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INSPIRAÇÃO PARA QUEM
MORA LONGE DE CASA
FIM DE ANO É FESTA!
TURISMO
MODA & MAKEUP
Inesquecível noite em um Iglu
Monique Eigenmann Visagista
FELIZES NO BRASIL
Dennis & WILMA MÜLLER QUANDO A FELICIDADE ESTÁ ALÉM DA SUÍÇA
O MELHOR SOMMELIER DE CERVEJAS DA SUÍÇA
ROGER BRÜGGER
p s In
o ã ç a ir
made in Brazil
DEZ 2015 ANO III Editora BMA ISSN 2364-480X Disponível nos pontos de distribuição ou através do site Brasileiros Mundo Afora
Brasileiras falam sobre suas profissões no exterior. Visagistas, artesãs, empresárias. Mulheres inspiradoras!
Tenha sua própria revista! Imagine seus produtos e serviços apresentados em uma revista própria, de alta qualidade e atrativa. Nós somos especialistas no assunto e queremos mostrar o melhor do seu trabalho através de uma publicação sensacional. Você recebe a sua revista em formato PDF pronta para ser publicada online, disponibilizada para download ou para ser impressa. O preço é um só. Criar conteúdo inspirador e design criativo é a nossa paixão e está refletida em todas as nossas publicações. Uma amostra do nosso trabalho você encontra nas revistas Brasileiros Mundo Afora, que estão disponíveis online e para download. Flyers e postagens para as mídias sociais completam os nossos serviços. Queremos promover o seu trabalho. Entre em contato conosco, nós vamos adorar fazer a sua revista e oferecemos diversas modalidades de pagamento. Estamos aguardando! Editora Brasileiros Mundo Afora Claudia Bömmels & Marisa Pedro Pfeiffer
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brasileirosmundoafora@gmx.net Facebook/Inbox: Boemmels Claudia
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Queridos Brasileiros Mundo Afora Independente de que país você se encontra, final de ano é uma época cheia de festas, tradições e simbolismos. Principalmente o Ano Novo é uma oportunidade para se fazer um balanço do ano que passou, renovar promessas, traçar novos planos. Para nós, 2015 foi um ano de muitos acontecimentos e realizações. Esta edição que você está lendo agora é a nossa décima terceira e a segunda impressa. A realização de um sonho e um grande desafio. Colocar um sonho em prática exige determinação, perseverança e paixão. Nossa revista é colaborativa e nós não só acreditamos nesse conceito, como o colocamos em prática. Assim a foto da capa e o editorial Paixão, são o resultado de um trabalho em parceria com os fotógrafos Nithah e Michael Stöcklin, a visagista e nossa capa Monique Eigenmann, e nós da Brasileiros Mundo Afora. A atual revista é novamente prova do poder que os projetos colaborativos podem ter. Temos muito orgulho disso! Impossível publicar todo o conteúdo fantástico produzido por brasileiros que moram nos quatro cantos do mundo. Escolhemos então algumas histórias, fotografias e dicas que nos encantaram e nos inspiram. As pessoas que apresentamos nesta edição vivem histórias diversas, mas têm em comum a paixão pelo que fazem e a vontade de vencer. Depois de feito o balanço do ano que passou, desejamos que você entre em 2016 com muita energia positiva, novos planos e paixão. Paixão por alguém, pelo seu trabalho, pela vida. A nossa missão com esta revista é inspirar você e mostrar que é possível se realizar sonhos, seja morando longe de casa ou voltando para o Brasil. Beijos,
Marisa Pedro Pfeiffer e Monique Eigenmann
nique Eigenmann Michael Stöcklin e Mo Photography no estúdio da Nitami
Monique Eigenmann e Nithah Stöcklin
MAKING OF… STÖCKLIN & MICHAEL COM NITHAH R E RO PFEIFFE MARISA PED GENMANN MONIQUE EI
Backstage
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Reportagens em destaque Brasileiros Mundo Afora - Edição Dezembro 2015
10 O Câncer de Mama no
Alvo da Moda
14 visagismo Quatro brasileiras falam sobre sua nova escolha profissional na Suíça
28 É FESTA! Moda, makeup, dicas
48 Vivo meu sonho no Brasil Dennis e Wilma Müller em entrevista
56 Sommelier de cervejas Entrevista com Roger Brügger, o melhor sommelier de cervejas da Suíça
76 IGLUS Uma noite inesquecível na neve
Foto da capa: Nitami Photography Produção: Monique Eigenmann Vestido: Glamour/Ana Maria Müller
Colaboradores A Brasileiros Mundo Afora é um projeto colaborativo e conta com fotografias e textos de brasileiros que moram nos quatro cantos do mundo. Um obrigado especial a Sandra Gomes, por acreditar no nosso projeto, a Daniella Schweizer, pelo apoio incondicional e a Michelle Serafim e a Gê Eggmann, por serem incansáveis na divulgação do nosso projeto. Obrigado a todos os colaboradores desta edição: Monique Eigenmann, Nithah Stöcklin, Michael Stöcklin, Ana Maria Müller, Camila Furtado, Sheron Menezes (Câncer de Mama no Alvo da Moda), Catharina Choi, Carlo Locateli, Soraia Dietsche, Andrea Sigrist, Adam Biro, Celiane Aguiar, Mayná Martínez, Karin Oesch, Vitor Morgado, Rogério Vinícius, Komang Darmiani, Olibier Guyot, Arthur Caliman, Pino Gomes, Laura Kaszemeck, Dennis Müller, Wilma Müller, Walter Müller, Mill Queen, Núbia Suriane, Mari Botelho, Maria Eduarda, Roger Brügger, Pattricia Klein, Isabela Campos, Natalia Santacruz, Danielly Meier, Erica Palmeira, Juliana Marchesoni, Rosana Conte, Fernanda Pontes Clavadetscher, Irene Zwetsch, Lila Rosana, Tati Borges-Schindler, Guilherme Tetamanti, Dani Furlan Di Gregorio, Bon Parinya Wongwannawat, Kashiyama Fotos, Murillo Marttin, SowaKendzia ART.
Nithah Stöcklin é natural do Rio de Janeiro, Michael Eduard Stöcklin é suíço. Juntos eles formam a Nitami Photography, um estúdio fotográfico que produz imagens únicas. Eles planejaram juntamente conosco o editorial Paixão e fotografaram Monique Eigenmann, uma visagista que mora na Suíça, também para a capa desta edição.
Danielly Meier é de Porto Alegre e graduada em Letras, com especialização em Inglês. Ela mora há 15 anos na Suíça com a família e trabalha como professora de inglês e literatura de língua inglesa. Danielly fala em “Tradições de Natal” sobre as tradições natalinas que ela gosta e que também coloca em prática na sua casa.
Pino Gomes é fotógrafo de moda e beleza. O carioca anda pelo mundo com desenvoltura e é contratado da Guess Inc. Ele também é embaixador e fotógrafo exclusivo da marca de relógios suiços GC Watches. Pino é cidadão do mundo e se divide entre o Rio de Janeiro, Nova York e Zurique. Em seu portfolio de clientes encontram-se nomes como La Roche Posay, Make Up For Ever, Sephora, Bulgari entre muitos outros. Pino já apresentou seus trabalhos em exposições em Paris, Nova York, Milão, Tokyo e em outras metrópoles. Para a matéria “Dicas de Celiane Aguiar” ele fotografou a modelo alemã Laura Kaszemeck.
Erica Palmeira colabora com a BMA desde o início e há algumas semanas ela lançou a segunda edição da sua própria revista, a OcaPop. Ela é carioca-australiana que ama sol, praia, calor e chocolate. É mãe, arquiteta, blogueira e dona de uma mente inquieta. Saiu do Brasil há mais de 10 anos e vive se reinventando para conseguir o equilíbrio perfeito entre trabalho e família, mas tem tendências sérias a ser workaholic - apesar disso, adora viajar física e mentalmente. Erica nos mostra como fazer uma tag de mala no melhor estilo “faça você mesmo”.
Lila Rosana nasceu em Belém do Pará, onde formou-se em psicologia clínica e organizacional. Tem especializações em educação infantil, ludoterapia e estresse pós traumático. Atualmente vive em Vancouver, no Canadá. Além disso, Lila tem muitos interesses: aos nove anos de idade ela desenhava com grafite, aos dez anos pintava em tela e com tinta a óleo, estudou teatro quando criança, na adolescência fez dança moderna e agora adulta faz aulas de pintura, scrapbooking e fotografia. Lila colabora com a nossa revista desde a primeira edição e escreve na coluna “Conversando com Lila” sobre o conflito que brasileiros entram quando voltam para o Brasil: Sentir-se estrangeiro no Brasil.
Viajando sozinha… Texto: Camila Furtado | Foto: Divulgação
Imagine a cena: Natal, meu marido animadíssimo, esperando eu abrir o meu presente. Era um envelope e dentro havia uma passagem para Washington e Nova York. Sim, UMA passagem. Para mim sozinha, sem as crianças, sem ele. Em outra vida isso seria, claro, um super presente. Sempre gostei de viajar sozinha. Naquele momento, contudo, com um sorriso amarelo na cara, eu só pensava em como conseguiria cancelar a viagem sem magoá-lo. Mas o certo é que de jeito nenhum eu iria para outro continente deixando meus filhos para trás. O problema não é que não confio no meu marido para cuidar das crianças. Muito pelo contrário, se tem alguém em quem posso confiar é ele. Já me separei das crianças outras vezes; foram viagens curtas, aqui pela Europa mesmo. Agora, outro continente, por quase uma semana, era um passo maior do que eu achava que podia dar. A relutância em viajar sem as crianças tem a ver com a maneira como a maternidade aconteceu para mim. Virei mãe sem família nenhuma por perto, sem babá, sem empregada. E, talvez por nunca ter tido a quem recorrer, não estou acostumada a delegar meus filhos. Sempre sou eu quem está lá para eles. Além disso, tenho que admitir que essa coisa de não querer largar o osso também tem a ver com minha personalidade. Tenho a maior dificuldade em aceitar ajuda e não sou de pedir arrego. Características que se potencializaram totalmente para o bem e para o mal – com a maternidade. Diante da minha hesitação, meu marido até tentou se organizar no trabalho para que pudéssemos adiar a viagem para alguma coisa do tipo “o mais tarde que você conseguir”. Mas a verdade é que se eu desistisse de viajar naquela semana provavelmente não iria ter outra chance. Estava tudo bem planejado. Ele ia estar tranquilo no trabalho, podia sair mais tarde e voltar mais cedo para levar as crianças no jardim de infância. E minha sogra, que mora em Berlim, viria passar a semana aqui em Colônia para dar uma força. Era pegar ou largar. E eu peguei. Peguei porque tinha certeza de que as crianças iam ficar bem. E também porque, mais do que ninguém, eu sabia o quanto ia ser bom para mim ficar um pouco sozinha. Muito longe de estar super animada, a primeira coisa que senti quando botei o pé na estrada foi medo. É quase engraçado constatar que a maternidade (e talvez a idade) fez de mim, a louca das loucas, uma mulher meio medrosa. No caminho para o aeroporto fui tentando racionalizar meus pensamentos e me acalmar. Por que tanto medo? Sozinha eu já tinha mochilado pelos quatro cantos do mundo e sempre consegui voltar intacta para casa. Minha sogra é uma avó dedicada, cuidadosa. Meu marido ia estar em casa. Os números da emergência dos hospitais mais próximos estavam colados na
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geladeira. As professoras do jardim de infância estavam alertas. Até um post-it na bicicleta do Gael, para que não esquecessem o capacete, eu tinha deixado. Mas lembrar de tudo isso não adiantava, meu medo era tão grande que tinha até pensado em deixar uma carta de despedida para as crianças, caso meu avião caísse ou acontecesse alguma coisa do tipo. Sem exagero, só desisti da carta porque teria sido loucura demais. Além do lance do medo, eu tinha que aceitar que não estava mais no controle. Tinha que deixar rolar. Talvez meu marido fosse esquecer que quando a temperatura está muito baixa a Maria vai para escola com a calça azul, que é mais quentinha. E que na merendeira do Gael não adianta colocar banana, que ele não come. Frio, fome, sono, tristeza, nariz entupido – seja lá o que fosse, eu tinha que confiar que as coisas se arranjariam, e não seria do meu jeito. Não sei direito quando foi que me deu o clique para parar de encanar. Talvez tenha sido no momento em que reclinei a poltrona no avião para ler um livro, ou quando mandei uma mensagem para minha amiga em NY dizendo que, sim, claro que eu topava drinques na terça à noite. Fato é que me dei conta bem rápido de que estava vivendo momentos raros e que tinha que aproveitar. Morri de saudades das crianças. No voo de volta meu coração dava pulos de alegria só de pensar que logo estaria com elas de novo. Mas quando cheguei em casa, vi o quanto a separação tinha valido a pena. Não era só o penteado da Maria e a arrumação na geladeira “à la sogrita” que estavam diferentes. Eu também estava diferente. Mais forte, mais conectada comigo mesma, e feliz. Nada como uma viagem bacana para reciclar os pensamentos. Também me dei conta de que muito daquela mulher cosmopolita que eu achava que não existia mais ainda vive em mim, apesar de meio adormecida. E, finalmente, palmas para mim, que superei o medo de sair de perto das crianças e amadureci um pouco mais nessa tarefa complexa de ser uma mãe equilibrada. Assim como a grande maioria das mães, todos os dias abdico de coisas pequenas e grandes em prol do bem-estar dos meus filhos. Mas sempre que faço alguma coisa legal por mim percebo que, de bem com a vida, é muito mais fácil ser a mãe que eu quero ser. Se pensar só na gente não é motivação suficiente para largar o osso de vez em quando, a gente deveria então pensar nos nossos filhos. Eles merecem conviver com uma mulher feliz. Camila Furtado mora na Alemanha e é mãe da Maria e do Gael. Ela é autora do blog e do livro Tudo Sobre Minha Mãe, no qual aborda com sinceridade e bom humor os desafios dos primeiros anos de maternidade. O livro, em português, está à venda na Amazon pelo mundo inteiro.
