre 1º Secretário – António Manuel Abreu 2º Secretário – Maria José Cardoso DIRECÇÃO Presidente – Fernando Capela Inácio Vice-Presidente – Honório Sancho Ferreira Mendes Vice-Presidente – Valentina Cardoso 1º Secretário – Arménio Nunes 2º Secretário – Maria Guilhermina Martins Tesoureiro – Francisco Manuel da Luz Barrão Vogais – Sérgio Botequim; Rui Peitaço; José Manuel Joaquim Mendes CONSELHO FISCAL Presidente – Rui Manuel Arroteia Sousa Vice-Presidente – Mário Russo Secretário – Vítor Manuel Silva




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