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COMM NATURA O OCEANO DISTANTE E PROFUNDO
Ant Nio Costa
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Muitos organismos do oceano aberto vivem sem nunca entrar em contacto com a costa, o fundo do mar ou a superfície da água Passam toda a sua vida rodeados de água por todos os lados e nada mais conhecem No caso do oceano profundo, os organismos nem mesmo veem a luz do sol Como mamíferos terrestres que respiram ar, andam sobre a terra e dependem do sentido da visão para quase todas as funções, é difícil às pessoas (mesmo aos especialistas) compreender que a maioria dos organismos do planeta nunca está exposta ao ar, à terra ou, até, à luz solar
O oceano cobre mais de 70% da superfície total da Terra e contém cerca de 97% de toda a sua água Medindo cerca de 361,9 milhões de km2, é um maciço corpo contínuo de água salgada, tão grande que os oceanógrafos estimam que menos de 20% foi, até agora, explorado Embora haja um oceano global, na generalidade é dividido em cinco grandes bacias: Pacífico, Atlântico, Índico, Sul e Ártico
Este oceano, aberto e profundo, é um lugar enorme Na verdade, mais de 99% do espaço habitável da Terra está em oceano aberto Com uma profundidade média de 3 700 metros, os especialistas dividiram-no em várias zonas com base na profundidade, a partir da superfície, para facilitar os estudos oceanográficos:
1 A Zona Epipelágica (ou Zona de Luz Solar), é a parte do oceano onde há luz solar suficiente para que as algas processem a fotossíntese De um modo geral, vai da superfície do mar até, aproximadamente, os 200 m (ou 650 pés) de profundidade A zona epipelágica é o lar de todos os tipos de animais icónicos, como baleias e golfinhos, peixe-agulha, atuns, águas-vivas, tubarões e muitos outros As algas que vivem na zona epipelágica são responsáveis por grande parte da produção original de alimentos para todo o oceano e criam pelo menos 50% do oxigénio na atmosfera (ambos por meio da fotossíntese) Organismos que vivem na zona epipelágica podem entrar em contato com a superfície do mar
2 A Zona Mesopelágica (ou Zona de Crepúsculo) estende-se desde a epipelágica até o ponto onde a luz solar não consegue penetrar De um modo geral, a extremidade profunda da zona mesopelágica tem, aproximadamente, 1 000 m (3 300 pés) de profundidade. A zona crepuscular é muito maior do que a epipelágica e é o habitat dos mais numerosos vertebrados da Terra (pequenos peixes lanterna) Muitas das espécies de peixes e invertebrados, que aqui vivem, migram para as profundezas epipelágicas mais rasas para se alimentar, mas apenas durante a noite.
3 A próxima zona mais profunda é chamada Zona Batipelágica (ou Zona de Escuridão). Esta zona começa na parte inferior do mesopelágico e estende-se até aos 4 000 m (13 000 pés) A batipelágica é muito maior que a mesopelágica e 15 vezes maior que a epipelágica. É o maior ecossistema da Terra O limite superior desta zona é definido por uma completa falta de luz solar Os organismos batipelágicos vivem na escuridão total, 24 horas por dia A escuridão pode ser interrompida, no entanto, por alguma luz causada pelos próprios organismos Essa bioluminescência pode ser usada para atrair presas ou para encontrar um parceiro Algumas espécies perderam a capacidade de ver seja o que for
4 Ainda mais fundo, está a Zona Abissopelágica (ou Zona Abissal), que se estende do limite inferior da batipelágica até o fundo do mar Esta zona é caracterizada por uma relativa falta de vida É realmente o abismo
5 A Zona Hadopelágica (ou Zona Hadal) é uma zona especial, apenas existente em certos locais do mundo, caracterizada por valas e desfiladeiros em águas muito profundas. Um exemplo dessa maravilha é a Fossa das Marianas, no Oceano Pacífico, que marca o local mais profundo da Terra com 11 034 metros, uma profundidade tal, que o Monte Everest ficaria completamente submerso se colocado no fundo A pressão é tão intensa que equivale ao peso aproximado de 48 aviões Jumbo 747. Mesmo assim, existe vida nesta zona A Abissobrotula galatheae – uma espécie de enguia – foi descoberta a 8 372 metros na fossa de Porto Rico, em 1970.
O oceano foi dividido em várias zonas com base na profundidade da superfície para facilitar os estudos oceanográficos
RESUMINDO:
1. Os oceanos cobrem mais de 70% da superfície da Terra, e metade dessas águas têm, pelo menos, 1,86 milhas (3 km) de profundidade
2 Até onde sabemos, o oceano tem 11 000 m (quase 7 milhas) de profundidade no seu ponto mais profundo Em média, o oceano tem cerca de 12.100 pés (3.688 m) de profundidade
Assembleia Geral Ordin Ria Convocat Ria
Em conformidade com as disposições legais aplicáveis e os estatutos do Clube de Oficiais da Marinha Mercante, convoco todos os sócios para se reunirem em Assembleia Geral, que terá lugar na sede do Clube de Oficiais da Marinha Mercante, sita na Travessa de S João da Praça nº 21 em Lisboa, pelas quinze horas do dia vinte e três de Março de dois mil e vinte três com a seguinte Ordem de Trabalhos:
1 - Informações da Direcção;
2 - Apreciação e votação do relatório e contas;
3 - Outros assuntos de interesse.
Se à hora indicada não houver quórum, a Assembleia funcionará meia hora depois no mesmo local, com qualquer número de sócios, e a mesma ordem de trabalhos
Lisboa, 8 de Fevereiro 2023
O Presidente da Mesa da Assembleia Geral
Rui Manuel Correia Raposo
3 Os animais que vivem na zona batipelágica, ou mais profundo, nunca veem a luz do sol Alguns dos organismos que lá vivem, como a lula-vampiro e o tamboriljubarte, produzem a sua própria luz
4 Mais de 99% do espaço habitável da Terra está em oceano aberto
5 O oceano é dividido em cinco zonas: a zona epipelágica (da superfície até 200 metros de profundidade); a zona mesopelágica (dos 200 aos 1.000 metros de profundidade); a zona batipelágica (dos 1 000 aos 4 000 metros); a zona abissopelágica (dos 4 000 aos 6 000 metros); e a zona hadopelágica (acima dos 6.000 metros)
6 O oceano produz mais de 50% do ar que respiramos.
7 Os humanos exploraram, até hoje, apenas 5% dos oceanos do mundo Em contrapartida, acredita-se que os humanos já provocaram impacto negativo (por resíduos e poluição química) em quase todas as partes do oceano – foi descoberto lixo plástico na Fossa das Marianas.