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Sheron Menezes
O Câncer de Mama no Alvo da Moda A campanha O Câncer de Mama no Alvo da Moda chega aos 20 anos. Duas décadas de muita informação e ações que ajudaram a salvar a vida de centenas de mulheres. A campanha “O Câncer de Mama no Alvo da Moda” ficou conhecida em muitos países e, particularmente no Brasil, onde o mundo fashion e as celebridades abraçaram a causa, emprestando a imagem e ajudando o Instituto Brasileiro de Controle do Câncer (IBCC) a arrecadar fundos para a ampliação de sua estrutura física e capacidade de atendimento. Vinte anos depois de chegar ao país, a campanha ganha vida nova ao chamar a atenção das pessoas para o fato de que, mesmo com possíveis sequelas físicas e emocionais, o câncer de mama pode ser vencido. 10 |
Dez celebridades aceitaram participar dessa nova campanha do IBCC. São elas: Rafael Cardoso (ator), Wanessa Camargo (cantora), Isabel Salgado (ex-jogadora de vôlei), Flavio Canto (ex-judoca e apresentador), Vanessa Gerbelli (atriz), Miá Melo (atriz), Sheron Menezes (atriz), Luciano (cantor que faz dupla com Zezé di Camargo), Tande (ex-jogador de vôlei e apresentador) e Marcos Pasquim (ator). O dia escolhido para o encontro com as celebridades era para ser mais um ensaio envolvendo um projeto social. As celebridades chegavam, faziam a maquiagem e logo estavam na frente das câmeras. Mas, desta vez, tudo aconteceu diferente. Na ação criada pela Ogilvy Brasil, que é a agência de comunicação do IBCC desde 2002, o objetivo foi fazer com que os famosos convidados para as gravações pudessem ter um contato mais real com a causa e sentir de perto os efeitos do câncer. Por isso, pela primeira vez, quem estava por trás das lentes era justamente a protagonista da campanha: Meran Vargens, que se apresentou aos famosos como fotógrafa e diretora de cena. Meran, no entanto, não estava ali apenas por seu talento como diretora de teatro, sua real profissão. Após "aquecer" as celebridades com alguns cliques, todos feitos individualmente, ela os chamava para um bate-papo, no qual perguntava a experiência de cada um com o câncer. Após ouvi-los, Meran revelava a sua história – ela venceu um câncer de mama, mas para isso teve que passar por uma mastectomia e não reconstruiu as mamas -, tirando a camiseta ao final. A reação de todas as pessoas foi de muita emoção, já que parte dos famosos já tinha vivido de perto o drama da doença. Em seguida, sem perder tempo, Meran começava a clicar as celebridades de novo. Desta vez, porém, o resultado foi outro: um verdadeiro retrato de quem fica frente a frente com o câncer de mama. Eles eram não mais celebridades, mas sim seres humanos com imensa compaixão por quem luta contra a doença. A campanha reforça a mensagem “Cada um reage diferente ao câncer de mama. Mas a melhor reação é doar”. E pede para que as pessoas comprem os produtos com a marca O Câncer de Mama no Alvo da Moda. “A Campanha ajudou o hospital a crescer e esse crescimento tornou possível fazer, em 20 anos, muitas melhorias. Em 1995, o IBCC tinha apenas 4 mil metros quadrados. Hoje, são 25 mil metros quadrados, um crescimento físico de cerca de 500% no período. O número de leitos passou de 43 para 180 e foi possível fazer um centro cirúrgico com 10 salas, além de uma nova UTI com 10 leitos”, conta o superintendente do IBCC, Justino Scatolin. O IBCC trouxe esta Campanha ao Brasil em 1995, depois de uma parceria com o Conselho dos Designers de Moda da América. A Fashion Targets Breast Cancer foi criada nos EUA em 1994 para alertar as mulheres sobre a importância da detecção precoce do câncer de mama. A iniciativa foi do estilista Ralph Lauren, que, após acompanhar a luta de sua amiga e jornalista Nina Hyde contra o câncer de mama, decidiu que precisava usar a moda para falar com as mulheres sobre este assunto. Ele foi o criador do Alvo Azul. Anos depois, os resultados da Campanha no Brasil superaram os dos EUA.
O CÂNCER DE MAMA NO ALVO DA MODA | 11
Catharina Choi Miss Mundo Brasil 2015 12 |
Miss Mundo Brasil 2015 na Suíça A paulista , 25, é a Miss Mundo Brasil 2015. Com ascendência coreana, Catharina Choi é estudante, trabalha como modelo e foi apresentadora de televisão na Coreia do Sul durante dois anos. Ela domina o idioma fluentemente, além do ingles e espanhol. “Morei dois anos na Coreia, um país muito acolhedor e que evoluiu muito rapidamente. Eu não senti muita diferença cultural quando morei lá, pois na minha casa, no Brasil, vivemos a cultura coreana no nosso dia-a-dia. Ainda na Coreia eu participei do Miss Coreia e tudo aconteceu muito rápido, não foi planejado e quando me dei conta, já era Miss. Eu queria muito representar o Brasil no Miss Mundo, então esperei meu contrato vencer na Coreia e voltei para casa e me prepararei para concurso.”, conta Catharina. Além de Miss ela é embaixadora do projeto social e embaixadora do no Brasil, Coreia do Sul e também nas Olimpíadas de 2016. Com o lema “Beleza com Propósito”, o Miss Mundo Brasil é o concurso oficial que leva a vencedora à disputa da coroa de Miss World ou Miss Mundo. Para o concurso de beleza mais famoso do planeta, Catharina foi também preparada na Suíça pela coaching em consultoria de imagem e personal stylist Soraia Dietsche. Catharina completa: “Agradeço a todos pelo carinho e apoio que recebi. As mensagens incentivadoras me deram muita força. Obrigada!” Fotos: Carlo Locateli & Divulgação | Entrevista: Claudia Bömmels
PERFIL | 13
Profissão expatriados Nos reinventar é o que geralmente fazemos profissionalmente quando mudamos de país. Poucos conseguem praticar as profissões que exerciam no Brasil, quando chegam ao exterior. A grande maioria reinventa-se, começa do zero, estuda muito e trabalha dobrado. Queremos apresentar as visagistas Monique Eigenmann, nossa capa, Celiane Aguiar, Andrea Sigrist e Mayná Martínez. Brasileiras residentes na Suíça, que encontraram na arte de maquiar um novo rumo profissional e uma grande paixão: ressaltar a beleza de suas clientes com cores e pincéis. Histórias inspiradoras de mulheres com muita força de vontade e talento.
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Foto: Nitami Photography
Monique Eigenmann Monique Eigenmann tem 29 anos e é natural do Rio de Janeiro. Ela saiu do Brasil aos sete anos de idade, morou na Áustria e dos oito aos 15 anos em Amsterdam, na Holanda. Já no Brasil, ela começou a trabalhar aos 17 anos e à procura de um caminho profissional satisfatório, passou por várias estações como vendas, agência de viagens e foi comissária de bordo de um iate em Angra dos Reis. Em entrevista Monique fala sobre sua vinda para a Suíça, onde mora desde 2009 com o marido e três filhos e sobre a profissão pela qual se apaixonou: o visagismo.
Nas fotos: Monique Eigenmann durante o FASHION HOTEL, Fashion Show em Zurique, Suíça. Com o NU ICONS Makeup Team. Fotos: Bon Parinya Wongwannawat
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Brasileiros Mundo Afora: Monique, por que você decidiu morar na Suíça? Monique: Por amor! (risos) Conheci o meu marido no Rio de Janeiro, em 2009, através de amigos em comum. Ele já estava na cidade há três semanas por causa do seu filho. Passamos os sete dias que ele ainda tinha no Rio nos conhecendo e quatro dias após sua partida, ele me convidou para o visitar na Suiça. Ficamos três maravilhosos meses juntos. A ideia de eu ter que voltar para o Brasil, e mantermos um relacionamento à distância nos deixava muito tristes e assim um belo dia ele me pediu em casamento. Depois disso, minha vida mudou completamente. Hoje, seis anos depois, vivemos felizes com nossa linda família (meu filho Fagner, meu enteado Luan, e nossa princesinha Kyra) na cidade de Basel. Brasileiros Mundo Afora: Como você se tornou uma visagista? Monique: Eu sempre amei tudo que tem a ver com maquiagem, beleza e moda. Quando cheguei aqui na Suíça, trabalhei primeiramente em fábricas. Em 2012 fiquei na dúvida entre fazer um curso profissionalizante em logística ou frequentar uma escola de visagismo. Só que, primeiramente, nenhum dos dois planos deu certo, pois o nosso terceiro desejo se realizou: engravidei da nossa filha Kyra. Juntamente com essa boa notícia, recebemos outra maravilhosa: conseguimos, depois de dois anos de muita luta, a guarda definitiva dos nossos filhos que ainda encontravam-se no Brasil. Me tornar visagista foi coisa do destino. Conheci a minha querida amiga Nithah Stöcklin, da Nitami Photography, em Basel, que fez minhas fotos de grávida. Início de 2014 ela me convidou para maquiar uma cliente e foi aí que tudo começou. Ela, assim como meu marido, acreditou no meu talento e me deu muita força para continuar a seguir esse caminho. Ainda sem ter feito escola de maquiagem, já conseguia trabalhar bastante e nesse meio tempo me formei na escola de maquiagem House of Orange Makeup School em Amsterdam. Sou apaixonada pela minha profissão e tenho consciência que sou privilegiada em poder fazer o que eu amo. Cada dia eu consigo ver o quanto eu posso crescer e estou me esforçando o máximo para conseguir entrar no mundo da moda. Meu sonho é trabalhar com grandes fotógrafos e revistas, um dia eu chego lá! (risos) Uma grande conquista que eu consegui realizar foi trabalhar no New York Fashion Week em setembro deste ano no time de maquiagem da visagista Einat Dan. Umas das marcas para quem eu trabalhei, foi a Carmen Steffens, tendo como modelos principais do desfile, a brasileira Adriana Lima e a alemã Tony Garrn. Foi uma honra. Brasileiros Mundo Afora: Você tem três filhos. Como concilia a vida familiar com o trabalho? Monique: Às vezes me faço a mesma pergunta! Nossos filhos têm 10, 7 e 3 anos e apesar de já estarem acostumados com a mamãe maquiadora, nem sempre é fácil. Meu marido e meus sogros me ajudam muito, combino minha agenda juntamente com eles e isso funciona muito bem. Também divido as tarefas de casa com meu marido. Desde que eu decidi me tornar visagista, tenho me dedicado muito ao trabalho, o que no começo não foi muito agradável para a família, mas agora estamos conseguindo conciliar melhor nossas rotinas. Se não fosse por eles, eu não estaria aqui hoje contando a minha história para vocês. moniqueeigenmann.foliodrop.com Facebook: MUAeigenmann Instagram: @mua_eigenmann
Foto: Adam Biro
Andrea Sigrist Andrea Sigrist tem 38 anos e é maquiadora há 20. Ela cursou Relações Públicas na Universidade Federal de Alagoas, mas foi a maquiagem que a conquistou de verdade. Desde 2002 ela mora na Suíça e à seguir ela fala sobre sua profissão e sobre equilibrar-se entre os papéis que exerce com primor: de mãe e profissional. 18 |
