Evolucionismo

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Origem do Universo e da Vida Criacionismo

Big-bang

Todos os elementos feitos ao mesmo tempo

Elementos, além de hidrogénio e hélio, formaram-se depois de milhões de anos

Terra formada antes das estrelas

Terra formada muito depois das estrelas

Plantas formadas antes do Sol

Plantas evoluíram depois do Sol

Aves criadas depois dos répteis e mamíferos

Aves evoluíram dos répteis

Sol formado depois da Terra

Sol formado antes da Terra

Sol, Lua e Estrelas formados juntos

Sol formado a partir de antigas estrelas


A Evolução da Vida até ao Homem

Existe vida na Terra há quase quatro mil milhões de anos (Se comparável a 24h, o Homem teria aparecido nos últimos 15 minutos) No início o planeta era irreconhecível: sem formas de vida, mares ou montanhas e com uma atmosfera irrespirável Tal só se alterou com o oxigénio fornecido pelos vegetais que, lançado na atmosfera, criou o ozono (O3) que protegeu a superfície dos raios ultravioleta e permitiu o desenvolvimento dos organismos. Não sabemos bem como surgiu o primeiro organismo, mas sabemos que um ser primitivo deu início à evolução biológica e aos mil milhões de seres vivos que sucederam no planeta, incluindo nós.


A Evolução da Vida até ao Homem

A Terra Primitiva Há 4,6 mil milhões de anos formou-se o sistema solar a partir de uma nuvem fria de gás. Tal como os outros planetas, a Terra teve origem num adensamento de poeiras e gases e no início era rodeada por uma atmosfera rica em hélio, hidrogénio, metano e amoníaco. Gradualmente, há 3,8 mil milhões de anos, perdeu estes gases, tornando-se semelhante a uma bola quente de material fundido sobre a qual caíam frequentemente meteoritos, que contribuíram para o enriquecimento da composição do planeta: hidrocarbonetos, amoníaco e água. Estes elementos formaram a nova atmosfera, juntamente com os gases libertados pelos vulcões – dióxido de enxofre, azoto, óxidos de carbono e vapor de água.


A Evolução da Vida até ao Homem

As Primeiras Bactérias e Células Modernas Quando a terra tinha cerca de 4 mil milhões de anos apareceram as primeiras formas de vida, provavelmente na água, protegidas das radiações solares – as cianobactérias, capazes de efectuar a fotossíntese. Neste processo libertavam oxigénio para a atmosfera. O salto qualitativo que abriu caminho à evolução dos animais e plantas ocorreu há cerca de 1,5 mil milhões de anos com o aparecimento dos primeiros organismos unicelulares com um núcleo de ADN e de dimensões muito maiores – os eucariotas, que depois também se multicelulares.

viriam

a tornar


A Evolução da Vida até ao Homem As Primeiras Plantas e Animais Há mais de mil milhões de anos a vida já se direccionava para os dois tipos de organismos mais familiares: plantas e animais. Células primitivas

Células eucarióticas

Bactérias capazes de realizar a fotossíntese penetram numa célula eucariótica, dando mais tarde origem às

Células eucarióticas que optaram por alimentar-se de outros organismos – primeiros predadores, dando mais tarde origem aos

Plantas Animais


A Evolução da Vida até ao Homem A Conquista da Terra Firme: Os Primeiros Animais Terrestres Durante mil milhões de anos a vida esteve confinada à água, pela incapacidade de os organismos resistirem à falta de oxigénio e ao poder das radiações. Mas com a fotossíntese, o ozono produzido fixou-se nas camadas mais altas da atmosfera, formando uma camada protectora, e o oxigénio tornou o ar respirável. A colonização começou com os: Organismos Unicelulares Vegetais (musgos) Primeiros herbívoros (centopeias, aranhas, escorpiões)

Os primeiros vertebrados terrestres surgiram em virtude da necessidade de procurar alternativas aos lagos ou charcos em seca, precisando de respirar fora de água, tais como o Eusthenopteron, capaz de absorver o oxigénio do ar.


A Evolução da Vida até ao Homem

O Domínio dos Dinossáurios O antepassado comum dos dinossáurios foi talvez uma espécie de lagartixa, cujo corpo, sem cauda, caberia numa mão, e que rastejaria sobre a Terra há 240 milhões de anos. Dela terão descendido cerca de 440 espécies de dinossauros, que viveram entre 220 e 65 milhões de anos atrás. Durante muito tempo pensou-se que seriam animais de sangue frio, mas essa tese tem vindo a ser contestada, dada a sua disseminação mesmo em partes do globo muito frias. Crê-se que a sua extinção se poderá ter dado pela colisão de um meteorito com 10km de diâmetro e cujo impacto terá desenvolvido uma energia 10.000 vezes mais potente que a produzida por todas as armas nucleares no mundo. Gases e poeiras lançados na atmosfera teriam produzido escuridão e frio suficientes para impedir a fotossíntese e condenar à morte muitos herbívoros e respectivos predadores.


A Evolução da Vida até ao Homem O Advento dos Mamíferos A morte dos dinossáurios permitiu a disseminação dos mamíferos e seu consequente domínio sobre a Terra. A vida sobre as árvores, provavelmente nocturna, ou em tocas tinha-os protegido dos répteis, e o seu metabolismo de sangue quente, pequena dimensão e grande número ajudou-os a sobreviver à catástrofe.