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A princípio eu vinha para a Suíça visitar a família, pois minha mãe e meus irmãos moram aqui há 21 anos. Em 2002 vim para me recuperar de uma estafa física e mental que adquiri após estudar e trabalhar exaustivamente. Na época eu ainda cursava Relações Públicas e resolvi trancar a matrícula e visitar minha família na Europa. Chegando na Suíça, conheci o Daniel, amigo de minha irmã, e nos apaixonamos. Um ano depois estávamos casados. Eu sou a maquiadora que não gostava de se maquiar (risos). Uma amiga me convidou para ser modelo em um curso de maquiagem que estava iniciando, mas chegando lá constatei que fui inscrita no curso para aprender a maquiar. Como o curso já estava pago, resolvi seguir em frente. Fiz minha primeira maquiagem e a instrutora depois de ouvir que eu nunca tinha maquiado profissionalmente antes, me disse “Pois aí está seu dom. Você nasceu para isso.” Assim foi meu primeiro contato com a profissão de visagista. O que eu mais amo no meu trabalho é o poder que a maquiagem tem em transmitir a beleza, muitas vezes desconhecida, iluminando o olhar e abrindo um sorriso em quem está sendo maquiado. Essa sensação não tem preço. Lecionar também me realiza muito. Ver meus alunos colocando em prática o que aprenderam comigo é emocionante. Sendo uma pessoa ativa que adora desafios e mudanças, sempre me dediquei a me atualizar no mercado, participando de novos cursos, tanto na minha área como em outros segmentos, como vendas, técnicas de gerenciamento e supervisão, estatística, liderança e motivação de equipes, planejamento estratégico, técnicas didáticas e pedagógicas para instrutoria, atendimento de qualidade entre outros. Para mim uma das maiores diferenças culturais entre a Suíça e o Brasil encontra-se na forma das pessoas encararem seus compromissos. Aqui você pode marcar com alguém três meses antes e no dia marcado aquela pessoa estará lá te esperando, como combinado. Também algo que me chamou a atenção na Suíça são os direitos dos trabalhadores. Quem trabalha é remunerado corretamente e tratado com muito respeito. Não posso dizer o mesmo das minhas experiências no Brasil. Eu trabalho há quase 10 anos como maquiadora expert para as marcas Giorgio Armani Cosmetics, Yves Saint Laurent, Helena Rubinstein e Lancôme. Meu trabalho está integralmente voltado para a área de maquiagem, seja ministrando cursos, fazendo consultoria de maquiagem para clientes VIP das marcas, maquiando para diversos eventos de moda e cinema, fotoshootings, casamentos, fashionweeks entre outros. Por outro lado procuro talentosos maquiadores para trabalharem na agência de maquiadores que abri há cinco anos com outras visagistas brasileiras, a AB Internacional Team. Como sou casada e tenho um filho de 11 anos, conciliar a vida sem ter uma babá é um desafio. Minha agenda é super organizada e lanço mão do que existe por aqui: creche, ajuda do marido, avó, irmãos, enfim, tudo muito bem cronometrado e agenda seguida ao pé da letra para tudo dar certo. Meu conselho para quem quer viver no exterior é que procure se adaptar o mais rápido possível às regras do país, à língua e aos costumes. Não queira viver em outro país como se estivesse no seu. Quem quer ser respeitado precisa respeitar. E na minha opinião, falar a língua do país é uma forma de respeito. Porque quem consegue se comunicar acaba entendendo melhor a cultura e esse é o primeiro passo para se integrar melhor na nova sociedade. ” www.andreasigrist.expert | Facebook: andreasigrist.expert | Instagram: @andreasigrist
Foto: Vitor Morgado
Celiane Aguiar Celiane Aguiar tem 29 anos é natural de Santarém, no estado do Pará. No Brasil ela trabalhava na área de marketing comercial e estudava Direito. Celiane mora na Suíça desde 2009 e hoje trabalha como visagista. Celiane também é conhecida como blogueira e por oferecer cursos de automaquiagem em toda Suíça e países vizinhos. Em entrevista ela fala sobre a profissão que escolheu e sobre as diferenças culturais dos dois países. 20 |
Brasileiros Mundo Afora: Celiane, fale sobre o seu trabalho e porque escolheu seguir o caminho do visagismo. Celiane: O que mais gosto na maquiagem é o poder de trazer do íntimo de uma mulher a beleza escondida dentro dela, que se aflora após o excelente trabalho do maquiador, proporcionando assim uma elevada auto-estima e até mesmo mudança de comportamento. Acredito que não fui eu que escolhi o visagismo como profissão e sim fui escolhida por ele. Brasileiros Mundo Afora: Fale sobre seu conceito de negócios. Celiane: Para mim os negócios estão sempre relacionados à pessoas e saber lidar com elas é fundamental, seja qual for a área. Saber o que as motiva e quais são os seus anseios é o segredo do sucesso. Penso que cursos e formações são de grande importância para se tornar um profissional capacitado. Ninguém nasce sabendo, todo conhecimento precisa de aprimoramento e a busca constante por esse aprimoramento é o que diferencia um profissional comum de um excelente profissional. Juntamente com as visagistas brasileiras Andrea Sigrist e Mayná Martínez, fundei a AB Internacional Team, uma agência internacional de maquiadores especializados em Airbrush, um revolucionário sistema de maquiagem HD. Já trabalhamos em vários países e em 2015 participamos duas vezes do New York Fashion Week. Brasileiros Mundo Afora: Qual a maior diferença cultural para você entre o Brasil e Suíça? Celiane: As diferenças culturais são inúmeras, mas acredito que dentre elas a que mais dificulta a adaptação do brasileiro é a formalidade do povo suíço e a ausência do famoso calor humano que temos no Brasil. Brasileiros Mundo Afora: Como é sua rotina de trabalho? Celiane: Rotina é algo que não tenho, pois sou também freelancer e viajo bastante. Entre cursos, shootings, promoções em lojas de departamento e atendimentos privados, há sempre algo diferente nos meus dias. Eu adoro essa liberdade e não poderia estar mais satisfeita. Brasileiros Mundo Afora: Que conselho daria para quem está mudando agora para o exterior? Celiane: Independente dos motivos da mudança, o mais importante é a adaptação. Venha com a mente aberta, tente aprender com tudo que lhe for apresentado e não fique preso à vida que tinha no Brasil. www.celianeaguiar.com Facebook: Celianemakeup Instagram: @celianeaguiar
Foto: Karin Oesch Photography
Mayná Martínez Mayná Martínez tem 28 anos e trabalha na Suíça como visagista e hairstylist. Ela mora desde 2000 fora do Brasil e antes de mudar-se para Zurique ela morou em Barcelona. À seguir ela fala sobre viver na Suíça e sobre sua rotina de trabalho. 22 |
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Meus avós e pais buscavam uma melhor qualidade de vida e mais segurança para mim e meus irmãos, por isso nos mudamos do Brasil para a Espanha. Meu avô é espanhol e assim tivemos a facilidade de morar no país. Após nove anos tive a oportunidade de trabalhar em Zurique, e simplesmente me apaixonei por sua paz, tranquilidade, encanto e pelo Zürisee, o lago da cidade. Um lugar completamente diferente de Barcelona, mas que me cativou desde o primeiro dia! Ainda em Barcelona, tive a oportunidade de fazer o curso de maquiadora profissional em uma escola conceituada na cidade, foi então que vi essa oportunidade maravilhosa de mudar a minha vida e me dedicar à algo que realmente gostava. Não pensei duas vezes e deixei o meu trabalho de recepcionista e fiz o curso. Terminei o curso com muita vontade de aprender mais e comecei a me dedicar à maquiagem como profissão. Me sinto feliz ao criar, desenhar, colorir, me sinto feliz ao trabalhar com as cores, com a energia da vida e ao terminar ver a felicidade expressada no sorriso da cliente. Me sinto realizada pois esse é o meu principal objetivo, poder destacar a beleza de cada pessoa. Além de ser autônoma, sou uma das co-fundadoras da AB International Team junto com a Andrea Sigrist e a Celiane Aguiar. O nosso grupo oferece serviços de maquiagem com aerógrafo para diferentes países do mundo, tanto para Europa como para os Estados Unidos e o Brasil. O meu trabalho é parte de mim, me mantem viva, alerta e com vontade de buscar novos caminhos, opções, oportunidades, de desenvolver novas ideias. Sou grande fã de cursos, tanto no meu trabalho quanto na minha vida pessoal. Aprender e evoluir são pontos primordiais no meu dia-a-dia, sempre busco uma maneira de melhorar em todos os aspectos da minha vida. Uma das coisas que eu mais amo no meu trabalho é que não tenho rotina. Cada dia faço algo diferente, nenhuma semana é igual que a outra. Pessoas, maquiagem, lugares diferentes Para quem pretende mudar de país diria que antes de tudo informe-se bem para onde está indo e tente imaginar se esse lugar fará você feliz. Lembre-se que nenhum lugar é perfeito. Para adaptar-se à Suíça é preciso estar consciente que as pessoas são mais reservadas, que é mais difícil de se fazer amizade. Com todo o respeito, para mim essa é a maior diferença cultural entre o Brasil e a Suíça. Falando de modo geral é preciso de tempo para se poder conquistar uma amizade com uma pessoa daqui. Mas como eles dizem, uma vez que você tem um amigo suíço, ele é para toda a vida.”
www.maymakeupartist.com Facebook: maymartinezmakeup Instagram: @maynamakeup
PROFISSÃO EXPATRIADOS | 23
Maynテ。 Martテュnez clicada por Vitor Morgado durante o trabalho.
Andrea Sigrist concentrada.
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Celiane Aguiar clicada por Rogério Vinícius durante o trabalho.
Mayná maquiando com a técnica airbrush. Clique de Vitor Morgado.
Andrea Sigrist em ação, clicada por Rogério Vinícius.
Um trio de sucesso: Celiane Aguiar, Andrea Sigrist e Mayná Martínez. PROFISSÃO EXPATRIADOS | 25
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É festa! Fotografias, histórias e dicas para inspirar você!
Exclusivamente para esta edição, nós produzimos um editorial de moda com vestidos de festa das designers Komang Darmiani e Ana Maria Müller. Nos encantamos pelo talento e pela coleção plus size Curvy, do estilista paulista Arthur Caliman, principalmente por ser moda de festa para mulheres muito além do size zero. A visagista Celiane Aguiar dá dicas de como ficar linda, fazendo um makeup simples. Aprendemos muito sobre a refinada arte de saborear cerveja com o sommelier suíço Roger Brügger. E admiramos a história de Dennis e Wilma Müller, que sonharam com um negócio próprio na área de eventos e vivem neste momento esse sonho no Brasil. São fotografias, histórias e dicas que nos encantaram e que queremos compartilhar com você!
Monique Eigenmann veste uma criação de Ana Maria Müller/Glamour.
Não importa em que país você se encontra: final de ano é cheio de festas, tradições, muita expectativa e simbologia. No Brasil temos o hábito de vestir branco para passar o ano, pois representa pureza, luz, bondade, paz. Na Suíça e Alemanha vestir preto para entrar no novo ano é muito comum, pois preto é a cor da independência e decisão. Para quem está à procura de mais paixão na sua vida, vestir vermelho é o mais acertado. Essa é a cor ideal para marcar o início de um ano apaixonante!
Fotos: Nitami Photography | Produção: Monique Eigenmann
Nas fotos: Monique Eigenmann veste criações de Komang Darmiani.
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Na foto à esquerda: Monique Eigenmann veste um vestido de Komang Darmiani. À direita um vestido criado por Ana Maria Müller/Glamour.
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Monique Eigenmann veste criação de Komang Darmiani.
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Foto: Olibier Guyot
Komang Darmiani é uma simpática designer de moda, que nos cedeu alguns de seus vestidos para o nosso editorial de moda. Ela tem 34 anos, nasceu e cresceu em Bali, Indonésia e hoje mora na Suíça com o marido e cinco filhos. Komang confecciona vestidos exuberantes, que são cobiçados por fotógrafos na Suíça e no exterior. Em entrevista fala sobre o seu trabalho como designer e estilista, sua grande paixão. Brasileiros Mundo Afora: Komang, o que levou você a entrar no mundo da moda? Komang: Depois da minha família, a paixão da minha vida é a moda e produtos feitos à mão. Aprendi minha arte com minha mãe, que era estilista e criou lindas roupas infantis durante 25 anos. Na primeira vez em que vim para a Suíça, minha sogra me ensinou a tricotar e no Natal meu marido me deu uma máquina de costura. Praticava fazendo roupas para os meus filhos e, depois de pouco tempo, meus amigos começaram a pedir algumas para os filhos deles. Então comecei a criar diferentes peças. Tive a sorte de praticar as técnicas de costura quando era jovem, mas sei que há sempre algo novo a ser aprendido. Com a mudança para a Suíça vieram novas inspirações e novas técnicas. Sou sortuda em ter saído de um lindo país para outro e em ter conhecido várias pessoas incríveis e talentosas aqui. Brasileiros Mundo Afora: O que inspira você na elaboração dos seus vestidos? Komang: As cores naturais e a beleza de Bali, minha terra natal, são as minhas inspirações. Quando estou criando me sinto livre. E quando sinto que preciso relaxar, eu trabalho em novas peças com o pensamento que elas darão aos seus donos prazer e confiança simplesmente por usá-las. Seguindo minha intuição, trabalho sem desenhos ou planejamentos. Sinto os materiais e trabalho com eles. Às vezes o resultado é lindo, às vezes não. O processo de costura às vezes toma outro rumo, a versão muda na minha cabeça enquanto estou trabalhando. Brasileiros Mundo Afora: Estamos curiosos para saber qual é o seu segredo. Como você consegue conciliar sua carreira com a sua vida pessoal e a de mãe de cinco crianças? Komang: Pergunte ao meu marido (risos). Às vezes é difícil conciliar todas as atividades, mas, de alguma forma, tem funcionado. Brasileiros Mundo Afora: Quais seus planos para o futuro? Komang: Eu e minha família, estamos planejando uma mudança para Bali ainda este ano, para estar perto da produção da minha coleção Ready to Wear e também da oferta de materias. Gostamos de promover nossa marca e ainda estar presente nos desfiles de moda e na fábrica. Pretendemos voltar para a Suíça em um ou dois anos. Acompanhe o trabalho de Komang Darmiani através dos sites: www.etsy.com/komangdarmiani | www.komangdarmiani.com Facebook: Komang.Darmiani.Clothing É FESTA! | 37
curvas
Sexy, curvy, cool. A moda plus size ganha o mundo.
Você já percebeu que cada vez mais revistas e propagandas estão contratando modelos com manequim que vai bem além do 38? Uma tendência que conquista cada vez mais mulheres mundo afora. Existem algumas marcas brasileiras e internacionais que atendem o mercado plus size com roupas de festa. Nós queremos destacar a moda do estilista paulista Arthur Caliman, que participou mais uma vez este ano do Fashion Weekend Plus Size em São Paulo e que cria modelos exclusivamente dedicados às mulheres curvilíneas. Sua coleção traz o nome Curvy e sua Maison Arthur Caliman em São Paulo tem um piso só para mulheres curvilíneas, com provadores espaçosos e atendimento vip. 38 |
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Moda festa jovem e contemporânea para o mercado Curvy. 40 | É FESTA! - MODA CURVY
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Arthur Caliman costuma dizer que fazer vestidos é como pilotar aviões: para ambos é necessário ter paixão, atenção, disciplina e profundo conhecimento técnico.
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“Nas mais belas curvas encontra-se a perfeição.” Arthur Caliman Nascido em São Paulo e apaixonado pela cidade que nunca para, Arthur Caliman é um eterno entusiasta do poder feminino. Caliman é neto de confeiteiros italianos e modistas, sendo parte da terceira geração de uma família que há mais de 60 anos vivencia profundamente a moda. Antes de Arthur Caliman, as opções existentes eram ateliês sob medida, com pouca variedade, que não atendiam completamente os delicados e complexos anseios femininos. A marca nasce em 1999, para mudar esse cenário, com o objetivo de democratizar a moda para celebrações e momentos inesquecíveis. Junto com ela, o termo Moda Festa foi cunhado e estabelecido pelo estilista. Desde 2005, os vestidos idealizados por Arthur Caliman começaram a ser vistos nos corpos de atrizes, celebridades e mulheres que brilhavam em ocasiões especiais. Foi neste momento que o designer se especializou também em vestidos para formandas. O sucesso foi fruto de intenso trabalho e dedicação. Como resultado, o jovem estilista tornou-se empreendedor ao fundar a emblemática Maison Arthur Caliman em São Paulo. Caliman sempre buscou ir além. Não só especializou-se no que mais gosta, como perseguiu e profissionalizou-se em outro de seus sonhos: a aviação. Enxerga nessas duas paixões, traços comuns como a dedicação e a perseverança. Costuma dizer que fazer vestidos é como pilotar aviões: para ambos é necessário ter paixão, atenção, disciplina e profundo conhecimento técnico. Nos anos de 2011 e 2012, o estilista trouxe seu olhar afiado e estilo único para o tradicional concurso de beleza Miss Brasil. Através de uma proposta contemporânea, por dois anos consecutivos também representou a moda nacional perante o mundo no Miss Universo. A partir de 2014, Arthur Caliman iniciou sua jornada por caminhos antes pouco explorados, desenvolvendo uma moda festa jovem e contemporânea para o mercado Curvy. Em 2015 o estilista apresentou sua coleção Atelier Arthur Caliman. A marca, hoje reconhecida nacionalmente, continua alimentando um sonho antigo de Caliman: mostrar ao mundo seu jeito único de celebrar a vida e seus momentos especiais.
www.arthurcaliman.com.br
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Glamour Foto: Pino Gomes | Makeup artist: Celiane Aguiar | Modelo: Laura Kaszemeck
Dicas de Celiane Aguiar Visagista e expert em automaquiagem Dezembro é o mês das festas, e festa pede uma super produção. Porém a quantidade de eventos do mês acabam nos deixando sem tempo. Para otimizar o preparo da maquiagem e garantir um visual impecável, é necessário contar com alguns produtos curingas. Pensando nisso, criei um look super vibrante e glamuroso utilizando seis ítens indispensáveis: base, cílios postiços, sombra preta, blush, contorno facial e batom vermelho. Todos os produtos aqui apresentados estão disponíveis na Klein Cosmetics e podem ser enviados para toda a Suíça. Contato: klein.cosmetics@bluewin.ch ou Facebook: Klein Cosmetics.
Makeup É festa! Uma pele bem feita é fator fundamental numa maquiagem bem elaborada, para isso a escolha da base é muito importante, o ideal é ter uma boa cobertura das imperfeições porém sem deixar uma aparência de máscara no rosto. Minha queridinha do momento está sendo a Ultra HD da Make Up For Ever que além de ter um efeito lindo nas câmeras, pessoalmente deixa a aparência impecável e super natural. Para dar mais vida às maçãs do rosto e deixar a aparência saudável, aposte no blush. O tom rosa coral transmite frescor e em pequena quantidade combina perfeito com o smokey eyes preto, uma ótima opção é o blush Rockateur da Benefit. Contornar o rosto é regra básica em uma produção glamurosa, deixando as feições mais harmônicas. Recomendo a paleta Contour Kit da Anastasia Beverly Hills. Nada transmite mais poder no olhar que um smokey eyes preto. Para que saia perfeito é indispensável o uso de uma boa sombra, na versão opaca e super pigmentada temos a Sombra: Matte Finish M-100 Black da Make Up For Ever, prática e fácil de esfumar. Apesar da máscara de cílios já garantir um olhar aberto e interessante, as festas de fim de ano pedem um toque a mais de glamour, por isso o uso dos cílios postiços é super bem vindo para completar o look. Uma opção de cílios leves e super impactantes é o N° 16 da Valeria Meier Eyelashes, fácil de aplicar e com os devidos cuidados, possível usar várias vezes. Por fim, o batom vermelho vibrante completa a produção, garantindo um visual poderoso. Usei na modelo a cor N° 46 Cherry Red da Make Up For Ever que além de ter uma textura maravilhosa e combina com qualquer tom de pele.
Dennis & Wilma Müller Fotos: Kashiyama Fotos & Walter Müller | Entrevista: Claudia Bömmels 48 |
Sonho Vivemos nosso
no Brasil
Dennis e Wilma Müller são dois brasileiros que moraram mais de dez anos na Suíça e hoje vivem o sonho de ter o negócio próprio no Brasil. Há seis anos deram o grande passo de deixar Zurique para trás e começar uma nova vida, como empresários, na cidade de Marabá, no estado do Pará. Hoje comandam uma casa de eventos de grande sucesso. Em entrevista, falam sobre o Palace Eventos, cuja filosofia é a realização dos sonhos de seus clientes através de festas inesquecíveis e dão dicas para quem também sonha em um dia voltar ao Brasil. Brasileiros Mundo Afora: Muitos brasileiros sonham em voltar para o Brasil e abrir um negócio próprio. Quando vocês decidiram que era o momento certo para dar esse passo? Wilma: Nós sempre tivemos vontade de ter um negócio próprio. Na Suíça trabalhávamos muito, cada um em sua atividade e nos finais de semana, trabalhávamos juntos com eventos. Com o tempo, começamos a ficar insatisfeitos com isso. Levando em conta a nossa insatisfação e a oportunidade de dar aos nossos filhos a chance de terem uma infância mais livre e perto da família, resolvemos enfrentar esse desafio. É bem verdade que uma decisão dessas gera muitas dúvidas e por isso passei muitas noites mal dormidas. Dennis: Eu me formei em Mecânica na Suíça e sempre trabalhei nessa área, embora, nos finais de semana trabalhasse também com eventos. Lá aprendi a ser pontual com os compromissos e, principalmente, com os horários, já que na Suíça a falta de pontualidade no trabalho não é tolerada. Lá morei durante 14 anos e aproveitei muito essa época para aprender coisas e viajar. Há |seis anos, quando Fotos:novas Rogério Vinícius Entrevista: Claudiaestávamos Bömmels decidindo o que fazer, senti que era o momento certo de voltar para casa, que o meu tempo na Suíça tinha chegado ao fim. Na verdade, nunca me imaginei morando em outro lugar a não ser em Marabá, onde passei uma infância muito feliz. Minhas irmãs e eu crescemos em nossa chácara, um refúgio verde, cheio de passarinhos, camaleões e outros animais que nos visitavam, subindo da beira do rio Itacaiunas, que passa ali em frente. Um lugar encantador e cheio de lindas lembranças. Pode parecer romantismo, mas exatamente essa era a infância que eu queria proporcionar para os meus filhos. SHOWBIZ - SANDRA É FESTA! - VIVO MEU SONHO NOGOMES BRASIL | 49
Dennis decorando uma festa.
O Palace Eventos se transforma a cada evento em novo cenário de sonhos.