Os Antepassados do Homem Há cerca de 70 milhões de anos, quando o nosso planeta era ainda habitado pelos dinossáurios, vivia na sombra uma espécie de esquilo pequeno - Purgatorius e era talvez o mais antigo antepassado de todos os primatas e, portanto, do Homem. Resumidamente: Purgatorius (70 milhões de anos) Aegyptopithecus (30 milhões de anos) Ramapithecus (12 milhões de anos) Australopithecus (4 milhões de anos) Homo habilis (entre 2,5 e 1,6 milhões de anos) Homo erectus (entre 1,7 milhões e 500 mil anos) Homo sapiens arcaico (entre 500 mil e 130 mil anos) Homo sapiens neanderthalensis (entre 150 mil a 34 mil anos) Homo sapiens sapiens (de há 90 mil anos até hoje)


A Evolução do Homem

Hominídeos Na evolução do género humano é possível distinguir três etapas principais: 1. a de certas espécies de antropóides que se adaptaram ao meio; 2. a do Homo erectus que fabricou utensílios e ferramentas, passo decisivo para o aparecimento da fase seguinte, 3. a do Homo sapiens que, pela sua capacidade intelectual, dominou o meio. Os hominídeos constituíram uma família da ordem dos primatas cuja única espécie actual é o homem (Homo sapiens sapiens). Os fósseis indicam a existência, no género Homo, das espécies extintas H. habilis e H. erectus, das subespécies de H. sapiens de Neandertal e de Cro-Magnon e, em épocas mais remotas, de antecessores de outros géneros, o Ramapithecus e o Australopithecus. As principais características anatómicas dos hominídeos foram: postura erecta, locomoção bípede no solo; capacidade craniana superior à de outras famílias aparentadas e dentes pequenos, com caninos não especializados. No processo de hominização surgiram também comportamentos distintivos, como a confecção de instrumentos e a linguagem verbal.


A Evolução do Homem Os primatas experimentaram um processo de adaptação que começou há cerca de 65 milhões de anos. Ramapithecus (14-12 milhões de anos) Em 1932 o paleontólogo G. E. Lewis descobriu na Índia restos de mandíbulas e dentes de um primata que apresentava caracteres evolutivos diferentes. O Ramapithecus foi considerado o elo entre os antropóides e os hominídeos evoluídos, mas algumas teorias discordam e associam este género à evolução do orangotango. Australopithecus (4 milhões de anos) Em 1924, ao ser dinamitada uma pedreira em Taung, na África do Sul, encontrou-se por acaso um pequeno crânio com alguns traços do chimpanzé, embora prevalecessem outras características que apontavam uma clara linha de hominização. O Australopithecus: 1. tinha uma capacidade craniana de 400 cm3 a 500 cm3 e uma dentadura com apenas dois caracteres de gorila, nenhum próprio do chimpanzé e vinte comuns com o homem; 2. caminhava erecto, com as mãos livres e era omnívoro. Apesar da aparência simiesca, o Australopithecus é, sem dúvida, o mais antigo género conhecido de hominídeos.


A Evolução do Homem Homo Habilis (entre 1,7 milhões e 500 mil anos) Em 1960 descobriram-se na Tanzânia, uma mandíbula infantil com os parietais, uma clavícula e alguns ossos da mão e do pé, rodeados de objectos de pedra. Os seus traços anatómicos levaram à sua classificação dentro de uma nova espécie, mais evoluída: a do Homo Habilis, com: 1. postura erecta e articulações semelhantes às nossas, só ocasionalmente subindo às árvores; 2. volume craniano entre 900 cm3 a 1000 cm3; 3. alinhamento craniano com a coluna e não no prolongamento horizontal, como nos macacos; 4. habilidade para o fabrico e manipulação de instrumentos.

Homo Erectus Em 1891, o cientista holandês Eugène Dubois encontrou na ilha de Java, o hominídeo que denominou Homo erectus, que se revelou: 1. totalmente bípede, com capacidade craniana de 900 a 1000 cm3, quase o dobro da do seu ancestral, o Australopithecus, mas com a fronte, as órbitas e as mandíbulas semelhantes às dos macacos antropóides; 2. inteligente, crê-se que terá sido durante a sua existência que se dominou o fogo e com ele a cozedura dos alimentos, bem como o reforço dos laços sociais, conduzindo a um domínio do meio.


A Evolução do Homem Homo Sapiens (100.000 e 35.000 anos atrás) Em 1856 descobriu-se em Neandertal, um crânio de aspecto simiesco, mas com capacidade cerebral de 1.600 cm3 a 2.000cm3. Classificou-se o achado como a transição para uma espécie mais evoluída, o Homo Sapiens, de que o exemplar da Alemanha constituiu a subespécie Homo sapiens neandertalensis. Eram indivíduos de caixa craniana e rosto grandes, que teriam vivido no sul e no centro da Europa, assim como no Oriente Médio, Supõe-se que o desaparecimento do homem de Neandertal resultou do predomínio da outra subespécie, o homem de CroMagnon, que procedia do Oriente. Os primeiros fósseis de Cro-Magnon, (localidade do sul da França) também conhecido como Homo Sapiens Sapiens, têm cerca de 32.000 anos, mas é provável que tenham penetrado na Europa antes dessa data. Outra hipótese atribui a extinção do homem de Neandertal ao cruzamento entre as duas subespécies. Os últimos 1,6 milhões de anos caracterizaram-se pelas cinco glaciações sucessivas que ocorreram sobre a Terra, intercaladas por quatro intervalos mais brandos. O homem actual, frágil e de corpo desprotegido, apareceu entre as duas últimas glaciações. Nas suas deficiências físicas encontrou o desafio que o seu grande cérebro enfrentou com êxito: aperfeiçoou a protecção contra as dificuldades e ameaças da natureza e inventou instrumentos para, de diversas maneiras, dominar o ambiente e diversificar as suas opções de vida.


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