Brasileiros Mundo Afora: Sempre esteve claro, para vocês, o tipo de negócio que gostariam de ter no Brasil? Wilma: Não. Nós queríamos voltar e entre as várias ideias que tivemos, essa nos pareceu a mais viável. Na Suíça eu trabalhava em uma grande loja no setor de decoração e aprendi ornamentar os ambientes onde se apresentavam os produtos de casa e jardim. Juntos, organizávamos eventos menores e com isso aprendemos muito, também, sobre essa área. Esses aprendizados nos ajudam até hoje, na hora de organizar festas e desenvolver ideias de decoração para os nossos clientes. Brasileiros Mundo Afora: Dennis, a sua trajetória profissional é prova de que nenhum caminho é definitivo. De sua profissão para promotor de eventos e decorador de festas de sucesso, há uma distância muito grande. O que lhe inspira na hora de decorar um evento? Dennis: Eu sempre tenho em mente que o evento é único, para aquela pessoa. Procuro realmente ouvir o que ela deseja para sua festa. Tento visualizar o todo antes de partir para o trabalho minucioso que é o da decoração. Nós estamos constantemente buscando novas ideias e nos reciclando. Wilma e eu somos apaixonados pelo que fazemos e tratamos cada evento com muito carinho e cuidado. Todos eles, independente do tamanho, são especiais para nós. Brasileiros Mundo Afora: Qual o maior desafio no trabalho de vocês? Dennis: Trabalhar com eventos é um desafio constante. Afinal, estamos realizando o sonho de alguém e levamos isso muito a sério. 50 | É FESTA! - VIVO MEU SONHO NO BRASIL
Wilma: O mais difícil é estar com tudo pronto a tempo e a hora. Para o cliente não existe uma segunda chance, tudo precisa estar perfeito. Os bastidores de todo evento fervem. Também não é fácil trabalharmos juntos, pois temos personalidades muito fortes e como somos ambos criativos, às vezes é difícil conciliar as ideias em um só conceito. Mas no final só uma coisa importa para nós: que a festa seja inesquecível. Brasileiros Mundo Afora: Que dicas dariam para quem sonha em voltar para o Brasil e abrir um negócio próprio? Wilma: Eu diria aos corajosos que querem dar esse passo, que planejem bem e pesquisem o mercado. Tirem o maior proveito da sua experiência adquirida no exterior. Tenham os pés no chão e coloquem Deus em primeiro lugar. Tenham sempre em mente que o foco principal é o negócio e que nos primeiros anos os lucros são bem pequenos. Brasileiros Mundo Afora: Sentem falta de alguma coisa na Suíça? Wilma: O que mais sinto falta são as opções de lazer. A alimentação saudável também é acessível, sem falar da segurança e o conforto ao alcance de todos. Dennis: Não sinto falta de nada em especial, já que, quando morei lá, aproveitei, ao máximo, tudo de bom que a Suíça me ofereceu. Hoje aproveito, também ao máximo, o que o Brasil me oferece. Acho que essa é a fórmula da felicidade. Facebook: dennis.palace
“Nós estamos constantemente buscando novas ideias e nos reciclando. Wilma e eu somos apaixonados pelo que fazemos e tratamos cada evento com muito carinho e cuidado.” Dennis Müller
É FESTA! - VIVO MEU SONHO NO GOMES BRASIL | 51 SHOWBIZ - SANDRA
Maria Eduarda Alice no País das Maravilhas - Backstage Decoração: Dennis e Wilma, Palace Eventos Animação: Equipe Claudio Yaguara Cerimonial: Organize Bolo: J S Bolos Artísticos Doces: Andreia Doces Forminhas: Sapekaartes Elaine Mousinho Cup cakes: Du Carmo Bolos Artísticos Cabelo: Lucileia Gomes e equipe, Salão Charmosa Maquiagem: Vanessa Élida Livro de assinaturas: Ateliê Karla Virlania Buffet: Buffet da Ziza Foto Lembrança: Photo Francis Convites e lembrancinhas: Mimos de Luxo Música: Ruanna Ly
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Fotos: Mill Quee n, N
úbia Suriane e
Mari Botelho
Decoração
maravilha!
por Dennis & Wilma Müller
tema para o as. a it e f r e avilh ção p Decora o País das Mar n e Alic
Festa inesquecível para Maria Eduarda.
É FESTA! - VIVO MEU SONHO NO BRASIL | 53
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Roger Brügger durante o Campeonato Nacional de Sommeliers de Cerveja 2015, na Suíça. 56 | É FESTA! - FASCINAÇÃO CERVEJA
Roger Brügger é atualmente o melhor sommelier de cerveja da Suíça Fotos: Arquivo pessoal | Entrevista: Claudia Bömmels
Roger Brügger é suíço, natural de Langenthal, tem 43 anos, é engenheiro industrial e nas horas vagas sommelier de cerveja. Um hobby que exige dedicação. Em junho deste ano, ele participou do Campeonato Mundial de Sommelier de Cervejas no Brasil e levou o quinto lugar para casa. Em entrevista ele fala sobre o que um sommelier de cerveja faz, sobre o fascínio dessa bebiba e sobre suas impressões do Brasil. Brasileiros Mundo Afora: Roger, conte-nos como tornou-se sommelier de cervejas? Roger: Em 2012 eu comecei a produzir cervejas e eu queria ser capaz de julgar de forma objetiva as cervejas e também detectar falhas na sua produção. Também me senti motivado em conhecer outras pessoas com a mesma paixão. Assim início de 2014 eu fiz um curso de sommelier de cervejas - Schweizer Biersommelierkurs - aqui na Suíça e passei na prova. Até hoje tenho contato com meus colegas de classe e estamos sempre compartilhando e trocando conhecimentos e experiências. Brasileiros Mundo Afora: Qual é a função do sommelier? Roger: Certamente a degustação da cerveja e descrever suas características típicas ou características que não se encaixam no estilo da cerveja em questão. Perguntas se a cerveja apresenta algum erro de produção ou se é especialmente saborosa podem ser respondidas por um sommelier. Ele também recomenda o tipo de cerveja que melhor acompanha um tipo de comida. Brasileiros Mundo Afora: Qual o fascínio para você em ser um sommelier? Roger: Me fascina poder produzir uma cerveja exatamente como eu gostaria, influenciando diretamente no seu sabor. Além disso posso como sommelier me ocupar com a minha bebida preferida e sua grande diversidade. Também gosto da ideia de passar conhecimento sobre a cerveja para outras pessoas. Brasileiros Mundo Afora: Conte-nos um pouco mais sobre a sua cerveja Brygger Øl. Roger: Como falei anteriormente, produzo minha cerveja desde 2012. Eu a batizei de Brygger Øl, que é um jogo de palavras entre o meu sobrenome Brügger e a palavra norueguesa para cervejeiro – Brygger. Øl significa em muitas línguas escandinavas, cerveja. Para fermentar a bebida, eu preciso de uma panela grande (cerca de 50 litros), assim como outros recipientes e tanques para as várias fases da produção e revisão. Além do equipamento, é preciso dos ingredientes básicos da cerveja que são: água, uma fonte de amido, tais como malte de cevada, uma levedura de cerveja para produzir a fermentação e o lúpulo. E tempo, assim como paciência, pois a produção artesanal de cerveja leva quase oito horas, a fermentação e envelhecimento entre 4-6 semanas até que a cerveja esteja pronta para ser bebida. É FESTA! - FASCINAÇÃO CERVEJA | 57
Brasileiros Mundo Afora: Você foi campeão suíço do Campeonato Nacional de Sommeliers de Cerveja e ficou em quinto lugar no Campeonato Mundial no Brasil. Fale um pouco sobre as provas do campeonato. Roger: O campeonato suíço tem um pouco mais de 20 participantes e é dividido em três partes. Na primeira os diferentes estilos de cerveja são determinados ou seja você tem 10 cervejas diferentes para provar e decidir de que cerveja se trata. A segunda parte consiste em determinar erros na produção da cerveja. Nessa prova você tem que cheirar, provar, detectar e determinar qual o erro que a cerveja apresenta. Erros são, por exemplo, gostos de ferro, de vinagre, entre outros. Na terceira parte, apenas os melhores 10 sommeliers participam. Eles precisam determinar em três rodadas de cerveja, as características e erros de forma mais precisa possível. Com um ponto de diferença eu fui campeão. No campeonato brasileiro as provas foram iguais às suíças, mas também tivemos que fazer uma prova escrita com 100 perguntas a responder. A prova final consistiu em escolher uma entre três cervejas, servir o juri composto de seis membros e descrever a bebida, observando diversos critérios. Éramos 53 participante e eu fiquei em quinto lugar. Estou feliz com o resultado. Brasileiros MundoFora: Quais impressões você teve do Brasil? Roger: Essa não foi a primeira vez que estive no Brasil. Já tinha ido ao país anteriormente a trabalho e conheço São Paulo, Curitiba, Porto Alegre e Joinville. Então eu já tinha uma boa ideia do país e das pessoas. Gosto muito da alegria brasileira, da natureza e claro da culinária. Rodízio tem um sabor muito especial. Durante o campeonato visitamos também o Rio de Janeiro e fiquei fascinado com sua paisagem única. Mas o que realmente me impressionou, do ponto de vista de sommelier, foi a quantidade de cervejarias artesanais existentes no Brasil. Em termos de craft bier, cerveja fabricada artesanalmente, o Brasil está muito à frente da Suíça ou até mesmo Alemanha.
o Bar em São Paul Roger no FrangÓ
Roger
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em ca sa do ca com o tro mpeon f ato s éu uíço
Inscrição de Roger Brügger do Campeonato Mundial de Sommeliers de Cerveja no Brasil em 2015
O único programa de rádio de Basel e região para toda a comunidade lusófona. Todas as quartas-feiras das 21 hrs às 22 hrs.
Basel 94,5 e Liestal 93,6 www.radiox.ch
Sérgio Gael - Sertanejo Urbano Nascido em um lar simples no interior de São Paulo, Sérgio Gael foi o primogênito de 4 irmãos. Aos 7 anos ganhou seu primeiro prêmio musical cantando em um circo a música “Porto Solidão” do músico Jessé. Mesmo sem nenhuma influência musical na família, o cantor seguiu sua paixão pela música, e aos 11 anos começou a cantar em um coral infantil. Passou por um sexteto de vozes, e aos 20 anos gravou seu primeiro disco com um grupo. Gael teve uma carreira solo durante 13 anos, gravando 4 discos independentes e viajando por mais de 40 países. Atualmente Sérgio Gael mora na Suíça e está realizando um projeto no estilo sertanejo urbano no Brasil com o produtor Reinaldo Barriga, premiado com dois Grammys e com nomes como Chitãozinho & Chororó, Zezé de Camargo & Luciano, Christyan & Ralf e Jessé em seu portfolio.
Contatos para Shows +55 11 4257-2037 grafproduction@hotmail.com sergiogael.com.br
Fotos: Murillo Marttin
Empresária brasileira em Genebra, Suíça, inova o mercado de cosméticos na cidade.
A brasileira Pattricia Klein é empresária e importadora de cosméticos. Formada em comércio internacional, ela tem negócios no sangue, pois vem de uma família inteira de comerciantes. Pattricia mora na Suíça desde 2000 e sua trajetória profissional é inspiradora. Pattricia chegou em Genebra com uma vasta experiência, mas não falava o francês e precisou recomeçar do zero. Assim ela foi para universidade onde estudou língua e civilização francesa. Durante 10 anos trabalhou na área administrativa de várias empresas em setores variados, onde adquiriu muita experiência. Com o tino comercial nato, nos finais de semana ela tinha um segundo trabalho vendendo bijouterias. Com com isso aprendeu a conhecer o mercado e ter mais contatos. Mas foi somente em 2010 que Pattricia criou a sua empresa, a Klein Cosmetics, que tem como objetivo ensinar as mulheres a se cuidarem sem gastar muito: “Eu sempre me interessei por cosméticos. Em Genebra o mercado é fechado, todo mundo compra a mesma coisa, somente as grandes marcas disponivéis no mercado. As mulheres associam o caro com boa qualidade. A pele, os cabelos das brasileiras e latinas de modo geral são muito diferentes. Então comecei a procurar e testar outras marcas para mudar esse pensamento.” Sendo perfeccionista, ela testa e se informa minunciosamente sobre todos os produtos que vende. Assim está hábil a fazer um atendimento personalizado e disponibilizar os produtos que realmente trarão resultados às clientes. “Quando eu indico um produto, tenho certeza de que a cliente terá o resultado esperado.”, diz Pattricia. 60 | NEGÓCIOS
Klein Cosmetics klein.cosmetics@bluewin.ch Facebook: Klein Cosmetics
Pattricia Klein no seu escritório em Genebra.
Com o passar do tempo a Klein Cosmetics foi fazendo parcerias, e hoje além de produtos para pele, a empresa oferece também maquiagem e conta com 14 marcas diferentes, entre elas Natura Brasil, Lexel Paris, Zoeva, Ever Beauty (uma marca vendida somente em países àrabes), Make Up Forever. Uma dessas parcerias feitas foi com a visagista Celiane Aguiar, especialista em maquiagem. Juntas oferecem cursos de maquiagem, onde ensinam diversas técnicas para os mais variados estilos. O diferencial da Klein Cosmetics é o atendimento personalizado e a domicílio, se a cliente assim desejar. A cliente testa e aprende a usar os produtos, recebendo conselhos de como cuidar da sua pele. Através de abonamentos, a cliente tem a possibilidade de adquirir seus produtos 60% mais barato podendo se programar mensalmente para ter os produtos que ela precisa. É possível pagar o abonamento em mensalidades à escolha, entrega a domicilio e brindes são recebidos a cada entrega. Um acompanhamento é feito trimestralmente para se verificar os resultados dos produtos na pele. “É uma grande responsabilidade aconselhar as pessoas. Mas hoje todas as clientes têm confiança nos meus conselhos e indicações de produtos. É muito gratificante ver as mudanças e satisfação delas com os resultados. Agradeço todos os dias a oportunidade que tive, as boas pessoas que conheço, os amigos que fiz e principalmente a confiança de todos.”, conta Pattricia. Para mulheres que querem ser autônomas e vencer no mercado suíço ela deixa a dica: “Tenha força de vontade e acredite no seu sonho! Não importa o trabalho que você escolhe, você tem que ser boa no que faz, gostar do que faz. Tenha em mente que tudo se baseia na dedicação. Tenha perseverança, conhecimento, honestidade e amor por seu trabalho. Não tem com dar errado. Boa sorte!” NEGÓCIOS | 61
PRODUTO FEIZ
GEO DEPOT? A Be Agentur é uma agência de design online fundada em 2015 por duas brasileiras que vivem atualmente na cidade de Freiburg, na Alemanha. Temos o prazer de trabalhar com pessoas dos mais diversos lugares do Brasil, Alemanha e do mundo! E essa é a nossa grande paixão. Quantos de nós que moramos fora do Brasil, já pensamos em abrir nosso próprio negócio no novo país que escolhemos viver? Cada vez mais pessoas estão decididas a investir em suas idéias, tirando sonhos do papel e realizando projetos de vida. Queremos cada vez mais realizar um trabalho com significado, que seja uma extensão do que somos, do que pensamos e acreditamos. Quando esse objetivo é alcançado, aquele que decidiu acreditar em si mesmo, descobre que o trabalho passa a ter muito mais significado e um mundo novo se revela, apresentando muitas oportunidades e desafios. A Be Agentur existe para ajudar brasileiros empreendedores no exterior e também no Brasil, a se apresentarem de maneira profissional. Realizamos projetos de design gráfico e cuidamos expressamente da comunicação visual. Em outras palavras, estruturamos e damos forma ao seu propósito, seja ele uma publicação na web, um projeto impresso ou a identidade de uma empresa. Isabela Campos é uma artista visual multidisciplinar que escolheu aprofundar seus conhecimentos em fotografia, profissão que vem desenvolvendo com paixão desde 2010, quando se mudou para a cidade de Freiburg, Alemanha. Formada em design gráfico pelo Instituto Federal Fluminense IFF, ela é apaixonada por fotografia, pessoas e por redes sociais. Natalia Santacruz é formada como Designer Gráfico pela Universidade Positivo de Curitiba, desde 2011 e tem experiências na área de Web e Design Corporativo. Ela se mudou para a Alemanha em 2014 e hoje vive em uma das charmosas "Dorf" nas redondezas de Freiburg. Às vezes ela foge do mundo digital e se aventura também com trabalhos manuais. Para conferir o nosso trabalho e entrar em contato, basta acessar o nosso site www.beagentur.de ou mandar um e-mail para beagentur@gmail.com 62 | NEGÓCIOS
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Michelle Cakes +41 76 589 74 77 michellecakes@icloud.com www.michellecakes.ch
Quer se dar um presente? Sem dúvida jóias fazem com que Irresistível: biscoitos qualquer mulher fique ainda carimbados e personalizados. mais elegante e bonita. 66 || NATAL FELIZ 66
Material para se fazer biscoitos e doces de Natal você encontra nas filiais da loja DEPOT em toda a Alemanha e Suíça ou online: www.depot-online.com
ogério Vinícius, Marisa Pedro Pfeiffer, Belchonock, Brunna Baumann, Ana Schuller, Nitami Photography
Você merece! Felicidade e jóias...
Natal delícia! Chegou a época mais gostosa do ano: o Advento. Na Suíça e Alemanha é tradição se fazer biscoitos e doces lindos e deliciosos para se saborear e presentear. Selecionamos algumas doces ideias para você!
Biscoitos com formatos criativos.
Mini bolos confeitados.
Biscoitos da Michelle Cakes.
Biscoito em formato de casinha. NATAL FELIZ | 67
Tradições de Natal Texto: Danielly Meier | Fotos: DEPOT
68 || NATAL FELIZ 68
A decoração natalina em muitos países europeus, como a Suíça ou Alemanha, é bastante interessante. Tradicionalmente, os enfeites são postos no primeiro dia do advento, quatro domingos antes do Natal. Um ítem importante, juntamente com o presépio, é a coroa do advento. Normalmente, ela é decorada com bolas de Natal, ramas e principalmente com quatro velas que simbolizam as semanas que antecedem o Natal. Existem também versões modernas da coroa do advento, mas as velas não podem faltar. No primeiro domingo do advento acende-se uma das velas e durante aquela semana a mesma vela será acesa todos os dias. No segundo domingo acende-se a primeira e a segunda vela e assim por diante. Outra tradição muito bonita são os calendários de advento. Muitas pessoas seguem o costume da contagem de dias até o Natal, usando esses calendários. Existe uma quantidade enorme de modelos para se comprar. Com brinquedos, chocolates e até mesmo calendários com diferentes cervejas. Quem é criativo aproveita a oportunidade para exercitar seus dotes manuais e fazer o calendário em casa. Eles são de madeira, papel ou tecido. Cada dia é representado por uma gaveta, bolso, caixinha e preenchido com pequenos presentes, mensagens ou orações. Não existe limite para a fantasia. No ano passado, eu comprei um calendário pronto e coloquei alguns presentes e bilhetinhos, permitindo que meu filho fizesse coisas que normalmente não pode fazer, como, por exemplo, comer uma sobremesa antes do jantar. O calendário e a coroa do advento são maneiras de aguardar o Natal de forma lúdica e com pequenas surpresas diariamente.
Todos os calendários e coroas de advento desta matéria, foram produzidos com materiais da loja DEPOT. Filiais em toda a Alemanha e Suíça. www.depot-online.com NATAL FELIZ | 69
Está procurando produtos especiais para montar sua festa? A Geo Ruppel Festas e Importados oferece mais de 2000 produtos de 12 países. Suportes, drágeas francesas, bombons nas cores da festa, trio maletinhas e muito mais. Contato: +33 630.699.950 | georuppel_shop@hotmail.fr
Suportes
Decoração de ambiente e festas
Doces
Lembrancinhas de acrílico
Drágeas francesas de chocolate, peroladas.
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TAG DE VIAGEM
Por Erica Palmeira
Material - Retalhos de tecido; - Papel-cartão; - Acetato; - Cartão de visitas; - Caneta; - Tesoura; - Agulha e linha; - Cola quente ou cola UHU; - Cola branca diluída; - Pincel; - Cortador de Papel;
Passo-a-passo 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9.
Corte dois retângulos de papel-cartão do mesmo tamanho. Utilizando um cartão de visitas (5x8 cm) trace e corte uma abertura, o visor da etiqueta. Recorte o acetato de forma que fique maior que a abertura e menor que a etiqueta. Recorte tiras de tecido para encapar a parte da frente da etiqueta. Usando cola branca diluída cole o tecido na etiqueta. Deixe secar. Passe a cola branca diluída na etiqueta já encapada. Para prender a etiqueta à mala, recorte uma tira de tecido com cerca de 6 cm, aplique a cola branca diluída em frente e verso. Deixe secar. Quando as partes estiverem secas, costure à mão a tira à etiqueta. Para unir as partes, utilize cola quente ou UHU. Pressione até secar. Para finalizar, insira o acetato e prontinho!
REPAGINAR | 71
por Juliana Marchesoni Fotos: Divulgação | Texto: Marisa Pedro Pfeiffer
Quando nós dizemos que amamos tudo feito à mão, é porque valorizamos de verdade a exclusividade que um artesão criativo pode nos proporcionar em cada nova peça, além de ser único e exclusivo, são peças feitas sob medida, feito por quem ama o que faz. Pensando nisto, separamos alguns trabalhos desta paulista de 28 anos. Juliana Gralla Marchesoni Fardilha nasceu em Osasco em São Paulo, mora na Suíça há quatro anos e meio, é casada e mãe da pequena Aninha. No Brasil era pedagoga, professora de educação infantil e aqui começou a fazer painéis de aniversário para as amigas como terapia para relaxar. “Um dia recepcionando um casal de amigos para um jantar em casa, comecei a mostrar algumas fotos da festa do primeiro ano da minha filha, e a minha amiga ficou encantada por saber que eu confeccionei o painel sozinha e comentou que na região que moramos não existem muitas artesãs que fazem produtos personalizados e foi quando me propus a fazer o painel do aniversário da filha dela para ajudar.” A partir deste momento Juliana começou a receber encomendas e resolveu aprender com uma professora e amiga a fazer produtos personalizados. Assim nasceu a Festa Criativa em Vétroz, no cantão de Valais. Hoje a Juliana confecciona peças únicas para vários clientes pelo país.
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Festa Criativa julianamarchesoni@hotmail.com celular +41 76 671 14 98
FEITO À MÃO - JULIANA MARCHESONI | 73
por Rosana Conte Fotos: Divulgação | Texto: Claudia Bömmels
Rosana Conte é uma dessas pessoas delicadas por natureza. Eu a conheci no verão passado, durante uma reunião aqui em casa em Berlim, na Alemanha. Foi simpatia à primeira vista. Durante a nossa conversa, ela me contou que tinha aberto um atelier de costura e me mostrou uma das suas criações: um coelhinho de tecido lindo que estava nas mãos de uma menininha também convidada. Me apaixonei pelo seu trabalho. Como prometeu naquele dia, Rosana compartilhou conosco a sua história de idas e vindas ao Brasil, a difícil adaptação na Alemanha e sua nova missão: encantar o mundo com seus produtos. “Meu nome é Rosana Conte, tenho 50 anos e vim pela primeira vez para a Alemanha em 1999, por causa de um amor. Antes disso eu sempre morei na cidade de São Paulo, onde nasci. Eu sou pedadoga por formação, mas trabalhei na área do magistério por pouco tempo. Como trabalho desde os 14 anos de idade já fiz um pouco de tudo: trabalhei em loja de confecções, biblioteca universitária, escola de natação, fui professora pré-escolar e de deficientes mentais, entre outras coisas. A minha adaptação aqui em Berlim foi bem difícil. Por isso e por problemas de saúde na minha família, fiquei entre o Brasil e Alemanha, indo e vindo durante muitos anos. Em 2010 mudei-me definitivamente para Berlim, onde eu e meu marido (alemão) montamos uma firma de transporte. Eu entrei com minhas economias, ele com o trabalho e viramos sócios. A firma deu certo, cresceu e hoje transportamos frutas e verduras do “Großmarkt” (Ceasa) de Berlim para os depósitos centrais dos grandes supermercados alemães.
Boneca Lurdinha
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Minha mãe foi costureira e eu praticamente cresci aos pés de sua máquina de costura. E embora eu tenha tido uma educação à moda antiga, onde aprendi a tricotar, bordar, cozinhar e costurar à mão ainda criança, só fui aprender a costurar com a máquina no início deste ano, através da internet.
Em abril deste ano o filho de uma amiga completou um ano e resolvi confeccionar o presente: uma naninha que aprendi a fazer em um curso online. A mãe amou e o bebê também (desde então não dorme sem a sua!), uma amiga dessa amiga viu a naninha e amou. Vendi a primeira. Outra amiga viu e também quis uma para sua filha, vendi a segunda. Resolvi fazer uma fanpage expondo os meus trabalhos e algumas outras encomendas vieram. Assim nasceu o Feen & Faden, que significa “Fadas & Linhas”. A princípio fiz uma logo bem simples em um destes programas gratuitos online e mandei confeccionar etiquetas para colocar nos meus trabalhos em um tom mais neutro possível para combinar com as cores dos meus produtos, que muitas vezes são bem coloridos, mas com o aumento no número de peças vendidas resolvi encomendar uma identidade visual nova para o meu negócio e ele passou a se chamar Feen & Faden ludic handmade e ganhou uma logomarca nova. Adoro trabalhar com tecidos e feltro. A minha maior dificuldade aqui em Berlim é encontrar lojas de tecidos e armarinhos, feltro para artesanato de boa qualidade e em variedade de cores encontro somente online. Uma "25 de Março" aqui me faz muita falta (risos). O preço do material aqui também pesa muito mais no custo do produto do que no Brasil. Não tenho uma rotina fixa de trabalho, e como meu atelier é em casa acabo encaixando a costura com meus outros afazeres, mas gosto mesmo é de costurar à noite. Ainda estou comecando a transformar o meu hobby em negócio, então muitas coisas ainda estão em desenvolvimento. Estou na fase de execução de protótipos, trabalho também ainda com moldes comprados de outras artesãs e aos poucos estou fazendo modificações e criando a minha própria identidade. Inspiração encontro em todos os lugares, pode ser na natureza, em um desenho animado, em um livro infantil, em uma conversa, nas pessoas. A boneca Lurdinha, por exemplo, é uma homenagem a uma menina muito especial que conheci através de um trabalho voluntário do qual faço parte.” Para entrar em contato com Rosana Email: feenundfaden@gmail.com | Facebook: entrelinhasefadas
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Iglus
Uma noite inesquecível na neve Fotos: ©www.iglu-dorf.com | Texto: Marisa Pedro Pfeiffer
Uma noite em um pequeno chalé coberto de neve é certamente maravilhosa. Mas para quem quer uma noite espetacular e cheia de aventura no frio, os iglus dificilmente podem ser superados. Na Suíça, a rede IgluDorf oferece dez categorias de acomodações em cinco vilas de iglus. Também existe um Iglu-Dorf da mesma rede na Alemanha e fica na montanha mais alta do país: Zugspitze.
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Construção dos iglus Mais de três mil horas de trabalho, a cada temporada, são necessárias para que os iglus sejam construídos. Balões infláveis são cobertos de neve, dando a devida forma ao iglu. Os ambientes são decorados com trabalhos de artistas internacionais e o gelo é esculpido à mão transformando os espaços em reluzentes mundos de fantasia. 78 | TURISMO SUÍÇA - IGLUS
As cinco vilas de iglus da Suíça ficam em Davos- Klosters, perto da área de ski de Parsenn, a 2620 metros acima do nível do mar. Em Engelberg, a uma altitude de 1800 metros, perto do lago Trübsee e da montanha Titlis. Em Gstaad no Saanerslochgrat. Em Zermatt a uma altitude 2727 metros, perto da mais famosa montanha Suíça, o Matterhorn. Em Stockhorn, perto de Thun e do lago Hinterstockensee. Na frente dos iglus é possível, se o tempo permitir, se desfrutar de bebidas, vinho quente e um
delicioso fondue ao ar livre. Espreguiçadeiras com vista para as montanhas convidam a ficar. O Iglu-Dorf oferece dez categorias de acomodações que variam do Standard-Iglu, que acomoda até seis pessoas ao Romantik-Iglu, uma suite exclusiva para casais com uma banheira de hidromassagem. Para os hóspedes mais aventureiros existe também a opção de construir com blocos de neve e com a ajuda de um especialista, o seu próprio iglu. Em todos os hotéis há uma banheira de hidromassagem pública, onde seus hóspedes podem se aquecer. Em Davos-Klosters e Gstaad há também uma sauna. TURISMO TURISMO SUÍÇA -SUÍÇA IGLUS | 79
Suite Romantik-Iglu Plus A partir de CHF 309.- ou EUR 209.- por pessoa.
Os preços para dormir em um iglu são a partir de CHF 159.- / EUR 119.- por pessoa. Os seguintes serviços estão incluídos nos preços das categorias Standard e Romantik: ● ● ● ● ● ● ●
Bebida de boas vindas e salgadinhos; Guia Igloo; Delicioso jantar com fondue de queijo e chá durante toda a estadia; Sacos de dormir próprios para aquecer até -40° C; Passeio na neve de noite a pé (se o tempo permitir); Uso de banheiras de hidromassagem públicas; Supervisão qualificada por guias iglu durante toda a estadia; ● Chá da manhã servido no iglu; ● Café-da-manhã completo no restaurante.
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O que levar? Você não vai precisar se preocupar se vai congelar durante a noite, já que o gelo é ótimo isolante térmico e impede que o frio de fora entre nas acomodações. Devem estar na mala: roupas quentes apropriadas para o inverno, roupas de ski, calçados quentes e confortáveis, eventualmente botas de snowboard, luvas, óculos de sol, meias, calça e blusa térmica, toalha e roupa de banho para a sauna e hidromassagem, gorros e dinheiro, pois o que você consumir não poderá ser pago com cartões de crédito. Uma dica importante é usar camadas leves de roupas e não usar nada em algodão, pois qualquer umidade em seu corpo em uma noite onde a temperatura pode chegar a -30° C não é agradável. Outra dica é não cobrir a cabeça com o saco de dormir. É uma boa ideia fazer um pouco de exercício antes de entrar no saco de dormir e comer alguma coisa para dar energia. Que tal um chocolate? O hotel está aberto a partir de 4 de dezembro em Zermatt, 25 de dezembro em Davos, Gstaad e Engelberg, 26 de dezembro em Stockhorn, 31 de dezembro no Zugspitze. Reservas: +41 41 612 27 28 ww.iglu-dorf.com info@iglu-dorf.com Zermatt TURISMO SUÍÇA - IGLUS | 81
Meu nome é Fernanda Pontes Clavadetscher, sou carioca, casada e tenho dois filhos. Moro há quase seis anos na Suíça, onde sou muito feliz! Sou advogada inscrita na Ordem dos Advogados do Brasil e de Portugal. No Brasil atuei como professora universitária de Direito Civil por cinco anos e dei aula para vários cursos preparatórios para o exame da OAB. Hoje em dia atuo como advogada brasileira e portuguesa e como consultora jurídica na Suíça. Além disso, escrevo um blog e presto assessoria jurídica na associação Saber Direito que fundei recentemente com intuito de disseminar informações importantes para os imigrantes residentes na Suíça e em Liechtenstein. A história do Saber Direito começou logo quanto cheguei na Suíça, pois percebi que os brasileiros e portugueses residentes nesse país careciam de informações jurídicas básicas. Foi então que juntei a vontade de ajudar os imigrantes na Suíça com a paixão que eu tenho por dar aula e elaborei um projeto de palestras jurídicas itinerantes em português com temas variados para que a informação pudesse ser mais acessível à todos os brasileiros e portugueses independentemente do cantão ou região onde moram. Em 2012 fui eleita como titular do setor jurídico do Conselho de Cidadania de Zurique e tive a oportunidade de apresentar esse projeto para a Cônsul-Geral do Consulado do Brasil em Zurique da época, a Embaixadora Vitória Cleaver, a qual gostou da ideia e encaminhou o projeto para o Ministério das Relações Exteriores. Por dois anos consecutivos o projeto Saber Direito foi indicado pelo MRE como “Boas Práticas Consulares”. Como o projeto das palestras foi bastante exitoso, passou-se a ter a necessidade de transformálo em algo mais concreto para que deixasse de ser apenas um projeto. Foi então que em abril deste ano fundei a associação Saber Direito, ampliando ainda mais o seu campo de atuação na Suíça e em Liechtenstein. Hoje em dia o Saber Direito não realiza apenas palestras, mas também presta consultoria jurídica através da sua página no facebook, email e por telefone, oferecendo também outros serviços como tradução, preenchimento de formulários, intermediação com entidades oficiais suíças, entre outros. A associação Saber Direito conta com uma equipe multidisciplinar de voluntários altamente capacitados que se dispõem a orientar os imigrantes com seriedade e acima de tudo com muita dedicação. A missão do Saber Direito é informar os imigrantes residentes na Suíça e em Liechtenstein sobre os seus direitos e deveres, com intuito de melhorar a sua integração no país onde vivem. Nós acreditamos que uma pessoa bem informada sobre os seus direitos e deveres torna-se um ser humano mais seguro e feliz, o que colabora para uma melhoria da sua qualidade de vida, da sua família e da sociedade em geral. www.saberdireito.ch | info@saberdireito.ch | www.facebook.com/saberdireitosuica Blog: www.juridiconasuica.blogspot.ch 82 | SABER DIREITO
A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa. Quando se vê, já são seis horas! Quando se vê, já é sexta-feira! Quando se vê, já é natal... Quando se vê, já terminou o ano... Quando se vê perdemos o amor da nossa vida. Quando se vê passaram 50 anos! Agora é tarde demais para ser reprovado... Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio. Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas... Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo... E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo. Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz. A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.
Por isso, dê tempo para você mesmo, para quem você gosta, para aquilo que você gosta. Prepare o final de ano e planeje 2016 de forma a ter tempo para VIVER de verdade!
É o que deseja o e a equipe da revista
!
Para ler mais sobre o Conselho e para ler a revista Linha Direta entre no site: LINHA DIRETA | 83
Trabalhar fora ou ficar em casa Texto: Lila Rosana | Foto: Claudia Bömmels
Vários são os motivos que levam muitos brasileiros a morar fora do país, assim como os que os trazem de volta à terra natal. As duas decisões são consideradas difíceis por quem já passou pela experiência e fazem parte do pacote que os cientistas chamam "choque cultural". Mas o que acontece aos brasileiros que decidem visitar o Brasil ou mesmo voltar a morar no país? É importante ressaltar que existe uma diferença entre visitar um país e morar nele. Quando visitamos um determinado lugar, tendemos a não nos importar tanto com as coisas de que não gostamos e com as diferentes maneiras de ser e viver das pessoas do local. Temos a clareza de que ali não é a nossa morada e logo mais vamos embora, pois estamos apenas de passagem e tendemos a relaxar e a ser menos exigentes. Porém, sempre fazemos um juízo de valor sobre o lugar: podemos gostar e, quem sabe retornar, ou detestar e decidir que foi a primeira e a última vez que pisamos naquele solo. Quando você decide mudar de país, decide mudar praticamente tudo na sua vida. É como nascer de novo dentro de uma mesma existência, só que em um lugar diferente. Nos primeiros dias morando fora de casa, a empolgação toma conta de vários momentos. Queremos conhecer todos os pontos turísticos e tiramos foto de tudo, considerando importante registrar cada nova experiência. Com o tempo, a tomada de consciência de que mudamos de vida vai se tornando mais forte e começamos a sentir saudade de tudo o que deixamos. A vontade de voltar aumenta a cada telefonema dado à família. Pensamos sobre os motivos que nos levaram a decidir sair de uma zona de conforto e passar por toda uma readaptação em um novo lugar. 84 | CONVERSANDO COM A PSICÓLOGA LILA ROSANA
O choque cultural que atinge os brasileiros em terras estrangeiras percorre o caminho oposto e invade os brasileiros que retornam ao Brasil. Mas que choque cultural é esse, já que estamos voltando para casa? Muitas vezes quem morou fora do país, passa a ter dois ou mais países dentro do coração. Muitos que já passaram pela experiência afirmam que voltar a morar no Brasil é mais difícil para se adaptar do que o contrário. Voltando para o Brasil, os primeiros momentos são de alegria e euforia, pois rever tudo e todos, experimentar comidas e estar em lugares de que tanto sentíamos saudades é algo único. Em um segundo momento, começamos a tomar consciência de que nem tudo está como antes, e isso começa a incomodar. As grandes expectativas passam a ser frustradas. Na fase seguinte, começamos a nos incomodar com as regras sociais e tudo o que nos fez ir embora do país e que já tínhamos esquecido. Em um quarto estágio, temos sentimentos negativos por quase tudo, pois precisamos nos readaptar ao mercado de trabalho, ao estilo de vida e à cultura. A irritação passa a ser um sentimento permanente. Em um quinto momento, quando o reconhecimento do lugar, a readaptação à língua, costumes e cultura passam a ser mais estáveis, sentimos que é possível, sim, voltar a morar ali e nos reintegrar socialmente, mesmo que ainda sentindo falta do que deixamos para trás. Como você vai se sentir ao retornar ao Brasil está muito relacionado ao tempo em que morou fora e ao quanto absorveu da cultura do lugar em que viveu ou está vivendo. Ter consciência de que as pessoas e o lugar que você deixou não serão mais os mesmos quando você retornar, poderá ajudar na sua readaptação. O texto é baseado em relatos de pessoas, nomes fictícios para preservar a identidade das entrevistadas, que já passaram pela experiência: “Moro há 12 anos fora do Brasil e, quando fui visitar o país, pude perceber que já não me enquadro em muitas coisas de lá. ” – Rogéria morou por quatro anos nos Estados Unidos e atualmente mora no Canada.
“Eu me senti uma estrangeira no meu próprio país. Tudo era estranho, eu continuava pensando em inglês, e pedia muitas desculpas quando esbarrava em alguém. Não consigo mais pensar que tudo tem um jeitinho brasileiro. ” – Fabricia morou dois anos no Canadá e hoje mora no Brasil. “Eu me sinto estrangeira cada vez que vou ao Brasil. Essa sensação de estranhamento acontece quando me deparo com situações socioculturais a que não estou mais habituada, por exemplo, ouvindo pessoas falando tão alto. ” – Lúcia mora há oito anos no Canadá. “Não me imagino mais vivendo no Brasil. Muitas coisas de lá me incomodam, como o excessivo materialismo e a vaidade sem fim. Essas são coisas que nunca fizeram parte do meu mundo e que agora fazem menos ainda. ” – Ivana que mora há mais de 15 anos fora do Brasil. Residiu em Israel, Suécia, Alemanha, Dublin e Holanda.
“Bem, nos primeiros anos em que voltei ao Brasil não me senti estrangeira, mas já via o Brasil com um olhar diferente de antes. Com o passar dos anos, veio um sentimento de não fazer parte somente de uma cultura, mas de duas.” – Solange mora há 10 anos nos Estados Unidos. “Brasileira nascida e criada na nação varonil nunca senti e jamais me sentiria uma estrangeira em um país que é o começo de toda a minha existência. Estrangeira eu me sinto, sim, mas fora do Brasil." – Elaine mora há mais de 20 anos fora do Brasil. Residiu na Alemanha e está hoje no Canadá. CONVERSANDO COM A PSICÓLOGA LILA ROSANA | 85
O
Olá eu sou Tati Borges-Schindler, fotógrafa de famílias, de casais apaixonados e gente feliz! Quero compartilhar com vocês como foi prazeroso realizar o Essential, um projeto que é muito mais que uma exposição de fotos e que tem como objetivo mostrar a importância da essência na fotografia. Tudo nasceu com uma auto-análise do meu trabalho, o que ele mostra, o que eu procuro retratar em cada fotografia. É importante para mim fotografar a essência das pessoas, os detalhes e tudo aquilo que vai além da imagem, pois gosto de fotografar toda uma história. A intenção principal era que a essência das fotografias expostas e o ambiente criado para mostrá-las, pudessem tocar de alguma forma os visitantes, tirando-os do dia-a-dia e levando-os a reflexão sobre o que é realmente essencial em nossas vidas. A repercussão foi ótima, o que me deixa muito feliz e motivada a repetir. Algumas pessoas que pretendem expor seus trabalhos, têm me procurado para saber como foi todo o processo de desenvolvimento, vou tentar contar um pouquinho para vocês. Na minha opinião os segredos para que todo trabalho dê certo são a dedicação e a determinação. O projeto não nasceu e foi desenvolvido em algumas semanas, mas sim em alguns meses de pesquisas, análise de viabilidade e troca de ideias. Desde a locação até a lembrancinha oferecida aos visitantes, foi tudo escolhido com muito cuidado. Em cada detalhe busquei mostrar a essência do meu trabalho. Também contei com parceiros, que têm objetivos parecidos com os meus e assim o projeto formou-se. Tão importante quanto a escolha das imagens certas, era escolher o local certo. Eu procurei um ambiente pequeno, queria algo aconchegante, onde as pessoas tivessem mais intimidade e interação. Queria também um local onde a luz fosse natural e encontrei em um bairro charmoso de Munique, na Alemanha, uma galeria que atendeu as minhas exigências. A etapa seguinte foi escolher as fotos. Confesso que foi difícil, pois eram muitas imagens. Escolhi então fotos relacionadas a algum sentimento e o resultado ficou emocionante. Pude sentir nos comentários dos convidados, que a escolha foi acertada. Utilizei molduras, na grande maioria, brancas e em tamanhos diferentes. Algumas ganharam o tom rosa e outras azul, dando assim ainda mais leveza à exposição. O convite e todo o material impresso do evento, também foram desenvolvidos com muito carinho, pensamos em cada palavra.
Para decorar, queria algo leve, que somasse às fotos e que mostrasse a minha essência pessoal. Escolhi tulipas naturais, dando assim ainda mais vida ao ambiente. Os convidados foram recepcionados com espumante, cupcakes e brigadeiros. Como lembrança, optei por uma linda caixinha com um bombom Serenata de Amor, chocolate que fez parte da minha infância. O Essential foi além do esperado, trouxe parcerias extraordinárias, envolveu pessoas maravilhosas, algumas vindas de longe. Acredito que foi assim mágico, porque o que o moveu, foi o amor, a dedicação e amizade. Foi trabalhoso, mas amei cada momento de stress relacionado a este projeto, tanto que levei o Essential também para o Rio de Janeiro. Você perdeu a primeira edição e ficou com vontade de participar? A próxima será em 2016. Mais informações você encontrará em breve no site e redes sociais. Até em breve, Tati Borges-Schindler 86 | FOTOGRAFIA
www.tatiborges.com Facebook: TatiBorgesSchindlerFotografia
O essencial de
Tati
Borges-Schindler Foto: Sowa-Kendzia ART
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Design de carinhas.com.br
Fotos: Isabela Campos
Tati com Kinga Sowa-Kendzia
Tati com Eduardo e Iracema Scharf
Cupcake, brigadeiros e decoracao: Yayalele
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O projeto FC Brasil Basel - FCBB - foi criado pelo ex-jogador do Santos Futebol Clube, Edson Dias, em 2003. O objetivo do projeto é levar o time à profissionalização, já tendo alcançado bons resultados. Atualmente o projeto é voltado para a formação de talentos, pois as crianças e adolescentes de hoje são os futuros jogadores do FCBB. Lá os jovens têm a oportunidade de praticar esporte em time, promovendo assim uma melhor integração na cultura suíça. Contato: fcbb_edson.dias@hotmail.com
Guilherme Tetamanti em Navagio Beach, Zakynthos, GrĂŠcia.
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Quero viajar Por Guilherme Tetamanti
mais
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Desde que comecei a planejar a minha viagem de volta ao mundo, percebi que a maior curiosidade das pessoas é saber como surgiu essa ideia e quais foram minhas motivações. Eu sempre gostei de viajar, de ver o mundo com meus próprios olhos, conhecer gente nova, participar de aventuras, ir ao encontro do desconhecido. A minha fascinação por viagens começou talvez na quarta série, nas aulas de Geografia. Meu professor trazia sempre, na volta das férias, fotos de suas viagens. Nunca vou esquecer como fiquei encantado na primeira vez em que vi imagens do Machu Picchu. Antes sequer de imaginar fazer um ano sabático, viajei bastante pelo Brasil, morei na Espanha, fiz um mochilão de um mês pela Europa e uma viagem para Bali, na Indonésia. Conheci muita gente ficando hospedado em albergues e também no dia a dia. Não sei se foram acasos do destino, mas fiz vários amigos bastante viajados, que já haviam entrado de cabeça nessa loucura de viagem volta ao mundo. Ficava fascinado com seus relatos, queria saber mais e mais sobre algo tão incomum para nós brasileiros. Largar o emprego, família, amigos. Como será o futuro? No final das contas, eles eram para mim sempre as pessoas mais interessantes, com uma bagagem incrível e um montão de histórias para contar. Planejamento Não basta vontade para realizar uma viagem de volta ao mundo, ainda mais uma tão longa quanto a que me propus fazer. Claro que é preciso ter coragem, mas também tempo e dinheiro. Sempre quis ter minha própria empresa e, um ano antes do início da viagem, decidi ser meu próprio patrão. Trabalhava muito e os negócios estavam indo muito bem, mas não estava satisfeito, não era essa a empresa que tanto queria. Após oito meses do início do negócio e tantas noites mal dormidas pensando em como resolver minha insatisfação, resolvi vender minha parte e, assim, conseguir o dinheiro para realizar meu sonho de viajar o mundo. A partir daí, foram seis meses até o início da viagem. Pesquisei muito em blogs de turismo, que sem dúvida são a melhor ferramenta para se buscar informações e comecei a escrever um blog para tentar transformar essa experiência pessoal em algo que pudesse mudar também minha carreira profissional. Sozinho mundo afora Nos primeiros seis meses, foi muito bom viajar sozinho e estava sempre disposto a conhecer pessoas novas. Fiz dezenas de amigos pelo mundo inteiro e me diverti demais. Foram 365 dias de viagem incríveis, muito melhores do que poderia imaginar ou sonhar. Com o tempo, acabei também me acostumando com aquela tristeza da despedida, intensificada pela quase certeza de nunca mais ver alguém com quem me diverti tanto. Porém, não ter uma companhia de verdade para compartilhar as alegrias e os perrengues foi certamente minha maior dificuldade na segunda parte da viagem. Dicas para outros viajantes Nesses 12 meses de estrada, percebi que não precisamos de muito para viajar. Poderia ter usado a mesma mochila que usaria para uma viagem de dois meses, com roupas leves e fáceis de lavar. A melhor dica é fazer um roteiro em busca do sol, seguindo os meses de verão. Assim, com a mochila mais leve e compacta, é possível levá-la como bagagem de mão no avião, tática muito boa para não pagar peso extra voando com empresas de baixo custo, muito populares na Europa. Aliás, o peso da bagagem é minha principal dica para o conforto da viagem. O ideal é viajar com menos de 15 quilos, divididos entre uma mochila média e outra para o dia-a-dia. Para isso, cada ítem deve ser comprado após muita pesquisa, desde a própria mochila, até o modelo da câmera fotográfica e computador. 92 | BLOGOSFERA
“O melhor lugar do mundo, é aquele em que estamos neste exato momento.”
Realização A viagem representou a realização do sonho de viajar e viver sem saber como seria o dia de amanhã, estar preparado somente para o imprevisto. Adorei conhecer novos lugares, fazer amigos e vivenciar novas culturas. Mas o que mais me fascinou foi poder viver um dia diferente do outro, ter histórias para contar e a chance de aprender muito sobre a vida, evoluir como ser humano. Mais do que tudo, hoje posso dizer que me orgulho muito do que conquistei. Tive a sorte de transformar tudo isso em retorno financeiro, o que depende também de paciência e de dedicação. Mas sinceramente o que passa pela minha cabeça hoje é que fiz exatamente o que tive vontade de fazer, e isso me basta. Como foi voltar e recomeçar Nada fácil, ainda mais porque gastei quase tudo o que tinha. Ter que pensar em trabalho novamente, criar uma rotina, se acostumar a não viver novas experiências todos os dias e voltar a gostar de fazer as coisas que fazia antes foi uma luta diária. Mesmo com as dificuldades, retomei a rotina, que nem sempre é um conceito pejorativo. Descobri que é essencial para mim fazer exercícios regularmente, conviver com as pessoas que gosto e trabalhar, me sentir produtivo. Além disso, aprendi algo que nunca mais deixarei de seguir: “o melhor lugar do mundo, é aquele em que estamos neste exato momento”. Guilherme Tetamanti é um paulista de 33 anos com muitas histórias para contar. Escreve para o seu blog Quero viajar mais, onde fala sobre suas viagens, sempre fornecendo dicas e informações, visando incentivar viajantes a encarar suas aventuras como um meio de adquirir cultura e melhorar sua qualidade de vida, sempre buscando alternativas para as melhores viagens com os menores custos. www.queroviajarmais.com.br BLOGOSFERA | 93
Livraria Mundo Afora Publicar um livro hoje em dia não é mais tão complicado como era antigamente, e cada vez mais brasileiros sentem-se encorajados a lançar suas obras. Dani Furlan Di Gregorio escreveu um guia de viagens sobre a cidade que ela mora: Roma.
Tem um ditado que diz que “uma vida não basta para conhecer Roma”, mas com algumas dicas e muita curiosidade é possível conhecer o melhor que a Cidade Eterna tem a oferecer mesmo em poucos dias. Neste guia apresento os principais pontos turísticos da cidade, os imperdíveis fora do circuito tradicional, dou várias dicas para não cair em armadilhas para turistas e muitas outras informações práticas para que a sua viagem seja inesquecível e sem aborrecimentos! O Guia de Roma é um produto do Dicas de Roma, que é um site de dicas de viagem e a nossa missão é ajudar viajantes de língua portuguesa a planejarem as suas viagens com especial atenção às dicas para evitar armadilhas para turistas e segurança. Tudo começou quando me casei com o Dan, italiano e profissional de TI, e fui morar em Roma. Amigos, parentes e amigos de parentes se revezavam para se hospedar lá em casa e conhecer a cidade como se deve: com um romano! O tempo foi passando e os emails de pessoas pedindo dicas sobre Roma eram tantos, que o Dan me sugeriu que fizesse um blog e começasse a publicar todas as perguntas e respostas. Assim nasceu o Dicas de Roma, em outubro de 2009. Depois de três meses o blog já tinha 400 visitantes únicos por dia e um ano depois foi aberto o fórum, onde eu respondia perguntas e os viajantes trocavam informações. Hoje o Dicas de Roma alcança 60% dos brasileiros que vêm para Roma. Ter a ajuda de um local que conhece bem a cidade e pode dar informações importantes para que o viajante não caia em armadilhas, que inevitavelmente existem em cidades turísticas é precioso! Dicas de Roma, o guia Formato: PDF (eBook) SBN: 978-194327849-7 Preço: 14,99 Euros Onde comprar: dicasderoma.com.br/c/guia-dicasderoma-543.html
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INSPIRAÇÃO PARA QUEM
MORA LONGE DE CASA
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ISSN (Online) 2364-480X Informações sobre pontos de distribuição e venda online no site: www.brasileiros-mundo-afora.com brasileirosmundoafora@gmx.net
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